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Para o Topo.

Banco de Saberes

Oficina “Dicionários Audiovisuais Comunitários”, realizada em novembro de 2019 pelo coletivo La Combi-arte rodante (Peru) na comunidade de Cabañas, em Acayucan (México)

O Banco de Saberes Culturais e Comunitários IberCultura Viva é uma das principais ações do programa para o intercâmbio entre organizações culturais comunitárias e povos originários dos países ibero-americanos. Nesta instância, organizações e/ou coletivos interessados em propor uma atividade de intercâmbio, como uma oficina ou capacitação, podem inscrever suas propostas na plataforma Mapa IberCultura Viva e colocar sua experiência à disposição de outros coletivos, comunidades e povos dos países integrantes do programa.

Desse modo, ao participar do Banco de Saberes IberCultura Viva, as organizações culturais comunitárias e/ou povos originários manifestam seu interesse de viajar a outros países para compartilhar suas experiências com outras comunidades. Cada organização e/ou coletivo pode apresentar até três propostas de oficinas ou capacitações. Este edital permanecerá aberto de forma permanente, com cortes para revisão e publicação das propostas recebidas. 

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Apoio à mobilidade

As propostas aprovadas e publicadas no Banco de Saberes serão postas em circulação através de outra instância: os editais IberEntrelaçando Experiências. No momento em que o programa habilitar um edital IberEntrelaçando Experiências, as organizações culturais comunitárias e/ou povos originários dos países integrantes de IberCultura Viva que estejam interessados/as em receber em seus territórios as propostas já inscritas no Banco de Saberes poderão postular como comunidades anfitriãs desses intercâmbios.

O programa IberCultura Viva comprará as passagens aéreas e seguros de viagem para as pessoas facilitadoras das oficinas/capacitações selecionadas nos editais IberEntrelaçando Experiências. As comunidades anfitriãs estarão encarregadas da hospedagem, alimentação e traslados dentro do território local durante a realização da oficina/capacitação. 

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A seguir, apresentamos as propostas que estão à disposição para intercâmbio no Banco de Saberes Culturais e Comunitários IberCultura Viva.

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ARGENTINA

GESTÃO E PRODUÇÃO DE PROJETOS COMUNITÁRIOS. UMA ARTE IMPRESCINDÍVEL E QUASE SEMPRE INVISÍVEL

País: Argentina

Pessoa facilitadora: Andrea Hanna (hanna.andreah@gmail.com)

Organização responsável: Matemurga de Villa Crespo

Quem são: Matemurga nasceu em 2002, a partir de uma convocatória de sua diretora, Edith Scher, aos ouvintes do programa de rádio “Mate Amargo”. Com o tempo, ficou independente do programa. A partir de 2006, começou a se estabelecer na Villa Crespo, e atualmente está integrado por 80 vizinhos. O grupo tem dois livros publicados: “Matemurga 2002-2012” e “Matemurga 15 años”. Em 2004, os vizinhos de Matemurga estrearam “La caravana”, espetáculo com que percorreram fábricas recuperadas, clubes, escolas, salas de teatro, faculdades e encontros de teatro comunitário. Em 2006, gravaram seu primeiro CD; em 2009, estrearam a versão completa de “Zumba la risa”, e em 2016 estrearam “Herido barrio”, o maior espetáculo do grupo, do qual já fizeram mais de 50 sessões. Em 2015, criaram La Orquesta del Mate, com 25 integrantes de todas as idades. Em 2016, lançaram a convocatória para criar um grupo de teatro de bonecos, Los Títeres del Mate. Em 2021 fizeram a pré-estreia de “Falta el aire”. Em 2022 o grupo viajou para as cidades de Faro e Porto, em Portugal, com seu espetáculo “Herido barrio”, e abriu dois novos espaços: Matemurga en Danza e Les Pibes Matemurgueres, teatro para adolescentes. O grupo tem três livros publicados: Matemurga 2002-2012, Matemurga 15 años e Matemurga con el alma. Historias desde las ventanas.

Saiba mais: https://www.facebook.com/MatemurgaVillaCrespo e https://www.instagram.com/matemurga

Contato: matemurga@yahoo.com.ar

Proposta para o banco de saberes:

A oficina se propõe como um espaço teórico-prático que parte de projetos concretos que as comunidades anfitriãs estejam realizando ou planejam realizar. Os conteúdos serão abordados a partir do caso/testemunho da área de gestão e produção do grupo de teatro comunitário Matemurga Asociación Civil, como uma boa prática de democracia cultural.

Objetivos: 1) Fortalecer as capacidades de gestão e administração das organizações participantes; 2) Ampliar as habilidades para a elaboração, o planejamento, a implementação e a avaliação dos projetos culturais das organizações participantes; 3) Facilitar a integração das organizações participantes através de dinâmicas que propiciem o intercâmbio de saberes entre as mesmas; 4) Reflexionar sobre os conceitos teóricos e práticas que favoreçam sua concretização, a partir de projetos específicos das organizações participantes.

Duração prevista: 6 horas (três ou quatro jornadas).

Necessidades para o desenvolvimento da proposta:

* Técnicas: papéis post-it, canetas coloridas para lousa, lousa grande, projetor (com som para projeção de vídeos, não excludente), telão, mesa e cadeiras.

* Espacial: dimensões suficientes para abrigar comodamente os participantes. De preferência uma sala de aula ou salão de uso múltiplo.

Destinatários: integrantes adultos de organizações que se ocupem e/ou se interessem pelas temáticas da oficina.

⇒Confira a proposta completa

JOGOS DE RITMO, CRIAÇÃO COLETIVA E ARTE COMUNITÁRIA 

País: Argentina

Pessoas facilitadoras:  Santiago Comin e Laura Rabinovich

Organização responsável: La Bombocova

Laura Rabinovich e Santiago Comin em Montevidéu

Quem são: A associação civil e produtora artística La Bombocova nasce no âmbito do teatro comunitário dos bairros de La Boca e Barracas, em Buenos Aires. Embora tenha se formalizado juridicamente apenas em 2013, leva mais de 25 anos de trajetória na criação de espetáculos, seminários e oficinas, e desde 2005 vem desenvolvendo sua metodologia “Jogos de ritmo” para pessoas que trabalham com criação coletiva em grupos.  https://mapa.iberculturaviva.org/agente/1825/

Contato: info@labombocova.com

Proposta para o banco de saberes:

Propõe-se desenvolver combinadamente as propostas de seminários de “Jogos de ritmo” com as propostas de “criação coletiva”, seja para consolidar grupos e pessoas como referências no assunto, assim como para armar encenações, desfiles, espetáculos ou ações artísticas comunitárias. A metodologia busca fortalecer o desenvolvimento de processos grupais, de produção e trabalho, e ainda uma proposta pedagógica integral em que o ritmo seja o eixo principal, e a brincadeira, a linguagem comum. Saiba mais: https://youtu.be/ILhE2PnP2Gg

Duração prevista: 4 jornadas de 6 horas cada una

Necessidades para o desenvolvimento da proposta:

* Técnicas: Instrumentos musicais em geral, instrumentos de percussão (um por participante), baldes de 20 litros (tipo de pintura, 2 por pessoa, se possível), baquetas de bateria (um par por pessoa), cabos de vassoura de 40 a 45cm de comprimento (2 por pessoa), som para instrumentos musicais e áudio (mínimo 2 microfones e uma linha), projetor ou TV grande, espaço para fazer percussão, espaço para fazer dança e jogos teatrais, papel para anotar, possibilidade de fotocópias ou impressão para material previamente enviado, cadeiras, água abundante, espaço para comer (ou cozinhar), tecidos, maquiagem e vestuários para brincar (se possível).

* Espacial: Ideal poder combinar espaço fechado, de no mínimo de 20 x 20 metros, para um máximo de 40 pessoas. Acusticamente apto (sem reverberação). Ideal poder combiná-lo com um espaço ao ar livre próximo. Iluminação poderia ser incluída no 4º dia, mas não é imprescindível.

Destinatários: Todas as comunidades, de 12 a 75 anos de idade.

Número mínimo e máximo de participantes: Mínimo 15, máximo 40.

⇒ Confira a proposta completa

CLÍNICA INTENSIVA SOBRE PRÁTICAS ARQUIVÍSTICAS PESSOAIS 

País: Argentina

Pessoas facilitadoras: María Belén Correa e Ceci Estalles, ativistas

Instituição responsável: Archivo de la Memoria Trans

Quem são: A Associação Civil Archivo de la Memoria Trans é um espaço para a proteção, a construção e a reivindicação da memória trans. Um espaço cooperativo no qual  também intervêm artistas, ativistas, arquivistas, jornalistas, historiadorxs, curadorxs, críticxs de arte, editores, conservadores, pesquisadores y docentes. O material registrado começa desde o começo do século XX até o final da década de 90. Seu acervo conserva uma coleção que inclui memórias fotográficas, fílmicas, sonoras, jornalísticas e diversas peças como identificações de identidade, passaportes, cartas, notas, artigos de revistas e diários pessoais. Saiba mais: https://www.youtube.com/@ARCHIVOTRANS

Contato: archivotrans@gmail.com

Proposta para o banco de saberes:

Ao longo de duas sessões, se abrirá um processo de trabalho colaborativo para revisar os modos pelos quais a acumulação de arquivos pessoais produz narrativas. Este encontro de trabalho se propõe como um laboratório de ideias para refletir em torno das possibilidades e limitações oferecidas pelos documentos de arquivo, captando a condição complexa e problemática do documento. E ao mesmo tempo, compreender o valor documental e historiográfico das fotografias e documentos. Quando e como criamos arquivo? Quais são nossos caminhos, nossas referências, nossas bibliografias? Quem nos ensina? Quem escreve as histórias? Será traçado um percurso através de distintos materiais, obras, autores, leituras e sequências de análise. Se trabalhará de maneira prática sobre um fundo documental do AMT. A partir do compartilhamento do processo criativo-pessoal dxs participantes, e criando um espaço de reflexão, o seminário propõe o desenvolvimento de obras ou processos de pesquisas desde (ou para) a linguagem fotográfica em uma clínica grupal e experimental. 

Duração prevista: 2 encontros de 3 horas cada.

Necessidades para o desenvolvimento da proposta

*Técnicas: projetor, 1 mesa, 20 cadeiras, luvas de nitrilo para manipular material original do acervo do Archivo de la Memoria Trans.

*Espacial: Sala de aula ou similar com energia elétrica.

Destinatários: Pessoas que estejam trabalhando a partir de práticas arquivistas ou afins (fotógrafxs, historiadorxs de arte, arquivistas, docentes, investigadorxs, ativistas e artistas). A clínica se propõe como um espaço intergeracional, podem participar crianças, adolescentes, adultos e pessoas da terceira idade.

Comunidade específica a que se dirige a proposta: Pessoas da comunidade trans/travesti e agentes que trabalhem no campo artístico e intelectual.

Número mínimo e máximo de participantes: Mínimo 5 pessoas, máximo 25.

Confira a proposta completa

EVA (EM VOZ ALTA) REDES FEMINISTAS DE BAIRRO

País: Argentina

Facilitadoras: Gabriela del Pilar Yauza (gyauza@gmail.com) y Ana Virginia Sequeira (anasequeira.sde@gmail.com)

Organização responsável: Ni Una Menos Santiago del Estero 

Quem são: Ni Una Menos Santiago del Estero é uma organização que surgiu no âmbito do movimento de mulheres de Santiago e da promoção do slogan nacional #NiUnaMenos. Com o passar do tempo, com o crescimento da organização e as constantes exigências do território, formou-se a associação civil, concebida como uma ferramenta que permite sustentar e valorizar o trabalho cotidiano. Um dos objetivos do Ni Una Menos é promover, divulgar e capacitar perspectiva de gênero, direitos humanos e inclusão social a partir da interseccionalidade. Propõe-se também conceber, gerir e implementar projetos de intervenção social que permitam desenvolver e/ou sistematizar experiências feministas em diferentes territórios. Este objetivo tem como propósito produzir conhecimento e gerar ferramentas e estratégias concretas que possibilitem a saída de situações de vulnerabilidade e violência, bem como o fortalecimento da autonomia das mulheres, das diversidades, das crianças e adolescentes, levando em consideração as particularidades do território. Saiba mais: www.facebook.com/numsgo e www.instagram.com/numsgo.

Contato: numsgo@gmail.com

Proposta para o banco de saberes:

EVA é um espaço de cuidado para quem cuida, é uma oficina que desenvolve conteúdos sobre desigualdades de gênero, incentiva a escuta e a produção de histórias que contem experiências de mulheres em bairros populares. EVA foi pensado como um espaço de escuta atenta e respeitosa, de partilha de medos e esperanças. Esta é uma experiência que se desenvolve desde 2019, com diferentes grupos, em diferentes espaços culturais. É uma ferramenta que permite fortalecer redes organizacionais, incentivar a fala e reconstruir laços sociais. Ni Una Menos realiza um processo de sistematização da experiência do EVA e confia na oportunidade de compartilhar o conhecimento construído pela comunidade. https://www.youtube.com/watch?v=yfui3Gd5XV0&t=999s

Objetivos: Geral Socializar ferramentas que permitam a construção de espaços de atendimento de qualidade para mulheres e dissidentes de bairros populares, que têm acesso e controle desiguais de recursos materiais e simbólicos, por questões de gênero, para fortalecer as redes de apoio dos bairros. Específicos: 1) Apresentar a experiência do EVA, contexto de desenvolvimento e desafios; 2) Desenvolver EVA com formadores e agentes comunitários. Promover a experiência de produção de histórias que permitam nomear experiências do bairro e da comunidade organizacional; 3) Partilhar a sistematização da experiência, reflexão e análise da metodologia de trabalho. 

* Duração prevista: Seis dias, três horas cada.

* Necessidades para o desenvolvimento da proposta:

* Técnicas: Papelaria básica, cadernos, folhas e canetas para escrita. Móveis: mesa, cadeiras e artefatos necessários para o lanche (bebidas quentes e frias, pãezinhos para acompanhar lanche ou café da manhã). É importante ter um pequeno sistema de som, um projetor para apenas duas reuniões.

* Espacial: É necessário um espaço reservado e tranquilo, onde as participantes possam se expressar confortavelmente. Se for ao ar livre, deve ficar longe de possíveis distrações ou fatores que dificultem a escuta do grupo.

Destinatários: Mulheres e diversidades, representantes de organizações sociais, formadores comunitários, de 20 a 60 anos

Número de participantes: mínimo 10, máximo 20

⇒Confira a proposta completa

CAPOEIRA. FORMAÇÃO CULTURAL ANTIRRACISTA, FEMINISTA E INTERSECCIONAL

País: Argentina

Facilitadora: Maria Laura Schaufler

Organização responsável: Capoeira Onda

Quem são: Capoeira Onda é um grupo de capoeira de rua de Santa Fé, criado em 2013 por María Laura Schaufler, que se apresenta como uma alternativa social, popular, cultural e inclusiva para a divulgação desta arte decolonial que envolve dança, canto, luta e percussão. Funciona como espaço não formal e inclusivo de aprendizagem e divulgação da cultura afro-brasileira na região por meio de exposições, oficinas, exposições em espaços públicos, apresentações e organização de eventos internacionais. Pretende incentivar a prática de mulheres, na infância, na velhice, na dissidência sexual e em setores marginalizados, historicamente deslocados do campo do esporte e da cultura, como alternativa aos modelos dominantes – sexistas e excludentes. https://youtu.be/wEtqGLyYKjE?si=AtCSaFpLLPe_LaOm

* Contato: capoeiraondasantafe@gmail.com

Proposta para o banco de saberes:

O foco da proposta envolve uma introdução à capoeira como arte da cultura popular de matriz afro-brasileira, com perspectiva decolonial: antirracista, feminista e interseccional. A formação incentiva o desenvolvimento de práticas colaborativas-coletivas e não-competitivas-individualistas, por meio do ensino integral de uma arte decolonial, sul-americana, nascida da luta contra a escravidão e o racismo. A formação é baseada na perspectiva antirracista e na inclusão de diversidades de gêneros, corporalidades, faixas etárias, habilidades, por meio do aprendizado de técnicas de movimento que envolvem luta, dança, acrobacia, musicalidade (canto e percussão) e história cultural, juntamente com a prática da língua portuguesa.

