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Almirante Brown lança a convocatória do Fundo Municipal das Artes 2021
Em 28, jun 2021 | Em Notícias | Por IberCultura
O Instituto Municipal das Culturas de Almirante Brown (Argentina) convoca trabalhadores/as da cultura e artistas argentinos/as e/ou estrangeiros/as que residam legalmente no distrito para participar das “Bolsas de Criação e Formação 2021”.
Serão concedidas bolsas de 60 mil pesos argentinos cada para as seguintes disciplinas: teatro, artes circenses, dança, artes visuais, música, arte digital, narração, letras, artesanato, patrimônio. A convocatória estará aberta até 26 de julho.
A iniciativa tem como objetivos promover as iniciativas artístico-culturais do distrito; contribuir com a renovação dos projetos cancelados e/ou postergados pela crise sanitária; potenciar os projetos de todas as disciplinas artísticas mencionadas para seu desenvolvimento e concretização, desde que possam ser realizadas no contexto atual; outorgar financiamento para a instância de criação, e fortalecer o acesso à cultura no território.
As bolsas terão duração mínima de três meses e deverão ser cumpridas no distrito de Almirante Brown de forma presencial ou de maneira virtual, num prazo de até nove meses a contar a partir do pagamento. As personas beneficiárias deverão realizar uma contrapartida (oficinas, apresentações etc.), caso ela seja solicitada pelas autoridades do instituto, com até quatro horas, no âmbito dos programas de formação artística.
Consultas: fmartesbrown@gmail.com
(*) Almirante Brown es una de las municipalidades integrantes de la Red IberCultura Viva de Ciudades y Gobiernos Locales. Conoce más sobre la red en https://bit.ly/3ceh9SD.
Movimento Latino-americano de CVC organiza série de conversatórios permanentes
Em 25, jun 2021 | Em Notícias | Por IberCultura
A série “Conversatórios permanentes de Cultura Viva Comunitária” começou na quinta-feira, 24 de junho, por videoconferência, com a temática “Direitos humanos, bem viver e práticas culturais comunitárias”. Participaram do encontro Mario Rodríguez (Bolívia), Cristina Techera (Argentina) e Benjamín Briones (Chile). Esta conversa foi organizada pelo Círculo da Palavra de Direitos Humanos do Movimento Latino-americano de CVC e transmitida pelo canal de YouTube “Conversatorios Permanentes CVC”.
A ideia de construir este espaço surgiu da equipe de acompanhamento continental de Cultura Viva Comunitária, instância composta por representantes de várias redes, com caráter articulador e político, que acompanha a realização dos congressos e colabora com o movimento entre congressos.
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Os círculos da palavra constituídos nos Congressos Latino-americanos de CVC, e que agora organizam esses conversatórios permanentes, são dez: Arte, cultura e transformação social; Conjuntura latino-americana; Comunicação; Infância e juventude na cultura comunitária; Povos originários; Feminismos, gêneros e diversidades; Para outras economias; Educação popular; Direitos humanos; Saúde e bem viver.
Os encontros serão realizados sempre às quintas-feiras, até 26 de agosto. O próximo conversatório, no dia 1º de julio, estará a cargo do Círculo da Palavra Hacia otras economías.
Onde acompanhar os conversatórios: https://www.youtube.com/channel/UC9scgIk8LIwck_e9RQMtv6A
Programa Pontos de Cultura da Argentina completa 10 anos
Em 22, jun 2021 | Em Notícias | Por IberCultura
Em 22 de junho de 2011 foi criado o Programa Pontos de Cultura na Argentina. São 10 anos apoiando a cultura comunitária, construindo no território, acompanhando projetos coletivos e fortalecendo a cultura solidária em todo o país.
Para celebrar esses 10 anos de atividades, em breve se realizará o Encontro Nacional de Pontos de Cultura 2021. A programação contará com conversatórios, grupos de trabalho, encontros regionais e de articulação em rede, fóruns e oficinas.
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O programa Pontos de Cultura surgiu no âmbito de um projeto nacional e popular, com o objetivo de acompanhar coletivos e organizações sociais que desenvolvem projetos comunitários, apoiando o trabalho de base, a participação, a formação e o fortalecimento das redes locais, regionais e nacionais que sustentam o tecido social.
