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Blog

03

nov
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Prefeitura de Niterói lança a Carta de Direitos Culturais da cidade e o portal “Cultura é um Direito”

Em 03, nov 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

Neste 5 de novembro, Dia Nacional da Cultura, será lançada a Carta de Direitos Culturais de Niterói. O documento, que foi elaborado de maneira participativa ao longo deste ano, será apresentado no Encontro “Cultura é um Direito”, promovido pela Prefeitura de Niterói, por meio da Secretaria Municipal das Culturas. Além da Carta, serão lançados o portal “Cultura é um Direito” e um edital de fomento para o setor cultural. O evento marcará também a abertura da plenária final da 5ª Conferência Municipal de Cultura de Niterói. 

Niterói é a primeira cidade brasileira a produzir uma Carta de Direitos Culturais. Nesta proposta que levou em conta experiências realizadas em outras cidades, como Roma (Itália), Mérida (México) e Barcelona (Espanha), a principal inspiração foi o processo de construção da Carta de Direitos Culturais da cidade de San Luis Potosí, no México, desenvolvida em parceria com a UNESCO e o programa IberCultura Viva, por meio da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais.

Assim como a iniciativa de San Luis Potosí, que teve todo o seu processo de construção e implementação registrado no site “La cultura es un derecho”, Niterói agora também terá seu portal “Cultura é um direito”. Além de ser o principal registro e repositório da Carta de Niterói, o portal será um instrumento público de difusão de conteúdos relacionados aos temas das políticas culturais e abrigará uma base de dados com perfis/portfólios dos/das agentes culturais de Niterói.

Para 2022, com o apoio do programa IberCultura Viva, também como parte das atividades de divulgação das Cartas de Direitos Culturais de Niterói e de San Luis Potosí, está prevista a realização do webinar “Direitos Culturais e Cultura Comunitária”, com a presença de gestores, especialistas e agentes culturais de diversos países. 

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Construção participativa

Para a construção da Carta de Niterói foram realizados 21 encontros com a sociedade civil, instituições e governo. As reuniões envolveram as câmaras setoriais do Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC), os Pontos e Pontões de Cultura que integram a Rede Cultura Viva de Niterói, o Fórum de Capoeira de Niterói, as expressões culturais religiosas, as lideranças comunitárias, o Fórum Popular Permanente dos Direitos da Criança e do Adolescente de Niterói, a Secretaria Municipal das Culturas (SMC) e a Fundação de Arte de Niterói (FAN).

Durante os seis meses de debates, participaram desse processo mais de 800 pessoas. As mais de 200 propostas recebidas se materializaram em seis capítulos do documento. O primeiro deles discute o que é a Carta e como ela se relaciona com as declarações e pactos internacionais e com as demandas individuais e coletivas dos cidadãos e cidadãs niteroienses.

A Carta de Niterói toma como base a Declaração Universal de Direitos Humanos; o Pacto Internacional Sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais; a Declaração Universal Sobre a Diversidade Cultural; a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988; o Sistema Nacional de Cultura; o Sistema Estadual de Cultura do Rio de Janeiro, e o Sistema Municipal de Cultura de Niterói.

As leis municipais de Niterói relativas à arte e à cultura estão reunidas no segundo capítulo da Carta. O terceiro, por sua vez, apresenta políticas públicas de cultura que, embora não se configurem necessariamente como legislação, constituem e/ou abordam direitos culturais demandados/conquistados pela população.

No quarto capítulo são apresentadas a metodologia de debate e as características das reuniões realizadas. No quinto estão as diretrizes construídas a partir de observações comuns feitas nessas 21 reuniões. Por fim, no sexto capítulo, são listadas as metas e as estratégias indicadas em cada reunião, com o objetivo de reconhecer, proteger, promover e garantir o exercício dos direitos culturais por cidadãs e cidadãos em Niterói.

