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16

nov
2020

Em Destaque
Notícias

Por IberCultura

Comissão especial de trabalho começa a preparação do Plano Estratégico Trienal 2021-2023

Em 16, nov 2020 | Em Destaque, Notícias | Por IberCultura

A comissão especial de trabalho formada na última reunião do Conselho Intergovernamental, realizada no encerramento do 4º Encontro de Redes IberCultura Viva, se reuniu pela primeira vez no dia 13 de novembro, por videoconferência. Este grupo preparará, junto com a Unidade Técnica, o Plano Estratégico Trienal (PET 2021-2013) e o Plano Operativo Anual (POA 2021) do programa. 

Participaram deste primeiro encontro Leidy Ortega e Iskra Gargurevich, do Ministério de Cultura do Peru; Eduardo Reyes Paniagua, do Ministério de Cultura e Juventude de Costa Rica; Viviana Cortez Angarita, do Ministério de Cultura da Colômbia; Ángel Soriano e Valeria López López, da Secretaria de Cultura do México; Diego Benhabib, do Ministério de Cultura da Argentina, e Adriana Osset, da área de planejamento da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB). Pela Unidade Técnica do IberCultura Viva, Emiliano Fuentes Firmani, secretário técnico, e Rosario Lucesole, consultora de projetos. 

O plano de trabalho desta comissão contempla ações durante os meses de dezembro, janeiro e fevereiro. A intenção é que o grupo possa apresentar o PET 2021-2023 ao Conselho Intergovernamental em março. O processo foi elaborado com três etapas. A primeira, de indução e sensibilização, ocorrerá em quatro sextas-feiras, com jornadas de duas horas. As próximas sessões estão previstas para os dias 20 e 27 de novembro e 4 de dezembro.

 

Caminho proposto

Na primeira sessão, nesta sexta-feira 13, a Unidade Técnica se dedicou à apresentação do PET 2018-2020, dos resultados esperados e dos indicadores desenvolvidos, ponderando o alcance ou não das metas propostas. A ideia é que a partir desta imersão as pessoas participantes possam revisar sua pertinência para que esses resultados e indicadores sejam mantidos, modificados ou eliminados. 

Na segunda sessão, a comissão terá como convidado o consultor Mario Hernán Mejía (Honduras), que a pedido do programa desenhou uma matriz com um bateria de indicadores, organizados em seis dimensões, para a análise de impacto. Na terceira, no dia 27, serão apresentadas as sistematizações do 4º Encontro de Redes IberCultura Viva, incluindo os aportes dos conversatórios do grupo de trabalho “Participação social e cooperação cultural”, e o resultado da “Enquete para agentes culturais da região ibero-americana sobre os impactos comunitários da pandemia de Covid-19”, que esteve disponível até 30 de outubro.

Na quarta e última sessão, em 4 de dezembro, serão estabelecidos os temas prioritários a trabalhar para incorporar ao planejamento, as atividades essenciais para o funcionamento do programa durante o primeiro trimestre de 2021 e a agenda de trabalho para estes meses. 

 

Contextualização

Na abertura da primeira sessão, Emiliano Fuentes Firmani detalhou a agenda de trabalho e fez um resumo da conformação desta comissão durante a última reunião do Conselho Intergovernamental, em 15 de outubro. Nessa reunião, quando foram eleitas as novas autoridades do programa, foi acordado que a comissão seria composta por representantes dos países integrantes do novo Comitê Executivo (Chile, Colômbia e Costa Rica), além do Peru, e dos países que responderão (a partir de dezembro) pela presidência e pela vice-presidência do Conselho Intergovernamental: México e Argentina, respectivamente

Ao explicar como funcionam os programas de cooperação, o secretário técnico comentou que o Manual Operativo dos Programas, Iniciativas e Projetos Adscritos (PIPAs) da Cooperação Ibero-americana prescreve uma série de requisitos que os programas e iniciativas têm que ir cumprindo e que ordenam sua forma de trabalho. “Este manual foi modificado em 2016, e os PIPAs tiveram que fazer um processo para adequar seus regulamentos e seu funcionamento a estas reformas. Uma das principais foi a incorporação da metodologia de gestão voltada para resultados de desenvolvimento, que é a forma com que nós temos estruturado o nosso planejamento”, observou.

Como o PET 2018-2020 vence em 31 de dezembro, e o manual está incorporando novos anexos que devem ser incluídos no planejamento dos PIPAs, o secretário técnico destacou a importância de fazer uma avaliação dos últimos três anos e de aproveitar esta demanda de adequação para tratar de ajustar e cumprir alguns processos já iniciados, como a aplicação das transversais de gênero, do multiculturalismo e da não discriminação. Esses temas estarão presentes na atualização dos anexos que deve ser apresentada no fim deste ano.

Adriana Osset, que tem acompanhado os processos de planejamento dos programas e iniciativas na Secretaria para a Cooperação (são 27 PIPAs na Cooperação Ibero-americana), lembrou os sete critérios de qualidade estabelecidos no manual de 2016, falou de algumas das atualizações preparadas, e reforçou a necessidade de se ter um enfoque global sobre eles. “É importante que o tenham como marco para que este processo não seja algo como ‘eu faço meu planejamento e depois tento encaixar os temas de gênero, do multiculturalismo’. É preciso ver como ir incorporando isso desde o início”, ressaltou.

 

Desafios

Diego Benhabib, representante (REPPI) da Argentina no programa IberCultura Viva, falou em nome da presidência do Conselho Intergovernamental sobre o trabalho realizado nos últimos três años. Além de agradecer a todos e todas pela disposição para elaborar este novo plano estratégico, lembrou que “tem sido um grande desafio” o trabalho da Unidade Técnica e dos REPPIs para adequá-lo às necessidades dos países, tendo em conta todos os atores sociais envolvidos nas políticas culturais de base comunitária.

“Creio que conseguimos alcançar muitos dos objetivos e metas propostos, e como desafio temos que começar a imaginar novas formas, novas estratégias de abordagem e de instalação na agenda pública do valor da cultura comunitária e das políticas culturais de base comunitária”, comentou Benhabib. “Desenvolvemos um interessante modelo de trabalho, que teve a perspectiva de gênero como algo primordial e também a ideia de protagonismo de todas as comunidades, propondo uma participação mais ativa de coletivos em situação de invisibilidade, para que se escute sua voz na agenda pública.” 

O representante da Argentina também destacou que é essencial seguir propondo mecanismos de participação e que é um “desafio interessante” institucionalizar os espaços de participação, para que as organizações, redes e coletivos de cultura comunitária possam dar sua visão e apresentar suas propostas para o PET, e o programa possa seguir com suas estratégias de trabalho com os governos locais e as iniciativas iniciadas no âmbito acadêmico. “Que possamos compartilhar, aprender e aproveitar em conjunto este espaço e que sigamos como viemos fazendo, construindo coletivamente este programa”, completou. 

