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19

fev
2024

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Fórum virtual reunirá representantes dos projetos ganhadores da convocatória Cenzontle

Em 19, fev 2024 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

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Nos dias 21 e 22 de fevereiro, em comemoração ao Dia Internacional da Língua Materna, será realizado um fórum virtual com os projetos vencedores da convocatória Cenzontle: Uma Janela para as Línguas Originárias da Ibero-América. Representantes dos projetos premiados apresentarão suas propostas, mostrando como valorizam as línguas originárias de alguns dos países da região ibero-americana.

A transmissão será ao vivo na quarta-feira, 21 de fevereiro, e na quinta-feira, 22 de fevereiro, das 16h às 18h (horário da Cidade do México, GMT-6; no Brasil será das 19h às 21h), nas páginas de Facebook do IberCultura Viva e do Ibermemória Sonora e Audiovisual.

Treze projetos vencedores têm presença confirmada no fórum: no primeiro dia serão apresentados 6, e no segundo dia, 7. Um dos projetos a serem apresentados é o “Vocabulário com perspectiva de gênero nas línguas indígenas (Tojolabal, Tseltal e Tsotsil)”, desenvolvido com pessoas de cinco municípios do estado de Chiapas (México): Las Margaritas, Chanal, Oxchuc, Yajalón e Zinacantan.

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Outra experiência que será compartilhada será a do site “Arquivo sonoro mapuche”, projeto apresentado por uma equipe multidisciplinar de ativistas de ascendência indígena localizada no centro do território chileno, em Santiago e em Quilpué-Villa Alemana, chamada pelos mapuches “Ngülümapu”.

Do Uruguai será apresentado “N’orma Ju Onkaiujmar”, projeto de música tradicional que propõe a gravação de canções em língua charrúa e em espanhol, com instrumentos ancestrais, que estarão disponíveis para uso em documentários, animações e propagandas. Esta iniciativa pretende proporcionar uma ferramenta para divulgação da língua e da cultura charrúa.

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Conheça os 16 projetos ganhadores da convocatória

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Confira a programação:

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18

fev
2024

Em Destaque
EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Conheça as 13 receitas ganhadoras do concurso Sabores Migrantes Comunitários 2023

Em 18, fev 2024 | Em Destaque, EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

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No dia 15 de janeiro, foi divulgado o resultado da edição 2023 do concurso Sabores Migrantes Comunitários. Esta convocatória, realizada anualmente desde 2019, é uma iniciativa conjunta de três programas de cooperação vinculados à Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB): IberCultura Viva, Ibercocinas e Iber-Rutas. Este ano, 13 receitas e práticas culinárias foram selecionadas para receber o reconhecimento como “Boa prática de cozinha migrante comunitária ibero-americana” e um prêmio de US$ 600.

A seguir, apresentamos as receitas vencedoras, suas histórias e modos de preparo. Bom proveito!


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1. Nome: Marisabel Figueras

País de nascimento: Venezuela

País de residência: Paraguai

*Nome da receita: Hallacas de Maita

Hallaca é a preparação culinária mais representativa da culinária natalina venezuelana. Como diz Marisabel Figueras em sua descrição da prática culinária, é um preparo “complexo, trabalhoso e nutricionalmente completo” que teve uma transição importante em relação ao espaço e ao tempo em que é consumido e que tem muitas conotações afetivas para os venezuelanos .

“Ela ganhou o posto de rainha do Natal em todo o país e é um ícone de identidade na cozinha nacional, pois incentiva todos os familiares a participarem de sua preparação, com cada um/a fazendo uma tarefa de acordo com a idade. O preparo da hallaca é um momento de partilha que fortalece os laços familiares e nos permite continuar com essa tradição”, destaca a venezuelana, que reside na cidade de San Lorenzo, no Paraguai.

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Segundo ela, as hallacas de Maita são importantes na comunidade paraguaia porque permitem o intercâmbio cultural, são uma forma de mostrar suas tradições e parte de sua história. “O preparo das hallacas é o momento certo para compartilhar as refeições com outras culturas e pode servir para estreitar laços”, afirma.

Marisabel ressalta que a origem das hallacas não é muito conhecida. Uma das teorias que supõe o seu surgimento diz que durante os anos da independência da Venezuela, nas festas das famílias ricas, preparavam-se copiosos banquetes e que as sobras destes eram entregues aos escravos, que se aproveitavam deles misturando-os com massa de milho e embrulhando-os em folhas de bananeira e depois cozinhando-os em água fervente.

Este prato tradicional venezuelano é feito com uma massa de farinha de milho temperada com frango ou caldo de galinha colorido com onoto ou achiote, recheada com um guisado de carne bovina, suína e de galinha ou frango. Adicionam-se uvas, passas, azeitonas, alcaparras, páprica, cebola, alho, cebolinha, alho poró, picles, etc. Depois de envoltos em folhas de bananeira em formato retangular, são amarrados com um barbante e imersos em uma panela com água fervente até ficar cozido.

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Conheça a receita

*Comunidade com a qual a prática será compartilhada: A prática culinária será realizada na cozinha da casa e levada ao centro da cidade de Assunção, onde se encontram muitas pessoas da etnia Guarani. A intenção é oferecer as hallacas de Maita a cerca de 30 a 40 pessoas que passam o dia nas praças do centro da cidade, algumas delas em situação de rua.


2. Nome: Pamela María Quesada Palência

* País de nascimento: Guatemala

* País de residência: Argentina

*Nome da receita: “El Chuchito

“Nicalteca” (nicaraguense-guatemalteca) de raízes mizquito-maias, Pamela Quesada é uma migrante que vive na selva paranaense, na Argentina. Trabalhadora cultural independente no município de Puerto Piray (Montecarlo, Misiones), gerencia projetos culturais regionais e sustentáveis ​​para o Ponto de Cultura CERNE Vida y Monte, nas áreas de meio ambiente e recuperação de materiais, gênero e diversidades, povos indígenas e recuperação de identidade local.

Em sua postulação, Pamela Quesada afirma que os sabores migrantes viajam com o/a viajante. “Eles descobrem e se metem em bolsos, envelopes, mochilas, malas, caixas… Em forma de receita dão continuidade à vida dentro de panelas e frigideiras”, escreve. “El chuchito”, o sabor migrante que ela apresenta neste concurso, vem dos antepassados ​​maias. “Conseguiram dar continuidade à semente de milho e ao conhecimento tecnológico ligado ao desenvolvimento desta semente, nas suas versáteis receitas: milho chicha, milho atol, milho tortilla, milho tamal… Ka’i Ku’a é o equivalente em Misiones para o tamal ou chuchito”, detalha.

“Como na Guatemala, adiciona-se água morna e sal à farinha de milho até virar ‘chicle’ ou chirle, ervas aromáticas, queijos e também molhos de tomate vermelho e pimentas secas. Quem quiser completo acrescenta feijão ou carne. Em seguida, é embrulhado na mesma tuza ou chala de onde foi retirado, e um fogo é aceso como oferenda aos deuses maias, para ser fervido.”

Segundo ela, a conservação desta receita contribui para revalorizar os costumes ancestrais de aproveitar e cuidar do ambiente natural e dos recursos do território Piray km18, em Puerto Piray. “Essas receitas, além de transmitirem sabores e preparos, também transmitem conhecimentos e práticas, como a conservação de sementes nativas para uma alimentação saudável, soberania alimentar e ambiental”, ressalta.

A área Piray km 18 é um território que era habitado por comunidades guaranis hoje deslocadas e, posteriormente, por migrantes, em sua maioria paraguaios e brasileiros, organizados em grandes clãs com sobrenomes predominantes. Pelas características territoriais (ruas de terra, apenas duas viagens de ônibus por dia, etc) e pela falta de dinheiro, sua principal fonte de subsistência eram as culturas para autoconsumo. “A semente de milho que plantamos tem pelo menos 50 anos e sua colheita também alimenta animais de fazenda. A farinha de milho é produzida localmente e hoje é utilizada em preparações como a sopa paraguaia”, acrescenta.

⇒Conheça a receita:

* Comunidade com a qual a prática será compartilhada: A prática será compartilhada no Ponto de Cultura CERNE Vida y Monte. Centro comunitário localizado em Piray km 18, às margens do córrego Piray Guazú, referência territorial em meio ambiente, cultura e turismo, este Ponto de Cultura desde 2008 busca conscientizar e capacitar moradores e/ou visitantes da comunidade por meio de atividades culturais, esportivas, educativas e turísticas sobre hábitos e costumes ligados ao bom uso do espaço e dos recursos naturais.

A prática será realizada como atividade complementar para 100 alunos do ensino fundamental em um dos dias programados do percurso educativo Ecopaseo, onde são abordadas unidades produtivas do meio rural (como vermicultura e apicultura), popularizando o conhecimento científico e sensibilizando a importância de cuidar de seus recursos e território.


3. Nome: Graciela Vicente Ráfales

* País de nascimento: Espanha

* País de residência: Chile

*Nome da receita: Paella

Graciela Vicente Ráfales vem de uma cidade chamada Nonaspe, localizada na província de Zaragoza, em Aragón, nordeste da Espanha. Devido à sua proximidade com a Catalunha, sua língua materna é o catalão. Apaixonada pela cozinha com cogumelos e pela natureza, ela faz receitas saudáveis ​​e inovadoras com alimentos naturais na cidade de Talca, na região de Maule, no Chile, onde criou família e mora há sete anos. Lá ela se dedica à micogastronomia (cozinha com cogumelos) e é fotógrafa de gastronomia. (Alguns de seus trabalhos e ideias estão no Instagram: @recetasysetas)

Nesta quinta edição de Sabores Migrantes Comunitários, Graciela apresenta uma receita de “paella fungi” com ingredientes representativos do Chile. É um arroz tipo paella com caldo de cogumelos, basicamente uma paella que usa mote de trigo (produto típico chileno) em vez de arroz. “Curiosamente, paella, em valenciano ou catalão, significa frigideira. É uma frigideira plana, larga e baixa, com duas alças. No Chile existe o que chamam de paila. É uma frigideira plana e baixa com duas alças, embora geralmente bastante pequena. Paella e paila têm a mesma origem e significado”, comenta.

