Blog - Página 41 de 94 - IberCultura Viva
PET 2021-2023: uma sessão para a Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais
Em 25, fev 2021 | Em Notícias | Por IberCultura
A terceira sessão do processo de planejamento do programa para o período 2021-2023, realizada por videoconferência no dia 19 de fevereiro, foi especialmente dedicada à Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. Entre as 28 pessoas participantes do encontro estavam representantes de municípios e províncias que integram a rede e dos governos de Argentina, Colômbia, Costa Rica, México e Peru, países que compõem a comissão especial de trabalho para o Planejamento Estratégico Trienal (PET), além da Unidade Técnica.
Valeria López López, diretora de Promoção, Formação e Desenvolvimento da Direção Geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura do México, abriu a reunião como representante da presidência do programa, explicando o trabalho que vem sendo feito por meio de comissões, numa série de espaços participativos. “Buscamos um espaço de deliberação, de interação e intercâmbio, propiciando que o programa aos poucos vá permeando as diferentes ações para que criemos em conjunto políticas culturais de base comunitária na Ibero-América”, destacou.
Como a sessão anterior (no dia 12/02) havia sido mais informativa, para que os/as representantes dos governos locais e organizações culturais comunitárias tivessem um piso comum e pudessem aportar no planejamento de maneira mais acertada, Valeria López convidou a todas as pessoas participantes a comentar e perguntar livremente durante esta terceira sessão. “Um dos objetivos da presidência e da Unidade Técnica é que possamos ir fortalecendo a Rede de Cidades, gerando uma interação mais profunda e visualizando a ampliação desta rede. É importante que vocês conheçam, sejam próximos de outros governos locais, e que façam invitações para que se somem. Que todos ponhamos no mapa este programa da Cooperação Ibero-americana para as políticas culturais de base comunitária”.
Rosario Lucesole, consultora de projetos da Unidade Técnica que acompanha as ações da Rede de Cidades, comentou que o objetivo desta reunião era trabalhar mais especificamente na articulação com esta rede que existe formalmente desde 2019, mas que teve seu início em 2017. “A rede vem crescendo, há representações de vários dos países que integram o programa. Nesta etapa de elaboração de um novo Plano Estratégico Trienal para o programa, é interessante pensar qual vai ser o objetivo da rede, que nasceu no PET anterior, (…) e começar a pensá-lo desde esta instância junto com aqueles que formam parte da rede. Queremos motivá-los a ser parte desta construção”, disse.
O convite, segundo Rosario, é para que os/as representantes de governos locais pensem nas linhas de trabalho do PET, sobretudo no que tem que ver com suas atividades, e os indicadores para mostrar para onde está crescendo o programa ou quais são seus objetivos e resultados a alcançar. A Unidade Técnica pretende sistematizar as propostas, dúvidas e sugestões recebidas nestas sessões, assim como os comentários enviados por correio eletrônico. Nesta sessão, além de manifestar as sugestões para este espaço da rede, as pessoas representantes dos governos locais puderam comentar como vem seu processo de trabalho e que planos têm para este ano.
- Zapopan, México
Luisa Velásquez Santiago, do Programa Zapopan Comunitária da Direção de Cultura do Governo de Zapopan, mencionou o 2º Encuentro Cultura Viva en Ciudades de América Latina, um projeto que surge no Mestrado em Gestão e Desenvolvimento Cultural da Universidade de Guadalajara, e que tem como antecedente o encontro realizado em 2017 na cidade de Campinas (São Paulo, Brasil). A iniciativa conta com a colaboração de Traza Social A.C., Cultura Zapopan e da Mesa Coordenação Metropolitana de Cultura (IMEPLAN), e foi pensada como um espaço de encontros, conversatórios e oficinas, com uma parte da programação virtual e outra presencial.
O evento é dirigido a servidores públicos, legisladores e tomadores de decisões em governos municipais, estudantes em gestão cultural e políticas públicas, integrantes de organizações culturais comunitárias e agentes culturais. “Gostaria de somar vocês, companheiros e companheiras de outros governos locais, e poder criar conteúdos neste programa que possam também enriquecer os processos que estão levando a cabo em suas cidades”, comentou.
- Comodoro Rivadavia, Argentina
O que tem chamado a atenção de Liliana Peralta, secretária de Cultura de Comodoro Rivadavia, é a ausência da palavra “comunitária” no linguajar do comodorense. “Trabalhamos muito o território, mas nos falta isso de poder incorporar esta linguagem, ver de que maneira podemos ir acrescentando para que todos, quando falamos de cultura comunitária, entendam do que estamos falando”, observou a secretária, que também enviou à Unidade Técnica algumas sugestões a partir do que o grupo havia trabalhado nas sessões anteriores.
Entre as sugestões que chegaram de Comodoro Rivadavia estão a incorporação de bolsas ou vagas do Curso de Pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária da FLACSO para agentes que participam dos governos da Rede de Cidades, e a melhora da capacidade dos agentes municipais através de outros cursos e seminários sobre o tema. Liliana perguntou sobre a possibilidade de cofinanciamento para aqueles governos locais que implementem programas de fortalecimento à cultura comunitária, e de apoio para a colaboração do sistema de informação e mediação. Sugeriu, ainda, a elaboração de informes da Rede de Cidades que permitam visibilizar as ações vinculadas à cultura comunitária que se realizam nos municípios.
- Niterói, Brasil
Alexandre Santini, diretor do Teatro Popular Oscar Niemeyer de Niterói, também mencionou o interesse que despertou o Curso de Pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária ministrado por FLACSO-Argentina e a possibilidade do governo local, com recursos próprios, oferecer bolsas a agentes culturais da cidade. Comentou, também, a proposta de elaboração de um informe sobre as ações que estão se realizando no âmbito desta rede, de colaboração entre cidades, como a que se iniciou entre Niterói e San Luis Potosí (México).
O Governo Municipal de San Luis Potosí impulsiona desde 2019 a construção coletiva de um marco de garantias locais em matéria de cultura e direitos humanos: a Carta da Cidade pelos Direitos Culturais. A iniciativa, desenvolvida em conjunto com a representação da UNESCO no México e a Comissão Estatal de Direitos Humanos de San Luis Potosí, tem inspirado outros municípios, entre eles Niterói. “Vimos acompanhando o processo de construção e seguimento em São Luís Potosí. Agora, no contexto de participação social que temos em Niterói, propusemos também a criação de nossa Carta da Cidade pelos Direitos Culturais. É uma ação que surge no contexto desta rede, neste processo de cooperação, e que está em marcha”, adiantou Santini.
- Província de Entre Ríos, Argentina
Federico Prieto, diretor de Diversidade Cultural da Secretaria de Cultura da Província de Entre Ríos, começou agradecendo pela reunião da semana anterior, especialmente pela capacitação dada sobre planejamento em Gestão Orientada a Resultados de Desenvolvimento (GorD). “Isso nos ajuda a ordenar o que queremos fazer a respeito das políticas concebidas desde a comunidade para a comunidade, através da governança”, comentou, afirmando também que o governo da província tem trabalhado fortemente no diálogo com as organizações da sociedade civil, a partir da necessidade de atender a casos concretos que estavam acontecendo nas cidades.
“Nesta conjuntura que se deu na pandemia, se abriu um paradigma para começar a falar de muitas coisas que estão propostas no Plano Estratégico Trienal, como o trabalho com os povos originários e os afrodescendentes, a necessidade de dar visibilidade a eles. Na província, historicamente, as coletividades que sempre se mostraram são as de imigrantes que chegaram da Europa, e não as culturas locais, originárias. Isso começou a se mostrar uma necessidade no sentido de criar instâncias de participação, e reuniões de coletividades entrerrianas começaram a abrir espaços aos povos originários, tudo isso junto ao que viemos trabalhando nesta rede”, afirmou Prieto.
Além da ideia de autoavaliação, que estão replicando com os municípios da província, Prieto citou o trabalho com os Pontos Digitais do programa Pueblos Conectados da província (“começamos a capacitar para que através desta ferramenta não apenas se consuma cultura, mas que se comece a mostrar a cultura que se produz aí, a produção simbólica que há neste lugar”), e o trabalho que eles têm realizado com Recuperar (“Red Cultural y Patrimonial de Entre Ríos-Argentina”), chamado “História Viva em tua Casa”. “Nos interessa poder trabalhar algo em nível regional para o resgate do patrimônio cultural imaterial, pensar um projeto conjunto com base nesta rede de IberCultura Viva”, avisou.
