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Blog

18

ago
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Paula Mascias ministra a segunda aula aberta do curso de pós-graduação da FLACSO

Em 18, ago 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

“Como construir tramas poéticas com os territórios” é o nome da palestra que a argentina Paula Mascias realiza nesta quinta-feira, 18 de agosto, às 12:00 (horário de Brasília), como uma das aulas abertas da quinta turma do  Curso de Pós-graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária da FLACSO-Argentina. O encontro tem transmissão ao vivo pelo canal de YouTube de IberCultura Viva: https://youtu.be/azONetK7Egc .

Paula Mascias é professora e pesquisadora da área de Comunicação e Cultura de FLACSO-Argentina, onde dirige o Laboratório Cultura + Território. Tem se especializado na área de gestão territorial, na qual trabalha há mais de 20 anos, gerando e impulsionando processos de participação social, desenhando estratégias de abordagem barrial em distintas partes do país, em conjunto com governos, empresas e organizações sociais.

Formada em Gestão de Arte e Cultura pela Universidade de Tres de Febrero (UNTREF), ela tem uma pós-graduação em Administração na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Buenos Aires (UBA) e um mestrado em Política e Gestão Local na Universidade Nacional de San Martín (UNSAM). Atualmente está terminando o doutorado em Estudos Urbanos na Universidade Nacional de General Sarmiento (UNGS).

Esses encontros virtuais (via Zoom) contam com a participação dos alunos e alunas matriculados no curso (que podem fazer perguntas durante a videoconferência) e ficam disponíveis no canal de YouTube de IberCultura Viva para quem quiser ver depois.

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Aulas anteriores

As aulas transmitidas pelo YouTube foram uma novidade da edição 2021 do Curso Internacional de Pós-Graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária. A primeira palestra, realizada em 27 de maio de 2021, foi “Cultura: espécies culturais digitais e territoriais“, do professor Omar Rincón (Colômbia). A segunda, em 15 de setembro, foi “Gestão cultural dissidente, decolonial, comunitária e feminista“, dada pela guatemalteca Lucía Ixchíu. A argentina Laura Taube ministrou a terceira e última aula aberta do ano, “Desenvolvimento de públicos para o setor cultural”, no dia 11 de novembro.

Na edição de 2022 do curso, a primeira aula aberta foi um encontro com a colombiana Andrea Neira, sobre “Cultura e decolonialidade”, no dia 26 de maio. Professora universitária há mais de 11 anos, em diversas universidades públicas e privadas da Colômbia, Andrea Neira é doutoranda em antropologia na Universidade de Cauca, com mestrado em Estudos Feministas e de Gênero. Também tem no currículo trabalhos com gestão acadêmica e administrativa de pesquisa e projeção social. 

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Onde assistir a aula de Paula Mascias: https://youtu.be/azONetK7Egc

15

ago
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Ministério das Culturas do Chile promove ciclo de palestras “Pontos de Cultura na América Latina: Aprender para criar”

Em 15, ago 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

(Foto: Marina Leitner)

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Representantes de seis países participarão do ciclo de conversatórios “Pontos de Cultura na América Latina: Aprender para criar”, que será realizado virtualmente de 18 de agosto a 22 de setembro, sempre às quintas-feiras, das 18h às 20h (horário do Chile), via Facebook Live (Cidadania Cultural).

A iniciativa visa abrir espaços de diálogo, discussão e participação para a construção do programa Pontos de Cultura que será implementado, a partir de 2023, pelo Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile, por meio do Departamento de Cidadania Cultural.

Todas as quintas-feiras, expoentes da América Latina serão convidados a compartilhar suas experiências. Participarão representantes da Argentina, do Peru, do México, da Costa Rica, do Uruguai e do Brasil. Entre as pessoas convidadas há representantes governamentais e integrantes de Pontos de Cultura.

 Os diálogos serão abertos ao público em geral e especialmente a membros das comunidades organizadas em torno da cultura, que desenvolvem atividades artísticas e culturais no Chile. Para se inscrever e/ou fazer consultas, deve-se enviar um e-mail para puntodecultura@cultura.gob.cl.

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Primeiro dia: Argentina

Diego Benhabib

O ciclo começará com a experiência dos Pontos de Cultura na Argentina, na próxima quinta-feira, 18 de agosto. Participarão como expositores Diego Benhabib, coordenador do programa Puntos de Cultura desenvolvido pelo Ministério de Cultura; Marihem Soria, diretora de Cultura Viva da Secretaria de Cultura de Córdoba, e Eduardo Balán, coordenador do coletivo El Culebrón Timbal, que integra a Rede Nacional de Pontos de Cultura. 

Na Argentina, Puntos de Cultura é um programa nacional que busca fortalecer as ações de redes, grupos e organizações culturais ancoradas territorialmente, por meio de apoio técnico e econômico para sustentar seus espaços e aprimorar seus projetos culturais comunitários. 

Desde 2011, o programa acompanha o desenvolvimento de projetos culturais territoriais e coletivos, promovidos por organizações que estão inseridas nas áreas mais vulneráveis ​​e que trabalham com os setores mais carentes da sociedade. Mais de mil organizações de todo o território federal compõem a Rede Nacional de Pontos de Cultura, por meio da qual se realizam intercâmbios de saberes e experiências.

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Segundo dia: Peru

Carlos La Rosa

A segunda conversa, no dia 25 de agosto, será dedicada à experiência do Peru. Criada em 2011, a iniciativa da Direção de Artes do Ministério de Cultura do Peru busca ampliar o exercício dos direitos culturais em nível comunitário, com ênfase especial nas crianças, nos jovens e na população em situação de vulnerabilidade, promovendo a inclusão, o empoderamento e a cidadania intercultural.

Para tanto, o Ministério da Cultura identifica, reconhece, fortalece e articula em uma Rede Nacional de Pontos de Cultura as organizações sociais que mantêm um trabalho contínuo, com base na arte e na cultura, auxiliando no atendimento das prioridades locais (como melhoria da educação, saúde e segurança) e promovendo processos de desenvolvimento individual e comunitário. Atualmente, a rede conta com mais de 550 Pontos de Cultura na região metropolitana de Lima e nas 25 regiões do país. 

Os expositores serão: Carlos La Rosa, diretor de Artes do Ministério da Cultura; Fabiola Figueroa Cárdenas, gerente de Cultura da Municipalidade de Lima Metropolitana; Gustavo López Infantas, subgerente de Promoção Cultural e Cidadania da Municipalidade de Lima Metropolitana; María Elena Benites Aguirre, dp grupo Chaski Comunicação Audiovisual (Lima); Connie Philipps Del Castillo, da Lupuna Artes Amazónicas (San Martín); Wilman Calderón Castillo, da Associação do Grupo de Teatro Mala – GRUTEMA (província de Lima), e Eduardo Ludeña León, da Associação Cultural Latino-Americana Unida (Lima).

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Terceiro dia: México

Esther Hernández

O programa Cultura Comunitária, desenvolvido há três anos pela Secretaria de Cultura do Governo do México, será o tema do terceiro dia do ciclo, em 1º de setembro. As apresentações programadas são de Esther Hernández Torres, diretora geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura e presidenta do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva, e Manuel Trujillo, representante da presidência do programa, que também comentará o trabalho da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais.

