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Para o Topo.

Blog - Página 38 de 94 - IberCultura Viva

28

Maio
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Programa Red Cultura disponibiliza uma cartografia cultural da região de Tarapacá, no Chile

Em 28, Maio 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

Para tornar visível e valorizar a contribuição à cultura da comunidade organizada, em coordenação com os/as agentes culturais locais, o programa Red Cultura da região de Tarapacá, em Chile, disponibiliza um mapa georreferenciado dos espaços culturais, da secretaria municipal de cultura das 7 comunas pertencentes a esta região e de 29 organizações culturais comunitárias das comunas de Pica, Huara, Iquique, Alto Hospicio e Pozo Almonte.

Com o objetivo de contribuir para a continuidade e sobrevivência dos agentes culturais do território e de suas estruturas sociais, bem como para fortalecer a articulação da comunidade, os diferentes agentes e instituições culturais foram convocados a participar da configuração de uma ferramenta de planejamento de apoio para a geração de novas fontes de financiamento e que, de alguma forma, permitam reativar, reencantar e/ou formar um novo e fortalecido vínculo com as comunidades e públicos aos quais dirigem suas atividades.

Diversas atividades, em sua maioria virtuais, foram desenvolvidas para identificar o patrimônio cultural regional e gerar pontos de contato georreferenciados e informações para esse mapeamento cultural regional. Destacam-se os seis Encontros Participativos: dois com agentes culturais municipais, dois com responsáveis ​​pelos espaços culturais e dois com representantes de organizações culturais comunitárias e com o apoio dos grupos de trabalho que se estabelecem com as contrapartes territoriais do programa Red Cultura.

A iniciativa busca ser um palco para essas e outras OCCs da região, a fim de informar a comunidade sobre sua existência e as atividades que realizam para ativar os territórios e ampliar o repertório de iniciativas culturais comunitárias.

A região de Tarapacá está localizada no norte do Chile, na fronteira com a Bolívia, a quase 2.000 quilômetros da cidade de Santiago. Até 20 anos atrás era também constituída pela região de Arica e Parinacota, na fronteira com o Peru e a Bolívia, possuindo um alto percentual de população migrante. É reconhecida por seu planalto e localidades rurais ricas em história paleolítica de geoglifos, pinturas rupestres e pictoglifos de várias datas e, principalmente, por suas obras de nitrato declaradas Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.

Texto: Coordinación nacional del componente OCC – Red Cultura/ Ministerio de las Culturas, las Artes y el Patrimonio de Chile

Conheça o mapa:

https://www.google.com/maps/d/u/0/viewer?ll=-18.449926969621405%2C-70.07813369388832&z=7&mid=1qxpbMuOaPrEId2IEvfg5CF8pBwK3ICrZ

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28

Maio
2021

Em Notícias

Por IberCultura

“Atrevidas, mulheres organizadas”: documentário mostra a força de lideranças de OCCs da região do Biobío, no Chile

Em 28, Maio 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

A necessidade de assumir a cultura como motor indispensável para o desenvolvimento e a transformação ambiental motivou um grupo de lideranças femininas da região de Biobio, no Chile, a desenhar um projeto associativo da Mesa de Organizações Culturais Comunitárias de Biobio (OCC) e conseguir realizar um audiovisual com sua experiência.

Como parte do trabalho colaborativo e associativo das Organizações Culturais da Região do Biobio com a coordenação regional do Programa Red Cultura, determinou-se que o trabalho desenvolvido pela comunidade organizada em torno das questões ambientais fosse destacado. O registro audiovisual que foi feito de cada uma das experiências discutidas tornou-se um documentário que ficará como um registro das demandas, lutas e contribuições que um grupo de mulheres faz das comunidades.

Os responsáveis ​​pelo produto final pertencem à Transeúnte Films. Direção, edição e pós-produção, câmera e som também ficaram a cargo de mulheres da região. As organizações culturais que participaram deste registro são Colectivo Wenewen, Organización Malen Leubu, Agrupación Limpiemos CMPC, Agrupación Newen Kimün, Agrupación Rekrea, Agrupación Tejedoras de Nacimiento e Grupo Salvemos La Señoraza.

Conforme indicado, essas organizações “entendem a cultura como uma forma de ser e fazer o seu presente e também o futuro que desejam. Nesse sentido, a defesa territorial e a conscientização socioambiental são problemas primordiais no trabalho comunitário ”.