- Medellín, Colômbia
Herman Montoya, coordenador da Área de Biblioteca, Leitura e Patrimônio da Alcaldía de Medellín, contou que depois de um ano difícil como o de 2020, que afetou não só as organizações culturais comunitárias, e sim todo o setor cultural, foram formuladas propostas alternativas para seguir chegando às organizações. “Este ano, um pouco melhor acomodados à nova realidade, começamos os projetos de estímulos para as organizações sociais da cidade, inclusive as de cultura comunitária”, afirmou.
Entre as sugestões para o PET 2021-2023, Montoya incluiu a continuidade da circulação das organizações culturais comunitárias pelos distintos países (“Acreditamos que esses intercâmbios geram conhecimentos importantes para as organizações, nutrem o que estamos tentando fazer”) e a divulgação das experiências de cultura comunitária que se dão nas distintas cidades. Ademais, propôs que o programa siga apoiando os projetos de fortalecimento das organizações culturais comunitárias nas cidades, assim como a participação das organizações nos encontros bianuais de Cultura Viva Comunitária.
- San Luis Potosí, México
Gerardo Daniel Padilla, coordenador de Inovação e Desenvolvimento Institucional da Municipalidade de San Luis Potosí, observou as semelhanças entre as linhas de ação que serão impulsionadas este ano no município e as propostas de intercâmbio que estão fazendo com a equipe de Niterói, além das linhas voltadas à formação profissional de agentes culturais. “O que estamos buscando é gerar um modelo similar à política pública de Pontos de Cultura em San Luis Potosí, um processo que vamos lançar proximamente e que tem a ver com o fortalecimento das capacidades das organizações culturais comunitárias e dos agentes territoriais de San Luis Potosí através de impulsos diretos”, adiantou. A ideia, segundo ele, é apoiar agrupações culturais que não necessariamente estão estruturadas de maneira formal/jurídica, mas que promovem a associatividade entre atores da cultura local, e que a partir do que possam alcançar juntos graças à associatividade se possa indicar recursos aos processos, para que possam ser consolidados.
“Que se possa fazer um modelo de financiamento para as organizações com ânimo de ajudar a socializar este exercício da Carta dos Direitos Culturais em território, através de intervenções artísticas ou oficinas”, detalhou, ressaltando que se trata do trabalho comunitário que já vêm fazendo, mas que agora o vinculam ao exercício e promoção de direitos culturais, que é o que busca esta declaração com UNESCO, o reconhecimento em nível local dos direitos culturais das pessoas.
Por outra parte, vinculada à linha de ação que tem a ver com a formação profissional, Padilla citou a proposta de criar um programa local em modo de seminário permanente, uma oficina permanente digital, para que se possa capacitar as pessoas em matéria de direitos culturais e cultura comunitária. “É um espaço que ainda estamos desenhando”, observou.
- Almirante Brown, Argentina
Damian Albarracín, diretor de Cidadania Cultural de Almirante Brown, contou que na localidade estão fortalecendo a relação com os espaços culturais, os que expressam a cultura comunitária nos bairros, e trabalhando com estes espaços. “Estamos criando a Escola de Formação de Espectadores, uma escola que vai estar bem arraigada nos territórios e nos bairros. É uma experiência de um centro cultural, a Casa de Claypole, e tomamos também as experiências do Brasil”, afirmou.
Segundo Albarracín, a iniciativa começará nos próximos 15 dias, com as primeiras cinco sedes onde vão trabalhar com os jovens nesses territórios. “Eles já têm experiência com rádios comunitárias, além do ‘free style’, aquela forma de comunicação que os garotos e garotas têm nos bairros; através destas rimas nos podem dizer o que se passa nos territórios e o que a eles atravessam. Vamos somá-los também nas oficinas de rádio que temos na Casa Municipal e trabalhar com uma produtora audiovisual, para que produzam cinema em seus territórios, em seus bairros, com tudo isso que os atravessa, a violência, a contenção”.
O sentido da rede
Ao final do encontro, o secretário técnico do IberCultura Viva, Emiliano Fuentes Firmani, reforçou o sentido da existência da Rede de Cidades e Governos Locais no programa. Recordou que IberCultura Viva é um exercício de cooperação de governos centrais, e que na Cooperação Ibero-americana a inserção dos governos locais não tem sido um tema simples. “Não há muitos programas que tenham institucionalizada a participação de instâncias subnacionais dentro do exercício de cooperação. Foi um desafio para o Conselho Intergovernamental buscar a forma de construir a participação dos governos locais institucionalmente, uma vez que as políticas culturais de base comunitária têm uma aplicação territorial. A instância local, como bem dizia Diego Benhabib, é o anel de contenção, é um espaço de vinculação, a primeira porta que a democracia tem para atender as necessidades dos direitos culturais”, afirmou.
Depois de um ano quase “em pausa” pela pandemia, o momento é de começar a pensar na dinâmica da rede, segundo o secretário. “O programa pode acompanhar, mas quem são os protagonistas são vocês”, destacou, citando a possibilidade de criação de um estatuto da rede e a importância de pensar em conjunto como a rede vai se articulando e como ela trabalha com o programa. “Há algumas conexões interessantes que começam a surgir de vínculos, como por exemplo este que realizavam Santini e Gerardo sobre a Carta pelos Direitos Culturais. O processo da carta é uma política pública desenvolvida em âmbito local, dentro do exercício de cooperação que pode ser um modelo para ser implementado como recomendação”.
Um plano de trabalho poderá incluir, por exemplo, a necessidade de assistência técnica que mencionou a representante de Comodoro Rivadavia, a utilização da Guia de Autoavaliação de Políticas Culturais de Base Comunitária que comentou o representante de Entre Ríos, o processo de avaliação de impactos de que falou a representante de Zapopan. “[Seria interessante pensar] como todos esses dispositivos que vão construindo uma narrativa de sustento das políticas culturais de base comunitária podem ser homologados ou transmitidos através de alguma das linhas de ação que o programa pode estabelecer”, afirmou Fuentes Firmani.
Para o secretário técnico, tudo o que se discutiu nesta sessão é uma linha de trabalho em que deveriam aterrissar e colocar em concreto no planejamento. A construção de um sistema de orientações e protocolos, por exemplo, poderia ser parte do trabalho conjunto. Assim como a possibilidade de promoção de cursos curtos, como os realizados durante o 4º Encontro de Redes IberCultura Viva, em 2020, ou a continuidade da Coleção IberCultura Viva, uma ação conjunta com a Alcaldía de Medellín que já resultou na publicação de dois volumes. A ideia é que propostas como estas, impulsionadas em conjunto com o programa, contem com recursos genuínos dos governos locais, postos para seu desenvolvimento, e sejam trabalhadas em articulação com os governos centrais.
-
A próxima sessão de planejamento do programa será nesta sexta-feira, 26 de fevereiro, com a participação de integrantes do Grupo de Trabalho “Participação social e cooperação cultural”.
Representantes de governos locais e organizações culturais comunitárias participam de reunião sobre o PET 2021-2023
Em 15, fev 2021 | Em Notícias | Por IberCultura
Integrantes do Grupo de Trabalho de Participação Social e Cooperação Cultural e representantes dos municípios e províncias que formam a Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais assistiram a sessão informativa sobre a proposta do Plano Estratégico Trienal (PET 2021-2023) que a Unidade Técnica do programa apresentou nesta sexta-feira, 12 de fevereiro. O encontro por videoconferência contou com 88 participantes, incluindo funcionários de 11 governos locais do México interessados em saber mais sobre a Rede de Cidades e representantes de organizações culturais comunitárias selecionadas nos Editais IberCultura Viva de Apoio a Redes e Trabalhos Colaborativos (edições de 2018 e 2019).
Esta foi a segunda das seis sessões programadas para a segunda etapa de elaboração do PET 2021-2023. As atividades, iniciadas em novembro e dezembro de 2020, foram retomadas na sexta-feira passada, 5 de fevereiro, com a reunião da comissão especial de trabalho composta por representantes governamentais e a Unidad Técnica do programa IberCultura Viva. Na primeira reunião se discutiram alguns temas do planejamento tático para o ano 2021 e a dinâmica do processo de trabalho previsto para os meses de fevereiro e março.
A sessão desta sexta foi dedicada à apresentação de um comparativo dos objetivos, resultados e linhas de ação do PET 2018-2020 e da proposta desenhada para o período 2021-2023. Adriana Osset, que trabalha na Direção de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB), também participou com uma capacitação sobre planejamento em Gestión Orientada a Resultados de Desarrollo (GORD), aproveitando o exemplo prático do PET para sua apresentação teórica.