Esther Hernández comentará especialmente o trabalho realizado a partir dos Semilleros Creativos, uma das principais iniciativas do programa Cultura Comunitária, concebido como espaços de ensino e aprendizagem artística para crianças e jovens em contextos comunitários, com vistas à transformação social. O país tem cerca de 300 Semilleros Creativos. 

Lançado em fevereiro de 2019, o programa Cultura Comunitária busca promover o exercício efetivo dos direitos culturais de indivíduos, grupos e comunidades, principalmente aqueles/as que ficaram de fora das políticas culturais, por meio do desenho de estratégias que promovam a cultura para a paz, transformação social, participação na vida cultural, desenvolvimento cultural comunitário e fortalecimento das capacidades locais, sob os princípios de inclusão e não discriminação.

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Quarto dia: Costa Rica

Eduardo Reyes

No dia 8 de setembro, a discussão girará em torno da experiência da Costa Rica. As apresentações serão feitas por Eduardo Reyes Paniagua, gestor sociocultural responsável pelo programa de Pontos de Cultura do Ministério da Cultura e Juventude, além de representantes do Ponto de Cultura Cine El Bajo e da Municipalidade de Alajuelita, que faz parte da Rede do IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais e está implementando em 2022 o plano operativo da política cultural que foi aprovada em outubro de 2019. 

Na Costa Rica, Puntos de Cultura é um programa de estímulo administrado pela Direção de Gestão Sociocultural do Ministério da Cultura e Juventude. Desde a sua primeira convocatória, em 2015, apoiou 153 projetos de organizações e grupos culturais, com uma grande diversidade de temas e áreas de atuação.

Um dos objetivos do programa é gerar condições para o exercício dos direitos culturais das pessoas por meio da atuação das organizações socioculturais e das comunidades com as quais trabalham. Além disso, procura criar intercâmbios e espaços de formação conjunta, para melhorar as capacidades de gestão das organizações socioculturais do país.

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Quinto dia: Uruguai 

Juan Carlos Barreto

No Uruguai, Puntos de Cultura é um programa da área de Gestão Territorial da Direção Nacional de Cultura, do Ministério da Educação e Cultura, que surge na articulação interinstitucional com os três níveis de governo (estadual, departamental e municipal). Seu objetivo é reconhecer e fortalecer coletivos ou organizações que desenvolvam atividades culturais com impacto em nível comunitário e que contribuam para a inclusão sociocultural.

Os destinatários do programa Puntos de Cultura são as organizações, movimentos, associações, cooperativas, coletivos e grupos culturais da sociedade civil que têm um tempo de atuação na comunidade, desenvolvendo atividades, promovendo o exercício dos direitos culturais e o desenvolvimento local.

Na conversa do dia 15 de setembro, que será dedicada à experiência uruguaia, está prevista a participação de Juan Carlos Barreto, coordenador da área de Gestão Territorial da Direção Nacional de Cultura, e de Laura López, coordenadora nacional do programa Puntos de Cultura.

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Sexto dia: Brasil

Celio Turino

A sexta e última discussão do ciclo, no dia 22 de setembro, será dedicada ao Brasil, país que implementou o programa Cultura Viva em 2004, inspirando os demais países da América Latina a se comprometerem com um modelo de política “de baixo para cima”, dando força e reconhecimento institucional às organizações da sociedade civil que já desenvolviam atividades culturais em suas comunidades.

O programa Cultura Viva, transformado em política de Estado no Brasil em 2014, com a sanção da Lei 13.018, tem como base de apoio os Pontos de Cultura, que são as entidades ou coletivos culturais reconhecidos e certificados pelo governo federal. Não existe um modelo único de Pontos de Cultura. Cada um desenvolve suas atividades de acordo com suas necessidades e plano de trabalho. A ideia é que não tenha fins lucrativos, que realmente atue como ponto de cultura em sua comunidade, que seja um espaço de prática, aprendizado e vivência cultural. Entre os aspectos comuns a todos estão a transversalidade e a gestão compartilhada entre Estado e sociedade civil. 

Os convidados para este conversatório são Célio Turino, historiador, escritor e gestor de políticas públicas, um dos idealizadores do programa Cultura Viva e impulsor dos Pontos de Cultura, e Alexandre Santini, ex-diretor de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura do Brasil, e atual secretário das Culturas de Niterói, um dos municípios membros da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais.  

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(Fonte: Ministério das Culturas, Artes e Patrimônio do Chile)

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15

ago
2022

Em Notícias

Por IberCultura

São Leopoldo recebe a caravana cultural de Canelones

Em 15, ago 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

Fotos: Thales Ferreira

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Cerca de 3 mil pessoas circularam pelo espaço Sarau do Rio, em São Leopoldo (Rio Grande do Sul, Brasil), neste 14 de agosto, último dia do Intercâmbio Cultural realizado com Canelones (Uruguai) no âmbito da Rede Mercocidades.

A iniciativa teve uma primeira etapa em maio, quando cerca de 40 artistas e gestores culturais de São Leopoldo estiveram em Canelones para oficinas, visitas e apresentações. Nesta que foi a segunda etapa do intercâmbio, uma delegação com 37 artistas uruguaios esteve em São Leopoldo para três dias de atividades, de sexta a domingo.

No domingo, a programação contou com oficinas de artes, criação de grafite e muralismo coletivo, feira criativa, literatura,  gastronomia, fotografia e música, tendo como atração principal Dica Leindeker & Banda. 

No sábado, o Museu do Trem recebeu a comitiva de artistas uruguaios, além da tradicional Feirinha Criativa, para um dia de candombe, música, dança, poesia, grafite e muralismo.  No início das atividades foi instalada a exposição itinerante fotográfica de Noélia Beltran, que retrata aulas de tango. 

A primeira noite do Intercâmbio Cultural com artistas uruguaios em São Leopoldo foi focada na dança e no candombe. O Teatro Municipal foi o palco para a programação de estreia, na sexta-feira.

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10

ago
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Na segunda etapa do intercâmbio com Canelones, São Leopoldo recebe artistas uruguaios para apresentações e oficinas

Em 10, ago 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

De 12 a 14 de agosto, a cidade de São Leopoldo (Rio Grande do Sul, Brasil) receberá artistas uruguaios para apresentações e oficinas em lugares como o Teatro Municipal, o Museu do Trem e o Museu do Rio, entre outros espaços. A programação é resultado de um edital de intercâmbio cultural promovido pela Rede Mercociudades.

Na primeira etapa do intercâmbio, que ocorreu de 20 a 22 de maio no departamento de Canelones, no Uruguai, cerca de 40 artistas independentes e gestores culturais de São Leopoldo  participaram da Caravana Cultural no departamento de Canelones (Uruguai). As performances ocorreram nos municípios de Canelones, Las Piedras, Salinas, Los Cerrillos e Sauce.

