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Para o Topo.

Blog

30

dez
2021

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Conheça a proposta ganhadora do concurso de logotipo da Rede de Cidades e Governos Locais

Em 30, dez 2021 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

O brasileiro Anderson Rodrigues de Oliveira foi o ganhador do Concurso de Logotipo da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. O edital, que ficou aberto na plataforma Mapa IberCultura Viva entre 29 de outubro e 25 de novembro, recebeu um total de 11 propostas de pessoas de quatro países: Argentina, Brasil, Espanha e México. O prêmio para a proposta ganhadora é de 500 dólares e um diploma. 

De acordo com o regulamento do concurso, o logotipo deveria consistir em uma imagem original e inédita, não ter sido apresentada em outro concurso e não contar com registro de propriedade intelectual. Deverá ser claro e legível, e permitir sua aplicação em cores, em branco e preto, e em escala de cinza, com facilidade de reprodução e aplicação em diversos formatos, tamanhos e materiais, como papel, tela, plástico, cristal, entre outros.

Em sua proposta, Anderson Rodrigues contou que a logomarca para a Rede de Cidades e Governos Locais se baseou não apenas nos conceitos do edital, mas também na combinação harmônica com o logo do programa IberCultura Viva. As cores são similares, e as formas buscam indicar a ideia de territorialidade, integração, bem comum e democracia cultural. As fontes utilizadas, segundo o designer gráfico, foram selecionadas por combinar com a circularidade do símbolo.

Ao ter sua proposta selecionada, ele entregou ao programa um manual de marca que inclui tipografia, retícula de construção, área de proteção e paleta de cores utilizados, além de versões em preto e branco e em cores, nos formatos horizontal e vertical, assim como a indicação de usos incorretos. A ideia é poder utilizar este logotipo nos materiais e atividades próprias da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais.

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Rede de Cidades e Governos Locais

A articulação com governos locais é uma linha de ação do IberCultura Viva, entendendo que estas são as instâncias do poder público que mais se aproximam das organizações culturais comunitárias e dos povos indígenas, principais sujeitos com que o programa trabalha. Com a rede, busca-se criar espaços de reflexão, para gerar consensos e relatos comuns sobre o que são as políticas culturais de base comunitária e como se pode melhorar a implementação e o impacto dessas políticas nos territórios. Atualmente compõem a rede 17 municípios, províncias e estados de seis países. 

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Confira a ata de seleção

Veja a descrição da proposta

21

dez
2021

Em Destaque
EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

16 práticas culinárias são selecionadas no concurso Sabores Migrantes Comunitários

Em 21, dez 2021 | Em Destaque, EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

Os programas de cooperação IberCultura Viva, Iber-Rutas e IberCocinas anunciaram nesta terça-feira, 21 de dezembro, a lista de pessoas ganhadoras da terceira edição do concurso Sabores Migrantes Comunitários. As 16 iniciativas selecionadas receberão um reconhecimento como ‘Boa prática de cozinha migrante comunitária ibero-americana’ e um prêmio de US$ 500.

O concurso teve como objetivo contribuir para o fortalecimento dos laços das comunidades ibero-americanas, dando visibilidade às experiências de intercâmbio e diálogo intercultural que ocorrem entre as comunidades migrantes por meio da culinária.

 A convocatória esteve aberta de 13 de setembro a 30 de novembro no Mapa IberCultura Viva. Podiam participar pessoas maiores de 18 anos de origem ibero-americana, a título pessoal ou em nome de iniciativas comunitárias, que vivessem em outro país que não o seu país de origem.

As pessoas interessadas ​​deveriam apresentar propostas de prática culinária que contivessem uma receita de sua comunidade de origem, a história por trás dela e a forma como essa receita se insere na comunidade de acolhimento no contexto de uma experiência migratória.

Nesta edição, diferentemente das duas anteriores, podiam participar pessoas nascidas em países ibero-americanos residentes em qualquer país do mundo, e pessoas residentes em seus países de origem que apresentassem propostas de práticas culinárias e receitas de migrantes de sua família com até segundo grau de parentesco (pai/mãe, avô/avó). Essas apresentações tiveram uma cota máxima de seleção no concurso.

  A seleção seguiu os critérios estabelecidos no regulamento, como a representatividade da preparação para a comunidade de origem; a experiência de inserção na comunidade de acolhimento; a geração de conhecimentos e práticas tradicionais e criativas promovidos por cozinheiros e cozinheiras migrantes; o impacto direto na segurança alimentar, e as estratégias de disseminação do conhecimento culinário e/ou a construção de um legado culinário às novas gerações com a consciência de sua cultura diversa. 

A diversidade cultural das propostas será privilegiada, por meio da seleção de projetos de diferentes países. Apresentações feitas por mulheres, jovens entre 18 e 29 anos, bem como indígenas ou afrodescendentes, receberam um ponto a mais na avaliação. 

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 Edições anteriores

Esta foi a terceira convocatória conjunta dos programas IberCultura Viva, Iber-Rutas e Ibercocinas. A primeira foi “Sabor à Iberoamérica”, lançada em abril de 2019. Dez histórias de receitas culinárias tradicionais de comunidades migrantes na região ibero-americana receberam US$ 500 cada. Além dos 10 vencedores, quatro menções honrosas (sem prêmios em dinheiro) foram concedidas a inscrições que não atenderam aos requisitos do prêmio por não serem migrantes, mas que apresentaram as histórias de migração de seus ancestrais nas receitas. 

Em julho de 2020, foi aberta a segunda edição do concurso, agora com o nome “Sabores migrantes comunitários”, com o objetivo de premiar vídeos que expressassem práticas culinárias de cozinheiros e cozinheiras migrantes com impacto nas suas comunidades. Interessada especialmente destacar como cozinheiros e cozinheiras migrantes estavam ajudando a encontrar soluções comunitárias para a crise derivada da pandemia Covid-19 por meio de suas receitas. As 14 propostas selecionadas receberam um certificado de reconhecimento como “Boa prática de cozinha migrante comunitária ibero-americana” e um apoio de US$ 500 cada.

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Confira a lista de propostas ganhadoras

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17

dez
2021

Em Destaque
EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

IberCultura Viva concederá 96 bolsas para o Curso de Políticas Culturais de Base Comunitária de 2022

Em 17, dez 2021 | Em Destaque, EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

O programa IberCultura Viva abre nesta sexta-feira, 17 de dezembro, o edital de bolsas para a quinta turma do Curso de Pós-graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária, que se realizará no campus virtual da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO-Argentina) de abril a dezembro de 2022. As pessoas interessadas em postular a uma bolsa deste curso poderão fazê-lo a partir de hoje até o dia 18 de fevereiro. O formulário de inscrição já está disponível na plataforma Mapa IberCultura Viva.

As 96 bolsas que estão previstas neste edital serão repartidas equitativamente entre os 12 países integrantes do programa IberCultura Viva: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Paraguai (país convidado), Peru e Uruguai. 

Para concorrer a uma das bolsas, os/as candidatos/as devem trabalhar em órgãos públicos de Cultura, ser gestor/a cultural independente em atividade ou ser membro de organizações culturais de base comunitária ou de povos originários. Também devem ter experiência na incidência, elaboração e execução de políticas culturais públicas e/ou em gestão cultural comunitária. Será valorizada a formação certificada em gestão cultural, mediação cultural ou animação cultural, e em disciplinas afines, como artes, ciências sociais, humanas e económicas.

Este curso de pós-graduação internacional foi construído em conjunto por IberCultura Viva e FLACSO Argentina com o objetivo de fortalecer a formação e a pesquisa das políticas culturais de base comunitária e o conceito de “cultura viva” como política pública. Em suas quatro primeiras edições, entre 2018 e 2021, o curso contou com 504 estudantes.