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(*) O encontro “Cultura é um direito” será realizado de maneira presencial, a partir das 10h, na Sala Nelson Pereira dos Santos. Para participar, é preciso preencher este formulário: https://forms.gle/fan5egw4ynDGjAHy7

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Leia também:

Carta dos Direitos Culturais de Niterói: uma construção participativa inspirada na experiência de San Luis Potosí

“La cultura es un derecho”: la experiencia potosina como inspiración de procesos participativos

Carta da Cidade de San Luis Potosí pelos Direitos Culturais agora é lei

Carta da Cidade de San Luís Potosí pelos Direitos Culturais: uma construção participativa 

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02

nov
2021

Em Notícias

Por IberCultura

O comunitário na política cultural é o tema central do 5º Seminário “Comunidades, cultura e participação”

Em 02, nov 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

Com o tema “Situação, perspectivas e desafios do comunitário na política cultural”, o 5º Seminário Comunidades, Cultura e Participação se realizá entre os dias 23 e 25 de novembro no Palacio Cousiño, em Santiago (Chile), alternando sessões presenciais e on-line. As inscrições já estão abertas para quem quiser participar, inclusive com palestras ou vídeos.

Impulsionado pela Escuela de Gestores y Animadores Culturales (Egac) desde 2017, o seminário tem por objetivo gerar um espaço para a análise, conceituação e problematização da noção do comunitário na cultura, numa perspectiva de visibilizar seus alcances e projeções no Chile atual. Também busca dar visibilidade a experiências que promovam, desde o espaço local e comunitário, a incidência para o desenvolvimento de políticas públicas de base comunitária.

O evento conta com o patrocínio da Municipalidade de Santiago, de IberCultura Viva e da Red Latinoamericana de Gestión Cultural (RedLG). Todas as atividades são gratuitas e abertas à comunidade.
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Inscrições: http://egac.cl/

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30

out
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Diálogos do Mazapán II: o projeto do Equador selecionado no Edital de Apoio a Redes 2021

Em 30, out 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

Nome do projeto: Diálogos del Mazapán 2ª etapa

Nome da rede ou articulação: Frente Cultural Calderón

Organização responsável: Corporación Cultural Intipak Churi

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Este ano, as artesãs do mazapán da paróquia rural do Calderón, ao norte de Quito (Equador), bordarão un cavalinho de mazapán gigante, de quase um metro, enquanto contam sua história a todos e todas que queiram escutá-las, nesta terça-feira, 2 de novembro, no percurso que se realizará pelos cemitérios de Calderón. O projeto “Diálogos de Mazapán II”, que busca recuperar a memória do mazapán e dos rituais funerários, foi um dos selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Trabalho Colaborativo 2021. 

As artesãs e os artesãos do mazapán, assim como a tradição que comporta sua elaboração e suas diversas manifestações culturais, foram reconhecidos em 2018 como parte do patrimônio cultural imaterial do Equador. As figuras de mazapán são elaboradas à base de farinha, com goma, cores vivas provenientes de tintas naturais e variadas formas. Esta preparação vem desde 1938, quando se criou a primeira figura que tem permanecido no tempo.

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Articulação

O projeto “Diálogos do Mazapán II”, que resultou selecionado no edital de IberCultura Viva, foi apresentado pela Frente Cultural Calderón, um tecido de artistas, gestores e coletivos artístico-culturais de Calderón que trabalha para o desenvolvimento de sua identidade, memória e patrimônio através das artes e da cultura. A frente vem trabalhando desde 2018 com mais de 15 coletivos, gerando processos culturais, festivais e cursos de férias, entre outras atividades, principalmente em Calderón, uma paróquia rural situada ao norte de Quito, assentamento do povo Kitu Kara, e também em outras paróquias, como Carcelén, Santa María, Tumbaco. 

Esta articulação de coletivos tem trabalhado pela valorização da língua kichwa, o resgate de tradições locais e memória social, artesanato, comidas típicas, recuperação histórica e turismo. Seus processos têm como foco também o cuidado do tramo do Caminho do Qhapac Ñan (uma extensa rede de caminhos aperfeiçoada pelos incas) no bosque seco de Jalumkilla, onde realizam preservação, minga comunitária e empreendimentos para beneficio da economia local.

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Organizações

A Corporação Cultural Intipak Churi, que é a organização responsável do projeto da frente, nasce em 2008 (com personalidade jurídica em 2020), com a finalidade de criar e dançar, reafirmando sua herança cultural, “para manter e dar vida à memória de um povo cheio de contrastes e cores únicos, vivências e tradições ancestrais”, como contam na postulação que fizeram para o edital de IberCultura Viva. 

