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Encontro em Salvador celebra os 20 anos da Cultura Viva no Brasil
Em 27, jun 2024 | Em Cultura Viva, Notícias, Países membros | Por IberCultura
(Texto: MinC)
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A cidade de Salvador vai sediar de 3 a 6 de julho o encontro que celebrará nacionalmente, com uma programação de debates e atividades de formação, os 20 anos da política cultural de base comunitária mais importante do país: a Cultura Viva. Criada em 2004 pelo então ministro da Cultura, Gilberto Gil, inicialmente como programa, e institucionalizada dez anos depois por meio da Lei Federal 13.018/2014, a Política Nacional Cultura Viva (PNCV) é um instrumento fundamental de defesa e promoção da diversidade cultural no Brasil, fomentando ações de entidades, coletivos e agentes culturais de diferentes territórios.
Com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, o “Encontro Cultura Viva 20 Anos” acontecerá na Casa Rosa, no bairro do Rio Vermelho, e reunirá participantes de todo o país, desde gestores culturais nas esferas federal, estadual e municipal a entidades representativas de diversas comunidades, instituições culturais sem fins lucrativos, pesquisadores e agentes culturais que, historicamente, fazem a cultura acontecer em suas diferentes vertentes e expressões. Na programação, serão realizadas atividades de formação, rodas de conversa, mesas de debate e apresentações artísticas, envolvendo inclusive importantes mestres da cultura popular.
“A Cultura Viva faz 20 anos, uma política que crava na ação do estado a inclusão da diversidade cultural, a partir de sua potência e impulsiona a cidadania cultural, sendo um exemplo que inspira outros países. Atualmente se posiciona como a política de base comunitária do Sistema Nacional de Cultura, e traz no seu DNA a participação da sociedade e a corresponsabilidade dos entes federativos”, afirma a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (MinC), Márcia Rollemberg.
O evento é resultado de uma parceria estratégica entre o Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural, e o Consórcio Cultura Viva, formado pelas universidades federais da Bahia (UFBA) do Paraná (UFPR) e Fluminense (UFF), que vão atuar na geração de dados e informações para o aprimoramento institucional da Política Nacional Cultura Viva. A iniciativa envolverá atividades de formação e pesquisa, integrando estudantes de graduação e de pós-graduação, técnico-administrativos, professores e pesquisadores das três universidades.
O coordenador do Consórcio pela UFBA, Guilherme Varella, explica que “para o fortalecimento de políticas públicas é fundamental gerar informações que possam embasar análises e guiar planejamentos, a partir da elaboração qualificada de estudos e pesquisas”. Daí a importância do Consórcio, uma vez que compete às universidades envolvidas – UFBA, UFF e UFPR – implementar processos formativos na perspectiva de contribuir para uma atuação ainda mais potente do conjunto de atores envolvidos na política. “O trabalho do Consórcio nesse âmbito deverá ser guiado pelo reconhecimento do acúmulo de saberes articulados em torno da PNCV, o que significa valorizar o diálogo amplo e horizontal com a sociedade civil organizada, especialmente com os Pontões e Pontos de Cultura”, completa.
Parceria – A Comissão Nacional de Pontos de Cultura (CNPdC) está ao lado do MinC e do Consórcio na realização do evento, que conta também com o apoio do Governo do Estado da Bahia, da Prefeitura de Salvador, da Pró-Reitoria de Extensão Universitária da Universidade Federal da Bahia (PROEXT) e da Casa Rosa.
Programação – No dia 3 de julho, a programação será iniciada com uma atividade de formação dirigida aos Pontões de Cultura de todo o Brasil selecionados por edital e aos gestores públicos de cultura. Nos dias 4 e 5, a participação amplia a abrangência com a realização de mesas e rodas de compartilhamento de saberes. Já no dia 6, que marca os 20 anos do Cultura Viva, acontecerá um ato celebrativo com uma apresentação artística especial. O evento será presencial, mas haverá transmissão online, em tempo integral.
Inscrições – As inscrições para o Encontro Cultura Viva 20 Anos são gratuitas e poderão ser realizadas até 28 de junho pelo site do evento. Podem se inscrever fazedores de cultura, agentes culturais, gestores, pesquisadores, produtores e demais interessados em temas da política e gestão culturais.
Saiba mais: www.culturaviva20anos.org
42 propostas de 12 países foram enviadas ao Banco de Saberes Culturais e Comunitários
Em 20, jun 2024 | Em Editais, Intercâmbios, Notícias | Por IberCultura
(Foto: Rodando Fantasias/Cuba)
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A convocatória do Banco de Saberes Culturais e Comunitários IberCultura Viva, encerrada no dia 7 de junho, recebeu um total de 42 inscrições. Foram enviadas à plataforma Mapa IberCultura Viva: 6 propostas da Argentina, 1 do Brasil, 8 do Chile, 11 da Colômbia, 1 da Costa Rica, 1 de Cuba, 3 do Equador, 1 de El Salvador, 1 da Espanha, 4 do México, 1 do Paraguai e 4 do Peru.
As propostas serão publicadas nos próximos dias neste site, na página “Banco de Saberes“. Elas se juntarão aos projetos que já estavam cadastrados no Banco de Saberes IberCultura Viva e que escreveram ao programa manifestando interesse em continuar nesta instância: dos 30 que foram aprovados nas chamadas lançadas em dezembro de 2018 e dezembro de 2019, 19 confirmaram a vontade de continuar no banco, algumas com pequenas modificações já atualizadas no site.