Graciela diz que as primeiras paellas surgiram por volta do século XV, época em que a Comunidade Valenciana pertencia ao Reino de Aragón. “A típica paella valenciana tem origem humilde e camponesa. Preparavam uma receita simples com os ingredientes que tinham à disposição, como carne de caça, aves, alcachofras, garrofó (espécie de feijão tenro), bajoqueta (feijão verde), etc. Cozido no fogo de uma fogueira. No litoral, preparavam uma versão com o que tinham, marisco mediterrânico, camarão, entre outros. Claro que o arroz não pode faltar nas duas versões, o tipo que ali se cultiva, o arroz bomba. Um grão redondo, com muito amido e que absorve bem os sabores”, afirma.

Esta receita, com o tempo, tornou-se popular e, desta forma, da Comunidade Valenciana espalhou-se pelo resto do país. Cada região ou área incluía os alimentos que tinham à sua disposição e cozinhavam-nos como sabiam ou podiam. Algo que os valencianos nunca aceitaram e por isso chamam a esse tipo de paellas ‘arroz com coisas’. Também não gostam da ideia de mistura de paellas, carnes e frutos do mar, consideram que esses dois produtos não devem ser misturados. Hoje em dia, na Espanha, a paella é uma receita tão conhecida e difundida que é um prato que não pode faltar em nenhum restaurante turístico, pois é um emblema da gastronomia espanhola”, afirma.

Em Nonaspe, onde vivia na Espanha, para encerrar as grandes festas ou em San Cristóbal ou para grandes confraternizações, preparavam-se enormes paellas, para cerca de 300 comensais. “Nos reuníamos na ermida, um lugar lindo, tranquilo, idílico, localizado a 1 km de Nonaspe. Estávamos em comunidade e todos compartilhávamos aquela paella fantástica que a organização preparava. Outros dias, quando fazíamos, por exemplo, aniversários ou outra comemoração que muita gente comparecia, era preparada uma paella para todos, com muitos frutos do mar, para comemorar. Durante a semana a minha mãe preparava paella com coelho criado em casa e caracóis da serra, mais baratos, mas igualmente deliciosos.”

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Conheça a receita

* Comunidade com a qual a prática será compartilhada: Nesses anos em que mora no Chile, Graciela Vicente estabeleceu vínculos com o Centro Cultural Municipal de Talca, que a conectou com a cultura e os agentes culturais da região, além de servir de apoio em seu processo de integração. “Sinto que lhes devo muito, por isso decidi realizar esta prática culinária nas suas instalações, pois seria uma forma de retribuir, de alguma forma, um pouco do favor oferecido”, comenta. “(…) Com a ajuda de pessoas do centro cultural, amigos e familiares iremos preparar a receita, pois espero que mais de 100 pessoas possam assistir à atividade.” A atividade será aberta à comunidade.


4. Nome: Lourdes Fátima Díaz Chávez/Grupo San Baltazar de Kamba Cua

* País de nascimento: Paraguai

* País de residência: Paraguai

*Nome da receita: Kishima

Afroparaguaia, Lourdes Díaz trabalha na Comunidade Kamba Cua, em Fernando de la Mora, a 10 km de Assunção, Paraguai. A comunidade afrodescendente foi criada com a chegada, em 1820, de um grupo de homens e mulheres afrodescendentes que acompanhavam o general José Gervasio Artigas. A receita que apresenta nesta convocatória, em nome da Associação Grupo San Baltazar de Kamba Cua (que inclui Adolfo Bogarin, Cesar Chavez Diaz, Cecilia Leiva e Lorena David), é a de kishima, prato que seus antepassados ​​​​preparavam na comunidade e que só lá é feito e degustado até hoje.

Kishima é um alimento tradicional da comunidade Kamba Cua que perdurou ao longo do tempo. Feito com mandioca cozida e coco ralado ou moído, pode ser doce ou salgado e é ideal para o café da manhã ou lanche ou para acompanhar o almoço ou jantar. Além de 1 quilo de mandioca cozida e bem macia, a receita leva 300 gramas de coco paraguaio moído, 300 gramas de queijo paraguaio, 2 ovos e sal a gosto. É necessário um palito de cerca de 70 cm para grelhar em fogo moderado.

“Esta receita ancestral é de extrema importância na nossa comunidade porque representa os nossos saberes, os nossos antepassados, representa para nós as nossas avós, porque sempre fizemos com elas e provamos. É uma receita que acreditamos ter vindo dos nossos antepassados ​​quenianos. É o sabor tradicional da comunidade, está sempre presente nos nossos eventos tradicionais. Kishima, sabor de Kamba Cua”, diz Lourdes.


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Conheça a receita

* Comunidade com a qual a prática será compartilhada: Comunidade Kamba Cua, centro comunitário. Quantidade aproximada: 50 pessoas. “É um lugar muito importante para nós porque em 1999 recuperamos 1,6 hectares de terras para nossa comunidade e a construção do centro comunitário, que fica no coração da comunidade afrodescendente, fez parte desse projeto”, diz Lourdes.


5. Nome: Danilsa Esther Granados De Díaz/ Nelly e Argenis Madroñero

* País de nascimento: Colômbia

* País de residência: Chile

*Nome da receita: Sancocho trifásico

Danilsa Granados se inscreveu em nome do coletivo Corporación de Inmigrantes Unidos Los Lagos, formado por Nelly e Argenis Madroñero, Maritza Valle Cárdenas, Consuelo Ruiz H., Priscilla De Assis, Cristobalina Amador, Sara Soto Rodriguez, Claudio Oyarzun F. e Bernardita Zuñiga. O grupo pretendia apresentar oito receitas (sancocho trifásico, roupas velhas, feijoada, manga, sopa paraguaia, cancato de salmão, contas e medialunas, arroz com frango e batata ao molho rocoto), mas como o sistema só permitia uma foto, apresentaram a do sancocho trifásico, proposto pelas irmãs colombianas Nelly e Argenis Madroñero.

Nelly e Argenis nasceram no departamento de Cauca, região do Pacífico, sudoeste da Colômbia. Elas moraram no departamento de Putumayo, na região amazônica, e depois retornaram ao Valle del Cauca, onde durante 10 anos tiveram um restaurante de comida caseira. “Vir para o Chile foi uma decisão difícil, mas queríamos um futuro melhor para a nossa família. Escolhemos Puerto Montt porque nos disseram que era uma cidade tranquila e com ótimas oportunidades de trabalho. Já faz 2 anos e meio que criamos uma nova vida aqui neste lindo país, mas com o coração na nossa terra”, comentam.

Na inscrição que enviaram ao concurso, elas dizem que o sancocho faz parte da vida delas desde crianças, pois os pais o preparavam quando se reuniam em família, principalmente em datas especiais, como 25 de dezembro ou 1º de janeiro. “A família se reunia no quintal, acendia um fogão a lenha e fazia uma grande quantidade de sancocho para todos. Aos domingos íamos tomar banho nos rios e riachos e fazíamos o famoso ‘passeio da panela’, acendendo a fogueira na margem do rio. No nosso restaurante na Colômbia o prato principal era o sancocho trifásico e graças a esta deliciosa receita pudemos sustentar a nossa família. Essas experiências trazem muitos sentimentos e lindas lembranças, e aqui no Chile também fazemos isso quando toda a família está reunida no domingo.”

Acredita-se que a origem desta preparação tenha sido influenciada por pratos como o cozido espanhol, a olla podrida espanhola ou o ajiaco taíno, uma vez que estes pratos tinham a característica de “jogar na panela tudo o que estava disponível”, devido à falta de suprimentos. O sancocho é considerado um dos pratos típicos da gastronomia colombiana. Geralmente é consumido no almoço, como prato principal, ou nos famosos “passeios de panela”.

Em cada região do país, o sancocho tem seu tempero tradicional, e foi no departamento de Antioquia, onde se originou, comumente chamado de sancocho de três carnes ou sancocho trifásico, devido à tripla combinação de carnes: bovina, suína e frango. É servido acompanhado de banana, arroz e abacate. E para beber, suco natural de frutas cítricas, ou de preferência, água de panela (chancaca) com limão e muito gelo.

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Conheça a receita

*Comunidade com a qual a prática será compartilhada: A ideia do coletivo Corporación Imigrantes Unidos Los Lagos é compartilhar a prática das 8 receitas que pensaram inicialmente em diferentes locais da Comuna de Puerto Montt, capital da Região de Los Lagos. Entre elas, a sede de 8 JJVV, Associações de Moradores de 8 bairros da cidade de Puerto Montt, com a participação de 50 moradores dos setores escolhidos, num total de 400 pessoas, entre migrantes e chilenos.


6. Nome: Pedro Miguel Torres Martínez

* País de nascimento: Venezuela

* País de residência: Colômbia

*Nome da receita: Cuajao venezuelano

Migrante venezuelano residente na Colômbia, em Malambo-Atlántico, o gestor cultural Pedro Miguel Torres Martínez apresenta o cuajao, um prato importante na gastronomia venezuelana porque costuma reunir toda a família em torno dele, gerando espaços de integração, convivência e unificação.