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Proposta acadêmica

O conteúdo está distribuído em cinco módulos e 27 aulas, nas quais são trabalhadas noções sobre processos culturais contemporâneos, propondo um marco teórico amplo sobre as distintas teorias da cultura e dos debates atuais em torno dela. A proposta acadêmica coordenada por Belén Igarzábal e Franco Rizzi busca a diversidade de miradas, com a participação de professores de vários países ibero-americanos

Também são abordadas noções de políticas culturais com ênfase nas questões de direito, cidadania e comunidade e debatidas as teorias existentes a respeito das políticas culturais de base comunitária, as novas formas de produção cultural e o uso de tecnologias a serviço da criação de redes. Além disso, o curso oferece ferramentas de gestão, planejamento, monitoramento e avaliação de políticas públicas culturais específicas para territórios e comunidades. 

As aulas são publicadas uma vez por semana – com uma semana de recesso no final de cada módulo – e se abre um fórum para cada aula publicada, gerando um espaço de debate e intercâmbio de ideias e experiências em torno dos temas tratados.  Para cumprir com os objetivos do curso, deve-se realizar um trabalho parcial escrito sobre os três primeiros módulos e um trabalho final integrador, que consiste em desenhar e planejar um projeto cultural comunitário ou uma política cultural pública de base comunitária. 

Os trabalhos podem ser entregues em espanhol ou português. As aulas são ministradas em espanhol, exceto as que estão a cargo de professores brasileiros, que são dadas em português e têm tradução para o espanhol. 

 

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Confira o regulamento do edital: https://bit.ly/3yzYnio

Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/198/

Consultas: programa@iberculturaviva.org

Como se cadastrar no Mapa IberCultura Viva: https://iberculturaviva.org/manual/

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Saiba mais sobre o curso

http://flacso.org.ar/formacion-academica/posgrado-internacional-en-politicas-culturales-de-base-comunitaria/

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(*Atenção: para concorrer a uma das bolsas, é necessário inscrever-se através da plataforma Mapa IberCultura Viva. As pessoas que não tenham sido selecionadas no edital e/ou aquelas que não são provenientes dos países integrantes do programa IberCultura Viva podem se inscrever pagando a matrícula do curso diretamente com FLACSO Argentina.)

16

dez
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Conselho Intergovernamental aprova o Plano Operativo Anual de 2022 em reunião com a participação do Paraguai

Em 16, dez 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

Representantes de 11 países membros de IberCultura Viva participaram da reunião do Conselho Intergovernamental realizada por videoconferência na terça-feira, 14 de dezembro. Esta última reunião do ano teve por finalidade apresentar informes técnicos, avaliar as iniciativas do Plano Operativo Anual (POA) executadas durante 2021, debater e aprovar as atividades propostas pela Unidade Técnica para o POA de 2022, além de dar as boas-vindas oficialmente ao Paraguai como país convidado. Vinte e cinco pessoas estiveram presentes no encontro.

As propostas apresentadas no planejamento haviam sido trabalhadas previamente pelas equipes técnicos dos países que formam o Comitê Executivo (Chile, Colômbia e Costa Rica), e aprovadas em 30 de novembro, na última reunião deste comitê, que contou também com a presença de representantes da presidência e da vice-presidência do programa (México e Argentina, respectivamente).

Entre as principais atividades que fazem parte do Plano Operativo Anual, já com data de lançamento prevista, estão o Edital de Bolsas para o Curso de Pós-graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária, cujas inscrições têm início nesta sexta-feira, 17 de dezembro, e o Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022, que abrirá no dia 14 de janeiro. Os dois editais contam com a participação do Paraguai.

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O (re)ingresso do Paraguai

A agenda do dia começou com as boas-vindas ao governo paraguaio, representado na reunião pelo diretor geral de Diversidade, Direitos e Processos Culturais da Secretaria Nacional de Cultura, Humberto López La Bella, e a diretora de Apoio a Espaços Culturais, Mariela Muñoz Barresi. Antes de passar a palavra a eles, o secretário técnico de IberCultura Viva, Emiliano Fuentes Firmani, agradeceu Humberto e Mariela pelo esforço que fizeram para que o país aceitasse o convite feito pelo programa, para que participassem das atividades em 2022, passados cinco anos de sua saída. (Paraguai foi um dos primeiros países que aderiram a IberCultura Viva e esteve presente no Conselho Intergovernamental até abril de 2016).

“Para nós, é um passo importante reingressar a IberCultura Viva”, comentou Humberto López La Bella, ressaltando também a contribuição de alguns representantes de organizações para que o país pudesse estar novamente no programa, como país convidado neste momento, e com a convicção de que o próximo ano possa estar como país pleno. O diretor mencionou, ainda, que este ano se retomou no Paraguai o programa Pontos de Cultura, “como uma política importante da Secretaria Nacional de Cultura”, e se criou a mesa técnica de Cultura Viva Comunitária, “com setores que estão ativados e ávidos por participar de IberCultura Viva”. 

A participação do Paraguai, que se iniciou em 1º de dezembro, se dará pelo período de um ano, com algumas condições. Nos editais em que não há concessão de recursos financeiros, como a de bolsas que se abrirá esta semana, o país convidado terá a mesma quantidade de vagas que os países membros. Nos ediais com concessão de recursos a redes ou organizações, o país convidado poderá participar em 50% do total de vagas previstas para países membros. (Caso não se complete o total, se completa a do país convidado.) No caso de concursos, a participação do país convidado não terá restrições.

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Conquistas em meio às dificuldades

“O fato de que o Paraguai se integre ao programa depois de ter estado por um tempo é algo que nos emociona muito”, afirmou Esther Hernández Torres, diretora geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura do Governo do México e presidenta do Conselho Intergovernamental. 

Além das palavras de boas-vindas ao país que agora se soma ao programa, Esther Hernández festejou os 10 anos de Pontos de Cultura da Argentina (“uma referência importantíssima para este programa”) e também a Brasil, pela apresentação da Carta de Direitos Culturais de Niterói, que teve como principal inspiração a Carta da Cidade de San Luis Potosí pelos Direitos Culturais, em uma ação de cooperação que se desenvolveu no âmbito da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. 

“Apesar das dificuldades, tem havido importantes conquistas”, afirmou a presidenta, recordando que, este ano, as atividades começaram em abril e, ainda assim, se fez muito. Entre as iniciativas destacadas estão a realização do seminário Memórias Vivas, que distribuiu 91 bolsas para pessoas de 14 países; o lançamento do GT de Sistematização, que reuniu 59 pesquisadores/as de 10 países; o concurso de vídeos “Juventudes e cultura comunitária”, que premiou 10 curtas; o Edital de Apoio a Redes 2021, que teve 20 projetos selecionados, e o concurso Sabores Migrantes Comunitários, que recebeu 48 receitas de 10 países.

Esther Hernández também mencionou os bons resultados do curso de pós-graduação que o programa realiza com FLACSO-Argentina desde 2018, e o crescimento da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais, que em 2021 contou com a incorporação de cinco municípios, uma província e um estado. “Criaram-se estatutos internos, foram publicadas duas cartas de Direitos Culturais e houve dois encontros de Cultura Viva com formato híbrido, entre Zapopan e Xalapa. Se tem um orçamento inédito para 2022, e haverá muitas boas notícias no recurso destinado para organizações culturais”, assegurou.

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Avanços do Espaço Cultural Ibero-americano

Durante a reunião, Sara Diez Ortíz de Uriarte, técnica do Espaço Cultural Ibero-americano, comentou o que tem passado no âmbito da Cooperação Ibero-americana, algumas mudanças e novidades. Uma das principais foi a eleição, em novembro, do novo secretário geral ibero-americano, o chanceler chileno Andrés Allamand, que se incorporará à SEGIB no ano próximo (a economista costa-ricense Rebeca Grynspan, que era titular da Secretaria Geral Ibero-americana, deixou o cargo em setembro).