As propostas do Banco de Saberes IberCultura Viva serão colocadas em circulação através do edital IberEntrelaçando Experiências, que terá sua segunda edição aberta em breve, em julho.
Quando IberCultura Viva abrir a convocatória IberEntrelaçando Experiências, as propostas cadastradas no Banco de Saberes poderão ser escolhidas por outras organizações culturais comunitárias e/ou povos indígenas interessados em recebê-las em seus territórios. Os municípios, estados e províncias que compõem a Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais também poderão se inscrever como comunidades anfitriãs.
Desta forma, ao participarem do Banco de Saberes, organizações culturais comunitárias e/ou povos indígenas manifestam seu interesse em viajar para outras cidades ou outros países para compartilhar suas experiências com outras comunidades.
O programa IberCultura Viva custeará passagens aéreas e seguro viagem das pessoas facilitadoras das propostas de intercâmbio selecionadas nesta chamada. Hospedagem, alimentação e transporte interno serão de responsabilidade da comunidade anfitriã.
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Projetos que já estavam cadastrados e manifestaram interesse em continuar no Banco de Saberes:
Argentina
- Juegos de ritmo, creación colectiva y arte comunitario – para grupos y referentxs – Organización: La Bombocova
- Gestión y producción de proyectos comunitarios. Un arte imprescindible y casi siempre invisible – Organización: Matemurga de Villa Crespo
- Clínica intensiva sobre prácticas archivísticas personales – Organización: Archivo de la Memoria Trans
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Brasil
- Dramaturgias Emergentes – Organización: Ponto de Cultura Coletivo Justina
- Tejiendo redes en Raposa – Organización: Pontão de Cultura Instituto Maranhão Sustentável
- Puxirão musical – Intercambio de conocimientos tradicionales – Organización: Ponto de Cultura Na Ginga da Maré
- Ipadê – Encuentros con Axé – Organización: Ile Aleketu Ijoba Bayo Ase Baru Orobolape
- Taller de formación sobre la experiencia de ACA: Multiplicando saberes – Organización: Associação Comunitária do Amarelão – ACA
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Colômbia
- Taller de Creación desde las técnicas del Teatro del Oprimido – Organización: Colectivo Mujeres de Fuego
- Laboratorio teatral de creación y exploración social sobre cuestiones de género, sus raíces y sus transformaciones – Organización: Colectivo Mujeres de Fuego
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Costa Rica
- C.A.O.S. (Comunidades Artísticas – Organización Social) – Organización: Fundación Keme
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Cuba
- Rodando Fantasías – Organización: Proyecto Comunitario de Realización Audiovisual Infantil Rodando Fantasías/ Red Cámara Chica, Cuba
- Maravillas de la Infancia, Cultivador de Sueños – Organización: Proyecto Sociocultural Comunitario Maravillas de la Infancia Cultivador de Sueños
- Manantial de Artes: Agricultura, Cultura, Educación Ambiental – Organización: Proyecto Comunitario Granjita Feliz
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Equador
- Desarrollo del Proyecto Mapeate – Organización: Red de Gestores Culturales del Centro Histórico de Quito (REDGESCHQ)
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Espanha
- . Baila a tu manera, el cuerpo como texto – Organización: Akántaros Asociación Cultural
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México
- Taller de cine comunitario para niños y niñas – Organización: CinemaTequio
- Seminario en Animación Sociocultural Comunitaria – Organización: Colectivo CulturAula
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Peru
- Diccionarios Audiovisuales Comunitarios (DAC) – Organización: La Combi-arte rodante
Ministério das Culturas do Chile abre convocatórias de apoio aos Pontos de Cultura para a recuperação de espaços públicos e bairros afetados
Em 12, jun 2024 | Em Notícias, Países membros, Pontos de Cultura | Por IberCultura
O Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile, por meio do programa Pontos de Cultura Comunitária do Departamento de Cidadania Cultural, anunciou nesta segunda-feira, 10 de junho, a abertura de duas Convocatórias de Apoio a Pontos de Cultura para o ano de 2024.
As chamadas procuram fortalecer o trabalho e a gestão de redes entre diferentes Pontos de Cultura e apoiar comunidades afetadas por diversas adversidades. Por meio desses processos, todas as organizações validadas como Pontos de Cultura Comunitária no país são convidadas a participar em ambas as linhas de financiamento.
“Para o nosso ministério, é muito relevante lançar as Convocatórias de Apoio aos Pontos de Cultura Comunitária porque são chamamentos que, além de promover a integração e a convivência social, contribuem para a revitalização das comunidades e apoiam a recuperação dos espaços públicos, o que é essencial para fortalecer o tecido social e incentivar a participação cidadã”, afirma a ministra das Culturas, das Artes e do Patrimônio, Carolina Arredondo Marzán.
“Esta iniciativa demonstra o nosso compromisso com a segurança e reconhece a importância de prestar apoio em tempos de crise e vulnerabilidade. Além da promoção da cultura e da arte como ferramentas para a reconstrução e fortalecimento comunitário em contextos difíceis, é uma abordagem necessária para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, acrescenta a ministra.
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Apoio aos Planos de Articulação
A primeira é uma convocatória de Apoio aos Planos de Articulação que visa apoiar a gestão de redes entre Pontos de Cultura. As organizações reconhecidas podem ter acesso a financiamentos entre 15 e 50 milhões de pesos chilenos, dependendo do tempo de execução e do número de Pontos de Cultura envolvidos.