Representando o México, que assumirá a presidência do IberCultura Viva no período 2021-2023, Valeria López López disse que concordava com os desafios mencionados por Diego Benhabib e destacou a importância dos temas transversais citados por Emiliano Fuentes Firmani e Adriana Osset. “Nos emociona poder construir isso de maneira participativa, coletiva. E um dos temas que para nós se tornou fundamental é o enfoque de gênero. Aqui no México, no programa Cultura Comunitária, nos parece sumamente importante que este seja um critério de qualidade na conformação deste planejamento. Que não seja um requisito, mas uma ação intencionada que nos permita construir a partir daí”, afirmou.

Valeria López participou da organização dos conversatórios “Participação social e cooperação cultural”, realizados nos dias 25 de setembro, 2 e 9 de outubro, durante o 4º Encontro de Redes IberCultura Viva. Estas três mesas de trabalho foram criadas para que representantes de organizações e coletivos culturais comunitários pudessem reflexionar sobre o desenvolvimento do programa IberCultura Viva e contribuir para a construção do Plano Estratégico Trienal 2021-2023. As propostas das pessoas que participaram desses conversatórios serão apresentadas na terceira sessão da comissão especial, no dia 27 de novembro. 

 

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11

nov
2020

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

30 propostas serão avaliadas no concurso “Sabores migrantes comunitários”

Em 11, nov 2020 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

Entre 20 de julho e 30 de outubro de 2020, a plataforma Mapa IberCultura Viva recebeu um total de 30 inscrições para o concurso “Sabores migrantes comunitários”, lançado em conjunto pelos programas de cooperação IberCultura Viva, Iber-Rutas e Ibercocinas e a Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB). Todas as propostas foram consideradas habilitadas e seguirão no processo de avaliação do edital. As candidaturas são de pessoas que residem nos seguintes países: Argentina (17), Chile (2), Colômbia (5), Equador (3), Espanha (1),  Estados Unidos (1) e Peru (1). 

O concurso premiará vídeos sobre práticas culinárias de cozinheiras e cozinheiros migrantes com impacto em suas comunidades. Interessa especialmente ressaltar como cozinheiras e cozinheiros migrantes contribuem, através de suas receitas, para encontrar soluções comunitárias diante da crise derivada da Covid-19. Cada uma das iniciativas selecionadas receberá um reconhecimento como “Boa prática de cozinha migrante comunitária ibero-americana” e um prêmio de 500 dólares. O valor total destinado à convocatória é de 7 mil dólares para um máximo de 14 propostas.

As propostas habilitadas serão avaliadas de acordo com a pontuação informada no regulamento do concurso. Entre os critérios que serão levados em conta na seleção estão a representatividade da preparação para a comunidade de origem; a experiência de inserção na comunidade receptora; a geração de conhecimentos e práticas tradicionais e criativas impulsionadas por cozinheiras e cozinheiros migrantes; o impacto direto na segurança alimentar, e as estratégias para divulgar os conhecimentos culinários e/ou a construção de um legado culinário para novas gerações com consciência de sua cultura diversa. Os resultados serão publicados antes de 31 de dezembro de 2020.

 

Confira a lista de propostas habilitadas

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10

nov
2020

Em Notícias

Por IberCultura

Se inicia el diagnóstico participativo para actualización del Plan Nacional de Cultura en Colombia

Em 10, nov 2020 | Em Notícias | Por IberCultura

El Ministerio de Cultura de Colombia lidera la actualización del Plan Nacional de Cultura, un proceso participativo en el que se escucharán las voces de todos los colombianos y los agentes del sector. Este proceso entregará al país una hoja de ruta renovada para el desarrollo del sector cultural del país hacia los próximos 10 años, según anunció la ministra de Cultura, Carmen Inés Vásquez, el día 6 de noviembre.  

El Plan Nacional de Cultura 2001-2010 fue el resultado de un trabajo colectivo que trazó una ruta de futuro y aspiraciones comunes para la construcción de una ciudadanía democrática cultural. Este proceso contó con la participación de alrededor de 26 mil personas en diferentes consultas ciudadanas, en encuentros municipales, departamentales, regionales y nacionales, y fue liderado en conjunto con el Consejo Nacional de Cultura (CNCu). 

Desde 2011, la comunidad cultural nacional ha manifestado en diferentes espacios de participación la necesidad de actualizar el Plan Nacional de Cultura, de tal manera que responda a los retos actuales de la cultura, en los escenarios locales, nacionales y globales. 

El Ministerio de Cultura inició la preparación de la ruta de actualización del Plan Nacional de Cultura en 2019, en conjunto con los espacios de participación nacional como el Consejo Nacional de Cultura y los Consejos Nacionales de las Artes y la Cultura en Música, Danza, Teatro y Circo, Literatura, Artes Visuales y los Medios Ciudadanos.  

 

Una construcción colectiva  

El proceso de actualización del Plan Nacional de Cultura, que contempla cuatro grandes fases (alistamiento, diagnóstico, formulación y sostenibilidad), contará con diferentes momentos de participación que permitirán tener la mirada institucional, territorial, poblacional, subsectorial e intersectorial, para responder a los retos que desde estas perspectivas pueden ser planteadas por la institucionalidad del sector cultural, los agentes del arte, el patrimonio, el emprendimiento y las industrias culturales, los pueblos étnicos, y la comunidad en general, entre otros actores. 

“Se busca que, a partir de un espacio de participación, desde la pluralidad de los artistas, creadores y gestores culturales de todos los territorios del país, recibamos todas las propuestas, todas las opiniones y, de esta manera, juntos tracemos las metas y aspiraciones para el sector de los próximos 10 años. Para este proceso de actualización esperamos realizar el diagnóstico entre 2020 y 2021, y nos proponemos entregar el documento actualizado en el primer semestre de 2022”, precisó la ministra Carmen Inés Vásquez. 

En este 2020, también se espera iniciar con la consulta a la ciudadanía en los territorios y en 2021 iniciar la participación desde el enfoque subsectorial que se desarrollará de la mano de los Consejos Nacionales de Cultura y de Áreas artísticas, redes de trabajo y espacios de participación nacional y regional para la articulación con los agentes de la cultura en este proceso de construcción colectiva.  

 

Buzón de voz 

El Ministerio de Cultura ha puesto a disposición de la ciudadanía en general una herramienta que facilitará una amplia participación en la construcción colectiva de este Plan Nacional de Cultura. Se trata de un Buzón de Voz en su línea nacional gratuita 018000- 938081, para recoger la voz de la comunidad e identificar sus percepciones en torno a los retos para la cultura en la Colombia de hoy. 

 

(Fuente: Ministerio de Cultura de Colombia

 

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05

nov
2020

Em Notícias

Por IberCultura

Ministério das Culturas do Chile publica informe do Segundo Encontro Nacional de OCC

Em 05, nov 2020 | Em Notícias | Por IberCultura

O Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile, através do programa Red Cultura do Departamento Cidadania Cultural, publicou nesta quarta-feira 4 de novembro o informe do Segundo Encontro Nacional de Organizações Culturais Comunitárias, organizado pela Subsecretaria das Culturas e das Artes. A atividade foi realizada em setembro de 2019 na localidade de El Molle, comuna de Vicuña, Região de Coquimbo.