Confira o documentário:

Texto: Coordenação nacional do componente OCC Red Cultura/Ministerio de las Culturas, las Artes y el Patrimonio

26

Maio
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Omar Rincón abre a série de encontros ao vivo do Curso de Pós-Graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária

Em 26, Maio 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

Uma das novidades do Curso de Pós-Graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária em 2021 é a realização de três classes sincrônicas, com diferentes especialistas, transmitidas pelo YouTube para quem quiser assisti-las. A primeira aula será “Cultura: espécies culturais digitais e de território”, do professor Omar Rincón (Colômbia), nesta quinta-feira, 27 de maio, às 12h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo pelo canal IberCultura Viva. Os alunos do curso participarão do encontro e poderão tirar dúvidas durante a videoconferência.

Criado em 2018, o Curso de Pós-Graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária é uma construção conjunta do IberCultura Viva e da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO), com sede na Argentina. A iniciativa faz parte do Objetivo Estratégico 1 do programa: “Promover e fortalecer o desenvolvimento de políticas culturais de base comunitária nos países do Espaço Ibero-americano”. A ideia do curso surgiu de uma pesquisa promovida pelo IberCultura Viva em 2017, que mostrou que não existiam espaços acadêmicos que trabalhassem com políticas culturais de base comunitária como tema específico. 

Este curso de pós-graduação é realizado virtualmente por nove meses, de abril a dezembro, na plataforma FLACSO-Argentina. Os conteúdos são distribuídos em seis módulos e 24 aulas onde são trabalhadas noções teóricas sobre os processos culturais contemporâneos, propondo um amplo quadro sobre as diferentes teorias da cultura e os debates atuais em torno dela, com enfoque principal no contexto ibero-americano. A proposta acadêmica coordenada por Belén Igarzábal e Franco Rizzi busca a diversidade de visões, com a participação de professores de vários países ibero-americanos

O colombiano Omar Rincón é um dos professores do curso desde a primeira turma. Ensaísta, jornalista, crítico de televisão e autor audiovisual, Rincón é pesquisador e professor de Comunicação e Jornalismo da Universidad de los Andes, diretor do Centro de Estudos em Jornalismo da mesma universidade e diretor do Centro de Competência em Comunicação da América Latina da Fundação Ebert. 

Edital de bolsas

Todos os anos, em dezembro, o programa IberCultura Viva abre um edital de bolsas para este curso de pós-graduação na FLACSO-Argentina. Em quatro anos, somando os selecionados nos editais das turmas de 2018 a 2021, foram concedidas 375 bolsas para o curso. As vagas foram divididas igualmente entre os países membros do IberCultura Viva. 

Na última convocatória, para a edição 2021, o programa recebeu 502 inscrições e 88 bolsas, distribuídas entre os 11 países membros (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai). Outras 16 pessoas (8 do Brasil, 8 do Chile) receberam bolsas extras porque os representantes do Chile e do Brasil no Conselho Intergovernamental decidiram ampliar suas cotas utilizando os recursos disponíveis no Fundo Multilateral IberCultura Viva para apoiar a formação de organizações culturais comunitárias. Foi a terceira vez que os dois países ampliaram o número de bolsas para candidatos de seus respectivos países, levando em consideração a quantidade e a qualidade dos candidatos.

(*) Onde assistir a aula de Omar Rincón: https://www.youtube.com/iberculturaviva

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24

Maio
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Mesa de OCCs da Região Metropolitana do Chile lança livro sobre iniciativas de 27 comunas

Em 24, Maio 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

Na próxima quarta-feira, 26 de maio, durante o 6º Encontro de Organizações Culturais Comunitárias da Região Metropolitana do Chile, será lançado o livro “Registro de iniciativas culturais comunitárias – Região Metropolitana”.

A iniciativa faz parte do projeto impulsionado pela Mesa de Organizações Culturais Comunitárias da Região Metropolitana (MesaOCCRM), com o apoio do Programa Red Cultura da Secretaria Regional Ministerial das Culturas, das Artes e do Patrimônio da Região Metropolitana. O objetivo é contribuir para dar visibilidade ao trabalho realizado pelas organizações culturais de base da região, assim às aprendizagens e resultados de seu trabalho com a comunidade.

O texto, sob a coordenação editorial da Escuela de Gestores y Animadores Culturales (Egac), reúne em 180 páginas um total de 76 iniciativas culturais comunitárias da Região Metropolitana de Santiago, desenvolvidas por diversas organizações e coletivos pertencentes a 27 comunas da região, abordando temáticas como formação artística, pinturas de murais, trabalho com crianças, jovens e mulheres, circo, reciclagem, promoção de direitos, animação cultural de bairro, pesquisa e gestão cultural, entre outras.

