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Cantão de Alajuelita, na Costa Rica, adere à Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais
Em 06, Maio 2021 | Em Notícias | Por IberCultura
A Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais conta agora com um representante da Costa Rica: Alajuelita. O cantão da província de San José, que está implementando o plano operativo da política cultural aprovada em outubro de 2019, aderiu esta semana à rede, com a entrega da carta de intenção de adesão assinada pelo prefeito Modesto Alpizar Luna.
Na terça-feira, 4 de maio, o secretário técnico do IberCultura Viva, Emiliano Fuentes Firmani, participou da sessão ordinária da Câmara Municipal de Alajuelita para apresentar o programa e a rede, juntamente com Eduardo Reyes Paniagua, responsável pelos Pontos de Cultura do Ministério da Cultura e Juventude (MCJ) da Costa Rica.
A sessão, presidida pelo vereador Jonathan Arrieta Ulloa, começou com uma contextualização por parte da gestora cultural Tania Álvarez Chavarría. Líder comunitária, fundadora e representante legal da Fundación Keme, integrante do Movimento Cultura Viva Comunitária de Costa Rica, Tania foi uma das pessoas selecionadas pelo programa em 2019 para receber uma bolsa do Curso Internacional de Pós-Graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária ministrado por FLACSO-Argentina e agora será o representante da Alajuelita perante a Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais.
Um processo iniciado em 2015
No encontro, Tania Álvarez explicou o processo iniciado no cantão em 2015, quando um grupo organizado passou de comunidade em comunidade fazendo consultas com base na Política Nacional de Direitos Culturais, perguntando como poderiam exercer seus direitos e participar desse processo, além de identificar as pessoas que realizavam atividades culturais no cantão. “Esta análise foi levada à Direção de Cultura do MCJ e continuamos a trabalhar em conjunto com a Câmara Municipal para que esta proposta comunitária tivesse lugar no quadro jurídico do município”, disse o gestor.
Após anos de análises, esboços, avaliações e validações, foi criada em Alajuelita uma política cultural partindo da comunidade, aprovada pela Câmara Municipal em 29 de outubro de 2019. Este documento tem uma parte legal, os artigos, e um plano operacional, onde estão atualmente, em sua implementação. “Agora o plano operativo fala em formar o Gescua, que é o Grupo de Gestores Socioculturais Unidos de Alajuelita, e também em ir aos bairros e formar núcleos de ação cultural comunitária que formarão uma rede”, disse Tânia.
Uma apresentação do programa
Terminada a contextualização do governo local, Eduardo Reyes Paniagua explicou como funciona o programa IberCultura Viva, suas linhas de atuação, como se articula com a Direção de Cultura do MCJ, como se dá a participação costa-ricense nas comissões de trabalho e nas convocatórias, o acompanhamento nos processos de seleção dos candidatos/as, o acompanhamento às iniciativas locais selecionadas, a participação nos espaços de intercâmbio e a formação de gestores públicos, entre outros temas.
Em seguida, Emiliano Fuentes Firmani destacou que os programas de cooperação costumam ocorrer no âmbito dos governos centrais (nacionais) e que foi importante para o IberCultura Viva encontrar uma forma de abrir um espaço para a participação dos governos locais. “Isso é importante porque as políticas culturais de base comunitária se encontram essencialmente nos territórios. Nossos municípios são a primeira trincheira de um exercício de democracia, de proximidade, o primeiro lugar onde organizações, coletivos, artistas populares e portadores/as do patrimônio vão buscar ajuda ”, disse o secretário técnico.
Em sua apresentação, Emiliano falou sobre a criação (em 2017) do Grupo de Trabalho para Governos Locais, suas comissões e as atividades realizadas. Ele citou o guia de autoavaliação de políticas culturais de base comunitária apresentado em maio de 2019, quando foi oficialmente constituída a Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais, e falou das possibilidades de intercâmbio e cooperação na rede, como o processo desenvolvido em San Luis Potosí (México) para a construção participativa da Carta da Cidade dos Direitos Culturais, que acabou inspirando outro governo local integrante da rede, o de Niterói (Brasil).
Ao tratar da reformulação do Plano Estratégico Trienal (PET 2021-2023), aprovado em 14 de abril pelo Conselho Intergovernamental, o secretário técnico comentou sobre os objetivos e algumas ideias que marcam o programa (“Trabalhamos pelos direitos culturais, no âmbito da diversidade cultural e, fundamentalmente, com uma base comunitária e participativa”, destacou). Também detalhou os objetivos específicos desta rede de governos locais que desenvolvem ou desejam desenvolver políticas culturais de base comunitária, e que articulam ações com IberCultura Viva para trabalhar com grupos de cultura comunitária em seus territórios.
Cultura, história e identidade
Durante o encontro, Iris Figeac Zúñiga, presidente da Comissão de Cultura da Municipalidade de Alajuelita, disse estar grata aos colegas do Conselho Municipal pela aceitação da política de cultura, “que está sendo desenvolvida a partir das comunidades, que é onde estão os sentimentos das pessoas, onde estão o coração, a história e a identidade de Alajuelita”. “Poder entrar nessa rede com o IberCultura Viva é um grande passo, porque vamos trabalhar não só internamente, mas em conjunto com pessoas de outros países ibero-americanos, compartilhando nossa cultura”, afirmou.
Ao comentar que neste mesmo dia tinha assinado o pedido de incorporação de Alajuelita à Rede IberCultura de Cidades e Governos Locais, o prefeito Modesto Alpizar Luna destacou os esforços neste processo participativo iniciado em 2015 com as consultas e análises sobre direitos culturais no cantão. Na carta de intenção de aderir à rede, lembrou a recomendação da Fundação Kemè para que o município conhecesse o IberCultura Viva “e seus múltiplos processos em prol da cultura nas comunidades”, e reiterou o compromisso com a cultura do comunidades e o interesse em continuar caminhando coletivamente. De acordo com o documento apresentado, Alajuelita estará vinculada à rede com o compromisso de realizar um intercâmbio para o fortalecimento de políticas entre funcionários e técnicos, além de atividades de divulgação de convocatórias do programa e rodas de conversas sobre direitos culturais a partir da vivência da comunidade.
Saiba mais sobre a Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais
Começa a quarta turma do Curso de Pós-Graduação Internacional em Políticas Culturais Comunitárias
Se há algo que chama a atenção no Curso de Pós-Graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária, que a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO-Argentina) desenvolve com IberCultura Viva desde 2018, é a riqueza do intercâmbio que se gera entre todos e todas que participam deste espaço. Na sessão virtual que ocorreu na segunda-feira, 26 de abril, para dar as boas-vindas às mais de 130 pessoas inscritas na quarta turma do curso, tanto a equipe da FLACSO quanto o representante do IberCultura Viva destacaram o valor desses encontros e dessa diversidade de miradas.
“Tem gente que trabalha nas políticas públicas, tanto nacionais como regionais, estaduais e municipais, tem gente de organizações da sociedade civil, tem gente de centros culturais independentes, tem professores de toda a região. A ponte que se gera nos fóruns de intercâmbio, e também como as redes vão se tecendo, é algo muito valioso neste curso. Apelamos a vocês que aproveitem isso desde o primeiro momento ”, afirmou Belén Igarzabal, coordenadora acadêmica da pós-graduação (junto com Franco Rizzi) e diretora de Comunicação e Cultura da FLACSO-Argentina.