A publicação contém um relato dos dois encontros realizados e uma análise das metodologias utilizadas, os comentários e conteúdos do segundo encontro. Também conta com um informe adicional que contém os anexos associados aos reportes de apoio metodológico, instrumentos de análise e informes de observadores internos e externos.

O encontro buscou ser um espaço de diálogo, intercâmbio e aportes para avançar na definição de matérias relevantes para o fortalecimento de OCC em seu papel de ativação territorial e para que sejam parte reconhecida das estruturas de governança cultural em suas comunas. Reuniram-se  mais de 100 pessoas, representantes de OCC de todas as regiões do país. 


Para baixar o documento:

https://repositorio.cultura.gob.cl/handle/123456789/5531

 

Fonte: Ministerio de las Culturas, las Artes y el Patrimonio de Chile 

 

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19

out
2020

Em Notícias

Por IberCultura

4º Encontro de Redes: um balanço do evento na reunião do Conselho Intergovernamental

Em 19, out 2020 | Em Notícias | Por IberCultura

Ao longo de 38 dias, o 4º Encontro de Redes IberCultura Viva apresentou uma conferência, 15 conversatórios, 3 seminários, 8 espetáculos de títeres e um obra de animação. Se incluirmos os números da Mostra de Cinema Comunitário Ibero-americano 2020, que a Secretaria de Cultura do Governo do México organizou para o encontro, somamos outros 5 conversatórios, 4 ciclos de cinema, 2 entrevistas, uma retrospectiva e uma oficina, com um total de 83 curtas-metragens e 7 longas exibidos. 

Este foi o maior evento realizado pelo programa IberCultura Viva desde o início de sua implementação, em 2014. Foram mais de 45 horas de transmissão ao vivo, iniciadas em 8 de setembro com a conferência “Cultura comunitária e desenvolvimento social em contexto de emergência sanitária”, que reuniu autoridades de ministérios e secretarias de Cultura de 8 países, e encerradas em 15 de outubro com a reunião extraordinária do Conselho Intergovernamental, com a participação de representantes dos 11 países que integram o programa.

Nesta reunião, em que foi apresentado um balanço do 4º Encontro de Redes IberCultura Viva, também foram eleitas as novas autoridades do Conselho Intergovernamental para o período 2021-2023. Por consenso, foi acordado que a Secretaria de Cultura do Governo do México presidirá o programa nos próximos três anos, e que a Secretaria de Gestão Cultural do Ministério de Cultura da Argentina assumirá a vice-presidência. O Comitê Executivo será composto por representantes do Chile, da Colômbia e da Costa Rica. Esses três países, mais o Peru, formarão a comissão especial que trabalhará com a Unidade Técnica na elaboração do Plano Estratégico Trienal (PET 2021-2013) e do Plano Operativo Anual (POA 2021). 

A reunião que encerrou o 4º Encontro de Redes teve três horas de duração e foi transmitida ao vivo pelo canal do programa no YouTube, a página de Facebook e o site criado especialmente para o evento: www.encuentroderedes.org. Esta foi a primeira vez que se transmitiu uma reunião  do Conselho Intergovernamental.  

 

As boas-vindas

Na abertura, as palavras de boas-vindas foram de Maximiliano Uceda, secretário de Gestão Cultural do Ministério de Cultura da Argentina e presidente do Conselho Intergovernamental. Após saudar todos/as os/as participantes, com um agradecimento especial à Secretaria de Cultura do México, que se encarregou de parte da programação do evento, Uceda fez algumas considerações sobre a implementação do projeto, reforçando “como conseguimos fazer comunitário este encontro virtual”, e como é importante fortalecer estas instâncias virtuais para ter mesas de trabalho com continuidade.

Ao comentar a situação da Argentina neste momento, o secretário de Gestão Cultural lembrou o anúncio que o Ministério de Cultura havia feito dois dias antes, sobre o investimento de dois bilhões de pesos para o setor, e a possibilidade de apoiar mais Pontos de Cultura. “No início da pandemia havíamos anunciado uma linha de 100 milhões de pesos para os Pontos de Cultura, um investimento histórico, e havíamos conseguido selecionar ao redor de 450 projetos entre a primeira e a segunda convocatória. Com esse novo incentivo de 105 milhões de pesos argentinos, vamos apoiar cerca de 700 projetos mais”, afirmou, ressaltando a “clara diretriz de reativar a cultura de baixo para cima, entendendo o abaixo como a base que solidifica toda a construção do sistema cultural argentino”.

Em seguida, o coordenador do Espaço Cultural Ibero-americano, Enrique Vargas Flores, felicitou a realização do 4º Encontro de Redes em nome da Secretaria Geral Ibero-americana (Segib). “O que tem sido este encontro nos permite assegurar a saúde com que está o programa, a saúde e o entusiasmo, a confiança criada entre os países ao longo destes anos, e a clareza com que se tomam as decisões, sem nunca perder o foco no trabalho de base comunitária”, elogiou. 

Vargas também recordou que de 4 a 8 novembro se realizará o 7º Congresso Ibero-americano de Cultura (“Cultura e Desenvolvimento Sustentável”), com a participação dos 22 ministros e secretários de Cultura da região, e comentou a importância do diálogo com a cidadania para que o congresso possa se nutrir da voz das comunidades.

Os informes

A apresentação inicial do balanço do 4º Encontro de Redes esteve a cargo de Emiliano Fuentes Firmani, secretário técnico do IberCultura Viva, que disse ter alcançado as metas propostas em todo o processo, comentou os encontros anteriores e explicou que o evento se insere em um dos objetivos estratégicos do programa (“Fortalecer as capacidades de gestão e a articulação em rede das organizações culturais de base comunitária e dos povos originários”). 

Além de apresentar alguns dados desta quarta edição (110 pessoas convidadas como painelistas, 52 representantes de organizações culturais comunitárias, 4 representantes de povos originários, 48 representantes de governos, entre outros números), Fuentes Firmani destacou as articulações que possibilitaram as ofertas de formação, que contaram com 335 pessoas participantes. As parcerias com o Centro de Referência para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial na América Latina (Crespial) e a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso), que organizaram dois dos três seminários do encontro, segundo ele, foram importantes para alimentar o planejamento estratégico do próximo período.

“Tivemos um seminário que deu início  a uma relação que esperamos que seja fecunda e trace muitas pontes e tecidos, como dizia Adriana Molano, diretora geral do Crespial. Esta articulação nos permite avançar em um tema que até agora não temos explicitado e que entendemos que deve se incorporar ao planejamento. Nem toda cultura comunitária é patrimônio cultural imaterial, mas todo patrimônio cultural imaterial é cultura viva comunitária. Aí está uma linha de trabalho para vermos”, adiantou, lembrando também o seminário” que se fez com Flacso-Argentina, com quem o programa já vinha provando o trabalho conjunto e colaborativo.