Sara lembrou, ainda, que se realizou em outubro a reunião de ministros e ministros de Cultura, sob a Secretaria Pro Tempore da República Dominicana, país que em 2022 será sede da XXVIII Cúpula Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo. A reunião foi celebrada em formato virtual, e no fórum foram apresentados um informe executivo das atividades dos últimos dois anos e um breve informe do que realizaram os 13 programas de cooperação, inclusive IberCultura Viva.

“Foi uma reunião de continuidade de mandatos, para seguir trabalhando na elaboração de políticas culturais para o desenvolvimento, conjuntamente com os países ibero-americanos. O ano de 2022 foi designado, no âmbito ibero-americano, como o Ano da Cultura e do Desenvolvimento Sustentável, e um dos nossos mandatos é o de implantar uma estratégia para a identificação dos aportes da cultura para a Agenda 2030”, contou.

O desenho da Estratégia Regional de Cultura e Desenvolvimento foi encomendado à SEGIB, em coordenação com a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), em outubro de 2019, durante a XX Conferência Ibero-americana de Ministras e Ministros de Cultura, celebrada em Bogotá, Colômbia. Esta ferramenta dedica especial atenção à diversidade cultural, às indústrias culturais e criativas, ao património cultural e à igualdade de gênero. “A ideia é ir desenvolvendo reuniões bilaterais com os países, chancelarias e agências de cooperação e estabelecer um plano de trabalho com cada país”, declarou a técnica do Espaço Cultural Ibero-americano. 

Sara Díez também destacou a celebração da Conferência Mundial de Políticas Culturais (Mondiacult), que se realizará no México em setembro de 2022, quando se completam 40 anos desde Mondiacult 1982, e o 8º Congresso Ibero-americano de Cultura, que ocorrerá no ano que vem em Portugal. Segundo ela, haverá reuniões com os programas de cooperação para definir sua participação de maneira conjunta, porque para além das reuniões ministeriais de cultura, os congressos pretendem ser um foro de articulação com a sociedade civil. “Gostaríamos que várias iniciativas do IberCultura Viva pudessem ser compartilhadas neste congresso”, comentou.

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Acordos e compromissos

Além da aprovação do POA 2022 e as condições para a participação do Paraguai como país convidado, este encontro virtual teve alguns acordos e compromissos firmados com respeito a assuntos administrativos, como formas alternativas de pagamento de cotas, a manutenção da Unidade Técnica em Buenos Aires (Argentina), a renovação de contratos da equipe e mudança da secretaría técnica a partir de março (uma substituição que estará a cargo do governo da Argentina), entre outros. 

Os representantes governamentais também acordaram que os países que desejem realizar algum intercâmbio, devem apresentar um projeto e comprometer-se a cobrir algum tipo de gasto da atividade, com o objetivo que todo o pagamento não recaia no fundo do programa. 

A próxima reunião presencial do Conselho Intergovernamental está prevista para ocorrer em março de 2022, no México. A presidência do programa se comprometeu a propor as datas antes do fim do ano.

 

 

16

dez
2021

Em Notícias

Por IberCultura

GT de Sistematização se reúne para discutir um roteiro para 2022 e redefinir as comissões de trabalho

Em 16, dez 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

O Grupo de Trabalho de Sistematização e Divulgação de Práticas e Metodologias de Políticas Culturais de Base Comunitária (GT de Sistematização) do programa IberCultura Viva se reuniu na quinta-feira, 9 de dezembro, para discutir a rota para o próximo ano. Além de debater algumas propostas apresentadas anteriormente ao encontro, como a instalação de um seminário permanente e de um repositório ou revista digital, o grupo propôs mais algumas reflexões e acabou redefinindo as equipes de trabalho para 2022. 

O GT de Sistematização tem 59 membros de 10 países. Estas pessoas, que foram selecionadas por chamada pública, foram inicialmente distribuídas em três comissões: “Marcos teóricos das políticas culturais de base comunitária”, “Políticas públicas e governança cultural” e “Trabalho territorial e organizações culturais comunitárias”. Estes grupos foram propostos pela Unidade Técnica do IberCultura Viva como forma de organizar os trabalhos, mas a sua ordenação muda a partir deste mês, de acordo com as observações feitas durante o encontro. Participaram desta reunião por videoconferência 37 pessoas, entre membros do GT, equipe da Unidade Técnica, representantes da presidência e da vice-presidência do programa. 

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Uma primeira sistematização

No início do encontro, Elena Román, professora-pesquisadora da Universidade Autônoma da Cidade do México (onde coordena o Observatório de Políticas Culturais), apresentou um mapa conceitual que desenvolveu a partir da revisão dos vídeos das sessões anteriores do GT. Para propor um exercício de percurso, ela procurou tornar visual o que foi proposto nos três espaços de trabalho que as comissões realizaram em outubro e novembro, e que tem a ver com a forma como cada uma das equipes se inter-relaciona. 

Na sessão de abertura do Grupo 1 (“Marcos teóricos”), por exemplo, a pesquisadora observou que surgiram elementos relacionados às políticas culturais e ao trabalho territorial, e pouco se falou sobre conceitos específicos, o que a fez pensar em outras possibilidades, como o estabelecimento de áreas de aderência. “Podemos estabelecer alguns elos entre o grupo 1 e o grupo 2, que gerariam outro espaço de trabalho, o que nos permitiria trabalhar em processos de diferenciação e integração. Podemos ver o mesmo com o grupo 3 e o grupo 1, e o grupo 2 com o grupo 3 ”, sugeriu. 

Segundo Elena Román, nos vídeos há um elemento de expectativa e desejo que está ligado a isso: que as narrativas, experiências e práticas das organizações comunitárias se tornem evidentes. “Este é um elemento importante que temos que levar em conta nas decisões: estabelecer alguns momentos, vários espaços, primeiro o trabalho diferenciado, depois o trabalho inter-relacionado”, disse.

Por outro lado, algo que ficou explícito nos três grupos é que muitos dos participantes deixaram claro o motivo por que estavam ali e houve narrativas de que pesquisas estão sendo feitas ou projetos estão sendo produzidos. Para ela, essas pesquisas e/ou projetos podem ser insumos para o trabalho, e seria interessante tentar potencializar o que está sendo gerado em cada um desses espaços. 

Além da produção, a pesquisadora propõe que sejam levados em consideração posicionamentos, perfis e contextos. “Dentro dos grupos pode ser muito nutritivo, em termos de experiência, algo muito poderoso, porque são muitos os que trabalham em organizações comunitárias e estão aqui apenas para este exercício, e em termos de ponderação serão vozes importantes”, afirmou. comentou, destacando que no GT também tem quem faz parte da academia, e quem faz parte de instituições públicas, que tomam decisões e, ao mesmo tempo, estão vinculadas às organizações.

“O que nos integra é a necessidade dessas experiências, práticas, narrativas e vozes no que diz respeito aos objetivos que imaginamos serem os das organizações culturais de base comunitária”, disse Elena, que considera legítimas as expectativas e propostas feitas, mas preocupa-se em viabilizar o trabalho com os tempos e possibilidades de participação disponíveis. “Seria bom se nesta rota nos posicionássemos quanto ao tempo e em termos práticos e operacionais”, recomendou.  

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Um guia de autoavaliação

Após a apresentação de Elena Román, outro mexicano, Rafael Paredes Salas, consultor em direitos culturais e presidente da associação Traza Social, vinculada à Universidad Iberoamericana de Puebla, comentou que na sexta-feira, 10 de dezembro, seria apresentado o exercício de autoavaliação das políticas culturais de base comunitária na cidade de Xalapa, um dos municípios integrantes da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. A ele também coube acompanhar a implementação deste guia na cidade de Zapopan alguns anos atrás.

O “Guia de autoavaliação de políticas culturais de base comunitária” elaborado por Rafael Paredes é o resultado do projeto de pesquisa “Avaliação e fortalecimento de políticas culturais de base comunitária no Espaço Ibero-americano” e pretende ser uma ferramenta útil e acessível para governos locais e organizações regionais interessadas em rever suas ações e construir uma agenda participativa, colaborativa e intersetorial. 