Neste caso, serão financiados Planos de Articulação desenvolvidos por um conjunto de pelo menos três Pontos de Cultura Comunitária, que respondam às necessidades de uma comunidade ou bairro, que contribuam para a recuperação de espaços públicos, estratégias de convivência e integração social ou segurança pública, para o reconhecimento e a coesão social, a partir de ações artísticas, culturais e/ou patrimoniais. Esta chamada estará aberta até o dia 30 de julho.
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Apoio às comunidades ou bairros afetados
A segunda é uma convocatória dirigida a Pontos de Cultura Comunitária cujas propostas visam apoiar comunidades ou bairros afetados por ações adversas, como incêndios, inundações, terremotos e tempestades, bem como por ações de violência que afetam a segurança pública.
A chamada financiará projetos socioculturais, com valores entre 5 e 30 milhões de pesos chilenos, dependendo do tempo de execução e do número de bairros ou setores beneficiados.
Esta chamada é feita através da modalidade “janela aberta”, até que os recursos se esgotem. São consideradas as seguintes datas limite para recebimento de projetos: até às 17h dos dias 20 de junho, 24 de julho, 23 de agosto, 23 de setembro e 23 de outubro de 2024.
Para se inscrever em ambas as convocatórias e obter mais informações, acesse o site puntos.cultura.gob.cl
Será apresentado o “Modelo de orientação para a ação cultural com enfoque em direitos humanos e sustentabilidade”
Em 12, jun 2024 | Em Governos Locais, Notícias | Por IberCultura
Nesta quinta-feira, 13 de junho, será apresentado o “Modelo de orientação para a ação cultural com enfoque em direitos humanos e sustentabilidade”, elaborado a partir das experiências de organizações culturais comunitárias, instituições acadêmicas e entidades governamentais.
Esta ferramenta é resultado da iniciativa de cooperação triangular “Estratégias culturais para a participação cidadã”, financiada pelo programa Ventana ADELANTE 2023 da União Europeia, com o fim de fortalecer as capacidades e habilidades para a sustentabilidade de projetos culturais.
O material foi construído a partir de uma aliança entre a Direção de Cultura de Guadalajara e o Mestrado e Doutorado em Gestão da Cultura da Universidade de Guadalajara (México), a Fundação Casa de Rui Barbosa (Brasil), o ex-Ministério de Cultura da Argentina, a Secretaria de Cultura, Recreação e Esportes de Bogotá (Colômbia) e a Secretaria Geral Ibero-americana (Espanha). Tanto Bogotá como Guadalajara são municipalidades integrantes da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais.
Também participaram da elaboração deste modelo de orientação organizações culturais e acadêmicos de Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, Costa Rica, Bolívia e México que contribuíram com seus saberes e experiências, apresentando um histórico da gestão cultural na Ibero-América, com ênfase na perspectiva latino-americana e da cultura viva comunitária.
A apresentação, a cargo de representantes das entidades da aliança, especialistas convidados/as e membros das organizações da sociedade civil que participaram desta construção, se realizará em formato virtual neste 13 de junho, às 17h do México (18h da Colômbia, 19h do Chile, 20h da Argentina e do Brasil). Para participar do encontro no Zoom é necessária a inscrição por este link: https://bit.ly/modelogc
📌 A atividade será transmitida ao vivo pelo YouTube: https://bit.ly/modelogctv
Leia mais:
Bogotá e Guadalajara realizam novo intercâmbio no projeto Ventana Adelante 2023
Chega ao fim a Iniciativa de Cooperação Triangular Estratégias Culturais para a Participação Cidadã
Secretaria de Cultura, Recreação e Esportes de Bogotá abre a segunda fase do Programa Distrital de Estímulos
Em 11, jun 2024 | Em Governos Locais, Notícias | Por IberCultura
A Secretaria de Cultura, Recreação e Esportes de Bogotá anunciou nesta terça-feira, 11 de junho, o lançamento da segunda fase do Programa Distrital de Estímulos (PDE), que retorna com novas convocatórias e uma importante oferta de recursos. São mais de 5,6 bilhões de pesos colombianos (cerca de 1,4 milhão de dólares) para promover processos culturais e criativos na cidade.
Esta segunda fase do programa inclui 11 editais e uma bolsa competitiva, num total de 115 estímulos e 33 reconhecimentos para quem avaliará as propostas através do Banco de Especialistas em Cultura. Esta oferta se soma à apresentada em fevereiro, com um orçamento de 7,9 bilhões de pesos colombianos (cerca de 2 milhões de dólares) e 31 convocatórias.
Santiago Trujillo, secretário de Cultura, Recreação e Esportes de Bogotá, expressou seu entusiasmo por esta iniciativa e destacou que quase 3 bilhões de pesos colombianos desta oferta correspondem a cinco convocatórias com recursos específicos da Lei de Entretenimento Público (LEP). “Até agora a Secretaria de Cultura, Recreação e Esportes organizou 42 convocatórias com mais de 13,5 bilhões de pesos, através do Programa Distrital de Estímulos. Esses estímulos não só apoiam o crescimento da cena local, mas também promovem a diversidade e a inclusão em todas as expressões culturais e artísticas de Bogotá”, declarou.
