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Blog

14

jun
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Rede de Cidades e Governos Locais realiza a primeira reunião de trabalho de 2021

Em 14, jun 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

Nesta segunda-feira, 14 de junho, a Rede de Cidades e Governos Locais IberCultura Viva se reuniu para começar a organizar uma agenda de trabalho e desenvolver um plano de ação para 2021, de acordo com o Plano Estratégico Trienal (PET 2021-2023) e o Plano Operativo Anual (POA 2021), recentemente aprovados pelo Conselho Intergovernamental do programa. Vinte pessoas participaram desta reunião por videoconferência. 

Além dos três novos integrantes da rede – o cantão de Alajuelita (Costa Rica) e os municípios de Xalapa e Jojutla (México) –, participaram do encontro representantes dos governos das províncias de Entre Ríos e Chaco (Argentina) e dos municípios de Marcos Juárez (Argentina), Niterói (Brasil), San Luis Potosí e Zapopan (México). Também participaram representantes dos governos do Chile, Argentina, Costa Rica e México. 

Esther Hernández Torres, diretora-geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura do México e presidente do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva, deu as boas-vindas às cidades que aderiram este ano e falou sobre a importância de fortalecer o trabalho da rede, de pensar em novas adesões como uma possibilidade de aprofundar e dar mais força ao trabalho que se realiza no IberCultura Viva.

Após uma rodada de apresentações dos representantes das prefeituras, Esther Hernández e o secretário técnico do IberCultura Viva, Emiliano Fuentes Firmani, apresentaram algumas das novidades que estão entre as linhas de ação do PET 2021-2023, como o fortalecimento das línguas indígenas, a articulação com as universidades e o reconhecimento dos portadores/as e experiências do patrimônio cultural imaterial. 

Ao comentar os objetivos estratégicos desse planejamento, que foi construído de forma participativa entre novembro de 2020 e março de 2021, o secretário técnico falou sobre os indicadores para a rede que se encontram no PET e citou as convocatórias que o programa vai lançar neste ano. A primeira delas, o Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021, foi lançada esta segunda-feira, 14 de junho.

Em seguida, Luísa Velásquez Santiago, representante do Município de Zapopan, apresentou a proposta de programação do 2º Encontro de Cultura Viva Comunitária em Cidades e Governos Locais da América Latina, que será realizado no município de 1 a 5 de julho, em formato híbrido (presencial/virtual), com a participação de membros da rede.

No final do encontro, foi formada uma comissão especial de trabalho para programar as atividades da rede neste 2º Encontro de Cultura Viva produzido pela Municipalidade de Zapopan. As pessoas que participam desta comissão representam os governos dos municípios de Marcos Juárez, Zapopan, Niterói, Jojutla, Alajuelita e das províncias de Chaco e Entre Ríos, juntamente com a representante de Comodoro Rivadavia (Argentina), que não participou desta reunião, mas será integrada ao grupo de trabalho. Esta comissão definirá o número de dias, a agenda e a metodologia de trabalho das sessões da rede no encontro de Zapopan.

14

jun
2021

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

IberCultura Viva apoiará projetos de redes de povos indígenas, afrodescendentes e comunidades migrantes

Em 14, jun 2021 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

(Foto: Oliver Kornblihtt)
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Nesta segunda-feira, 14 de junho, abre-se o prazo de inscrição do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021. A iniciativa tem como objetivo fomentar e fortalecer o trabalho e a articulação das redes culturais de base comunitária integradas por povos originários, indígenas, afrodescendentes e/ou coletivos de comunidades migrantes no âmbito ibero-americano. O edital conta com um montante de 68 mil dólares, provenientes do Fundo Multilateral IberCultura Viva, e está destinado aos 11 países que formam parte do programa: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai. 