Trabalho conjunto
Esther Hernández Torres, diretora geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura de México e presidenta do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva, deu as boas-vindas às pessoas participantes e celebrou a ampla participação de organizações culturais comunitárias e de governos locais que ainda não fazem parte da Rede IberCultura Viva de Cidades. “Esperamos que este primeiro encontro seja o início de uma colaboração sustentada para fortalecer as políticas culturais de base comunitária em nossos âmbitos de competência”, afirmou. “Esta é uma oportunidade histórica para pensar, ainda que nas condições mais adversas, como desenvolver políticas culturais de base comunitária, como seguir trabalhando em comunidade”.
Em seguida, Emiliano Fuentes Firmani, secretário técnico do programa, comentou a decisão de reunir nesta sessão os dois grupos de trabalho que o IberCultura Viva mantém: o GT de Participação Social e Cooperação Cultural, criado em 2016, e o GT de Governos Locais, formado em 2017. “É uma ferramenta que adotamos ao longo desses anos, a constituição de grupos de trabalho para acompanhar os debates e o desenvolvimento de alguns temas que são centrais para o programa”, destacou.
Como explicou Emiliano, o GT de Participação Social e Cooperação – que se estabeleceu em dezembro de 2016, no 1º Encontro de Redes IberCultura Viva – deu início a uma série de ações para a melhoria da participação da sociedade civil no programa. Além de incorporar encontros com organizações culturais comunitárias a cada encontro presencial do Conselho Intergovernamental, foram promovidos espaços de diálogo em âmbito nacional. Este GT teve distintas formações, e a última se deu em outubro de 2020, no 4º Encontro de Redes, quando se fez uma convocatória pública para a realização de três sessões de trabalho que ajudaram a pensar o PET 2021-2023.
O GT de Governos Locais, por sua vez, surgiu no 2º Encontro de Redes, em Quito (Equador), em novembro de 2017, e seguiu uma dinâmica de construção que permitiu que em 2019 se formasse oficialmente a Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. A presença dos/as representantes dessas municipalidades e de organizações culturais comunitárias na reunião desta sexta-feira, de caráter mais expositivo, foi pensada como uma forma de oferecer insumos para que possam realizar aportes para a construção das dimensões táticas e operativas do PET 2021-2023.
“A intenção aqui é tratar de ajudar a homologar um piso comum, porque muitas vezes as políticas públicas se marcam em processos metodológicos de construção que nem todas as organizações manejam. Queríamos poder oferecer-lhes as ferramentas mínimas para que os aportes concretos de sua experiência de trabalho em território possam ter uma base mais acertada na hora de nos ajudar com o planejamento, além de apresentar como temos coletado as sugestões que estão nos enviando para incorporar como novos temas ao planejamento”, comentou o secretário técnico.
Processo de planejamento
Buscando mesclar a apresentação teórica com a parte mais prática que é o plano estratégico do programa, Adriana Osset começou explicando que o planejamento GoRD é um enfoque de gestão dirigido a obter resultados concretos que nos permitam transformar a realidade, e que isso implica uma mudança de olhar, de pensar mais no que queremos alcançar do que no que fazemos. “Queremos fortalecer políticas públicas? Buscar maior coesão social? Queremos integrar os temas de gênero nas políticas culturais? O que o programa quer alcançar? Para que o fazemos? Esta é a grande pergunta”, ressaltou.
Segundo Adriana Osset, este sistema de gestão implica, além da mudança de olhar, que tenhamos um sistema de acompanhamento integrado, baseado em indicadores que nos permitam medir o alcance dos resultados. “Não podemos falar em resultados de desenvolvimento se não criamos uma maneira de medi-los”, afirmou. “O sistema de indicadores vai nos trazer informações que vão nos ajudar a tomar decisões. Se eu não meço e não faço acompanhamento do que vou fazendo, não posso saber quando falho ou não nem por quê.”
No planejamento GoRD, a cadeia de resultados está vinculada a três níveis: estratégico (onde queremos chegar a longo prazo), tático (que resultados/mudanças necessitamos para alcançar os objetivos) e operativo (ações para alcançar objetivos e resultados). Esses três níveis foram discutidos durante a sessão com o exemplo prático do programa. Com a matriz do PET 2021-2023 compartilhada na tela, foram feitas as perguntas básicas que deveriam guiar a proposta: para que vamos trabalhar? (objetivos), que mudanças promoveremos? (resultados), como vamos conseguir isso? (linhas de ação), com quais ações concretas? (atividades, atores, recursos), como meço o que conseguimos? (indicadores, metas).
Ao longo das mais de duas horas desta sessão informativa, as pessoas participantes puderam enviar, através do chat, perguntas, comentários e sugestões. A ideia é que enviem nos próximos dias, por correio eletrônico, seus aportes para a inclusão de atividades e/ou indicadores. Também podem enviar sugestões ou reflexões em outros formatos que ajudem a Unidade Técnica na tarefa de estabelecer prioridades no planejamento tático e operacional.
A próxima reunião da comissão especial de trabalho para o planejamento, na próxima sexta-feira (19 de fevereiro), será uma sessão especial, em formato de mesa de trabalho, com os governos que integram a Rede de Cidades. A sessão seguinte, em 26 de fevereiro, será dedicada ao GT de Participação Social e Cooperação Cultural. Outras duas sessões estão programadas para os dias 5 e 12 de março: uma terá como tema principal a construção de indicadores e a última, o Plano Operativo Anual (POA 2021). As propostas finais para o PET e o POA serão apresentadas ao Conselho Intergovernamental IberCultura Viva no dia 26 de março.
⇒Assista ao vídeo da reunião de 12/02/21:
Edital de Bolsas 2021: 486 postulações foram habilitadas; prazo de recursos terminou no dia 17 de fevereiro
Entre 22 de dezembro e 1º de fevereiro, o programa IberCultura Viva recebeu um total de 502 inscrições para o Edital de Bolsas do Curso de Pós-graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária de 2021. Os países com maior número de postulantes foram Colômbia (130), Peru (89) e Brasil (73). Na sequência vieram México (59), Chile (45), Argentina (40), Equador (22), Costa Rica (14), Espanha (12), El Salvador (9) e Uruguai (9).
Desse total, 21 foram consideradas não habilitadas por problemas com a documentação, a maioria por não ter anexado certificações de estudos ou trabalho ou por não ter apresentado a declaração jurada completa. O prazo para que essas pessoas apresentassem recursos à Unidade Técnica do programa e enviassem os documentos faltantes terminou no dia 17 de fevereiro. Cinco pessoas (1 do Equador, 2 de El Salvador e 2 do Peru) tiveram seus recursos aceitos.
Processo de seleção
As 486 pessoas que tiveram suas candidaturas habilitadas seguirão no processo de seleção e terão suas postulações analisadas por um comitê técnico que avaliará as candidaturas de acordo com os critérios e pontos estabelecidos no regulamento do edital. A seleção levará em conta a experiência em gestão cultural e/ou em gestão de políticas públicas de cultura, além da formação universitária em gestão cultural, artes, ciências sociais, humanas e econômicas.
As 88 bolsas que o programa concederá às pessoas candidatas serão repartidas equitativamente entre os 11 países participantes (serão 8 bolsas por país). A classificação final considerará as maiores pontuações obtidas em cada país, e ao menos 50% das pessoas selecionadas deverão ser mulheres. Quem pertencer a povos originários e/ou afrodescendentes receberá um ponto extra na avaliação. Só poderão ser selecionadas pessoas candidatas que tenham como mínimo 8 pontos.
As aulas da quarta turma deste curso virtual serão realizadas de abril a dezembro de 2021 pela plataforma de FLACSO Argentina. O resultado final do edital de bolsas será publicado até 20 de março na página web www.iberculturaviva.org.
⇒Confira a lista de candidaturas habilitadas após o prazo e análise dos recursos
(*Texto atualizado em 19 de fevereiro de 2021)
Começa a segunda etapa do planejamento estratégico para o período 2021-2023
Em 05, fev 2021 | Em Notícias | Por IberCultura
Nesta sexta-feira, 5 de fevereiro, começou a segunda etapa de elaboração do Plano Estratégico Trienal (PET 2021-2023) do programa IberCultura Viva. A comissão especial de trabalho que se formou em outubro de 2020 – e se reuniu cinco vezes na primeira fase do planejamento, em novembro e dezembro – retomou suas atividades com uma reunião por videoconferência, em que se discutiram alguns temas do planejamento tático para 2021 e a dinâmica do processo de trabalho que se realizará entre os meses de fevereiro e março.