Na parte final do livro, se incorpora um mapa com a localização territorial de cada uma delas, disponível em sua versão interativa no site www.mesaoccrm.cl.

A atividade se realizará por videoconferência, com transmissão a partir das 19:00 horas (horário do Chile) por Facebook Live, através da página de @egaccultura.

Fonte: Egac

19

Maio
2021

Em Notícias

Por IberCultura

“Gestão e animação cultural com enfoque participativo”: reflexões de uma roda de conversa

Em 19, Maio 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

No dia 13 de maio foi realizado o debate “Gestão e animação cultural com enfoque participativo: redes, movimentos e coletividades”, promovido pela organização CulturAula, uma iniciativa coordenada por Rocío Orozco e Víctor Arcienega em Guadalajara (México). Mais de 50 pessoas de vários territórios, como Chile, Argentina, Paraguai, Colômbia, Bolívia, Peru e México, participaram do encontro virtual.

De Misiones (Argentina), Alba Lugo, presidenta da Rede Ibero-americana de Animação Sociocultural, abordou o tema da animação sociocultural no contexto de sua província e a importância de utilizar ferramentas como a arte e a cultura para gerar vínculos para a participação e o desenvolvimento coletivo. Ela enfatizou o uso da musicoterapia comunitária como uma estratégia emancipatória, libertadora e de construção da cidadania. “A música faz parte da construção humana, formadora, transmissora e transformadora da cultura”, afirmou.

Roberto Guerra, fundador da Escola de Gestores e Animadores Culturais (Egac), ao falar da relação entre gestão e animação cultural, expressou a necessidade de gestores com capacidade de animação e de animadores com capacidade de gestão, dada a complexidade das intervenções socioculturais. “Não há gestão cultural comunitária sem participação”, afirmou. 

Segundo Guerra, o agente cultural deve considerar que o caminho da participação é longo e deve ser acompanhado de escuta ativa, paciência, acompanhamento amoroso e respeitoso, para desenhar “o espaço do comum”. Da mesma forma, reforçou a importância de tomar a animação sociocultural e a educação popular como elementos que permitem conhecer os interesses e as necessidades das pessoas e das comunidades.

Por sua vez, Emiliano Fuentes Firmani, secretário técnico do IberCultura Viva, abordou a perspectiva das políticas culturais, comentando que essas políticas reconhecem os dois perfis e competências. Além disso, destacou a participação na elaboração do Plano Estratégico Trienal (PET 2021-2023) do programa e apontou a importância dos agentes culturais nos espaços de participação e envolvimento como estratégia geradora de mudanças no que diz respeito ao campo cultural.

A moderação esteve a cargo de Marcelino Barajas, gestor cultural com 29 anos de experiência do estado de Jalisco (México), que tem participado dos processos de formação de CulturAula e do Centro de Formação, Pesquisa e Acompanhamento Sociocultural.

 Confira o vídeo do encontro:

Fonte: CulturAula

18

Maio
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Cidade de Córdoba apresenta a segunda edição do Plano de Compromisso Cultural

Em 18, Maio 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

A Municipalidade de Córdoba (Argentina) acaba de lançar a segunda edição do Plano de Compromisso Cultural. A iniciativa envolve um conjunto de medidas extraordinárias implementadas para acompanhar pessoas, grupos e organizações da área cultural da cidade, num contexto de sérias dificuldades para o desenvolvimento das suas atividades. 

A primeira edição do Plano de Compromisso Cultural (2020) consistiu na implementação de uma política pública voltada para o campo cultural, único no gênero no interior do país. Nesse sentido, destacam-se tanto o número de beneficiários alcançados (mais de 800) quanto o circuito de contraprestações resultantes em diferentes projetos e espaços da cidade, promovendo o acesso à cultura na comunidade.

O Plano de Compromisso Cultural 2021 abarca um maior número de programas do que na edição anterior, de 2020. Medidas ampliadas que permitem chegar a mais trabalhadores culturais e diversos setores da área cultural, bem como promover o encontro da produção artística e cultural com a comunidade, gerando circuitos descentralizados que permitem a democratização do acesso à oferta cultural em espaços não convencionais e a promoção de propostas em formato virtual. 

Uma das convocatórias abertas é o Programa de Formação de Promotoras e Promotores Culturais Comunitários. Para a participação no curso/workshop “Desafios para o reencontro” serão concedidas 60 bolsas de 10.000 pesos argentinos cada. Este curso tem como objetivo fortalecer o papel dos/das promotores/as culturais comunitários com recursos e ferramentas que lhes permitam abordar, analisar e propor projetos comunitários, com uma perspectiva de gênero e territorial, de acordo com os novos cenários pós-pandêmicos que se apresentam nos bairros. O período de inscrição termina no dia 23 de maio.