“O guia tem pontos fortes, mas alguns pontos fracos. Uma das fragilidades é que entra com força nos conceitos que o Movimento Cultura Viva Comunitária vem utilizando, e também força o diálogo com a Agenda 21 da Cultura, que está na base do guia. Sinto que existem alguns conceitos que o guia não contempla, ou contempla, mas como uma explicação adicional. Por outro lado, é muito extenso. Acho que uma nova versão do guia mais adequada seria mais curta, com alguns itens reformulados para que venham em uma linguagem mais adequada, com conceitos mais adequados ao que está sendo trabalhado no nível territorial, e que seja mais explicativo “, disse ele.

Além de divulgar o site para que os participantes do GT conheçam esse instrumento, Rafael Paredes mencionou a possibilidade de o grupo ingressar no Mondiacult por meio de um pré-encontro. (Em 1982, o México sediou a Mondiacult, a Conferência Mundial sobre Políticas Culturais. O próximo ano marcará quatro décadas dessa conferência e o México sediará a segunda edição da Mondiacult.) A UNESCO está convocando pré-reuniões de Mondiacult sob o esquema Resiliart, que são os diálogos que começaram a ocorrer após a pandemia para refletir sobre os diferentes problemas que o setor cultural está passando.

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Uma base conceitual

Em representação do Observatório da Diversidade Cultural, grupo de pesquisa vinculado à Universidade do Estado de Minas Gerais e à Universidade Federal da Bahia (Brasil) que conta com nove integrantes no GT de Sistematização, a gestora e pesquisadora Giselle Dupin comentou que, para eles, a divisão em três grupos de trabalho não parecia muito produtiva. “No primeiro grupo, para a discussão dos conceitos, por exemplo, achamos que seria interessante a participação de todos. Para que os outros possam acompanhar, é preciso primeiro conhecer os conceitos ”, afirmou a pesquisadora brasileira, que também havia proposto o estabelecimento de indicadores como uma questão de metodologia para que as experiências possam ser comparáveis.

Quem também aderiu à sugestão do Observatório de ter uma base conceitual que lhes permita avançar, se possível com uma participação mais ampla no primeiro espaço de trabalho, foi o colombiano Nicolás Lozano, cientista político vinculado ao Instituto Distrital de Patrimônio Cultural da cidade de Bogotá que tem trabalhado em questões de interculturalidade, acesso do cidadão aos direitos culturais, patrimônio tangível e imaterial, memória cultural, sistemas de participação cultural e aplicação de mecanismos de cooperação cultural entre países, organizações multilaterais, ONGs e comunidades.

Para Nicolás, seria interessante pensar nos mecanismos de comunicação que podem existir entre os três grupos de trabalho, internamente, mas sobretudo no nível conceitual, “como se entende a articulação entre os processos comunitários e a academia, entre os processos comunitários e a institucionalidade, como o conhecimento é transferido entre a academia e a institucionalidade, como essas reflexões acadêmicas passam a influenciar a geração de políticas públicas institucionais e como os processos comunitários também afetam o pensamento acadêmico”.

Outra questão abordada pelo cientista político, em termos mais territoriais e de intercâmbio de processos, é como as políticas culturais viajam. “Estamos falando em um contexto latino-americano e é muito interessante ver como essa difusão ou esse espaço de transmissão e apropriação de políticas culturais ocorre em diferentes níveis, entre instituições, entre comunidades. O trabalho em rede fez com que a informação circulasse muito mais rápido do que se falássemos sobre outras experiências na cultura e nas artes”, afirmou.

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Uma proposta de seminário

A argentina Rosario Lucesole, que foi consultora de projetos do IberCultura Viva até o primeiro semestre deste ano, participa do GT de Sistematização como mestranda em Estudos Culturais na América Latina pela Universidade de Buenos Aires (UBA) e como Pró-secretária de Vinculação Comunitária e Bem-Estar Universitário na Área Transdepartamental de Formação de Professores da Universidade Nacional das Artes.

Em sua fala, Rosário disse concordar com o que disse Giselle Dupin, que talvez a divisão por temas não seja a mais adequada para o tipo de processo que se pretende realizar. “Para mim, existem dois tipos de tarefas que estamos a imaginar: uma que tem a ver com a configuração de um marco teórico que todos conhecemos e que ao mesmo tempo concordamos, e por outro lado, o caminho da sistematização, que como bem diziam as companheiras, exige uma metodologia consensual”, opinou.

Para o campo da sistematização, ela se propôs a imaginar uma oficina onde quem já tem mais experiência no assunto possa compartilhar algumas das metodologias que considera mais valiosas e necessárias para esse tipo de tarefa, para então poderem definir um corpus juntos. No que se refere ao referencial teórico, a proposta é a de um seminário permanente que lhes permita discutir os conceitos que cada um vem trabalhando, abordando diferentes questões a partir de diferentes enfoques.

À ideia de preparar seminários (um por mês a partir de fevereiro ou março) proposta por Rosário foram acrescentadas algumas contribuições de conceitos que poderiam ser abordados, tais como: cultura comunitária, políticas públicas e cultura comunitária, bem viver, cultura colaborativa, memórias e museus comunitários, governança cultural comunitária, economia social, inclusão digital, gênero, diversidade e cultura comunitária, educação e cultura comunitária, infância e juventude.

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Algumas contribuições coletivas

No documento que foi divulgado antes da reunião, também foi proposta a criação de um repositório de trabalhos abordando esses temas – como um trabalho prévio à montagem dos seminários. A ideia é que a enumeração dos tópicos delineados sirva de linhas para agrupar esses trabalhos, ao mesmo tempo que lhes permitiria pensar em subgrupos para montar os seminários de acordo com os temas que cada um mais trabalha. Essa tarefa anterior permitiria aos participantes se organizarem para trabalhar de acordo com a relevância da pesquisa e com leituras comuns a partir da contribuição coletiva. 

Ao comentar as propostas apresentadas, o secretário técnico do IberCultura Viva, Emiliano Fuentes Firmani, comentou uma questão levantada por Elena Román, a respeito das expectativas de quem realiza trabalhos de pesquisa, tanto no estímulo ao desenvolvimento da pesquisa como na divulgação. “A proposta de uma revista digital ou de algum tipo de publicação específica, a ideia de repositório e outras me parece que contribui para esse acúmulo de conhecimento construído a partir do meio acadêmico e da necessidade de fortalecê-lo e aprimorá-lo”, afirmou.

No que diz respeito à discussão sobre o vínculo ou troca de saberes entre o que se produz nas organizações e o que se produz academicamente, Emiliano mencionou a possibilidade de uma tarefa de estruturação de mecanismos, eventos e espaços de trabalho. “É interessante pensar em um encontro de troca de saberes, ou diálogo de saberes, promovido por esse grupo de trabalho, que também convide as organizações a participarem”, sugeriu.

A implantação de um sistema de informação, segundo ele, é outro espaço de trabalho que parece uma linha concreta de ação. Quais são os princípios metodológicos que vamos compartilhar para estabelecer o sistema de informação? Quais são as categorias que vamos pesquisar? Tudo isso é um trabalho específico e também poderia ser realizado por meio de responsabilidades, por isso falo em comissões ”, comentou.

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As comissões de trabalho

Sobre a conformação inicial das três comissões, o secretário técnico disse que a ordem do GT será alterada, uma vez que as comissões temáticas não parecem operativas quando se pensa no trabalho. “A ideia das comissões não é que sejam estanques, é que haja responsáveis, mas que todos possamos participar e todos contribuir para cada uma das propostas que se organizam”, explicou. “Se vamos trabalhar com a questão da divulgação e promoção da pesquisa, quem vai se responsabilizar por essa mudança? Não vai andar sozinho, vai andar com a contribuição de todos ”. 