A partir da formação em artes de matriz afrodescendente, como a prática da capoeira, busca-se desenvolver um curso intensivo – aberto à comunidade – que difunde conhecimentos e práticas culturais subalternas que hibridizam elementos afro, indígenas e ocidentais. Desta forma, pretende-se incentivar um espaço de formação em artes (dança e percussão) de rua e de raiz afrocêntrica como a capoeira e o samba, com visão comunitária, cultural e inclusiva.

O curso oferece aulas, jogos, treinamentos, rodas de conversa sobre história cultural da arte. Contempla, também, a possibilidade de realização de mostras e disponibiliza materiais digitais como recursos didáticos (cancioneiro, caderno de aula, aulas gravadas, séries documentais), além de instrumentos de percussão necessários ao aprendizado musical.

*Duração prevista: 7 dias

* Necessidades da proposta:

* Técnicas: Projetor, som. (Sugestão: instrumentos de percussão)

* Espacial: Cada participante deverá dispor de 2 metros quadrados para a sua prática, sugere-se um espaço amplo e luminoso, pode ser ao ar livre se as condições meteorológicas o permitirem, de preferência num piso onde possa se desenvolver a dança (não de terra, areia). 

*Destinatários: Aberto a todas as pessoas que queiram participar, privilegiando incentivar mulheres jovens, adultas e idosas. Faixa etária: A partir dos 13 anos, sem limite de idade. Adapta-se a cada corpo.

* Número de participantes: Mínimo 10, máximo de 40.

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A EXPERIÊNCIA DA ORQUESTA ESTABLE DA RÁDIO RECONQUISTA E A ARTICULAÇÃO COM A REDE DE ARTE, MEMÓRIA E TERRITÓRIOS

País: Argentina

Facilitadores: Daniela Saez Feliu e Victor Daniel Zas 

Organização responsável: Projeto Cooperativa Cultural Devenir

Quem são: Cooperativa de trabalho dedicada à gestão de projetos culturais com impacto social e ambiental. Seus integrantes compõem uma equipe multidisciplinar que entende a cultura (cultus: cultivar a terra) como o cultivo de ações que transformam o mundo ao mesmo tempo em que nos transformam. É por isso que procuram formas inovadoras de intervir por meio de expressões artísticas e propostas multidisciplinares alinhadas com a sua visão. Saiba mais: https://devenirproyecto.coop.ar/

Contato: coopdevenirproyecto@gmail.com

. Proposta para o banco de saberes:

Propõe-se a realização de um seminário que visa partilhar e analisar a experiência da Orquesta Estable da Rádio Reconquista e a sua articulação com a Rede Arte, Memória e Territórios, dotando agentes comunitários de ferramentas teóricas e práticas para replicarem e adaptarem estas iniciativas nos seus próprios contextos.

A proposta descreve a transformação social e cultural impulsionada pela Orquesta Estable da Rádio Reconquista, iniciado em 2009 no bairro Villa Hidalgo, distrito General San Martín, província de Buenos Aires. A Orquesta Estable está numa das rádios comunitárias pioneiras da Argentina, a FM Reconquista, e faz parte da programação da Associação de Mulheres La Colmena, organização que atua no bairro desde os anos 80. A orquestra não só proporciona formação musical, mas também funciona como espaço de resistência e coesão social, abordando problemas como a violência de gênero e promovendo a economia social.

Este projecto está também articulado com a Rede Arte, Memória e Territórios, uma rede que conecta diversas organizações sociais e culturais de Buenos Aires. Inspirada na luta pela memória, verdade e justiça das Mães da Plaza de Mayo Línea Fundadora, através de sua Escola de Música Popular, que funciona no Espaço de Memória e Direitos Humanos (ex-Esma). A rede funciona numa perspectiva de direitos humanos. Durante a pandemia, desenvolveu uma plataforma virtual para manter jovens conectados e continuar promovendo atividades culturais e sociais.

O impacto da Orquesta Estable e da Rede manifesta-se na criação de um estúdio de gravação itinerante, na produção de conteúdos audiovisuais e em projetos que aliam a música à perspetiva de género e dos direitos humanos. Saiba mais: http://www.ruidoenelmate.com.ar/, https://www.youtube.com/watch?v=Q0i7o6EaIOk

Duração prevista: 2 dias / 3 horas por dia

Necessidades da proposta:

* Técnicas: Projetor com HDMI; materiais de escrita (quadros negros, marcadores, flipcharts); acesso à internet para exibições e atividades on-line; materiais impressos (guias de trabalho, folhetos informativos).

* Espacial: Sala equipada com projetor e equipamento de som.

Destinatários: Agentes comunitários, gestores/as culturais, educadores/as e membros de organizações sociais. *Faixa etária: Jovens e adultos

* Número de participantes: De 5 a 50 participantes

⇒Confira a proposta completa

TERRA FIRME. UMA CARTOGRAFIA AFETIVA

País: Argentina

Facilitadoras: Marina Andrea Casali Urrutia e Verônica Gabriela Meo Laos

Organização responsável: Dois Ombues

Quem são: Com sede em Dolores, Buenos Aires, Dos Ombúes é uma organização comunitária cujo eixo é a paisagem dos Pampas como epicentro de experiências. A planície é apropriada através de experiências sensoriais, com destaque para as comunidades locais e seu patrimônio cultural.

Contato: 2ombues@gmail.com

A proposta para o banco de saberes:

É uma proposta experiencial e imersiva na própria paisagem habitada, para desnaturalizar o significado dos lugares habituais que nos passam despercebidos no decorrer da vida cotidiana, mas que, ao redescobri-los, redefinimos o seu valor e, com ele, a nossa própria existência. Para isso, a atividade é composta por vários momentos: 1. Experiência vivencial e imersiva na paisagem, 2. Cartografia comunitária e afetiva, 3. Exposição coletiva dos mapas em espaço público e conversa com a comunidade. Com esta proposta pretende-se que os habitantes dos locais fortaleçam os laços com a terra e os saberes ancestrais.

Objetivos: Geral – Gerar ações que conscientizem as comunidades sobre seus próprios lugares e conhecimentos situados. Específicos – 1) Promover a conexão emocional e o sentimento de pertencimento das comunidades com o seu entorno; 2) Facilitar atividades que promovam a apropriação vivencial das paisagens; 3) Propiciar encontros para partilha de conhecimentos, memórias e ações locais; 4) Estar consciente dos próprios saberes situados; 4) Afirmar o vínculo entre as pessoas, a natureza e os lugares; 5) Criar uma cartografia afetiva entre os participantes.

Duração prevista: 3 dias

Necessidades da proposta:

* Técnicas: Papel, papelão, ou espuma. Lápis de cor, marcadores, elementos para colorir e desenhar, cola de vinil.

* Espacial: Ar livre para a experiência vivencial; espaço fechado onde as/os participantes possam desenhar seus mapas no chão.

Destinatários: Voltado para diferentes faixas etárias (meninos e meninas de 5 anos até idosos), vizinhos/as das comunidades participantes.

Número de participantes: Mínimo de 10, máximo de 30.

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“CONTE COMO QUISER”, OFICINA DE CRIAÇÃO COLETIVA AUDIOVISUAL

País: Argentina

Facilitadoras: Lucila Presa e Lucía Möller

Organização responsável: Contala como Quieras

Quem são: Contala como Quieras é uma produtora audiovisual comunitária formada por 10 mulheres que surgiram de uma oficina de cinema em San Martín, província de Buenos Aires. Seu trabalho é interdisciplinar e comunitário. Cada produção, uma oportunidade de tornar visíveis diferentes problemas sociais, proporcionando formação e trabalho, fortalecendo a identidade da sua equipe. Migração e gênero são alguns dos temas abordados.

Contato: contalacomoquierasprodutora@gmail.com 

Proposta para o banco de saberes

A proposta é uma experiência de cinema comunitário voltada a moradores/as de bairros populares, gestores/as culturais e organizações comunitárias que desejam contar suas próprias experiências por meio da linguagem audiovisual. O projeto propõe-se a produzir um pequeno documentário de aproximadamente 3/5 minutos de criação coletiva, onde as/os participantes possam, através das novas tecnologias, construir uma narrativa “na”, “por” e “da” própria comunidade. Passando pelas três principais etapas da produção audiovisual: idealização/roteiro, realização/produção e edição/pós-produção. Finalizando com a projeção da peça acabada.

Durante os dias de oficina serão compartilhadas ferramentas de criação coletiva a partir dos saberes da experiência da produtora comunitária “Contala como Quieras”. Para esta equipe criativa, é de grande importância combinar as próprias histórias com a tecnologia do cotidiano. Através do uso criativo de celulares e câmeras SLR, uma história audiovisual é tecida a partir de um intercâmbio horizontal. 

Duração prevista: 5 dias

Necessidades da proposta:

* Técnicas: Espaço de trabalho em sala de aula para o número previsto de pessoas, projetor e som, dispositivos das/dos participantes, computador, assistência técnica/referência local.

* Espacial: Para sessões de gravação é importante ter espaços com luz natural e pouca poluição sonora.

Destinatários: Vizinhos/as de bairros populares, gestores/as culturais e membros de organizações comunitárias, professores/as, líderes de oficinas que queiram desenvolver novas formas de contar histórias de forma comunitária. A partir dos 16 anos

Número de participantes: Mínimo 3, máximo 20

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PONTO DE GESTÃO CULTURAL COMUNITÁRIA

País: Argentina

Facilitador: Cristian Coronel

Organização responsável: Fundación Comunitaria Contemporánea

Quem são: A Fundación Comunitaria Contemporánea começou em 2004, em Quilmes, e foi oficialmente criada em 2019. Sob os princípios da autogestão, promove a cooperação e o desenvolvimento cultural comunitário. Tem como missão promover a cidadania ativa e participativa através de programas educativos, artísticos, sociais, culturais, de investigação e de cooperação, abrangendo seis eixos estratégicos: Cultura Livre, Soberania Audiovisual, Comunicação Alternativa, Arquitetura Comunitária, Práticas Sociais Educativas e Redes de Cooperação. Saiba mais: https://contempo.org.ar/

Contato: comunidadecontempo@gmail.com 

Proposta para o banco de saberes:

O Ponto de Gestão Cultural Comunitária é um espaço educativo destinado a fortalecer a cooperação entre agentes sociais, gestores/as associações civis e artistas. Seu objetivo é promover a formação e execução de projetos no território, promovendo a participação comunitária. O Ponto de Gestão Cultural Comunitária busca trabalhar problemas relacionados à aprendizagem de práticas comunitárias e construir diferentes metodologias aplicáveis, estabelecendo bases metodológicas baseadas na autogestão, na ajuda mútua e no território. É um espaço de encontro de agentes culturais, focado no aprendizado comunitário por meio de oficinas em busca de gerar projetos conjuntos. Está previsto um sistema de práticas que incentive o intercâmbio e a implementação de projetos no território.

Duração prevista: 6 dias, 6 horas por dia

ObjetivosGeral: Estabelecer uma Escola de Gestão Comunitária que capacite as comunidades, fortaleça a sua capacidade de autogestão e promova o desenvolvimento integral e sustentável a partir de uma perspectiva participativa focada nas necessidades locais. Específicos: 1) Treinamento em gestão de projetos comunitários; 2) Promoção da liderança e participação cidadã; 3) Promoção da autonomia e autogestão; 4) Fortalecimento do tecido social e da coesão comunitária; 5) Valorização e preservação da identidade cultural e do património local; 6) Promoção da igualdade de género e inclusão social; 7) Desenvolvimento de redes de colaboração e cooperação.

Necessidades da proposta:

* Técnicas: Projetor, sistema de som, mesas, cadeiras, cartazes, artigos de livraria, lápis, canetas, marcadores, internet 

* Espacial: Espaço de trabalho fechado, boa iluminação. As práticas podem ser desenvolvidas em diferentes âmbitos onde a escuta e o diálogo sejam possíveis. O projeto está baseado na experiência da autogestão, não pode ser limitado pela ausência de espaço físico nem de recursos. Busca se adaptar aos requerimentos e possibilidades das comunidades.

Destinatários:

Integrantes de organizações, ativistas culturais/sociais, artistas. De acordo com as necessidades das organizações solicitantes, a oficina poderá ser adaptada para jovens, adultos e idosos.

Número de participantes: No mínimo 8, no máximo 15

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BRASIL

DRAMATURGIAS EMERGENTES

País: Brasil

Pessoas facilitadoras: Takaiúna, dramaturga, e Pablo Lopes, cientista social e gestor cultural

Instituição responsável: Associação Comunitária Maria Justina da Glória (Coletivo Justina)

Quem sãoDesde 2016, o Coletivo Justina realiza atividades de formação, pesquisa e circulação artística. Sua sede é em Aparecida, Goiás. Em seu repertório estão o espetáculo infantil “Dr. Raimundo”, montado em coprodução com o Teatro Ludos, e ‘1888’, montado em coprodução com El Masticadero (Bolívia). Como Ponto de Cultura, em rede articula com grupos e artistas da Argentina, Equador, Bolívia, Brasil e México. Na Cidade do México realizou, com o Programa Iberescena, a direção e dramaturgia do espetáculo “Que es ser una niña?”, a partir da realidade dos jovens locais. Faz parte do comitê gestor do Pontão de Cultura AMDAR, responsável pelo levantamento e análise de dados diagnósticos da Rede Cultura Viva do Estado de Goiás. Saiba mais: www.coletivojustina.com

Contato: coletivojustina@gmail.com

Proposta para o banco de saberes

O curso “Dramaturgias Emergentes” é voltado para artistas de todas as áreas (performance, teatro, dança, música e outros) que desenvolvem seus trabalhos com/para comunidade. O curso tem como objetivo a construção de dramaturgias próprias de base comunitária entrelaçadas a pensamentos e epistemologias pós-coloniais. A formação tem carga horária total de 20 horas (4 horas diárias de atividade), para um grupo de 10 a 15 artistas que estejam interessados na construção de dramaturgias com temáticas emergentes e comunitárias. O resultado do curso terá a publicação online (e-book) da coletânea de textos produzidos, em português e espanhol, facilitando o acesso também de outros grupos comunitários, que poderão utilizar os textos em suas comunidades.

Conteúdos: O curso apresentará um panorama sobre a história da arte e da dramaturgia com foco na descolonização e pós-colonização de corpos-pensamentos, buscando uma atividade de escrita em que se compreende o corpo inteiro como lugar de pensamento e inspiração para a criação dramatúrgica. Será desenvolvido um ateliê de escrita, levando em consideração a individualidade de cada participante-artista e apresentando técnicas de criação dramatúrgica. As dramaturgias criadas serão partilhadas por meio de leitura aberta à comunidade.