📍 Saiba mais: https://cultura.cordoba.gob.ar/

FonteSubsecretaría de Cultura de la Municipalidad de Córdoba

(*) Córdoba é um dos municípios que integram o Grupo de Trabalho de Governos Locais do IberCultura Viva. Saiba mais sobre o GT: https://bit.ly/3v0vVnm

13

Maio
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Ministério de Cultura da Argentina lança Identidades, site de conteúdos e saberes culturais comunitários

Em 13, Maio 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

Organizações e projetos comunitários de todo o território argentino agora contam com um espaço de encontro virtual para compartilhar seus conhecimentos, experiências e produções. O site Identidades, que já está disponível com cerca de 500 publicações (em sua maioria, material audiovisual e de rádio), é uma iniciativa da Secretaria de Gestão Cultural do Ministério de Cultura da Argentina levada a cabo pela Direção Nacional de Diversidade e Cultura Comunitária. 

Mais de 130 pessoas participaram do evento de lançamento do site, via Zoom, na sexta-feira, 7 de maio. Além de representantes de organizações culturais comunitárias de diferentes regiões do país, a apresentação contou com intervenções do ministro da Cultura, Tristán Bauer; do secretário de Gestão Cultural, Maximiliano Uceda, e do diretor nacional de Diversidade e Cultura Comunitária, Gianni Buono. 

María Cabrejas, coordenadora de comunicação da Direção Nacional de Diversidade e Cultura Comunitária e responsável pelo site, abriu o encontro virtual destacando o trabalho conjunto realizado para a construção de Identidades, e o propósito de que este espaço continue a se multiplicar, dando visibilidade às iniciativas culturais comunitárias, ajudando a estabelecer redes. 

“Identidades nasceu com o objetivo de dar visibilidade à diversidade das organizações comunitárias, fortalecendo os laços de solidariedade. É uma janela para o setor comunitário comunicar suas ações, suas ideias, seus projetos, e compartilhar experiências socioculturais em âmbito federal. Projetos que nos façam pensar, emocionar, fazer circular a memória coletiva, as vozes, a arte, as lutas e as culturas das comunidades”, afirmou a comunicadora. “(…) Apesar da situação difícil que estamos passando, as comunidades nos ensinam em cada projeto, em cada documentário, em cada programa de rádio que nos mandam, a enfocar o que é importante: a solidariedade, a verdade, a justiça e a beleza.”



Eixos de atuação

O site hospeda documentários, ficções, spots, entrevistas, palestras, podcasts, peças de rádio, videodança e musicais, entre outros materiais produzidos por grupos, organizações e projetos culturais, além de órgãos e programas estaduais. Cada conteúdo é acompanhado de informações sobre a origem, gênero, tema e canais de contato de seus realizadores, para facilitar o intercâmbio e promover a construção de vínculos colaborativos entre os/as usuários/as.

Os conteúdos são organizados em seções que representam as principais linhas de trabalho da cultura comunitária. “Territoriales”, por exemplo, é dedicado a experiências de trabalho coletivo, lutas e construções comunitárias, projetos sociais e de economia popular. “Raíces”, por sua vez, reúne produções e experiências que valorizam o conhecimento das comunidades indígenas, cultura afro, coletividades e migrantes. 

Há também seções como “Diversxs” (para projetos com perspectiva de gênero e ativismos LGBTQI+), “Em Memória” (para a construção coletiva da memória histórica), “Em movimento” (para expressões teatrais, esportivas e artísticas, de corporalidades), “Rádio” (conteúdos sonoros e produções coletivas para rádios comunitárias), “Histórias” (projetos narrativos e experimentais, literários, fotográficos e cinematográficos), “Musicais” (produções musicais solo e coletivas vinculadas a organizações comunitárias) e “Caixa de ferramentas” (recursos educacionais, recreativos e experiências educacionais comunitária).



Uma perspectiva federal e solidária

Como as autoridades apontaram no evento de lançamento, Identidades é um convite para compartilhar histórias, experiências e projetos que promovam uma perspectiva federal e a construção de uma sociedade mais solidária, justa e inclusiva. “Valorizemos este conhecimento diverso, esta heterogeneidade cultural que nos tornou tão fortes e tão diferentes no mundo. Esta é mais uma ferramenta para colocar a Argentina de pé com uma perspectiva federal e solidária”, disse Gianni Buono, diretor nacional de Diversidade e Cultura Comunitária, esperando que este espaço seja “o início de um caminho muito próspero e, sobretudo, muito participativo por parte das organizações”. 