A corporação apresenta este projeto em articulação com Saga – Visual Escénico, “grupo visual cênico multidisciplinar” que foi fundado em 2016 e que trabalha com uma associação de artesãs do mazapán, além da Rede Cultura Viva Comunitaria Ecuador, que desde 2015 vem trabalhando para visibilizar, fortalecer e articular artistas, gestores e coletivos culturais que trabalham de forma independente e comunitário. 

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Projeto

Um diálogo entre o mazapán e a memória viva das mestras é o que propõe este passeio com início marcado para as 8h deste 2 de novembro, tendo como ponto de encontro o Parque de Calderón. A ideia é contar a história do mazapán do ponto de vista das artesãs da “época dourada” com a elaboração de uma guagua de rabo gigante de “Caballito”, figura emblemática, que ficará como antecedente patrimonial e registro de sua técnica e traspaso a novas gerações. Depois serão visitados os cemitérios indígenas das comunas de Calderón e se realizará a cerimônia de 2 de novembro como se fazia em épocas passadas, de rezar para os mortos com a figura de mazapán, tradição que está a ponto de desaparecer.

O projeto tem como objetivo geral preservar a memória social e tradição do mazapán através da construção de figuras e seus rituais funerários. Além de articular o trabalho de artesãs, coletivos artístico-culturais e empreendimentos locais para o fortalecimento da atividade cultural das comunas de Calderón, pretende-se preservar a memória, o conhecimento e o traspaso geracional da tradição do mazapán a partir de 10 artistas-artesãs da chamada “época de ouro”. Também se pretende recuperar a memória do caminho do Qhapac ñan, onde se localizam os cemitérios indígenas das comunas.

O mazapán é principalmente uma atividade de mulheres, que se dedicaram a esta arte passando de geração a geração para seu tempo livre, para rezar e posteriormente também como uma base econômica para suas casas. Com o propósito de reconhecer às mulheres com o conhecimento mais ancestral, as avós maiores de 70 anos, a primeira atividade prevista no projeto “Diálogos do Mazapán II” foi o mapeamento e localização das artistas-artesãs que viveram o que consideram a “época dourada” e que ainda residem na paróquia de Calderón. Para esta primeira semana de novembro, além da realização do percurso pelos cemitérios, estão previstas a recopilação e a edição de registros audiovisuais para a elaboração de um documentário.

Fotos: Inti Pak Churi

29

out
2021

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

IberCultura Viva abre concurso para a criação do logotipo da Rede de Cidades e Governos Locais

Em 29, out 2021 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

O programa IberCultura Viva convoca cooperativas, coletivos e pessoas dedicadas ao design gráfico a apresentar propostas de logotipo para a Rede de Cidades e Governos Locais, para ser utilizado nas atividades próprias da rede. A pessoa responsável pela proposta ganhadora receberá um prêmio de 500 dólares e um diploma. 

O logotipo deverá consistir em uma imagem original e inédita, não ter sido apresentada em outro concurso e não contar com registro de propriedade intelectual. Deverá ser claro e legível, e permitir sua aplicação em cores, em branco e preto, e em escala de cinza, com facilidade de reprodução e aplicação em diversos formatos, tamanhos e materiais, como papel, tela, plástico, cristal, entre outros.

Poderão participar do concurso pessoas maiores de 18 anos residentes de algum dos 11 países membros de IberCultura Viva: Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Colômbia, Equador, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai. Cada participante ou coletivo poderá concorrer com apenas um trabalho.

As inscrições estarão abertas na plataforma Mapa IberCultura Viva até quinta-feira, 25 de novembro, às 18h (horário de Brasília). Além de completar o registro de agente individual e o formulário específico do concurso, é necessário enviar a imagem do logotipo em fundo branco em formato jpeg, tamanho carta (21,5 x 28 cm). Também deve-se anexar um documento que contenha breve descrição da obra e elementos gráficos utilizados no projeto.