Duração prevista: 5 dias, 4 horas por dia. 

Necessidades para o desenvolvimento da proposta:

* Técnicas: Papéis; lápis, borracha, canetas, canetas coloridas, lápis de cor, giz de cera; computador; projetor; caixa de som.

* Espacial: Sala sem cadeiras.

Destinatários: Artistas maiores de 18 anos que desejam escrever sua própria dramaturgia.

Número mínimo e máximo de participantes: De 10 a 15 pessoas.

⇒ Confira a proposta completa

PUXIRÃO MUSICAL – INTERCAMBIO DE CONHECIMENTOS TRADICIONAIS

País: Brasil

Pessoas facilitadoras: Cleber Rocha Chiquinho, educador, e José Pereira, mestre fandangueiro, luthier e educador

Organização responsável: Ponto de Cultura Na Ginga da Maré

Zé Pereira é mestre fandangueiro e luthier

Quem sãoO Ponto de Cultura Na Ginga da Maré é um coletivo cultural formado em 2017 em Cananeia, no litoral Sul de São Paulo, na região do Vale do Ribeira. Este coletivo busca contribuir para a manutenção e a difusão de diversas manifestações culturais e populares da região, por meio de aulas permanentes e gratuitas de capuêra angola, vivências com mestres e mestras da cultura popular, oficinas culturais, a realização do Cine Na Ginga da Maré, a organização do evento anual “Na Ginga Maré – Festival das Culturas Populares e Tradicionais de Cananeia” e a participação em movimentos culturais. O Ponto de Cultura Na Ginga da Maré possui uma cadeira no Conselho Municipal de Políticas Culturais de Cananeia, um espaço para apresentação, discussão e proposição de políticas públicas culturais e de mobilização, junto com outras pessoas, grupos, coletivos e instituições que lutam por melhorias culturais na cidade.

Contato: nagingadamare@gmail.com

Proposta para o banco de saberes:

A proposta visa promover a valorização e manutenção do saber tradicional relacionado à confecção de instrumentos musicais do Fandango Caiçara, manifestação tradicional reconhecida como patrimônio cultural brasileiro desde 2012. Consiste na realização de uma oficina de confecção de instrumentos musicais (rabeca e machete), rodas de prosa e mostra de filmes, oficina de toques e ritmos do Fandango Caiçara e uma apresentação musical dessa manifestação. 

Duração prevista: 5 dias, 8 horas por dia.

Necessidades para o desenvolvimento da proposta:

* Técnicas: Uma mesa, cadeiras, um projetor multimídia para a apresentação de fotos e vídeos, e um equipamento de som para a apresentação do Fandango Caiçara.

* Espacial: A atividade pode ser numa sala que comporte 10 pessoas, que tenha algum ponto para ligação de aparelho elétrico e com cadeiras para os participantes. Já a apresentação cultural pode ser em espaço fechado ou aberto, com aparelhagem de som.

Destinatários: A partir de 16 anos de idade.

Número mínimo e máximo de participantes: Máximo de 10 participantes para a oficina de construção de instrumentos musicais e sem número máximo para a apresentação de Fandango Caiçara.

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TECENDO REDES EM RAPOSA

País: Brasil

Pessoas facilitadoras: Luzenice Macedo Martins e Cláudia Marreiros

Organização responsável: Instituto Maranhão Sustentável

Quem são: Com sede em Raposa (Maranhão), o instituto é um Pontão de Cultura que reúne pessoas com múltiplos saberes e especialidades, atuando para contribuir com a construção de sociedades mais justas econômica, social e ambientalmente. Desenvolve produtos e serviços em bases sustentáveis, ativando e articulando oportunidades de cooperação, comunicação e inovação sociocriativa para e com coletivos, comunidades, iniciativa privada e poder público.

Contatoluzenice@gmail.com

Proposta para o banco de saberes:

A vivência propicia a troca de experiência sobre um lugar de cultura, o Instituto Maranhão Sustentável/ Casa d’Arte Centro de Cultura, baseado em redes colaborativas, no sentido de divulgar o seu modelo de atuação e no que ele se propõe: apoiar processos criativos e arte autêntica, gerando oportunidades de registro, difusão, fruição e negócios; desenvolver tecnologias sociais ao articular pesquisas e experiências em áreas múltiplas (linguagens artísticas, meio ambiente, turismo, artesanato, design, redes colaborativas, economia solidária, arquitetura bioclimática, cultura de paz, educação, design de produtos, gastronomia, etc.) promovendo inovação em torno da cultura local; desenvolver conceito de co-working, como medida de articular localmente as oportunidades para empreender colaborativamente; e ampliar sua atuação em múltiplas áreas e articulação multi-institucional.

Conteúdos: Política Nacional de Cultura no Brasil: breve cenário – Política de Cultura do Estado do Maranhão – Lei de Cultura Viva: uma conquista a ser consolidada – O caso do Instituto Maranhão Sustentável/ Casa d’Arte Centro de Cultura, Pontão de Cultura, e seu modelo de gestão em bases colaborativas – Tecendo conexão com redes em cultura.

Objetivos: Compartilhar experiência da gestão sociocriativa de um Pontão de Cultura em região fora do eixo convencional de fruição e produção cultural, em Raposa, região metropolitana de São Luís, Maranhão; tecer redes colaborativas; articular parcerias.

Duração prevista: 32 horas

Necessidades para o desenvolvimento da proposta:

* Técnicas: Projetor, papéis, canetas, pincéis, cadeiras

* Espacial: Um espaço em que se possa fazer roda de conversa de até 30 pessoas; parte ao ar livre, parte fechado para as projeções necessárias

Destinatários: Artistas, fazedores de cultura, Gestores de cultura, produtores culturais, estudantes e pesquisadores em cultura e criativos em geral, maiores de 18 anos.

Número mínimo e máximo de participantes: 15 a 30 pessoas.

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AFROESCOLA PELO MUNDO

País: Brasil

Pessoa facilitadora: Odé Amorim

Organização responsável: Ponto de Cultura AfroEscola

Quem são: A AfroEscola existe como coletivo e iniciativa sociocultural desde 2006 e se preocupa em dar visibilidade e valorização às africanidades, originais e das diásporas, ancestrais e contemporâneas, investigando e compartilhando tecnologias, saberes e fazeres em diversas áreas do viver humano: alimentação, habitação, mobilidade, educação, saúde, turismo, lazer, geração de renda/ trabalho, etc. Para atingir essas ideias, mantém uma agenda permanente de atividades multidisciplinares, em parcerias com agentes individuais e coletivos. Entre as ações realizadas estão a Feira de Economias e Culturas Solidárias e Criativas Gaiola Atmosférica; a Ciranda de Homens (grupo de masculinidades); o AfroTour Pedagógico e Enlaces Solidários (programas de intercâmbios interculturais); o Restaurante Cultural Cozinha da Gracina; a AfroEscola Radiofônica; o CineClube Itinerante Cidadãos Artistas; a Central Zine (acervo de publicações alternativas, mini gráfica e editora comunitária), e a AfroIncubadora de Ideias AYÓ (apoio para outras iniciativas sociais e empreendedorismos).

Saiba mais: https://cutt.ly/xesbxzC1 e www.facebook.com/oficinativa  

Contato: artedepia@gmail.com 

Proposta para o Banco de Saberes:

“AfroEscola pelo mundo” é uma ação que pretende compartilhar com outras comunidades a necessidade urgente de pensarmos/criarmos educações/pedagogias mais significativas, para que possamos recuperar nossas dignidades expropriadas no processo de colonização de nossos territórios e povos. A proposta está relacionada aos valores civilizatórios afro-brasileiros e esses conceitos permeiam todas as atividades que compõem os encontros. Os 10 valores a serem trabalhados são: circularidades, religiosidades/ espiritualidades, corporeidades, musicalidades, cooperativismos/comunitarismos, ancestralidades, memórias, ludicidades, oralidades, AXÉ/ energias vitais. A ideia é ter uma semana de vivências passando por temáticas como economia, trabalho, política, mobilidade / transporte, alimentação, saúde, moradia, ecologia, turismo e artes, entre outras.

* Duração prevista: 7 dias

Necessidades da proposta:

* Técnicas: Sem necessidade de materiais / equipamentos técnicos

* Espacial: De preferência ao ar livre

Destinatários: Crianças e adultos (em momentos compartilhados e específicos)

Número de participantes: Mínimo 10, máximo 40

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OFICINA DE FORMAÇÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA DA ACA: MULTIPLICANDO SABERES

País: Brasil

Pessoas facilitadoras: João Paulo de Melo Silva e Kaline Cassiano da Silva

Organização responsável: Associação Comunitária do Amarelão – ACA

Quem são: Localizada na zona rural de João Câmara, no Rio Grande do Norte, a Comunidade Indígena Amarelão tem sua própria organização e representação social desde 1994. A Associação Comunitária Amarelão (ACA) tem como objetivo promover o desenvolvimento socioeconômico da comunidade através de projetos com foco na promoção humana, social e cultural, representando a comunidade junto aos órgãos públicos e privados no atendimento de suas reivindicações. Uma das atividades culturais promovidas pela ACA anualmente, com o apoio de parceiros, é a Festa da Castanha. Além de exposição e comercialização dos produtos da comunidade, a festa conta com palestras, apresentações de dança, música e teatro, jogos e brincadeiras.

Contato: tayse.potiguararn@hotmail.com

Proposta para o banco de saberes:

(Foto: Acervo da Associação Comunitária do Amarelão)

A Oficina de Formação sobre a Experiência da ACA: Multiplicando Saberes é uma atividade já realizada nas comunidades indígenas do estado do Rio Grande do Norte. Além de explicar como a ACA é organizada, seus departamentos, e como atua na comunidade, trata de suas estratégias de luta em prol da população indígena, e de como conseguiu se manter durante 25 anos como principal representação da Comunidade Amarelão, com participação ativa da comunidade, e como principal referência de representatividade e organização para o movimento indígena e outros movimentos sociais no Rio Grande do Norte.

A Comunidade Amarelão tem aproximadamente 300 famílias. São cerca de 1.100 pessoas que se sustentam com a criação de pequenos animais, agricultura familiar e a produção de artesanato. A castanha do caju, no entanto, é a principal fonte de renda da comunidade. Essa atividade se iniciou há mais de 30 anos e, atualmente, a comunidade é referência no Rio Grande do Norte e em estados vizinhos.

Objetivos: GeralPromover o fortalecimento das organizações comunitárias indígenas através de oficina; capacitar as lideranças indígenas para o processo de luta em defesa dos seus direitos – enquanto povos tradicionais e originários dessas terras. Específicos: conscientizar sobre a importância de a comunidade ter uma organização com legitimidade para representar suas demandas; promover a participação de jovens e mulheres nos espaços de discussão e tomadas de decisão da comunidade; conscientizar sobre a importância da participação qualificada da sociedade civil.  

Duração prevista: 2 dias, 8 horas por dia

Destinatários: acima de 14 anos

* Comunidade específica a que está dirigida a proposta: indígena

* Número mínimo e máximo de participantes: acima de 10 pessoas, pelo menos 50% do público de mulheres, e pelo menos 30% de jovens.  

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IPADÊ – ENCONTROS COM AXÉ

País: Brasil

Pessoas facilitadoras: Pedro Almeida (pedroyalmeida@hotmail.com), coordenador de arte e cultura, e Edna de Baru, presidente da comunidade.

Organização responsável: Ilê Alaketu Ijoba Bayo Asé Baru Orobolape

Edna de Baru e Pedro Almeida no Festival del Sur (Quito, Equador)

Quem são: Esta comunidade religiosa e sociocultural, também conhecida como Ilê Baru, foi fundada em 1994 na cidade de Foz do Iguaçu, por Mãe Edna de Baru. Propõe um ambiente que concentra a simbologia e usufrui da oralidade como principal dispositivo de partilha de informações da religiosidade afro-brasileira. O Ilê é ambiente de ações como festividades a divindades de candomblé e umbanda, palestras, debates e rodas de formação sobre religiosidade afrodescendente, e atividades artísticas com temáticas e protagonismo negro.

Contato: gruposenzalafoz@gmail.com

Proposta para o banco de saberes:

Na cultura do candomblé, o princípio da partilha de conhecimento está no convívio, e a oralidade é seu maior e mais importante veículo. Tradicionalmente, os ensinamentos são passados do mais velho ao mais novo, na maioria das vezes por meio de orins (cantigas), acompanhadas de um ilu (ritmo dos tambores e demais instrumentos da tradição candomblecista) e um conjunto de gestos significativos do corpo em movimento, ijo (dança). Para facilitar a aproximação aos signos da cultura de terreiro — buscando perpetuar o legado cultural iniciado pelos ancestrais africanos e afro-brasileiros e fomentar o desenvolvimento da cultura negra local –, este projeto sugere encontros com a comunidade anfitriã, com duração de 20 horas. Além da gravação de um documentário nessas vivências, a proposta inclui diálogos com agentes locais sobre os desafios da permanência e difusão das culturas afrodescendentes na Ibero-América.

Duração prevista: 5 dias

Necessidades para o desenvolvimento da proposta:

* Técnicas: De acordo com as necessidades e possibilidades da comunidade anfitriã, não existem demandas técnicas a priori.

* Espacial: Espaço que comporte os participantes com segurança.

Destinatários: Agentes culturais, ativistas, formadores e interessados no tema e as comunidades anfitriãs, expandindo o debate e a criação de ferramentas para mobilização em defesa dos direitos dos povos afrodescendentes e das mulheres negras.

Número mínimo e máximo de participantes: de 5 a 100.

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CHILE

CHAUQUE KIMÜN (INTERCÂMBIO DE SABERES) TÊXTIL

País: Chile

Facilitadoras: Bernarda Aidee Quisel Nail e Sabina Florinda Ancapan Rivera

Organização responsável: Agrupación de Mujeres Lafquenches

Quem são: A Agrupação de Mulheres Lafquenches nasceu sob a liderança da comunidade Mapulafquen há quase 20 anos, tempo em que seguiram se encontrando, acompanhando, ensinando e aprendendo. Após os primeiros 10 anos em Pulamemo (San Juan de la Costa, região de Los Lagos), passaram a ter personalidade jurídica, e com isso acesso a mais oportunidades, que os levaram a ser uma das organizações com maior história e permanência no território. Elas se dedicam ao cultivo e a todo o processo de transformação dos têxteis em peças de vestuário e acessórios, utilizando materiais reciclados e tradicionais, para gerar em cada uma de suas apresentações ou exposições um selo próprio das Mulheres Lafquenche.

Saiba mais: https://www.instagram.com/lamuen_lafkenches/ e https://www.facebook.com/bernarda.quisel.75

Contato: gruposcionmujereslafkenches@gmail.com

Proposta para o Banco de Saberes:

Os círculos de mulheres têm um distintivo newen (força) e kimün (conhecimento). São um espaço onde elas se encontram e se acompanham num mundo de homens. As antigas técnicas de fabricação de têxteis foram transmitidas de geração em geração no povo Mapuche. Para eles, replicar, divulgar, compartilhar, praticar, tricotar, ensinar e aprender são atos de resistência.