Participaram do encontro Esther Hernández, diretora geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura do México e presidenta do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva; Valeria López López, diretora de Promoção, Formação e Desenvolvimento da Direção Geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura do México; Diego Benhabib, coordenador de Pontos de Cultura do Ministério de Cultura da Argentina; Iskra Gargurevich, coordenadora de Pontos de Cultura do Ministério de Cultura do Peru, e Camilo Tovar, assessor de Assuntos Internacionais e Cooperação do Ministério de Cultura da Colômbia. Pela Unidade Técnica do programa, Emiliano Fuentes Firmani, secretário técnico, e Rosario Lucesole, consultora de projetos.
Outras cinco reuniões virtuais estão programadas para realizar-se nas próximas semanas, às sextas-feiras, até 12 de março. Na semana que vem, a sessão deverá durar três horas e estará dividida em duas partes. Numa delas, a Unidade Técnica apresentará um comparativo dos objetivos, resultados e linhas de ação do PET 2018-2020 e da proposta que se desenhou para o período 2021-2023. Depois dessa apresentação, as representantes da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) farão uma capacitação sobre planejamento em Gestão Orientada a Resultados de Desenvolvimento (GORD), para traduzir por que o PET está estruturado desta forma.
Foram convidadas para esta reunião de 12 de março pessoas que têm participado do Grupo de Trabalho (GT) de Participação Social e Cooperação Cultural, além de representantes de organizações culturais comunitárias selecionadas nos Editais IberCultura Viva de Apoio a Redes e Trabalhos Colaborativos em 2018 e 2019. Também está prevista a presença de representantes dos municípios e províncias integrantes da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais.
Segundo Emiliano Fuentes Firmani, esta reunião será de caráter expositivo, para apresentar a proposta esboçada em dezembro e poder capacitar as/os participantes em noções mínimas sobre planejamento e construção de indicadores. “A ideia é que depois desta primeira reunião tanto as organizações como os governos locais tenham mais insumos para poder fazer as propostas que discutamos”, comentou o secretário técnico.
A sessão seguinte, de 19 de fevereiro, será dedicada à Rede de Cidades e Governos Locais e a seguinte, em 26 de fevereiro, ao GT de Participação Social e Cooperação Cultural. A quinta sessão terá como tema principal a construção de indicadores e a sexta, o Plano Operativo Anual (POA 2021). As propostas finais para o PET e o POA serão apresentadas ao Conselho Intergovernamental IberCultura Viva no dia 26 de março.
Leia também:
Comissão especial de trabalho retoma as discussões sobre o Plano Estratégico Trienal
Em 04, fev 2021 | Em Notícias | Por IberCultura
A comissão especial de trabalho que preparará, junto com a Unidade Técnica, o Plano Estratégico Trienal (PET 2021-2023) e o Plano Operativo Anual (POA 2021) do programa IberCultura Viva retomará suas atividades nesta sexta-feira 5 de fevereiro, com uma reunião virtual que dará início à segunda etapa do planejamento. Outros cinco encontros estão programados para realizar-se às sextas-feiras, por videoconferência, até 12 de março.
Esta comissão foi formada em outubro de 2020 com representantes dos Ministérios de Cultura de Chile, Colômbia, Costa Rica e Peru (os três primeiros integram o Comitê Executivo do programa), da presidência do Conselho Intergovernamental (México) e da vice-presidência (Argentina), além da Unidade Técnica.
Entre novembro e dezembro, o grupo se reuniu cinco vezes e elaborou um primeiro esboço em que se incluem as dimensões de objetivos, resultados e linhas de ação do PET 2021-2023. O trabalho contou com o apoio da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) por meio da colaboração de Adriana Osset, da área de planejamento, e de Sara Díez Ortiz de Uriarte, assessora do Espaço Cultural Ibero-americano.
Na primeira etapa do planejamento, a comissão analisou o desempenho do PET 2018-2020 e os insumos aportados pela Unidade Técnica. Entre estes insumos estão as memórias e aportes do 4º Encontro de Redes IberCultura Viva, especialmente aqueles que surgiram das jornadas do Grupo de Trabalho (GT) de Participação Social e Cooperação Cultural.
Para a segunda etapa está prevista a construção dos indicadores correspondentes a cada dimensão, e as atividades que darão vida ao planejamento em nível tático, junto com os recursos para que estas sejam executadas. As sessões preveem a presença de integrantes do GT de Participação Social, do Grupo de Trabalho de Governos Locais e da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais.
Durante todo o processo as e os REPPIs (representantes dos países ante o programa) poderão sugerir indicadores e atividades para serem incluídas. Todos os aportes e produtos das sessões serão processados pela Unidade Técnica para serem enviados ao Conselho Intergovernamental (CI) para sua revisão. A ideia é que esta comissão possa apresentar sua proposta final para o PET 2021-2023 e o POA 2021 na reunião do CI que está prevista para o dia 26 de março.
Leia também:
Comissão especial de trabalho começa a preparação do Plano Estratégico Trienal 2021-2023
Na última reunião do ano, Conselho Intergovernamental começa a discutir o PET 2021-2023
Como participar do Edital de Bolsas para o Curso de Políticas Culturais de Base Comunitária
No dia 1º de fevereiro termina o prazo de inscrições do Edital de Bolsas 2021 para a quarta turma do Curso de Pós-graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária FLACSO-IberCultura Viva. O curso será ministrado entre abril e dezembro de 2021 pelo Campus Virtual da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO) – Sede Argentina.
As 88 bolsas previstas neste edital serão repartidas equitativamente entre pessoas dos 11 países participantes do programa IberCultura Viva: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai. As postulações se realizam por meio da plataforma Mapa IberCultura Viva.
A seguir, apresentamos um guia com as dúvidas mais frequentes e algumas dicas para ajudá-lo a realizar sua inscrição.
A quem se destina este edital?
Este edital é dirigido a pessoas dos 11 países integrantes do programa IberCultura Viva. As pessoas interessadas em concorrer a uma das bolsas devem trabalhar em órgãos públicos de cultura, ser gestores/as culturais independentes em atividade ou membros de organizações culturais de base comunitária ou de povos indígenas. Também devem ter experiência em incidência, elaboração e execução de políticas culturais públicas e/ou em gestão cultural comunitária. Será valorizada a formação universitária em gestão cultural, artes, ciências sociais, humanas ou econômicas.
É necessário contar com acesso à internet e disponibilidade de pelo menos 10 horas semanais para acompanhar o curso virtual de abril a dezembro.
Onde me inscrevo para concorrer a uma bolsa?
Para se inscrever em um edital do IberCultura Viva é necessário registrar-se primeiramente como agente no Mapa IberCultura Viva: https://mapa.iberculturaviva.org/.
Esta plataforma permite o registro de dois tipos de agentes: individual e coletivo. Por agentes individuais compreendemos as pessoas físicas, e por agentes coletivos, as organizações culturais comunitárias, entidades, povos indígenas, agrupações e instituições. No caso do edital para concorrer a bolsas do curso da FLACSO, basta o registro de agente individual (pessoa física).
Aqui está um manual com instruções de como registrar-se na plataforma: http://iberculturaviva.org/manual/
Já participei de outro edital IberCultura Viva por meio desta plataforma. Devo registrar-me mais uma vez?
Não é necessário. O campo “Registrarse” na página inicial é usado apenas na primeira vez. Nas próximas vezes, você deve clicar “Ingresar” para ter acesso ao seu perfil. (Caso tenha esquecido a senha cadastrada, clique em “Olvidé mi contraseña”). Obs: Na primeira vez, ao fazer o registro, o agente é direcionado automaticamente para o perfil. Depois, será necessário clicar em “Editar” para poder acessar/modificar os dados do cadastro.
Uma vez concluído o registro como agente na plataforma, onde encontro o formulário de inscrição do edital?
Quando tiver o perfil de agente registrado, clique em “Editais” (na parte superior da tela do Mapa IBCV) e vá até o arquivo que aparece com o título “Convocatoria de Becas 2021/ Edital de Bolsas 2021”. (Desta vez o formulário se encontra em espanhol e português; o regulamento também aparece primeiro em espanhol, depois em português)
Para iniciar sua inscrição, clique no campo de busca, localize o nome da pessoa física titular do registro (deve ser um agente pessoa física previamente cadastrado) e selecione a opção “Realizar inscrição”, disponível ao lado do campo de busca.
Complete as informações requeridas no formulário de inscrição. A qualquer momento é possível salvar os dados de sua inscrição utilizando o botão “Salvar” no canto superior direito. Feito isso, é possível sair da plataforma e continuar o preenchimento em outro momento (antes do término do período de inscrições).
Que documentos tenho que completar e/ou enviar?