“É um prato que se prepara em conjunto, a cada membro da família é atribuída uma tarefa no preparo, gerando risos, lembranças, histórias que se replicam de geração em geração e que agora com a migração continua sendo feito em outros locais, um prato que traz memórias daqueles tempos”, afirma.

O cuajao venezuelano é importante no local que o acolheu (El Pasito-Malambo) na Colômbia, pois ali teve a oportunidade de realizar diversas atividades “que condensam o sentimento de migração e identidade venezuelana”, como oficinas, projetos culturais e de trabalho social que visam recuperar um território e reconstruir um tecido social em torno de indivíduos envolvidos em processos migratórios. 

Conheça a receita:

* Comunidade com a qual a prática será compartilhada: Esta receita será compartilhada na comunidade do bairro El Pasito, no município de Malambo-Atlántico. Ali residem 40 famílias de migrantes venezuelanos e “colombianos retornados”, é um bairro denominado “invasão” que fica no entorno da Ciénaga Grande de Malambo. Este território é relevante dentro da proposta culinária, pois é o local onde Pedro Miguel se instalou quando chegou à Colômbia, onde tem conseguido construir relações sociais e realizar projetos culturais em torno da migração.


7. Nome: Carlos Alvarado

* País de nascimento: El Salvador

* País de residência: Estados Unidos

*Nome da receita: Pupusas del campo

Em 1996, aos 17 anos, Carlos Alvarado emigrou do interior salvadorenho para os Estados Unidos, junto com sua família. Trabalhou como cozinheiro em diversos restaurantes de alta gastronomia e em sua busca por recriar a comida caseira do interior salvadorenho, em junho de 2016 abriu as portas de seu primeiro restaurante na região metropolitana de Washington D.C. Ele mora na cidade de Hyattsville, Maryland.

No restaurante, a receita que Carlos mais desenvolveu foram as pupusas, tradicional tortilha grossa à base de milho com massa de arroz recheada que chamou de “pupusas do campo” pela reminiscência do seu local de origem e por ser uma receita herdada da sua mãe, transmitida de geração em geração. As pupusas do campo podem ser feitas com queijo, loroco, chicharrón, feijão, jalapeño, espinafre ou frango.

A prática culinária das pupusas do campo, segundo ele, desenvolve-se em diversas áreas, desde ajuda comunitária a centros de saúde, escolas, e apoio a eventos sociais. “Existem muitas teorias de que as pupusas nasceram em El Salvador, mas damos a elas um sabor único que remete à típica comida caseira salvadorenha”, afirma. A receita apresentada tem o recheio de abóbora, para o qual são utilizadas 3 abóboras, 8 alhos, ½ cebola e tomilho.

⇒Conheça a receita:

* Comunidade com a qual a prática será compartilhada: A receita das pupusas do campo será compartilhada com a comunidade do Corpo de Bombeiros Voluntários de Hyattsville. “Acreditamos que o trabalho deles é de grande valor e queremos homenageá-los com refeições requintadas. Propomos também ensinar a receita na língua deles, e poder transmitir-lhes os nossos valores inscritos numa receita que continuará a ser transmitida de geração em geração”, afirma Carlos.


8. Nome: Fátima Del Valle Martinez Saturno

* País de nascimento: Venezuela

* País de residência: Colômbia

*Nome da receita: Guasacaca

Fátima Del Valle chegou da Venezuela em fevereiro de 2017. Um caminhoneiro a levou para a cidade de Manizales (Caldas, Colômbia) com febre alta e sua família a acolheu por um ano e três meses. Lá começou a trabalhar como vendedora ambulante no Parque Alfonso López, vendendo vinho tinto e produtos venezuelanos. Em 2021 ingressou na associação de vendedores informais do parque e na associação de jardineiros urbanos da Prefeitura.

No parque ela vende empanadas venezuelanas acompanhadas de guasacaca, no segundo encontro de jardineiros urbanos. “A aceitação da minha receita me faz pensar em produzir e embalar manualmente”, diz. Guasacaca é um molho que está sempre presente nas mesas em sua cidade, acompanhando empanadas e também arepas recheadas.

Esse molho foi ensinado por sua mãe quando ela era criança em Calabozo, no estado de Guaricó. “Como migrante trabalhei como vendedora ambulante de tinto, pintadito e empanadas venezuelanas acompanhadas de guasacaca, o que me faz sentir uma profunda gratidão por esta preparação, além da memória do meu país e da minha família, porque graças a ela tenho conseguiu sobreviver”, afirma.

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Conheça a receita

*Comunidade com a qual a prática será compartilhada: No terceiro encontro de horticultores urbanos, em conjunto com a Secretaria de Agricultura da Prefeitura de Manizales e a Universidade Autônoma de Manizales, pretende-se realizar uma aula ou demonstração ensinando como preparar a guasacaca. Estima-se que se reúnam entre 70 e 100 pessoas, que vão refazê-la nos seus jardins, casas e com as suas famílias, multiplicando o alcance desta receita venezuelana, que combina bem com produtos colombianos ou venezuelanos.


9. Nome: Mariana Ísis Salas

* País de nascimento: Venezuela

* País de residência: Uruguai

*Nome da receita: Arepas de maíz pilado en budare de barro

Venezuelana apaixonada por geografia e culinária, Mariana Isis Salas adora combinar sabores, texturas, cheiros e cores na cozinha. Ela mora há mais de 10 anos em Montevidéu, no Uruguai, país onde há 61 mil migrantes segundo o Censo de 2023. “Muitos uruguaios se aproximaram da gastronomia venezuelana e colombiana, e especificamente da arepa. (…) Queremos difundir o uso do milho combinando outros sabores, e valorizando como as arepas podem ser feitas com o milho que compramos nos mercados e feiras”, comenta.

Nesta edição do concurso, Mariana relembra uma prática da avó: arepas de milho piladas em budare de barro. “Na minha casa e na casa da minha avó tinha um pilão, um pilão que já era usado como enfeite, porque não usávamos para “pilar” o milho. As arepas de milho pilado era um presente que minha avó Juba nos dava quando queria mimar os netos”, conta, destacando que a industrialização da farinha de milho substituiu o uso do milho pilado pela farinha de milho pré-cozida.

“Hoje queremos relembrar essa prática pilando milho e fazendo arepas em budare de barro, outro elemento da cultura gastronômica latino-americana. Conhecido pelos centro-americanos como ‘comal’, o budare ou aripo da cultura venezuelana é um utensílio de cozinha tradicionalmente usado para cozinhar, torrar, aquecer arepas, grãos de café, legumes”, detalha.

A proposta inclui a realização de uma oficina prática de arepas de milho pilado confeccionadas em budare de barro com aproximadamente 30 pessoas. Nesta oficina serão feitas arepas com a receita tradicional de milho pilado e sua versão com farinha de milho pré-cozida. Também estava nos planos realizar um debate e contar sobre o processo de elaboração do barro uruguaio budare como produto que fortalece a cultura da cerâmica, finalizando com uma degustação e uma exposição cultural convidando artistas da Venezuela e da Colômbia.

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Conheça a receita

* Comunidade com a qual a prática será compartilhada: A receita será preparada e multiplicada nos espaços associados à Plaza de Las Misiones, em apoio ao trabalho comunitário realizado pela Comissão de Bairro da Plaza de Las Misiones e Goes Migrante. A Plaza de Las Misiones é um espaço que se tornou um local de referência para as comunidades migrantes, realizando atividades anuais dirigidas às populações migrantes.


10. Nome: Laura Herrera

* País de nascimento: México

* País de residência: México

*Nome da receita: Orejones de calabaza

Laura Herrera é afro-mexicana da tribo Negros Mascogos e cozinheira tradicional da cidade de Melchor Múzquiz (Coahuila). Em sua postulação ao concurso, ela diz que seu objetivo é que meninos e meninas aprendam a plantar, cuidar e colher os alimentos de seus antepassados, a fim de prevenir doenças como diabetes e hipertensão. A receita apresentada nesta convocatória, “orejones de calabaza”, foi aprendida com sua avó. “Quando o céu começava a ficar nublado, minha avó colocava os orejones secos dentro de casa, perto do fogão a lenha. Eles ficavam pendurados nas vigas do teto e, quando encharcados pela fumaça, tornavam-se enfumaçados. É um sabor que nunca esquecerei”, comenta.

Ela explica que o processo dos orejones começa com o preparo do terreno e o plantio da semente de abóbora doce em meados de fevereiro. “Quando a semente germina, a planta pode crescer naturalmente por aproximadamente três semanas. Depois deve-se retirar qualquer grama ou outras plantas que tenham crescido ao seu redor. A planta é irrigada (geralmente com água de rio ou chuva). Depois de três meses teremos abóbora tenra para fazer orejones secos salgados. Em cinco meses teremos abóbora doce madura para fazer orejones secos no outono e inverno, estação extremamente fria em nossa região”, detalha.

Segundo Laura, a limpeza da abóbora deve ser feita retirando-se a casca, as sementes e os veios. Os cascos devem ser deixados secar por dois ou três dias; Depois de arejados, são cortados em tiras para secar em uma corda como um varal. Os orejones de abóbora, explica, podem ser cozidos de duas maneiras: doce ou salgado. “Você pode fazer caldos com carne de porco e vegetais como pimentão, tomate, cebola, alho e milho. Já para torná-los doces, você pode adicionar piloncillo, açúcar, canela, erva-doce e cravo para fazer geleia de abóbora”, ressalta.