O júri do concurso será integrado por membros da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais e do Conselho Intergovernamental do programa. O coletivo ou a pessoa com o logotipo selecionado como ganhador deverá entregar um breve manual de marca ou ficha técnica que inclua tipografia, retícula de construção, área de proteção e paleta de cores ou códigos Pantone utilizados, assim como usos incorretos. 

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Rede de Cidades e Governos Locais

A articulação com governos locais é uma linha de ação do IberCultura Viva, entendendo que estas são as instâncias do poder público que mais se aproximam das organizações culturais comunitárias e dos povos indígenas, principais sujeitos com que o programa trabalha. Com a rede, busca-se criar espaços de reflexão, para gerar consensos e relatos comuns sobre o que são as políticas culturais de base comunitária e como se pode melhorar a implementação e o impacto dessas políticas nos territórios. Atualmente compõem a rede 17 municípios, províncias e estados de seis países. 

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Saiba mais sobre a Rede de Cidades e Governos Locais

Leia o regulamento do concurso

Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/193/

Como se cadastrar na plataforma Mapa IberCultura Viva

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1. Como iniciar a inscrição?

Para se inscrever em um edital do programa, é necessário primeiro se cadastrar como agente cultural no Mapa IberCultura Viva. Esta plataforma permite o registro de dois tipos de agentes: individuais e coletivos. Por agentes individuais entendemos indivíduos, e por agentes coletivos, organizações culturais comunitárias, entidades, povos indígenas, coletivos, grupos e instituições. Neste concurso, é obrigatório o registro do perfil de agente individual (a pessoa física que será responsável pela inscrição). 

Atenção: O sistema só aceita registros de agentes individuais para os editais e concursos. Caso o perfil do candidato esteja registrado como “agente coletivo”, é necessário alterá-lo para “individual” para que o seu nome seja encontrado no campo de busca da página inicial do concurso.

(Aqui está um guia que pode ajudar no registro na plataforma: http://iberculturaviva.org/manual/?lang=es)

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2. Se o candidato participou de outro edital do IberCultura Viva por meio desta plataforma, ele deve se registrar novamente como agente?

Não. Pessoas que já participaram de algum edital do programa publicado no Mapa IberCultura Viva ou já preencheram o perfil nesta plataforma não precisam se cadastrar novamente como agentes; só precisam inserir o nome no campo de busca para iniciar a inscrição.

O campo “Registrar” na página inicial do Mapa IberCultura Viva é usado apenas pela primeira vez. Nas seguintes vezes é necessário ir em “Ingresar” para acessar o seu perfil. (Será necessário clicar em “Editar” para acessar / alterar os dados cadastrais.)

Atenção: lembre-se que existem duas etapas para se inscrever na convocatória: 1) preencher o registro de agente individual no Mapa IberCultura Viva (se você já participou de outros editais do programa, deve usar o mesmo registro); 2) preencher o formulário de inscrição do seminário.

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3. Uma vez concluído o cadastro como agente, onde encontro o formulário de inscrição do edital?

Quando você tiver um perfil de agente cadastrado, clique em “Editais” (no alto da tela) e procure o arquivo que aparece com o título Diseño de logotipo Red IberCultura Viva de Ciudades y Gobiernos Locales

Para iniciar a inscrição, clique no campo de busca, localize o nome da pessoa responsável (seu perfil de agente previamente registrado) e selecione “Realizar inscrição“. O formulário aparecerá em seguida, primeiro em espanhol e depois em português. 

O sistema gera um “número de inscrição”, que deve ser fornecido sempre que você entrar em contato com o programa IberCultura Viva para obter qualquer informação sobre sua proposta.

Atenção: A qualquer momento é possível salvar os dados cadastrais utilizando o botão “Salvar” na margem superior direita. Depois de fazer isso, você pode sair da plataforma e continuar em outro momento, antes do final do período de inscrição. 

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4. Como saber se a candidatura foi realmente enviada?

A candidatura só será enviada após o preenchimento de todos os campos obrigatórios do registo do agente e da ficha de inscrição do edital, incluindo os anexos.

Caso o cadastro do agente na plataforma não tenha sido totalmente preenchido, não será possível enviar  inscrição. O sistema apresentará um alerta (um “!” vermelho no qual se deve clicar para saber onde está o problema). 