Podem inscrever-se projetos de articulação em rede ou trabalho colaborativo para a realização de atividades que promovam o diálogo intercultural, a promoção cultural comunitária, circuitos de economia social para bens e serviços culturais ou instâncias de formação sobre diversidade cultural, gênero, comunicação comunitária e outros saberes ou tecnologias sociais que ajudem a promover o diálogo intercultural ou a promoção cultural comunitária. Cada proposta selecionada poderá receber até 3 mil dólares para utilizar em gastos de produção e comunicação do projeto.

As atividades devem ter entrada livre e gratuita e ser executadas num prazo máximo de 6 meses, entre outubro de 2021 e março de 2022. Pelo contexto sanitário atual, os projetos devem adaptar suas atividades às normas de cada país, respeitando as exigências das autoridades competentes, incluindo as de segurança e higiene, nas localidades onde serão realizadas. 

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Inscrições

As inscrições estarão abertas na plataforma Mapa IberCultura Viva até 31 de agosto (*), às 18h, considerando o horário de Brasília e Buenos Aires (Argentina). Os projetos devem ser apresentados por uma rede ou articulação de pelo menos três membros que contemplem povos originários, indígenas ou afrodescendentes, coletivos migrantes e/ou organizações culturais comunitárias que trabalham com estes grupos. A organização responsável pela inscrição deverá ter personalidade jurídica vigente e ser de tipo sem fins lucrativos. No caso dos povos originários, indígenas e/ou afrodescendentes, as personalidades jurídicas serão validadas pelos/las REPPIs (representantes de países nos programas e iniciativas) de cada país durante o processo de habilitação.

No caso do Brasil, só podem participar como organizações responsáveis aquelas reconhecidas e certificadas como Pontos de Cultura, devendo ter inscrição atualizada na plataforma Rede Cultura Viva. No caso do Equador, a pessoa responsável do projeto deve estar inscrita no Registro Único de Atores Culturais (RUAC). No caso do México só podem participar como organizações responsáveis aquelas que se encontrem inscritas no Registro Nacional de Espaços, Práticas e Agentes Culturais (TELAR).

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Avaliações

O processo de avaliação das propostas apresentadas compreenderá duas etapas: habilitação e seleção. A primeira julgará o cumprimento da documentação exigida no regulamento. As postulações enviadas com os documentos requeridos (formulário devidamente preenchido, certificado de personalidade jurídica (CNPJ), carta aval das organizações e/ou coletivos, orçamento e cronograma adequados ao formato detalhado) passarão à fase seguinte. Na etapa de seleção, as propostas serão avaliadas conforme os critérios estabelecidos no regulamento do edital. Os projetos que obtiverem a maior pontuação em cada país serão os selecionados.

Entre os critérios que contam pontos na seleção se encontram a adequação aos objetivos estratégicos do programa IberCultura Viva, os impactos artístico-culturais, econômicos e/ou sociais do projeto, a experiência da rede ou articulação proponente, a avaliação da proposta técnica, e a coerência e adequação do orçamento e do plano de trabalho.  

As redes/articulações candidatas deverão aportar um mínimo de 25% dos custos totais do projeto. Esta porcentagem pode ser cumprida com aportes não financeiros, como estruturas, equipamentos, espaços, insumos, ferramentas ou serviços, através de cartas de compromisso. As postulações também deverão ser acompanhadas por cartas aval onde se estabeleçam as responsabilidades de cada organização ou coletivo dentro do projeto.

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(*) Texto atualizado no dia 9 de agosto de 2021

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Confira o regulamento do edital: https://bit.ly/3gmGDje

Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/169/

Como inscrever-se no Mapa IberCultura Viva: https://iberculturaviva.org/manual/

Consultas: programa@iberculturaviva.org

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11

jun
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Província de Entre Rios terá um ciclo de conversas virtuais da cultura comunitária 

Em 11, jun 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

A Secretaria de Cultura de Entre Ríos (Argentina), através da Direção de Formação e Diversidade Cultural, lança o ciclo de conversas virtuais “Tejido Circular”. Dez organizações culturais comunitárias da província vão compartilhar suas experiências, metodologias de trabalho e formas de gestão em 10 encontros virtuais que serão realizados às terças-feiras, a partir de 15 de junho, às 19h (horário de Brasília e Argentina). 