Os cinco editais da Lei de Entretenimento Público visam a produção e circulação de propostas de artes cênicas na cidade, de forma a fortalecer os diversos agentes que fazem parte desta cadeia de valor.
Além disso, estão abertas duas novas chamadas: Bolsa LEP para circulação de grupos musicais nas celebrações de Bogotá e Bolsa LEP Universos de Natal. Esta última pretende ter um palco de qualidade para a circulação de propostas de Natal que vão encher as ruas da cidade de luz, cor e alegria, e assim celebrar as festas de fim de ano com vizinhos, familiares e amigos.
As outras seis convocatórias vão desde a promoção da sustentabilidade do ecossistema cultural até a circulação de bens e serviços artísticos e culturais. As inscrições estarão abertas a partir de 19 de junho.
- EnRED: Bolsa para promover a sustentabilidade do ecossistema cultural e criativo.
- Bolsa para ativações artísticas e culturais para apropriação de espaço público nos Distritos Criativos de Bogotá.
- Bolsa para circulação de bens e serviços artísticos e culturais nos Distritos Criativos de Bogotá.
- Bolsa para promover o posicionamento do ecossistema cultural dos Distritos Criativos de Bogotá.
- Bolsa para a circulação “Bogotá Vive la Noche 2024”.
- Bolsa Artistas de Classe.
- Bolsa LEP para Circulação e Produção de artes cênicas no espaço público de Bogotá.
- Bolsa LEP Compartilhe o que você sabe.
- Bolsa LEP para circulação de grupos musicais nas celebrações de Bogotá.
- Bolsa LEP Bogotá em Cena.
- Bolsa LEP Universos Natalinos.
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(Fonte: Secretaría de Cultura, Recreación y Deporte de Bogotá)
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Saiba mais: https://bit.ly/EstímulosII2024 e https://sicon.scrd.gov.co/
Consultas: convocatorias@scrd.gov.co
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Leia também:
MinC lança campanha de celebração dos 20 anos da Política Nacional Cultura Viva
Em 04, jun 2024 | Em Cultura Viva, Notícias, Países membros | Por IberCultura
(Fotos: Filipe Araújo/ MinC)
(Texto: MinC)
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Com representantes de Pontos e Pontões de Cultura de norte a sul do Brasil, a ministra Margareth Menezes lançou, nesta segunda-feira (03/06), em Brasília, a campanha Julho Cultura Viva Pelo Brasil, que celebra o aniversário de 20 anos da Política Nacional Cultura Viva (PNCV).
O lançamento da campanha ocorreu durante o 1º Seminário de Pontões de Cultura – Política de Base Comunitária Reconstruindo o Brasil, evento que reuniu os 42 Pontões selecionados no edital lançado pelo Ministério da Cultura (MinC) para fortalecer a rede Cultura Viva.
“Há 20 anos nascia a Política Nacional Cultura Viva, a maior política cultural de base comunitária que surgiu de um encontro de Pontões de Cultura, no governo do presidente Lula. Nosso presidente não falha em demonstrar seu apreço e sua compreensão em relação à força da nossa cultura popular. É na cultura que reside a alma do povo brasileiro”, lembrou Margareth Menezes.
A ministra ressaltou, ainda, a potência da PNCV em fortalecer a cultura nos territórios e a pluralidade das expressões culturais do povo brasileiro, além de contribuir para a garantia dos direitos culturais da população. “É uma política que vem, na prática, há 20 anos, direcionando e inspirando a todos nós, que entendemos o valor e a dimensão que a cultura ocupa na construção da sociedade brasileira. Ela nos leva a essa celebração tão simbólica e importante”, completou.
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A campanha Julho Cultura Viva Pelo Brasil é o marco das celebrações dos 20 anos que vão se estender até julho de 2025, quando está prevista a realização da 6ª Teia Nacional – maior encontro de todos os atores envolvidos na implementação da PNCV nos territórios.
Para este período, o MinC programou uma série de ações organizadas em quatro eixos: memória (lembrar o caminho percorrido), reflexão (debater as conquistas e desafios dessa política), futuro (o que se espera para os próximos 20 anos) e celebração (eventos festivos), como explicou a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC e presidenta do IberCultura Viva, Márcia Rollemberg, ao apresentar as ações e a identidade visual da campanha.
“Esse é o momento de olhar a memória desses 20 anos; de reflexão sobre o que temos para melhorar; de celebrar porque a Cultura Viva celebra, antes de tudo, um fazer cultural; e a Cultura Viva como uma política de esperança, que fala e olha os ponteiros de cultura como importantes, potentes e a maior rede de educação popular do Brasil”, detalhou.
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Ao participar do lançamento, o secretário executivo adjunto do MinC, Cassius Rosa, lembrou que a Cultura Viva passa hoje por um momento importante, com a regulamentação do Sistema Nacional de Cultura (SNC) e a disponibilização anual de cerca de R$ 400 milhões da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) para fomentar a Cultura Viva nos municípios, nos estados e no Distrito Federal.
“Pela primeira vez, temos a garantia de recursos para os Pontos de Cultura, uma vitória conquistada por toda a sociedade. Os Pontos de Cultura têm papel estratégico na defesa da política cultural para que ninguém nunca mais ouse acabar com o Ministério da Cultura e com as políticas culturais, que são importantes não apenas no aspecto simbólico e de consolidação das nossas identidades, mas também como um grande vetor de desenvolvimento nas regiões”, afirmou.