Para Maximiliano Uceda, secretário de Gestão Cultural, “estas plataformas permitem-nos amplificar a voz que já existe, que é a voz dos territórios, que é a voz que se produz constantemente e que é o que configura uma identidade coletiva”. Ao comentar a importância de políticas públicas como a dos Pontos de Cultura, que legitimam o que já tem legitimidade territorial, Uceda disse que Identidades será uma grande janela para se chegar a uma política com a capilaridade necessária aos territórios. “E que entendamos e nos colocamos à disposição do territorial como grande configurador do comunitário, do cultural, como grande parte do que significa ser argentina e argentino”.

Antes da intervenção do ministro da Cultura, representantes de organizações culturais comunitárias que enviaram conteúdo para o novo site falaram sobre a iniciativa e a importância de ter um espaço como este para compartilhar suas experiências. Ariel Ogando falou em nome do Wayruro, um coletivo de comunicação popular fundado em 1994 em Jujuy. Mariana Villani, pelo coletivo feminista Red Magdalenas; Julian Rossini, pela Orquestra La Casita de los Pibes; Nacho Aguilar, por La Mosquitera, rádio comunitária de Mendoza; Estela Calvo, pelo Res o no Res, grupo de teatro comunitário de Buenos Aires; e os jovens rappers Fabian e Luis, pelo projeto intercultural Ha’e Kuera Ñande Kuera, de Puerto Iguazú, Misiones. 

Além deles, Gustavo Cataldi apresentou Birritácora, documentário transmídia sobre o cineasta Fernando Birri (1925-2017), um dos conteúdos que se destaca em Identidades. “Birritácora pretende abranger toda a obra artística de Birri, que foi um artista multifacetado, cineasta, pintor, titereiro, ator, poeta. A ideia é reunir toda a sua arte e sua marca, numa construção comunitária e coletiva, (…) e ter neste espaço um ponto de encontro onde possamos nos conhecer, armar redes e continuar a expandir e manter viva a chama do Fernanda”, comentou Cataldi. 

Ao tomar a palavra, o ministro Tristán Bauer celebrou as iniciativas culturais comunitárias apresentadas e afirmou como é fundamental, nos tempos em que vivemos, continuar com o trabalho territorial. “Somos filhos desses encontros, dessas mobilizações massivas, desses encontros, desses abraços, desse marchar juntos, mas nos últimos anos, e ainda mais agora na pandemia, é imprescindível habitar esse território virtual, povoá-lo, vivê-lo”, ressaltou. 

Segundo Bauer, Identidades é uma nova ferramenta para continuar construindo esse entramado cultural no território virtual. “Estamos dando um primeiro passo muito importante. Façamos crescer este espaço entre todos nós, pela memória de tantos colegas que, dos seus bairros, das suas casas, dos seus centros culturais, dos seus teatros independentes, das suas escolas, constroem dia a dia esta trama. (…) Em tempos de pandemia, e quando sairmos mais fortes desta pandemia, vamos encontrar no Identidades um local para partilhar os nossos conhecimentos e para gerar, criar e promover uma verdadeira cultura comunitária”.

(*) Pessoas interessadas em enviar conteúdo, compartilhar projetos ou experiências dentro do site devem escrever para identidades@cultura.gob.ar.

11

Maio
2021

Em Notícias

Por IberCultura

IberCultura Viva participa de reunião da Mesa Regional de OCCs de Coquimbo, no Chile

Em 11, Maio 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

Como a pandemia Covid-19 redefiniu o espaço público? Na região de Coquimbo, no Chile, as pessoas têm se reunido nas praias para compartilhar atividades, as quadras agora estão cheias de pais com filhos, panelas comunitárias são cada vez mais vistas nos bairros… “O espaço público tem se reinventado”, comentou Mirna Veliz , representante da Agrupación Cultural Margot Loyola, de Tierras Blancas, no encontro virtual da Mesa Regional de Organizações Culturais Comunitárias (OCCs) de Coquimbo realizado na quinta-feira, 6 de maio.

A questão da emergência sanitária e suas reflexões sobre a convivência e o uso do espaço público foi levantada por Emiliano Fuentes Firmani, secretário técnico do IberCultura Viva, durante a reunião da Mesa Regional de OCCs, e comentada pelas participantes a partir da percepção que elas têm de seus bairros e arredores. São consultas como esta que norteiam algumas ações do programa, daí a importância que IberCultura Viva dá aos encontros com representantes de OCCs dos países membros.