As organizações que participarão são: Taller Flotante, la Unión Entrerriana de Músicos Independientes, Cooperativa Cabayú Cuatiá, EntreAfros, Asociación Gaseti Gazun, Biblioteca Popular Mitre, Radio Comunitaria Sapukay, Asociación Civil Barriletes, Fundación Arbolar e la Red de Comercio Justo Piri Hue.

Este ciclo faz parte dos compromissos assumidos pela Secretaria de Cultura da província como membro da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. (Saiba mais sobre a rede em https://bit.ly/3ceh9SD)

As pessoas interessadas em participar do ciclo de bate-papos devem enviar um e-mail a significandocultura@gmail.com.

Fonte: Secretaría de Cultura de Entre Ríos

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31

maio
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Comitê Executivo reúne-se para discutir os primeiros editais que o programa lançará em 2021

Em 31, maio 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

O Comitê Executivo do IberCultura Viva reuniu-se nesta segunda-feira, 31 de maio, para definir os últimos detalhes dos editais do programa que serão lançados em junho. As propostas serão enviadas nesta semana para aprovação do Conselho Intergovernamental e deverão estar disponíveis na segunda quinzena de junho.

O primeiro tema abordado no encontro foi o Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo, que este ano buscará fortalecer o trabalho e promover a articulação de redes culturais de base comunitária de povos indígenas e afrodescendentes, em conjunto com grupos de comunidades migrantes.

Em seguida foi discutida a convocatória para a constituição do Grupo de Trabalho sobre sistematização e difusão de práticas e metodologias de Políticas Culturais de Base Comunitária (GT de Sistematização). Esta atividade está no Plano Operativo Anual (POA 2021), aprovado pelo Conselho Intergovernamental em 14 de abril, e faz parte da linha de ação para o estabelecimento de um sistema de informação sobre políticas culturais de base comunitária representativas da diversidade dos países membros, como prevê o Plano Estratégico Trienal (PET 2021-2023). 

Foram também debatidas algumas possibilidades temáticas para o concurso de vídeos que o programa apresentará em 2021. Entre 2016 e 2020, o IberCultura Viva lançou cinco concursos de curtas-metragens, com temas ligados à cultura comunitária e aos valores defendidos pelo programa  (“Fomentar el respeitar, criar comunidade, salvaguardar a diversidade cultural, promover a participação e defender a igualdade ”). Os concursos fazem parte do Objetivo Estratégico 3 do PET: “Promover o diálogo intercultural e a conscientização sobre a importância de salvaguardar e promover o patrimônio cultural imaterial e as experiências culturais de base comunitária”.

“Mulheres: culturas e comunidades” foi o tema do primeiro concurso de vídeo em 2016. Depois vieram “Comunidades afrodescendentes: reconhecimento, justiça e desenvolvimento” (2017), “Comunidades linguísticas: identidade e salvaguarda” (2018), “Diversidade sexual e de gênero: direitos e cidadania” (2019) e “Práticas comunitárias: solidariedade e cuidado coletivo” (2020).

Participaram da reunião do Comitê Executivo: Esther Hernández Torres (presidente do Conselho Intergovernamental) e Manuel Trujillo, da Secretaria de Cultura do Governo do México; Marianela Riquelme, do Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile; Eduardo Reyes Paniagua, do Ministério de Cultura e Juventude da Costa Rica; Diego Benhabib, do Ministério de Cultura da Argentina, e Emiliano Fuentes Firmani, da Secretaria Técnica IberCultura Viva.