No Uruguai, a programação incluiu visitas a espaços culturais e apresentações e oficinas de dança, teatro, música popular brasileira, música cigana, música latino-americana, samba, fotografia, muralismo, literatura e carnaval.

No Brasil, as apresentações dos uruguaios passam por candombe, música, dança, letras, artes cênicas, artes visuais e muralismo. A delegação é integrada por 37 artistas do departamento de Canelones e uma equipe de gestores da Direção Geral de Cultura. Também participam representantes do Museo del Tren de Empalme Olmos, já que está sendo formada uma rede de museus ferroviários na cidade brasileira.

A delegação uruguaia que estará em São Leopoldo neste fim de semana

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Confira a programação completa do Intercâmbio Cultural:

12 de agosto

Teatro Municipal:

15h – Grupo Marea Teatro: “Rarezas” (teatro infantil)

18h30 – Oficina de Tango, com Noelia Beltrán

19h30 – “RosaChoqueQuaseVermelho”, Cia. Dança na Cena – SL

19h45 – Espacio Mingas: Dança Folclórica

20h – Candomberos Associados de Canelones

Manara Pub:

21h30 – Sarau Cultural com Lúcia Severino e Coração Cigano

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13 de agosto

Museu do Trem:

9h – Seminário Internacional Museus, Redes e Ferrovias Museu do Trem

14h – Murales Rubik

14h30 – Performance “A Margem” com Alexandra Castilhos

15h – Poesia no Museu

Llanto Kandombero: “Metamorfose Ambulante”

15h30 – “Contemporaneidad de las Brujas”, apresentação do fotógrafo Roberto Fenández

16h – Juan Mariño (voz&violão)

16h30 – Carlos Sanchez (violão)

17h – Danza de Candombe

Exposição itinerante fotográfica de Noélia Beltran

Bar Rocket Club

20h30 – Apresentação musical  com Cristiano Barba Ruiva – SL,  Everton Cidade/Santo Suzuki – SL e Nameless – UY. Couvert artístico de R$10reais.

Recanto da Ilha

22h – Noite Cultural Brasil/ Uruguai

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14 de agosto

Museu do Rio – Sarau do Rio

Mural com os artistas – Germán Martinez & Rogério Tosca – UY/SL

14h45 – Lucía Severino

16h15 – Duo Coames

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Artistas e gestores culturais de São Leopoldo estiveram em Canelones em maio

 

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⇒Saiba como foi a passagem dos brasileiros por Canelones: https://bit.ly/3BX1KDH

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(*) São Leopoldo é um dos municípios integrantes da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. Saiba mais sobre a rede em https://bit.ly/3wozgfP

09

ago
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Ministério das Culturas do Chile inaugura a sétima edição da Escola de Idiomas Indígenas

Em 09, ago 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

Foi inaugurada no dia 6 de agosto a sétima edição da Escola de Idiomas Indígenas, que ministra cursos de línguas e oficinas de artes e ofícios dos povos Aymara, Quechua, Rapa Nui e Mapuche no Chile. A escola é financiada e coordenada pelo Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio, com o apoio da Universidade Católica Silva Henríquez.

Para este ano está contemplada a seleção de 360 ​​pessoas para os 24 cursos e oficinas (cada curso e oficina tem 15 cotas). Entre os nove cursos e oficinas de idiomas previstos estão aimará, quíchua, mapuzugun e rapa nui, de nível básico ou iniciante, intermediário e avançado.

Entre as 15 oficinas de artes e ofícios estão têxteis mapuche, têxteis aimarás, cerâmica mapuche, cerâmica quíchua, ourivesaria mapuche, fabricação de instrumentos musicais indígenas, gastronomia mapuche, dança mapuche, dança rapa nui, música tradicional mapuche e oficina palin (esporte tradicional mapuche) .

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Um espaço de diálogo

Na abertura desta sétima edição, no Centro Cerimonial dos Povos Indígenas de Peñalolén, a ministra das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile, Julieta Brodsky Hernández, destacou que “a Escola de Idiomas Indígenas tem se constituído como uma iniciativa de participação efetiva e permanente de povos indígenas e não indígenas, conseguindo gerar uma instância real de interculturalidade, onde podemos conversar, dialogar, nos conhecer de forma respeitosa e nos aproximarmos uns dos outros”. 

Para ela, esse tipo de iniciativa é muito importante para gerar uma convivência harmoniosa e pacífica entre os diversos povos e culturas que integram o país. “Eles são um avanço para a sociedade que queremos construir”, afirmou.

A Escola de Idiomas Indígenas é a única instância pedagógica indígena não formal de caráter pluricultural, plurilíngue e plurinacional em funcionamento no país, segundo quatro organizações populares reconhecidas pela Lei 19,2

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Revitalização 

Criada em 2016, com o objetivo de contribuir para a revitalização linguística, artística e artesanal dos povos indígenas, a escola é uma iniciativa criada e realizada por organizações indígenas da Região Metropolitana participantes do Programa de Revitalização Cultural Indígena e Afrodescendente, implementado pela Subdiretoria de Povos Indígenas do Serviço do Patrimônio Cultural Nacional. No último ciclo (2021-2022), 43 organizações participaram do programa.

Nas seis versões anteriores da escola, mais de 1.200 pessoas participaram dos cursos e oficinas, e aproximadamente 10.000 o fizeram como público nas atividades artísticas e culturais.

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Atividades de extensão

A Escola de Idiomas Indígenas também contempla uma série de atividades de extensão que permitem a divulgação das artes e conhecimentos tradicionais e contemporâneos dos quatro povos que a compõem. Entre eles estão a comemoração do Dia Internacional dos Povos Indígenas, a comemoração do Dia Internacional da Mulher Indígena e Sabores da Memória Ancestral, evento que tem como objetivo divulgar a gastronomia indígena presente na Região Metropolitana.

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(Fonte: Ministério das Culturas, das Artes e do Património)

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09

ago
2022

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Rumo ao Peru: 120 candidaturas foram consideradas habilitadas no Edital de Mobilidade 2022

Em 09, ago 2022 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

(Foto: Cultura de Red. 1º Congresso Latino-americano de CVC, Bolívia, 2013)

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Um total de 169 pessoas enviou inscrições para o Edital de Mobilidade 2022, que apoiará a participação de representantes de organizações culturais comunitárias, povos indígenas e comunidades afrodescendentes no 5º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária. O evento se realizou em formato itinerante, com sedes em Lima (Lima Centro, San Juan de Lurigancho e Ate-Vitarte) e Junín (Huancayo), de 8 a 15 de outubro.

Das 169 candidaturas enviadas à plataforma Mapa IberCultura Viva, 120 foram consideradas habilitadas. México foi o país com o maior número de postulações habilitadas (23), seguido de Argentina (21), Brasil (16), Colômbia (12), Chile (11), El Salvador (7), Paraguai (7), Peru (6), Equador (6),  Uruguai (6), Costa Rica (3) e Espanha (2). Essas pessoas seguem no processo de seleção, passando à etapa seguinte da convocatória, em que representantes do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva avaliarão as postulações conforme os critérios estabelecidos no regulamento.