A mexicana explica ainda que a tradição de desidratar as abóboras para armazená-las e depois utilizá-las em tempos de escassez foi adotada por seus ancestrais, os índios Seminoles, “que nos acolheram em suas terras na Flórida (Estados Unidos) em troca de comida e alianças militares. “Este alimento foi particularmente importante numa das nossas migrações, quando os nossos antepassados ​​tiveram que abandonar aquele território porque corriam o risco de serem capturados e mortos. Em busca de um futuro melhor, nossos líderes encontraram caminhos para chegar ao México. Passando por Oklahoma, Texas e cruzando o Rio Grande para chegar a Coahuila. Nessa viagem, um dos alimentos aos quais devemos a nossa sobrevivência é a carne seca e a abóbora desidratada, já que ambos eram alimentos leves, fáceis de preparar e transportar.”

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Conheça a receita

* Comunidade com a qual a prática será compartilhada: A prática culinária será partilhada com o grupo de meninas e meninos “Amigos Mascogos”, a quem Laura Herrera ensina e partilha receitas tradicionais, como plantar e colher alimentos. O grupo é formado por um total de 35 meninos e meninas.


11. Nome: Rosa López

* País de nascimento: Paraguai

* País de residência: França

*Nome da receita: Trilogia de sabores del Chaco

 

Paraguaia residente na cidade de Le Bugue, França, Rosa López colabora com organizações e comunidades para criar experiências sensoriais, fundindo natureza, arte e cultura. “Ao explorar a riqueza gastronômica, redescubro sabores ancestrais, destacando a utilização de ingredientes autóctones como base do patrimônio cultural. Com comprometimento e criatividade, promovo uma mudança para uma alimentação consciente e ligada às raízes culturais”, afirma.

A trilogia de sabores do Chaco, prática culinária com a qual participa nesta convocatória, combina os ingredientes nativos do Chaco (mistol, algarrobo e ají del monte) e técnicas tradicionais. A trilogia inclui a chicha, uma bebida refrescante, fermentada a partir de sementes de milho com infusão de café mistol (o mistol é uma fruta característica do Chaco). “Chicha de mistol funde tradição com inovação, um equilíbrio entre o ancestral e o contemporâneo”, destaca.

O pão champanhe com farinha de alfarroba, segundo ela, é uma releitura do clássico pão champanhe francês, em que a fermentação da massa fermentada, além de lhe conferir uma textura especial, revela uma surpreendente cor roxa e um aroma de chocolate. O pão é acompanhado por paté de pato temperado com pimenta da serra.

Para acompanhar a degustação, Rosa contará com imagens da Rede de Mulheres do Chaco, protagonistas da produção desses ingredientes, e utensílios de cerâmica da comunidade Kambuchi Apo, além de uma série de desenhos feitos à mão por artistas Nivacle, além de Artesanato Nivache e Enlhet.

“Meu objetivo é promover a diversidade cultural do Paraguai na França. Esta experiência gastronómica vai além de simplesmente apresentar os ingredientes nativos do meu país. Trata-se de destacar a importância de preservar e compartilhar essas tradições culinárias, que são um testemunho vivo da identidade e da riqueza cultural enraizadas nas comunidades que habitam o Chaco”, afirma.

“Ao utilizar esses ingredientes, procuro incentivar a descoberta e o consumo desses novos sabores. Ainda que timidamente, procuro tornar visível o trabalho da Red de Mujeres del Chaco. Estas associações esforçam-se por preservar a ligação com a terra, celebrar a biodiversidade local e reconhecer o papel vital das mulheres na produção destes ingredientes excepcionais.”

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Conheça a receita

* Comunidade com a qual a prática será compartilhada: Na cidade de Sarlat – Dordonge, no centro educativo Lycée Pré de Cordy em Sarlat-la-Canéda, com a participação de cerca de 30 pessoas. Ela escolheu este local porque seria o encerramento das formações, e seus colegas e professores são do setor de hotelaria, turismo e gastronomia. “É uma forma interessante de chegar a profissionais que futuramente poderão integrar esses ingredientes em suas receitas”, acredita.


12. Nome: Yesica Santivecchi/ Comunidad Gitana Mar Del Plata

* País de nascimento: Argentina

* País de residência: Argentina

*Nome da receita: Té cigano

A receita do chá cigano foi apresentada por Yesica Santivecchi em nome de um coletivo, a Comunidade Cigana de Mar Del Plata (formada também por Fabiana Castillo, Priscila Demetrio, Rosa Demetrio e Esmeralda Demetrio). Segundo elas, o chá cigano é a infusão típica da comunidade de toda a região, receita transmitida oralmente de geração em geração. “Uma infusão que tem origem na Índia, que sofreu mutações durante a passagem da comunidade pela Europa e acaba por se configurar e adaptar aos ingredientes disponíveis na região, com a chegada do povo cigano à América Latina”, salientam.

Na Argentina, a receita é feita diariamente em todas as cozinhas ciganas. A fusão de chá preto, cravo, canela em pau e açúcar que é macerado, é servida sobre um colchão de frutas em cada copo (de vidro): banana, laranja, tangerina e maçã. O copo é servido em um pequeno prato fundo de sobremesa, onde o chá é colocado para esfriar e retirado do prato.

Na cidade de Mar del Plata, entre os mais de 13 mil ciganos/as que ali vivem, o chá é uma infusão muito consumida e representa o momento de partilha, diálogo, reflexão e planejamento de vida. É uma tradição oral, não existe material escrito ou audiovisual sobre este costume e receita, sua preparação é um momento de aprendizagem e troca entre os adultos e os mais jovens da comunidade.

  Fabiana Castillo, no vídeo enviado para o concurso, explica como é preparado o chá. Ela conta que é cigana e aprendeu a receita do chá com a mãe e as tias, que o preparavam em sua casa na província de Chaco. “É minha responsabilidade e orgulho ensinar aos meus filhos, filhas, noras, genros, netos e netas esta receita que tanto representa a nossa identidade como povo cigano”, destaca.

Priscila Demétrio, de 15 anos, aprendeu com Fabiana e diz que adora preparar e compartilhar com familiares e amigos. “É muito saboroso e típico. A combinação com as frutas gera um sabor diferente. Além disso, é um pretexto para se reunir e é um gesto de hospitalidade. Numa casa cigana nunca falta o chá típico. É o nosso orgulho”, afirma.

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Conheça a receita:

*Comunidade com a qual a prática será compartilhada: Partilhar o chá cigano, segundo elas, é um pretexto para aproximar a comunidade cigana da comunidade crioula do bairro, “no sentido de promover encontros e contribuir para a erradicação da discriminação étnica e cultural”. A proposta é realizar seis atividades onde a receita será compartilhada em instituições de ensino do bairro (casa comunitária do Marea, escola primária 41 e escola secundária 56), com registro audiovisual da experiência e festival de encerramento aberto a toda a comunidade marplatense.


13. Nome: Yorely Paola León Caicedo

* País de nascimento: Colômbia

* País de residência: Chile

*Nome da receita: Arepa con chocolate colombiano

A arepa com chocolate, apresentada por Yorely Paola León Caicedo, é um alimento consumido em todos os departamentos colombianos, mudando um pouco os ingredientes e a forma de preparo. É um produto que, segundo ela, têm apresentado à comunidade chilena para consumir em diversos horários do dia, principalmente no café da manhã ou no chá da tarde. Sendo a base da gastronomia colombiana, é um prato que pode ser servido sozinho ou em conjunto com outros alimentos. Yorely é colombiana e mora no Chile, em Alto Hospicio, comuna da província de Iquique, localizada na região de Tarapacá.

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Conheça a receita

* Comunidade com a qual a prática será compartilhada: A prática será compartilhada na Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, no Alto Hospicio, que abriga um refeitório para crianças chilenas e estrangeiras, principalmente meninos e meninas de países vizinhos, como Bolívia e Peru.

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16

fev
2024

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

626 pessoas se inscreveram no Edital de Bolsas para o Curso de Políticas Culturais de Base Comunitária 2024

Em 16, fev 2024 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

O programa IberCultura Viva recebeu um total de 626 inscrições para bolsas de estudo da edição 2024 do Curso de Pós-Graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária, ministrado no campus virtual da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO-Argentina). Este é o maior número de candidaturas apresentadas desde o lançamento do curso, em 2018.

O período de inscrições desta convocatória abriu no dia 20 de dezembro e se encerrou nesta quinta-feira, 15 de fevereiro, às 23h59 (de Brasília). Pessoas de 13 países enviaram suas postulações pelo Mapa IberCultura Viva: Argentina (61), Brasil (82), Chile (97), Colômbia (113), Costa Rica (24), Equador (29), El Salvador (9) , Espanha (24), México (57), Paraguai (15), Peru (75), República Dominicana (2) e Uruguai (38).

Na edição de 2023 haviam sido enviadas 493 candidaturas; desse total, 453 foram habilitadas e 96 selecionadas para receber as bolsas. Em 2022, foram recebidas 360 inscrições; em 2021, 502; em 2020, 456; em 2019, 243, e em 2018, 466.

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Duas etapas

Assim como nas edições anteriores, o processo seletivo contemplará duas etapas: habilitação e avaliação. Na primeira etapa, a equipe da FLACSO-Argentina analisará a documentação enviada para verificar se os anexos foram carregados corretamente e se as pessoas se enquadram nos perfis requeridos para se candidatar a uma das 104 bolsas que serão concedidas pelo IberCultura Viva este ano. Quem tiver enviado a documentação corretamente terá sua inscrição habilitada e passará para a próxima etapa, de avaliação.