31

maio
2021

Em Notícias

Por IberCultura

CLACSO aprova filiação do IberCultura Viva como rede associada

Em 31, maio 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

O Comitê Diretivo do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (CLACSO) aprovou o pedido de filiação do programa IberCultura Viva como rede associada. A aprovação foi dada no 104º Período de Sessões, realizado por videoconferência entre os dias 13 e 14 de maio. 

Em carta enviada a Esther Hernández Torres, presidenta do Conselho Intergovernamental, em 28 de maio, a secretária executiva do CLACSO, Karina Batthyány, deu as boas-vindas ao programa e destacou que a adesão permite que o IberCultura Viva participe das várias atividades e programas acadêmicos promovidos pelo conselho.

Ao ingressar na maior rede de ciências sociais da América Latina e Caribe, o programa busca propor articulações que contribuam com a linha de ação “Sistematização e difusão de práticas e metodologias de políticas culturais de base comunitária”, contemplada no Plano Estratégico Trienal (PET 2021-2023).

28

maio
2021

Em Notícias

Por IberCultura

“Registro de iniciativas culturais comunitárias” reúne histórias da Região Metropolitana do Chile: uma ideia a replicar

Em 28, maio 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

Há um ano, os membros da Mesa de Organizações Culturais Comunitárias da Região Metropolitana (Mesa OCCRM), do Chile, decidiram convocar as OCCs da região para fazer algo que nunca haviam feito antes: contar suas histórias, documentar o que faziam em seus territórios, mostrar que existiam. O projeto, realizado com o apoio do Programa Rede Cultura da Secretaria Regional das Culturas, Artes e Patrimônio, resultou no livro “Registro de iniciativas culturais comunitárias – Região Metropolitana”, lançado em encontro por videoconferência na última quarta-feira dia 26 de maio. 

A publicação reúne, em 176 páginas, um total de 76 organizações e iniciativas culturais comunitárias da Região Metropolitana de Santiago, pertencentes a 27 das 52 comunas que a constituem. Os temas de trabalho são os mais variados, vão desde circo, reciclagem e pintura mural até trabalho com crianças, jovens e mulheres, promoção de direitos, animação cultural de bairro, pesquisa e gestão cultural, entre outros. Na parte final do livro foi incorporado um mapa com a localização territorial de cada uma delas, disponível em sua versão interativa no site www.mesaoccrm.cl.

O lançamento se deu numa das sessões do 6º Encontro de Organizações Culturais Comunitárias da Região Metropolitana. Estavam presentes o coordenador da edição, Roberto Guerra Veas, fundador da Escola de Gestores e Animadores Culturais (Egac); o designer gráfico Alfredo Chuquimia; Camila Garrido, Vania Fernández e Marianela Riquelme, profissionais do programa Red Cultura; Esther Hernández Torres (México), presidenta do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva, e integrantes de organizações que participam da Mesa de OCC da Região Metropolitana. 

Quatro das organizações presentes no livro se apresentaram neste encontro virtual: Elizabeth Guzmán falou sobre a Escola de Títeres de Lo Espejo; Ruben Berrios, do Grupo Perú Danza; Diana Catani, da Corporación Cultural Teatro Bus Chile; Rosa Luz Vargas, da Ebano y Marfil. A moderação esteve a cargo de Melanie Bustos Alveal, representante da organização La Joya Mosaico. 

Um desejo cumprido

Na abertura do encontro, Camila Garrido, representante do programa Red Cultura, felicitou os representantes da Mesa OCCRM e falou da emoção ao ver o texto, depois de quatro anos de trabalho conjunto em prol do fortalecimento de OCCs para a região. “Havia um desejo de que isso acontecesse, de que esse registro fosse gerado. É muito gratificante ser testemunha deste acontecimento”, comemorou. “Há um ano, quando esse projeto surgiu da mesa, o objetivo técnico era a auto-observação, mas esse foi um pretexto para poder acompanhar, colaborar, se encontrar com as OCCs que estavam no território.”