Nesta edição de 2021, o programa IberCultura Viva concedeu 88 bolsas a pessoas dos 11 países membros (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai). Outras 16 pessoas (8 do Brasil, 8 do Chile) receberam bolsas extras porque os representantes do Chile e do Brasil no Conselho Intergovernamental decidiram ampliar suas cotas utilizando os recursos disponíveis no Fundo Multilateral IberCultura Viva para apoiar a formação de organizações culturais comunitárias. Foi a terceira vez que os dois países ampliaram o número de bolsas para candidatos de seus respectivos países, levando em consideração a quantidade e a qualidade dos candidatos. Este ano, 502 pessoas enviaram inscrições para o Edital de Bolsas IberCultura Viva.
“Estamos muito felizes com o resultado. A cada ano mais pessoas se candidatam a bolsas e cada vez mais temos alunos/as matriculados no curso, o que mostra que há uma demanda constante por formação, e ainda há um longo caminho a percorrer a partir desse espaço. Embora existam realidades muito diferentes, da Espanha, do México ao sul da Argentina, há muitos problemas em comum e há muito o que aprender com todos e todas”, disse Franco Rizzi. “(…) O que mais gostamos é que aproveitem para tecer redes, se conhecerem, se encontrarem, porque muito do que ganhamos nesses lugares é conhecer outras realidades e poder contatá-las também.”
Início do curso
O encontro desta segunda-feira, que contou com a presença de 92 pessoas, começou com uma contextualização pelo coordenador acadêmico, lembrando que o curso surgiu de uma pesquisa que começou a ser realizada no IberCultura Viva em 2017. “Vimos que havia espaços de formação em gestão cultural em todos os países, que havia espaços de formação cultural de base comunitária, sobretudo vinculada às políticas públicas de governos, mas não havia espaços acadêmicos que trabalhassem com políticas culturais de base comunitária como temática específica. Com isso, pareceu-nos importante proporcionar um espaço de reflexão, formação e geração de conhecimento acadêmico, também para poder crescer nesse sentido, não só na prática, mas também colocar a teoria e vincular a teoria à prática”, comentou Franco Rizzi.
Após apresentar a equipe da FLACSO que acompanhará os alunos até dezembro (a coordenadora Belén Igarzabal, as orientadoras Celia Coido e Cecilia Salguero, e a encarregada da assistência técnica, Malena Taboada), o coordenador acadêmico cedeu a palavra a Diego Benhabib, coordenador de Pontos de Cultura da Argentina, representante do país no IberCultura Viva e também professor deste curso de pós-graduação. Em nome do IberCultura Viva, Benhabib deu as boas-vindas aos novos alunos e alunas e destacou que neste ano o curso atingiu um total de 375 bolsistas do programa. “Este é um espaço muito importante de formação, de geração não só de conteúdo, mas também de reflexão e massa crítica sobre o papel que as políticas culturais de base comunitária têm hoje em nossos países”, afirmou.
Para Benhabib, o currículo desta pós-graduação mostra uma história comum e um consenso sobre a importância da cultura comunitária nos países ibero-americanos, visto que tem esse eixo no território, na identidade e no trabalho coletivo. “Isso quando se articula com os Estados e com os governos locais torna-se muito mais poderoso. Este vínculo é necessário, e creio que haja um eixo muito particular para gerar espaços de formação no sentido de, por um lado, valorizar as políticas culturais de base comunitária que se sustentam em nossos países, e por outro, reconhecer o enorme esforço e trabalho coletivo que vem fazendo todo um movimento de diferentes redes de cultura comunitária da região”, destacou o representante do Ministério da Cultura da Argentina. “É por isso que este curso costuma ser frequentado tanto por gestores culturais públicos como por representantes de organizações culturais comunitárias. Há uma riqueza muito valiosa aí.”
Proposta acadêmica
Ao comentar a proposta acadêmica, Belén Igarzabal explicou aos/às participantes que os conteúdos vistos ao longo do curso vão aprofundar a cultura viva, a cultura comunitária, as políticas públicas, a gestão do território, “como se dá essa cultura que é mutante, que é diversa e que na nossa região é tão efervescente”. Ao longo dos cinco módulos, serão desagregados diversos temas, sempre com um olhar na região ibero-americana e também numa perspectiva histórica.
Serão discutidos, por exemplo, os processos culturais contemporâneos, quais são os debates atuais, as diferentes concepções que se deram de cultura ao longo dos anos. Haverá também um módulo sobre políticas culturais onde vão conceituar o que tem a ver com direitos culturais, com cidadania, com o comunitário, como é gerada uma política cultural.
É especialmente aí, quando são discutidas políticas de cultura e território, que o grupo docente também conta com a participação do grupo discente, já que muitos dos alunos/as trabalham na gestão de políticas públicas. “Cada região, cada país, cada município, tem suas peculiaridades. Apelamos a todo o tempo a esta troca, para que contem as suas experiências, para que contribuam desde o seu território específico, a partir da sua expertise – pragmática, prática – e também das suas próprias leituras e dos seus percursos ”, comentou Belén.
No módulo 4, em que se contextualiza mais especificamente a cultura comunitária, quais são os incidentes dentro do que são políticas culturais de base comunitária, pretende-se mostrar como foram se transformando ao longo do tempo, quais são as políticas existentes nos países ibero-americanos e os diferentes tipos de ferramentas que são utilizadas nessas políticas e que podem ser transferidas para diferentes lugares. Este módulo também fala sobre redes e cultura colaborativa, focando em como a cultura viva comunitária precisa de redes.
O quinto e último módulo destina-se ao desenho e acompanhamento da avaliação de políticas públicas. Durante este módulo, os alunos irão produzir o seu trabalho final, que consiste na concepção, conceituação e planejamento de um projeto cultural comunitário ou de uma política pública cultural de base comunitária. O prazo para apresentação deste trabalho é dia 20 de novembro.
As datas, as ferramentas disponibilizadas e a organização do curso (aulas publicadas às quintas-feiras, fóruns de intercâmbio disponíveis às sextas-feiras, etc.) foram explicadas pelos coordenadores acadêmicos e pelas tutoras ao longo deste primeiro encontro virtual, que teve uma hora de duração. Duas outras sessões como esta, mais operacionais, serão realizadas quando forem publicadas as instruções para as avaliações parcial e final. Também estão planejadas mais três conferências síncrônicas conceituais, que serão transmitidas pelo YouTube. As datas dessas aulas ao vivo (que serão como entrevistas com professores convidados) ainda serão definidas e posteriormente divulgadas nas redes sociais do IberCultura Viva.
Representantes de Pontos de Cultura do Uruguai participam de curso de comunicação digital
Em 30, abr 2021 | Em Notícias | Por IberCultura
A Direção Nacional de Cultura (DNC/MEC) do Uruguai organizou um programa acadêmico de comunicação digital para os Pontos de Cultura do país. Este treinamento virtual, que começou no dia 13 de abril e segue até 25 de maio, tem como objetivo fornecer ferramentas que permitam aos/às participantes uma gestão eficaz da comunicação com seus públicos por meio do uso das redes. Participam do curso 50 pessoas: 31 integrantes dos Pontos de Cultura de diferentes regiões e um representante de cada Diretoria de Cultura dos 19 departamentos do país.