A proposta prevê sessões de técnicas de manipulação têxtil, tais como: lavagem, engomagem, fiação, tingimento natural e sintético, construção de peça têxtil, com trawün e matetun. Além de compartilhar segredos para que a lã fique bem lavada com ingredientes naturais e os ciclos da lua, elas mostrarão como secar a lã, sair para coletar elementos do entorno e descobrir suas cores escondidas, e asseguram que estejam impressos na lã. Também vão mostrar como afinar um bom fio, torcendo com firmeza, para criar um tecido único.

Duração prevista: 7 dias

Necessidades da proposta:

* Técnicas: Mesas, cadeiras, fogão portátil, fogão, fogão a lenha ou salamandra. Peso ou balança. Projetor e computador. Água.

* Espacial: Algumas atividades, como a fiação, podem ser realizadas em espaços fechados, mas o tingimento e a lavagem devem ser realizados em ambientes abertos ou ventilados. O ideal é um espaço de 6 x 6 metros ou mais, mas nos adaptamos aos espaços.

Destinatários: Mulheres a partir de 15 anos

Número de participantes: mínimo 4, máximo 20

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SILHUETAS NA RUA

País: Chile

Facilitadora:  Myr Chávez

Organização responsável: Pájarx entre Púas

Quem são: Pájarx entre Púas é uma organização artística transfeminista e anti-carceragem, com uma história de sete anos em criação artística cultural, participação e pesquisa de ação comunitária. Suas integrantes realizam um trabalho transdisciplinar de defesa dos direitos humanos das mulheres e das diversidades sexo-genéricas privadas de liberdade, apostando na construção de uma comunidade sorora criativa, diversa e horizontal que, através das artes, dos afetos e do reconhecimento, seja capaz de enfrentar a realidade, tecendo redes de contenção, participação e criação cultural. A organização busca acompanhar e reverter processos de violência por meio da criação, da vida comunitária e do compromisso irrestrito com os direitos humanos e culturais das pessoas presas. 

Saiba mais: https://pajarxentrepuas.cl/ https://www.facebook.com/pajarxentrepuas

Contato: pajarxentrepuas@gmail.com

Proposta para o banco de saberes:

Silhuetas na Rua é um processo oficina/laboratório de expressão corporal e diálogo sobre a própria biografia, que termina com a intervenção do espaço público com silhuetas de um grupo de mulheres/diversidades do cárcere. A atividade na prisão e a subsequente ação na rua procuram gerar uma ponte comunicativa entre aquelas que perderam a liberdade e as pessoas que transitam em espaços públicos.

A primeira sessão, “Território Corporal”, será dedicada ao reconhecimento e consciência corporal (autoimagem e identidade; investigação espaço/movimento). O segundo, “Mapeamento Corporal”, será para o reconhecimento de emoções, biografia e identidade (identificando sensações do corpo em movimento e levando a experiência para silhuetas, captando também uma parte importante da sua identidade e um pequeno relato da sua história de vida). Na terceira sessão, as silhuetas saem para a rua e dialogam com o espaço público, e na quarta, as silhuetas regressam à prisão.

Metas: Conectar-se com o corpo e as emoções através do movimento e do mapeamento corporal (silhuetas) para dialogar com a própria biografia e com os transeuntes no espaço público gratuito, contribuindo assim para a ruptura da exclusão social.

Duração prevista: 4 dias, mas pode ser adaptada

Necessidades da proposta:

* Técnicas: Fita adesiva. Câmera fotográfica. Amplificação e sala polivalente espaçada.

Rolo de papel branco, plotter, marcadores, papéis coloridos.

* Espacial: Espaço confortável para se movimentar e deitar no chão

Destinatários: Mulheres e diversidades, jovens e adultas

Número de participantes: de 10 a 12

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MOSAICOS COMUNITÁRIOS PARA A CULTURA VIVA NA AMÉRICA LATINA

País: Chile

Facilitadora: Valeska Urqueta Alvarez

Organização responsável: Criando Centro Cultural Vale

Quem são: O Centro Cultural Creando Valle nasceu em 2012, na província de Huasco, comuna de Alto del Carmen, região do Atacama, Chile, por artistas, trabalhadores e cultivadores da cultura e das artes, com o propósito de entregar um testemunho da vida no Deserto do Atacama, pelo resgate da identidade local e fortalecimento da cultura ancestral Diaguita, ainda presente no território, promovendo a conservação, proteção e defesa do patrimônio natural e cultural de seu povo. É uma organização essencialmente autogerida e autônoma, de base territorial, desenvolvendo atividades que se baseiam na promoção do patrimônio natural e cultural para a defesa da água e da vida por meio da arte comunitária.

Contato: creandovalle@gmail.com 

Proposta para o banco de saberes:

De forma lúdica e inclusiva, a oficina “Mosaicos Comunitários para a Cultura Viva na América Latina” busca captar a identidade das comunidades e de seus territórios por meio do planejamento coletivo e da criação de um trabalho artístico significativo para a comunidade e seu entorno, embelezando um lugar para uso comunitário ou espaço público, através da técnica de mosaico com azulejos e/ou materiais que a comunidade considere apropriados. A ideia é criar de maneira conjunta um mosaico comunitário que represente a identidade da comunidade para o reconhecimento do território e dos direitos culturais que nele se exercem, como património intransferível e inalienável das culturas comunitárias vivas.

Duração prevista: 7 dias

Objetivos: 1) Difundir práticas culturais comunitárias de cultura viva, através da criação de um mosaico coletivo que reflita a identidade do território e da comunidade que o habita; 2) Contribuir para o fortalecimento da identidade local da comunidade, para o seu autorreconhecimento no ambiente onde exerce os seus direitos culturais; 3) Promover instâncias de diálogo e participação entre a comunidade para fortalecer a sua confiança; 4) Unificar a população num trabalho coletivo que reflita os seus princípios e valores, exercendo uma prática cultural comunitária; 5) Dignificar os territórios a partir da arte comunitária como proposta.

Necessidades da proposta:

* Técnicas: Mesa grande; 12 cadeiras; azulejos coloridos, cola de acordo com a necessidade da proposta da comunidade. Projetor ou dados.

* Espacial: Espaço luminoso, espaçoso e limpo para trabalhar. Pode ser ao ar livre ou em espaço fechado, confortável para as/os participantes, dependendo da época.

* Destinatários: A toda a comunidade, família, mulheres, crianças, jovens, idosos, pessoas com deficiência, etc. A partir dos 8 anos.

* Número de participantes: A partir de 8 pessoas.

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OFICINA DE OURIVESARIA COM COBRE RECICLADO

País: Chile

Pessoas facilitadoras: Richard Marcelo Moraga Parra (richardmarcelom@gmail.com ) e Tara Castillo

Organização responsável: Mesa de Cultura Ciudadana “Raíces” de Chanco

Quem são: A Mesa de Cultura Ciudadana “Raíces” de Chanco, na Região do Maule, tem como objetivo resgatar, proteger e divulgar o patrimônio local, por meio dos ofícios artesanais, em que artesãs e artesãos geram inspiração para realizar seus trabalhos em diversos materiais e técnicas. Intervindo na comunidade através de exposições e oficinas, este Ponto de Cultura Comunitária busca educar e gerar vínculo com a comunidade.

Proposta para o banco de saberes:

Esta oficina desenvolve-se através do reaproveitamento de resíduos de cobre, tubos e fios elétricos, para criar peças de ourivesaria, ensinando a reaproveitar esses “resíduos” e aproveitá-los para criar brincos, anéis, pingentes, pulseiras. A comunidade reconhecerá o que a identifica e capturará isso nas peças a serem desenvolvidas. Dessa forma, esses metais ganham uma segunda vida, tornando-se artesanatos que podem ser comercializados pela comunidade.

Objetivos: 1) Reaproveitar resíduos de cobre gerados em construções e reformas, para que não sejam jogados fora, contaminando o meio ambiente, podendo ser reciclados através do artesanato; 2) Observar o patrimônio que envolve e identifica a comunidade, refletindo esse valor cultural ou natural nas peças a desenvolver; 3) Dotar as comunidades de conhecimentos que possam servir no futuro, para que através da ourivesaria possam obter recursos económicos.

Duração prevista: 7 dias

Necessidades da proposta:

*Técnicas: Balcões firmes, cadeiras, som, sucata de cobre (pedaços de canos ou fios elétricos). Ferramentas de ourivesaria, maçarico, alicates (planos, ponta redonda e cortante), serras, triboulet, limas, óculos, aventais, soldas de cobre e prata, tesouras para metal, lixas, panos de polimento, luvas, entre outros.

* Espacial: Em qualquer espaço, fechado ou aberto, mas com boa iluminação e boa circulação de ar.

. Destinatários: A toda a comunidade, dos 10 aos 80 anos.

. Número de participantes: De 3 a 15

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OFICINA COMPARSA DE FIGURINOS COMUNITÁRIOS

País: Chile

Facilitadoras: Milenka Cucurella Farías e Mariela Leonor Diaz Rivera

Organização responsável: Espaço Comunitário Santa Ana

Quem são: O Espaço Comunitário Santa Ana é uma organização comunitária que desde 2008 busca o desenvolvimento comunitário do Cerro Cordillera, em Valparaíso, entendendo as organizações territoriais como agentes de mudança e transformação social do habitat. Através da prática diária configuram uma cultura organizacional que se sustenta no apoio mútuo e na promoção de atividades artísticas e culturais que buscam o desenvolvimento integral da comunidade. 

Saiba mais: www.facebook.com/escuelapopulardeartesescenicasdecalle

Contato: espaciosantaana@gmail.com

Proposta para o banco de saberes:

A Oficina Comparsa de Figurinos Comunitários é um evento formativo e comunitário, inspirado na educação popular, na educação artística, nas festas populares e no trabalho colaborativo, onde a família é convidada a participar de uma oficina abrangente e interdisciplinar sobre artes cênicas e carnavais. É composto pelas seguintes disciplinas: dança, teatro, música, confecção de máscaras e figurinos. 

Nesta oficina prática com duração de seis dias, serão apresentadas a história e o significado das diferentes figuras carnavalescas da América Latina, e metodologias de trabalho para a criação de um personagem com identidade local. É uma instância participativa, onde se compartilham ferramentas e técnicas, mas o tema é comum, criativo e coletivo. Serão criadas coreografias e jogos teatrais, serão desenhados e construídos figurinos e máscaras, com material reciclado e reaproveitamento têxtil. A identidade e a cultura viva comunitária de cada território são fundamentais para alimentar esta iniciativa, pelo que a sua musicalidade responderá a essa sonoridade particular e única.  Todo o treino termina com desfile e almoço ou lanche coletivo.

Duração prevista: 6 dias

Objetivos: Geral: Fazer uma trupe de meninas, meninos, adolescentes e suas famílias, de figuras identitárias do território que habitam. Objetivos específicos: Reconhecimento do Território: Explorar e compreender o ambiente local, identificando elementos característicos do território que se refletem na criação dos personagens. Animalidade do Território: Identificar e estudar os animais nativos, seu comportamento e seu simbolismo cultural na comunidade. Exploração Sensorial: Investigar as cores e sons do território, integrando-os no processo criativo. Criação Artística: Desenvolver competências em dança e teatro para criação de personagens animais mascarados, e encenação de rua

Necessidades da proposta:

* Técnicas: Sala ampla, com piso liso para movimentação, equipamento de som, projetor de vídeo, mesas e cadeiras para trabalhar, retalhos de tecido, material de costura, máquina de costura, cola.

* Espacial: Sala de no mínimo 5×4 metros, idealmente espaço fechado ou coberto.

Destinatários: Crianças e adolescentes e seus cuidadores. Dos 6 aos 99 anos

Número de participantes: mínimo 15, máximo 50

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INTERCÂMBIO TERRITORIAL DE SABERES A PARTIR DA FORMA DE REPRESENTAÇÃO “AMELKANTUN”

País: Chile

Facilitadora: Mariana Muñoz Gutiérrez 

Organização responsável: Centro Cultural La Célula 

Quem são: A organização surgiu em 2009 da necessidade de construir espaços que fortaleçam, deem visibilidade e protejam a arte comunitária e a cultura dos povos indígenas. Localizado na comuna de La Reina (Região Metropolitana), o Centro Cultural La Célula dedica-se ao ensino e aprendizagem de diferentes áreas artísticas, atividades gratuitas abertas à comunidade, gestão de projetos, criação de redes de apoio e recuperação de espaços públicos, favorecendo localidades vulneráveis com pouco acesso à cultura. 

Entre as oficinas desenvolvidas estão a Oficina de Rádio Teatro com a temática dos povos indígenas (2015), a gravação do conto “Un Zorro en el Wenumapu”; Oficinas de contação de histórias Mapuche (2018 e 2019); a “Oficina Amelkantun”, pesquisa sobre a forma de representação no mundo Mapuche, liderada pelas Artes Cênicas “Kuyfi Kimun”, e a realização de curtas-metragens a partir dos conhecimentos aprendidos com “Amelkantun” (2020, 2021 e 2023). Atualmente, a organização dedica-se à formação de uma escola de arte comunitária popular.

Contato: culturalacelula@gmail.com 

A proposta para o banco de saberes: O intercâmbio busca visitar e compartilhar com outras culturas a antiga forma representacional Mapuche chamada “Amelkantun”, através de uma oficina em que os conteúdos da formação e da prática serão ministrados com treinamentos específicos e acompanhados de música Mapuche (ayekan). O intercâmbio também busca observar semelhanças entre territórios e outras formas de representação. Para a residência viajarão dois membros do coletivo Kuyfi Kimun Performing Arts, que ficarão encarregados das atividades. A oficina a realizar-se no país visitante consiste em quatro sessões que incluem treino representacional “amelkantun” e treino físico “awkantun”, acompanhados de música (ayekan). 

Saiba mais sobre o treinamento em https://www.youtube.com/watch?v=w5BBIUKwuS0&t=65s , https://www.youtube.com/watch?v=0WuFLAm493k&t=28s https://www.youtube.com/watch?v=FB3T-X6jsgw 

Duração prevista: 5 dias

Necessidades da proposta: Espaço fechado ou aberto para a realização da atividade.  

Destinatários: Aberto à comunidade. 

Número de participantes: Máximo 20 pessoas. 

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ENREDARTE

País: Chile

Facilitadoras: Maryori Rodriguez Garcia e Yasna Aguirre Pastén

Organização responsável: Centro Cultural Margot Loyola

Quem são: O Centro Cultural Margot Loyola nasceu em Tierras Blancas (região de Coquimbo), em setembro de 2000, a partir de uma oficina básica de cuecas (dança chilena), cujos participantes queriam aprender mais sobre a cultura tradicional, tendo como referência a professora Margot Loyola. Em outubro de 2001, participando de uma oficina com ela, a diretora obteve sua autorização para a formação do clube com seu nome. Foi assim que em 23 anos de experiência evoluíram para clube de cueca, depois centro cultural, realizando oficinas, debates e festivais não competitivos, sempre com foco nos territórios, promovendo o trabalho do património imaterial da região e a implementação valor das suas comunidades, através de alianças com grupos regionais de criação musical. Desde a sua criação, a organização está na sede da Junta de Vecinos nº 18, que lhe cedeu um espaço para funcionar e também administrar uma biblioteca comunitária. O objetivo do trabalho que o Centro Cultural Margot Loyola realiza é que as linguagens expressivas da arte, da cultura, das identidades, dos talentos e das aptidões artísticas das e dos moradores da comunidade sejam construídas e reconhecidas nos territórios. 