Além de completar o formulário que se encontra no processo de inscrição do Mapa IberCultura Viva, é necessário enviar um resumo do curriculum vitae e anexar uma declaração jurada assinada, confirmando o compromisso com o curso. O modelo deste documento se encontra no próprio formulário, onde se lê “Declaração jurada” (“baixar modelo”).
A documentação comprobatória (cópia de documento de identidade e certificados de trabalho ou de estudos) também deve ser escaneada e enviada através da plataforma Mapa IberCultura Viva. Pode-se anexar até 10 certificados por pessoa candidata.
Como sei que a inscrição foi enviada?
Caso o seu registro de agente na plataforma não tenha sido completamente preenchido, não será possível enviar sua inscrição. O sistema apresentará um alerta (um ponto de exclamação “!” em vermelho, em que se deve clicar para saber onde está o problema). Se o erro estiver no registro de agente, será necessário clicar no seu nome ou na sua imagem de perfil, acessar “Meu perfil” e editar seu registro, completando todos os campos do formulário que estiverem marcados com o símbolo “*”. Também é preciso selecionar ao menos uma área de atuação, no canto superior esquerdo da página de registro.
A proposta será enviada para a participação no edital somente após o preenchimento de todos os campos do formulário e a inclusão dos anexos obrigatórios (o documento de identidade e o termo de cessão de direitos). Revise as informações antes de clicar em “Enviar inscrição”. Após o envio, não será possível editá-la. A plataforma exibirá a tela de confirmação do envio (o dia e o horário do envio aparecerão na tela com uma tarja verde).
Caso eu seja uma das pessoas ganhadoras do edital, devo pagar algo? Trata-se de um curso gratuito?
As 88 pessoas selecionadas neste edital receberão uma bolsa integral e não terão que pagar nada pelo curso (desde que realizem as avaliações parciais e apresentem o trabalho final).
Caso eu não esteja na lista de pessoas ganhadoras do edital, poderei me matricular pagando o valor do curso?
As pessoas que não tenham sido selecionadas no edital e/ou aquelas que não são provenientes dos países integrantes do programa IberCultura Viva podem se inscrever pagando a matrícula do curso diretamente para a FLACSO Argentina.
Para alunos que moram fora da Argentina, os valores são (em dólares): uma matrícula de US$ 400 e duas cotas de US$ 300. Para alunos que residem na Argentina, os valores são (em pesos): matrícula de $5.400 e 8 cotas de $4.000. (Será concedido um desconto de 10% àqueles que pagarem o valor total adiantado, antes do início das aulas).
As aulas são ministradas em que idioma?
As aulas são ministradas em espanhol, exceto as que estão a cargo de professores brasileiros, que são dadas em português e têm tradução para o espanhol. Para mais informações sobre o curso (admissão, equipe docente, conteúdos, etc), confira a página web de FLACSO Argentina.
Confira o regulamento do edital: https://bit.ly/37H4Vjz
Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/161/
Consultas: iberculturaviva@gmail.com
Como se cadastrar no Mapa IberCultura Viva: https://iberculturaviva.org/manual/
Leia também:
IberCultura Viva concederá 88 bolsas para o Curso de Políticas Culturais de Base Comunitária
Saiba mais sobre o curso:
IberCultura Viva concederá 88 bolsas para o Curso de Políticas Culturais de Base Comunitária
(Foto: Cultura de Red)
O programa IberCultura Viva lançou nesta terça-feira, 22 de dezembro, o edital de bolsas para a quarta turma do Curso de Pós-graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária, que se realizará no campus virtual da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO-Argentina) de abril a dezembro de 2021. As pessoas interessadas em postular a uma bolsa deste curso poderão fazê-lo a partir de hoje até o dia 1º de fevereiro. O formulário de inscrição já está disponível na plataforma Mapa IberCultura Viva.
As 88 bolsas que estão previstas neste edital serão repartidas equitativamente entre os 11 países integrantes do programa IberCultura Viva: Argentina, Brasil, Chile, Colombia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai.
Para concorrer a uma das bolsas, os/as candidatos/as devem trabalhar em órgãos públicos de Cultura, ser gestores/as culturais independentes em atividade ou membros de organizações culturais de base comunitária ou de povos originários. Também devem ter experiência em incidência, elaboração e execução de políticas culturais públicas e/ou em gestão cultural comunitária. Será valorizada a formação certificada em gestão cultural, mediação cultural ou animação cultural, e em disciplinas afins, como artes, ciências sociais, humanas e econômicas.
Proposta acadêmica
Este curso de pós-graduação internacional foi construído em conjunto por IberCultura Viva e FLACSO Argentina com o objetivo de fortalecer a formação e a pesquisa das políticas de cultura de base comunitária e o conceito de “cultura viva” como política pública. Em suas três primeiras edições, entre 2018 e 2020, o curso formou 336 pessoas.
O conteúdo está distribuído em seis módulos e 24 aulas, nas quais são trabalhadas noções sobre processos culturais contemporâneos, propondo um marco teórico amplo sobre as distintas teorias da cultura e dos debates atuais em torno dela. A proposta acadêmica coordenada por Belén Igarzábal e Franco Rizzi busca a diversidade de miradas, com a participação de professores de vários países ibero-americanos.
Também são abordadas noções de políticas culturais com ênfase nas questões de direito, cidadania e comunidade e debatidas as teorias existentes a respeito das políticas culturais de base comunitária, as novas formas de produção cultural e o uso de tecnologias a serviço da criação de redes. Além disso, o curso oferece ferramentas de gestão, planejamento, monitoramento e avaliação de políticas públicas culturais específicas para territórios e comunidades.
As aulas são publicadas uma vez por semana – com uma semana de recesso no final de cada módulo – e se abre um fórum para cada aula publicada, gerando um espaço de debate e intercâmbio de ideias e experiências em torno dos temas tratados. Para cumprir com os objetivos do curso, deve-se realizar um trabalho parcial escrito sobre os três primeiros módulos e um trabalho final integrador, que consiste em desenhar e planejar um projeto cultural comunitário ou uma política cultural pública de base comunitária.
Os trabalhos podem ser entregues na língua nativa (espanhol ou português). As aulas são ministradas em espanhol, exceto as que estão a cargo de professores brasileiros, que são dadas em português e têm tradução para o espanhol.
Confira o regulamento do edital: https://bit.ly/37H4Vjz
Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/161/
Consultas: iberculturaviva@gmail.com
Como se cadastrar no Mapa IberCultura Viva: https://iberculturaviva.org/manual/
Leia também:
Saiba mais sobre o curso:
(Foto em destaque: Cultura de Red. 1º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária. La Paz, Bolívia, 2013)
Na última reunião do ano, Conselho Intergovernamental começa a discutir o PET 2021-2023
Em 21, dez 2020 | Em Notícias | Por IberCultura
No dia 18 de dezembro, o Conselho Intergovernamental IberCultura Viva realizou a quarta e última reunião do ano de 2020. Deste encontro por videoconferência, que teve três horas de duração, participaram 22 pessoas, entre representantes de 10 países membros, da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) e da Unidade Técnica do programa.
Além dos resultados dos concursos “Sabores migrantes comunitários” e “Práticas comunitárias: solidariedade e cuidados coletivos”, a Unidade Técnica apresentou a proposta preliminar para o Plano Estratégico Trienal (PET 2021-2023), elaborada pela comissão especial de trabalho formada na reunião anterior, em 15 de outubro, no encerramento do 4º Encontro de Redes IberCultura Viva.
Também foram discutidos temas administrativos e aprovadas propostas como a continuidade do Curso de Pós-graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária que o IberCultura Viva desenvolve desde 2018 em conjunto com a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO-Argentina). O edital de bolsas para quarta turma do curso será lançado nesta terça-feira, 22 de dezembro.
Esta reunião marcou a despedida da Argentina da presidência do Conselho Intergovernamental, ao fim do mandato de três anos (Brasil exerceu a presidência antes, entre 2014 e 2017). O período 2021-2023 será presidido pelo Governo do México, através da Direção Geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura. A Secretaria de Gestão Cultural do Ministério de Cultura da Argentina, que até então respondia pela presidência, seguirá acompanhando os trabalhos na função da vice-presidência do programa.
Um ano de adaptações
Diego Benhabib, coordenador de Pontos de Cultura da Argentina e representante da presidência do IberCultura Viva nos últimos três anos, começou a reunião virtual comentando o momento difícil que vivemos e como se tem buscado adaptar as iniciativas do programa à atual situação de emergência sanitária.