Se o erro estiver no registro do agente, será necessário acessar “Meu perfil” (clicando no nome ou na foto do perfil) e editar o cadastro, preenchendo todos os campos do formulário. Atenção: é necessário preencher todos os campos marcados com o símbolo “*” e selecionar pelo menos uma área de atuação, no canto superior esquerdo da página.

Verifique as informações antes de clicar em “Enviar inscrição”. Após o envio não será possível editá-la. A plataforma exibirá uma confirmação: o dia e a hora do envio da inscrição aparecerão na tela destacados em verde.

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26

out
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Memórias Vivas: aula aberta sobre arquivos comunitários encerra a semana de trabalho CLACSO-IberCultura Viva

Em 26, out 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

No próximo sábado (30/10), uma aula aberta do museólogo Mario Chagas encerrará a programação de “Memórias Vivas: Arquivos comunitários na pandemia”, evento organizado por Ibercultura Viva e a área de Mobilização do Conhecimento do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO) como uma semana de encontros, debates e reflexões em torno da promoção e preservação de patrimônios culturais. 

A atividade que encerra o evento é a aula inaugural do seminário intensivo virtual “Memórias Vivas: Arquivos e museus comunitários”, que se realizará de 30 de outubro a 4 de dezembro na plataforma do CLACSO. Esta proposta de formação que será realizada aos sábados, em encontros virtuais com três horas de duração, está voltada para representantes de organizações culturais comunitárias de países ibero-americanos. Seu objetivo é oferecer às organizações culturais comunitárias ferramentas para a constituição de arquivos e projetos museais comunitários, contribuindo para que sejam compartilhados conhecimentos e saberes, práticas e experiências, pesquisas e reflexões. 

Dos seis encontros virtuais programados para o seminário, só o primeiro (em 30 de outubro) terá transmissão ao vivo para quem quiser assistir. Os demais estarão restritos às pessoas que se inscreveram para participar do curso, seja pagando a matrícula diretamente na página web de CLACSO ou postulando a uma das bolsas concedidas por IberCultura Viva. O edital de bolsas para o seminário teve seu prazo encerrado no dia 15 de outubro. A divulgação das postulações selecionadas, com 91 pessoas de 14 países, foi publicada na sexta-feira, 22 de outubro.

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Quem ministra a aula

A coordenação pedagógica está a cargo de Mario Chagas (Brasil), profissional com larga experiência no campo da museologia e da museografia, com ênfase na museologia social, nos museus sociais e comunitários, na educação museal e nas práticas sociais de memória, política cultural e patrimônio.

Poeta, museólogo, mestre em Memória Social e doutor em Ciências Sociais, Mario de Souza Chagas ́foi um dos responsáveis pela Política Nacional de Museus e um dos criadores do Sistema Brasileiro de Museus (SBM), do Cadastro Nacional de Museus (CNM), do Programa Pontos de Memória, do Programa Nacional de Educação Museal (PNEM) e do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). Foi também fundador da Revista Brasileira de Museus e Museologia (MUSAS) e criador do Programa Editorial do IBRAM. Atualmente é diretor do Museu da República no Rio de Janeiro.

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Quando:

Sábado, 30 de outubro

11h (CRI, SLV), 12h (COL, ECU, MÉX, PER), 13h (BOL, VEN), 14h (ARG, BRA, CHL, URY), 19h (ESP)

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Onde ver:

www.youtube.com/iberculturaviva

26

out
2021

Em Notícias

Por IberCultura

“Políticas de memória e cooperação cultural”: uma mesa para três programas ibero-americanos

Em 26, out 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

 

Na semana de trabalho “Memórias Vivas: Arquivos comunitários na pandemia”, que o programa IberCultura Viva realizará com a área de Mobilização do Conhecimento do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO), de 26 a 30 de outubro, um dos dias será dedicado a uma apresentação de programas de cooperação do Espaço Cultural Ibero-americano. Será na quinta-feira, 28 de outubro, dia da mesa “Políticas de memória e cooperação cultural”, que contará com a presença dos presidentes dos programas Ibermuseus, Ibermemória Sonora e Audiovisual e IberCultura Viva. 