As 89 pessoas com candidaturas não habilitadas na primeira lista, que foi publicada em 9 de agosto, tiveram um prazo de três dias seguidos para apresentar recursos e reverter sua condição mediante reposição dos documentos. O prazo se encerrou na sexta-feira, 12 de agosto. Quarenta recursos foram aceitos pela Unidade Técnica.

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O edital

O Edital de Mobilidade 2022 foi lançado no dia 6 de julho e permaneceu aberto até 2 de agosto na plataforma Mapa IberCultura Viva. A iniciativa conta com um montante de US$ 57.500, que serão distribuídos para a compra de passagens aéreas, seguro de viagem e inscrição para as pessoas representantes de organizações ou coletivos selecionadas. A quantidade de pessoas selecionadas dependerá do valor das passagens aéreas.

A organização do evento está a cargo do Grupo Impulsor do 5º Congresso, conformado por uma rede de organizações diversas de todo o Peru e integrante do Movimento Latino-americano de CVC. O programa IberCultura Viva não se responsabilizará pelos serviços prestados oferecidos pela organização do congresso, como hospedagem, transporte ou alimentação.

(*) Texto atualizado em 16 de agosto de 2022, após a apresentação de recursos

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Confira a lista de habilitados e não habilitados do edital:

Informação às Pessoas Interessadas II- Etapa de Habilitação – Edital de Mobilidade IberCultura Viva 2022  

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Leia também:

IberCultura Viva lança o Edital de Mobilidade 2022

Informação às Pessoas Interessadas I – Etapa de Habilitação – Edital de Mobilidade IberCultura Viva 2022 (lista publicada antes do prazo de recursos)

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08

ago
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Ciclo de seminários do GT de Sistematização pretende ser um espaço de intercâmbio, discussão e produção

Em 08, ago 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

“Gestão cultural comunitária” será o tema do terceiro seminário do Grupo de Trabalho de Sistematização IberCultura Viva, que será realizado virtualmente no próximo sábado, 13 de agosto. Estão previstas apresentações de Robert Urgoite (Uruguai), Rocío Orozco (México) e do Grupo de Teatro Comunitário Arena y Esteras (Peru). A moderação ficará a cargo de Francisca Jara Pérez (Chile). Participam como sistematizadoras Martina Inés Pérez, Vania Brayner e Carla Rabelo. 

Este ciclo de seminários por videoconferência foi concebido como uma atividade fechada, para discussões internas dos/das integrantes do grupo de trabalho. As reuniões são gravadas e posteriormente disponibilizadas no canal IberCultura Viva no YouTube para todas as pessoas interessadas. 

A intenção é que todas as pessoas convocadas neste GT possam participar dessas instâncias de reflexão conceitual para começar a construir algo coletivo a partir do que já está feito e dos processos de cada um (em suas pesquisas acadêmicas ou experiências em organizações, em gestão, etc.) . Esses encontros virtuais buscam ser espaços de intercâmbio, discussão e produção. 

O primeiro seminário, realizado no dia 14 de maio, teve como tema “Culturas comunitárias e diversidades”. Marcelo Vitarelli (Argentina), Daniel Zas (Argentina) e Andrea Mata (Costa Rica) foram os palestrantes desta apresentação inaugural. A sistematização ficou a cargo de Paula Simonetti, Clarisa Fernández, Bárbara Vega e Rocío Orozco. 

No dia 18 de junho, foi realizado o segundo seminário, com o tema “Políticas públicas de base comunitária” e apresentações de Clarisa Fernández (Argentina), Ricardo Klein (Uruguai-Espanha), Francisca Jara (Chile) e Alberto Cavassa (Peru).A moderadora foi Inés Lasida (Uruguai). Nicolás Lozano, Estefanía Schneider, Camila Mercado, Ana Paula do Val e Gloria Lescano ficaram responsáveis ​​pela sistematização deste seminário.

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Confira o vídeo do Seminário 1:

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Confira o vídeo do Seminário 2:

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02

ago
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Secretaria de Cultura do México anuncia os resultados da convocatória Memórias Vivas

Em 02, ago 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

A Secretaria de Cultura do Governo do México anunciou os resultados da convocatória “Memórias Vivas: Apoio à gestão e promoção de arquivos e museus comunitários 2022”, lançada pela Direção Geral de Vinculação Cultural, em coordenação com a Secretaria da Cultura da Cidade do México, no âmbito do projeto “Chapultepec, Natureza e Cultura”. Serão beneficiados 29 projetos, dos quais 20 correspondem a projetos de arquivo, e nove a projetos de museus comunitários. 

Os projetos selecionados estão distribuídos em 18 entidades no país: Campeche, Chiapas, Cidade do México, Colima, Estado do México, Hidalgo, Jalisco, Michoacán, Morelos, Puebla, Querétaro, Quintana Roo, Sinaloa, Sonora, Tabasco, Veracruz, Yucatán e Zacatecas. Três serão realizados em municípios de atenção prioritária, de acordo com a Estratégia Nacional para a Promoção da Cultura de Paz e Reconstrução do Tecido Social: Ecatepec de Morelos, Estado do México; San Cristóbal de las Casas, Chiapas, e Felipe Carrillo Puerto, Quintana Roo. 

O edital esteve aberto entre 24 de maio e 14 de junho. Destinado a coletivos, cooperativas, grupos ou organizações culturais comunitárias, foi lançado com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de repositórios que promovam e divulguem a diversidade cultural e a memória local das diferentes comunidades do país. 

Os projetos foram avaliados de acordo com os critérios estabelecidos na convocatória. Entre eles, aqueles que têm impacto na promoção do acesso, da participação e da contribuição ativa na vida cultural dos membros da comunidade em que será realizado, bem como sua contribuição para o desenvolvimento integral dessa comunidade e a promoção da cultura de paz. 

⇒ A lista com os 29 projetos beneficiados está no site memoriasvivas.cultura.gob.mx

Leia a notícia completa em https://bit.ly/3cHNWm1

20

jul
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Cinema comunitário e diversidade indígena: os projetos regionais selecionados no Edital de Apoio a Redes 2022

Em 20, jul 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

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Além das propostas selecionadas por país, o Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 escolheu dois projetos que chamamos de “regionais”, por envolver organizações e coletivos de vários países. Um deles, “Histórias que nos abraçam: Tecendo cinema comunitário”, da Rede de Cine Comunitário da América Latina e Caribe, foi apresentado por uma organização argentina, mas envolve seis países (Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, México e Peru). O outro, “Diversidade Indígena Viva II”, da rede De Abya Yala con Amor, é a continuação de um projeto apresentado por um Ponto de Cultura brasileiro e desenvolvido em 2021 por 15 indígenas de 12 etnias. A primeira edição, que resultou em um e-book lançado no início deste ano, contou com a participação de indígenas de três países (Brasil, Argentina e Equador). A segunda amplia a proposta com a entrada de mais 15 indígenas, originários da Colômbia, do Chile, do Paraguai, do Peru e do México.