“Não tem sido um ano simples, mas desde o programa acredito que temos estado à altura do que demandava o momento histórico. Pudemos adaptar nossos editais ao contexto de pandemia, conseguimos armar uma série de conversatórios que nos permitiram reunir insumos valiosos para a confecção do próximo Plano Estratégico Trienal, estabelecemos uma boa relação com outros programas ibero-americanos, (…) criamos espaços para trabalhar também com as universidades”, enumerou Benhabib ao destacar algumas conquistas deste ano.
Enrique Vargas, coordenador do Espaço Cultural Ibero-americano, também ressaltou a importância de manter espaços como este, para reflexões e construções coletivas, e celebrou a recente adesão de países a programas de cooperação como Ibermúsicas e Iberescena. “Apesar do momento difícil que estamos vivendo, apesar dos recortes orçamentários, dos ajustes fiscais, os países veem na cooperação ibero-americana uma maneira de seguir contribuindo, avançando e revertendo os indicadores que seguem sendo adversos em muitos dos setores”, afirmou.
Depois das saudações e comentários iniciais das/dos REPPI (representantes dos países ante o programa), iniciaram-se as discussões previstas na agenda de trabalho, começando pela renovação do convênio de administração com o Escritório Sub-regional para o Cone Sul da SEGIB. Em seguida, o secretário técnico do IberCultura Viva, Emiliano Fuentes Firmani, apresentou os resultados dos concursos lançados em julho deste ano, e a proposta de trabalho da comissão especial para o PET 2021-2023.
Uma proposta preliminar
A proposta inicial para o PET 2021-2023 reúne os aprendizados da implementação e os aportes que vieram do 4º Encontro de Redes IberCultura Viva, onde se realizaram três sessões do grupo de trabalho (GT) “Participação social e cooperação cultural”, formado mediante convocatória para dar início aos debates sobre o planejamento. Como havia sido acordado na reunião anterior do Conselho Intergovernamental, as contribuições deste GT foram entregues à comissão especial de trabalho composta por representantes dos Ministérios de Cultura de Chile, Colômbia, Costa Rica e Peru (os três primeiros integram o Comitê Executivo), da presidência e da vice-presidência do programa, além da Unidade Técnica.
Esta comissão se reuniu cinco vezes (em sessões às sextas-feiras a partir de 13 de novembro), e elaborou um primeiro rascunho em que foram incluídos os níveis de objetivos, resultados e linhas de ação. O trabalho contou com o apoio da SEGIB por meio da colaboração de Adriana Osset, da área de planejamento, e de Sara Díez Ortiz de Uriarte, assessora do Espaço Cultural Ibero-americano.
O plano de trabalho traçado propõe continuar, a partir de 1º de fevereiro, com a elaboração integral do PET e com o desenvolvimento de indicadores para todos os níveis. Também foram incluídas sessões de trabalho com o GT de Participação Social, e se propôs que os países possam sugerir organizações culturais comunitárias e representantes de povos originários e afrodescendentes que tenham se articulado previamente com o programa, para que se somem. Neste processo, que durará seis semanas, a comissão especial elaborará uma proposta de planejamento tático, o Plano Operativo Anual (POA 2021), que deverá ser implementado a partir de abril de 2021.
Mudança da presidência
Ao final do encontro, Diego Benhabib se despediu em nome da presidência, agradeceu a todos/as pela confiança e se colocou a disposição das novas autoridades para continuar acompanhando os trabalhos desde a vice-presidência, no mandato que se inicia agora e termina em 2023.
Benhabib destacou, ainda, o especial interesse que a Secretaria de Cultura do Governo do México tem demonstrado no desenvolvimento de políticas culturais de base comunitária. “Encontramos em vocês uma envergadura que nos faz pensar na ampliação de nossas políticas, e também em outros ares. Passamos inicialmente pela presidência do Brasil, com forte incidência na política de Cultura Viva, muito vinculada aos Pontos de Cultura, assim como a Argentina. Vocês estão desenvolvendo no México uma política de base comunitária com suas próprias características, e acho que vão potenciar muito o programa”, comentou.
Segundo ele, “foram três anos maravilhosos” frente ao programa. “Estamos muito contentes pelo trabalho, pelas metas que alcançamos. Do PET 2018-2020, pudemos alcançar quase todas as metas, e eram metas ambiciosas, certeiras, que têm dado na tecla do trabalho que cada um de nós estamos dispostos a bater (…) para potenciar as políticas culturais de base comunitária, fortalecê-las e fazê-las da maneira mais participativa possível”, ressaltou.
Motivação permanente
Enrique Vargas, ao expressar seu reconhecimento ao período da Argentina na presidência, comentou que o programa começou como “uma iniciativa claramente impulsada desde Brasil, acompanhada por um grupo pequeno de países”, e que hoje em dia reúne todos em torno de um mesmo objetivo, com uma motivação “permanente e renovada”. “É um programa consolidado, maduro, com bom nível de discussão e desafios altos”, celebrou. “Que bom que um país que deixa a presidência possa, com este grau de maturidade, seguir acompanhando o processo numa nova etapa do programa. O fato de que a Argentina diga ‘cheguei até aqui, mas acompanho quem vem’ é muito simbólico e importante”.
Esther Hernández, diretora geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura do México, que assume a presidência do Conselho Intergovernamental a partir de agora, agradeceu a Benhabib e se pôs à disposição dos países para seguir com os debates, o intercâmbio e o trabalho conjunto. “Tenho a ilusão de que nestes três anos podemos trabalhar juntos, que as experiências dos países nos alimentem em nossas políticas nacionais. Estamos com toda a disposição e vontade de seguir”, afirmou. O mandato do México na presidência do programa termina em dezembro de 2023.
Conheça os vídeos selecionados no concurso “Práticas comunitárias: solidariedade e cuidados coletivos”
Dezesseis vídeos foram selecionados no concurso “Práticas comunitárias: solidariedade e cuidados coletivos”. Catorze deles, inscritos na categoria 3, dirigida a maiores de 18 anos, receberão o prêmio de 500 dólares; os outros dois, ganhadores das categorias 1 e 2, destinada a crianças e adolescentes, receberão tablets como prêmios. O resultado final foi publicado nesta segunda-feira, 21 de dezembro.
O programa IberCultura Viva lançou este edital com o objetivo de reconhecer, visibilizar e compartilhar as boas práticas de solidariedade e cuidado coletivo realizadas por pessoas e comunidades em suas localidades nestes tempos de Covid-19. A iniciativa contou com a colaboração da Secretaria de Cultura do Governo do México e da Direção de Artes do Ministério de Cultura do Peru.
As inscrições estiveram abertas na plataforma Mapa IberCultura Viva entre 24 de julho e 30 de outubro. Poderiam se inscrever pessoas dos 11 países integrantes do programa. Segundo o regulamento, os curtas deveriam ter entre 1 e 3 minutos de duração e abordar alguns conceitos orientadores, como as perspectivas de gênero, interseccional e intergeracional, e os conceitos de direitos humanos, direitos culturais, desenvolvimento cultural comunitário, autocuidado, cuidado coletivo, vinculação comunitária, sustentabilidade e solidariedade.
Os critérios de avaliação incluíram a relevância do vídeo para o propósito da convocatória, o desenvolvimento de pelo menos um dos conceitos norteadores, habilidades de comunicação e o desempenho técnico correto. A comissão avaliadora utilizou como critério na seleção a distribuição geográfica das propostas, buscando contar com representantes do maior número possível de países participantes (para isso era necessário ter como nota mínima 70 pontos).
Os dois curtas realizados por crianças e adolescentes são provenientes do México. Os maiores de 18 anos vêm do México, Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Equador, Brasil, Costa Rica e El Salvador. Inicialmente seriam premiados 10 vídeos na categoria 3, mas devido à alta qualidade de alguns vídeos apresentados decidiu-se estender a 14 o número total de vídeos ganhadores, somando quatro vídeos que obtiveram mais de 100 pontos na avaliação e que não haviam entrado na lista inicial porque seus países já estavam representados.
A ampliação do número de premiados foi sugerida pela comissão avaliadora e foi aprovada na reunião do Conselho Intergovernamental que se realizou na sexta-feira passada, 18 de dezembro. Neste encontro virtual também se decidiu ampliar a premiação para o vídeo ganhador da categoria 1, por se tratar de uma criação coletiva apresentada por 11 crianças do México. Em vez de um tablet, como estava previsto inicialmente, o grupo realizador do vídeo receberá três tablets.
A Unidade Técnica do IberCultura Viva entrará em contato com as pessoas representantes das candidaturas selecionadas a fim de realizar os trâmites correspondentes para a entrega dos prêmios.