Contato: agrupamentomargotloyola@gmail.com

Proposta para o Banco de Saberes:

A iniciativa En-Red-Arte corresponde à intervenção territorial de organizações de base comunitária, contemplando três pontos geográficos, que são selecionados de acordo com semelhanças de idioma, clima, formas de organização territorial, bem como parâmetros ambientais próximos aos do Chile. Posteriormente, é realizada uma reunião de planejamento onde os temas são distribuídos em mesas de trabalho com o objetivo de criar um espaço de diálogo/diagnóstico das realidades de cada ponto selecionado, além de permitir – dependendo dos temas de interesse – que os participantes compartilhem suas experiências, ações, conhecimentos e preocupações. Em seguida é realizado um dia de trabalho territorial setorizado em cada um dos pontos selecionados. Neste dia serão realizados duas oficinas (Cultura Cívica e Cueca), especificamente para fortalecer a educação não formal e democratizar o acesso à informação em setores vulneráveis. 

 Duração prevista: 7 dias

 Necessidades da proposta:

* Técnicas: Mesas, projetor, cadeiras, materiais de escritório (lápis, folhas, papel kraft, marcadores, post-its), microfones, som, lanches, luzes, computador.

 * Espacial: As oficinas serão realizadas tanto em locais fechados, principalmente sedes sociais, como oficinas, quanto em locais abertos, ao ar livre em espaços públicos.

 . Destinatários: Para toda a comunidade, de todas as idades

 * Número mínimo e máximo de participantes: 50-100

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COLÔMBIA

OFICINA DE CRIAÇÃO TEATRAL A PARTIR DAS TÉCNICAS DO TEATRO DO OPRIMIDO

País: Colômbia

Pessoa facilitadora: Ariane Denault Lauzier, pedagoga artística, atriz e música

Instituição responsável:  Colectivo Mujeres de Fuego/Fundación Teatro del Presagio

Quem são: O Coletivo Mujeres de Fuego desenvolve projetos de pesquisa e de criação coletiva, a partir das artes cênicas, do corpo e da estética da imagem em torno de problemáticas sociais. Suas montagens, como “La Pajarera: gestos de resistencia“, “El Hilo de Ariadna” e “Las Tejedoras del Laberinto” tratam das violências de gênero a partir da linguagem corporal e da imagem poética. Além de sua aposta na criação teatral, o coletivo desenvolve uma linha de pedagogia, com um enfoque na dramaturgia corporal, no teatro em comunidade e no teatro com enfoque de gênero. Trabalha projetos com diferentes entidades privadas e públicas e com populações diversas (mulheres, vítimas, jovens, crianças, formação de formadores, pessoas em situações de deficiências). Para seu trabalho em comunidade, tem um enfoque a partir da metodologia do Teatro do Oprimido e das Oprimidas entrecruzado com a performance e outras linguagens corporais (mimo corporal, dança contemporânea). Desenvolve várias oficinas e laboratórios de criação cênica. Saiba mais: https://colectivomujeresdefuego.emiweb.es/

Contato: colectivomujeresdefuego@gmail.com

Proposta para o banco de saberes:

A oficina proposta permitirá uma abordagem das técnicas do Teatro do Oprimido para o trabalho em comunidade. Num primeiro momento, as pessoas participantes passarão por diferentes categorias de jogos que buscam estimular os diversos sentidos e recuperar o caminho do sensitivo, reaprender a ver, a escutar, a tocar, a sentir. Estes jogos buscam também “desmecanizar” corpo e mente através do movimento, a coordenação e o ritmo. Em um segundo tempo serão usadas algumas técnicas do teatro imagem, do arco íris do desejo, do teatro-fórum e jornalístico para analisar de maneira criativa problemáticas sociais e comunitárias que os/as participantes queiram explorar. A partir dos materiais criativos alcançados na oficina se realiza uma pequena montagem para apresentar à comunidade. Esta metodologia é uma ferramenta para os que querem explorar o teatro social, a criação coletiva para analisar problemáticas e também para os/as que querem ter metodologias criativas para replicar e trabalhar em comunidades.

Duração prevista: 5 dias de 6 horas

Necessidades para o desenvolvimento da proposta:

*Técnicas: Pedaços de tecidos, materiais reciclados, papel sulfite, canetinhas coloridas, fita crepe, pintura e pincéis, bolas pequenas, vendas para os olhos, aparelho de som.

* Espacial: Espaço fechado e amplo, piso liso e limpo.

Destinatários: Todos os grupos (a partir dos 14 anos) que querem viver esta experiência teatral e também para os profissionais que trabalham com comunidades. 

Número mínimo e máximo de participantes: mínimo 8 pessoas, máximo 25.

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LABORATÓRIO TEATRAL DE CRIAÇÃO E EXPLORAÇÃO SOBRE QUESTÕES DE GÊNERO, SUAS RAÍZES E SUAS TRANSFORMAÇÕES

País: Colômbia

Pessoa facilitadora: Ariane Denault Lauzier, atriz, diretora, dramaturga e pedagoga teatral

Organização responsável: Colectivo Mujeres de Fuego

Quem são: O Coletivo Mujeres de Fuego desenvolve projetos de pesquisa e de criação coletiva, a partir das artes cênicas, do corpo e da estética da imagem em torno de problemáticas sociais. Suas montagens, como “La Pajarera: gestos de resistencia“, “El Hilo de Ariadna” e “Las Tejedoras del Laberinto” tratam das violências de gênero a partir da linguagem corporal e da imagem poética. Além de sua aposta na criação teatral, o coletivo desenvolve uma linha de pedagogia, com um enfoque na dramaturgia corporal, no teatro em comunidade e no teatro com enfoque de gênero. Trabalha projetos com diferentes entidades privadas e públicas e com populações diversas (mulheres, vítimas, jovens, crianças, formação de formadores, pessoas em situações de deficiências). Para seu trabalho em comunidade, tem um enfoque a partir da metodologia do Teatro do Oprimido e das Oprimidas entrecruzado com a performance e outras linguagens corporais (mimo corporal, dança contemporânea). Desenvolve várias oficinas e laboratórios de criação cênica. Saiba mais: https://colectivomujeresdefuego.emiweb.es/

Contato: colectivomujeresdefuego@gmail.com

Proposta para o banco de saberes:

O laboratório teatral sobre gênero é uma adaptação de várias técnicas do Teatro do Oprimido e outras linguagens artísticas (escrita, artes plásticas, performance). Tomando como ponto de partida do processo criativo as problemáticas relacionadas a gênero, busca-se analisar e explorar, a partir da arte, problemáticas (opressões) vividas pel@s participantes, atrizes ou não atrizes, passando por vários temas: as imagens femininas/masculinas herdadas do passado, os modelos femininos/masculinos do contexto social atual que influenciam o imaginário coletivo, a análise da autoimagem e das imagens incorporadas no inconsciente, até a revelação e a superação das opressões. Serão usadas, além do teatral, outras artes, como colagem, pintura, trabalho de objetos para instalação, poesia e música. A ideia é explorar diferentes temas para chegar à criação de pequenas cenas baseadas em opressões de gênero. Depois da análise destas cenas, será feita uma montagem do grupo, integrando alguns dos materiais do laboratório criativo. O laboratório pode ser feito só com mulheres ou misto; se adapta a metodologia de acordo com o que a organização quer. 

Duração prevista: 5 dias com jornadas de 6h (pode ser adaptado)

Necessidades para o desenvolvimento da proposta:

* Técnicas: Pedaços de tecidos, materiais reciclados, papel bond, lápis, fita adesiva (masking tape), pintura e pincéis, bolas pequenas, vendas para os olhos, aparelho de som.

* Espacial: Espaço fechado e amplo, piso liso e limpo.

Destinatários: A partir dos 14 anos. Este laboratório é misto, mas pode-se trabalhar só com mulheres.

Número mínimo e máximo de participantes: mínimo 8, máximo 30.

Confira a proposta completa

CRIAÇÃO DE LIVROS INFANTIS COM VISÃO INTERCULTURAL

País: Colômbia

Pessoas facilitadoras: Muskuy Muyury Tisoy Tandioy e Juan Camilo Ruíz Eraso

Organização responsável: Asociación Runapacha

Quem são: A Associação Runapacha é um coletivo formado por mulheres e homens da comunidade Inga de Santiago Putumayo, que desde 2019 buscam promover o fortalecimento dos saberes ancestrais por meio da cultura, da arte, da literatura e do audiovisual, com foco especial nas línguas ancestrais das comunidades e sua língua ancestral Inga, Kichwa ou Runa Shimi.

A organização tem acompanhado a Biblioteca Rural Itinerante Taita Gabriel Tisoy, localizada em seu território, onde se desenvolvem atividades culturais baseadas em suas tradições e língua ancestral. Além disso, apoiam a linha de pesquisa escrita, ilustrada e audiovisual em três línguas (Inga, Kichwa e espanhol), de símbolos da tecelagem artesanal “chumbe” na comunidade Inga, pela qual, em 2023, foram vencedoras do prêmio “Guardiões da Terra da Sobrevivência Cultural”. O livro “Histórias curtas em Inga e Kichwa para Meninas e Meninos”, de autoria do coletivo, foi apresentado (e bem recebido) na Feira Internacional do Livro de Bogotá, em abril de 2024.

Contatorunapachacolombia@gmail.com

A proposta para o banco de saberes:

A organização propõe a realização de cinco oficinas baseadas em uma metodologia teórico-prática com abordagem intercultural, a fim de fornecer princípios para a criação de livros infantis a partir do conhecimento das comunidades, de suas experiências, de seu território e de suas línguas. Neste processo, serão mostradas algumas possibilidades de livros impressos, digitais e áudio baseados na expressão literária e gráfica. Dessa forma, propõe-se aprofundar o conhecimento das comunidades locais, das suas expressões, das suas histórias e das suas linguagens, para finalmente poder criar um esboço de um primeiro minilivro infantil e intercultural.

Duração prevista: 5 dias. Cada uma das 5 atividades terá duração de 3 horas (Importante os espaços entre os dias para avançar ou tirar dúvidas no caminho criativo)

Necessidades da proposta:

* Técnicas:

– Sala ampla com boa iluminação, mesas, cadeiras, quadro acrílico.

– Materiais de papelaria, blocos de folhas, lápis, cores, canetas, tesouras.

– Para a oficina 2: Video beam (projetor de vídeo), cabo de extensão com vários conectores, 3 laptops (ou cada participante pode trazer seu computador pessoal), smartphones, acesso à internet.

– 1 ou mais fotos antigas.

* Espacial: Espaço fechado, amplo e iluminado.

Destinatarios: Pessoas maiores de 18 anos, de qualquer identidade de gênero. Dependendo do interesse da organização interessada nesta proposta, poderão ser organizados grupos diversos, por exemplo, uma oficina exclusiva para mulheres ou para povos indígenas específicos.

Número de participantes: 10

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AULA VIVA ITINERANTE. INTERCÂMBIO DE SABERES E CONSTRUÇÃO DE NOVAS CIDADANIAS

País: Colômbia

Pessoas facilitadoras: Juan Carlos Duran Izquierdo e Gloria Inés Muñoz Martínez

Organização responsável: Fundación Creando Lazos de Saber y Vida

Quem são: Desde 2018, a Fundação Creando Lazos de Saber y Vida e a Rede Intercultural de Saberes Ancestrais e Tradicionais da Colômbia implementaram vários programas em colaboração com o Projeto “Saber y Vida”, da Universidade Nacional da Colômbia, focados na preservação e na promoção dos conhecimentos ancestrais e tradicionais. Um dos projetos de destaque ​​é a “Aula Viva de Saberes Ancestrales y Tradicionales de Colombia”, um espaço pedagógico permanente que promove o diálogo e a aprendizagem mútua entre o conhecimento acadêmico e o conhecimento tradicional, impactando comunidades indígenas, afrodescendentes e outros grupos étnicos e populacionais. Este projeto contribuiu para processos agroecológicos na cidade de Teusaquillo (Bogotá) e capacitou centenas de representantes de diversos grupos étnicos e sociais.

Saiba mais: https://www.unidoscreandolazos.com/ www.facebook.com/unidoscreandolazos

Contato: unidoscriandolazos@gmail.com

A proposta para o Banco de Saberes:

Por meio de uma série de oficinas dinâmicas e participativas, o projeto “Aula Viva Itinerante” tem como principal objetivo promover a troca de conhecimentos e a construção de novas cidadanias conscientes e comprometidas com o bem-estar coletivo. A intenção é cultivar e fortalecer valores fundamentais como o respeito, a empatia e a solidariedade, bem como promover o reconhecimento e a valorização da diversidade em todas as suas manifestações. Acreditando no poder transformador da comunidade quando esta é alimentada pela pluralidade de vozes, experiências e perspectivas, o trabalho da organização está voltado para a criação de espaços inclusivos e participativos onde cada indivíduo se sente ouvido, respeitado e valorizado.

As oficinas têm como objetivo estimular o pensamento crítico, a reflexão consciente e a ação transformadora na sociedade. Através de atividades lúdicas, debates construtivos e exercícios práticos, as pessoas participantes são convidadas a explorar e questionar o seu ambiente, identificar desafios comuns e colaborar com a busca de soluções criativas e sustentáveis.

Duração prevista: 5 dias

Necessidades da proposta:

* Técnicas: Cadeiras dispostas de forma circular, projetor, papel kraft, marcadores, cores, lã, plastilina, tesoura, tintas, post-its, cartolinas de diversas cores, ambientes abertos em contato com a natureza, som, microfone.

*Espacial: Espaço com capacidade para 40 pessoas

Destinatários: Líderes sociais, ambientais e comunitários, representantes de comunidades étnicas, mestres e mestras de culturas tradicionais, jovens, crianças

Número de participantes: de 10 a 40 pessoas

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METODOLOGIAS DE PESQUISA – CRIAÇÃO PARA A DEFESA COMUM DOS TERRITÓRIOS

País: Colômbia

Pessoas facilitadoras: Andrea Lizeth Montenegro Rosero e Edwin Alexander Ceballos Taramuel

Organização responsável: Fundación Cuas

Quem são: A Fundação Cuas é uma organização comunitária formada por profissionais indígenas em Ipiales (Nariño). Foi criada em 2018 com o nome de Colectivo Cuas, e em 2021 foi formalmente legalizada como Fundación Cuas. A entidade encaminha processos comunitários de pesquisa, proteção, promoção e divulgação das manifestações culturais e do patrimônio, bem como a concepção e exercício de políticas, programas e projetos educacionais para a melhoria da qualidade de vida e fortalecimento cultural nas comunidades indígenas e camponesas da Colômbia, especialmente no Departamento de Nariño.

Entre os projetos desenvolvidos destacam-se o “AndesLab: património e comunidade”, “Pedagogias alternativas baseadas na simbologia de Los Pastos”, “Pupiales: somos património” e o “Bitácora Cuas: água, território e vida”, um projeto transmídia que foca a atenção nos problemas ambientais atuais do Pueblo de los Pastos. Por meio desses compromissos pedagógicos e produtos de livre difusão, a fundação tem contribuído para os processos de fortalecimento cultural em reservas indígenas, instituições de ensino e entidades museológicas. Saiba mais:  https://colectivocuas.wordpress.com

Contato: fundacioncuas@gmail.com

A proposta para o banco de saberes: Durante cinco dias, será realizado um processo de investigação-criação como metodologia que permitirá a uma escola rural desenvolver um processo intergeracional de investigação territorial (cartografia social), que servirá de base para a consolidação de um recurso educativo multimídia que promova proteção ambiental a partir do conhecimento tradicional. Este recurso será mostrado numa cartilha que conterá o trabalho dos alunos e alunas, com  fotografias, desenhos, histórias escritas e links QR para podcasts. A cartilha resultante será editada pelos facilitadores proponentes do projeto e servirá de base para o desenvolvimento de atividades extracurriculares que fortaleçam a conexão entre a escola e a comunidade, incorporando saberes e práticas locais para uma educação mais inclusiva e democrática.