Especificamente, o que Emiliano lhes propôs foi que algumas pessoas pudessem começar a trabalhar no processo de estimulação e divulgação da pesquisa, e isso incluiria montar o repositório, pensar na publicação, tentar fazer orçamento, tentar acertar os tempos … Outro grupo poderia trabalhar na sistematização, pensando também na possível articulação do conhecimento com o que vem ocorrendo no campo, mais especificamente com o setor comunitário, sem recorte particular temático; as organizações culturais que têm trabalhado e refletido, como fazemos essa ligação e como construímos a partir de eventos. 

“Podem ser círculos da palavra, se quisermos levar o nome que o movimento vem tratando; outros espaços de laboratório que podem ser elaborados no ano com uma agenda de reuniões, talvez pensando que o corolário desse processo poderia estar no marco do Congresso Latino-Americano de Cultura Viva Comunitária, pensando também em quais recursos seriam necessários para tal “, ele apontou. 

O terceiro grupo de trabalho seria para o sistema de informação, basicamente. “Descontando o seminário, que seria transversal a todos esses trabalhos, e que talvez o que pudéssemos fazer é refinar um pouco mais as propostas temáticas e começar a propor dentro dessas propostas quem pudesse preparar para a discussão a partir de certas bibliografias ou certas linhas de pensamento”, ele comentou.

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Um ponto de partida

A primeira que se ofereceu para coordenar uma das tarefas, o tema dos seminários e da montagem dos repositórios de trabalho, foi Clarisa Fernández, pesquisadora e professora argentina que trabalha há sete anos com o tema do teatro comunitário. Nos últimos três anos, ela começou a trabalhar com questões vinculadas às políticas públicas culturais, em sua relação com organizações culturais comunitárias, em seu trabalho com o Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET / Universidade Nacional de La Plata). 

“Como disse a Elena, podemos partir do que já foi feito, e daí ver que trabalhos conceituais já foram feitos a partir destas linhas temáticas. Isso nos ajudará a nos concentrar na preparação deste seminário permanente. Quem tem trabalhado com o conceito de políticas culturais comunitárias, quem tem trabalhado com saúde, com determinados temas, e a partir desta organização poder começar a reunir os grupos para avançar na montagem dos seminários ”, afirmou Clarisa.

Rocío Orozco, gestor cultural comunitária, vinculada à organização CulturAula e à Universidade Jesuíta de Guadalajara ITESO (México), é quem vai começar a coordenar aqueles que querem se unir para pensar estratégias de articulação com o diálogo de saberes dos setor comunitário com essa sistematização, com esse processo, e qual poderia ser o caminho para esse trabalho conjunto. A coordenação do terceiro grupo de trabalho, que tratará do sistema de informação, esteve a cargo de Elena Román.

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Alguns passos firmes

Ao final do encontro, Diego Benhabib, coordenador do programa Pontos de Cultura da Argentina e representante da vice-presidência do IberCultura Viva, comemorou o nível de participação que tem havido no GT de Sistematização e considerou o processo “muito rico” de elaboração e o nível de propósito que tiveram. 

“É extremamente gratificante trabalhar assim. O caminho que Emiliano está propondo e que eles vêm trabalhando coletivamente é viável, e é algo desejável que temos no Conselho Intergovernamental há muito tempo. No início do programa, o tema do observatório era um anseio, uma vontade que estava lá longe, que não sabíamos como iria evoluir. Acredito que o que este grupo de trabalho tem feito é esclarecer esse caminho e avançar com passo firme. Um primeiro passo firme, uns dois primeiros passos firmes para estar no caminho que almejamos há muito tempo”, destacou o representante da Argentina no programa.

Diego Benhabib também comentou que há propostas de diferentes teores, algumas que têm mais a ver com operacionalidade, com as possibilidades concretas de fazer por meio de projetos, iniciativas, pequenas linhas de trabalho, e há outras que são pensadas em termos mais estruturais e longo prazo. “Acredito que apontar nos dois sentidos, e que os dois sentidos não estejam dissociados, é o que nos vai permitir seguir o caminho certo”, frisou.

A próxima reunião do GT de Sistematização está marcada para a primeira quinzena de fevereiro de 2022. A ideia é que Clarisa, Rocío e Elena coordenem as propostas recebidas, as contribuições, e em fevereiro o GT começará a trabalhar no calendário e na realização dos seminários.

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Comunitária

08

dez
2021

Em Destaque
EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Conheça os vídeos ganhadores do concurso “Juventudes e cultura comunitária”

Em 08, dez 2021 | Em Destaque, EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

Arte? Arte para quê? Para quem? Por que pensar em cultura quando nosso mundo se quebra? O que significa arte para a juventude de uma cidade? As respostas a estas perguntas se ensaiam nas ruas, museus, centros comunitários e espaços culturais independentes na cidade de San Luis Potosí (México), e cada ensaio propõe o mesmo à sua maneira, como se vê no vídeo Baile en la KY, um dos 10 selecionados no concurso “Juventudes e cultura comunitária – O protagonismo dos e das jovens como agentes de mudança social”, lançado este ano pelo programa IberCultura Viva. 

A lista de curtas ganhadores, anunciada em 30 de novembro, mostra que assim como ocorre na cidade de San Luis Potosí, as perguntas e respostas se repetem em outras comunidades da região ibero-americana, com jovens de diferentes perfis e realidades e que têm em comum o fato de liderar processos comunitários.

Dez histórias, cada uma com até 3 minutos de duração, mostram realidades diversas que vivem dia a dia os/as jovens da região. Entre elas estão um torneio de dança na rua com artistas independentes, um desfile de moda em uma favela brasileira, uma horta urbana cuidada por jovens e pessoas da terceira idade, uma agrupação feminina que leva adiante uma cuerda de candombe. Jovens que se dedicam a preservar o som jarocho, uma das tradições musicais e comunitárias mais antigas do sudeste mexicano. Jovens guerreiros do asfalto que fomentam um espaço de criação com a cultura hip hop, dançando breaking e popping nas ruas colombianas. Jovens que fazem caminhadas para dar a conhecer o patrimônio natural e cultural cusquenho.

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OS VÍDEOS PREMIADOS

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  1. “Galería Taquera: Arte donde sea” (México) – Eugenia Ramírez

Galería Taquera: Arte donde sea” é um projeto que promove o trabalho de artistas emergentes e aproxima a arte dos vizinhos de Ciudad Neza. Esta videocápsula mostra os desafios e realidades do trabalho artístico coletivo da periferia desde o primeiro posto de tacos, onde também se pode ver arte.

O vídeo é uma criação do coletivo BORDO, uma plataforma de encontro nascida em 2016, cujo fim é gerar redes entre atores culturais, artísticos e comunidade no município de Nezahualcóyotl. Desde BORDO se produzem, difundem e impulsionam diversos projetos artísticos e culturais em espaços não convencionais, com o objetivo de que habitantes e criadores das periferias desfrutem de sua criatividade.

Participaram da elaboração do vídeo: Adrián Coss, Brian Martínez, Felipe Castillo, Eugenia Ramírez, Román Ochoa y Roman Olayo.

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2) Cobertura Colaborativa do Favelinha Fashion Week (Brasil) – Aline Stephani da Silva/ Voz do Mundo Lá da Favelinha

O Centro Cultural Lá da Favelinha é uma iniciativa independente e sem fins lucrativos que surgiu em 2015 no Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte. Começou com uma oficina de rap e uma biblioteca comunitária e, diante das demandas da comunidade por outras atividades culturais, formou-se um espaço comunitário e de formação profissional, que atende, principalmente, crianças e jovens da comunidade. 

A Cobertura Colaborativa do 7º Favelinha Fashion Week é um produto do núcleo audiovisual da oficina de Comunicação do Centro Cultural Lá da Favelinha, de Belo Horizonte. Divididos em quatro frentes – vídeo, áudio, reportagem e produção –, os alunos atuaram em todo o processo de produção do vídeo, desde a elaboração.