Para receber as contribuições dos grupos e entidades culturais espalhados pelo país, será disponibilizado na sexta-feira (7/6) um formulário de inscrições das atividades que serão realizadas em julho. O período de cadastramento das agendas seguirá até 30 de junho. Podem ser feitas oficinas, espetáculos, seminários, mutirões, intervenções, aulas, rodas de conversa e de leitura e exposições, por exemplo.
“Vamos celebrar em cada território, comunidade, Ponto de Cultura, estado, município para que a gente possa marcar na base comunitária os 20 anos da PNCV. Essa campanha foi feita em conjunto com a Comissão Nacional dos Pontos de Cultura e ela só vai acontecer se a rede dos Pontos de Cultura protagonizar e construir esse processo”, convidou o diretor da Política Nacional Cultura Viva, João Pontes.
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Em nome da Comissão Nacional de Pontos de Cultura (CNPdC), Dilma Negreiros fez a leitura de uma carta redigida pelo colegiado. O documento destacou: “É preciso propagar, viralizar o conceito de Cultura Viva para que a gestão pública, em todas as suas esferas, reconheça em cada Ponto e Pontão de Cultura a ferramenta de garantia de acesso ao direito à cultura, que movimenta milhões e transforma a sociedade, liberta o pensamento e protagoniza o invisível e o indizível. (…) Somos protagonistas dessa história e acreditamos na força da cultura dessa nação”.
Os Pontões de Cultura foram representados por Aline Cantia, do Pontão Livro Leitura e Literatura (região sudeste); Alice Monteiro, do Pontão Paraíba (região nordeste); Catarina Melo dos Prazeres, do Pontão de Gênero, diversidade e direitos humanos (região centro-oeste); José Maria dos Reis, Pontão do Pará (região norte); e Suzana Belford, do Pontão Culturas Indígenas e Mãe Terra (região Sul).
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(*) Texto publicado originalmente no site do MinC
Projeto Comarca: o resgate da língua nativa “Woun-meu” por meio da tecnologia
Em 31, Maio 2024 | Em Notícias, Povos originários | Por IberCultura
[CENZONTLE]
A região Emberá-Wounaan é um território indígena do Panamá, criado em 1983 a partir de dois enclaves localizados na província de Darién, nos distritos de Chepigana e Pinogana, onde coexistiram ancestralmente dois grupos étnicos: os Emberá e os Wounaan. Cada grupo preservou sua própria cultura, tradições e línguas. Os Emberá falam “Emberá”; os Wounaan, o “woun-meu”.
Para preservar o woun-meu e o seu legado histórico, bem como reduzir as lacunas educativas, digitais e de gênero ali encontradas, foi criado o “Projecto Comarca”, um dos selecionados na convocatória Cenzontle: Uma Janela para as Línguas Originárias da Ibero- América, lançada em 2023 pelos programas IberCultura Viva e Ibermemoria Sonora, Fotográfica y Audiovisual.
A iniciativa está capacitando as mulheres Wounaan a se tornarem “escreventes” e usarem a língua nativa para escrever contos, narrar suas histórias e costumes, ou mesmo para se comunicarem no dia a dia, via WhatsApp. Além de fornecer ferramentas tecnológicas que permitam às mulheres escrever na língua originária tanto no celular quanto no computador (teclados físicos e virtuais), o projeto busca educá-las e motivá-las a usar a escrita como meio de expressão pessoal e de resgate cultural, também para que suas tradições não se percam.
No fórum virtual realizado nos dias 21 e 22 de fevereiro, no âmbito do Dia Internacional da Língua Materna, Doris Cheucarama, tradutora Wounaan e membro do Coletivo Comarca, explicou que muitas das mulheres da comunidade, embora continuem a falar woun-meu com os filhos, não sabem escrever as palavras. E as que sabem, até poucos meses atrás não tinham como fazer isso digitalmente, enviando mensagens pelo celular, por exemplo, por falta de um teclado adequado, com os caracteres específicos do seu idioma.
“Há cidades que estão perdendo a língua, as crianças quase não entendem, os pais quase não falam com os filhos na língua materna. Estamos preocupados com a realidade nessa parte. Se não falarmos, poderemos perder a nossa língua e então sentiremos que o grupo Wounaan já não existirá”, comentou Doris Cheucarama no fórum. “Com este projeto percebemos que as mulheres têm interesse em aprender, porque falam a língua, mas não sabem escrever. Fizemos algumas oficinas de um dia, um companheiro mostrou as vogais, como se escrevem, como se traduz, e isso impactou as mulheres que participaram. Ali vimos a necessidade.”
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Problemas e necessidades
O “Projeto Comarca”, portanto, nasceu da necessidade de: 1) Disponibilizar as ferramentas necessárias para a escrita do woun-meu em meio digital, garantindo sua reprodução e utilização cotidiana pela população mais jovem; 2) Promover o desenvolvimento educativo e cultural das mulheres, promovendo as suas competências literárias, pedagógicas e digitais; 3) Promover a apropriação cultural e a geração de memória coletiva através de encontros de cocriação e do desenvolvimento de narrativas literárias coletivas; 4) Mitigar as lacunas digitais e educacionais nas comunidades indígenas.