Na segunda etapa do processo seletivo, a avaliação dos candidatos ficará a cargo dos representantes governamentais de cada país participante. Entre os critérios que serão levados em conta na seleção está a experiência na elaboração e na execução de políticas públicas culturais e/ou em gestão cultural comunitária. Além disso, será valorizada a formação (certificada) em gestão cultural e disciplinas afins, como artes, ciências sociais, humanas ou económicas.

As inscrições que obtiverem a maior pontuação por país, de acordo com os critérios estabelecidos no regulamento, serão selecionadas para receber as bolsas desta sétima turma do curso, que se realizará de abril a dezembro de 2024. Desde o lançamento deste curso de pós-graduação, construído em conjunto por IberCultura Viva e FLACSO Argentina, mais de 600 bolsas foram concedidas a funcionários/as de organismos públicos ou membros de organizações culturais comunitárias que desenvolvem suas atividades nos países membros do programa.

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08

fev
2024

Em Notícias

Por IberCultura

MinC divulga resultado final do Edital Prêmio Pontos de Leitura 2023

Em 08, fev 2024 | Em Notícias | Por IberCultura

(Texto: MinC)

O Ministério da Cultura do Brasil (MinC) divulgou nesta quinta-feira, 8 de fevereiro, o resultado final do Edital Prêmio Pontos de Leitura 2023. De um total de 810 concorrentes, foram premiadas 300 bibliotecas comunitárias de todo o país. Elas receberão R$ 30 mil, cada uma. 

Os projetos selecionados pelo Prêmio Pontos de Leitura 2023 mostram a diversidade do Brasil. Entre os projetos premiados, estão bibliotecas comunitárias localizadas em aldeias indígenas, territórios quilombolas, áreas de assentamento rural, periferias urbanas. Também foram selecionadas bibliotecas comunitárias que atuam no fortalecimento de temáticas específicas, como a literatura de cordel, literatura indígena, gibis, autoria negra e LGBTQIA+. 

Para o diretor de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do MinC, Jéferson Assumção, a intenção do prêmio é destacar a atuação de bibliotecas comunitárias e reconhecer a importância de espaços vivos promotores de leitura, em todas as regiões e estados brasileiros. “O resultado do edital nos mostra essa riqueza, numa ampla diversidade de territórios, populações e formas de fazer essa ativação cultural em torno do livro e da leitura. Essas bibliotecas estão inseridas nas comunidades, onde muitas vezes o Estado historicamente tem menos atuação “, afirma o diretor. 

Entre as 300 premiadas, são 26 no Centro-Oeste; 156 no Nordeste; 45 no Norte; 61 no Sudeste e 12 no Sul. Promovido pela Diretoria de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB), da Secretaria de Formação, Livro e Leitura (Sefli), o edital soma R$ 9 milhões.  Já está prevista a liberação orçamentária para a premiação de mais dez bibliotecas comunitárias, que serão convocadas conforme a lista de classificação. 

Seleção por estado: Acre (5), Alagoas (2), no Amapá (4), Amazonas (8), Bahia (50), Ceará (54), Distrito Federal (13), Espírito Santo (1), Goiás (5), Maranhão (10), Mato Grosso (6), Mato Grosso do Sul (2), Minas Gerais (21), Pará (21), Paraíba (7), Paraná (2), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio de Janeiro (22), Rio Grande do Norte (15), Rio Grande do Sul (9), Rondônia (1), Roraima (2), Santa Catarina (1), São Paulo (17), Sergipe (2), Tocantins (4).

Leia a notícia no site do MinC

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01

fev
2024

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Um guia sobre o Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024

Em 01, fev 2024 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

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As inscrições para o Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024 estarão abertas até o dia 11 de março na plataforma Mapa IberCultura Viva. A iniciativa se destina a organizações culturais comunitárias, povos originários e comunidades afrodescendentes interessadas em realizar um evento em conjunto com ao menos outras duas organizações ou coletivos nos países integrantes do IberCultura Viva. 

Os eventos inscritos poderão ser de alcance municipal, estadual, nacional ou internacional e deverão ser realizados entre junho e novembro de 2024. Serão aceitos como eventos: encontros, congressos, seminários, festivais, feiras, assembleias, jornadas  de sensibilização, colóquios e simpósios. 

Nesta edição também serão aceitos projetos de inclusão digital, propostos por redes culturais comunitárias que ponham em prática e/ou promovam o acesso à internet e às diversas ferramentas do digital nos territórios.

Os projetos selecionados receberão até 5 mil dólares para os gastos de produção e/ou comunicação do evento proposto. 

Com este edital, o programa busca apoiar eventos concebidos para fortalecer a articulação e o trabalho em rede das organizações culturais comunitárias, em nível local, nacional ou internacional, e cuja forma de gestão se desenvolve a partir da articulação e do trabalho conjunto das organizações culturais comunitárias participantes. 

A seguir, apresentamos um guia que pode ajudar a realizar sua inscrição.

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REQUISITOS

A quem se destina o edital?

Podem se inscrever no edital redes ou projetos de trabalho colaborativo que reúnam pelo menos três organizações culturais comunitárias (OCC) ou povos originários, indígenas e afrodescendentes, nos países que fazem parte do programa IberCultura Viva: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Paraguai, Peru e Uruguai. Este ano, a República Dominicana participa deste edital como país convidado.

Estas organizações deverão trabalhar de maneira articulada e colaborativa. Uma delas (com personalidade jurídica) deverá ser a organização responsável que ficará a cargo da administração dos recursos. Entende-se por OCC as organizações sociais (sem fins lucrativos), com ou sem personalidade jurídica, que trabalham a partir da cultura para promover o desenvolvimento comunitário. 

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Quais são os requisitos para que uma OCC seja a organização responsável pela inscrição?

A organização responsável pela inscrição deverá contar com personalidade jurídica (CNPJ) vigente e ser do tipo sem fins lucrativos. Também é necessário ter ativa uma conta bancária institucional que lhe permita receber os recursos por transferência internacional caso o projeto seja selecionado.

Além disso, existem requisitos específicos para Brasil, Chile, Equador, México e Peru: 

. No caso do Brasil, só podem participar como organizações responsáveis aquelas certificadas como Ponto ou Pontão de Cultura, com cadastro atualizado na Rede Cultura Viva.

. No caso do Chile, só podem participar como organizações responsáveis aquelas organizações comunitárias inscritas no Registro Nacional de Puntos de Cultura Comunitaria, lançado em 2023. 

. No caso do Equador, a pessoa responsável pelo projeto deve estar inscrita no Registro Único de Actores Culturales (RUAC)

. No caso do México, só podem participar como organizações responsáveis aquelas inscritas no Registro Nacional de Espacios, Prácticas y Agentes Culturales (TELAR).

. No caso do Peru, as organizações responsáveis devem ser reconhecidas como Puntos de Cultura ou estar inscritas no Registro de Organizaciones Afroperuanas Representativas (ROA).

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Como devem ser os eventos propostos pelas organizações?

As redes ou articulações de organizações interessadas em participar do edital podem apresentar uma proposta de encontro, assembleia, congresso, seminário, festival, feira, jornada de sensibilização, colóquio ou simpósio. Estes são exemplos de eventos que correspondem à linha B do edital. A linha A, por sua vez, é a que engloba os projetos vinculados à inclusão digital.

Será necessário que ao menos três organizações ou coletivos de base comunitária estejam envolvidos na produção/organização do evento proposto. No formulário deve-se especificar de que maneira cada organização participará da atividade, quais são suas responsabilidades no projeto.

Os eventos apresentados devem ser executados entre junho e novembro de 2024, com entrada livre e gratuita. Eles devem contar com as autorizações e habilitações pertinentes para sua realização e respeitar as exigências das autoridades competentes, incluindo as de segurança e higiene e preventivas de saúde, nas localidades onde serão realizados. 

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REGISTRO

Como iniciar a inscrição?

Para inscrever-se num edital do programa é necessário primeiramente registrar-se como agente cultural no Mapa IberCultura Viva. Esta plataforma permite o registro de dois tipos de agentes: individual e coletivo. Por agentes individuais compreendem-se as pessoas físicas, e por agentes coletivos, as organizações culturais comunitárias, entidades, povos originários, coletivos, agrupações e instituições. No caso deste edital, é obrigatório registrar o perfil de agente individual (a pessoa física que será responsável pela inscrição). 

Atenção: O sistema só aceita inscrições de agentes individuais nos editais. Caso o perfil da pessoa responsável pela inscrição esteja registrado como “agente coletivo”, é necessário mudá-lo para “individual” e assim poder encontrar seu nome no campo de busca da página inicial do concurso.

(Aqui está um guia que pode ajudar com o registro do perfil: http://iberculturaviva.org/manual).

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Se a pessoa responsável pela inscrição já participou de outro edital IberCultura Viva por meio desta plataforma, deve se registrar mais uma vez como agente?

Não. Pessoas que já participaram de algum edital do programa publicado no Mapa IberCultura Viva, ou já completaram seu perfil nesta plataforma, não necessitam registrar-se uma vez mais como agentes; basta ingressar em seu perfil para iniciar a inscrição.

O campo “Registrarse” na página inicial é usado apenas na primeira vez. Nas próximas vezes, você deve clicar “Ingresar” para ter acesso ao seu perfil. (Caso tenha esquecido a senha cadastrada, clique em “Olvidé mi contraseña”). Obs: Na primeira vez, ao fazer o registro, o agente é direcionado automaticamente para o perfil. Depois, será necessário clicar em “Editar” para poder acessar/modificar os dados do cadastro.