(Foto: Grupo Chaski)


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*Nome da rede ou articulação: Red de Cine Comunitario de América Latina y el Caribe

Nome do projeto: Histórias que nos abraçam. Tecendo cinema comunitário

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“Histórias que nos abraçam. Tecendo cinema comunitário” é um projeto da Rede de Cinema Comunitário da América Latina e do Caribe que se propõe a fortalecer a rede de experiências de cinema comunitário na região por meio de três instâncias: um espaço virtual de encontro, intercâmbio e formação; uma publicação digital, e atividades de projeção nos territórios. A proposta foi apresentada ao Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 por uma organização argentina, mas envolve coletivos e organizações de seis países: Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, México e Peru. 

Por um lado, o projeto prevê o desenvolvimento de um espaço virtual de encontro, intercâmbio e formação voltado para organizações sociais e coletivos que realizam atividades de cinema comunitário, cultura viva comunitária e educação popular. A ideia é promover um curso de oito encontros para trocar experiências, metodologias e ter novos projetos compartilhados. Essas oficinas são coordenadas de forma colaborativa, com os saberes de cada grupo, tendo como eixos memória, feminismo e território. 

Por outro lado, como parte da construção da memória da rede, será feita uma publicação digital que sistematiza a história das organizações integrantes da rede e dos espaços de formação e intercâmbio deste projeto. Também serão realizadas atividades de projeção presencial nos territórios das organizações em rede que apresentam o projeto para promover os processos comunitários das organizações participantes. As produções realizadas durante a capacitação serão exibidas nesses encontros.

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A rede

Os coletivos e organizações que compõem a Rede de Cinema Comunitário da América Latina e do Caribe têm origens diversas e vivem em territórios distintos, mas coincidem, se conectam e se organizam em torno do cinema comunitário como prática política, ética e estética que transforma a vida das comunidades. Desde o surgimento da rede, em 2014, as organizações associadas já compartilharam mais de 30 espaços de formação e intercâmbio em encontros, festivais e projetos.

Segundo eles, o cinema comunitário é conceituado como: 1) uma prática em que a própria comunidade se apropria de ferramentas audiovisuais para se representar e tornar visíveis suas realidades; 2) um modo de produção horizontal e coletivo que gera e valoriza saberes e identidades locais; 3) um processo audiovisual integral de gestão, produção, exibição, circulação e consumo que inclua ativamente a comunidade em cada uma de suas etapas. 

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Organizações participantes

Cine en Movimiento é uma organização de cinema comunitário de Buenos Aires, Argentina, que completa 20 anos em 2022. Ao longo desse tempo, desenvolveu oficinas de cinema e educação popular em mais de 350 organizações sociais. Junto com essas organizações, foram produzidos mais de 400 curtas-metragens e peças audiovisuais. 

Cinema e Sal é um projeto comunitário de cinema e educação popular realizado nas ilhas da Bahia, no Brasil. Desde janeiro de 2015, desenvolve um trabalho de acessibilidade dirigido principalmente a crianças e jovens das ilhas, utilizando o audiovisual como ferramenta para contar a própria história e reforçar a identidade e o território.

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Espora Media é um coletivo/organização transdisciplinar que baseia suas práticas na animação sociocultural, articulando artes e ciências por meio de narrativas audiovisuais e cinematográficas transmídia. Criada em 2016 em Xalapa (Veracruz, México), atua na criação cinematográfica, na educação audiovisual e na exibição de cinema comunitário por meio de eventos e festivais. Há cinco anos desenvolve o projeto de formação audiovisual comunitária “Cine de la Cuenca. Unidos pela água”. 

De Lima, Peru, vem Chaski Comunicación Audiovisual, grupo que em 2004 criou um grupo de pequenos cinemas comunitários, em 32 bairros localizados em 10 regiões do Peru (Puno, Cusco, Ayacucho, Apurímac, Ica, Lima, Ancash, La Libertad, Piura e Loreto). Os filmes nacionais, latino-americanos e independentes que estão programados na Rede Nacional de Microcinemas contribuem para fortalecer valores para o desenvolvimento integral das pessoas e a criação de espaços culturais de comunicação, reflexão e educação.

De Bogotá, Colômbia, quem integra a rede é o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Alternativo e Comunitário Ojo al Sancocho, uma iniciativa nascida em 2008, como alternativa de educação e comunicação comunitária, com a intenção de democratizar a cultura audiovisual na Colômbia.

Fundación El Churo, por sua vez, é uma organização que promove e acompanha processos de comunicação comunitária, cinema comunitário e audiovisual, pesquisa e incidência na legislação e políticas públicas de comunicação no Equador. Criada em Quito em 2016, a fundação coordena o Laboratório de Cinema e Audiovisual Comunitário Ojo Semilla, uma proposta de formação e educação popular que compartilha ferramentas técnicas e teóricas para o desenvolvimento e produção de audiovisuais comunitários para grupos de mulheres, feministas, jovens, indígenas e afrodescendentes.

(Foto: Ojo Semilla)

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Nome do projeto: Diversidade Indigena Viva II

Nome da rede: De Abya Yala com Amor

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Em 2021, 15 indígenas de 12 etnias da Argentina, do Brasil e do Equador formaram uma comunidade colaborativa de aprendizagem para compartilhar experiências, opiniões, visões, conhecimentos e sentimentos por meio de ferramentas digitais (Zoom, Whatsapp e redes sociais). Nesses encontros virtuais, que eles chamaram de “fogueiras digitais”, 7 homens e 8 mulheres deixaram correr a palavra, como tradicionalmente acontece nas comunidades indígenas quando se reúnem ao redor do fogo. 

O e-book “De Abya Yala com Amor”, lançado em fevereiro de 2022, em sua primeira versão com alguns textos em português e outros em espanhol, é um dos resultados dos intercâmbios digitais realizados ao longo de dois meses de 2021 no projeto “Diversidade Indígena Viva”. Neste livro coletivo, cada autor/a indígena traz uma mensagem para a humanidade que renasce neste momento de crises (ambiental, econômica, sanitária). Fragmentos de depoimentos (“faíscas”) dos/das autores também são encontrados em mais de 50 vídeos curtos que estão disponíveis no canal www.youtube.com/mensagensdaterra.

Este ano, no projeto apresentado ao Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022, a rede De Abya Yala com Amor é ampliada com a entrada de mais 15 indígenas, originários da Colômbia, do Chile, do Paraguai, do Peru e do México. Os propósitos são os mesmos do projeto anterior: atuar como uma comunidade colaborativa de aprendizagem e produzir conteúdo a partir das cosmovisões originárias, para inspirar a humanidade que hoje renasce. A intenção é dar continuidade à produção de fogueiras digitais e suas faíscas, além de um novo e-book, De Abya Yala com Amor 2.

“Diversidade indígena viva” tem como objetivo geral valorizar os saberes indígenas vivo em Abya Yala e dialogar na diversidade. Os objetivos específicos são: 1) Aproximar e articular indígenas e redes indígenas; 2) Promover o intercâmbio de experiências e saberes entre diferentes culturas; 3) Fortalecer as capacidades dos indígenas e suas redes; 4) Valorizar os saberes indígenas e sua participação no mundo atual; 5) Incentivar diálogos interculturais e transdisciplinares que promovam a coesão social e o bem viver para todos, tendo a diversidade cultural como patrimônio vivo comum.