Realizado com o apoio do IberCultura Viva, este curso de 26 horas conta com professores conceituados na área da gestão cultural e da comunicação. A coordenação está a cargo de Diego Gómez e Danilo Urbanavicius, da Faculdade de Cultura da Universidade CLAEH, e de Laura López, pela Direção Nacional de Cultura.
As aulas são ministradas via Zoom, às terças e quintas-feiras, das 19h às 21h. As duas últimas aulas (de um total de 12) são workshops práticos, com duração de três horas. Além das aulas virtuais através da plataforma Zoom, foi criado um espaço na plataforma Moodle da Faculdade de Cultura/UCLAEH, onde os participantes podem acessar os materiais de estudo associados à formação.
A capacitação consiste em um curso teórico-prático onde, além dos conteúdos curriculares, os participantes recebem um espaço de oficina onde podem trabalhar em equipe alguns aspectos relacionados ao uso de mídias digitais. As inscrições para essas aulas foram abertas na plataforma Cultura en Línea entre os dias 12 de fevereiro e 12 de março.
Os módulos
O plano de formação traz os eixos temáticos segmentados em quatro módulos consecutivos. O primeiro módulo (2 aulas de 2 horas cada) buscou introduzir o/a participante à compreensão das redes sociais no contexto comunicacional atual: compreender as suas vantagens, os desafios impostos pela correta gestão, a utilidade para a comunicação de projetos e empreendimentos culturais.
O segundo módulo, “Comunicação digital estratégica” (4 aulas de 2 horas), mostra como o planejamento da comunicação por meio das redes sociais impõe a definição de objetivos, públicos, mensagens, tipos de conteúdo, escolha de redes, projeção de tempo e orçamento .
O Módulo 3, “Produção de conteúdos para meios digitais” (4 aulas de 2 horas), procura demonstrar como o desenho e desenvolvimento de peças para redes sociais começa com a definição estratégica e continua com a produção criativa. Também trata de como a concepção da ideia, o tom do conteúdo escrito e a construção do conteúdo audiovisual representam o principal desafio para que a mensagem concebida chegue efetivamente ao público.
O quarto e último módulo, “Workshop prático em redes sociais” (2 aulas de 3 horas), tem como objetivo aprofundar os conhecimentos sobre comunicação digital adquiridos nas instâncias anteriores. Partindo da premissa de casos específicos do setor cultural, propõe-se um passo a passo que permite compreender as melhores práticas para a realização de um plano de comunicação digital.
No final, será atribuído um certificado de participação e publicado no site da Direção Nacional de Cultura (www.gub.uy/cultura) um guia sobre “Comunicação digital para projetos culturais de base comunitária”, com acesso livre.
Consultas: Puntosdecultura@mec.gub.uy
Secretaria Técnica realiza sessões informativas sobre a Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais
Em 29, abr 2021 | Em Notícias | Por IberCultura
Representantes de municípios, estados e províncias do México e da Argentina têm participado de sessões informativas sobre a Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. As reuniões via Zoom são conduzidas por Emiliano Fuentes Firmani, secretário técnico do IberCultura Viva, e Valeria López López e Lisa Moncada, representantes da Direção-Geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura do México, que é responsável pela presidência do programa.
Na última sexta-feira, 23 de abril, o secretário técnico, junto com o representante da Argentina ante o programa, Diego Benhabib, teve um encontro por videoconferência com representantes da Secretaria de Integração Regional e Assuntos Internacionais do governo de Jujuy, província do noroeste argentino. Na terça-feira, 27/04, o encontro foi com representantes de governos locais do México: Aideé Santillán Moreno e Raquel Portillo Casarreal, da Secretaria de Cultura da Cidade do México; Eleonora Isunza Gutiérrez e Lidsay Mejía Anzurez, do Ministério do Turismo e Cultura de Morelos; Sergio Téllez Galván, da Direção de Desenvolvimento Social da Câmara Municipal de Xalapa; Elisabeth Casanova García, da Secretaria de Cultura de Tabasco, e Marco Darío García Franco, do Instituto de Cultura de Veracruz.
Na segunda-feira, 26/04, Emiliano Fuentes Firmani, Valeria López López, Lisa Moncada e Manuel Trujillo fizeram uma sessão informativa para Yazmín Pastrana, diretora de Cultura do município de Jojutla (estado de Morelos), que ingressou na Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais com a entrega da carta de adesão assinada por Juan Ángel Flores Bustamante, presidente constitucional de Jojutla. Com a entrada de Jojutla, o México passa a ter três cidades na rede. San Luís Potosí e Zapopan são os outros dois municípios mexicanos que fazem parte da iniciativa desde 2019.
Boas-vindas a Jojutla
Este primeiro encontro com a representante do município de Jojutla começou com uma contextualização, por Valeria López, do programa Cultura Comunitária, lançado em fevereiro de 2019 pela Secretaria de Cultura do México. Voltado para o exercício efetivo dos direitos culturais, o programa do governo mexicano tem entre seus eixos o trabalho com crianças e adolescentes (por meio dos Semilleros Creativos), as interações culturais comunitárias e a promoção da participação cultural comunitária.
Este processo inclui o trabalho que vem sendo realizado com o IberCultura Viva desde dezembro, quando o México assumiu a presidência do Conselho Intergovernamental. As sessões informativas promovidas esta semana, para que mais municípios possam aderir à Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais, fazem parte da estratégia de fortalecimento dos processos comunitários no país. E Jojutla é um dos municípios priorizados para o programa Cultura Comunitária.
Com uma população de cerca de 55 mil habitantes, Jojutla fica em uma área de plantio artesanal de arroz (os arrozeiros jogam as sementes para o ar, transplantam manualmente, planta por planta). “Muitas famílias dependem do arroz, é uma cultura muito rica porque os tataravós, avós, pais vêm há muito tempo trabalhando nisso… (…) Sinto que depois dessa geração de arrozeiros o cultivo pode se perder, porque os jovens não estão mais trabalhando com o arroz. É um trabalho muito pesado”, disse Yazmin Pastrana no encontro virtual. “Acho que é uma parte importante da cultura de Jojutla que devemos resgatar.”
Segundo a diretora de Cultura, em Jojutla há um antes e um depois do terremoto que atingiu o México em 19 de setembro de 2017. “Os arrozeiros ficaram praticamente um ano sem trabalhar porque o moinho caiu, reduzindo muito a produtividade. Ainda estão trabalhando a 50%, aos poucos foram melhorando em algumas coisas. No entanto, a fábrica ainda está em processo de reconstrução”, afirmou. “O terremoto também foi um divisor de águas porque ficamos sem uma estrutura em que pudéssemos ter, por exemplo, oficinas culturais. O Centro Cultural de Jojutla, por se tratar de uma antiga estação ferroviária, está com problemas legais para reconstruí-la.”