Segundo Camila, a estratégia era dar visibilidade cultural ao trabalho das organizações, mas havia algo mais: era preciso dar cara, nomes e pele às organizações que distribuíam refeições, coordenavam a entrega de caixas de mercadorias, realizavam bingo, rifas, para ajudar um vizinho com problemas de saúde. “A cultura comunitária acaba sendo um bálsamo nesses momentos difíceis e dolorosos. É uma forma de se conectar com a memória e a resistência”, destacou. Para ela, este registro não é apenas um marco regional, mas também nacional, “uma prática que vale a pena imitar nas várias regiões e comunas do país”, pois sistematizar o que se faz é uma forma de ficar no tempo, uma forma de transcender.

Vania Fernández, outra representante do Red Cultura na região, também expressou a emoção de ver a concretização deste projeto, que “mostra que o trabalho cultural comunitário vai além de se candidatar a fundos públicos”. “Essas organizações trabalham pela construção de uma sociedade que garanta os direitos culturais. Elas trabalham de forma autônoma, se preocupam em empoderar seus pares, se associam, buscam maneiras de sobreviver. (…) Quando começam a deixar de se olhar e passam a olhar para o outro, quando encontram nas expressões artísticas a forma de estimular suas vidas e de todo o seu entorno, é aí que as comunidades começam a crescer. Este registro nos mostra 76 histórias, 76 sonhos, 76 lutas de ativismo territorial.”

Uma experiência inspiradora

Esther Hernández Torres, diretora geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura do México e presidenta do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva, representou o programa no encontro e comentou a emoção transmitida pelos membros da Mesa OCC ao ver materializado este trabalho. “As histórias que vêm das organizações são realmente empolgantes e inspiradoras”, disse ela. Além de parabenizá-los pela edição e pelo complexo trabalho de sistematização (“que eles conseguiram fazer muito bem”), destacou a importância da experiência e do trabalho que as organizações de base realizam quando se articulam nas políticas culturais. 

“Passamos por tempos muito difíceis e nós que gerenciamos políticas de base comunitária nos preocupamos com a necessidade de presença, de território. E quando pensávamos que não podíamos fazer mais nada, as organizações nos surpreendem com redes de solidariedade, sendo agentes de mudança em seus lugares de origem. Agentes que buscam o bem-estar coletivo por meio da arte, da cultura, de suas próprias linguagens, para se manterem vivos. O fato de o trabalho comunitário, em vez de cair como muitos de nós temíamos, ter criado todas essas possibilidades com mais força, é algo que dá muita esperança e que é preciso compartilhar ”, destacou a presidenta do IberCultura Viva.

Para Esther Hernández, a publicação é uma fonte de inspiração para organizações de outras latitudes, de outras partes da Ibero-América, e demonstra a vitalidade da cultura comunitária. “Adorei o que Camila disse: que a cultura da comunidade é um bálsamo em momentos de dor. Sim, é um bálsamo nos momentos difíceis, mas também nos momentos de confiança, de encontro, de alegria. E nos momentos de raiva, de memória, de lembrar por que estamos aqui, por que agimos e por que é cada vez mais necessário trabalharmos juntos, em solidariedade, em redes”, afirmou. 

Sete meses de trabalho editorial

Roberto Guerra Veas, responsável pela coordenação editorial, destacou que as organizações culturais comunitárias são um dos atores mais dinâmicos do setor cultural chileno, estando presentes de uma ponta a outra do país, “de Putre a Puerto Williams”. “Também na nossa região, no conjunto de comunas, elas dizem presente. E têm feito isso desde sempre, desde antes de o ministério existir, e elas estão dizendo presente agora. Nestes tempos complexos, elas se comprometeram a acompanhar seus grupos e comunidades, estão se organizando, ativando, gerando espaços de participação. Aonde o Estado não chega e o mercado não se interessa, aí estão as organizações culturais comunitárias”, comentou. 