Confira a ata com o resultado final do concurso:
VÍDEOS SELECIONADOS
Categoria 1 – Crianças entre 6 e 12 anos com um representante maior de 18 anos
Título do vídeo: ¡A cambiar! Agentes de cambio
Nome da pessoa autora e/ou representante da autoria: Ernesto Misael Del Rio Yañez
País de residência: México
* Descrição do vídeo:
Videoclipe musical que retrata, nas palavras das crianças participantes do FEENL, o que significa ser um agente de mudança. Meninos e meninas transmitem sua mensagem por meio de três histórias contadas no vídeo: guiar os demais para agir de maneira correta, ajudar aqueles que se encontram vulneráveis, denunciar os atos de violência e delinquência, e o cuidado coletivo das áreas compartilhadas por uma comunidade.
Sobre a organização
Fomento a la Educación de Excelencia en Nuevo León A.C. (FEENL) é uma organização sem fins lucrativos que busca melhorar a mobilidade social e romper o círculo de vulnerabilidade em que se encontram crianças de polígonos em situação de risco e atraso social e insegurança.
O trabalho conta com um modelo de orientação e transformação enfocado em três eixos: 1) formar crianças para serem agentes de mudança, 2) fortalecer o entorno familiar dos meninos e meninas, e 3) promover o êxito no desenvolvimento acadêmico das crianças.
Uma vez que as crianças completam seu processo metodológico e contam com os conhecimentos adequados, elas realizam projetos comunitários que contribuem para melhorar a qualidade de seu entorno, incentivar a participação social e o desenvolvimento comunitário.
Categoria 2 – Adolescentes entre 13 e 17 anos com um representante maior de 18 anos
1.Titulo do vídeo: La batalla
Nome da pessoa autora e/ou representante da autoria: Octavio Alejandro Martinez Sánchez
País de residência: México
* Descrição do vídeo:
“La batalla” é um vídeo de animação em que a protagonista agradece ao pessoal de saúde, que combate uma batalha frente à Covid-19, além de convidar as crianças a permanecer em casa para baixar a probabilidade de contágio do vírus.
Categoria 3 – Pessoas maiores de 18 anos
1. Título do vídeo: Hacedoras de calle
Nome da pessoa autora e/ou representante da autoria: Chrystyan Romero Jiménez
País de residência: México
Descrição do vídeo:
Este documentário, de autoria de Chrystyan Romero Jiménez e Pedro Tadeo Cervantes García (da produtora Video-público), mostra o trabalho de um grupo de mulheres trans que têm se organizado com outras associações para oferecer ajuda, alimentação e roupa às trabalhadoras sexuais, uma das populações mais afetadas pela pandemia de Covid-19.
2. Título do vídeo: Vientos
Nome da pessoa autora e/ou representante da autoria: Maitén Aimé Garompolo
País de residência: Argentina
Descrição do vídeo:
Breve registro do trabalho que as mulheres da Casa Vientos de Libertad realizam na oficina de poesia livre, coordenada pela assistente social Mara Victoria Vanessche desde 2018. A palavra circula, se constrói no encontro com outras e se registra sensivelmente.
A Casa “Vientos de Libertad” nasceu há três anos para acompanhar mulheres e dissidências e suas crianças, em situações de vulnerabilidade e processos diversos. Ali, trabalha-se de maneira integral e comunitária para a construção de projetos de vida includentes, baseados na responsabilidade, no empoderamento para a recuperação dos direitos violados e a solidariedade para o acompanhamento comunitário de diferentes processos e o desenvolvimento de mecanismos de autocuidado e cuidados coletivos. O espaço funciona hoje no antigo Instituto Ángel Torcuato de Alvear, no bairro Los Laureles de Luján, província de Buenos Aires, tomado em 2018 pelas mulheres e dissidências do lar temporário, depois que ficou pequena a primeira sede, cedida pelo Movimento de Trabalhadores Excluídos.
3. Título do vídeo: Bodega Solidaria Marimonjas
Nome da pessoa autora e/ou representante da autoria: Javiera Vilches Suárez
País de residência: Chile
Descrição do vídeo:
Este trabalho audiovisual apresentado pela coletiva La Concreta une animação e compilação documental para informar de maneira didática e lúdica sobre as práticas comunitárias realizadas por vizinhos e vizinhas pertencentes à Assembleia Territorial Marimonjas (união dos morros Mariposa e Monjas, de Valparaíso, Chile) através de uma bodega solidária.
Esta iniciativa promovida por mulheres nasceu da atual crise sanitária, com voluntárias e voluntários do setor coletando alimentos e material de limpeza por meio do aporte voluntário. Um cadastro junto a organizações funcionais e/ou juntas de vizinhos/as tem sido realizado para identificar as famílias mais vulneráveis dos morros de Valparaíso, que contemplem dentro de seu núcleo familiar a: enfermos/as com Covid, enfermos/as sem trabalho, pessoas da terceira idade, famílias com crianças. Tudo isso com o fim de fazer chegar a eles o coletado dentro de caixas.
A coletiva artística La Concreta surgiu no fim de 2019, tomando o impulso e a inspiração das manifestações populares de outubro no Chile, com a ideia de manifestar a através do teatro e a música o acontecer nacional de uma forma lúdica e direta. Bodega Solidaria Marimonjas é uma criação de autoria coletiva realizada por Nadia Zumelzo, Flavia Salinas, Myriam Espinoza, Juan Esteban Meza, Carlos Machuca, Bruno Díaz, Marilyn Vásquez, Israel Andrés Abello e Javiera Vilches.
4. Título do vídeo: Resiliencia en tiempos de pandemia a través del arte y la cultura incluyente
Nome da pessoa autora e/ou representante da autoria: Angie Dayanna Cespedes Gonzalez
País de residência: Colômbia
Descrição do vídeo:
Na cidade de Ibagué (departamento do Tolima, Colômbia), a Fundación Artística y Cultural Talentos busca reativar a cultura e as diferentes manifestações artísticas e culturais por meio das plataformas virtuais, aportando saúde mental e física mediante estratégias includentes que permitam o fortalecimento da autoestima e a participação coletiva.
5. Título do vídeo: En La Esperanza existe esperanza
Nome da pessoa autora e/ou representante da autoria: Frank Marvin Calderón Martínez
País de residência: Peru
Descrição do vídeo:
O vídeo mostra a prática comunitária do cuidado da área verde e seus benefícios para a saúde mental, a solidariedade e integração, o autocuidado, a segurança e educação intergeracional da vizinhança em M. Arévalo III Etapa, na cidade de Trujillo (departamento de La Libertad, Peru) durante a pandemia, graças ao esforço constante do Comitê de Vigilância de Áreas Verdes, formado em assembleia geral com o aval do Comitê de Gestão, Progresso e Desenvolvimento.
6.Título do vídeo: Resiliente: Una mirada a la solidaridad en tiempos de Covid-19
Nome da pessoa autora e/ou representante da autoria: Alfredo Astudillo
País de residência: Equador
Descrição do vídeo:
“Resiliente” nasceu com a intenção de reconhecer, visibilizar e compartilhar as boas práticas de solidariedade em tempos de Covid-19. Segundo Alfredo Astudillo, diretor da organização Fotosentidos Ecuador que realizou este vídeo com William Guijarro, seu trabalho criativo representa um ato de rebeldia frente ao esquecimento e a indiferença social.
“Quando começamos a maquinar Resiliente, nos envolvemos no olhar e na imaginação de Mathías, que nos lembrou a importância de valorizar aqueles detalhes que fortalecem nosso entorno. Não apenas pensamos quão importante é sentir mais além do visível, também reconhecemos a necessidade de promover a solidariedade ao outro, possivelmente o mais próximo. Tem sido um trabalho demandante, com um resultado mais que satisfatório, não só pelo que se vê, mas também por tudo aquilo que guardamos em nós”, contou Astudillo na apresentação do vídeo.
7.Título do vídeo: Ancestralidade
Nome da pessoa autora e/ou representante da autoria: Takaiúna Correia da Silva
País de residência: Brasil
Descrição do video:
Na fronteira entre uma arte ancestral e comunitária nasce o curtíssimo “Ancestralidade”, construído durante o período de pandemia pela família de Justina – primeira mulher negra oficialmente liberta da escravidão brasileira. A reconstrução da narrativa feita por sua bisneta, Takaiúna, permite a coroação não só de Justina, mas das mulheres negras que antecederam a ela e das mulheres negras que chegaram depois. A força feminina que transcende espaços, tempos, territórios e que vem transmitindo saberes como o da própria construção das bonecas mostradas no vídeo, feitas por Brazimar Rodrigues, neta de Justina, hoje com 60 anos de idade. As bonecas permitem a representação dessas mulheres, num exercício de reconstrução de uma memória-história negra afro-brasileira. As imagens são de Pablo Lopes.