Durante a sua participação neste encontro virtual -a convite de Maria Rosa Cortés Vergara, coordenadora do programa Red Cultura na região de Coquimbo-, Emiliano Fuentes Firmani explicou como funciona o IberCultura Viva, quais são os seus objetivos, comentou as reformulações que foram feitas no Plano Estratégico Trienal (PET 2021-2023), recentemente aprovado pelo Conselho Intergovernamental, e divulgou as convocatórias que serão realizadas em 2021. 

O secretário técnico destacou algumas novidades nas atividades do programa, como a inclusão de editais para projetos de inclusão digital comunitária, para a publicação de obras em línguas indígenas (traduzidas para o espanhol e português) e para o reconhecimento de portadores e experiências comunitárias na gestão do patrimônio cultural imaterial. Ele também falou sobre a intenção de promover capacitações de curta duração, a exemplo de um curso virtual sobre perspectiva de gênero e cultura comunitária.

Das 14 pessoas que participaram deste encontro, a maioria já tinha conhecimento do programa IberCultura Viva. Claudia Velasco Cornejo, da Corporación Cultural Gestores del Choapa, de Los Vilos, foi uma das bolsistas do Curso Internacional de Pós-Graduação em Políticas Culturais Comunitárias que o programa vem desenvolvendo com a FLACSO-Argentina desde 2018. Mirna Veliz, da Agrupación Cultural Margot Loyola, foi quem recebeu em Tierras Blancas o projeto “Ipadê – Encontros com Axé”, do Grupo Senzala Foz (Brasil), em um dos intercâmbios selecionados na convocatória Iber Entrelaçando Experiências em 2019.

Criada em 2017, a Mesa Regional de Coquimbo é composta por representantes de sete OCCs com perfis distintos, das comunas de Paihuano, Vicuña, Coquimbo e Los Vilos (localizadas nas regiões de pré-cordilheira, vale, zona urbana e litoral). Embora não sejam muitas em relação à representação territorial, essas organizações de Coquimbo são participativas e estabeleceram um trabalho colaborativo com o Estado, participando das diversas atividades propostas pelo programa Red Cultura na região.

10

Maio
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Xalapa adere à Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais

Em 10, Maio 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

O município de Xalapa (estado de Veracruz, México) é o novo membro da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. A carta de adesão foi assinada no dia 30 de abril pelo presidente municipal (prefeito), Pedro Hipolito Rodríguez Herrero, e enviada ao programa na terça-feira, 4 de maio.

O documento expressa a intenção da prefeitura de aderir à rede “para fortalecer políticas públicas voltadas para a promoção de projetos comunitários no município” e o interesse da administração em “fazer parte dessa rede de intercâmbios e fomentar a comunicação com nossos irmãos dos diferentes territórios que compõem a Ibero-América”. O próximo passo será definir as atividades que o município realizará em conjunto com o IberCultura Viva.

Sergio Téllez (no alto, à esquerda), diretor de Desenvolvimento Social de Xalapa, participou da reunião de 27 de abril

Xalapa foi um dos governos locais que participaram do encontro virtual na terça-feira, 27 de abril, quando Emiliano Fuentes Firmani, secretário técnico do IberCultura Viva, e Valeria López López e Lisa Moncada, representantes da Direção Geral de Vínculos Culturais do Ministério da Cultura do México, apresentaram a Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais a representantes de municípios e estados mexicanos. Sergio Téllez Galván, diretor de Desenvolvimento Social, esteve representando Xalapa nesta reunião.

Com a entrada de Xalapa, o México passa a ter quatro cidades na rede. Jojutla também se juntou este ano. San Luis Potosí e Zapopan são os outros dois municípios mexicanos que fazem parte da iniciativa desde 2019.

Saiba mais sobre a Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais

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10

Maio
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Encontros de alegrias: Pontos de Cultura da Costa Rica e Brasil se reúnem em festival comunitário

Em 10, Maio 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

(Fotos: 2º FIC: Festival Internacional Comunitario)

 

A Asociación Masaya (Teatro Más Convivencia) foi uma das organizações selecionadas na convocatória de Pontos de Cultura 2021, lançada pelo Ministério da Cultura e Juventude da Costa Rica. O projeto apresentado foi “Conexões Empáticas”, uma série de oficinas prévias ao 3º Festival Internacional Comunitário (FIC): Cultura Periférica, que este ano será realizado de maneira virtual, de 6 a 19 de setembro. Tanto as atividades do 3º FIC quanto as atividades “pré-FIC” contam com a participação de grupos brasileiros.