Segundo o fundador da Egac, o projeto do livro surgiu a partir de duas das principais demandas que as organizações de base regularmente levantam: que seu trabalho tenha mais visibilidade e seja reconhecido. “Este registro é um presente que damos a nós mesmos e que compartilhamos com todos. O livro nos permite mostrar que existimos, que há processos de ativação e reconhecimento aqui, que há iniciativas que estão fazendo algo que ninguém mais está fazendo, que há um festival de teatro de bonecos que une a população, que estão criando ‘panelas comuns’, que estão pintando murais de forma colaborativa e associativa … Há um valor fundamental aí”, disse, apontando a necessidade de o Estado responder à demanda constante das organizações por um maior reconhecimento, por ter políticas públicas específicas e deixar de ser “os parentes pobres” nas políticas culturais. 

A publicação levou sete meses “intensos” de trabalho e também serviu para lembrar às organizações a necessidade de as organizações prestarem a devida atenção aos processos de registro e documentação de suas práticas. “Isso não é secundário. É importante organizar as informações, documentar o que está sendo feito, ter arquivos, ter fotos que falam bem do seu trabalho”, observou Guerra. “Com informações organizadas, você pode avançar nos processos de sistematização, compartilhar uma experiência. Nesse caso, compartilhar o trabalho de 76 organizações é como tirar uma foto. No outono de 2021, esta é uma foto do setor cultural comunitário que ficará para a história.”

O processo de seleção

Na apresentação do livro, explica-se que o projeto teve início com uma convocatória dirigida a organizações, coletivos e projetos culturais comunitários e sem fins lucrativos, denominados “iniciativas”, que, independentemente da sua natureza jurídica, realizam seu trabalho em qualquer uma das 52 comunas da Região Metropolitana de Santiago. Era necessário ter no mínimo três anos de funcionamento. Concluído o período de registro, foram recebidas 90 postulações de 28 comunas da capital chilena.

A avaliação das iniciativas ficou a cargo de um comitê formado pela Mesa OCCRM e o programa Red Cultura, considerando os critérios de associatividade, trajetória e experiência, abrangência e participação nos encontros regionais de OCCs. As 69 que completaram satisfatoriamente todo o processo juntaram-se às 7 organizações que faziam parte da Mesa OCCRM, completando o total de 76 iniciativas presentes no texto.

Onde baixar a publicação: www.egac.cl

Veja o vídeo do lançamento: https://www.facebook.com/egaccultura/videos/147737554039890

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28

maio
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Programa Red Cultura disponibiliza uma cartografia cultural da região de Tarapacá, no Chile

Em 28, maio 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

Para tornar visível e valorizar a contribuição à cultura da comunidade organizada, em coordenação com os/as agentes culturais locais, o programa Red Cultura da região de Tarapacá, em Chile, disponibiliza um mapa georreferenciado dos espaços culturais, da secretaria municipal de cultura das 7 comunas pertencentes a esta região e de 29 organizações culturais comunitárias das comunas de Pica, Huara, Iquique, Alto Hospicio e Pozo Almonte.

Com o objetivo de contribuir para a continuidade e sobrevivência dos agentes culturais do território e de suas estruturas sociais, bem como para fortalecer a articulação da comunidade, os diferentes agentes e instituições culturais foram convocados a participar da configuração de uma ferramenta de planejamento de apoio para a geração de novas fontes de financiamento e que, de alguma forma, permitam reativar, reencantar e/ou formar um novo e fortalecido vínculo com as comunidades e públicos aos quais dirigem suas atividades.

Diversas atividades, em sua maioria virtuais, foram desenvolvidas para identificar o patrimônio cultural regional e gerar pontos de contato georreferenciados e informações para esse mapeamento cultural regional. Destacam-se os seis Encontros Participativos: dois com agentes culturais municipais, dois com responsáveis ​​pelos espaços culturais e dois com representantes de organizações culturais comunitárias e com o apoio dos grupos de trabalho que se estabelecem com as contrapartes territoriais do programa Red Cultura.