Atenção: tenha em conta que são duas etapas para se inscrever no edital: 1) completar o registro de agente individual no Mapa IberCultura Viva (se já o fez em outros editais do programa, deverá usar o mesmo registro); 2) completar o formulário de inscrição do concurso.

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Uma vez concluído o registro de agente, onde encontrar o formulário de inscrição do edital?

Quando tiver o perfil de agente registrado, clique em “Editais” (na parte superior da tela) e vá até o arquivo que aparece com o título “Convocatoria de Apoyo a Redes y Proyectos de Trabajo Colaborativo 2024/ Edital de Apoio a Redes 2024”. (O formulário se encontra em espanhol e português; o regulamento aparece primeiro em espanhol, depois em português). 

Para iniciar sua inscrição, clique no campo de busca, localize o seu nome (o registro de agente individual/pessoa física previamente cadastrado) e selecione a opção “Realizar inscrição”, disponível ao lado do campo de busca.

Complete as informações requeridas no formulário de inscrição. A qualquer momento é possível salvar os dados de sua inscrição utilizando o botão “Salvar” no canto superior direito. Feito isso, é possível sair da plataforma e continuar o preenchimento em outro momento, antes do término do período de inscrições.

O sistema gera um “número de inscrição”, que deverá ser informado ao entrar em contato com o programa IberCultura Viva para obter alguma informação sobre sua proposta.

Atenção: Em qualquer momento é possível salvar os dados da inscrição utilizando o botão “Salvar” no canto superior direito. Fazendo isso, é possível sair da plataforma e continuar em outro momento, antes do término do período de inscrição. 

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FORMULÁRIO

Que documentos devem ser preenchidos e/ou enviados?

Além do preenchimento do formulário específico do Edital de Apoio a Redes 2024 que se encontra disponível no Mapa IberCultura Viva, as pessoas candidatas devem enviar (em anexo ao formulário) dois documentos: 1) o certificado de personalidade jurídica (CNPJ) da organização/coletivo(*); 2) a carta aval em que é designada a entidade responsável pela inscrição e são definidas as responsabilidades de cada organização/coletivo/povo no projeto. 

O orçamento e o cronograma do projeto também devem ser enviados em anexo, conforme modelo encontrado no formulário.

Para os/as candidatos/as do Equador, Brasil, Chile, México e Peru, aparecerá um campo específico para envio dos comprovantes específicos requeridos em cada caso: a inscrição no RUAC, o certificado de inscrição como Ponto ou Pontão de Cultura na Rede Cultura Viva; a validação como Ponto de Cultura Comunitária no Chile; a inscrição no Registro Nacional de Espaços, Práticas e Agentes Culturais (TELAR) ou no Registro de Organizações Afro-peruanas Representativa (ROA). 

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Como apresentar a rede ou articulação que desenvolverá a proposta do candidato?

O agente responsável pela inscrição será uma pessoa física, previamente cadastrada como agente individual na plataforma. No formulário este será o primeiro campo que aparecerá. Em seguida virão os dados da rede ou articulação que apresenta o projeto (deve-se reportar o nome da rede e uma breve descrição, com objetivo, histórico, etc.).

Na primeira parte do formulário, “Dados da rede ou articulação”, encontram-se os campos para preenchimento dos dados das organizações/coletivos que compõem a rede ou articulação (cidade, país, área de atuação, ano de fundação, e-mail, um breve resumo de suas atividades). É necessário preencher os três itens (1, 2 e 3 iguais), um para cada organização/coletivo, pois este é o número mínimo de membros que devem fazer parte da rede ou articulação. No caso de haver mais membros, existe mais um campo onde pode ser anexada uma lista.

Nesta parte encontram-se também os campos para informar a entidade responsável pela administração do projeto, enviar o certificado de personalidade jurídica e a carta aval em que são definidas as responsabilidades de cada membro da rede. 

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Como apresentar a proposta da rede ou articulação?

A segunda parte do formulário é dedicada aos dados do projeto. Lá você deve informar o nome, local de realização, data de início, data de término, descrição, objetivos, metas, resultados esperados.

Uma das questões que aparecem no formulário é se o projeto propõe ações de reconhecimento e fortalecimento da identidade cultural. Também se pergunta se o projeto inclui características inovadoras e/ou relevantes para a comunidade e se inclui a perspectiva de gênero (descreva como; caso contrário, responda apenas “não contempla”). As ações de comunicação, documentação e registro que serão realizadas também devem ser informadas.

No campo de descrição da “Estrutura de Gestão” devem ser incluídas as responsabilidades assumidas por cada membro da rede ou articulação. Espera-se também que sejam informadas, caso existam, as estratégias de monitoramento e avaliação, a equipe técnica e a participação de outros atores na proposta (prefeituras, instituições públicas e/ou privadas, por exemplo). 

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Como apresentar o orçamento do projeto?

Cada projeto selecionado neste edital pode receber até US$ 5 mil para despesas de produção e comunicação do evento proposto. Na parte final do formulário de inscrição encontram-se os campos onde deverá constar o orçamento para o projeto. Os dois últimos campos destinam-se ao envio do orçamento e do cronograma do projeto em anexo, conforme os modelos que estão disponíveis para download no formulário.

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Como preencher a carta aval?

Neste campo do formulário (item 5.1) existe um modelo de carta aval para baixar. É um documento simples, no qual se deve dizer que as pessoas abaixo assinadas expressam seu aval à organização que se apresenta como a entidade responsável pelo projeto, que se encarregará da administração dos recursos. Também deve ser esclarecido como as responsabilidades foram distribuídas entre as organizações que compõem o projeto (a organização X é responsável por uma determinada tarefa, o grupo Y tem essa missão, etc.). 

É necessário baixar o modelo disponível (para o Brasil, há versão em português), preencher os campos obrigatórios, imprimir, coletar as assinaturas dos responsáveis ​​pelas organizações que compõem a rede, e enviar este certificado assinado, anexando o arquivo ao formulário por foto ou scanner.

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ENVIO

Como saber se a inscrição foi enviada?

A proposta será enviada para a participação no edital somente após o preenchimento de todos os campos do formulário e a inclusão dos anexos obrigatórios. Caso o registro de agente na plataforma não tenha sido completamente preenchido, não será possível enviar a inscrição. O sistema apresentará um alerta (um ponto de exclamação “!” em vermelho, em que se deve clicar para saber onde está o problema). Se o erro estiver no registro de agente, será necessário clicar no seu nome ou na sua imagem de perfil, acessar “Meu perfil” e editar seu registro, completando todos os campos do formulário que estiverem marcados com o símbolo “*”. Também é preciso selecionar ao menos uma área de atuação, no canto superior esquerdo da página de registro.

Revise as informações antes de clicar em “Enviar inscrição”. Após o envio, não será possível editá-la. A plataforma exibirá a tela de confirmação do envio|: o dia e o horário do envio aparecerão na tela com uma tarja verde.

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AVALIAÇÃO

Como se dá o processo de seleção?

O processo de avaliação do edital tem duas etapas: habilitação e avaliação. Na primeira etapa, a Unidade Técnica do IberCultura Viva revisará a documentação enviada, para ver se os anexos foram enviados corretamente, se o projeto reúne ao menos três organizações culturais comunitárias, se elas são provenientes de países membros do programa. As organizações que tiverem enviado a documentação corretamente passarão à etapa seguinte, de avaliação.

Na segunda etapa, os projetos habilitados serão avaliados pelo comitê de seleção, integrado por representantes do Conselho Intergovernamental. A avaliação se dará conforme os critérios estabelecidos previamente no regulamento do edital.

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Quais são os critérios de avaliação? 

A seleção levará em conta, por exemplo, se a proposta propicia o desenvolvimento de uma cultura cooperativa, solidária e transformadora, mediante o fortalecimento da capacidade de organização comunitária. Também contarão pontos na avaliação se o projeto promove ações de formação cultural e fortalecimento das identidades culturais; se desenvolve ações de comunicação, documentação e registro nas comunidades e redes em que atuam; se propõe características inovadoras e/ou relevantes para a comunidade; se inclui a perspectiva de gênero de forma transversal; se aborda atividades com temáticas específicas e significativas para comunidades vulneráveis, coletividades, minorias étnicas, etc.

Além da adequação aos objetivos estratégicos do programa, serão avaliadas a experiência da rede ou coletivo proponente e a proposta técnica apresentada. Neste caso, se observará se os objetivos estão explicitados de forma clara e bem definidos; se são pertinentes as estratégias e objetivos em relação aos resultados esperados; se explicitam coerentemente as etapas/ações para o desenvolvimento do projeto; se contam com uma equipe técnica adequada para a realização da proposta; se incluem adequada estrutura de gestão e estratégias de monitoramento e avaliação, se há coerência e adequação do orçamento e do plano de trabalho. 

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Confira o regulamento do concurso: https://bit.ly/3ubBiVp

Inscreva-se: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidades/265/

Como se inscrever no Mapa IberCultura Viva: https://iberculturaviva.org/mapa-ibercultura-viva/?lang=es

Consultas: programa@iberculturaviva.org

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23

jan
2024

Em Destaque
EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

IberCultura Viva abre o Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024

Em 23, jan 2024 | Em Destaque, EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

(Foto: Luciele Oliveira/MinC)

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O programa IberCultura Viva abriu nesta terça-feira, 23 de janeiro, o prazo de inscrições para o Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024. As organizações culturais comunitárias, povos originários e comunidades afrodescendentes interessadas em realizar eventos em conjunto com outras organizações ou coletivos podem se inscrever no Mapa IberCultura Viva até o dia 11 de março de 2024.