Baseado no programa Cultura Viva, surgido no Brasil no ano de 2004, Pontos de Cultura veio para reestruturar e aprofundar as experiências de apoio a organizações sociais e comunidades indígenas desenvolvidas até o momento, sistematizando uma política cultural e gerando um contato perdurável e planejado com elas, para que suas iniciativas sejam sustentáveis no tempo.
Nesta década de trabalho, foram realizadas seis convocatórias públicas – com um investimento de mais de 260 milhões de pesos argentinos. Atualmente, a Rede Nacional de Pontos de Cultura conta com organizações de todo o país.
O programa não apenas oferece subsídios para levar adiante projetos, mas também assessoramento para sua apresentação e execução; ferramentas de capacitação; encontros regionais e nacionais com a possibilidade de trabalhar em rede junto aos Pontos de todo o país, para fortalecer e multiplicar seu impacto transformador. Todas as novas organizações que se integram ao programa formam parte da Rede Nacional de Pontos de Cultura. Porque cada trabalho se potencializa estando em contato com outros, compartilhando seus relatos e suas experiências.
Leia a notícia publicada no site Identidades, do Ministério de Cultura
Consultas: puntos@cultura.gob.ar
IberCultura Viva abre edital para o GT de Sistematização de Políticas Culturais de Base Comunitária
(Foto: Oliver Kornblihtt)
O programa IberCultura Viva abre nesta quinta-feira, 17 de junho, a convocatória para integrar o Grupo de Trabalho de Sistematização e Divulgação de Práticas e Metodologias de Políticas Culturais de Base Comunitária (GT de Sistematização). Os interessados terão até o dia 13 de agosto de 2021 para se cadastrar na plataforma Mapa IberCultura Viva.
Poderão participar pessoas vinculadas a instituições de ensino dos países membros (universidades, centros de pesquisa ou formação, institutos ou similares) dedicadas à pesquisa de políticas culturais de base comunitária (PCBC), ou de projetos de extensão cultural ou vinculação comunitária voltados para a comunidade.
Além de apresentar o formulário de inscrição disponível no Mapa IberCultura Viva devidamente preenchido, a pessoa candidata deverá enviar em anexo um documento que certifique o vínculo institucional e/ou linha de pesquisa (ata de aprovação ou seleção de projetos de pesquisa, resoluções de criação de programas ou atividades de extensão, cartas de diretores e/ou autoridades da instituição). As postulações recebidas serão avaliadas pela Unidade Técnica do programa e encaminhadas ao Conselho Intergovernamental para aprovação final.
O GT de Sistematização terá como objetivos: 1) Contribuir para a construção de um sistema de informação sobre PCBC representativo da diversidade dos países que compõem o programa; 2) Auxiliar na divulgação de trabalhos de pesquisa e reflexão sobre as PCBC; 3) Promover o intercâmbio e a cooperação entre pessoas dedicadas à pesquisa de PCBC em diferentes países; 4) Estimular estudos relacionados às PCBC desenvolvidas pelos governos centrais e locais; 5) Propor e/ou participar da realização de fóruns, seminários, reuniões e outros tipos de eventos de reflexão sobre as PCBC; 6) Promover a construção de uma rede de universidades vinculadas ao programa IberCultura Viva.
A participação no GT será feita ad honorem. O programa emitirá certificado de participação no grupo de trabalho para as pessoas participantes. As pessoas que ingressam assumem o compromisso de participar de pelo menos uma reunião mensal e de uma das comissões de trabalho estabelecidas pelo GT. O GT de Sistematização se reunirá pela primeira vez no âmbito da reunião do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva para definir o mecanismo, o cronograma e a metodologia de trabalho.
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Confira o regulamento da convocatória: https://bit.ly/3gAeWSH
Onde se inscrever: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/170/
Consultas: programa@iberculturaviva.org
Rede de Cidades e Governos Locais realiza a primeira reunião de trabalho de 2021
Em 14, jun 2021 | Em Notícias | Por IberCultura
Nesta segunda-feira, 14 de junho, a Rede de Cidades e Governos Locais IberCultura Viva se reuniu para começar a organizar uma agenda de trabalho e desenvolver um plano de ação para 2021, de acordo com o Plano Estratégico Trienal (PET 2021-2023) e o Plano Operativo Anual (POA 2021), recentemente aprovados pelo Conselho Intergovernamental do programa. Vinte pessoas participaram desta reunião por videoconferência.