A proposta baseia-se nos problemas que as mulheres indígenas enfrentam, como o analfabetismo na sua língua materna (e às vezes também no espanhol); a falta de acesso a teclados, fontes ou plataformas que facilitem a escrita na língua originária; a escassez de oportunidades educacionais; a estigmatização do uso da língua fora dos seus territórios; migração para as cidades e a perda geracional de conhecimentos e práticas ancestrais. No caso da língua woun-meu, especificamente, falta documentação escrita para que ela possa ser ensinada às novas gerações.
Na candidatura apresentada à convocatória Cenzontle, o grupo detalha a ideia de aliar o processo de construção da ferramenta tecnológica aos componentes sociais e literários da proposta. Segundo o grupo, o componente social baseia-se em técnicas de educação popular e participativa que reconhecem as mulheres como escritoras, educadoras, criadoras e contadoras de histórias, levando-as a apropriarem-se dos seus processos de aprendizagem. O componente literário, por sua vez, procura promover a expressão cultural e emocional das mulheres Wounaan, a sua formação na escrita tradicional e digital em woun-meu e a divulgação de suas histórias, desejos e costumes.
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Oficinas nas comunidades
O grupo que desenvolve este projeto já conseguiu criar um teclado digital com caracteres para as 20 consoantes e 16 vogais utilizadas na língua woun-meu e realizar oficinas nas comunidades, onde as mulheres fizeram uma análise da história local, do cotidiano, “refrescaram a mente” e narraram sua vida pessoal, inclusive o que ouviam quando eram crianças. O material coletado nessas oficinas estará no livro “Maach Wounaan Hiiu: Nossa cultura Wounaan”, em processo de elaboração. “O livro também será uma ferramenta para os professores ensinarem às crianças o que as mulheres narraram, o que ouviram”, disse a professora Doris Cheucarama.
As oficinas mostraram que a principal motivação dessas mulheres para aprenderem a escrever em woun-meu é poder ensinar seus filhos e filhas a fazê-lo. Segundo a professora wounaan, “falar as línguas maternas é importante porque com elas nos comunicamos, com elas contamos histórias aos nossos filhos, e eles veem que os nossos antepassados contavam essas histórias, e vão se dar conta do que viveram. (…) Esta é a mentalidade que temos para o futuro: que os professores ensinem a nossa língua, e que assim publiquem mais, e que as crianças falem fluentemente. Porque uma língua é como ouro.”
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Primeiro contato
No projeto, o coletivo afirma que a primeira aproximação com a comunidade de mulheres Wounaan ocorreu no âmbito do 8º Laboratório de Inovação Cidadã (LABICPA), que se realizou de 18 a 28 de outubro de 2022 na Cidade do Panamá. Graças ao LABICPA, foi realizado um trabalho de formação e intercâmbio com um primeiro grupo de 25 mulheres Wounaan provenientes de áreas urbanas da Cidade do Panamá. Com este grupo foi desenvolvido um protótipo de teclado físico e digital, com o qual Doris Cheucarama e Chivio Membora puderam testar exercícios de tradução do espanhol para woun-meu de algumas histórias criadas pelas 25 pessoas participantes deste primeiro encontro.
Para Chivio Membora, linguista, tradutor e músico da comunidade Wounaan, “foi uma bênção quando este teclado digital foi criado” para que os falantes do woun-meu pudessem se comunicar e conversar com seus pares através de seus celulares.. “Era muito difícil escrevermos, não tínhamos como fazer (sem teclado), só escrevíamos à mão, mas também não era perfeito por causa da grafia. Agora podemos escrever, enviar mensagens e continuar aprendendo”, comentou o linguista durante o fórum virtual, destacando o trabalho conjunto que foi feito com pessoas como o colombiano Sergio Leandro Aristizabal, designer gráfico especializado em tipografia, e o documentarista Jonathan Álvarez.
Em maio de 2023, graças ao apoio do Post Labic, avançou-se no desenvolvimento de uma versão melhorada do teclado digital em woun-meu para celulares ou tablets. Também foi possível avançar com a elaboração, diagramação e ilustrações da primeira versão do livro digital dos contos criados pelas mulheres Wounaan, assim como a criação da página web básica de onde pretendem difundir o projeto e obter fundos para outros objetivos que ainda faltam conseguir.
Entre as ações previstas está a concepção de recursos audiovisuais e gráficos, de fácil acesso e impressão, para melhorar a aprendizagem da língua Woun-meu da comunidade Wounaan, bem como a tradução de livros educativos (do espanhol para woun-meu), áudios e vídeos instrutivos sobre a linguística. A concepção e produção de conteúdos educativos em woun-meu serão realizadas em colaboração com a comunidade Wounaan, através de um processo participativo e consultivo.
“A médio prazo procuramos continuar a trabalhar com mais mulheres da etnia Wounaan localizadas em territórios urbanos e rurais. Queremos ter uma visão mais completa dos problemas das mulheres indígenas em seu território e verificar se o protótipo inicial é adaptável às necessidades de acordo com os diferentes contextos”, detalhou o grupo no projeto.
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Quem compõe o Coletivo Comarca
- Doris Cheucarama: tradutora Wounaan e gestora indígena
- Chivio Membora: Linguista, tradutor e músico da comunidade Wounaan
- Sergio Aristizabal: Designer gráfico especializado em tipografia
- Zuly Redondo: Antropóloga especializada em povos indígenas
- Sharon Pringle: Educadora e escritora popular
- Jonathan Álvarez: Documentarista e gestor cultural audiovisual
- Julio Roldan: Programador e engenheiro de sistemas
- Mari Sarabi: Pesquisadora e economista
- Víctor Moraes: Linguísta
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Saiba mais sobre a comarca
Com uma área de 4.385 km², a comarca Emberá-Wounaan tem uma população estimada em 9.544 habitantes (censo de 2010), que estão distribuídos em 42 comunidades ao longo das margens dos rios Membrillo, Tupiza, Tuira, Río Sabalo e Jingurundó. Também fora da comarca, em Puerto Lara, Balsas, Jaqué, Sambú e Río Bagre.