O valor total destinado a esta edição da convocatória é de 189 mil dólares, o maior montante concedido pelo IberCultura Viva em 10 anos de programa. Cada projeto selecionado receberá até 5 mil dólares para os gastos de produção e/ou comunicação do evento proposto.

Os eventos propostos podem ser festivais, feiras, encontros, congressos, jornadas de debates, assembleias, seminários, colóquios e simpósios, com alcance municipal, estadual, nacional ou internacional. As atividades devem ser desenvolvidas entre junho e novembro de 2024, com entrada livre e gratuita, e ter ao menos três organizações ou coletivos de base comunitária envolvidos em sua produção.

Este ano, assim como em 2023, também podem ser apresentadas propostas que incluam a temática da inclusão digital, para promover projetos de redes culturais comunitárias que ponham em prática e/ou fomentem o acesso à internet e as diversas ferramentas digitais nos territórios. 

A convocatória está aberta a organizações culturais comunitárias, povos originários e comunidades afrodescendentes dos 12 países membros do programa (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Paraguai, Peru e Uruguai), além da República Dominicana (país convidado).

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Organização responsável

Os projetos devem ser apresentados por uma organização com personalidade jurídica, sem fins lucrativos, que ficará a cargo da administração dos recursos. No caso do Brasil, podem participar como organizações responsáveis apenas aquelas certificadas como Pontos ou Pontões de Cultura, com cadastro atualizado na plataforma Rede Cultura Viva. No Chile, as organizações responsáveis devem estar cadastradas no Registro Nacional de Puntos de Cultura Comunitaria, lançado em 2023. 

No caso do Equador, a pessoa responsável pelo projeto deve estar inscrita no Registro Único de Actores Culturales (RUAC). No México, a organização responsável deve estar no Registro Nacional de Espacios, Prácticas y Agentes Culturales (TELAR). No caso do Peru, as organizações responsáveis devem ser reconhecidas pelo Ministério da Cultura como Puntos de Cultura ou estar inscritas no Registro de Organizaciones Afroperuanas Representativas (ROA).

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Confira o regulamento: https://bit.ly/3ubBiVp

Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/265/

Consultas: programa@iberculturaviva.org

Como se registrar no Mapa IberCultura Viva: http://iberculturaviva.org/manual/

18

jan
2024

Em Notícias

Por IberCultura

Pontões de Cultura: edital seleciona 42 projetos em todo o Brasil

Em 18, jan 2024 | Em Notícias | Por IberCultura

O Ministério da Cultura (MinC) divulgou o resultado final da etapa de seleção da reabertura do Edital Cultura Viva – Fomento a Pontões de Cultura – A Política de Base Comunitária Reconstruindo o Brasil. As iniciativas selecionadas receberão um repasse de R$ 400 mil a R$ 800 mil para a execução de ações culturais em um período de 12 meses.

Nesta última rodada, oito entidades tiveram suas iniciativas selecionadas. Elas se somam aos projetos classificados e divulgados em novembro pelo MinC. Em dezembro, as 43 entidades selecionadas foram convocadas à fase de habilitação, quando apresentaram planos de trabalho; 42 delas foram habilitadas. 

“Os projetos serão desenvolvidos por entidades com atuação em áreas como cultura popular e tradicional, patrimônio cultural, artes visuais, artes cênicas, artes musicais, literatura, audiovisual, circo, que agora atuarão junto ao poder público no mapeamento, diagnóstico, formação e articulação da Rede Cultura Viva”, destaca a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, Márcia Rollemberg, que representa o Brasil no Conselho Intergovernamental do IberCultura Viva.

Metade das entidades (21) já teve os Termos de Compromisso Cultural (TCCs) celebrados no último mês de 2023. Alguns Pontões de Cultura selecionados pertencem ao Eixo 1 da convocatória, voltado a pontões estaduais ou distrital. Os outros são do Eixo 2, de atuação nacional, destinado a redes temáticas, setoriais e identitárias. 

“Cultura Viva é a política de base comunitária do Sistema Nacional de Cultura, e está comprometida com a construção da democracia, da cidadania e da participação social. Este edital é uma demonstração do nosso compromisso com essas premissas”, salienta Márcia Rollemberg.

Os Pontos e Pontões de Cultura fazem parte da Política Nacional de Cultura Viva, regulamentada em abril de 2015. Pontos de Cultura são entidades sem fins lucrativos, grupos ou coletivos com ou sem constituição jurídica, de natureza ou finalidade cultural, que desenvolvam e articulem atividades culturais continuadas em suas comunidades ou territórios. Já um Pontão de Cultura é uma entidade cultural ou instituição pública de ensino que articula um conjunto de outros pontos ou iniciativas culturais, desenvolvendo ações de mobilização, formação, mediação e articulação de uma determinada rede de Pontos de Cultura e demais iniciativas culturais, seja em âmbito territorial ou em um recorte temático e identitário.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, explica que “o fomento aos Pontões de Cultura é uma iniciativa do Ministério da Cultura que busca valorizar e fomentar as expressões artísticas e culturais nas mais diversas regiões do Brasil. Com atividades gratuitas, descentralizadas e igualitárias, os Pontos de Cultura contribuem para a formação de cidadãos mais conscientes e participativos, além de promover o desenvolvimento cultural local. A atuação dos Pontões será fundamental na reestruturação e ampliação da rede Cultura Viva”, destacando seu papel estratégico.

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Pontões

Selecionado na categoria Livro, Leitura e Literatura, o Ponto de Cultura AbraPalavra foi criado em 2006, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Contadora de histórias, gestora cultural e presidente do grupo, Aline Cântia, destaca a importância do fomento continuado em espaços culturais. “Ao nos tornarmos Pontão de Cultura nessa temática,  pretendemos ampliar o acesso à cultura escrita, à leitura e à literatura, ao mesmo tempo, valorizar e fomentar as formas orais da literatura. Quando se fala de ‘ampliar o acesso’, não se trata apenas de disponibilizar livros, mas de fortalecer toda uma cadeia produtiva, diversa, plural e criativa que gira em torno deles, mapeando, formando, criando intercâmbios e integrando e fortalecendo coletivos e entidades relacionados a essa área”, planeja a jornalista, mestre em Estudos Literários e doutora em Educação. 

O projeto da entidade prevê 12 atividades de formação, articulando Pontos de Cultura, Pontos de Leitura e bibliotecas de forma alinhada com as diretrizes do Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL).

Outro exemplo de Pontão de Cultura selecionado, este pelo Rio Grande do Sul, na categoria estadual/distrital, é o Ilê Axé Cultural Assobecaty, organização sem fins lucrativos localizada na cidade de Guaíba, reconhecida como Ponto de Cultura desde 2012. Fundada em 1943, é a primeira casa de tradição de matriz africana do estado e uma referência cultural da região.

O Pontão de Cultura Ilê Axé Cultural Assobecaty busca fomentar a inclusão social, o fortalecimento da identidade afrodescendente e o combate ao racismo por meio de ações que valorizem a diversidade cultural e promovam a igualdade de direitos. O pontão também tem como objetivo contribuir para a formação de novas gerações de lideranças e agentes culturais comprometidos com a promoção da cultura afro-brasileira”, ressalta Mãe Carmen, articuladora do espaço. 

O projeto aprovado pretende mapear a diversidade cultural do estado, com iniciativas que envolvam indígenas, população negra, mulheres, pessoas LGBTQIA+, formando jovens em todas as regiões, por meio das bolsas Agente Cultura Viva.

(Fonte: MinC)

15

jan
2024

Em Destaque
EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Ibercocinas, Iber-Rutas e IberCultura Viva anunciam o resultado do concurso Sabores Migrantes Comunitários

Em 15, jan 2024 | Em Destaque, EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

Os programas IberCultura Viva, Iber-Rutas e Ibercocinas publicaram nesta segunda-feira, 15 de janeiro, o resultado da quinta edição do concurso Sabores Migrantes Comunitários, que premia histórias de receitas e práticas culinárias de comunidades migrantes da Ibero-América.  Treze propostas  foram selecionadas para receber um reconhecimento como ‘Boa prática de cozinha migrante comunitária ibero-americana’ e um prêmio de 600 dólares

A convocatória esteve aberta entre 6 de novembro e 18 de dezembro de 2023. Podiam participar pessoas maiores de 18 anos, nascidas em um dos 22 países ibero-americanos e residentes em um país diferente daquele de origem, ou que apresentam práticas culinárias de pessoas migrantes de sua família, com até segundo grau de parentesco (padre/mãe, avô/avó). 

As pessoas candidatas deveriam enviar, a título pessoal ou em nome de iniciativas comunitárias, uma receita de sua comunidade de procedência, a história por trás dela, e a forma com que esta receita se insere na comunidade de acolhida, dentro de uma experiência migratória.

Foram selecionadas 13 postulações de pessoas nascidas em: Argentina (1), Colômbia (2), El Salvador (1), Espanha (1), Guatemala (1), México (1), Paraguai (2) e Venezuela (4). Os países de residência dos/das postulantes selecionados são: Argentina (2), Chile (3), Colômbia (2), Estados Unidos (1), França (1), México (1), Paraguai (2) e Uruguai (1).

As pessoas responsáveis pelas propostas ganhadoras serão contactadas pela Unidade Técnica do IberCocinas, do IberCultura Viva ou do Iber-Rutas para dar seguimento à tramitação para a concessão dos reconhecimentos como ¨Boa Prática de Cozinha Migrante Comunitária Ibero-americana¨ e o pagamento do apoio econômico às iniciativas. 