Além dos três novos integrantes da rede – o cantão de Alajuelita (Costa Rica) e os municípios de Xalapa e Jojutla (México) –, participaram do encontro representantes dos governos das províncias de Entre Ríos e Chaco (Argentina) e dos municípios de Marcos Juárez (Argentina), Niterói (Brasil), San Luis Potosí e Zapopan (México). Também participaram representantes dos governos do Chile, Argentina, Costa Rica e México.
Esther Hernández Torres, diretora-geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura do México e presidente do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva, deu as boas-vindas às cidades que aderiram este ano e falou sobre a importância de fortalecer o trabalho da rede, de pensar em novas adesões como uma possibilidade de aprofundar e dar mais força ao trabalho que se realiza no IberCultura Viva.
Após uma rodada de apresentações dos representantes das prefeituras, Esther Hernández e o secretário técnico do IberCultura Viva, Emiliano Fuentes Firmani, apresentaram algumas das novidades que estão entre as linhas de ação do PET 2021-2023, como o fortalecimento das línguas indígenas, a articulação com as universidades e o reconhecimento dos portadores/as e experiências do patrimônio cultural imaterial.
Ao comentar os objetivos estratégicos desse planejamento, que foi construído de forma participativa entre novembro de 2020 e março de 2021, o secretário técnico falou sobre os indicadores para a rede que se encontram no PET e citou as convocatórias que o programa vai lançar neste ano. A primeira delas, o Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021, foi lançada esta segunda-feira, 14 de junho.
Em seguida, Luísa Velásquez Santiago, representante do Município de Zapopan, apresentou a proposta de programação do 2º Encontro de Cultura Viva Comunitária em Cidades e Governos Locais da América Latina, que será realizado no município de 1 a 5 de julho, em formato híbrido (presencial/virtual), com a participação de membros da rede.
No final do encontro, foi formada uma comissão especial de trabalho para programar as atividades da rede neste 2º Encontro de Cultura Viva produzido pela Municipalidade de Zapopan. As pessoas que participam desta comissão representam os governos dos municípios de Marcos Juárez, Zapopan, Niterói, Jojutla, Alajuelita e das províncias de Chaco e Entre Ríos, juntamente com a representante de Comodoro Rivadavia (Argentina), que não participou desta reunião, mas será integrada ao grupo de trabalho. Esta comissão definirá o número de dias, a agenda e a metodologia de trabalho das sessões da rede no encontro de Zapopan.
IberCultura Viva apoiará projetos de redes de povos indígenas, afrodescendentes e comunidades migrantes
(Foto: Oliver Kornblihtt)
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Nesta segunda-feira, 14 de junho, abre-se o prazo de inscrição do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021. A iniciativa tem como objetivo fomentar e fortalecer o trabalho e a articulação das redes culturais de base comunitária integradas por povos originários, indígenas, afrodescendentes e/ou coletivos de comunidades migrantes no âmbito ibero-americano. O edital conta com um montante de 68 mil dólares, provenientes do Fundo Multilateral IberCultura Viva, e está destinado aos 11 países que formam parte do programa: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai.
Podem inscrever-se projetos de articulação em rede ou trabalho colaborativo para a realização de atividades que promovam o diálogo intercultural, a promoção cultural comunitária, circuitos de economia social para bens e serviços culturais ou instâncias de formação sobre diversidade cultural, gênero, comunicação comunitária e outros saberes ou tecnologias sociais que ajudem a promover o diálogo intercultural ou a promoção cultural comunitária. Cada proposta selecionada poderá receber até 3 mil dólares para utilizar em gastos de produção e comunicação do projeto.
As atividades devem ter entrada livre e gratuita e ser executadas num prazo máximo de 6 meses, entre outubro de 2021 e março de 2022. Pelo contexto sanitário atual, os projetos devem adaptar suas atividades às normas de cada país, respeitando as exigências das autoridades competentes, incluindo as de segurança e higiene, nas localidades onde serão realizadas.