O secretário técnico apresentou, ainda, um informe de execução do Edital de Apoio a Redes 2020: COVID-19 e Redes Culturais Comunitárias, que selecionou 53 iniciativas de 10 países, que em seu conjunto assistem a mais de 72 mil pessoas em suas respectivas comunidades. Como o único país que completou a cota prevista foi Argentina, acordou-se o remanejamento dos fundos previstos nesta convocatória extraordinária para aqueles países que apresentem propostas de apoio às organizações culturais comunitárias para sua sustentabilidade. As propostas devem ser aprovadas pelo Conselho Intergovernamental, sendo que o Uruguai foi o primeiro país a apresentar um projeto. 

Terminada a apresentação dos informes da Unidade Técnica, o gerente de Cooperação do Escritório Sub-regional Cone Sul da SEGIB, Marcos Acle, apresentou o informe de execução financeira do Fundo IberCultura Viva.

O balanço dos países

El Salvador Walter Romero, diretor das Casas da Cultura e Parques Culturais do Ministério de Cultura de El Salvador, foi o primeiro dos representantes nacionais ante o programa (REPPI) a comentar a participação de seu país no 4º Encontro de Redes. “Temos um balanço muito positivo. Me parecia um grande desafio pela situação que estamos vivendo, mas no final o encontro significou um debate continental muito destacado”, afirmou o diretor, que ressaltou a presença da antropóloga salvadorenha Marielba Herrera Reina no conversatório “Estudos sobre cultura comunitária”, e a exibição do documentário “25 anos do TNT”. “Para nós, foi muito importante encontrarmo-nos neste espaço, poder nos comunicar e trasladar aportes com todas as energias e alegrias.”

Uruguai Juan Carlos Barreto, assessor em Gestão Territorial da Direção Nacional de Cultura do Ministério de Educação e Cultura do Uruguai, celebrou o trabalho das redes e da equipe que levou mais de um mês de atividades, e comentou a importância da proximidade com as organizações culturais comunitárias nos territórios dos países da região. Também destacou a possibilidade de designar, extraordinariamente, parte dos fundos do Edital de Apoio a Redes 2020 (a parte que cabia a seu país) a uma proposta de fortalecimento dos Pontos de Cultura do Uruguai, desenvolvida com o Ministério de Desenvolvimento Social (MIDES), para melhorar os espaços físicos onde funcionam esses coletivos. 

Chile Marianela Riquelme Aguilar, encarregada do componente Fortalecimento de Organizações Culturais Comunitárias do programa Red Cultura, do Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile, felicitou e agradeceu (em nome da REPPI Patricia Rivera Ritter) a realização desta “aventura ambiciosa que resultou em um encontro muito interessante e muito enriquecedor”, valorizou a participação chilena nos conversatórios (Lorena Berríos, Cristian Mayorga, Tomás Peters, Carolina Herrera), e manifestou interesse na continuidade do Curso Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária, que o programa realiza em conjunto com Flacso-Argentina. Ademais, comentou que o Chile está com uma convocatória aberta para conceder financiamento a iniciativas postuladas por organizações culturais comunitárias, que permitam sustentar espaços de participação, intercâmbio, integração, criação artística e comunitária em contexto de emergência.

Espanha Pela primeira vez numa reunião do Conselho Intergovernamental, Alfonso Gentil, subdiretor geral de Relações Internacionais e União Europeia do Ministério de Cultura e Esporte de Espanha, falou do compromisso para conseguir uma melhor difusão e um maior alcance para aumentar a participação das organizações culturais comunitárias espanholas nas distintas instâncias do programa. Também mencionou que em seu país há um crescente protagonismo territorial, de localidades menores, e que nesta mesma quinta-feira havia sido lançada uma publicação em torno da ruralidade da cultura, “Pensar y hacer en el medio rural. Prácticas culturales en contexto”. “Nesta publicação, o que se põe em relevo é a importância da comunidade nestes tempos de pandemia. Na Espanha, os confinamentos estão mais territorializados, por municípios ou comunidades, e a cultura tem que se mover em um âmbito mais interno. Desse modo, o que a cultura faz é contribuir mais e melhor para o desenvolvimento sustentável do entorno mais próximo”, sublinhou.

Colômbia Luis Sevillano Boya, diretor de Populações do Ministério de Cultura da Colômbia, ao comentar o 4º Encontro de Redes, valorizou a grande participação de organizações diversas e de distintas regiões do país. Também comentou os nove projetos colombianos selecionados no Edital de Apoio a Redes 2020, elogiou a parceria com Flacso-Argentina, e apresentou a proposta do programa Mujeres Narran su Territorio. “Neste programa construímos conteúdos próprios, com diferentes formas de representação territorial: a partir da palavra, da música, da cozinha, da literatura, etc. O que pretendemos é incentivar a criação e a circulação desses conteúdos criados por mulheres. Temos seis capítulos com enfoque populacional e comunitário (mulheres afrodescendentes, palenqueras, ciganas, com deficiência, mulheres diversas, camponesas) e pensamos que isso poderia gerar um curso virtual de narrativas de território e virtualidade para mulheres”, sugeriu.

ArgentinaDiego Benhabib, coordenador dos Pontos de Cultura da Argentina, também a  alta participação do país em todas as propostas do 4º Encontro de Redes, tanto nos conversatórios como na Mostra de Cinema Comunitário Ibero-americano, e também no grupo de trabalho “Participação social e cooperação cultural”. “Houve uma aposta importante por parte de nosso ministério e acho que isso se refletiu nas organizações e redes de cultura comunitária do país, em sua vontade de participar e dar sua opinião, de escutar e mostrar suas vozes e produções”, observou. O grande número de postulações da Argentina para o Edital de Apoio a Redes 2020 (do total de 34, foram selecionadas 10) e o reforço orçamentário para o programa Pontos de Cultura foram outros assuntos comentados por Benhabib em sua intervenção.

Costa Rica Eduardo Reyes, coordenador de Pontos de Cultura de Costa Rica, considerou que seu país teve “uma participação muito bonita” no 4º Encontro de Redes, com a presença de painelistas como Andrea Ruiz, Elides Rivera, Layly Castillo e Flory Salazar. “Essas quatro gestoras culturais trabalham fora do centro de San José e apresentaram experiências de território bastante enriquecedoras. Assim como a participação de Andrea Mata e Carolina Picado em outros espaços, que também consideramos muito satisfatórias”, afirmou. Ademais, Reyes destacou que a Direção de Cultura acaba de concluir duas convocatórias com número recorde de postulações: a do programa Pontos de Cultura, recém-encerrada com 100 propostas, e a de “Becas Taller”, também com muitos projetos recebidos, para além das expectativas.