Enquanto não conseguem reconstruir o centro cultural, a prefeitura organiza oficinas de dança, teatro, pintura e cartonería (onde são feitas esculturas de papelão) em uma unidade que se classifica mais como esportiva do que cultural, o que acaba tornando mais difícil levar a população para os workshops. “O que funcionou aqui foi levar as oficinas de papelão às comunidades, para que os mestres da cartonería continuem passando a tradição”, disse a diretora, destacando também o interesse dos jovens pela dança (contemporânea, folclórica e urbana) e a intenção de remodelar um dos espaços do La Perseverancia (centro desportivo e cultural) para aí realizar algumas oficinas de dança e artes plásticas.
Uma vez confirmada a adesão oficial à Rede de Cidades e Governos Locais IberCultura Viva, o próximo passo será pensar um plano de ação a ser realizado em Jojutla ainda este ano, o que poderá estar vinculado ao trabalho com grupos culturais, à prática de dança ou de cartonería, ou alguma outra atividade de interesse da comunidade. A Colônia Santa Maria é uma das comunidades onde se pretende trabalhar com o programa.
Conforme explicou na sessão o secretário técnico do IberCultura Viva, ao aderir à rede o município assume o compromisso de realizar pelo menos duas atividades em conjunto com o programa. “A rede reúne municípios que desenvolvem ou têm interesse em desenvolver políticas culturais de base comunitária, partindo da perspectiva de que trabalhamos principalmente com coletivos organizados (e não com pessoas)”, destacou Emiliano Fuentes Firmani. “Isso não invalida que o município tenha suas políticas voltadas para as pessoas, mas a ideia é que ele possa articular com os grupos – com recursos próprios – o desenvolvimento de uma política cultural de base comunitária”.
Com esta primeira reunião, inicia-se o processo de cumprimento da proposta de atividades de articulação de Jojutla para a Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais em 2021. Uma agenda de trabalho conjunta deverá ser anunciada em breve.
Articulação com governos locais
A Rede de Cidades e Governos Locais IberCultura Viva foi oficialmente constituída durante o 3º Encontro de Redes IberCultura Viva, realizado na cidade de Buenos Aires (Argentina) em maio de 2019, após mais de um ano de atividades do Grupo de Trabalho (GT) de Governos Locais formados em Quito (Equador).
Esta iniciativa de articulação com os governos locais surge como linha de ação do IberCultura Viva, por se entender que são as instâncias do poder público mais próximas das organizações culturais comunitárias e dos povos indígenas, principais sujeitos com os quais o programa trabalha. Esta rede procura gerar espaços de reflexão, consensos e histórias comuns sobre o que são políticas culturais de base comunitária e como podem ser melhoradas a implementação e o impacto dessas políticas nos territórios.
Os governos de municípios, departamentos, estados e províncias que aderem a esta rede participam de um espaço de cooperação e intercâmbio, e têm como benefícios a possibilidade de aderir às propostas desenvolvidas pelo programa. Entre elas, convocatórias conjuntas para o Curso de Pós-Graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária ministrado pela FLACSO-Argentina, bem como assessoria para a realização de processos de análise das políticas culturais comunitárias desenvolvidas; a criação de uma agenda de trabalho conjunto que promova as principais atividades de cada governo local; a publicação de relatórios sobre políticas culturais de base comunitária e experiências exitosas desenvolvidas em coordenação com a sociedade civil.
Saiba mais sobre a Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais
Confira os parâmetros para inclusão na Rede de Cidades e Governos Locais
Fundos de Cultura 2021: inscrições abertas para três convocatórias no Uruguai
Em 27, abr 2021 | Em Notícias | Por IberCultura
No Uruguai, estão abertas as inscrições para o Fundo Concursável para a Cultura (FCC), o Fundo Regional para a Cultura (FRC) e o Fundo de Estímulo à Formação e Criação Artística (Fefca). As convocatórias permanecem abertas, respectivamente, até 28 de junho, 2 de agosto e 31 de maio de 2021. Para se inscrever, é necessário se cadastrar na plataforma fondos.culturaenlinea.uy e realizar seu cadastro antes da data de encerramento de cada uma, anexando toda a documentação solicitada nas bases.
O Fundo de Estímulo à Formação e Criação Artística, que este ano conta com 10 milhões de pesos uruguaios, destina-se a artistas e criadores de cultura que se candidatem a bolsas de formação ou de criação Justino Zavala Muniz. As categorias competitivas são: artes visuais, audiovisual, dança, letras, música, teatro, arte circense e títeres.
O Fundo Concursável de Cultura, por sua vez, conta com 17 milhões de pesos uruguaios nesta edição para alocar em projetos artísticos e culturais em todo o território nacional. Os candidatos devem apresentar um único projeto de criação artística / cultural dentro de uma das seguintes categorias: artes visuais; fotografia; dança; teatro, arte circense e títeres; música; videogames e propostas editoriais.
No Fundo Regional de Cultura, o valor total é de 7,2 milhões de pesos uruguaios e as categorias são cinco: artes visuais; dança; memória e tradições; música; teatro, arte circense e títeres. Esta convocatória é dirigida a artistas e realizadores culturais que apresentam um único projeto artístico/cultural de qualquer departamento do Uruguai, exceto Montevidéu.
Confira os regulamentos dos editais:
2021, um ano de (re)começos: as atividades previstas no Plano Operativo Anual do IberCultura Viva
(Foto: Cultura de Red)
O Plano Operativo Anual (POA 2021) aprovado pelo Conselho Intergovernamental IberCultura Viva na última quarta-feira, 14 de abril, apresenta algumas novidades nas atividades do programa, como a inclusão de convocatórias de projetos de inclusão digital comunitária, de publicação de obras em línguas indígenas (traduzidas para o espanhol e o português) e de reconhecimento de portadores/as e experiências comunitárias na gestão do patrimônio cultural imaterial. Levando em consideração que este será um ano complexo, ainda com restrições devido à pandemia de Covid-19, o planejamento mantém editais já conhecidos, como o de apoio a redes e trabalho colaborativo, que terá uma edição especial, mas não aloca recursos para o Edital de Mobilidade nem para a realização de intercâmbios ou assistência técnica em 2021.
Os novos editais ainda serão discutidos pelo Conselho Intergovernamental nos próximos meses. De todo modo, um total de 24 mil dólares já está reservado para projetos comunitários de inclusão digital e outros 24 mil dólares para o reconhecimento de portadores/as e experiências comunitárias na gestão do patrimônio cultural imaterial. A intenção é manter o edital de inclusão digital aberto entre agosto e setembro (para que os resultados sejam divulgados em novembro), e selecionar projetos que se desenvolvam entre o último trimestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2022. O edital de gestão do patrimônio cultural imaterial, por sua vez, ficará aberto de julho a setembro, e o resultado será publicado em novembro.
Para a publicação de obras em línguas indígenas traduzidas para o espanhol e o português, o POA 2021 reserva um total de 12 mil dólares. As inscrições para esta convocatória podem ser feitas entre agosto e outubro, e o resultado será divulgado em dezembro. A publicação está prevista para o primeiro semestre de 2022.
Ainda no primeiro semestre de 2022, está prevista a publicação do resultado da convocatória para estudos e pesquisas sobre políticas culturais de base comunitária. Um total de 5 mil dólares estará disponível para este edital, que deve ser aberto entre junho e agosto, com o resultado divulgado em setembro. Outros 5 mil dólares serão destinados à implementação de um curso virtual sobre perspectiva de gênero e cultura comunitária.