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Inscrições
As inscrições estarão abertas na plataforma Mapa IberCultura Viva até 31 de agosto (*), às 18h, considerando o horário de Brasília e Buenos Aires (Argentina). Os projetos devem ser apresentados por uma rede ou articulação de pelo menos três membros que contemplem povos originários, indígenas ou afrodescendentes, coletivos migrantes e/ou organizações culturais comunitárias que trabalham com estes grupos. A organização responsável pela inscrição deverá ter personalidade jurídica vigente e ser de tipo sem fins lucrativos. No caso dos povos originários, indígenas e/ou afrodescendentes, as personalidades jurídicas serão validadas pelos/las REPPIs (representantes de países nos programas e iniciativas) de cada país durante o processo de habilitação.
No caso do Brasil, só podem participar como organizações responsáveis aquelas reconhecidas e certificadas como Pontos de Cultura, devendo ter inscrição atualizada na plataforma Rede Cultura Viva. No caso do Equador, a pessoa responsável do projeto deve estar inscrita no Registro Único de Atores Culturais (RUAC). No caso do México só podem participar como organizações responsáveis aquelas que se encontrem inscritas no Registro Nacional de Espaços, Práticas e Agentes Culturais (TELAR).
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Avaliações
O processo de avaliação das propostas apresentadas compreenderá duas etapas: habilitação e seleção. A primeira julgará o cumprimento da documentação exigida no regulamento. As postulações enviadas com os documentos requeridos (formulário devidamente preenchido, certificado de personalidade jurídica (CNPJ), carta aval das organizações e/ou coletivos, orçamento e cronograma adequados ao formato detalhado) passarão à fase seguinte. Na etapa de seleção, as propostas serão avaliadas conforme os critérios estabelecidos no regulamento do edital. Os projetos que obtiverem a maior pontuação em cada país serão os selecionados.
Entre os critérios que contam pontos na seleção se encontram a adequação aos objetivos estratégicos do programa IberCultura Viva, os impactos artístico-culturais, econômicos e/ou sociais do projeto, a experiência da rede ou articulação proponente, a avaliação da proposta técnica, e a coerência e adequação do orçamento e do plano de trabalho.
As redes/articulações candidatas deverão aportar um mínimo de 25% dos custos totais do projeto. Esta porcentagem pode ser cumprida com aportes não financeiros, como estruturas, equipamentos, espaços, insumos, ferramentas ou serviços, através de cartas de compromisso. As postulações também deverão ser acompanhadas por cartas aval onde se estabeleçam as responsabilidades de cada organização ou coletivo dentro do projeto.
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(*) Texto atualizado no dia 9 de agosto de 2021
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Confira o regulamento do edital: https://bit.ly/3gmGDje
Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/169/
Como inscrever-se no Mapa IberCultura Viva: https://iberculturaviva.org/manual/
Consultas: programa@iberculturaviva.org
Província de Entre Rios terá um ciclo de conversas virtuais da cultura comunitária
Em 11, jun 2021 | Em Notícias | Por IberCultura
A Secretaria de Cultura de Entre Ríos (Argentina), através da Direção de Formação e Diversidade Cultural, lança o ciclo de conversas virtuais “Tejido Circular”. Dez organizações culturais comunitárias da província vão compartilhar suas experiências, metodologias de trabalho e formas de gestão em 10 encontros virtuais que serão realizados às terças-feiras, a partir de 15 de junho, às 19h (horário de Brasília e Argentina).
As organizações que participarão são: Taller Flotante, la Unión Entrerriana de Músicos Independientes, Cooperativa Cabayú Cuatiá, EntreAfros, Asociación Gaseti Gazun, Biblioteca Popular Mitre, Radio Comunitaria Sapukay, Asociación Civil Barriletes, Fundación Arbolar e la Red de Comercio Justo Piri Hue.
Este ciclo faz parte dos compromissos assumidos pela Secretaria de Cultura da província como membro da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. (Saiba mais sobre a rede em https://bit.ly/3ceh9SD)
As pessoas interessadas em participar do ciclo de bate-papos devem enviar um e-mail a significandocultura@gmail.com.
Comitê Executivo reúne-se para discutir os primeiros editais que o programa lançará em 2021
Em 31, Maio 2021 | Em Notícias | Por IberCultura
O Comitê Executivo do IberCultura Viva reuniu-se nesta segunda-feira, 31 de maio, para definir os últimos detalhes dos editais do programa que serão lançados em junho. As propostas serão enviadas nesta semana para aprovação do Conselho Intergovernamental e deverão estar disponíveis na segunda quinzena de junho.