Takaiúna e Pablo Lopes integram o Coletivo Justina, Ponto de Cultura fundado em 2016 e que tem como prática ancestral e comunitária o exercício artístico que cabe em vários segmentos culturais. Em rede, o coletivo se articula com artistas e grupos de várias regiões brasileiras e de países da América Latina. Trabalhadoras rurais, professoras, alunos e alunas da rede escolar são alguns dos públicos que as ações do Justina impactam.
https://cutt.ly/ancestralidade
8. Título do vídeo: La luz comunitaria de una oscuridad pandémica
Nome da pessoa autora e/ou representante da autoria: Kendall Badilla Barrantes
País de residência: Costa Rica
* Descrição do vídeo:
Este vídeo demonstra como a comunidade organizada Rosister Carballo tem se solidarizado por meio da autogestão, da autonomia e das próprias redes sociais com as famílias vizinhas, de diversa composição no que diz respeito a idades, nacionalidades, estados de saúde e números de integrantes, desde as primeiras restrições sanitárias e econômicas a partir da confirmação do primeiro caso da Covid-19 na Costa Rica.
9. Título do vídeo: Smoking con máscara
Nome da pessoa autora e/ou representante da autoria: Milagro Isabel Murcia Pérez
País de residência: El Salvador
* Descrição do vídeo:
O smoking, traje masculino elegante e de seda brilhante, é comparado com uma máscara… ainda que esta não tenha etiqueta nem tamanho e deveria ser usada por todas as pessoas. Vídeo apresentado pelo coletivo Empoderando Juventudes La Libertad, de El Salvador.
10. Título do vídeo: Ñande
Nome da pessoa autora e/ou representante da autoria: Maria Alejandra Rovira Ruiz
País de residência: Argentina
*Descrição do vídeo:
O vídeo documentário Ñande busca refletir as práticas comunitárias, a solidariedade e o cuidado coletivo das mulheres de Ñande Kuera Haitema (“Agora nós” em guarani) junto ao resto das integrantes da Asociación Civil FENA na Villa 31 BIS, na cidade de Buenos Aires, durante a pandemia de Covid-19.
Ñande Kuera Haitema é um coletivo cultural de mulheres dentro da Villa 31 BIS. Nasceu em 2013 numa oficina de fotografia na “casa da mulher lutadora” no bairro. Finalizada a oficina, e como resultado dos vínculos estabelecidos se formou o novo coletivo cultural independente.
FENA é uma associação civil sem fins lucrativos que trabalha sobre a violência simbólica com perspectiva de gênero, com o objetivo de contribuir na eliminação da violência contra as mulheres e identidades não binárias. Desde 2018 FENA se encarrega de elaborar, implementar e coordenar a oficina semanal Ñande Kuera Haitema como um espaço de contenção e produção artístico-comunicacional para mulheres e identidades não binárias em situação de vulnerabilidade e risco de exclusão. O objetivo é exercitar um olhar crítico que permita identificar desigualdades e expressar a própria realidade através da arte.
11. Título do vídeo: Cosechando esperanza
Nome da pessoa autora e/ou representante da autoria: Aida Itadavi Martínez Pérez
País de residência: México
* Descrição do vídeo:
Uma família Mixe, Oaxaqueña elaborando hortaliças, em função do confinamento pela pandemia de Covid-19.
12. Título do video: Radio Bidón: Las voces de los amigos
Nome da pessoa autora e/ou representante da autoria: Mariela Vega
País de residência: Argentina
* Descrição do vídeo:
Rádio Bidón (Las voces de los amigos) é um programa semanal de radioteatro feito por crianças das ilhas do Delta do Paraná, na Argentina, a partir do estabelecimento da quarentena, com modalidade “não presencial”.
Os integrantes da Companhia Patata Voladora selecionam as obras e repartem os papéis; depois os atores e atrizes (em sua maioria crianças) enviam suas gravações, que posteriormente são editadas e enriquecidas com efeitos de som e músicas de artistas locais, produzindo uma sensação de proximidade tão palpável como a que querem alcançar o Zoom, os jogos em rede e outros desses que se sucedem na comunicação.
Mariela Vega e Diego Cáceres, autores deste vídeo, fazem parte da Compañía Patata Voladora de teatro, música e tìteres, que trabalha desde 2003 percorrendo os povoados mais remotos do país e do mundo. Radicada no Delta de Tigre desde 2008, a companhia apresenta espetáculos e oficinas para toda a família em teatros, escolas, praças e espaços não convencionais, e trabalha com a comunidade realizando festivais, encontros, turnês por ilhas e radioteatros.
13. Título do vídeo: Respiramos
Nome da pessoa autora e/ou representante da autoria: Lina Lasso
País de residência: Argentina
Descrição do vídeo:
Neste projeto audiovisual, o coletivo Kukily propõe à diáspora afro, e a quem mais queira, a conectar-se na experiência de uma meditação grupal. Este vídeo é uma proposta ativa para que o vejam, escutem ou sintam, convidando a somar-se à mesma ação de conexão espiritual-política que eles propõem a partir do coletivo. “Respiramos pelas vítimas de violência, policial, “cisheteropatriarcal”, contaminação climática, afecções à saúde, sentindo e reafirmando nossa vida e existência, honrando o passo de nossos ancestrais, sonhando nosso futuro”, explicam em sua apresentação.
Kukily é um coletivo artístico afrofeminista nascido em 2016 na Argentina, durante o 31º Encontro Nacional de Mulheres, realizado em Rosario. É um coletivo integrado por quatro artistas de diferentes nacionalidades e origens afrodescendentes (o que inclui Argentina, Brasil, Colômbia, Estados Unidos e Libéria): Colleen Ndemeh Fitzgerald, Jasmin Sánchez, Julia Cohen Ribeiro e Lina Lasso.
14. Título do vídeo: La vida vale la pena
Nome da pessoa autora e/ou representante da autoria: Edinson Ferley Omaña Duque
País de residência: Colômbia
* Descrição do vídeo:
La vida vale la pena baseia-se em fazer da rua um cenário cultural para tocar a emotividade em uma comunidade de Floridablanca, onde através da dança se leva uma mensagem de esperança e alegria aos habitantes de Santa Inés. Em um contexto “underground”, se dança com música do folclore colombiano ao estilo do breaking, usando como elemento uma cadeira com letras grafitadas, com ênfase na cultura hip hop como marca da organização Guerreros del Asfalto.
Guerreros del Asfalto é uma organização que nasce em um cenário “street”, em janeiro de 2017, com fins educativos, recreativos, de pesquisa, criação e circulação cultural. Além de fomentar um espaço de criação com a cultura hip hop, o coletivo atualmente trabalha em um projeto de formação denominado El Laboratorio, onde se educa crianças, adolescentes e adultos.
Participaram da realização deste vídeo: Aura Duque, Freddy Vega, Diego Molina, Andres Contreras, Sergio Bandera, Zulay Ortiz, Karen Guedez, Leidy Torres, Jose Gregorio Torres e Gustavo Torres.
Mulheres do departamento do Meta, na Colômbia, participam de capacitação em empoderamento narrativo e cultura digital
Em 16, dez 2020 | Em Notícias | Por IberCultura
Mulheres que lideram processos comunitários e culturais do departamento do Meta participam do curso virtual “Mulheres narram seu território, poder feminino no mundo digital”, realizado este mês de dezembro pelo Ministério de Cultura da Colômbia com o apoio do programa IberCultura Viva.
A formação virtual, dirigida a 25 participantes, tem o objetivo de fortalecer a capacidade de gestão de mulheres rurais e urbanas que vêm gerando processos comunitários em seus territórios, fortalecendo suas habilidades com as ferramentas digitais e a criação narrativa em distintas expressões.
A atividade se enquadra no objetivo estratégico 2 do programa IberCultura Viva, voltado para o apoio de ações de formação em gestão cultural comunitária, de gênero e políticas culturais para organizações culturais de base comunitária e povos originários em nível nacional e regional.
O processo formativo começou no dia 28 de novembro e termina na terça-feira, 22 de dezembro, continuando com a etapa de edição do curso como memória audiovisual e de conteúdos da experiência de impacto comunitário com enfoque de gênero.
“Mulheres narram seu território, poder feminino no mundo digital” tem como docentes Oscar Pardo e Nathalia Daza, do coletivo de comunicações DIDAX. O designer de módulos educativos e peças gráficas é Michael Hernández, e os produtos audiovisuais estão a cargo de Rodrigo Cuervo.