Duração prevista: 5 dias

Necessidades da proposta:

*Técnicas: Projetor de vídeo, Mesas de trabalho, Papelaria (folhas de papel, marcadores, papéis coloridos), Computador para edição de áudio e fotografia

* Espacial: Sala de aula, espaço verde para diálogos em grupo

Destinatarios: Jovens de 15 e 24 anos

Número de participantes: No mínimo 5; no máximo 20

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ESCOLA POPULAR FEMINISTA: BORDANDO PARA UMA VIDA LIVRE DE VIOLÊNCIAS

País: Colômbia

Facilitadoras: Diana Cristina Molina Trejo e Adriana Liseth Melo Maya

Organização responsável:  Colectiva Miradas Violetas

Quem são: A Coletiva Miradas Violetas vem desenvolvendo diferentes processos comunitários no departamento de Nariño (Colômbia). Em 2022, por exemplo, realizou uma roda de conversa chamada “Palavra de Mulher”, na qual as participantes refletiram sobre os estereótipos de gênero a partir das histórias de vida das integrantes da coletiva. Graças à convocatória da Mesa pela Saúde e Vida da Mulher, o grupo desenvolveu duas oficinas participativas, sobre direitos sexuais e reprodutivos, em 2023 e 2024. Em abril de 2024, realizou uma roda de conversa com mulheres rurais, meninas, jovens e adultas, para refletir sobre o tema do autocuidado. Ganhadora de uma convocatória do Fundo Lunaria, que financia um projeto para trabalhar os temas “autonomia, direitos e sustentabilidade”, a Coletiva Miradas Violetas procura criar uma escola feminista popular para aumentar a conscientização sobre a violência baseada em gênero (VBG) entre 15 mulheres rurais do município de Samaniego-Nariño, em 2024. 

Saiba mais: www.facebook.com/ColectivaFeministaMiradasVioletas e www.instagram.com/colectivamiradasvioletas

Contato: molinatrejodiana@gmail.com

Proposta para o banco de saberes:

A proposta utiliza a educação popular com metodologias participativas e artísticas como o bordado, redefinindo esta arte como ferramenta de transformação social para conscientizar a comunidade. A iniciativa procura chegar a mulheres comuns, de lugares distantes, para fortalecer seus conhecimentos e deixar uma memória viva de um espaço seguro, pensado a partir do seu contexto. Além disso, pretende promover a participação das mães e o cuidado, por meio de uma cuidadora de crianças, e o apoio psicológico nos espaços.

A Escola Popular Feminista está dividida em cinco partes, desenvolvendo temas como: sistema patriarcal e machismo, estereótipos e papéis de gênero, violência baseada em género (VBG), formas de acompanhamento e rotas de atenção.

Duração prevista: 7 dias

Necessidades da proposta:

* Técnicas: Computador, projetor, som, tendas, materiais para bordar: linhas, lã, tambores, agulhas, papel vegetal, tecido, estampas, mesa, cadeiras, microfone

* Espacial: Espaço fechado e espaço exterior

Destinatários: Mulheres adultas com 18 anos ou mais

Número de participantes: 15

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LER PARA NOS NARRAR: UM PASSEIO POR EXPERIÊNCIAS METODOLÓGICAS PARA RECONHECER AS VOZES DAS CRIANÇAS ATRAVÉS DE LINGUAGENS LITERÁRIAS

País: Colômbia

FacilitadorasErika Jannethe Barrera Botero e Leydy Jhoana Díaz Salas

Organização responsável:  Libros Buenos a la Vereda 

Quem são: A organização faz experiências de promoção da leitura e da escrita para meninos e meninas que vivem na zona rural de Usme, Bogotá. Além disso, abre espaços para a população camponesa desfrutar da leitura, da escrita e das práticas orais, a fim de descentralizar os direitos culturais. Sua itinerância teve início no dia 8 de maio de 2021 e desde então vem sendo desenvolvidas experiências literárias. Desde 2022, foram abertos quatro espaços denominados “Cantinhos de Leitura”, localizados em casas rurais e equipados com móveis e livros para que possam funcionar como bibliotecas comunitárias rurais. Este ano de 2024, foi feito um piloto da Escola Rural de Mediadores Culturais, que se projeta como um espaço de formação em Mediação e Direitos Culturais para meninos, meninas e jovens rurais e camponeses. 

Saiba mais: www.librosbuenos.biliotecarural.com

Contato: librosbuenosvereda@gmail.com

Proposta para o Banco de Saberes:

“Ler para nos narrar” é um espaço de formação na metodologia de experiências literárias para reconhecer as vozes de meninos, meninas e jovens da literatura infantil com ênfase em livros-álbum, livros ilustrados e narrativas orais. O objetivo é compartilhar o desenho metodológico com o qual Libros Buenos a la Vereda desenvolve experiências literárias, que favorecem os processos de leitura, escrita e oralidade no âmbito comunitário e/ou rural, atendendo meninos, meninas, jovens e até mesmo a população adulta. Isso para que a comunidade receptora tenha ferramentas para desenhar as próprias experiências, abordando temas e problemas comunitários através da literatura, e consigam incentivar a produção de textos de diferentes formatos que recolham as vozes das e dos participantes (especialmente crianças) ao seu redor. O espaço de formação é dirigido a pessoas que realizam trabalhos comunitários e cujo interesse é aproximar-se de ferramentas para conceber e realizar experiências literárias que reconheçam as vozes das crianças.

* Duração prevista: 6 dias

Necessidades da proposta:

* Técnicas: Projetor, mesas, cadeiras, lápis, folhas, marcadores, cores.

* Espacial: Local coberto que protege do sol e da chuva, com espaço suficiente para as duas oficinas e as pessoas participantes da oficina.

Destinatários: Sem limite de idade: Pessoas ou grupos interessados ​​em mediar espaços de leitura, escrita e oral, desde crianças até pessoas da terceira idade.

Número de participantes: De 10 a 30 participantes

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EROS E THANATOS EM GABO. PROJETO SOCIAL “NARRAR PARA CURAR: UM LEGADO DA COLÔMBIA PARA O MUNDO”

País: Colômbia

Facilitadora: Liliana Zapata 

Organização responsável: Encuentro de Voces 

Quem são: O “Encontro de Vozes, onde a sua voz é a minha voz” é um espaço de contação de histórias que nasceu em 2009, como resposta à crescente onda de mortes e insegurança na cidade de Medellín. Um compromisso político, social e cultural a partir do bairro, do quarteirão, do coração. Dois amigos, vizinhos, gestores e atores culturais e comunitários tomam a decisão de enfrentar o ocorrido e apagar um pouco da estigmatização para mostrar outro rosto, outra imagem, uma forma alternativa de resistir através da arte, pacífica e criativa. Esse espaço artístico e cultural nasceu no bairro Castilla, Zona Noroeste de Medellín, com a missão de ser um lugar para sonhar com um mundo ideal, “cheio de fantasia e cor, cheiro e sabor”. Um lugar onde, por meio das palavras e da interação, “você pode voar por lugares mágicos” se a imaginação e o corpo permitirem, como alternativa para aproveitar o tempo livre de forma saudável, positiva e produtiva.

Contato: contadoradehistorias@hotmail.com

Proposta para o banco de saberes: 

O projeto “Narrar para Curar” visa usar a narrativa e o realismo mágico como ferramentas para capacitar emocionalmente comunidades na Colômbia e além. Inspirado na obra de Gabriel García Márquez, este projeto procura curar corações, celebrar a cultura colombiana e promover a resiliência através da literatura. 

Entre os conteúdos a serem desenvolvidos estão previstas oficinas de escrita criativa onde as/os participantes podem aprender sobre o realismo mágico e escrever suas próprias histórias; eventos de leitura pública de obras de García Márquez em espaços comunitários; conversas sobre o poder curativo das histórias e a criação de bibliotecas comunitárias com acesso à obra de García Márquez e outros autores relevantes. No final, será proposta uma discussão sobre as diferentes histórias partilhadas, explorando temas comuns, emoções partilhadas e como as histórias podem ser ferramentas poderosas para a cura pessoal e coletiva.

Duração prevista: 7 dias 

Necessidades da proposta

* Técnicas: Salas de aula, quadro, lápis, lenços, bolinhas. 

* Espacial: Aplica-se a espaços abertos ou fechados.

Destinatários: Crianças e jovens das escolas e dos espaços combinados.

Número de participantes: 25 

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BIBLIOTECAS FAZEM CINEMA

País: Colômbia

Pessoas facilitadoras: Heidy Helena Mejía Sánchez e Adolfo Garcia Correa

Organização responsável: Fundación Cultural Territorios, Arte y Paz

Quem são: A Fundação Cultural Territórios, Arte e Paz foi criada com o objetivo de projetar e implementar laboratórios culturais de transformação social por meio de estratégias de apropriação das artes, da leitura, da escrita, da oralidade, do teatro social, do cinema comunitário, da realidade virtual e aumentada e da pedagogia da paz. Além de criar a Rede de Bibliotecas Comunitárias Libros Libres para Todos, com a qual abriram mais de 150 pontos de leitura em todo o país, seus integrantes trabalham o cinema comunitário com crianças, adolescentes e jovens, e os acompanham em todo o processo de criação, filmagem e pós-produção. Juntamente com as comunidades, produziram 12 curtas-metragens, exibidos em festivais de cinema nacionais e internacionais.

A organização vem fortalecendo experiências bem-sucedidas de arte e paz com grupos populacionais como idosos, jovens em condições vulneráveis, mulheres vítimas de diferentes tipos de violência, comunidades étnicas, comunidades rurais, comunidades afrodescendentes, comunidades urbanas em condições altamente vulneráveis, migrantes (especialmente da Venezuela), comunidades com diferentes capacidades, populações que sofreram violência por parte das forças armadas fora da lei. 

Saiba mais: https://sites.google.com/view/territoriosarteypaz/inicio

Contato: territórioriosarteypaz@gmail.com

A proposta para o Banco de Saberes: Por meio desta formação e laboratório de cinema comunitário infantil, a organização quer convidar as bibliotecas a abrirem as portas à criação, à produção de conteúdos audiovisuais, como estratégia para narrar os contextos territoriais dos espaços que habitam, para que as pessoas usuárias tenham o oportunidade de contar as suas próprias histórias sobre as personagens, profissões, paisagens e saberes do seu entorno. E também para que tenham espaço para dar visibilidade a essas histórias por meio dos fóruns de cinema ou cineclubes programados na biblioteca e outros espaços aliados (escolas, universidades, redes de bibliotecas, etc.). 

Esta proposta tem duas partes: 1- Conversa “Bibliotecas Fazem Cinema” e Seminário – Oficina para mediadores de leitura e animadores socioculturais “Minha Vida É Um Filme”; 2- Laboratório de cinema comunitário infanto-juvenil. 

Duração prevista: 7 dias (6 horas por dia)

Necessidades da proposta:

* Técnicas: Vídeo beam (projetor), laptop, som, microfones, alto-falantes, telão para projeção, internet.

* Espacial:

1- Conversa “Bibliotecas Fazem Cinema” e Seminário-Oficina para mediadores de leitura e animadores socioculturais: sala ampla, fechada, com cadeiras móveis para realização também de oficinas vivenciais no espaço desocupado.

2- Laboratório de Cinema Comunitário Infantil/Adolescente: Será desenvolvido em uma comunidade onde haja a possibilidade de circular com segurança para filmar com meninos e meninas, no mesmo território, já que 90% da experiência é prática. É necessário um espaço interno para treinamento inicial (pode ser aberto ou fechado).

3- Exibição de curtas-metragens em comunidades e/ou bibliotecas: espaço na biblioteca ou ao ar livre nas comunidades.

Destinatários

1- Conversa “Bibliotecas Fazem Cinema” e Seminário-oficina para mediadores de leitura e animadores socioculturais: Mediadores de leitura, pais e mães, professores/as, bibliotecários/as, gestores/as e criadores/as culturais, voluntários/as, população em geral interessada. Maiores de 17 anos 

2- Laboratório de Cinema Comunitário: crianças e adolescentes entre 9 e 13 anos

3- Exibição de curtas-metragens em comunidades e/ou bibliotecas: público em geral nas comunidades.  Todas as idades – desde a primeira infância até adultos mais velhos.

Número de participantes:

1- Conversa “Bibliotecas Fazem Cinema” e Seminário – Oficina para mediadores de leitura e animadores socioculturais: mínimo 40 pessoas – máximo 100 pessoas 

2- Laboratório de Cinema Comunitário Infantil-Adolescente (9 a 13 anos): Mínimo 15, máximo 30 

3- Exibição de curtas-metragens em comunidades e/ou bibliotecas: Mínimo 40 pessoas – máximo: ilimitado

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SABERES E SABORES ANCESTRAIS: NÓS, CAUCANOS, SALVAGUARDAMOS E FORTALECEMOS NOSSAS COZINHAS TRADICIONAIS 

País: Colômbia

Facilitadoras: Jacqueline Urbano e Patrícia Garcia Varela 

Organização responsável: Cooperativa Red de Mesa Larga

Quem são: A Cooperativa Red de Mesa Larga, de Popayán (Cauca), foi fundada em 2009 por um grupo de cozinheiras e cozinheiros como estratégia na luta pela praça do mercado, ameaçada de despejo. Desde então, a cooperativa tem sido fundamental na organização do Festival de Cozinha Tradicional, apoiado pela FONTUR, pelo Ministério das Culturas e pela Câmara Municipal. Nesta festa, que este ano celebrou o seu 15º aniversário durante 5 dias, os saberes tradicionais foram levados ao Parque Mosquera, destacando-se as práticas culinárias que normalmente se realizam no interior da praça. Além disso, a cooperativa tem tido presença constante em eventos gastronómicos relevantes, como o Congresso Gastronômico e o Coletivo Afro, participando em atividades municipais e departamentais. Estas atividades refletem o compromisso contínuo da organização em preservar e promover a cultura culinária local. 

Contato: coomesalarga@gmail.com

Proposta para o banco de saberes: Esta oficina tem como objetivo preservar e promover o rico patrimônio culinário de Cauca, destacando pratos tradicionais que representam a diversidade e profundidade da sua cultura gastronómica. Entre as preparações que serão abordadas estão a emblemática empanada pipián, os tamales de pipián e seus derivados, carantanta como aperitivo, recheado, tripazo, sancocho trifásico, arroz camponês, língua e sobrebarriga. Além disso, será destacado o chulquín, produto tradicional em processo de recuperação, que simboliza a ligação com as suas raízes ancestrais. 

A oficina poderá ser realizada dentro e fora do território colombiano, nas praças de mercado de diferentes territórios, e contará com a participação de chefs tradicionais experientes. As pessoas participantes terão a oportunidade de conhecer as técnicas e os segredos destas preparações, valorizando os ingredientes locais e as práticas culinárias que foram transmitidas de geração em geração. Este projeto não procura apenas ensinar receitas, mas também promover o orgulho e a identidade cultural através da gastronomia. 