México Esther Hernández Torres, diretora geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura do México, felicitou o trabalho conjunto pelo 4º Encontro de Redes,  que considerou “muito rico, valiosíssimo em termos de experiências, vozes, críticas, consonâncias e dissonâncias”. “Uma coisa de que gosto muito neste Conselho e neste encontro é que não há uma só voz, uma só perspectiva, e sim um um espaço diverso, que se abre ao diálogo de maneira constante”, festejou. A diretora também apresentou balanços quantitativos das atividades do encontro que foram organizadas pela Secretaria de Cultura: a Mostra de Cinema Comunitário Ibero-americano, o GT “Participação social e cooperação cultural” e a enquete para agentes culturais ibero-americanos sobre os impactos comunitários da pandemia de Covid-19.

Equador Jorge Xavier Carillo, diretor de Política Pública de Artes e Empreendimentos do Ministério de Cultura e Patrimônio do Equador, agradeceu às pessoas que participaram das diversas ações do 4º Encontro de Redes, e recordou que o artigo 122 da Lei Orgânica de Cultura do Equador dispõe sobre a implementação da Rede de Gestão Cultural Comunitária, um trabalho que se pretende retomar. Também citou a linha de apoio à cultura viva comunitária que havia sido aprovada antes da fusão dos institutos de fomento e que estão tentando dar seguimento. “Uma das coisas mais interessantes é como desde as experiências da cultura viva comunitária se pensam também os empreendimentos, as economias populares e solidárias. Tem sido um momento complexo, mas temos visto que apesar das enormes dificuldades, as organizações e as pessoas seguem levando a cabo, e a responsabilidade de nós, que estamos nas instituições, é de empurrar, de ajudar que isso siga se firmando”, observou.

Peru Carlos La Rosa, diretor de Artes do Ministério de Cultura do Peru, fez  um breve resumo da participação ativa de seu país no 4º Encontro de Redes, não somente por parte das organizações, mas também dos agentes de instituições públicas, começando pelo ministro da Cultura, Alejandro Neyra, que esteve presente na conferência inaugural. “É uma política importante no ministério, o reconhecimento e contínuo fortalecimento das estratégias a favor da cultura comunitária”, disse o diretor, que calculou em 49 o número de pessoas do Peru que participaram ao longo das diversas ações e espaços do encontro. “Creio que este será um rito importante em termos de desenvolvimento e enriquecimento das ações que se podem estabelecer desde os espaços dos programas ibero-americanos”, afirmou.

 

A nova gestão

Terminada a leva de comentários dos/das representantes dos países sobre o evento, confirmou-se a eleição das novas autoridades do programa e passou-se a palavra para a nova presidenta do Conselho Intergovernamental, Esther Hernández, que agradeceu a todos/as por abraçar a postulação do México, felicitou a gestão da Argentina (responsável pela presidência nos últimos três anos), e manifestou seu interesse em fortalecer a comunicação com os/as representantes nacionais e também com as organizações de base comunitária de seu país. “É um momento propício para estreitar os laços, para envolver mais efetivamente a rede, envolver outras organizações que ainda não fazem parte da rede, e estender o convite a outros governos locais para que se somem ao programa”, comentou.

O encerramento

No encerramento da reunião, o coordenador do Espaço Cultural Ibero-americano, Enrique Vargas Flores, recuperou algumas palavras que havia dito na conferência inaugural, ao comentar a relevância que os governos estão dando à cultura comunitária em suas políticas públicas. “Talvez o foco midiático tenha estado (legitimamente) nas indústrias culturais, nos artistas, mas a pura presença desses ministros e tudo o que tem significado este encontro manifestam o compromisso que se tem desde a institucionalidade com o trabalho de base comunitária. (…) É sobretudo um reconhecimento às pessoas que estão na base comunitária, que tem sido parte fundamental disso. Todos os que estamos aqui somos apenas mediadores. O verdadeiro trabalho é deles e é para eles que devemos seguir trabalhando”.

Enrique Vargas também lembrou que a presidência do México se inaugura em um contexto mais complexo do que aqueles que tínhamos em anos anteriores. “A economia do mundo vai começar o próximo ano com uma média de 10% a menos, com novos pobres, com classes médias que infelizmente voltaram à pobreza. Vivemos na região mais desigual do mundo, e tudo o que fizermos tem que ajudar a reverter esta triste realidade. (…) Temos que redobrar esforços e dar um valor adicional a esta nova realidade que todos estamos enfrentando. Somente juntos vamos conseguir cumprir os objetivos traçados por este programa”.

O firme compromisso de trabalhar em conjunto com as organizações e redes culturais comunitárias também foi reforçado por Diego Benhabib, que encerrou a reunião agradecendo a todos e todas em nome da presidência do programa. “As organizações culturais comunitárias tiveram e têm um papel fundamental neste contexto de pandemia. Essas organizações vêm ajudando às populações a tentar mitigar as condições geradas pela emergência sanitária, e têm feito isso desde seus espaços militantes, comprometidos, com propostas em articulação com os estados (nacionais, estaduais, municipais). Este papel tem sido fundamental e vai seguir sendo”, afirmou Benhabib, ressaltando que este compromisso é o espírito prioritário e essencial do IberCultura Viva. 

 

Confira o informe do 4º Encontro de Redes

Confira o informe do Edital de Apoio a Redes 2020

 

Confira a ata da reunião do Conselho Intergovernamental

Veja o vídeo da transmissão ao vivo 

 

Leia também:

México assumirá a presidência do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva

 

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15

out
2020

Em Destaque
Notícias

Por IberCultura

México assumirá a presidência do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva

Em 15, out 2020 | Em Destaque, Notícias | Por IberCultura

 

A Secretaria de Cultura do Governo do México terá a presidência do programa IberCultura Viva durante os próximos três anos. A decisão foi acordada nesta quinta-feira 15 de outubro por consenso de representantes de 10 países membros, na reunião extraordinária do Conselho Intergovernamental realizada no encerramento do 4º Encontro de Redes IberCultura Viva. Esta foi a primeira vez que uma reunião do Conselho Intergovernamental foi transmitida ao vivo por Facebook e YouTube.

A função da vice-presidência será exercida pela Secretaria de Gestão Cultural do Ministério de Cultura da Argentina, país que desde 2017 respondia pela presidência do Conselho Intergovernamental. Nos primeiros três anos de implementação do programa, entre 2014 e 2017, a presidência esteve a cargo do Ministério da Cultura do Brasil, por meio da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural.

O Comitê Executivo, que acompanha a Unidade Técnica na execução dos trabalhos, será integrado por Chile, Colômbia e Costa Rica no período 2021-2023. Esses países têm como representantes institucionais ante o programa, respectivamente, o Departamento de Cidadania Cultural do Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio, a Direção de Populações do Ministério de Cultura, e a Direção de Cultura do Ministério de Cultura e Juventude.