Favelinha Fashion Week é um evento de moda que busca promover grupos culturais, marcas independentes e a economia local através dos desfiles. A ideia é apresentar uma nova forma de fazer moda, inovadora, diversa e sustentável, e revelar modelos e artistas que moram no Aglomerado da Serra.

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3) Huerta Urbana Cultivando Sueños (Colômbia) – Valentina Contreras

A horta urbana Cultivando Sueños é um projeto de inovação social que busca a participação cidadã e a transformação social. Localizada no bairro Sidauto, em Engativá (Bogotá, Colômbia), tem como propósito fortalecer a participação de múltiplos atores e gerações, criando uma comunidade ativa através do empoderamento, marcado por processos cooperativos e participativos. 

A iniciativa está vinculada ao Centro de Transformação Social – Uniminuto, que define seu trabalho no âmbito do fortalecimento da dimensão social e humana do desenvolvimento em nível local, regional e nacional, buscando contribuir para a criação de processos de transformação social a partir do conhecimento e de propostas de ação social.

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4)   Baile en la KY (México) – Diana De Avila Palafox

O curta “Baile en la KY” é uma reflexão sobre o Torneio de Dança na KY, realizado por Trazos Urbanos 2.0 em 26 de setembro de 2021, em torno do poder da juventude e da arte para incidir na comunidade e mudar suas relações com o espaço público.

Trazos Urbanos 2.0 é um coletivo de jovens da cidade de San Luis Potosí (México) que desde 2019 se dedica a incentivar os vínculos entre artistas locais e a comunidade, o uso do espaço público e a defesa dos direitos culturais. O vídeo é uma criação coletiva de Diana De Avila Palafox, Diana Olivares, Emilio Palomino e Miguel Ángel Leija.

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5) Guerreros del Asfalto (Colômbia) – Karen Luisangela Guedez Toro 

Guerreros del Asfalto é uma organização artística que impulsiona um espaço de criação com a cultura hip hop. Em essência, Guerreros del Asfalto nasce em um cenário “street” e vive a dança a partir desta mesma encenação, arriscada, empírica e transgressora, na qual o dançarino/intérprete manifesta estratégias musicais, próprias da linha que se implementa no grupo, dentro da particularidade de sua formação em breaking ou popping.

O vídeo, que parte do trabalho de bailarinos de dança urbana com trabalho artístico de rua, é uma criação de Edinson Ferley Omana Duque, Karen Luisangela Guedez Toro, Sergio Ivan Uribe Osorio, Luis Miguel Torres Montilla, Gustavo Adolfo Torres Pimiento, Luis Felipe Perez Granados, Diego Fernando Molina Oliveros, Kerwuin Jose Lopez Leon e Yoelmi Alexander Arenas.

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6) Caminando hacemos cultura (Perú) – Ana Gabriela Pumacayo Marcabellaca 

O Club de Caminantes – Cusco é uma associação cultural que tem como principal objetivo promover o conhecimento e conservação do patrimônio cultural da região através de atividades que envolvem, principalmente, excursões ao ar livre.

“Caminando hacemos cultura”, o vídeo apresentado ao concurso “Juventudes e cultura comunitária”, mostra uma das atividades realizadas pelo clube: as caminhadas culturais. Essas caminhadas buscam ensinar aos jovens de Cusco sobre o patrimônio natural e cultural. O curta apresenta as dinâmicas geradas no desenvolvimento do caminho educativo, cultural e espiritual em que embarcam os participantes.

O vídeo é uma criação de Diana Karol Pumalunto Soto, Ana Gabriela Pumacayo Marcabellaca, Luz Milagros Gárate Rivera, Agustín Ccama Gómez, Jhon Cristopher Mora Frisancho, Breiner Wildert Oquendo Montoya, Luis Angelo Serrano Paucarmayta e Noam Israel Campos Monteagudo.

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7) La alegre semilla de la unión barrial (Costa Rica) – Kendall Badilla Barrantes 

“La alegre semilla de la unión barrial” demonstra o protagonismo de crianças e jovens de Rositer Carballo durante a emergência sanitária pela Covid-19. Esta iniciativa autônoma tem fortalecido a união do bairro em prol do bem-estar de todos os setores da comunidade, incidindo na construção coletiva e intergeracional da esperança por vidas mais dignas.

Kendall Badilla Barrantes, realizadora do trabalho, é residente de La Uruca e estudante da Universidade de Costa Rica. Seus interesses giram em torno de gênero e sexualidade, meio ambiente, educação e cultura, ação social, violência e poder e saúde mental. 

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8) Viaje al Apu Sipong (Peru) – Juan Junior Prado Reyes 

“Viaje al Apu Sipong” é a história de Sebastián, um menino que vive no pé da montanha “Campana” junto ao avô Percy. Um dia, motivado pelas histórias que o avô lhe contava e devido à enfermidade que padecia, decide aventurar-se em busca de uma planta medicinal que poderia salvar a vida do avô. Ao amanhecer, Sebastián decide partir para a montanha em companhia do amigo Diego, e no caminho eles encontram Rosita.

Juan Junior Prado Reyes, Jhorsh Millher Hermenegildo Ibañez e Anghely Luz Vera Farfán são os autores deste trabalho, representando Apoyarte Perú, uma associação sem fins lucrativos que inicia suas atividades em 2015 promovendo obras de teatro, oficinas artísticas e intervenções culturais em zonas vulneráveis e distantes da cidade. A organização conta com três linhas de ação: educação, patrimônio cultural e artes vivas.

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9) Fragmentos de un sueño sonoro (Argentina) – Ariana Mikaela Moyano Prieto 

Em “Fragmentos de un sueño sonoro”, Mikaela Moyano reflexiona sobre a importância dos espaços de criação coletiva transitando pelas ruas de seu bairro enquanto entoa uns versos; depois se encontra dentro de um sonho sensível e sonoro repleto de símbolos. Ali ela se vê a si mesma como narradora de seu próprio sonho e como impulsora de um movimento de mulheres tamboreiras que de maneira conjunta e horizontal cobram visibilidade em seu entorno social. O bairro de Los Chañaritos é o telão dessa história real, que tem como coautor Mariano Vélez.

Mikaela criou há dois anos no bairro uma agrupação feminina e cuerda de candombe chamada “Mulatas De Río”, onde se experimenta a criação coletiva musical e livre das participantes. A maioria das mulheres são jovens e dividem múltiplos processos de vida a partir do tambor, como a criação de seus filhos/as, a tomada de terra e a construção de casas de barro. Na rede de artistas locais há mais de 10 anos vêm articulando atividades tanto em nível local como regional. Entre elas se destacam o Carnaval de Los Chañaritos, com cinco edições, a Feira Artesanal e Cultural de La Bolsa e a Feira Agroecológica. 

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10) Porque aquí se tocaba (México) – Pedro Cirilo Chavez Dominguez 

Pedro Chávez é um jovem que junto a seu professor difunde e preserva o som jarocho, uma das tradições musicais e comunitárias mais antigas entre as zonas afro, indígenas e mestiças do sudeste mexicano. Pedro participa do grupo musical Leyendas del Son, que representa o Centro Cultural Papalotl, um espaço independente onde se fomenta a preservação, difusão e promoção do som jarocho e seus processos culturais e comunitários no sul do estado de Veracruz.

Este vídeo foi realizado de forma coletiva no Centro Cultural Papalotl como parte de suas atividades dentro da oficina de cinema comunitário e memória oral, sob o assessoramento de Pedro Chávez, Abraham Ávila e José Ignacio Molina. Os dois primeiros dividem a autoria do trabalho con Jorge Maya. 

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03

dez
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Pontos de Cultura: uma década promovendo a cultura comunitária, pluriétnica, diversa e popular na Argentina 

Em 03, dez 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

Texto: Puntos de Cultura
Fotos: Soledad Amarilla/Ministerio de Cultura de la Nación

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O programa Pontos de Cultura da Argentina, inspirado no Cultura Viva do Brasil, completou 10 anos fortalecendo a cultura popular comunitária através de uma ampla rede de organizações e coletivos que continua em expansão em todo o país e representa  políticas públicas que promovem a diversidade cultural da América Latina.