A comarca tem como capital Unión Chocó e é administrada através de uma estrutura de governo democrática tradicional, liderada por um cacique geral e pelo presidente do Congresso Geral das Terras Coletivas Emberá-Wounaan, formado pelos caciques das cinco regiões em que se divide a comarca, escolhidos pelas comunidades. As eleições são realizadas com toda a população adulta das comunidades, e cada uma tem voz e voto.
A agricultura é a principal atividade econômica, destacando-se o cultivo de banana, milho e tubérculos, como inhame, mandioca e outros. O artesanato, a pesca, a criação de animais caipiras e a coleta de plantas também são importantes na economia local.
Em abril de 2022, Aulina Ismare Opua, com o lema “Uma mulher para um melhor desenvolvimento e unidade do povo Wounaan”, foi eleita chefe do povo Wounaan. Ismare é formada pela Universidade Central do Chile, em Ciências da Educação, professora especializada em Linguagem e Comunicação. Tem se destacado em diversas atividades profissionais e comunitárias, desenvolvendo programas e projetos que visam o fortalecimento do território Wounaan e de outros povos indígenas, jovens e mulheres.
“Cultura e decolonialidade” será o tema da primeira aula aberta do Curso de Pós-graduação em Políticas Culturales de Base Comunitária 2024
A primeira aula aberta da edição 2024 do Curso de Pós-Graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária FLACSO-IberCultura Viva será “Cultura e Decolonialidade”, a cargo da colombiana Andrea Neira. Este encontro virtual, que se realizará na próxima quinta-feira, 30 de maio, às 12h (horário de Brasília e Buenos Aires), será transmitido ao vivo no canal do IberCultura Viva no YouTube.
Doutoranda em antropologia na Universidad del Cauca, mestre em Estudos Feministas e de Gênero e assistente social, Andrea Neira foi professora em várias universidades públicas e privadas na Colômbia e coordenadora do Grupo de Trabalho de CLACSO “Epistemologías decoloniales, territorios y cultura”. Atualmente, é pesquisadora do Grupo Interdisciplinario de Estudios de Género (GIEG), da Universidad Nacional de Colombia, onde também é professora convidada para o Mestrado de Estudos Feministas e de Gênero. Faz parte do Coletivo de trabalho “Masculinidades na América Latina. Fricções, fugas e fissuras”.
Seus temas de pesquisa, atravessados especialmente pelos feminismos negros e pós-coloniais, son: Masculinidades, militarização, conflito armado e processos de reincorporação; Economias alternativas e feministas; Subjetividades juvenis, hip hop e paz; Pós-desenvolvimento e alternativas al desenvolvimento. Em 2019, ela recebeu o Prêmio Jorge Bernal para a Investigação Social.
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Encontros anteriores
As aulas transmitidas pelo YouTube foram uma novidade da edição 2021 do Curso Internacional de Pós-Graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária. A primeira palestra, realizada em 27 de maio de 2021, foi “Cultura: espécies culturais digitais e territoriais“, do professor Omar Rincón (Colômbia). A segunda foi “Gestão cultural dissidente, decolonial, comunitária e feminista“, dada pela guatemalteca Lucía Ixchíu. A argentina Laura Taube ministrou a terceira e última aula aberta do ano de 2021, “Desenvolvimento de públicos para o setor cultural”.
Em 2022 foram realizadas duas aulas abertas: “Cultura e Decolonialidade”, com Andrea Neira, e “Como construir tramas poéticas com territórios”, com Paula Mascias. Em 2022, Andrea Neira retornou à sexta turma do curso com Cultura e Decolonialidade, e agora está de volta para mais uma aula. A próxima aula aberta de 2024 será a de Ana Clara Higuera, prevista para 15 de agosto, com o tema “Desenho de política pública cultural/ comunitária”.
Esses encontros virtuais (pelo Zoom) contam com a participação das alunos e alunos matriculados no curso (que podem tirar dúvidas durante a videoconferência) e estão disponíveis no canal do IberCultura Viva no YouTube para quem quiser assistir depois.
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Quando:
Quinta-feira, 30 de maio
9:00 (CRI-MEX-SLV), 10:00 (COL-ECU-PER), 11:00 (CHL-DOM-PRY), 12:00 (ARG-BRA-URY), 17:00 ( ESP)
Onde assistir: https://www.youtube.com/@IberCulturaViva/streams
Conheça as 3 propostas do Paraguai selecionadas no Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024
Em 20, Maio 2024 | Em Editais, Edital de Apoio a Redes, Notícias | Por IberCultura
O programa IberCultura Viva anunciou os três projetos do Paraguai selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024. Estas propostas foram anunciadas numa ata complementar à publicada na última sexta-feira, 17 de maio, com 34 projetos selecionados de 11 países.