Duração prevista: 6 dias 

Necessidades da proposta:

* Técnicas: Projetor e tela; Mesas de trabalho (adequadas para atividades práticas de preparação de pratos); Materiais de cozinha (ingredientes frescos e de qualidade para a preparação de pratos tradicionais, bem como utensílios de cozinha como facas, tábuas de cortar, panelas, frigideiras, etc.). Cadeiras; Microfones e sistema de som; Material didático (folhetos, livros de receitas impressos ou materiais de apoio visual para complementar as explicações); Equipamentos de cozinha (fogões, fornos, liquidificadores ou outros eletrodomésticos necessários à preparação dos pratos, dependendo da complexidade das receitas).

 * Espacial: Espaço amplo e bem ventilado, com iluminação adequada e ótimas condições de higiene para o manuseio dos alimentos. 

Destinatários: Gestores/as, professores/as, líderes comunitários/as. Homens e mulheres maiores de 18 anos. A proposta é dirigida à comunidade em geral, podendo ser adaptada para atender às necessidades e interesses de grupos específicos da comunidade, como mulheres, crianças, jovens ou idosos. 

Número de participantes: Mínimo de 15 e máximo de 30 participantes. Podem ser 15 jovens ou adultos da comunidade e 10 líderes ou professores/as.

 

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COSTA RICA

“CAOS” (COMUNIDADES ARTÍSTICAS – ORGANIZAÇÃO SOCIAL)

País: Costa Rica

Pessoa facilitadora:  Tania Alvarez Chavarria

Organização responsável: Fundación KEME

Quem são: A Fundación KEME é uma organização sem fins lucrativos que tem como propósito primordial utilizar a arte e a ecologia como ferramentas de mudança social. Sua missão consiste no empoderamento das comunidades para o exercício de seus direitos culturais e a produção de espaços artísticos. Entre seus objetivos principais se encontram a produção, difusão e promoção de uma transformação social por uma cultura de paz; o desenvolvimento de processos em harmonia com o meio ambiente com participação intersetorial; e a participação da comunidade para o exercício de seus direitos culturais. Saiba mais: www.facebook.com/pg/fundacionkeme/videos/ 

Contato: kemefundacion@gmail.com

Proposta para o banco de saberes:

O projeto busca promover e difundir os direitos humanos e culturais, desenvolvendo habilidades para que as comunidades possam sustentar no tempo as intervenções, e dando ferramentas para gerar responsabilidade em seu desenvolvimento e transformação social. Se divide nas seguintes partes: 1) Oficina de modelagem em argila e sensibilização em direitos culturais; 2) Duas oficinas de animação e gestão sociocultural; 3) Um ato consciente comunitário, para inaugurar a escultura comunitária e celebrar com atividades artísticas e culturais; 4) Avaliação do projeto, sistematizando a experiência, dando início a um livro de metodologias aplicadas e provadas na comunidade participante. Todas estas etapas desenvolvem habilidades para alcançar a participação da família no espaço público.

Objetivos específicos: 1) Compartilhar técnicas artísticas para promover transformação social; 2) Produzir atividades comunitárias de interesse coletivo; 3) Receber a “Árvore de Contos” em uma atividade cultural comunitária; 4) Avaliar e sistematizar o projeto, gerando um livro de metodologias da comunidade.

Duração prevista: adaptável às possibilidades da organização receptora

Necessidades para o desenvolvimento da proposta:

* Técnicas: Projetor, 4 mesas, som.

* Espacial: espaço aberto ou fechado.

Destinatários: Todas as pessoas

* Número mínimo e máximo de participantes: Mínimo 3, máximo 60

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CUBA

RODANDO FANTASIAS

País: Cuba

Pessoas facilitadoras: César Ramón Irigoyen Milián e Gisell Perera González, coordenadores do projeto

Organização responsável: Proyecto Comunitario de Realización Audiovisual Infantil Rodando Fantasías/ Red Cámara Chica, Cuba.

Quem são: Rodando Fantasias é um projeto comunitário da cidade de Santa Clara que ensina crianças e adolescentes, além de seus pais e/ou tutores, a realizar seus próprios filmes utilizando as novas tecnologias. A iniciativa inclui oficinas de roteiro cinematográfico, fotografia, linguagem de câmera, produção audiovisual, edição, voz e dicção e atuação diante das câmeras. O Festival Rodando Fantasias é o momento culminante do processo docente educativo iniciado por crianças e seus pais em setembro. É o espaço onde se mostra o aprendido e se socializa com outros centros comunitários de Cámara Chica do país e realizadores profissionais dos meios audiovisuais e do cinema. As obras do projeto Rodando Fantasias já foram exibidas em países como México, Escócia, Inglaterra, Peru, Brasil, Argentina, Finlândia, Estados Unidos, Chile e Espanha.

Contato: cesarramonir@gmail.com

Proposta para o banco de saberes:

“Roda tuas fantasias” é um programa de aulas onde se ensina crianças, pais e tutores a contar suas experiências comunitárias, a partir da produção audiovisual utilizando as novas tecnologias. O programa está elaborado para que as crianças e adolescentes escrevam um roteiro cinematográfico, planejem sua produção e fazem o seu sonho realidade. Os pais, docentes e tutores devem documentar (making of) o que os filhos estão desenvolvendo nas diferentes etapas do programa. Tudo será realizado com dispositivos móveis ou tecnologia alternativa (Ipad, celular, tablet, etc), e não com câmeras caras. É um programa que inclui, e não exclui por falta de tecnologia.  

Objetivos: 1) Criar um programa de aulas para a formação audiovisual nas primeiras idades; 2) Aproximar crianças, pais e/ou tutores do fascinante mundo do audiovisual; 3) Preparar crianças como receptores ativos e não passivos; 4) Criar espaços de socialização e confrontação uma vez por ano (encontro, evento ou festival) em que as crianças e os pais possam exibir seus materiais audiovisuais e debatê-los; 5) Adequar de maneira racional a navegação na internet; 6) Desenvolver a fantasia criadora em crianças, pais e/ou tutores.

Duração prevista: 5 dias.

Necessidades para o desenvolvimento da proposta:

Técnicas: Projetor, celular, lâmpadas Led, minicomputadores, GoPro, laptop, PC de escritório para a edição dos materiais.

Espacial: Espaços interiores e exteriores para que os oficineiros aprendam a ajustar-se às diferentes locações.

Destinatários: Crianças e adolescentes (9-16 años), pais e/ou tutores.

Número mínimo e máximo de participantes: 20 pessoas, aproximadamente.

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MARAVILHAS DA INFÂNCIA, CULTIVADOR DE SONHOS

País: Cuba

Pessoas facilitadoras: María Eugenia Romero García e Yunelkys Mato Iznaga

Contato: romerogarcia699@gmail.com  

Organização responsável: Proyecto Sociocultural Comunitario Maravillas de la Infancia Cultivador de Sueños

Quem são: Maravilhas da Infância, Cultivador de Sonhos é um projeto comunitário que nasceu em 13 de agosto de 2001 na cidade de Matanzas. Num espaço chamado Quinta Anita se desenvolvem atividades artísticas e culturais que permitem o avanço em alianças estratégicas que potencializam a participação de outros atores, em função do desenvolvimento das comunidades, com uma concepção participativa e integradora com o papel da cultura. Trabalhando com uma perspectiva de equidade, de igualdade de oportunidades para todas as pessoas, tem conseguido transformar comunidades e sujeitos de maneira crescente, com o protagonismo dos jovens.  

Proposta para o banco de saberes:  

Compartilhar uma experiência que transita por diferentes etapas, contribuições, oportunidades, processos da vida cotidiana e modos de gestão desde a participação na transformação comunitária, iniciativas no desenvolvimento local a partir de uma concepção participativa e integradora. Socializar aprendizagens e novos elementos da cultura no desenvolvimento local com participação popular.

Objetivos: Geral: Visibilizar a cultura no desenvolvimento local e comunitário desde a gestão de um projeto sociocultural. Específicos: 1) Dialogar sobre os aportes, desafios e aprendizados de práticas concretas que se realizam desde uma linha sociocultural, no desenvolvimento local e comunitário; 2) Reconhecer contribuições de um projeto de desenvolvimento local e as experiências do trabalho cultural  comunitário; 3) Contribuir com as respostas do diagnóstico participativo que proporcione outros olhares, com o aproveitamento das potencialidades. 

Necessidades para o desenvolvimento da proposta:

Técnicas: Vídeo, equipamento de computação, equipamento de áudio, flipchart (cavalete), canetas

Espacial: Local que permita a exposição da proposta com a participação de gestores de projetos  comunitários e líderes comunitários (de 25 a 30 participantes) 

Destinatários: Jovens, adultos e pessoas da terceira idade, gestores/as de projetos comunitários e/ou líderes comunitários.

Número de participantes: de 25 a 30

Duração prevista: 5 dias 

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MANANCIAL DE ARTES: AGRICULTURAL, CULTURA, EDUCAÇÃO AMBIENTAL 

País: Cuba

Pessoas facilitadoras: Luis Darío Martos González (dangel@infomed.sld.cu) e Elizabeth Frómeta Mejías, promotores-coordenadores do projeto.

Organização responsável: Proyecto Comunitario Granjita Feliz

Quem são: O projeto desenvolve oficinas de círculos de interesse científico técnico com crianças, adolescentes e adultos do bairro de Guanabacoa, em Havana, de escolas primárias e secundárias sobre temáticas de cunicultura, adubos orgânicos, plantas medicinais, fruticultura, horticultura, semeadura de morangos, abelhas meliponas, e oficinas de dança, música, artes plásticas, narração oral, tudo com uma mirada ambiental e de cultura geral integral. Granjita Feliz também convoca anualmente concursos em níveis provincial e nacional sobre artes plásticas, literatura, confecção de bonecos e arte culinário, sobre natureza e meio ambiente.

Proposta para o banco de saberes:

A proposta se apresenta em duas versões: uma para aqueles que queiram visitar o projeto em Cuba e outra em forma de oficina para levar a outras localidades. Será abordado o tema da agricultura urbana em pequenos espaços, desde a visão agropecuária e agroecológica com assimilação dos conhecimentos e adiantamentos técnicos e os conhecimentos ancestrais, promovendo a biodiversidade e a proteção do solo e o uso racional dos recursos energéticos, da  água, da fertilização e da alimentação animal. Além disso, serão abordados assuntos como cultura alimentar e oficinas de formação e vocação profissional a partir da arte e da cultura, e a experiência com as Oficinas de Agrobiodiversidade com estudantes do ensino fundamental e médio junto à atividade de pessoas com deficiência e seus familiares, assim como a realização de atividades culturais como instrumento de formação de hábitos e condutas de cidadania responsável, e a transformação comunitária para incidir no regional e global em função dos Objetivos de Desenvolvimento Social (ODS).

Duração prevista: Estão previstas 5 jornadas de 6 a 8 horas para teoria e prática em Cuba. Para ministrar a oficina em cidades de outras nações interessadas, a atividade seria reduzida a 3 jornadas de 6 horas, podendo ser estendida se incluir pessoas com deficiências intelectuais, como pessoas com síndrome de Down e outras deficiências que não impeçam sua comunicação social, e se contar com os meios técnicos necessários e os audiovisuais que acompanham as conferências participativas e a realização de atividades públicas.

Necessidades para o desenvolvimento da proposta:

Técnicas: Para realizar o projeto em países que convidem, se requer projetor, computador, sala de reuniões ou espaço com mesas, cadeiras, áudio e microfone, papelógrafo (flip chart), lousa, apagador, canetas coloridas. Seão exibidos vídeos e documentários. Em todos os casos se aplicam técnicas interativas.

Em Cuba: Se requer transporte para as áreas de Granjita Feliz, a Oficina de Agrobiodiversidade, as Fincas Las Piedras, La Mora e Vista Hermosa.

Destinatários: O evento está dirigido a 30 pessoas da comunidade e aos visitantes estrangeiros que participem,  familiares de pessoas com deficiências intelectuais, sensoriais e físicas, produtores de pequenos espaços, familiares de oncopediátricos e funcionários interessados no desenvolvimento do projeto. Homens, mulheres, jovens, adultos pessoas da terceira idade e pessoas com deficiências.

Número mínimo e máximo de participantes: de 30 a 200.

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EQUADOR

DESENVOLVIMENTO DO PROJETO MAPEATE

País: Equador

Pessoa facilitadora: Wagner Acosta Muñoz (wagneracosta@gmail.com), designer gráfico, fotógrafo e gestor cultural

Organização responsável: Red de Gestores Culturales del Centro Histórico de Quito (REDGESCHQ)

Quem são: REDGESCHQ é o resultado de um processo acadêmico iniciado em 2010 com moradores de San Roque, San Marcos, La Colmena, El Placer, Toctiuco e El Tejar (bairros tradicionais do Centro Histórico de Quito), que se uniram para assistir à Escola de Formação de Gestores Culturais para o Desenvolvimento, dirigido por Interculturas com o respaldo da Fundação Holcim Ecuador.

REDGESCHQ é uma organização sem fins lucrativos, formada por vizinhos e vizinhas que trabalham a partir da cultura para fortalecer os laços de vizinhança e solidariedade em seus bairros, para manter vivas as memórias, os saberes e identidades dos bairros.

Contato: redgeschq@gmail.com

Proposta para o banco de saberes:

Realizar o registro real de atores e gestores culturais no território, para facilitar a formulação de políticas públicas que beneficiem o setor cultural, consolidando normas e leis municipais.

Objetivo geral: Melhorar a qualidade de vida de atores e gestores culturais. Objetivos específicos: Criar um guia de atores e gestores culturais; apresentar projetos de leis e normativas.

Conteúdos a desenvolver: 1. Diagnóstico: socialização do projeto MAPEATE; análise de políticas públicas culturais locais; planejamento de oficinas em função das expectativas e tempo disponível dos participantes. 2. Desenvolvimento de projeto; 3. Retroalimentação do projeto. 4. Linhas gerais em função da experiência adquirida no projeto MAPEATE realizado em Quito. Saiba mais.

Duração prevista: 8 dias, podendo variar em função da área de intervenção. Considerando 4 jornadas de 4 horas cada.

Necessidades para o desenvolvimento da proposta:

* Técnicas: Projetor, mesas, cadeiras, folhas, esferográficos, entre outros materiais relacionados.

* Espacial: Espaço fechado, 8m x 5m.

Destinatários: Atores e gestores culturais; instituições locais vinculadas ao setor cultural, participantes de 18 a 35 anos.

Número mínimo e máximo de participantes: Mínimo 10, máximo 15.

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EL SALVADOR

OFICINA: PATRIMÔNIO CULTURAL NO PALCO. JOGO CÊNICO PARA CONTAR HISTÓRIAS.

País: El Salvador

Facilitadores:  Astrid Francia e Oscar Guardado

Organização responsável: Coletivo Alcapate

Quem são: O Colectivo Alcapate é um coletivo multidisciplinar de El Salvador formado por profissionais das Ciências Sociais e das Artes Cênicas. Nasceu em 2011, realizando um projeto de formação de elenco de teatro comunitário na comunidade indígena do cantão Sisimitepet, no município de Nahuizalco, baseado na revalorização de diferentes expressões culturais de seu patrimônio cultural imaterial. Posteriormente, continuaram realizando as mesmas ações em comunidades das áreas urbanas e rurais de El Salvador, como nos distritos de Soyapango, Ilopango, Panchimalco e Usulután.