O primeiro tema abordado no encontro foi o Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo, que este ano buscará fortalecer o trabalho e promover a articulação de redes culturais de base comunitária de povos indígenas e afrodescendentes, em conjunto com grupos de comunidades migrantes.
Em seguida foi discutida a convocatória para a constituição do Grupo de Trabalho sobre sistematização e difusão de práticas e metodologias de Políticas Culturais de Base Comunitária (GT de Sistematização). Esta atividade está no Plano Operativo Anual (POA 2021), aprovado pelo Conselho Intergovernamental em 14 de abril, e faz parte da linha de ação para o estabelecimento de um sistema de informação sobre políticas culturais de base comunitária representativas da diversidade dos países membros, como prevê o Plano Estratégico Trienal (PET 2021-2023).
Foram também debatidas algumas possibilidades temáticas para o concurso de vídeos que o programa apresentará em 2021. Entre 2016 e 2020, o IberCultura Viva lançou cinco concursos de curtas-metragens, com temas ligados à cultura comunitária e aos valores defendidos pelo programa (“Fomentar el respeitar, criar comunidade, salvaguardar a diversidade cultural, promover a participação e defender a igualdade ”). Os concursos fazem parte do Objetivo Estratégico 3 do PET: “Promover o diálogo intercultural e a conscientização sobre a importância de salvaguardar e promover o patrimônio cultural imaterial e as experiências culturais de base comunitária”.
“Mulheres: culturas e comunidades” foi o tema do primeiro concurso de vídeo em 2016. Depois vieram “Comunidades afrodescendentes: reconhecimento, justiça e desenvolvimento” (2017), “Comunidades linguísticas: identidade e salvaguarda” (2018), “Diversidade sexual e de gênero: direitos e cidadania” (2019) e “Práticas comunitárias: solidariedade e cuidado coletivo” (2020).
Participaram da reunião do Comitê Executivo: Esther Hernández Torres (presidente do Conselho Intergovernamental) e Manuel Trujillo, da Secretaria de Cultura do Governo do México; Marianela Riquelme, do Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile; Eduardo Reyes Paniagua, do Ministério de Cultura e Juventude da Costa Rica; Diego Benhabib, do Ministério de Cultura da Argentina, e Emiliano Fuentes Firmani, da Secretaria Técnica IberCultura Viva.
CLACSO aprova filiação do IberCultura Viva como rede associada
Em 31, Maio 2021 | Em Notícias | Por IberCultura
O Comitê Diretivo do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (CLACSO) aprovou o pedido de filiação do programa IberCultura Viva como rede associada. A aprovação foi dada no 104º Período de Sessões, realizado por videoconferência entre os dias 13 e 14 de maio.
Em carta enviada a Esther Hernández Torres, presidenta do Conselho Intergovernamental, em 28 de maio, a secretária executiva do CLACSO, Karina Batthyány, deu as boas-vindas ao programa e destacou que a adesão permite que o IberCultura Viva participe das várias atividades e programas acadêmicos promovidos pelo conselho.
Ao ingressar na maior rede de ciências sociais da América Latina e Caribe, o programa busca propor articulações que contribuam com a linha de ação “Sistematização e difusão de práticas e metodologias de políticas culturais de base comunitária”, contemplada no Plano Estratégico Trienal (PET 2021-2023).
“Registro de iniciativas culturais comunitárias” reúne histórias da Região Metropolitana do Chile: uma ideia a replicar
Em 28, Maio 2021 | Em Notícias | Por IberCultura
Há um ano, os membros da Mesa de Organizações Culturais Comunitárias da Região Metropolitana (Mesa OCCRM), do Chile, decidiram convocar as OCCs da região para fazer algo que nunca haviam feito antes: contar suas histórias, documentar o que faziam em seus territórios, mostrar que existiam. O projeto, realizado com o apoio do Programa Rede Cultura da Secretaria Regional das Culturas, Artes e Patrimônio, resultou no livro “Registro de iniciativas culturais comunitárias – Região Metropolitana”, lançado em encontro por videoconferência na última quarta-feira dia 26 de maio.