Todas as pessoas que tiveram suas práticas culinárias selecionadas deverão compartilhá-las em uma atividade com a comunidade atual. Esta experiência pode ser realizada em um âmbito familiar ou entre vizinhos, em uma organização cultural comunitária, em uma instituição educativa, uma associação civil ou similares. Um depoimento sobre esta atividade deverá ser enviado aos programas organizadores. O prazo é de 60 dias após o recebimento do estímulo econômico.   

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Confira a lista de propostas selecionadas

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22

dez
2023

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

16 inscrições foram habilitadas no concurso Sabores Migrantes Comunitários 2023

Em 22, dez 2023 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

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Dezenove pessoas enviaram suas postulações à quinta edição do concurso Sabores Migrantes Comunitários, iniciativa conjunta dos programas IberCultura Viva, Iber-Rutas e Ibercocinas que premia histórias de receitas e práticas culinárias de comunidades migrantes da Ibero-América. Do total de inscrições recebidas, 16 foram consideradas habilitadas e passaram à segunda etapa do processo de seleção, quando serão avaliadas as receitas e histórias enviadas.

As pessoas que tiveram suas postulações habilitadas nasceram nos seguintes países: Argentina (2), Chile (1), Colômbia (2), El Salvador (1), Espanha (1), Guatemala (1), México (1), Paraguai (2) e Venezuela (5). Os países de residência que constam na lista de postulantes habilitados são: Argentina (3), Chile (3), Colômbia (3), Espanha (1), Estados Unidos (1), França (1), México (1), Paraguai (2) e Uruguai (1).

Das cinco inscrições não habilitadas na primeira lista, publicada no dia 22 de dezembro, duas puderam apresentar recursos e completar a documentação que havia faltado: uma delas não havia anexado um documento com a receita; a outra não havia indicado em que comunidade realizaria a proposta. No caso das três restantes, não cabiam recursos porque as propostas enviadas não constituíam uma experiência de migração. A lista definitiva de candidaturas habilitadas, após a análise dos recursos enviados, foi publicada nesta sexta-feira, 29 de dezembro.

O valor total atribuído ao concurso Sabores Migrantes Comunitários 2023 é de 8 mil dólares para um máximo de 13 propostas. As iniciativas selecionadas receberão um reconhecimento como ‘Boa prática de cozinha migrante comunitária ibero-americana’ e um prêmio de US$ 600.

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Convocatória

As inscrições para esta edição estiveram abertas na plataforma Mapa IberCultura Viva entre 6 de novembro e 18 de dezembro. Para participar era necessário ter mais de 18 anos, ter origem ibero-americana e viver em outro país que não o seu país de origem, ou ser descendente de pessoas migrantes até segundo grau de parentesco (pai/mãe, avô/avó).

As pessoas candidatas deveriam enviar, a título pessoal ou em nome de iniciativas comunitárias, uma receita de sua comunidade de procedência, a história por trás dela, e a forma com que esta receita se insere na comunidade de acolhida, dentro de uma experiência migratória. 

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Critérios de seleção

A seleção seguirá os critérios estabelecidos no regulamento, como a representatividade da preparação para a comunidade de origem; a experiência de inserção na comunidade de acolhimento; a geração de conhecimentos e práticas tradicionais e criativas promovidos por cozinheiros e cozinheiras migrantes; o impacto direto na segurança alimentar, e as estratégias de disseminação do conhecimento culinário e/ou a construção de um legado culinário às novas gerações com a consciência de sua cultura diversa. 

A diversidade cultural das propostas será privilegiada, por meio da seleção de projetos de diferentes países. Apresentações feitas por mulheres, jovens entre 18 e 29 anos, bem como indígenas ou afrodescendentes, receberão um ponto a mais na avaliação. Se a pessoa postulante pertence a uma comunidade que se encontra em movimento, ou que está transitando pelo processo de migração em um refúgio, ela receberá dois pontos extras.

Nesta edição, todas as pessoas que tiverem suas práticas culinárias selecionadas deverão compartilhá-las em uma atividade com a comunidade atual. Esta experiência pode ser realizada em um âmbito familiar ou entre vizinhos, em uma organização cultural comunitária, em uma instituição educativa, uma associação civil ou similares. Um depoimento sobre esta atividade deverá ser enviado aos programas organizadores.  

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(*) Texto atualizado em 30 de dezembro de 2023, após a análise dos recursos.

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Confira a lista definitiva de candidaturas habilitadas e não habilitadas

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18

dez
2023

Em Destaque
EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

IberCultura Viva concederá 104 bolsas para o Curso de Políticas Culturais de Base Comunitária

Em 18, dez 2023 | Em Destaque, EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

Nesta quarta-feira, 20 de dezembro, começa o prazo de inscrições do Edital de Bolsas para o Curso de Pós-graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária 2024. Serão distribuídas 104 bolsas para pessoas dos 12 países membros do IberCultura Viva (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Paraguai, Peru e Uruguai) e da República Dominicana, país convidado a participar das atividades do programa este ano. 

As pessoas interessadas em concorrer a uma bolsa deste curso, que se realizará no campus virtual da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO-Argentina) entre abril e dezembro de 2024, podem se inscrever até 15 de fevereiro de 2024 na plataforma Mapa IberCultura Viva

Este será o sétimo ano desta proposta acadêmica que foi construída em conjunto por IberCultura Viva e FLACSO Argentina, com o objetivo de fortalecer a formação e pesquisa das políticas culturais de base comunitária e o conceito de “cultura viva” como política pública.

Desde o lançamento, em 2018, o programa IberCultura Viva concedeu mais de 600 bolsas para este curso. Desse total, 501 pessoas – funcionárias de organismos públicos ou membros de organizações culturais comunitárias – foram selecionadas nos editais realizados para as turmas de 2018 a 2023. As pessoas que receberam estas bolsas foram aquelas que obtiveram as mais altas pontuações entre as candidatas de cada país membro, conforme os critérios estabelecidos no regulamento.

Nestes seis anos também foram concedidas 103 bolsas extras com os recursos de formação que alguns governos tinham à sua disposição no Fundo Multilateral IberCultura Viva, principalmente os do Brasil e do Chile. Estas bolsas extras foram destinadas exclusivamente a representantes de organizações culturais comunitárias, e a seleção seguiu a ordem de classificação das pessoas candidatas nas convocatórias.

A exemplo dos anos anteriores, as pessoas interessadas em se candidatar a uma das 104 bolsas para a turma de 2024 devem trabalhar em órgãos públicos de cultura, dedicar-se à gestão cultural ou integrar uma organização cultural de base comunitária ou algum povo originário em um dos 13 países participantes deste edital. A divisão das bolsas será equitativa: estão previstas oito bolsas por país. 

Experiência na incidência, elaboração e execução de políticas culturais públicas e/ou em gestão cultural comunitária estão entre os critérios que serão levados em conta na seleção das pessoas candidatas. Também será valorizada a formação certificada em gestão cultural e em disciplinas afins, como artes, ciências sociais, humanas e económicas. Pelo menos 50% das pessoas selecionadas devem ser mulheres.

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Proposta acadêmica

A proposta acadêmica coordenada por Belén Igarzábal e Franco Rizzi busca a diversidade de miradas, com a participação de professores de vários países ibero-americanos. Os conteúdos estão distribuídos em seis módulos e 26 aulas, em suporte escrito e audiovisual assincrônico, nas quais são trabalhadas noções sobre processos culturais contemporâneos, propondo um marco teórico amplo sobre as teorias da cultura e dos debates atuais em torno delas. 

Também são abordadas noções de políticas culturais com ênfase nas questões de direito, cidadania e comunidade e debatidas as teorias existentes a respeito das políticas culturais de base comunitária, novas formas de produção cultural e o uso de tecnologias a serviço da criação de redes. Além disso, o curso oferece ferramentas de gestão, planejamento, monitoramento e avaliação de políticas públicas culturais específicas para territórios e comunidades. 

As aulas são publicadas uma vez por semana – com uma semana de recesso no final de cada módulo – e abre-se um fórum para cada aula publicada, gerando um espaço de debate e intercâmbio de ideias e experiências em torno dos temas tratados. Também se realizam encontros sincrônicos virtuais com professores/as convidados e com as tutoras do curso.

 Para cumprir com os objetivos do curso, deve-se realizar um trabalho parcial escrito sobre os três primeiros módulos e um trabalho final integrador, que consiste em desenhar e planejar um projeto cultural comunitário ou uma política cultural pública de base comunitária. Os trabalhos podem ser entregues em espanhol ou português. As aulas são ministradas em espanhol, exceto as que estão a cargo de professores brasileiros, que são dadas em português e têm tradução para o espanhol. 

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Confira o regulamento do edital: https://bit.ly/48q0aHz

Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/260/

Consultas: programa@iberculturaviva.org

Como se cadastrar no Mapa IberCultura Viva: http://iberculturaviva.org/manual/

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 Saiba mais sobre o curso

http://flacso.org.ar/formacion-academica/posgrado-internacional-en-politicas-culturales-de-base-comunitaria/

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(*Atenção: para concorrer a uma das vagas, é necessário se inscrever através da plataforma Mapa IberCultura Viva. As pessoas que não forem selecionadas no edital e/ou aquelas que não são provenientes dos países integrantes do programa IberCultura Viva podem se inscrever pagando a matrícula do curso diretamente a FLACSO Argentina.)

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