Os representantes dos países que agora integram o Comitê Executivo, somados ao representante da Direção de Artes do Ministério de Cultura do Peru, formarão a comissão especial de trabalho que preparará, junto com a Unidade Técnica, o Plano Estratégico Trienal (PET 2021-2013) e o Plano Operativo Anual (POA 2021). Nesta proposta serão levados em conta os debates realizados no 4º Encontro de Redes, nas três sessões do conversatório “Participação social e cooperação cultural” que ocorreram nos dias 25 de setembro, 2 e 9 de outubro.

A eleição das novas autoridades do programa e a formação do grupo especial de trabalho para o planejamento do próximo período foram dois dos principais acordos desta reunião do Conselho Intergovernamental, que também contou com a apresentação de um balanço do 4º Encontro de Redes IberCultura Viva.  Estiveram presentes neste encontro virtual 23 pessoas, representantes dos 11 países membros, integrantes da Unidade Técnica e da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB).

 

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13

out
2020

Em Notícias

Por IberCultura

Reunião do Conselho Intergovernamental encerra o 4º Encontro de Redes IberCultura Viva

Em 13, out 2020 | Em Notícias | Por IberCultura

Uma reunião extraordinária do Conselho Intergovernamental encerrará o 4º Encontro de Redes IberCultura Viva, na próxima quinta-feira 15 de outubro, a partir das 14h (hora de Brasília). O encontro virtual contará com a presença de representantes dos países membros (REPPI) e terá transmissão ao vivo pela página de Facebook e o canal de YouTube do programa.

Nesta reunião será proposta a criação de uma comissão especial de trabalho que prepare, junto com a Unidade Técnica, o planejamento estratégico do período 2021-2013 e o Plano Operativo Anual (POA 2021). Nesta proposta serão levadas em conta as discussões realizadas. durante o 4º Encontro de Redes, em especial nas três sessões do conversatório “Participação social e cooperação cultural”, que ocorrem nas últimas três sextas-feiras (25 de setembro, 2 e 9 de outubro).

Na abertura, depois das palavras de boas-vindas por parte da presidência do programa, será apresentado um balanço sobre a realização do 4º Encontro de Redes IberCultura Viva e o Edital de Apoio a Redes e Trabalho Colaborativo 2020. 

Cada REPPI também deverá fazer um balanço de 10 minutos sobre a participação de seu país no 4º Encontro de Redes e apresentar propostas para os últimos meses de 2020, caso as tenha. Além disso, deverão eleger as novas autoridades para presidir o Conselho Intergovernamental (CI) no período 2021-2023. 

 

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03

out
2020

Em Notícias

Por IberCultura

“Estudos sobre cultura comunitária” encerra a programação de conversatórios temáticos do 4º Encontro de Redes 

Em 03, out 2020 | Em Notícias | Por IberCultura

As políticas culturais de base comunitária (PCBC) têm se transformado nos últimos anos em objeto de estudo com interesse na pesquisa acadêmica de várias disciplinas, tanto das ciências sociais como das ciências humanas. Desde as formas de  produção ou criação de significados no campo popular até a relação entre práticas culturais e participação social, passando pelas dinâmicas de articulação social e a relação com o habitat e o ambiente, os Estudos sobre Cultura Comunitária se apresentam como um importante auxiliar para a elaboração e a implementação das PCBC na Ibero-América.

O conversatório que será realizado na próxima terça-feira 6 de outubro propõe-se como um espaço para reflexionar sobre as perspectivas da cultura comunitária como política cultural, com uma visão desde a academia e dos direitos culturais. O primeiro painel, que começará às 14h (hora de Argentina), terá a moderação de Valeria López López, do Programa Cultura Comunitária da Secretaria de Cultura do Governo do México. A segunda sessão, às 17h, será moderada por Rosario Lucesole (Argentina), consultora de projetos do programa IberCultura Viva.

Participam do primeiro painel: Damián Del Valle (Argentina), coordenador do Grupo de Trabalho CLACSO Artes, Educação e Cidadania; Nicolás Lozano Galindo (Colômbia), politólogo, ex-coordenador técnico do Centro Regional para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da América Latina (CRESPIAL-UNESCO); Marielba Herrera Reina (El Salvador), presidenta da Rede de Estudos Afro-centro-americanos; Eduardo Nivón Bolán (México), doutor em antropologia, especialista em movimentos sociais, políticas culturais e cultura urbana; Elodie Bordat-Chauvin (Francia), doutora em Ciências Políticas e diretora do Mestrado de Política e Gestão da Cultura no Institut d’Etudes Européennes da Universidade Paris 8.

O segundo painel conta com a presença de Juan Aranovich (Argentina), diretor nacional de Formação Cultural do Ministério de Cultura; Carlos Bonfim (Brasil), doutor em Integração da América Latina e coordenador do grupo de pesquisas em Práticas Artísticas e Pensamento Crítico na América Latina na Universidade Federal da Bahia; Tomás Peters (Chile), doutor em Estudos Culturais e docente do Instituto da Comunicação e Imagem da Universidade do Chile; Andrea Mata Benavides (Costa Rica), doutoranda em Ciências Sociais (FLACSO) e docente da Escola de Artes Dramáticas da Universidade de Costa Rica; Luisa Velásquez Santiago (México). mestranda em Desenvolvimento e Gestão Cultural na Universidade de Guadalajara; Jaron Rowan (Espanha), diretor de Pesquisa e coordenador da Unidade de Pesquisa e Doutorado da BAU, Centro Universitário de Design, em Barcelona.

Este é o último dos conversatórios temáticos programados para o 4º Encontro de Redes IberCultura Viva. Na sexta-feira 9 de outubro, às 14h (hora de Argentina), será realizada a terceira e última sessão do grupo de trabalho “Participação social e cooperação cultural”, que desde a sexta-feira 25 de setembro está reunido para reflexionar sobre o desenvolvimento do programa e aportar para a construção do Plano Estratégico Trienal 201-2023 do IberCultura Viva. 

Os bate-papos terão transmisão ao vivo pela página de Facebook do IberCultura Viva e o canal do programa no YouTube (www.youtube.com/iberculturaviva). Também poderão ser acompanhados através da página web do evento: www.encuentroderedes.org.

 

 

Quem participa

 

PAINEL 1 – Terça-feira 6 de outubro 

14h (ARG-BRA-URY-CHL), 12h (COL-ECU-MEX-PER), 11h (CRI-SLV), 19h (ESP)

Damián Del Valle (Argentina) 

Formado em Sociologia pela Universidad Nacional de la Plata (UNLP). Coordenador da Plataforma Regional de Integração Universitária (PRIU – IEC). Doutorando em Educação na Universidade Nacional de Córdoba. Atualmente é secretário de Desenvolvimento e Vinculação Institucional do Reitorado da Universidad Nacional de las Artes (UNA) e como professor-pesquisador da mesma universidade. É professor regular de Políticas Educativas da área transdepartamental de formação docente da UNA e do seminário Administração Cultural Pública no Mestrado em Cultura Pública, diretor da Diplomatura em Mediação Cultural da UNA, e coordenador do Grupo de Trabalho CLACSO Artes, Educação e Cidadania.