A linha de ação que propõe o estabelecimento de um programa de formação em gestão cultural comunitária terá 33 mil dólares para apoiar atividades de capacitação de organizações culturais comunitárias propostas pelos países membros. Nos últimos anos, Brasil e Chile decidiram usar este recurso de formação (3 mil dólares por país) em bolsas extras para o Curso Internacional de Pós-Graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária, selecionando candidatos/as de seus países (aqueles/as com perfil de trabalho comunitário) que haviam alcançado boas colocações nos editais de bolsas lançados pelo programa. Outros países preferiram destinar seus recursos de formação a atividades como um curso de comunicação digital para Pontos de Cultura (como foi o caso do Uruguai em 2020) ou o curso virtual “Mulheres narram seu território, poder feminino no mundo digital”, uma capacitação em empoderamento narrativo e cultura digital realizada em dezembro de 2020 pelo Ministério da Cultura da Colômbia, com mulheres líderes de processos comunitários e culturais no departamento de Meta.
Além dessas iniciativas, o programa realizará convocatórias para a constituição de dois grupos de trabalho: um de sistematização e difusão de práticas e metodologias de políticas culturais de base comunitária (inscrições de maio a julho), e outro permanente de participação social e cooperação cultural (inscrições nos meses de junho e julho), que, como um “gabinete do cidadão”, permite a constituição de um espaço de trabalho intersetorial para a articulação do programa.
Da mesma forma, espera-se aproveitar este ano para aprimorar e ampliar algumas das ações que mantêm continuidade em relação ao PET anterior, como o Mapa IberCultura Viva, que deverá ser atualizado para maior acessibilidade, ou o curso de pós-graduação que o programa realiza com a Flacso, e que em 2021 trará como novidade a realização de três aulas sincrônicas, transmitidas pelas redes sociais.
Em relação ao Espaço Cultural Ibero-americano, algumas atividades previstas no planejamento buscam aprofundar alianças com outros programas de cooperação. Depois de apresentar dois concursos em colaboração com IberCocinas e Iber-Rutas (Sabores Migrantes Comunitários, em 2020, e Sabor à Ibero-América, em 2019), o programa IberCultura Viva vai desenvolver este ano o Banco de Boas Práticas e Saberes do Espaço Cultural Ibero-americano com Ibermuseos e Iber-Rutas. O lançamento dessa convocatória está previsto para meados deste ano.
A seguir, apresentamos algumas das iniciativas previstas para o ano de 2021.
Edital de Apoio a Redes e Trabalho Colaborativo: inscrições abertas de maio a julho
Os editais de apoio a redes em geral destinam-se à realização de eventos como encontros, congressos, seminários, festivais, feiras e colóquios, de entrada gratuita, promovidos por organizações culturais comunitárias que colaborem com pelo menos duas outras organizações ou grupos. Após três edições neste formato, atribuindo 5 mil dólares a cada projeto selecionado, em 2020, com as condições impostas pela pandemia, o programa decidiu apoiar mais projetos de trabalho colaborativo (1 mil dólares cada) para desenvolver ações de apoio para a emergência sanitária. As atividades de apoio e assistência poderiam estar relacionadas com alimentação, saúde ou educação.
A edição de 2021 também será direcionada a iniciativas de redes culturais comunitárias que articulem ações de apoio e assistência no contexto da pandemia. O edital prevê um total de 68 mil dólares, montante que inclui os valores que serão distribuídos entre os projetos selecionados e os custos com transferências bancárias. Nas próximas semanas, a Unidade Técnica e o Comitê Executivo enviarão a proposta de convocatória para aprovação do Conselho Intergovernamental. As inscrições estarão abertas entre os meses de maio e julho. O resultado deve ser anunciado em agosto.
Edital de Bolsas do Curso de Pós-Graduação em Políticas Culturais Comunitárias 2022: inscrições de dezembro a fevereiro
Em 2017, com o objetivo de fortalecer a formação e a pesquisa em políticas de cultura de base comunitária, o programa IberCultura Viva se somou à Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO), sede da Argentina, para a construção do Curso de Pós-Graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária. O curso acontece virtualmente durante nove meses, de abril a dezembro, com a participação de professores de vários países ibero-americanos.
Em quatro anos, nas convocatórias para as turmas de 2018 a 2021, foram concedidas 375 bolsas para este curso de pós-graduação. As vagas foram divididas igualmente entre os países participantes do programa, e alguns países decidiram ampliar suas cotas utilizando os recursos disponíveis no Fundo Multilateral IberCultura Viva para apoiar a formação de organizações culturais comunitárias. Para a edição de 2022, o edital de bolsas será aberto em dezembro de 2021 e encerrado em fevereiro de 2022. A lista dos selecionados será divulgada em março.
IberEntrelazando Experiências e Banco de Saberes IberCultura Viva: inscrições de julho a agosto
O Banco de Saberes Culturais e Comunitários IberCultura Viva é uma das principais ações do programa para o intercâmbio entre organizações culturais comunitárias e povos indígenas de países ibero-americanos. Nas primeiras edições, organizações e/ou grupos interessados em propor uma atividade de intercâmbio, como workshop ou treinamento, poderiam cadastrar suas propostas na plataforma Mapa IberCultura Viva e disponibilizar suas experiências a outros grupos, comunidades e povos dos países membros do programa IberCultura Viva.
As propostas aprovadas e publicadas no Banco de Saberes são postas em circulação através de outra instância: os editais IberEntrelazando Experiências. Assim que o programa habilitar uma convocatória IberEntrelazando Experiências, poderiam se inscrever organizações culturais comunitárias e/ou povos indígenas dos países membros do IberCultura Viva que tenham interesse em receber em seus territórios propostas já cadastradas no Banco de Saberes.
Em 2020, devido às restrições pela emergência sanitária, o programa deixou abertas as inscrições no Banco de Saberes, mas suspendeu a convocatória IberEntrelazando Experiências, pois não haveria possibilidade de traslados. Para 2021 está prevista uma edição especial que permite a apresentação de propostas de transmissão de saberes que possam ser feitas a distância e que podem ser assistidas por públicos de diversos países. As inscrições para esses intercâmbios estarão abertas entre julho e agosto (com resultados esperados em outubro). Os projetos selecionados nesta convocatória devem ser desenvolvidos entre o último trimestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2022. No POA 2021 está previsto um total de 26 mil dólares para este edital.
Concurso de curtas audiovisuais 2021: inscrições abertas de junho a agosto
Entre 2016 e 2020, foram lançados cinco concursos de curtas, com temas ligados à cultura comunitária e aos valores defendidos pelo IberCultura Viva (“Promover o respeito, criar comunidade, proteger a diversidade cultural, promover a participação e defender a igualdade”). “Mulheres: culturas e comunidades” foi o tema do primeiro concurso de vídeo, em 2016. Em seguida vieram “Comunidades afrodescendentes: reconhecimento, justiça e desenvolvimento” (2017); “Comunidades Linguísticas: identidade e salvaguarda” (2018); “Diversidade sexual e de gênero: direitos e cidadania” (2019) e “Práticas comunitárias: solidariedade e cuidados coletivos (2020)”.