O 3º FIC é uma produção conjunta da Associação Masaya e de dois grupos da cidade de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil): o Grupo Levante de Teatro del Oprimido e o grupo de teatro feminino negro Morro Encena. A primeira edição do festival, em 2016, ocorreu na comunidade La Carpio, na Costa Rica. A segunda, em 2019, foi realizada na sede do Grupo Iuna de Capoeira Angola, na periferia de Belo Horizonte. O Grupo Iuna criou um dos primeiros Pontos Culturais da cidade, o Dim dim dom … Berimbau chamou, eu vou, e também vai participar do 3º FIC, virtualmente.

 

Quem conta como se deu essa ligação entre os dois países (na verdade três, porque o intercâmbio inclui a Venezuela) é Cori Salas Correa, venezuelana que mora em Belo Horizonte (Brasil) e faz parte dos conselhos de administração da Associação Masaya e do Grupo Iuna da Capoeira Angola. “A Asociación Masaya nasceu na Venezuela em 2007, de onde eu sou; meu irmão é o cofundador desta associação e desde o início tenho apoiado o trabalho que se desenvolve a partir de Masaya. Meu irmão se mudou para a Costa Rica em 2011 e registrou a associação lá. Me mudei para Belo Horizonte, e desde 2015 venho treinando capoeira com Mestre Primo, no Grupo Iuna de Capoeira Angola”, detalha.

 

Convivendo sem fronteiras

Uma masaya é uma rede, uma rede individual. E foi entre 2009 e 2010, ao entrar em contato com outras comunidades da América Latina (Argentina e Brasil), que os masayeros/as perceberam que seu trabalho fazia sentido não só na Venezuela. Ricardo Salas Correa, irmão de Cori, está na Costa Rica com a Associação Masaya desde 2012, apostando no poder das ferramentas teatrais e metodologias participativas para melhorar a convivência na comunidade.

 

 

No Brasil, o Grupo Iuna, fundado em 1983, tem como objetivo promover e valorizar a capoeira angola como bem cultural. O Ponto de Cultura oferece, entre outras atividades, oficinas de capoeira gratuitas em sua sede para crianças, adolescentes e jovens do bairro da Saudade, em Belo Horizonte. “O trabalho desenvolvido pelo Grupo Iuna de Capoeira Angola está em total sintonia com a Associação Masaya e a FIC”, afirma Cori. 

Em 2016, quando a primeira edição do FIC (“Convivendo sem fronteiras?!”) foi realizada na comunidade La Carpio, Cori e seu companheiro, o capoeirista brasileiro André Luiz, chegaram à Costa Rica um mês antes do festival, e ele ficou ensinando capoeira angola gratuitamente, como parte das atividades pré-FIC. Este ano, o pré-FIC contará com três oficinas voltadas para a capacitação de pessoas de organizações que são ou foram Pontos de Cultura da Costa Rica. No workshop do projeto “Conexões Empáticas” que será realizado em português, alguns dos membros do Grupo Iuna serão oficineiros. 

 

Três perguntas para Cori Salas 

 

1. A terceira edição do Festival Internacional Comunitário será realizada de modo virtual este ano. Que atividades estão previstas?

Sim, este ano teremos o 3º Festival Internacional Comunitário: Cultura Periférica. Damos a cada edição do festival um subtítulo que fala sobre o que queremos destacar. O primeiro FIC, que foi em La Carpio em 2016, foi “Convivendo sem fronteiras?!”. O segundo, que foi no Alto Vera Cruz, em Belo Horizonte, “Convivendo em liberdade?!”. O terceiro, “Cultura Periférica”, será realizado em modo virtual, de 6 a 19 de setembro de 2021. 

Pela primeira vez será online e, além disso, num formato diferente. Os dois primeiros festivais duraram uma semana, com oficinas de segunda a sexta-feira, e no final de semana, apresentações culturais abertas a todos os públicos. Para este, propusemos a realização de quatro encontros entre grupos da Costa Rica, Venezuela e Belo Horizonte, Brasil. Queremos reunir grupos de artes culturais periféricas desses três países, para que eles se conectem e possamos aprender uns com os outros. 

Nestes encontros, que terão tradução simultânea, queremos abordar temas de interesse comum: sustentabilidade, como trabalhar os conflitos em grupo, como a arte e a cultura nos alimentam e nos trazem esperança nestes tempos de pandemia. Fecharemos o festival com uma peña cultural (“sarau”), onde os grupos poderão compartilhar um pouco da arte e da cultura que desenvolvem. 