A iniciativa busca ser um palco para essas e outras OCCs da região, a fim de informar a comunidade sobre sua existência e as atividades que realizam para ativar os territórios e ampliar o repertório de iniciativas culturais comunitárias.

A região de Tarapacá está localizada no norte do Chile, na fronteira com a Bolívia, a quase 2.000 quilômetros da cidade de Santiago. Até 20 anos atrás era também constituída pela região de Arica e Parinacota, na fronteira com o Peru e a Bolívia, possuindo um alto percentual de população migrante. É reconhecida por seu planalto e localidades rurais ricas em história paleolítica de geoglifos, pinturas rupestres e pictoglifos de várias datas e, principalmente, por suas obras de nitrato declaradas Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.

Texto: Coordinación nacional del componente OCC – Red Cultura/ Ministerio de las Culturas, las Artes y el Patrimonio de Chile

Conheça o mapa:

https://www.google.com/maps/d/u/0/viewer?ll=-18.449926969621405%2C-70.07813369388832&z=7&mid=1qxpbMuOaPrEId2IEvfg5CF8pBwK3ICrZ

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28

maio
2021

Em Notícias

Por IberCultura

“Atrevidas, mulheres organizadas”: documentário mostra a força de lideranças de OCCs da região do Biobío, no Chile

Em 28, maio 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

A necessidade de assumir a cultura como motor indispensável para o desenvolvimento e a transformação ambiental motivou um grupo de lideranças femininas da região de Biobio, no Chile, a desenhar um projeto associativo da Mesa de Organizações Culturais Comunitárias de Biobio (OCC) e conseguir realizar um audiovisual com sua experiência.

Como parte do trabalho colaborativo e associativo das Organizações Culturais da Região do Biobio com a coordenação regional do Programa Red Cultura, determinou-se que o trabalho desenvolvido pela comunidade organizada em torno das questões ambientais fosse destacado. O registro audiovisual que foi feito de cada uma das experiências discutidas tornou-se um documentário que ficará como um registro das demandas, lutas e contribuições que um grupo de mulheres faz das comunidades.

Os responsáveis ​​pelo produto final pertencem à Transeúnte Films. Direção, edição e pós-produção, câmera e som também ficaram a cargo de mulheres da região. As organizações culturais que participaram deste registro são Colectivo Wenewen, Organización Malen Leubu, Agrupación Limpiemos CMPC, Agrupación Newen Kimün, Agrupación Rekrea, Agrupación Tejedoras de Nacimiento e Grupo Salvemos La Señoraza.

Conforme indicado, essas organizações “entendem a cultura como uma forma de ser e fazer o seu presente e também o futuro que desejam. Nesse sentido, a defesa territorial e a conscientização socioambiental são problemas primordiais no trabalho comunitário ”.

Confira o documentário:

Texto: Coordenação nacional do componente OCC Red Cultura/Ministerio de las Culturas, las Artes y el Patrimonio

26

maio
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Omar Rincón abre a série de encontros ao vivo do Curso de Pós-Graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária

Em 26, maio 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

Uma das novidades do Curso de Pós-Graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária em 2021 é a realização de três classes sincrônicas, com diferentes especialistas, transmitidas pelo YouTube para quem quiser assisti-las. A primeira aula será “Cultura: espécies culturais digitais e de território”, do professor Omar Rincón (Colômbia), nesta quinta-feira, 27 de maio, às 12h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo pelo canal IberCultura Viva. Os alunos do curso participarão do encontro e poderão tirar dúvidas durante a videoconferência.

Criado em 2018, o Curso de Pós-Graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária é uma construção conjunta do IberCultura Viva e da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO), com sede na Argentina. A iniciativa faz parte do Objetivo Estratégico 1 do programa: “Promover e fortalecer o desenvolvimento de políticas culturais de base comunitária nos países do Espaço Ibero-americano”. A ideia do curso surgiu de uma pesquisa promovida pelo IberCultura Viva em 2017, que mostrou que não existiam espaços acadêmicos que trabalhassem com políticas culturais de base comunitária como tema específico. 