O Conselho Intergovernamental ainda definirá o tema da edição 2021 do concurso de curtas-metragens, para o qual serão destinados 12 mil dólares (10 mil para o pagamento dos prêmios e 2 mil para as despesas com transferências bancárias). As inscrições estarão abertas entre junho e agosto, e o resultado deve ser divulgado em outubro.
Sinergia: Banco de Boas Práticas e Saberes do Espaço Cultural Ibero-americano
O “Banco de Boas Práticas e Saberes do Espaço Cultural Ibero-americano” é um projeto conjunto dos programas IberCultura Viva, Ibermuseus e Iber-Rutas, com o propósito de promover o intercâmbio de conhecimentos e tornar visíveis as iniciativas territoriais e comunitárias de instituições, organizações e agentes ibero-americanos que têm apoiado e amenizado o impacto da pandemia de Covid-19 em seus entornos.
O projeto prevê o mapeamento, registro e divulgação de boas práticas e tecnologias sociais desenvolvidas por museus, organizações culturais comunitárias, grupos de migrantes e agentes culturais para a melhoria da situação gerada pela crise de saúde, com destaque para grupos em risco de exclusão e outras minorias (povos indígenas, afrodescendentes, migrantes, pessoas com deficiência), e que promovem a igualdade de gênero.
A proposta foi selecionada na convocatória que a Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) lançou para que os Programas, Iniciativas e Projetos Adscritos (PIPA) apresentassem projetos diante do contexto da Covid-19. Dividido em três etapas, que serão realizadas ao longo de 12 meses, o projeto inclui a construção de uma plataforma que permite a visibilidade de boas práticas, tecnologias sociais e experiências ibero-americanas; a preparação e implementação de um programa estruturado de formação, atualização e intercâmbio e o desenvolvimento de uma publicação anual para a divulgação das práticas em formato digital.
Embora o projeto tenha sido desenvolvido por esses três programas do Espaço Cultural Ibero-americano, o objetivo é que a plataforma de conhecimento se estenda a outros PIPAs, e se transforme num instrumento da cooperação ibero-americana, tornando-se um mecanismo de troca de experiências sobre participação cidadã inclusiva e intercultural nas políticas culturais da Ibero-América.
Chile e Brasil concedem mais bolsas para o Curso de Pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária 2021
O Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile e a Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo do Brasil ampliaram sua quantidade de bolsas para a edição de 2021 do Curso de Pós-graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária ministrado por FLACSO-Argentina. Os dois países terão oito bolsas a mais nessa quarta turma do curso virtual, que começa no próximo 22 de abril.
Esta é a terceira vez que os representantes governamentais do Chile e do Brasil decidem ampliar o número de bolsas para pessoas candidatas de seus países usando os recursos de que dispunham no Fundo Multilateral IberCultura Viva para o apoio à formação de organizações culturais comunitárias. As vagas extras foram concedidas especialmente a pessoas que atuam nas organizações da sociedade civil.
A avaliação realizada no Edital de Bolsas 2021, que distribuiu 88 bolsas para os 11 países participantes, serviu também para a seleção dessas pessoas que receberão as bolsas extras do Brasil e do Chile. A lista final do edital, publicada em 26 de março, trouxe as oito candidaturas mais bem pontuadas de cada país membro, tanto de gestores públicos como de representantes de organizações culturais comunitárias. Para estas bolsas extras do Chile e do Brasil foram escolhidas as oito candidaturas seguintes de pessoas que trabalham em comunidades e que obtiveram maior pontuação no processo de seleção.
O Edital de Bolsas 2021 teve inscrições abertas no Mapa IberCultura Viva de 22 de dezembro de 2020 a 1º de fevereiro de 2021. Do total de 502 postulações recebidas, 73 eram do Brasil e 45 do Chile.
Confira a lista de pessoas selecionadas para receber as bolsas extras de Brasil e Chile:
BRASIL
Nome/inscrição
- Poliana Helena (on-1787912083)
- Carlos Cruz (on-919212836)
- Ana Letícia Nascimento de Coimbra (on-517701431)
- Aline Alencar Francisco (on-1230643952)
- Ingreth da Silva Adriano (on-863387680)
- Maria Rita Melo Barcelos (on-1955879781)
- Luisa Vasconcelos Hardman (on-1322343817)
- Luiz Fernando Pinto (on-450197899)
CHILE
Nome/inscrição
- Lisette Delgado (on-179722449)
- Daniela Berrios Bozzo (on-1771851500)
- Pamela Andrea González Millacura (on-1552290647)
- Francisca de los Ángeles Jara Pérez (on-1704606240)
- Loreto Aravena Suazo (on-916726382)
- Bárbara Villarroel (on-286292102)
- Sebastián Moscoso G. (on-415387394)
- Benjamin Cataldo (on-1593396226)
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Edital de bolsas 2021: conheça as 88 pessoas selecionadas para a quarta turma do curso da FLACSO
Conselho Intergovernamental aprova proposta de planejamento para o período 2021-2023
Em 15, abr 2021 | Em Notícias | Por IberCultura
O Conselho Intergovernamental IberCultura Viva realizou sua primeira reunião virtual de 2021 nesta quarta-feira, 14 de abril, com a participação de representantes de nove países membros (Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, México, Peru e Uruguai). O principal tema em discussão foi a proposta de Plano Estratégico Trienal (PET 2021-2023) que a comissão especial de trabalho preparou ao longo de 13 sessões, entre novembro e março. O documento apresentado pela Unidade Técnica foi aprovado por unanimidade, sem alterações.
Criada em 15 de outubro de 2020, na reunião do Conselho Intergovernamental ocorrida no encerramento do 4º Encontro de Redes IberCultura Viva, esta comissão especial de trabalho foi integrada por representantes do Comitê Executivo (Chile, Colômbia e Costa Rica), presidência (México) e vice-presidência (Argentina), além do Peru, que se ofereceu para integrar o grupo, e da Unidade Técnica do programa.
Em novembro e dezembro de 2020, a comissão se reuniu cinco vezes para chegar a um primeiro esboço do plano estratégico. No dia 5 de fevereiro, teve início a segunda etapa de elaboração do PET 2021-2023, com a discussão de alguns temas do planejamento operacional para o ano de 2021 e da dinâmica do processo de trabalho que ocorreria nas semanas seguintes, até o dia 26 de março. Algumas das sessões contaram com a presença de representantes de organizações culturais comunitárias e de municípios e províncias membros da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais.
Um processo participativo
“Foi um processo novo devido ao seu caráter participativo. Os países membros da comissão têm demonstrado grande responsabilidade e comprometimento com o programa, destacando suas equipes técnicas para um verdadeiro trabalho de cooperação na discussão e construção do planejamento estratégico, em um processo muito diferente do ocorrido no primeiro planejamento, em que só houve participação no redesenho da missão, visão e objetivos estratégicos do programa, e o trabalho técnico foi reduzido à Unidade Técnica e à presidência”, afirmou Esther Hernández Torres, diretora geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura do México e presidente do Conselho Intergovernamental, no início do encontro.