A primeira década de vida de Puntos de Cultura (PDC) foi celebrada semanas atrás com um encontro em Tecnópolis, com a participação do ministro de Cultura, Tristán Bauer, e a deputada brasileira e criadora da Lei de Cultura Viva, Jandira Feghali, como principal convidada.

O secretário nacional de Gestão Cultural, Maximiliano Uceda, foi o encarregado de abrir o encontro e dar as boas-vindas aos representantes de organizações sociais comunitárias que formam parte da Rede Nacional de PDC, protagonistas de uma jornada que incluiu oficinas, rodas de conversa e espetáculos.

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Ao nascer, em 2011, PDC reunia 98 organizações sociais comunitárias e comunidades indígenas. Hoje, a Rede Nacional de PDC está integrada por mais de 1.200 coletivos e mais de 1.600 projetos, através dos quais se promove a cultura solidária, a inclusão social, as identidades locais, a participação popular e o desenvolvimento regional através da arte e da cultura.

Durante a pandemia, o orçamento destinado ao programa Pontos de Cultura, que sofreu cortes por parte do governo neoliberal de Mauricio Macri (2015-2019), representou um investimento histórico, com um Aporte Econômico Extraordinário e uma VII Convocatória Nacional que encerrou com a inscrição de 942 novos projetos. 

O secretário Uceda lembrou que o programa “nasceu em um momento expansivo de nossa Pátria Grande, onde podíamos pensar em nós integralmente como um continente país, um continente nação. E podíamos tomar políticas de outros países e explorar com as mesmas políticas de futuro e de território”.

O Ministério de Cultura, explicou Uceda, reconhece na comunidade a base da construção de sentido, de cidadania, de história e de cultura, e entende o território e a quem compõem o território, que são as organizações, como o motor de mudança e cimento das políticas públicas.

A deputada Jandira Feghali, o ministro Tristán Bauer e o secretário Maximiliano Uceda (Foto: Mauro Rico)

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Na abertura, o ministro Bauer assegurou que o programa é “a coluna vertebral” de sua gestão. Para a Argentina, “é um programa fundamental, que temos expandido, ao qual temos dado um crescimento exponencial e vamos seguir fazendo”, e inscreveu estas iniciativas “na Pátria Grande, na unidade latino-americana e na diversidade cultural”.

Bauer advertiu sobre as pressões externas que “tratam de transformar a nós, latino-americanos, em consumidores de uma única monolítica cultura hegemônica, e a isso dizemos não. Hoje comemoramos os 10 anos de PDC, mas este programa nasceu no Brasil de Lula, de Gilberto Gil. Sempre temos que voltar a esses dias”.

Jandira Feghali concordou com Bauer que “os países capitalistas centrais têm a necessidade de dominar culturalmente os nossos, de que sejamos mercados homogêneos para que seus bens culturais sejam consumidos por nós: sua música, seu cinema, sua vestimenta, seus alimentos, como se fossemos um mercado consumidor único. Mas jamais seremos homogêneos, nós somos diversos, pluriétnicos”.

“Ser culto, disse Feghali, não é ter cultura erudita, não é a cultura da escolaridade. O povo é culto, o povo tem sua cultura. O Estado não produz cultura. A cultura é produzida pelo povo. E os Pontos de Cultura não são gestores de eventos, e sim administradores de processos sociais, de transformações, e devem integrar muitas políticas. A cultura atravessa a saúde, o meio ambiente, a tecnologia, a ciência e a comunicação democrática”.

Conversatório com representantes de organizações

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Durante o conversatório “10 anos de Pontos de Cultura”, que encerrou o dia de apresentações, o diretor nacional de Diversidade e Cultura Comunitária, Gianni Buono, destacou que a rede formada pelas organizações de PDC “é o potencial maior que o programa tem”, que não apenas financia projetos, mas também fortalece essa rede. 

Nessa linha, Buono anunciou que serão retomados os encontros regionais, postergados devido à pandemia, e que se impulsionará a criação de um Conselho de Cultura Comunitária Federal, com as ferramentas necessárias para que as organizações possam trasladar suas propostas e que permitam visibilizar a cultura e a diversidade a partir do território”. 

“Gosto de falar de culturas, porque há culturas antagônicas: a cultura do individualismo, à qual preferimos a cultura da solidariedade; a cultura da meritocracia, que confrontamos com uma cultura da participação e da organização; a cultura da homogeneização versus a cultura da diversidade, essa cultura popular contra a das corporações”, destacou Buono. 

No conversatório que percorreu os 10 anos de PDC e seus próximos desafios, e que foi moderado pelo coordenador do programa, Diego Benhabib, participaram representantes de sete organizações históricas de distintas regiões do país: Nora Mouriño (Grupo de Teatro Comunitario Catalinas Sur, CABA), Margarita Palacios (Asociación de Mujeres La Colmena, José León Suárez, PBA), Eduardo Balán (Asociación Civil El Culebrón Timbal, Moreno, PBA), Claudia Herrera (Comunidad indígena Guaytamari, Uspallata, Mendoza), Nancy Coronel (Asociación Civil Juan XXIII, Corrientes), Luisa Paz (DIVAS, Consultorio Inclusivo, Hospital Provincial, Santiago del Estero), e Alberto “Cuio” Ingold (Centro Cultural La Fragua, Villa Elisa, Entre Ríos). 

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Abertura do encontro em Tecnópolis:

Conversatório

02

dez
2021

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

48 candidaturas foram habilitadas no concurso Sabores Migrantes Comunitários

Em 02, dez 2021 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

(Foto: Lucía Lin)

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Histórias de receitas e práticas culinárias narradas por pessoas provenientes de 10 países ibero-americanos concorrem aos 16 prêmios da edição 2021 do concurso Sabores Migrantes Comunitários. As inscrições estiveram abertas na plataforma Mapa IberCultura Viva entre 13 de setembro e 30 de novembro, período em que foram enviadas 48 postulações. Todas foram consideradas habilitadas e passam à segunda etapa do processo de avaliação. O resultado final será publicado entre a segunda e a terceira semana de dezembro.  

Lançada de maneira colaborativa pelos programas de cooperação IberCultura Viva, Iber-Rutas e IberCocinas, esta convocatória foi destinada a pessoas maiores de 18 anos de origem ibero-americana, a título pessoal ou em representação de iniciativas comunitárias, que vivem em um país diferente de seu país de origem, ou sejam descendentes de pessoas migrantes até segundo grau de parentesco. As candidaturas selecionadas receberão um reconhecimento como ‘Boa prática de cozinha migrante comunitária ibero-americana’ e um apoio de 500 dólares.

As 48 pessoas que se inscreveram nesta edição do concurso nasceram nos seguintes países: Argentina (3), Bolívia (1), Colômbia (8), Cuba (1), Equador (1), México (8), Nicarágua (1), Peru (17), Uruguai (2) e Venezuela (6). Os países de residência que constam na lista de postulantes são 13: Argentina (6), Bolívia (1), Brasil (3), Chile (1), Colômbia (1), Costa Rica (2), Equador (2), Espanha (7), Estados Unidos (2), México (5), Paraguai (1), Peru (7) e Uruguai (10).

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O concurso

O concurso Sabores Migrantes Comunitários tem por objetivo contribuir para o fortalecimento dos laços das comunidades ibero-americanas, dando visibilidade às experiências de intercâmbio e diálogo intercultural que ocorrem entre as comunidades migrantes por meio da culinária tradicional e da inovação criativa como expressão do processo migratório.

O valor total atribuído ao concurso é de 8 mil dólares para um máximo de 16 propostas. As iniciativas selecionadas receberão um reconhecimento como ‘Boa prática de cozinha migrante comunitária ibero-americana’ e um prêmio de US$ 500.