 

Nicolás Lozano Galindo (Colombia) 

Politólogo da Universidade Nacional de Colombia. Tem experiência em políticas culturais, interculturalidade, acesso cidadão aos direitos culturais, patrimônio material e imaterial, memória cultural e sistemas de participação em cultura. Tem se desempenhado como coordenador técnico do Centro Regional para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da América Latina (CRESPIAL-UNESCO). Foi assessor  do Grupo de Patrimônio Imaterial do Ministério de Cultura da Colômbia e do Instituto Distrital de Patrimônio Cultural da cidade de Bogotá. Também coordenou projetos de cooperação internacional em relação a comunidades afrodescendentes e camponesas. Atualmente se encontra cursando  o mestrado MA Cultural Policy, Relations and Diplomacy em Goldsmiths University of London.

 

Marielba Herrera Reina (El Salvador) 

Antropóloga afro-salvadorenha. Membro da Rede de Mulheres Afro-latino-americanas, Afro-caribenhas e da Diáspora. Tem pesquisado e publicado sobre expressões culturais de povos indígenas e afrodescendentes em diversos países latino-americanos. Atualmente, é a presidenta da Rede de Estudos Afro-centro-americanos, que trabalha em conjunto com as populações de afrodescendentes no istmo centro-americano e é fundadora das Jornadas Internacionais de Estudos Afro-centro-americanos.

 

Eduardo Nivón Bolán (México)

Doutor em antropologia pela Universidade Nacional Autônoma de México (UNAM). Especialista em movimentos sociais, políticas culturais e cultura urbana. Coordenador desde 2004 da Especialização em Políticas Culturais e Gestão Cultural na Universidade Autônoma Metropolitana (UAM)-Unidade Iztapalapa, onde também é coordenador do corpo acadêmico de Cultura Urbana.

 

 

 

Elodie Bordat-Chauvin (França)

Doutora em Ciências Políticas pela Sciences Po Aix e formada em etnologia pela Escuela Nacional de Antropología e Historia do México. Dirige o Mestrado de Política e Gestão da Cultura no Instituto de Estudos Europeus da Universidade Paris 8. Especialista em políticas culturais comparadas entre México e Argentina. Realizou um estágio no Ministério de Cultura da Argentina em 2017 graças a um pós-doc do CONICET. Publicou vários artigos e dois livros sobre políticas culturais no México e na Argentina, dos quais sua versão em espanhol é esperada em breve.

 

Valeria López López (México) – Moderadora

Formada em Ciências Políticas e Administração Pública pela Faculdade de Ciências Políticas e Sociais da Universidade Nacional Autónoma de México (UNAM). Cursou a licenciatura em Literatura Dramática e Teatro na Faculdade de Filosofia e Letras (FFyL) da UNAM, onde especializou-se na área de Teatrologia. Também cursou Políticas Culturais e Gestão Cultural na Universidade Autônoma Metropolitana (UAM-Iztapalapa), e a pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária FLACSO/IberCultura Viva. Atualmente trabalha no programa Cultura Comunitária da Direção Geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura do Governo do México, como responsável pela Direção de Animação Cultural. A partir de 2012 incursiona pelo circo, onde tem trabalhado como assistente de direção, produtora executiva, programadora e gestora cultural. Em 2017 fundou Anarama – Investigación y Gestión Cultural A.C., com o objetivo de criar projetos de pesquisa e desenvolvimento cultural. 

 

PAINEL 2 – Terça-feira 6 de outubro

17h (ARG-BRA-URY-CHL), 15h (COL-ECU-MEX-PER), 14h (CRI-SLV), 22h (ESP)

Juan Aranovich – Dirección Nacional de Formación Cultural (Argentina) 

Gestor e ativista cultural, conta com estudos de pós-graduação em Gestão e Política em Cultura e Comunicação pela FLACSO e Psicologia pela Universidade de Buenos Aires. Foi docente em UMET e FLACSO. Atualmente é diretor nacional de Formação Cultural no Ministério de Cultura da Argentina. É fundador e ex-director do Club Cultural Matienzo, e fundador do MECA (Movimento de Espaços Culturais e Artísticos).

 

Carlos Bonfim – Universidade Federal da Bahia (Brasil) 

Doutor em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo. Realizou pesquisa de pós-doutorado no Centro de Estudos Superiores do México e Centroamérica da Universidade de Ciências e Artes de Chiapas, México. É docente do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Prof. Milton Santos, da Universidade Federal da Bahia, onde coordena o grupo de pesquisa em Práticas Artísticas e Pensamento Crítico na América Latina e o projeto Rede Ao Redor, uma cartografia de iniciativas juvenis em arte, comunicação e cultura. Entre 2007 e 2017 coordenou o projeto Latitudes Latinas, dedicado à difusão da música e a arte latino-americana. Tem coordenado junto a José Tasat (da Untref) o seminário Pensar América: pensadores latino-americanos em diálogo. É  membro da Associação Internacional para o Estudo da Música Popular – Rama América Latina (IASPM-AL) e curador internacional do Festival Negramérica: cultura e periferia. 

 

Tomás Peters (Chile)

Sociólogo e doutor em Estudos Culturais pelo Birkbeck College, University of London. Suas áreas de pesquisa são sociologia da arte e da cultura, estudos culturais e história e teoria das políticas culturais na América Latina. É professor do Instituto da Comunicação e Imagem da Universidade do Chile. 

 

 

 

Andrea Mata Benavides (Costa Rica) 

Antropóloga social e teatreira. Docente da Escola de Artes Dramáticas da Universidade de Costa Rica. Doutoranda de FLACSO Argentina. Atualmente desenvolve a tese de doutorado “A ação coletiva do movimento latino-americano Cultura Viva Comunitária nos casos de Costa Rica e Argentina”. 

 

 

 

Luisa Velázquez Santiago (México) 

Formada em Artes Cênicas, especialista em Políticas Culturais e Gestão Cultural pela UAM e mestranda em Gestão e Desenvolvimento Cultural pela UdeG. Participou de diversos cursos e seminários sobre políticas públicas e desenvolvimento comunitário. Atualmente é responsável pela chefia do programa Zapopan Comunitária no governo municipal de Zapopan (Jalisco). Sua prática cultural tem se guiado por processos pedagógicos centrados principalmente em infâncias. Em 2015, fundou o Centro Cultural Comunitário Kóokay, para o qual dirigiu diversos projetos, como El Fresno Brilla, a biblioteca comunitária Entre Letras, o Circo Luciérnaga, e a orquestra infantil e juvenil ECOS-Kóokay. Desde 2017 participa ativamente da Rede Latino-americana de Cultura Viva Comunitária. 