Criado em 2007, na XVII Cúpula Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo, em Santiago (Chile), Ibermuseus trabalha para para fortalecer os museus ibero-americanos por meio da valorização do patrimônio museológico; da qualificação e mobilidade dos profissionais dessas instituições; da produção, circulação e troca de conhecimento e da articulação e criação de redes para a promoção de políticas públicas para o setor. Atualmente, o Conselho Intergovernamental de Ibermuseus é composto por 13 países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Espanha, México, Peru, Portugal e Uruguai.

Ibermemória Sonora e Audiovisual, por su vez, foi aprovado como iniciativa em 2013, na XXIII Cúpula Ibero-americana de Chefes de Estado e de Gobierno, de Panamá, onde se criou também o programa IberCultura Viva. Seu objetivo geral é implementar um modelo de preservação integral dos documentos sonoros e audiovisuais e dar acesso a este patrimônio intangível de países ibero-americanos. Também busca promover a formação e a capacitação permanente dirigida ao conhecimento das estratégias, táticas e técnicas de preservação do patrimônio sonoro e audiovisual em benefício de todos os países da região, num espírito de intercâmbio, respeito e cooperação técnica. São países integrantes de Ibermemória: Argentina, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Espanha, México, Nicarágua, Panamá e República Dominicana. 

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Quem participa

Alan Trampe Torrejón, presidente de Ibermuseus e subdiretor nacional de Museus do Serviço Nacional do Patrimônio Cultural do Chile

É formado em Teoria e História da Arte pela Universidad de Chile, com mestrado em Estudos e Administração Cultural pela Universidade de Tarapacá. É funcionário do Serviço Nacional do Patrimônio Cultural do Chile desde 1999, quando ingressou como diretor do Museu Regional de Magallanes, em Punta Arenas. Posteriormente, assumiu como subdiretor nacional de Museus, cargo que desempenha há 20 anos. Nesta posição, elaborou e lidera o Plano Nacional de Melhoramento Integral de Museus, que começou a se implementar a partir do ano 2001. Também implementou a Política Nacional de Museus.

Tem representado o Chile em diversas instâncias técnicas internacionais como especialista em temas de patrimônio e museus, mediante participação em mesas técnicas e comissões e por meio de conferências e oficinas. É membro fundador do Programa Ibermuseus, cuja presidência assumiu durante o triênio 2019-2021.

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Pável Granados, presidente de Ibermemória Sonora e Audiovisual e diretor geral da Fonoteca Nacional do México 

É escritor, curador musical, editor e especialista em música popular mexicana. Cursou Letras Hispánicas na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM). É autor e colaborador em mais de 20 livros. Recebeu os prêmios José Pagés Llergo de Periodismo (2010) e Agustín Lara (2018). Foi curador do Palácio da Música em Mérida, Yucatán (2018), museu dedicado à música mexicana cujos conteúdos abrigam desde tempos pré-hispânicos até o presente. Conduziu o programa de pesquisa musical “Amor perdido”, na Radio Red, de 2002 a 2019, em que se apresentavam gravações históricas de música mexicana. Foi coordenador do Catálogo de Música Popular Mexicana da Fonoteca Nacional de 2011 a 2018, realizando pesquisas que permitiram ampliar o acervo desta instituição. 

Diretor geral da Fonoteca Nacional de México desde dezembro de 2018, é um dos principais estudiosos da música popular mexicana, destacado analista e ensaísta de literatura no México.

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Esther Hernández Torres, presidenta de IberCultura Viva e diretora geral de Vinculação Cultural do Governo do México

Formada em Pedagogia pela Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM). Produtora e gestora cultural com experiência na elaboração e implementação de projetos culturais e artísticos com enfoque comunitário; em processos formativos com comunidades indígenas e urbano marginais nos setores público, privado e social, assim como voluntária em projetos independentes. No setor público, trabalhou no Fundo Nacional para a Cultura e as Artes como coordenadora de Apoio ao Desenvolvimento Artístico, e na Direção Geral de Culturas Populares como diretora de Promoção e Pesquisa. Atualmente, é diretora geral na Direção Geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura do Governo do México, tem a seu cargo o Programa Nacional Cultura Comunitária e é presidenta do Conselho Intergovernamental de IberCultura Viva.