As pessoas interessadas ​​em participar deveriam apresentar propostas de prática culinária com uma receita de sua comunidade de origem, a história por trás dela e a forma como essa receita se insere na comunidade de acolhimento no contexto de uma experiência migratória. As receitas e práticas culinárias podiam ser apresentadas por escrito e/ou em formato de vídeo. 

Nesta edição, diferentemente das duas anteriores, podiam participar pessoas nascidas em países ibero-americanos residentes em qualquer país do mundo, e pessoas que apresentassem propostas de práticas culinárias e receitas de migrantes de sua família com até segundo grau de parentesco (pai/mãe, avô/avó). Estas propostas terão uma cota máxima de seleção no concurso.

A seleção seguirá os critérios estabelecidos no regulamento, como a representatividade da preparação para a comunidade de origem; a experiência de inserção na comunidade de acolhimento; a geração de conhecimentos e práticas tradicionais e criativas promovidos por cozinheiros e cozinheiras migrantes; o impacto direto na segurança alimentar, e as estratégias de disseminação do conhecimento culinário e/ou a construção de um legado culinário às novas gerações com a consciência de sua cultura diversa. 

A diversidade cultural das propostas será privilegiada, por meio da seleção de projetos de diferentes países. Apresentações feitas por mulheres, jovens entre 18 e 29 anos, bem como indígenas ou afrodescendentes, receberão um ponto a mais na avaliação. 

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Edições anteriores

Esta é a terceira convocatória conjunta dos programas IberCultura Viva, Iber-Rutas e Ibercocinas. A primeira foi “Sabor à Ibero-América”, lançada em abril de 2019. Dez histórias de receitas culinárias tradicionais de comunidades migrantes na região ibero-americana receberam US$ 500 cada. Além dos 10 vencedores, quatro menções honrosas (sem prêmios em dinheiro) foram concedidas a inscrições que não atenderam aos requisitos do prêmio por não serem migrantes, mas que apresentaram as histórias de migração de seus ancestrais nas receitas. 

Em julho de 2020, foi aberta a segunda edição do concurso, agora com o nome “Sabores migrantes comunitários”, com o objetivo de premiar vídeos que expressassem práticas culinárias de cozinheiros e cozinheiras migrantes com impacto nas suas comunidades. Interessada especialmente destacar como cozinheiros e cozinheiras migrantes estavam ajudando a encontrar soluções comunitárias para a crise derivada da pandemia Covid-19 por meio de suas receitas. As 14 propostas selecionadas receberam um certificado de reconhecimento como “Boa prática de cozinha migrante comunitária ibero-americana” e um apoio de US$ 500 cada.

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Confira a lista de candidaturas habilitadas:

Informação às Pessoas Interessadas I – Etapa de Habilitação – Concurso Sabores Migrantes Comunitários III 2021

30

nov
2021

Em Destaque
EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Videos de seis países são selecionados no concurso “Juventudes e cultura comunitária”

Em 30, nov 2021 | Em Destaque, EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

Dez vídeos de pessoas de seis países foram selecionados no Concurso de vídeos “Juventudes e cultura comunitária – O protagonismo dos e das jovens como agentes de mudança social”. Os trabalhos premiados são provenientes de México (3), Colômbia (2), Peru (2), Brasil (1), Costa Rica (1) e Argentina (1). Cada um deles receberá 500 dólares.

O edital, que teve inscrições abertas entre 13 de julho e 30 de setembro no Mapa IberCultura Viva, recebeu um total de 60 postulações, das quais 48 foram consideradas habilitadas e seguiram para a segunda etapa do processo de seleção. Os 10 curtas selecionados foram os que obtiveram maior pontuação em cada país participante.

Os critérios de avaliação incluíram a adequação aos objetivos do tema, a realização técnica, a clareza da proposta e a metodologia de produção (coletiva, comunitária ou participativa). Vídeos realizados por mulheres, pessoas transgênero ou integrantes de povos originários/indígenas ou afrodescendentes, bem como aqueles realizados com modelos horizontais de produção audiovisual, que contemplem a participação e inclusão, foram considerados com maior pontuação.

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O edital

O concurso “Juventudes e cultura comunitária” foi lançado por IberCultura Viva com o propósito de premiar vídeos de 1 a 3 minutos de duração realizados por pessoas de 18 a 29 anos residentes nos países membros do programa: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai. 

Os vídeos poderiam pertencer a qualquer gênero audiovisual (documentário, ficção, animação, experimental, jornalístico, entre outros) e deveriam abordar práticas de trabalho comunitário ou experiências realizadas por jovens, seja por meio de coletivos informais ou organizações culturais comunitárias, povos originários, indígenas e afrodescendentes.

Com este concurso o programa buscava reconhecer, dar visibilidade e compartilhar atividades vinculadas, por exemplo, a Pontos de Cultura, centros culturais, rádios comunitárias, associações de bairro ou grupos de produção artística comunitária, nas quais jovens têm liderado processos comunitários como agentes de mudança.

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Confira a lista de vídeos selecionados:

Informação às Pessoas Interessadas III:  Etapa de Avaliação – Concurso de vídeos “Juventudes e cultura comunitária”

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(Foto em destaque: Cobertura colaborativa. Emergências, Rio de Janeiro, 2015)

27

nov
2021

Em Notícias

Por IberCultura

20 representantes de OCCs da província de Aysén participam do encontro “Voces en los Fiordos”

Em 27, nov 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

A primeira fase do Encontro Provincial de Organizações Culturais Comunitárias de Aysén (Chile) foi realizada no dia 6 de novembro, no colégio Carlos Condell, localizado em Caleta Andrade, nas Ilhas Huichas. Esta atividade na Patagônia chilena, coordenada pela organização Voces en los Fiordos, reuniu 20 pessoas, representantes de diferentes grupos da província de Aysén.

Entre as organizações participantes estão: Narradores del fin del mundo, Consejo de la Cultura de Puyuhuapi, Compañía Teatro Finis Terrae, Junta de Vecinos Puerto Gala, Agrupación Folclore Español, Comité de Turismo Puerto Gaviota, Colectivo de Danza Aysén, Agrupación Folclórica Austral e Mesa Comunal del folclor Aysén, pertencentes às comunas de Aysén, Guaitecas e Cisnes. 

Esta primeira fase baseou-se na troca de conhecimentos, para conhecer o trabalho de cada grupo ou organização. Foi desenvolvido com uma metodologia que permite um diagnóstico inicial com base nas potencialidades, oportunidades, fragilidades e ameaças.

Durante a jornada, as OCCs reconheceram-se como agentes culturais territoriais, a rede provincial de OCC foi fortalecida e novas possibilidades de organização foram geradas. Elas reconheceram afinidade em suas problemáticas, mas também oportunidades de crescer nas ações junto à comunidade, promovendo o trabalho em rede e na convicção de que este tipo de conferências, apesar das dificuldades climáticas ou de acessibilidade, deve continuar, com o intuito de alcançar um grande encontro regional anual que se configura como um marco para a visibilidade das organizações, do seu trabalho e do impacto nas transformações sociais que implica.

Deste encontro nasceu uma nova organização nas Ilhas Huichas (que se chamará Agrupación Ilusho Tonina), anfitriãs territoriais do encontro. O dia foi encerrado com conclusões como o reconhecimento da importância do trabalho em rede, da organização provincial, da manutenção dos encontros provinciais e, por meio disso, de promover e fortalecer o seu trabalho.  

Esta atividade faz parte do trabalho da recém-criada Mesa de OCC Aysén, promovida pelo programa Red Cultura da Região de Aysén, que gera um projeto de encontro e intercâmbio provincial para conhecer outras organizações, trabalhar em rede e saber como outras organizações fazem o seu trabalho.

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⇒Confira o vídeo que resume o encontro:

https://fb.watch/9ywvG6NStm/