Este curso de pós-graduação é realizado virtualmente por nove meses, de abril a dezembro, na plataforma FLACSO-Argentina. Os conteúdos são distribuídos em seis módulos e 24 aulas onde são trabalhadas noções teóricas sobre os processos culturais contemporâneos, propondo um amplo quadro sobre as diferentes teorias da cultura e os debates atuais em torno dela, com enfoque principal no contexto ibero-americano. A proposta acadêmica coordenada por Belén Igarzábal e Franco Rizzi busca a diversidade de visões, com a participação de professores de vários países ibero-americanos

O colombiano Omar Rincón é um dos professores do curso desde a primeira turma. Ensaísta, jornalista, crítico de televisão e autor audiovisual, Rincón é pesquisador e professor de Comunicação e Jornalismo da Universidad de los Andes, diretor do Centro de Estudos em Jornalismo da mesma universidade e diretor do Centro de Competência em Comunicação da América Latina da Fundação Ebert. 

Edital de bolsas

Todos os anos, em dezembro, o programa IberCultura Viva abre um edital de bolsas para este curso de pós-graduação na FLACSO-Argentina. Em quatro anos, somando os selecionados nos editais das turmas de 2018 a 2021, foram concedidas 375 bolsas para o curso. As vagas foram divididas igualmente entre os países membros do IberCultura Viva. 

Na última convocatória, para a edição 2021, o programa recebeu 502 inscrições e 88 bolsas, distribuídas entre os 11 países membros (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai). Outras 16 pessoas (8 do Brasil, 8 do Chile) receberam bolsas extras porque os representantes do Chile e do Brasil no Conselho Intergovernamental decidiram ampliar suas cotas utilizando os recursos disponíveis no Fundo Multilateral IberCultura Viva para apoiar a formação de organizações culturais comunitárias. Foi a terceira vez que os dois países ampliaram o número de bolsas para candidatos de seus respectivos países, levando em consideração a quantidade e a qualidade dos candidatos.

(*) Onde assistir a aula de Omar Rincón: https://www.youtube.com/iberculturaviva

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24

maio
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Mesa de OCCs da Região Metropolitana do Chile lança livro sobre iniciativas de 27 comunas

Em 24, maio 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

Na próxima quarta-feira, 26 de maio, durante o 6º Encontro de Organizações Culturais Comunitárias da Região Metropolitana do Chile, será lançado o livro “Registro de iniciativas culturais comunitárias – Região Metropolitana”.

A iniciativa faz parte do projeto impulsionado pela Mesa de Organizações Culturais Comunitárias da Região Metropolitana (MesaOCCRM), com o apoio do Programa Red Cultura da Secretaria Regional Ministerial das Culturas, das Artes e do Patrimônio da Região Metropolitana. O objetivo é contribuir para dar visibilidade ao trabalho realizado pelas organizações culturais de base da região, assim às aprendizagens e resultados de seu trabalho com a comunidade.

O texto, sob a coordenação editorial da Escuela de Gestores y Animadores Culturales (Egac), reúne em 180 páginas um total de 76 iniciativas culturais comunitárias da Região Metropolitana de Santiago, desenvolvidas por diversas organizações e coletivos pertencentes a 27 comunas da região, abordando temáticas como formação artística, pinturas de murais, trabalho com crianças, jovens e mulheres, circo, reciclagem, promoção de direitos, animação cultural de bairro, pesquisa e gestão cultural, entre outras.

Na parte final do livro, se incorpora um mapa com a localização territorial de cada uma delas, disponível em sua versão interativa no site www.mesaoccrm.cl.

A atividade se realizará por videoconferência, com transmissão a partir das 19:00 horas (horário do Chile) por Facebook Live, através da página de @egaccultura.

Fonte: Egac