O valor total destinado aos 37 projetos selecionados nesta edição é de 189 mil dólares, o maior montante concedido a um Edital de Apoio Redes em 10 anos de programa. Cada projeto selecionado receberá até 5 mil dólares para utilizar nos gastos de produção e comunicação do evento proposto.
As 37 propostas ganhadoras são provenientes dos 12 países membros do IberCultura Viva: 3 da Argentina, 4 do Brasil, 3 do Chile, 4 da Colômbia, 3 da Costa Rica, 3 do Equador, 3 da Espanha, 2 de El Salvador, 3 do México, 3 do Paraguai, 3 do Peru e 3 do Uruguai.
Os projetos que obtiveram as pontuações mais altas em cada país foram os selecionados para receber o apoio financeiro. No caso do Paraguai os ganhadores são: o 4º Encontro Nacional de Gestão Cultural Comunitária, apresentado pelo Centro de Desarrollo de las Artes y la Cultura Avaré Sumé; “Por uma lei para os espaços culturais no Paraguai”, apresentado pela Red Escucha, e “Inclusão Digital para o Desenvolvimento Cultural no Chaco Paraguayo (IDDC Chaco)”, proposto pela Asociación Melodía para la Promoción de la Educación y la Cultura.
A seleção levou em conta critérios como a adequação aos objetivos estratégicos do IberCultura Viva, os impactos artístico-culturais, econômicos e/ou sociais do projeto, a experiência da rede ou articulação proponente, a avaliação da proposta técnica, e a coerência e adequação do orçamento e do plano de trabalho aos objetivos e estratégias propostos. Os critérios e sua respectiva pontuação estavam estabelecidos no regulamento do edital.
As redes que foram selecionadas nesta convocatória serão contatadas pela Unidade Técnica do IberCultura Viva nos próximos dias para realizar os trâmites que permitam o pagamento dos recursos financeiros às organizações responsáveis.
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Confira a ata complementar com os projetos do Paraguai
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34 propostas foram selecionadas no Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024
37 propostas foram selecionadas no Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024
Em 17, Maio 2024 | Em Destaque, Editais, Edital de Apoio a Redes, Notícias | Por IberCultura
(Foto: Luciele Oliveira/MinC)
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O programa IberCultura Viva anunciou os 37 projetos selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024. O valor total destinado a esta edição é de 189 mil dólares, o maior montante concedido a um Edital de Apoio a Redes em 10 anos de programa. Cada projeto selecionado receberá até 5 mil dólares para utilizar nos gastos de produção e comunicação do evento proposto.
Uma primeira lista, publicada na sexta-feira, 17 de maio, trouxe os nomes de 34 propostas provenientes de 11 países membros do IberCultura Viva: 3 da Argentina, 4 do Brasil, 3 do Chile, 4 da Colômbia, 3 da Costa Rica, 3 do Equador, 3 da Espanha, 2 de El Salvador, 3 do México, 3 do Peru e 3 do Uruguai. Outros três projetos, propostos por redes do Paraguai, foram anunciados no dia 20 de maio, numa ata complementar, somando um total de 37 selecionados.
Os projetos que obtiveram as maiores pontuações em cada país participante foram os escolhidos para receber o apoio financeiro. Os dois países que ficaram com 4 vagas (Brasil e Colômbia) foram aqueles que apresentaram os projetos com maior pontuação entre os que alcançaram a quarta colocação.
A seleção levou em conta critérios como a adequação aos objetivos estratégicos do IberCultura Viva, os impactos artístico-culturais, econômicos e/ou sociais do projeto, a experiência da rede ou articulação proponente, a avaliação da proposta técnica, e a coerência e adequação do orçamento e do plano de trabalho aos objetivos e estratégias propostos. Os critérios e sua respectiva pontuação estavam estabelecidos no regulamento do edital.
As redes que foram selecionadas nesta convocatória serão contatadas pela Unidade Técnica do IberCultura Viva nos próximos dias para realizar os trâmites que permitam o pagamento dos recursos financeiros às organizações responsáveis.
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O edital
A edição 2024 do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo, que esteve aberta entre 23 de janeiro e 13 de março no Mapa IberCultura Viva, teve um total de 256 postulações enviadas. Este foi o maior número de inscrições recebidas para esta convocatória desde 2016, ano em que se lançou a primeira edição. O recorde anterior era de 2022, quando foram enviadas 251 postulações.
Os dos países com maior número de candidaturas enviadas foram Colômbia (74) e Argentina (73). Na sequência, México (20), Equador (16), Espanha (12), Peru (12), Brasil (11), Chile (11), Costa Rica (11), Paraguai (7), Uruguai (7) e El Salvador (2). A República Dominicana, que participava como país convidado, não apresentou nenhuma inscrição.
Do total de 256 projetos enviados, foram habilitados 193. Segundo o regulamento, seriam aceitos como eventos nesta chamada: assembleias, encontros, congressos, seminários, festivais, feiras, colóquios e simpósios. As atividades propostas deverão ser realizadas entre junho e novembro de 2024, com entrada gratuita.
Este ano, assim como em 2023, também era possível apresentar propostas com a temática da inclusão digital, para promover projetos de redes que ponham em prática e/ou fomentem o acesso das comunidades à internet. Das 34 propostas selecionadas, três são de projetos de inclusão digital.
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Confira a lista de projetos selecionados (resultado final)
Confira a lista de projetos do Paraguai (ata complementar
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(*) Texto atualizado em 22/05/2024, após a publicação da ata complementar, com os selecionados pelo Paraguai
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