 

Jaron Rowan (Espanha)

Pesquisador, professor e escritor. É diretor de Pesquisa e coordenador da Unidade de Pesquisa e Doutorado da BAU, Centro Universitário de Design, em Barcelona. Escreveu os libros “Emprendizajes en cultura” (Traficantes de Sueños, 2010), “Memes: inteligencia idiota, política rara y folclore digital” (Capitan Swing, 2015) e “Cultura libre de Estado” (Traficantes de Sueños, 2016). Também foi colaborador e coautor de livros como “Innovación en Cultura” (Traficantes de Sueños, 2009), “Cultura libre digital” (Icaria, 2012) e “La tragedia del copyright” (Virus, 2013), além de colaborar com jornais e revistas.

 

Rosario Lucesole (Argentina) – Moderadora

Consultora de projetos da Unidade Técnica do IberCultura Viva. Trabalha na Direção Nacional de Formação Cultural do Ministério de Cultura da Argentina. Licenciada em Artes Combinadas pela Universidade de Buenos Aires (UBA). Especialista em Gestão Cultural e Políticas Culturais (IDAES-UNSAM) e mestranda em Estudos Culturais na América Latina (UBA). Coordenadora e docente da Diplomatura em Mediação Cultural (UNA/CLACSO), e docente de História Sociocultural da Arte (Universidad Nacional de las Artes-UNA), do Mestrado em Cultura Pública (UNA), e da Pós-graduação Internacional de Políticas Culturais de Base Comunitária na Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO-Argentina).

 

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30

set
2020

Em Notícias

Por IberCultura

Ministério das Culturas do Chile abre convocatória para o fortalecimento de organizações culturais comunitárias 

Em 30, set 2020 | Em Notícias | Por IberCultura

O Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile, através do programa Red Cultura, abriu nesta terça-feira 29 a Convocatória 2020 para o Fortalecimento de Organizações Culturais Comunitárias (OCC), destinada a apoiar iniciativas em três modalidades: Diagnóstico e fortalecimento interno da OCC e sua comunidade, Articulação de redes nos territórios, e Iniciativas de apoio e contenção social a partir do trabalho cultural comunitário.

O montante disponível é de 170 milhões de pesos chilenos, que permitirá entregar recursos de até 3 milhões de pesos a cada iniciativa selecionada, e de 1 milhão e meio de pesos como mínimo. Haverá um prazo de cinco meses para concretizá-la.

O objetivo desta convocatória é conceder financiamento a iniciativas postuladas por organizações culturais comunitárias, com ou sem personalidade jurídica, sem fins lucrativos, que permitam sustentar espaços de participação, intercâmbio, integração, criação artística e comunitária no contexto da emergência. O prazo de inscrição se encerra em 21 de outubro, às 17h (hora local).

 

Modalidades

1 – Diagnóstico e fortalecimento interno da OCC e sua comunidade (Intra-OCC)

O objetivo desta modalidade é apoiar a gestão da organização cultural comunitária através de um processo grupal de trabalho autoavaliativo interno que traga como resultado uma proposta de fortalecimento do vínculo da OCC com a comunidade, que lhes permita manter e/ou potenciar espaços de participação. Equipe: mínimo de 3 pessoas.

 

2 – Articulação em redes nos territórios (Inter-OCC)

O objetivo desta modalidade é apoiar a gestão das organizações culturais comunitárias postulantes, através do financiamento de uma iniciativa que considere processos de trabalho grupal autoavaliativo e que traga como resultado uma proposta associativa de fortalecimento do vínculo das OCC com a comunidade, que lhes permita manter e/ou potenciar espaços de participação. A equipe mínimo é de 3 pessoas/ 3 OCC.

3 – Iniciativas de apoio e contenção social a partir do trabalho cultural comunitário (Extra-OCC)

A modalidade contempla iniciativas criadas por uma ou mais OCC para a difusão e/ou criação de material digital ou virtual, que conte com a participação de artistas locais e/ou artistas educadores pertencentes à/às OCC participantes, ou aos territórios de pertencimento delas. Equipe mínimo sugerida: 3 pessoas.

 

Concursabilidade

Na elaboração do regulamento foram considerados os antecedentes aportados pelas Organizações Culturais Comunitárias durante os encontros regionais e nacionais organizados pelo Departamento Cidadania Cultural através do programa Red Cultura. Foram levadas em conta as dificuldades de conexão, as possíveis complexidades das postulações online e a falta de retribuição econômica às pessoas responsáveis das iniciativas.

Por esse motivo, o atual processo de inscrição não requererá registro no Perfil Cultura nem nem será feito através da plataforma www.fondoscultura.cl  A maneira de postular será mediante a apresentação de um formulário Word enviado ao e-mail convocatoria.redcultura@cultura.gob.cl

Outra medida adotada é que se eliminam as cartas de apoio e só se deve apresentar cartas de compromisso da equipe de trabalho. Neste processo também se considera o pagamento de honorários para quem executa a iniciativa e não se contempla uma porcentagem determinada para cada item de gasto.

 

Consultas: redcultura@cultura.gob.cl

Regulamento e formulários: https://bit.ly/33i27Y4

 

 

(*) Texto publicado no site do Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile

 

 

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30

set
2020

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Edital de Apoio a Redes 2020 seleciona 53 iniciativas realizadas em comunidades de 10 países 

Em 30, set 2020 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

(Foto: Cultura de Red)

O programa IberCultura Viva anunciou nesta quarta-feira 30 de setembro os 53 projetos selecionados no Edital de Apoio a Redes 2020: COVID-19 e Redes Culturais Comunitárias. As inscrições estiveram abertas no Mapa IberCultura Viva entre 21 de julho e 4 de setembro. Foram recebidas 90 postulações. As propostas selecionadas são dos seguintes países: Argentina (10), Brasil (4), Chile (7), Colômbia (9), Costa Rica (1), Equador (5), El Salvador (3), México (6), Peru (6) e Uruguai (2).

Esta edição foi dirigida a iniciativas de redes culturais comunitárias que articulam ações de apoio à emergência sanitária pela pandemia de COVID-19. As atividades de apoio e assistência podiam ser em temas de alimentação, de saúde o educação no contexto da pandemia. Cada projeto selecionado receberá US$ 1 mil para utilizar em insumos e/ou logística das atividades.

O processo de seleção seguiu critérios que incluem a trajetória de trabalho territorial da organização responsável e sua experiência no desenvolvimento de ações apoio e assistência em matéria de alimentação, saúde e/ou educação. Também contaram pontos seu trabalho no desenvolvimento de uma cultura cooperativa, solidária e transformadora, mediante o fortalecimento da capacidade de organização comunitária.

As organizações culturais comunitárias e/ou povos originários com candidaturas selecionadas receberão, no decorrer da próxima semana, um correio eletrônico com as indicações e documentação necessária para o recebimento da ajuda.

Confira a lista de projetos selecionados

PORT- INFORMACIÓN SELECCIONADAS – Redes 2020

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