Todos os FICs são gratuitos e abertos a todos os públicos, e buscamos que eles mesmos sejam uma experiência comunitária, a partir de sua produção. Nós que os produzimos buscamos cuidar de nossas relações, saber como somos, do que precisamos, como podemos nos apoiar, e durante o festival, por meio de gestos simples, como almoços coletivos para todas as pessoas participantes, momentos de conversa, dançando, cantando, vivenciando uma “comum-unidade”. Queremos gerar a mesma experiência, inclusive online, e esse será o nosso desafio neste terceiro festival.

 

2. Como surge o projeto “Conexões empáticas”?

Para contextualizar, desde o 1º FIC temos realizado atividades “Pré-FIC”, que têm sido espaços de encontro e formação no âmbito do festival, com os quais “aquecemos os motores” para o FIC. No primeiro FIC, o Pré-FIC foi apenas na Costa Rica, e no segundo FIC, embora o festival fosse no Brasil, realizamos atividades do Pré-FIC nos dois países. Este ano as atividades do Pré-FIC na Costa Rica serão aquelas que estão dentro do projeto “Conexões Empáticas”, realizado pela Asociación Masaya, e também teremos outras atividades em Belo Horizonte, Brasil, chamadas “Encontro de alegrias”.

O projeto “Conexões Empáticas”, selecionado na convocatória 2021 de Pontos de Cultura do Ministério da Cultura e Juventude da Costa Rica, busca promover um espaço dinâmico e humano, que possibilite aprender e compartilhar ferramentas pedagógicas para sermos melhores pessoas facilitadoras, adequadas a contextos desafiadores, com o apoio das tecnologias de informação e comunicação (TICs), num ambiente de atenção constante e motivação. 

São três oficinas, uma focada em como facilitar processos de grupo em vários contextos e modalidades, outra em como promover o trabalho comunitário, e a terceira, em como alimentar a empatia em nossas equipes de trabalho. Essas oficinas têm como objetivo capacitar pessoas de organizações que são ou foram Pontos de Cultura da Costa Rica. Até o momento, entre as pessoas inscritas, temos um total de 30 Pontos de Cultura. Uma dessas oficinas será ministrada em português, aberta a todos os públicos, e teremos como participantes pessoas do Grupo Iuna de Capoeira Angola, Ponto de Cultura do Brasil. 

Além das formações, realizaremos entrevistas com alguns Pontos de Cultura da Costa Rica, Venezuela e Brasil. Queremos mostrar como as organizações promovem conexões empáticas através do desenvolvimento cultural.

 

 

3. Como começou a colaboração entre a Associação Masaya e o Grupo Iuna de Capoeira Angola?

Em 2016, com o Grupo Levante de Teatro del Oprimido, Asociación Masaya, Maraña (grupo de facilitadores de teatro de Espanha e Suíça) e Las Voces del Viento (grupo de teatro juvenil de La Carpio que foi fundado com o apoio de Masaya), realizamos o primeiro FIC em La Carpio, Costa Rica. 

Queríamos fazer o segundo festival em Belo Horizonte, onde moro, e de onde é o Grupo Levante de Teatro del Oprimido, e a partir da minha admiração, vínculo, com o Grupo Iuna de Capoeira Angola, propusemos a Mestre Primo e Cássia, presidente do Grupo Iuna, a realização do festival na sede deste grupo. Eles nos receberam de braços abertos!

O trabalho desenvolvido pelo Grupo Iuna de Capoeira Angola está em total sintonia com a Associação Masaya e a FIC. O Grupo Iuna entende-se como um quilombo, onde todos podem fazer parte, tem como foco a preservação da capoeira angola, e oferece apoio escolar, aulas de inglês, violão, flauta e treino de capoeira angola gratuitos no seu espaço. Por meio de gestos cotidianos, como o lanche, a roda de capoeira, os espaços educativos, promove-se a experiência comunitária. Assim, realizamos o segundo festival na sua sede, onde também houve uma prática de capoeira angola e uma roda de capoeira com Mestre Primo. 

É importante dizer que o FIC tem sido possível em todas as suas edições graças ao apoio de organizações comunitárias, culturais e artísticas, como o Grupo Iuna de Capoeira Angola, (na Costa Rica, com o apoio também do Ministério da Cultura e Juventude da Costa Rica), pessoas, artistas, amigos e amigas, que doam seus trabalhos na cozinha, na produção, em oficina ou dinheiro. O FIC é produzido de forma autogerida e comunitária. 

 

Saiba mais sobre o FIC:  https://www.facebook.com/FICFestivalInternacionalComunitario

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