A publicação reúne, em 176 páginas, um total de 76 organizações e iniciativas culturais comunitárias da Região Metropolitana de Santiago, pertencentes a 27 das 52 comunas que a constituem. Os temas de trabalho são os mais variados, vão desde circo, reciclagem e pintura mural até trabalho com crianças, jovens e mulheres, promoção de direitos, animação cultural de bairro, pesquisa e gestão cultural, entre outros. Na parte final do livro foi incorporado um mapa com a localização territorial de cada uma delas, disponível em sua versão interativa no site www.mesaoccrm.cl.
O lançamento se deu numa das sessões do 6º Encontro de Organizações Culturais Comunitárias da Região Metropolitana. Estavam presentes o coordenador da edição, Roberto Guerra Veas, fundador da Escola de Gestores e Animadores Culturais (Egac); o designer gráfico Alfredo Chuquimia; Camila Garrido, Vania Fernández e Marianela Riquelme, profissionais do programa Red Cultura; Esther Hernández Torres (México), presidenta do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva, e integrantes de organizações que participam da Mesa de OCC da Região Metropolitana.
Quatro das organizações presentes no livro se apresentaram neste encontro virtual: Elizabeth Guzmán falou sobre a Escola de Títeres de Lo Espejo; Ruben Berrios, do Grupo Perú Danza; Diana Catani, da Corporación Cultural Teatro Bus Chile; Rosa Luz Vargas, da Ebano y Marfil. A moderação esteve a cargo de Melanie Bustos Alveal, representante da organização La Joya Mosaico.
Um desejo cumprido
Na abertura do encontro, Camila Garrido, representante do programa Red Cultura, felicitou os representantes da Mesa OCCRM e falou da emoção ao ver o texto, depois de quatro anos de trabalho conjunto em prol do fortalecimento de OCCs para a região. “Havia um desejo de que isso acontecesse, de que esse registro fosse gerado. É muito gratificante ser testemunha deste acontecimento”, comemorou. “Há um ano, quando esse projeto surgiu da mesa, o objetivo técnico era a auto-observação, mas esse foi um pretexto para poder acompanhar, colaborar, se encontrar com as OCCs que estavam no território.”
Segundo Camila, a estratégia era dar visibilidade cultural ao trabalho das organizações, mas havia algo mais: era preciso dar cara, nomes e pele às organizações que distribuíam refeições, coordenavam a entrega de caixas de mercadorias, realizavam bingo, rifas, para ajudar um vizinho com problemas de saúde. “A cultura comunitária acaba sendo um bálsamo nesses momentos difíceis e dolorosos. É uma forma de se conectar com a memória e a resistência”, destacou. Para ela, este registro não é apenas um marco regional, mas também nacional, “uma prática que vale a pena imitar nas várias regiões e comunas do país”, pois sistematizar o que se faz é uma forma de ficar no tempo, uma forma de transcender.
Vania Fernández, outra representante do Red Cultura na região, também expressou a emoção de ver a concretização deste projeto, que “mostra que o trabalho cultural comunitário vai além de se candidatar a fundos públicos”. “Essas organizações trabalham pela construção de uma sociedade que garanta os direitos culturais. Elas trabalham de forma autônoma, se preocupam em empoderar seus pares, se associam, buscam maneiras de sobreviver. (…) Quando começam a deixar de se olhar e passam a olhar para o outro, quando encontram nas expressões artísticas a forma de estimular suas vidas e de todo o seu entorno, é aí que as comunidades começam a crescer. Este registro nos mostra 76 histórias, 76 sonhos, 76 lutas de ativismo territorial.”
Uma experiência inspiradora
Esther Hernández Torres, diretora geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura do México e presidenta do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva, representou o programa no encontro e comentou a emoção transmitida pelos membros da Mesa OCC ao ver materializado este trabalho. “As histórias que vêm das organizações são realmente empolgantes e inspiradoras”, disse ela. Além de parabenizá-los pela edição e pelo complexo trabalho de sistematização (“que eles conseguiram fazer muito bem”), destacou a importância da experiência e do trabalho que as organizações de base realizam quando se articulam nas políticas culturais.