Ao comentar os avanços na articulação de um espaço intersetorial de participação da sociedade civil e dos governos locais, Esther Hernández citou algumas das propostas que surgiram neste espaço e que encontraram espaço no planejamento estratégico agora apresentado. Entre eles, a promoção de projetos de formação em gestão cultural comunitária que incluam conhecimentos, práticas e experiências desenvolvidas por organizações culturais comunitárias, a geração de um espaço permanente de articulação intersetorial e a promoção de conhecimentos, estratégias e tecnologias sociais para a inclusão digital.
A comissão especial de trabalho também incorporou ao PET 2021-2023 o reconhecimento do patrimônio cultural imaterial e seus portadores/as e a diversidade das comunidades linguísticas, junto com o posicionamento do modelo de desenvolvimento comunitário associado ao ¨bem viver¨, em consonância com os objetivos do compromisso ibero-americano com o desenvolvimento sustentável.
Um ano complexo
“Como podem ver nos documentos, sabemos que 2021 também será um ano complexo devido à pandemia. Embora a vacinação em vários países dê esperança de reativar o espaço público, a realidade que temos agora nos obriga a sermos muito responsáveis nesse sentido”, disse a presidente do Conselho Intergovernamental. “Decidimos manter o Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo porque acreditamos que o apoio direto às organizações é fundamental neste momento. No entanto, não alocamos recursos para o Edital de Mobilidade nem para a realização de intercâmbios ou assistência técnica. De qualquer forma, essas ações estão presentes no plano estratégico e esperamos poder realizá-las a partir de 2022”.
Além de agradecer o apoio e o incentivo da Secretaria Geral Ibero-americana, especialmente a Adriana Osset e Sara Díez, que acompanharam algumas das sessões da comissão especial de trabalho, Esther Hernández destacou que o PET 2021-2023 tenta recolher o mandato do Manual Operacional da Cooperação Ibero-americana para Programas, Iniciativas e Projetos Adscritos sobre a incorporação transversal das perspectivas de não discriminação, multiculturalismo e género, com especial ênfase nesta última e nos desafios apresentados pela inclusão de todas as diversidades humanas nas políticas culturais de base comunitária.
No que se refere ao Espaço Cultural Ibero-americano, algumas atividades previstas no planejamento buscam aprofundar os laços e alianças com os demais programas e iniciativas “iber”. Após o lançamento de dois concursos em colaboração com IberCocinas e Iber-Rutas (Sabores Migrantes Comunitários, em 2020, e Sabor à Ibero-América, em 2019), o programa IberCultura Viva desenvolverá este ano o Banco de Boas Práticas e Saberes do Espaço Cultural Ibero-americano com Ibermuseus e Iber-Rutas. O lançamento desta convocatória está previsto para o meio do ano.
Outra novidade apresentada na reunião foi a realização de três aulas sincrônicas do Curso de Pós-Graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária, que o programa realiza com a Flacso-Argentina desde 2018, com convocatórias abertas em dezembro. Neste ano, as aulas da quarta turma do curso começarão no dia 22 de abril. As três aulas sincrônicas previstas terão acesso livre, com transmissão nas redes sociais.
Confira o vídeo da reunião do Conselho Intergovernamental:
** A seguir, apresentamos os objetivos estratégicos, os resultados esperados e as linhas de ação para o período 2021-2023.
Objetivo geral do programa:
“Incentivar o desenvolvimento de experiências e processos culturais de base comunitária de forma participativa, colaborativa e com perspectivas de gênero, multiculturalismo e não discriminação, contribuindo para o pleno exercício dos direitos culturais e o reconhecimento da diversidade cultural de nossos povos no âmbito da Cooperação Ibero-americana”.
. Objetivo estratégico 1:
Promover e fortalecer o desenvolvimento de políticas culturais de base comunitária nos países do Espaço Ibero-americano.
* Resultado 1: Estabelecidos marcos para a cooperação, a participação e o intercâmbio de boas práticas em políticas culturais de base comunitária entre agências governamentais nacionais, estaduais e municipais.
Linha de Ação 1: Fomentar o intercâmbio entre órgãos governamentais nacionais, estaduais e municipais e fortalecer as capacidades técnicas das equipes das instituições REPPIs do programa IberCultura Viva.
* Resultado 2: Sistematizadas e difundidas as práticas e metodologias das políticas culturais de base comunitária.
Linha de Ação 1: Estabelecimento de um sistema de informação sobre políticas culturais de base comunitária representativo da diversidade cultural dos países membros.
Linha de Ação 2: Estabelecimento de diretrizes e protocolos para a formulação, implementação e avaliação de políticas culturais de base comunitária.
* Resultado 3: Pessoas que trabalham na gestão e promoção de políticas culturais formadas em nível universitário em políticas culturais de base comunitária.
Linha de Ação 1. Implementação de um programa de formação superior em políticas culturais de base comunitária.
Objetivo Estratégico 2:
Fortalecer as capacidades de gestão e o fomento da articulação em rede de organizações culturais de base comunitária, povos indígenas e afrodescendentes, para melhorar o desenvolvimento de suas iniciativas e sua participação nos modelos de gestão das políticas culturais.
* Resultado 1: Articuladas entre si e fomentado o intercâmbio de saberes entre organizações culturais de base comunitária e povos indígenas e afrodescendentes.
Linha de ação 1: Edital de apoio a redes e trabalho colaborativo.
Linha de ação 2: Promoção do diálogo intercultural por meio do intercâmbio de saberes e tecnologias sociais entre organizações culturais comunitárias e/ou povos indígenas e afrodescendentes.
Linha de Ação 3: Apoio à mobilidade para a participação em encontros das redes de Pontos de Cultura, Cultura Viva Comunitária ou equivalentes.
* Resultado 2: Organizações culturais de base comunitária e povos indígenas e afrodescendentes formadas em gestão cultural comunitária e gênero.
Linha de Ação 1: Estabelecimento de um programa de formação em gestão cultural comunitária
Linha de Ação 2: Estabelecimento de um programa de formação em gênero.
* Resultado 3: Aprimoradas as capacidades de trabalho em ambientes digitais de organizações culturais comunitárias e povos indígenas e afrodescendentes.
Linha de ação 1: Promoção do desenvolvimento de tecnologias sociais e estratégias organizacionais que contribuam para reduzir a brecha digital entre as organizações culturais comunitárias e os povos indígenas e afrodescendentes.
* Resultado 4: Fomentado o trabalho intersetorial entre organizações culturais comunitárias, povos indígenas e afrodescendentes e governos.
Linha de Ação 1: Articulação de um espaço de participação para o trabalho intersetorial com organizações culturais de base comunitária e povos indígenas e afrodescendentes e o programa IberCultura Viva.
. Objetivo estratégico 3:
Promover o diálogo intercultural e a conscientização da importância de salvaguardar e promover o patrimônio cultural imaterial e as experiências culturais de base comunitária.
* Resultado 1: Diálogo intercultural promovido a partir do reconhecimento dos portadores/as e experiências comunitárias do patrimônio cultural imaterial e da divulgação de experiências culturais de base comunitária.
Linha de Ação 1: Desenvolver instrumentos que dêem visibilidade aos agentes, experiências e processos de políticas culturais de base comunitária.