Entre os resultados esperados está a formação de uma comunidade colaborativa multiétnica plurinacional com mais de 20 indígenas fortalecidos em gestão compartilhada, salvaguarda do patrimônio imaterial, apropriação de novas tecnologias e diálogo intercultural. Espera-se também que um novo livro e novos vídeos circulem, valorizando o cruzamento de diversos saberes e provocando transformações socioculturais para o bem viver de todos.

Uma das fogueiras digitadas realizadas pelo projeto em 2021

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Organizações participantes

A organização que apresenta o projeto ao Edital de Apoio a Redes 2022 é a brasileira Thydêwá, criada em 2002 na Bahia. Entre as mais de 70 iniciativas idealizadas e promovidas pela Thydêwá, destacam-se o Ponto de Cultura Índios On-Line, o Pontão Esperança da Terra, a Rede de Pontos de Cultura do Nordeste Mensagens da Terra, a rede e coleção de livros Índios na Visão dos Índios, a Rede Índio Educa, a Rede Risada, a Rede Pelas Mulheres Indígenas, Kwatiara, AEI – Arte Eletrônica Indígena e AIRE – Arte com Indígenas em Residências Eletrônicas.

Premiada duas vezes como Ponto de Mídia Livre e três vezes como Ponto de Memória, a organização tem trabalhado com indígenas de 30 etnias diferentes, especialmente na valorização dos patrimônios imateriais, seus direitos e no uso da informação e da comunicação. Além das parcerias com povos indígenas da Argentina e Colômbia, mantém parcerias com o Reino Unido, a Alemanha e a França, promovendo o diálogo intercultural e o bem viver.

O trabalho conjunto com comunidades indígenas na Argentina remonta a 2015, ano em que a organização foi selecionada para o Edital IberCultura Viva de Intercâmbio e deu início aos primeiros projetos em conjunto com Mariela Jorgelina Tulián, casqui curaca de la Comunidad Indígena Territorial Comechingón Sanavirón “Tulián”, que também participa deste projeto.

Situada em San Marcos Sierras (Argentina), a Comunidade Indígena Comechingón Sanavirón “Tulián” foi fundada em 2010 e está presente em escolas, tramitando bolsas de estudos  secundários, dando palestras e cursos de cosmovisão, compartilhando cerimônias com os membros dessas instituições e, de maneira mais efetiva, na escola secundária IPEM nº 45 Dr. Ernesto Molinari Romero, por meio de uma tutora intercultural que realiza atividades constantemente. 

Há vários anos eles participam de encontros com outras comunidades indígenas, integrando a Coordinadora de Comunicación Audiovisual Indígena de Argentina (CCAIA), onde uma de suas autoridades comunitárias exerce a função de vice-presidenta. E há algum tempo integram o Consejo Continental de Ancianas, Ancianos y Guías Espirituales de América.

Foi Mariela Tulián quem apresentou a Thydewá a parceira equatoriana neste projeto: a Fundación Guanchuro. Criada em 2010, em Pichincha (Equador), esta fundação promove a interculturalidade, os processos de economia solidária, o turismo comunitário, a educação intercultural bilíngue, a promoção da língua e da cultura. É uma das participantes da Rede DVV Internacional, organização de cooperação com sede em Bonn (Alemanha), especializada em educação de jovens e adultos com presença em mais de 50 países do mundo. Angel Ramirez Eras, do povo Palta, é o representante da Fundação Guanchuro na rede.

Maria Pankararu (Pernambuco, Brasil) representa o canal Mensagens da Terra, um coletivo digital criado em 2020 com mais de 400 vídeos postados na internet, todos com indígenas. Mais de 20 etnias brasileiras e 10 de outros países participaram de alguma forma desse canal, que atualmente conta com indígenas Ymboré, Kariri-Xocó, Pankararu, Tupinambá, Pataxó, Pataxó Hãhãhãe, Waura, Desana, Kaingang, Guarani e Xucuru, entre outros.

Nhenety Kariri-Xocó (Alagoas, Brasil) representa a Comunidade Indígena Kariri-Xocó. Além de coordenar o Ponto de Cultura Horizonte Circular em sua comunidade, participou do projeto “Índios on-line”, do Ponto de Cultura Esperança da Terra e da Rede de Pontos de Cultura Indígena do Nordeste do Brasil. Também participou como autor em mais de 15 livros e atualmente coordena o fortalecimento da língua de seu povo em um projeto com colaboradores nacionais e internacionais.

Solita Pereyra ou Sapallitan Sanan Atojpa, outra representante da Argentina, lecionou por 27 anos em escolas das comunidades Tonokoté, em áreas inóspitas e fala Kichwa. Ela dedicou mais de 40 anos a reviver as raízes de seu povo Tonokoté, e é tinkina (autoridade e representante) do Conselho da Nação Tonokoté Llutki, composto por 38 comunidades (33 no território ancestral do que é hoje a província de Santiago del Estero, 1 em Tucumán, 1 em Santa Fé e 3 em Buenos Aires).

Liliana Claudia Herrera Salinas, também argentina, é ativista dos direitos indígenas, poeta, escritora e cantora na língua original. Omta (autoridade) da Comunidade Indígena Huarpe Guaytamari (Uspallata, Mendoza), é vice-presidente da Organização das Nações e Povos Indígenas da Argentina (ONPIA) e membro do Movimento Latino-Americano de Cultura  Viva Comunitária.

Do Chile vem Wilma Reyes, da Asociación Indígena Calaucan (San Antonio, Quinta Região, Valparaíso). Fundada em 1999, a associação tem entre suas atividades um projeto de saúde ancestral e intercultural, que vem sendo realizado desde 2008 no Centro Cerimonial de Desenvolvimento Indígena, em Llolleo, onde são ministradas oficinas de cosmovisão mapuche, ervas medicinais, tear mapuche, alimentação saudável, técnicas de arte com relevância indígena e formação de agentes de saúde. Também conta com atividades de educação intercultural bilíngue; cuidado ambiental e ecologia; projetos artísticos e arte-terapia, bem como estágios interculturais.

Outro participante desta comunidade colaborativa é Lecko Zamora, escritor, poeta, músico, jornalista, educador, referência e artesão do povo Wichí. Autor de vários livros sobre a cultura Wichí e de artigos jornalísticos e científicos relacionados aos direitos, saúde e educação dos povos indígenas, Zamora morou por muitos anos na Venezuela e na Bolívia e atualmente reside em Puerto Tirol, província do Chaco, Argentina.

De Huancayo, na região de Junín (Peru), está a Rede de Comunicadores Indígenas do Peru (REDCIP), fundada em 2007 por um grupo de comunicadores que defendem e promovem o direito à comunicação dos povos e comunidades indígenas do litoral e da Amazônia do Peru. A rede é resultado de um processo de confluência e articulação entre comunicadores indígenas de várias regiões, a fim de desenvolver uma agenda indígena comum sobre o tema das comunicações e tornar visíveis as demandas desse setor tanto para o Estado, quanto para o setor privado, sociedade e cooperação internacional.