“Passamos por tempos muito difíceis e nós que gerenciamos políticas de base comunitária nos preocupamos com a necessidade de presença, de território. E quando pensávamos que não podíamos fazer mais nada, as organizações nos surpreendem com redes de solidariedade, sendo agentes de mudança em seus lugares de origem. Agentes que buscam o bem-estar coletivo por meio da arte, da cultura, de suas próprias linguagens, para se manterem vivos. O fato de o trabalho comunitário, em vez de cair como muitos de nós temíamos, ter criado todas essas possibilidades com mais força, é algo que dá muita esperança e que é preciso compartilhar ”, destacou a presidenta do IberCultura Viva.
Para Esther Hernández, a publicação é uma fonte de inspiração para organizações de outras latitudes, de outras partes da Ibero-América, e demonstra a vitalidade da cultura comunitária. “Adorei o que Camila disse: que a cultura da comunidade é um bálsamo em momentos de dor. Sim, é um bálsamo nos momentos difíceis, mas também nos momentos de confiança, de encontro, de alegria. E nos momentos de raiva, de memória, de lembrar por que estamos aqui, por que agimos e por que é cada vez mais necessário trabalharmos juntos, em solidariedade, em redes”, afirmou.
Sete meses de trabalho editorial
Roberto Guerra Veas, responsável pela coordenação editorial, destacou que as organizações culturais comunitárias são um dos atores mais dinâmicos do setor cultural chileno, estando presentes de uma ponta a outra do país, “de Putre a Puerto Williams”. “Também na nossa região, no conjunto de comunas, elas dizem presente. E têm feito isso desde sempre, desde antes de o ministério existir, e elas estão dizendo presente agora. Nestes tempos complexos, elas se comprometeram a acompanhar seus grupos e comunidades, estão se organizando, ativando, gerando espaços de participação. Aonde o Estado não chega e o mercado não se interessa, aí estão as organizações culturais comunitárias”, comentou.
Segundo o fundador da Egac, o projeto do livro surgiu a partir de duas das principais demandas que as organizações de base regularmente levantam: que seu trabalho tenha mais visibilidade e seja reconhecido. “Este registro é um presente que damos a nós mesmos e que compartilhamos com todos. O livro nos permite mostrar que existimos, que há processos de ativação e reconhecimento aqui, que há iniciativas que estão fazendo algo que ninguém mais está fazendo, que há um festival de teatro de bonecos que une a população, que estão criando ‘panelas comuns’, que estão pintando murais de forma colaborativa e associativa … Há um valor fundamental aí”, disse, apontando a necessidade de o Estado responder à demanda constante das organizações por um maior reconhecimento, por ter políticas públicas específicas e deixar de ser “os parentes pobres” nas políticas culturais.
A publicação levou sete meses “intensos” de trabalho e também serviu para lembrar às organizações a necessidade de as organizações prestarem a devida atenção aos processos de registro e documentação de suas práticas. “Isso não é secundário. É importante organizar as informações, documentar o que está sendo feito, ter arquivos, ter fotos que falam bem do seu trabalho”, observou Guerra. “Com informações organizadas, você pode avançar nos processos de sistematização, compartilhar uma experiência. Nesse caso, compartilhar o trabalho de 76 organizações é como tirar uma foto. No outono de 2021, esta é uma foto do setor cultural comunitário que ficará para a história.”
O processo de seleção
Na apresentação do livro, explica-se que o projeto teve início com uma convocatória dirigida a organizações, coletivos e projetos culturais comunitários e sem fins lucrativos, denominados “iniciativas”, que, independentemente da sua natureza jurídica, realizam seu trabalho em qualquer uma das 52 comunas da Região Metropolitana de Santiago. Era necessário ter no mínimo três anos de funcionamento. Concluído o período de registro, foram recebidas 90 postulações de 28 comunas da capital chilena.
A avaliação das iniciativas ficou a cargo de um comitê formado pela Mesa OCCRM e o programa Red Cultura, considerando os critérios de associatividade, trajetória e experiência, abrangência e participação nos encontros regionais de OCCs. As 69 que completaram satisfatoriamente todo o processo juntaram-se às 7 organizações que faziam parte da Mesa OCCRM, completando o total de 76 iniciativas presentes no texto.
Onde baixar a publicação: www.egac.cl
Veja o vídeo do lançamento: https://www.facebook.com/egaccultura/videos/147737554039890