Linha de Ação 2: Reconhecimento e promoção de portadores/as e de experiências comunitárias na gestão do patrimônio cultural imaterial.
Linha de Ação 3: Concurso de curtas audiovisuais sobre temas prioritários do programa.
* Resultado 2: Reconhecida a diversidade das comunidades linguísticas que compõem os países do programa.
Linha de ação 1: Fomento da inclusão das línguas indígenas nos instrumentos das políticas culturais de base comunitária.
Linha de Ação 2: Promoção da circulação de obras literárias em línguas indígenas com traduções ao espanhol e português.
* Resultado 3: Posicionado o modelo de desenvolvimento comunitário associado às práticas de “bem viver” em vinculação com os objetivos do compromisso ibero-americano para o desenvolvimento sustentável.
Linha de Ação 1: Reconhecimento e sistematização de experiências de desenvolvimento cultural comunitário que promovam o “bem viver”, a saúde comunitária, a economia solidária e o cuidado com o meio ambiente desde uma perspectiva descolonial e de respeito à diversidade cultural.
Território de Saberes: inicia-se um novo ciclo de formação para a cultura comunitária na Argentina
O Ministério da Cultura da Argentina, por meio da Direção Nacional de Capacitação Cultural da Secretaria de Gestão Cultural, lançou nesta segunda-feira, 29 de março, uma nova edição do Território de Saberes, o ciclo federal de formação a distância em temas estratégicos para a cultura comunitária.
A convocatória busca promover o desenvolvimento integral de coletivos culturais e organizações comunitárias em todo o país, para que realizem atividades formativas em seus territórios e gerem um espaço de intercâmbio horizontal para a construção do conhecimento e a democratização do conhecimento.
O ciclo terá duração de três meses e será virtual. O curso é composto por três módulos, com encontros e espaços de oficinas, dos quais participarão referências da cultura comunitária, pesquisadores e formuladores de políticas públicas. Os encontros abordarão temas como igualdade de gênero, soberania alimentar, direitos das comunidades indígenas, cooperativas, educação popular e cultura comunitária, entre outros.
Esta edição tem o apoio da Diplomatura em Mediação Cultural, Comunidade, Artes e Tecnologias da Universidade Nacional das Artes. O período de inscrições se encerra em 11 de abril. O curso será realizado entre 26 de abril e 12 de julho.
Saiba mais: https://bit.ly/31vF7Db
Consultas: territordesaberes@cultura.gob.ar
Fuente: Ministerio de Cultura de la Nación
Comissão especial de trabalho encerra processo de planejamento para o período 2021-2023
Em 30, mar 2021 | Em Notícias | Por IberCultura
A comissão especial de trabalho que se constituiu para elaborar o Plano Estratégico Trienal (PET 2021-2023) do programa IberCultura Viva realizou sua última sessão na sexta-feira, dia 26 de março, com a presença da Unidade Técnica e de representantes dos governos de Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, México e Peru. A proposta que esse grupo construiu ao longo de 13 sessões de trabalho (5 em 2020, 8 em 2021) será finalizada esta semana e enviada ao Conselho Intergovernamental, que deverá discuti-la em sua próxima reunião, na quarta-feira, 14 de abril.
“Quando propusemos esse processo de planejamento, em novembro do ano passado, pensar que iríamos ter 12 sessões de trabalho de mais de duas horas, com um enorme compromisso e com ampla participação dos países, era ficção. E a verdade é que o resultado tem sido super estimulante. Tanto na primeira etapa, em novembro/dezembro, quanto nessas 8 sessões que estamos completando hoje, trabalhamos muito. Acredito que o plano estratégico cresceu muito em qualidade”, comentou Emiliano Fuentes Firmani, secretário técnico do IberCultura Viva, na abertura da oitava e última reunião virtual da comissão.
Valeria López López, Diretora de Promoção, Capacitação e Desenvolvimento da Direção-Geral de Articulação Cultural do Ministério da Cultura do México, agradeceu a todas as pessoas que integraram a comissão, em nome da presidência do programa, pelo empenho, presença constante e entrega. “Esse planejamento exige que pensemos em um contexto de crise, e em um contexto de pandemia, em que talvez algumas coisas tenham que ser repensadas, reposicionadas ou um pouco adiadas. Para além de todas essas condições adversas, foi um trabalho muito rico, estimulante e altamente problematizado. É importante colocar na mesa os pontos que constroem a narrativa do programa. As contribuições de cada um de vocês foram fundamentais para esse processo”, afirmou.
As sessões
Criada em outubro de 2020, na reunião do Conselho Intergovernamental realizada no encerramento do 4º Encontro de Redes IberCultura Viva, esta comissão especial de trabalho – composta por representantes do Comitê Executivo, da presidência e da vice-presidência do programa – reuniu-se cinco vezes entre novembro e dezembro para chegar a um primeiro esboço do plano estratégico. No dia 5 de fevereiro, teve início a segunda etapa de elaboração do PET 2021-2023, com a discussão de alguns temas do planejamento operacional para o ano de 2021 e da dinâmica do processo de trabalho que ocorreria nas semanas seguintes.
A segunda sessão do ano, no dia 12 de fevereiro, foi dedicada à apresentação dos objetivos, resultados e linhas de ação do PET 2018-2020 e da proposta que se traçava para o período 2021-2023. Adriana Osset, que atua na Direção de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB), ofereceu uma capacitação em planejamento em Gestão Orientada para Resultados do Desenvolvimento (GORD), aproveitando o exemplo prático do PET para a sua apresentação teórica.
Foram convidados para este encontro de 12 de fevereiro pessoas que participaram dos Grupos de Trabalho (GT) de Participação Social e Cooperação Cultural e de Governos Locais, bem como organizações culturais comunitárias selecionadas nos Editais IberCultura Viva de Apoio a Redes e Trabalhos Colaborativos em 2018 e 2019. A ideia era que após esta sessão de caráter expositivo, tanto as organizações como os governos locais tivessem mais insumos para poderem apresentar as suas propostas. A sessão seguinte, no dia 19 de fevereiro, foi dedicada à Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais, com a participação dos governos que fazem parte da rede, e no dia 26 de fevereiro, ao GT de Participação Social e Cooperação Cultural, que apresentou as propostas elaboradas.
Na quinta reunião de 2021, em 5 de março, o principal tema foi a construção de indicadores. Na sexta, o Plano Operacional Anual (POA 2021) seria visto com mais detalhes, discussão que acabou se estendendo por mais duas sextas-feiras, encerrando-se na última sexta-feira, 26 de março. Ao final, o grupo trabalhou os objetivos, linhas de ação e resultados, buscando finalizar a configuração das atividades e a revisão dos indicadores.
Os debates do último encontro também giraram em torno de orçamentos, a quantidade de recursos que o programa deve destinar às atividades previstas para este ano, tanto para as convocatórias habituais (editais de bolsas e de redes, banco de saberes, concursos de vídeo) e para aquelas que estreiam em 2021. Entre as novidades estão os editais voltados para o reconhecimento de portadores/as e de experiências comunitárias de gestão do patrimônio cultural imaterial; promoção da inclusão de línguas indígenas nos instrumentos de políticas culturais de base comunitária, e projetos comunitários de inclusão digital.
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