Francisco Quiroga, por sua vez, representa o Conselho Continental de Anciãos Indígenas, Guias Espirituais da América. Ele é um Guahibo, um povo de San Agustín que vive na área de Huila, Colômbia, e um dançarino do Sol da tribo Lakota em Pipe Stone, Dakota do Sul, desde 2000. 

14

jul
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Promovendo encontros em Entre Ríos e Catamarca: os projetos da Argentina selecionados no Edital de Apoio a Redes 2022

Em 14, jul 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

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As propostas de redes argentinas selecionadas no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 foram “Construindo o Congresso Provincial de Cultura Viva Comunitária em Entre Ríos” e “XX Feira de Sementes Indígenas e Crioulas e Intercâmbio Camponês-Indígena”. A primeira foi apresentada pela Rede de Cultura Viva Comunitária de Entre Ríos, formada por 20 organizações culturais comunitárias; a segunda, pela articulação “Territórios e Economias Autônomas: Semeando cultura para o bem viver”, integrada por associações que trabalham juntas há vários anos na província de Catamarca. 

(* Uma terceira proposta apresentada pela Argentina, “Histórias que nos abraçam: Tecendo cinema comunitário”, da Rede de Cinema Comunitário da América Latina e do Caribe, foi selecionada como projeto “regional”, junto com Diversidade Indígena Viva II, da Rede Abya Yala com Amor, inscrito entre os projetos do Brasil. )

Foto: Asociación Civil Bienaventurados los Pobres (BePe)

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* Nome da rede ou articulação: Red Cultura Viva Comunitaria de Entre Ríos, Argentina

* Nome do projeto: Construindo o II Congresso Provincial de CVC em Entre Ríos

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O projeto apresentado pela Rede Cultura Viva Comunitária de Entre Ríos consiste na construção de um congresso provincial a partir de reuniões locais e encontros regionais que definirão os eixos de conversação e metodologias de trabalho. A proposta é gerar, ao longo do processo, as condições para ampliar o debate e a participação de integrantes das organizações culturais comunitárias de Entre Ríos, aprofundando os vínculos e o conhecimento de seus territórios, práticas e discursos.

Com este projeto espera-se alcançar a participação de representantes das 20 organizações que compõem a rede em cada uma das instâncias propostas (reuniões locais, encontros regionais e congresso provincial), alcançando a presença de pelo menos 50% de mulheres e dissidências em cada atividade proposta. Da mesma forma, espera-se agregar mais uma organização ou grupo em cada uma das cidades onde a rede já opera. 

A intenção é realizar sete encontros locais em sete cidades da província e dois encontros regionais em duas cidades diferentes antes do congresso provincial, no qual se espera a participação de cerca de 120 pessoas. As cidades onde o projeto será desenvolvido são La Paz, Villaguay, Concordia, Gualeguaychú, Victoria, Colón, Villa Elisa, Paraná e Concepción del Uruguay.

Nesse processo, a rede retoma uma proposta metodológica que o movimento CVC vem trabalhando, os círculos da palavra, concebidos como locais de conversa e reconhecimento mútuo. Duas questões devem ser transversais a todas as ações realizadas: a perspectiva de gênero e a questão ambiental. A intenção é promover espaços para mulheres e diversidades em encontros locais e regionais que permitam fortalecer a perspectiva de gênero na agenda do movimento entrerriano de cultura viva comunitária.

A festa de abertura do congresso será um momento para dar lugar às expressões culturais que têm surgido nas organizações. Ao longo da preparação do evento serão apresentadas propostas artísticas de organizações, coletivos e trabalhadores/as de cultura. Também está prevista uma gravação audiovisual do congresso.

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A rede

A Rede de Cultura Viva Comunitária de Entre Ríos é formada por 20 organizações culturais comunitárias de sete cidades da província. O objetivo desta rede é consolidar um espaço de articulação duradouro, que lhes permita sustentar uma voz comum e plural, promover projetos comuns que fortaleçam territórios ou unidades temáticas (ambiental, gênero, produção artística, etc.), para a incidência em políticas públicas, para a visibilidade dos problemas e propostas das organizações. 

Desde 2017 essa rede tem criado espaços de encontro que permitem conhecer seu trabalho, os vínculos com os atores locais, compartilhar agendas de eventos, espaços de formação e informações sobre políticas para o setor e coordenar a participação em reuniões e congressos nacionais.

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Organizações participantes

A Biblioteca Popular Caminantes nasceu na cidade do Paraná em 2003, como uma proposta para construir um espaço que promovesse práticas culturais democráticas, autônomas e comunitárias. Seus integrantes criaram a Feira da Leitura, realizada em 2010, 2012, 2015, 2019 e 2021 em praças, escolas e parques, e trabalham com oficinas de leitura ao longo do ano com quatro escolas. Também têm programado espetáculos que chamam de “Paraíso Cultural”, com convites teatrais, literários e musicais, e mantêm ativas oficinas de teatro e circo para crianças, desenho e animação, murga, construção de brinquedos, dança, teatro comunitário, fotografia e escrita criativa.

Biblioteca Popular Caminantes

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O Centro Cultural La Fragua, em Villa Elisa, é uma associação civil de promoção e desenvolvimento que trabalha pela inclusão das pessoas e pela promoção dos direitos culturais, educacionais, comunicativos e sociais. Atualmente ali funcionam oficinas de teatro, fotografia, audiovisual, música, violão, idiomas, pintura, informática, dança, ioga, entre outras. Há também uma sala de aula satélite para educação a distância, onde os cursos de nível superior e universitário são ministrados por universidades públicas e privadas. Desde 2003, La Fragua promove todos os verões o Cinema Itinerante “Bajo Las Estrellas”, que percorre os espaços públicos da cidade e dos bairros para que as pessoas voltem a ter acesso ao cinema argentino e às produções audiovisuais regionais. 

A Associação Civil Taller Flotante, criada na cidade de Vitória em 2015, é uma plataforma para projetos relacionados ao território das Ilhas do Delta Superior do Rio Paraná. É um espaço de produção, pesquisa e experimentação extra-disciplinar e autogestionário, que busca superar visões estabelecidas e divisões políticas. O trabalho se desenvolve a partir da circulação dos territórios como forma de conhecimento, leitura e escrita simultâneas, por meio de expedicionários (pesquisadores, escritores, comunicadores, professores, baqueanos etc.). A comunidade e a paisagem convivem em trocas de saberes, a partir de formas e meios que cada um tem para interpretar o que acontece in loco. Sua modalidade são oficinas e/ou laboratórios.

A Biblioteca Popular Nora Cortiñas é destinada a quem mora no Bairro Antártida Argentina e bairros vizinhos, a leste da cidade do Paraná. Sua atuação no território começou em junho de 2019, como um projeto que considera a leitura como a melhor forma de potencializar a imaginação, fornecer as ferramentas necessárias para conhecer e reconhecer direitos e lutas históricas e, assim, acessar uma educação melhor. Além de realizar eventos populares com atividades artísticas, recreativas, desportivas e literárias, a biblioteca promove a formação em áreas como saúde sexual e reprodutiva, prevenção e erradicação da violência de género e saúde ambiental, entre outras.