Saiba mais: www.facebook.com/ColectivoAlcapate

Contato: colectivoalcapate@gmail.com

A proposta para o Banco de Saberes:

Óscar Guardado e Astrid Francia

A finalidade dessa oficina é realizar um trabalho de reflexão coletiva a partir do que significa cultura e identidade na comunidade, como isso se reflete nas expressões do patrimônio imaterial local, para ser conscientes da valorização e do reconhecimento social desse patrimônio e sua importância na comunidade. A partir disso, serão identificadas pelo menos três expressões culturais que apresentam ameaças ao seu desenvolvimento. Serão partilhadas estratégias metodológicas de salvaguarda da memória coletiva, de forma a poder criar no final um exercício cênico com a comunidade que represente a expressão cultural.

A intenção desta oficina é poder investigar, principalmente com os idosos da comunidade, que possuem uma riqueza de experiências, memória histórica e conhecimentos que atualmente não são mais praticados. As informações coletadas ajudarão os/as moradores/as locais a contar o que as/os avós da comunidade sabiam e praticavam anos atrás. A ideia é aprofundar os direitos culturais, as políticas públicas e a importância de gerar espaços de convivência intergeracional e multidisciplinar para tornar visível a importância da arte e da cultura como eixo transversal nas políticas públicas.

Duração prevista: 6 dias

Necessidades da proposta:

  • Técnicas: Projetor, cadeiras, mesas, som, microfone, páginas de papel (branco e colorido), fita adesiva, canetas, cores, linha de tricô, bolas de tênis (10).
  • Espacial: Espaço fechado para que a luz não obstrua a visibilidade das apresentações em ppt. Espaço íntimo para compartilhar o processo performático; Pode ser fechado ou ao ar livre, desde que garantida a privacidade do processo.

Destinatários: A partir dos 15 anos. 

Não há delimitação das pessoas que desejam participar desta oficina de intercâmbio, porém, a justificativa está em priorizar jovens e idosos de comunidades vulneráveis, empobrecidas e marginalizadas. Como estratégia de participação, procura também envolver os responsáveis ​​públicos locais, regionais e nacionais para os sensibilizar sobre o tema desenvolvido.

Número de participantes: Mínimo 15 – Máximo 25

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ESPANHA

DANCE À TUA MANEIRA, O CORPO COMO TEXTO (“Baila a tu manera, el cuerpo como texto”)

País: Espanha

Pessoas facilitadoras: Laura Szwarc e Mario Muñoz

Organização responsável: Akántaros Asociación Cultural

Quem são: Akántaros é uma associação multicultural e transdisciplinar dedicada à arte e à educação. Um coletivo que realiza ações baseadas em uma metodologia de laboratório como espaço de pesquisa, experimentação e criação em constante diálogo com o contexto e suas imprevisibilidades. A ideia é compartilhar o trabalho de Akántaros que vem sendo realizado desde o ano 2000 em constantes ações participativas e processos comunitários.

Saiba mais: https://akantaros.com e https://www.instagram.com/aakantaros/.

Contatoakantaros1@gmail.com

Proposta para o banco de saberes:

A dança nos mostra a linguagem do corpo. A proposta consiste em gerar um laboratório em que se reflexione e se coloque em prática a dança como manifestação de desfrute e o corpo como texto. Uma ocasião para bailar sem fronteiras de idade, fisionomia corporal ou aptidões físicas. A experiência quer oferecer a seus participantes algumas ferramentas para descobrir e fortalecer um canal de comunicação e expressão. Reconhecer o corpo como possibilidade de prazer, aprendizagem e brincadeira para alcançar um maior conhecimento pessoal, que melhore o domínio da linguagem não verbal e sua transmissão. https://vimeo.com/185506437

Objetivos: ● Facilitar a aproximação a novos recursos para a investigação/exploração do corpo. ● Estimular o trabalho criativo coletivo e o empoderamento das comunidades a partir do corpo ● Construir um espaço de aprendizagem sem erros nem acertos, para romper as barreiras mentais, ideais preconcebidas e preconceitos. ● Gerar o bem-estar integral (corpo-mente), respeitando e valorizando a heterogeneidade corporal e o universo interno criativo de cada participante. ●Indagar, assim, uma nova poética no campo da vida singular e comunitária.

Duração prevista: 6 dias de 6 horas

Necessidades para o desenvolvimento da proposta:

* Técnicas: 2 mesas pequenas, 1 cadeira por participante. Equipe de som com seus alto-falantes correspondentes. Projetor digital.

* Espacial: Ao ar livre ou espaço fechado, tendo em conta que é uma proposta de movimento e que cada pessoa deve estar cômoda para desdobrar seus movimentos.

Destinatários: O convite é para trabalhar de modo intergeracional e multicultural, colocando os mais jovens em diálogo com adultos e idosos, pessoas nativas e migrantes.

Número mínimo e máximo de participantes: Mínimo 10, máximo 60.

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MÉXICO

OFICINA DE CINEMA COMUNITÁRIO PARA CRIANÇAS

País: México

Pessoas facilitadoras: Eduardo Bravo Macías, oficineiro e realizador audiovisual, e Alejandra Domínguez, oficineira, apoio à produção, roteirista

Organização responsável: CinemaTequio

Eduardo e Alejandra com a equipe do curta guarani “Urukure’a Hayvu” em Tacuari-ty (Cananeia, SP)

Quem são: CinemaTequio é um coletivo artístico com enfoque no fortalecimento do patrimônio cultural dos povos e comunidades indígenas através de oficinas de cinema comunitário, realizadas a partir de relatos da tradição oral da comunidade sede e, prioritariamente, na língua originária local. O coletivo conta com mais de 60 trabalhos realizados em diversas línguas do México, do Chile e do Brasil.

Contato: cinematequio@gmail.com

Proposta para o banco de saberes:

A oficina parte da vontade expressa da comunidade de realizar um curta-metragem a partir de relatos de sua tradição oral. O trabalho começa com a adaptação do(s) relato(s) em um roteiro cinematográfico que, posteriormente, e mediante a oficina com as crianças da comunidade, servirá de eixo para compartilhar, reflexionar e colocar em prática os elementos técnicos e artísticos básicos para levar o roteiro à tela.

Nesse processo, as crianças participam em postos técnicos ou artísticos, de acordo com seus próprios interesses, podendo participar como parte do elenco ou da produção, operando câmera, gravando som direto, etc.

A oficina é realizada em uma semana de trabalho intensivo: desde a escolha dos relatos, a adaptação para o roteiro, a formação das equipes artísticas e técnicas, assim como a capacitação básica para exercer cada posto. Paralelamente, com ajuda de pais e mães, professores/as e autoridades, buscam-se elementos que reforcem a pertinência cultural e estética do roteiro, assim como quem assessore e acompanhe o processo, para assegurar, por exemplo, a correta pronúncia da língua originária e a utilização da vestimenta e dos ornamentos tradicionais, entre outros detalhes.

Ao longo de dois dias, se leva a cabo a produção – a gravação das cenas do curta-metragem – e nos dois últimos dias é realizada a pós-produção – edição, efeitos especiais digitais, elaboração de créditos, edição de som, etc. – para culminar com a projeção do curta-metragem diante de toda a comunidade, para trocar opiniões, ideias e experiências.

Duração prevista: 6 jornadas de 6 a 8 horas por dia

Necessidades para o desenvolvimento da proposta:

* Técnicas: Projetor, mesas de trabalho para crianças, cadeiras, microfone, som, tela.

* Espacial: Uma sala de aula para a oficina e um espaço amplo, tipo auditório ou quadra (com teto), com som, tela e projetor para apresentar o curta-metragem para a comunidade, como encerramento da oficina.

Destinatários: Crianças de 6 a 12 anos, de comunidades indígenas de qualquer país da América Latina.

Número mínimo e máximo de participantes: Mínimo 12, máximo 24.

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SEMINÁRIO DE ANIMAÇÃO SOCIOCULTURAL COMUNITÁRIA

País: México

Pessoas facilitadoras: Vicko Arcienega Trujillo e Ro Orózco Sánchez

Organização responsável: Colectivo CulturAula

Quem são: CulturAula é uma coletiva transdisciplinar dedicada a pesquisa, formação e incidência para a gestão  e o desenvolvimento sociocultural desde diversos enfoques. Seu trabalho é dirigido a agentes, movimentos e organizações de base comunitária, artistas, educadores/as e instituições. Suas ações buscam visibilizar a desigualdade e gerar mecanismos para a desarticulação da violência, promover a descentralização da educação, da cultura e o fortalecimento da incidência política e pública.

Contato: colectivoculturaula@gmail.com

Proposta para o banco de saberes:

O Seminário de Animação Sociocultural Comunitária (SASC) é um programa socioeducativo voltado a membros de uma comunidade para potenciar suas capacidades de análise e incidência positiva em sua comunidade através da arte e da cultura com um enfoque social.

Objetivo general: O objetivo do seminário é  propiciar um espaço formativo para a gestão de projetos socioculturais e comunitários a partir da animação sociocultural, a fim de gerar uma abordagem situada nos direitos sociais e culturais, e possibilitar a ação coletiva e como agentes locais, assim como brindar ferramentas pedagógicas/metodológicas que permitam impulsar ações articuladas e de caráter transversal enfocadas na realidade dos contextos territoriais, para a reconfiguração da interação social, a transformação e a sustentabilidade de suas próprias comunidades.

Objetivos específicos: 1) Desenvolver um curso/seminário para a formação de 20 a 30 animadores/as socioculturais mediante a corporalização dos conhecimentos a partir da lúdica e do movimento, e incitar a análise da realidade para a idealização e o desenho de ações coletivas e interdisciplinares que atendam a necessidades particulares do contexto social; 2) Possibilitar a dinamização de processos coletivos que permitam gerar reconfigurações/transformações sociais e incidência política em (e para) os contextos territoriais a partir da arte e da cultura.

Duração prevista: 24 horas (4 dias, 6 horas por dia).

Necessidades para o desenvolvimento da proposta:

* Técnicas: Mesas, cadeiras ou equivalentes, projetor e som, papéis e marcadores.

* Espacial: O espaço pode ser misto (aberto e fechado), ou ao ar livre para efetuar dinâmicas em movimento e com capacidade para 20 a 30 pessoas.

Destinatários: Agentes e promotores/as culturais/sociais, artistas, docentes, estudantes de artes, ciências sociais e humanas, integrantes de coletivos e organizações culturais comunitárias, povos originários, e qualquer pessoa interessada na ação cultural comunitária. O seminário é apropriado para mulheres, homens e outros gêneros, a partir dos 17 anos (sem limite máximo de idade). O grupo será formado por pelo menos 60% de participantes do gênero feminino e outros, e 40% do gênero masculino.

Número mínimo e máximo de participantes: de 20 a 30.

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CIRCO VAGA-LUME, CIRCO SOCIAL PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES (“Circo Luciérnaga, circo social para niñas, niños y adolescentes”)

País: México

Pessoas facilitadoras: Sandra Elizabeth Cornejo González, coordenadora e instrutora, e Isaac Sanchez Castellanos, instrutor de circo social.

Organização responsável: Kóokay A. C.

Quem são: Kóokay nasceu em novembro de 2015 como uma iniciativa cidadã para a falta de espaços de criação e recreação na colonia Del Fresno, uma das mais inseguras e conflitivas da cidade de Guadalajara. Posteriormente, em março de 2016, constituiu-se como organização sem fins lucrativos, à qual se incorporaram diversos vizinhos, artistas, educadores e psicólogos. Atualmente, Kóokay conta com seu próprio espacio, o Centro Cultural Comunitário Kóokay, onde são realizados programas de desenvolvimento social, educação, arte e cultura, em busca de melhorias e integração social e da defesa dos direitos culturais. (Kóokay significa “vaga-lume” em língua maya.)

Contato: contacto@kookaymexico.org

Proposta para o banco de saberes:

Esta proposta procura oferecer a formadores de circo social e artistas circenses algumas ferramentas práticas e teóricas sobre a metodologia do circo social para abordar diversas problemáticas sociais, como a violência de gênero, a adição e a discriminação, desde uma perspectiva de gênero, e a busca pela construção de uma cultura de paz. Mediante as experiências corporais e de risco que o circo social oferece, os participantes podem repensar seu autoconceito, gerando processos de autoestima, resiliência e confiança grupal.

Duração prevista: 3 jornadas de 6 horas, 1 jornada de 4 horas

Necessidades para o desenvolvimento da proposta:

* Técnicas: Mesas, cadeiras, projetor, som, cavaletes, marcadores.

* Espacial: Pode ser uma mescla de espaço aberto e fechado, com as dimensões necessárias para trabalhar com grupos de mais de 30 pessoas.

Destinatários: Homens e mulheres a partir dos 18 anos.

Número mínimo e máximo de participantes: Mínimo 15, máximo 30.

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PERU

DICIONARIOS AUDIOVISUAIS COMUNITÁRIOS (DAC)

País: Peru

Pessoas facilitadoras: Carolina Martín de Ramón e Teresa del Castillo Rovira

Organização responsável: La Combi-arte rodante

Oficina de Dicionários Audiovisuais na Comunidade Nativa de Nueva Luz (Cusco, Peru)

Quem são: Criada em 2013, La Combi-arte rodante é uma associação cultural que busca, por meio de atividades artísticas comunitárias, defender a diversidade cultural, os direitos humanos e o meio ambiente como os principais motores do desenvolvimento sustentável nas comunidades, povos e nações. A associação realiza atividades artísticas e projetos culturais em diferentes comunidades do Peru e da América Latina: organiza oficinas audiovisuais, de fotografia, artes visuais, quadrinhos e animação, entre outros, e se dedica a criar espaços culturais desde e para a comunidade onde a população possa compartilhar suas ideias e participar dos processos de criação artística. Saiba mais: https://www.la-combi.com/dac

Contato: lacombiarterodante@gmail.com

Proposta para o banco de saberes:

As oficinas DAC (Dicionários Audiovisuais Comunitários) buscam trabalhar com as comunidades uma série de ações para fortalecer e revitalizar suas respectivas línguas originárias, através da aprendizagem de técnicas audiovisuais. Nessas oficinas, crianças e adolescentes das comunidades, guiados pelos professores, registram em cápsulas audiovisuais os diferentes vocábulos de sua língua e as tradições orais associadas a ela. Dessa maneira, e de forma coletiva, se elabora um dicionário diferente e dinâmico, com termos e tradições orais ordenados de forma alfabética, que não apenas explica o significado de algumas palavras, mas também as contextualiza no universo natural da comunidade, sua cosmovisão e valores, constituindo-se como um produto vivo, que também reduz a brecha digital existente nas zonas rurais, com a incorporação do uso das novas tecnologias na vida cotidiana dos moradores das comunidades.

Duração prevista: 5 dias (5 horas diárias).

Necessidades para o desenvolvimento da proposta:

* Técnicas: Espaço para o desenvolvimento da oficina, projetor, som, mesas e cadeiras para 20 pessoas.

* Espacial: Espaço fechado, apto para 20 pessoas, com pontos de luz e iluminação natural e artificial.

Destinatários: Crianças e adolescentes, de 7 a 14 anos; docentes e líderes da comunidade; comunidades indígenas

Número mínimo e máximo de participantes: 20 crianças e adolescentes; 20 docentes e líderes da comunidade.

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