Biblioteca Popular Nora Cortiñas

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Las Viñas – Grupo Solidário, criado em 2019 em Concórdia, atende a população com refeitório, com aulas de apoio escolar, oficinas, recreativas e passeios, com hortas comunitárias e entregas de sementes, entre outras atividades. O Somos y Sembramos la Pacha, por sua vez, é um espaço socioambiental feminista que surgiu em julho de 2019, inicialmente como um programa de rádio dedicado a temas como soberania alimentar, agroecologia e ecofeminismo. 

O projeto também inclui a participação do programa de rádio “La Santa Voz Murguera (Parte de Vos, Parte de los Barrios)”, que tem entre seus objetivos a promoção da diversidade cultural e interculturalidade dos povos indígenas, cultura local, arte urbana e murgas no estilo portenho e uruguaio, além de incorporar cosmovisões, valores, saberes, saberes e formas de aprendizagem das diferentes comunidades, movimentos populares, associações civis, fundações sem fins lucrativos e instituições que fazem a educação popular da cidade de Concórdia. 


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*Nome da rede ou articulação: Territorios Autónomos y Economías: Sembrando Cultura para el Buen Vivir

* Nome do projeto: XX Feria de Semillas Nativas e Crioulas e Intercambio Campesino Indígena

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A XX Feira de Sementes Nativas e Crioulas e o Intercâmbio Camponês Indígena, também selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022, buscam dar continuidade a um espaço que tem possibilitado a defesa da identidade cultural, a partir do resgate de práticas e do intercâmbio de saberes. As organizações proponentes vêm trabalhando juntas há vários anos, realizando aprendizados e promovendo intercâmbios semelhantes em outras comunidades, conseguindo recuperar variedades ancestrais de sementes, saberes e usos, além de promover a distribuição/troca. 

O projeto tem como objetivo promover a troca de saberes, usos e múltiplas formas de saberes indígenas e camponeses sobre sementes nativas e crioulas, além de divulgar o trabalho de recuperação, conservação e produção de sementes. Da mesma forma, busca fortalecer o papel das mulheres na preservação das sementes nativas e crioulas como patrimônio cultural e identidade das comunidades indígenas e camponesas. 

Para isso, serão realizadas oficinas de capacitação (locais e regionais), uma feira de troca de sementes na cidade de Medanitos (prevista para setembro), um encontro de intercâmbio de conhecimentos, um plano de comunicação para divulgação, e uma sistematização de práticas sobre sementes nativas e crioulas realizadas por mulheres camponesas e indígenas (formato digital). Também está prevista a participação da rede na Semana Continental de Sementes Nativas e Crioulas, em julho.

Foto: Associação Civil Bem-Aventurados os Pobres (BePe)

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A rede

A articulação de Territórios e Economias Autônomas: “Semeando cultura para o bem viver” é formada pela Associação Civil Bem-Aventurados os Pobres (BePe), a Associação Camponesa de Abaucán (ACAMPA) e a União dos Povos da Nação Diaguita (UPND). Na província de Catamarca, BePe e ACAMPA coordenam atividades há mais de 20 anos, incluindo a gestão da FM Horizonte. O BePe e a UPND também trabalham juntas há seis anos, e a UPND apoia a ACAMPA desde 2018 no fortalecimento da identidade camponesa-indígena. 

Essas organizações sustentam que as sementes nativas e crioulas são o patrimônio biocultural dos povos e a base da agricultura tradicional, garantindo a soberania e autonomia alimentar, e que as mulheres têm contribuído com seus conhecimentos e práticas na seleção, produção e cuidado das mesmas. Por isso, em defesa e promoção de sua própria identidade cultural e territórios, a XX Feira de Troca de Sementes Nativas e Crioulas será realizada em setembro.

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Organizações participantes

Bienaventurados los Pobres (BePe) é uma associação fundada em 1984, em San Fernando del Valle de Catamarca, que atua no noroeste da Argentina (NOA) por meio de uma equipe interdisciplinar de educadores populares, com o objetivo de contribuir para a construção de um uma sociedade justa e sustentável, pautada no respeito à diversidade de estilos de vida e culturas, com vistas a agroecologia, economia social, educação e comunicação popular.

A ação institucional está vinculada ao fortalecimento da soberania e autonomia alimentar das famílias camponesas, indígenas e produtoras urbanas, à defesa do território, à recuperação de saberes e práticas comunitárias e à promoção das identidades culturais locais. BePe desenvolve suas ações em bases territoriais e em articulação com organizações locais nas províncias de Catamarca e Santiago del Estero, Região Noroeste da República Argentina.

Foto: Associação Civil Bem-Aventurados os Pobres (BePe)

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A  Asociación Civil Campesinos del Abaucán (ACAMPA) foi criada em 2009, em Medanitos, província de Catamarca, com o objetivo de “resgatar a identidade dos trabalhadores de Bolsón de Fiambalá; promover a solidariedade, a união das famílias do território, o desenvolvimento sustentável, a dignidade e a melhoria da qualidade de vida; promover a ajuda entre empresários camponeses e camponeses da área; recuperar e recriar os valores da cultura camponesa local”. 

Sua conformação resgata experiências organizativas e solidárias pré-existentes, como fundos rotativos, banco de ferramentas e comissão organizadora da feira de sementes. Desde 1999, as famílias que compõem a ACAMPA promovem diversas ações de trabalho comunitário em defesa de seus meios e modos de vida e, junto com o BePe, realizam trabalhos de recuperação de sementes nativas e crioulas por meio da implantação do “Projeto Resgate de Variedades Locais de milho, abóbora e feijão”. 

Foto: Associação Civil Bem-Aventurados os Pobres (BePe)

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A União dos Povos da Nação Diaguita (UPND) nasceu em 2013 como uma organização de povos indígenas de segundo grau, formada por 18 comunidades indígenas do povo Diaguita, localizadas no norte da província de Catamarca, nos departamentos de Andalgalá, Belén, Santa Maria e Antofagasta de la Sierra. Participam do projeto as seguintes comunidades nativas: Cerro Pintao, Famabalasto, La Quebrada, La Hoyada, Toro Yaco, Alto Valle del Cajón, Aconquija, Los Nacimientos, Atacameños del Altiplano e Atacameños de Andiofaco. Embora sejam povos que tenham em comum suas raízes e identidade diaguita, os territórios e ecossistemas que habitam não compartilham as mesmas características, de modo que suas práticas culturais também variam. 

A organização gerencia atividades relacionadas à reprodução da vida comunitária: produção, soberania alimentar, identidade cultural, educação, saúde, direitos, infraestrutura e recursos. Cada comunidade está organizada em torno de uma assembleia, espaço fundamental de deliberação, socialização e tomada de decisões. As comunidades que fazem parte da UPND se reúnem em assembleia a cada 45 dias, para tratar de questões e problemas que estão passando, ligados principalmente à defesa do território e ao reconhecimento de sua identidade cultural. 

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