Quando:

Quinta-feira, 28 de outubro

 11h (CRI, SLV), 12h (COL, ECU, MEX, PER), 13h (BOL, VEN), 14h (ARG, BRA, CHL, URY), 19h (ESP)

Onde ver:

www.youtube.com/iberculturaviva

26

out
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Conferência “Memória, arquivo e comunidade” abre a semana de trabalho CLACSO-IberCultura Viva

Em 26, out 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

Nesta terça-feira, 26 de outubro, começa a semana de trabalho que o programa IberCultura Viva organizou em conjunto com a área de Mobilização do Conhecimento do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO) para reflexionar sobre os arquivos e os museus comunitários. Na programação do evento “Memórias Vivas: Arquivos comunitários na pandemia” se encontram três conversatórios, uma conferência e uma aula aberta, com transmissão ao vivo pelos canais de YouTube de CLACSO e IberCultura Viva.

Para a abertura está prevista uma apresentação do evento por parte de Esther Hernández Torres, presidenta do Conselho Intergovernamental de IberCultura Viva e diretora geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura do Governo de México, e Karina Batthyány, secretária executiva de CLACSO (*). 

Em seguida virá a videoconferência “Memória, arquivo e comunidade”, a cargo de Ticio Escobar (Centro de Artes Visuales/Museo del Barro, Paraguai) e Gabriela Pulido Llanos (Instituto Nacional de Antropología e Historia, México). Nicolás Arata, diretor de Formação e Mobilização do Conhecimento do CLACSO, coordenará a atividade. 

Os vínculos entre museus, comunidades e histórias de vida; as formas em que se pode pensar o patrimônio cultural em função do desenvolvimento comunitário, e as articulações entre a comunidade e suas memórias vivas, serão alguns dos temas abordados nesta semana de atividades. 

Nos dias 27 e 29 de outubro, nos conversatórios “Arquivos, comunidade e histórias de vida – O patrimônio cultural em função do desenvolvimento comunitário”, serão apresentadas experiências e políticas públicas desenvolvidas em alguns países ibero-americanos, como Argentina, Brasil, Colômbia, Espanha, México e Peru.

No dia 28, a mesa “Políticas de Memória e Cooperação Cultural” estará destinada a uma apresentação de programas do Espaço Cultural Ibero-americano, com a participação de Ibermuseus, Ibermemória Sonora e Audiovisual e IberCultura Viva. A semana de trabalho será encerrada no sábado 30 com a aula inaugural do seminário intensivo virtual “Memórias Vivas: Arquivos e museus comunitários”, coordenado por Mario Chagas (Brasil). 

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DIA 1

Quem participa:

Ticio Escobar (Centro de Artes Visuales/Museo del Barro, Paraguai)

Curador, professor, crítico de arte e produtor cultural paraguaio, Ticio Escobar é advogado e formado em Filosofia (Universidade Católica, Assunção), tendo recebido distinções como a Bolsa Guggenheim Foundation e o Prêmio Príncipe Claus, entre outras. Foi autor da Lei Nacional de Cultura do Paraguai e secretário de Cultura entre 2008 e 2013. Atualmente é diretor do Centro de Artes Visuais/Museo del Barro. 

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Gabriela Pulido Llano (Instituto Nacional de Antropología e Historia, México)

É graduada em História, com mestrado em Estudos Latino-americanos pela Faculdade de Filosofia e Letras (Universidade Nacional Autônoma de México, UNAM), e doutorado em História e Etno-historia pela Escola Nacional de Antropologia e Historia. Trabalha como pesquisadora na Direção de Estudos Históricos do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) desde 2002, e é membro do Sistema Nacional de Investigadores. Publicou livros, capítulos e artigos relativos à temática da vida noturna, à história da nota roja (imprensa marrom), à presença cubana no México, ao teatro, ao cinema mexicano e cubano e os estereótipos. Atualmente colabora como diretora geral da Coordenação de Memória Histórica e Cultural do México, na Presidência da República.

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Esther Hernández Torres (IberCultura Viva/ Secretaria de Cultura de México)

Formada em Pedagogía pela Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM). Produtora e gestora cultural com experiência na elaboração e implementação de projetos culturais e artísticos com enfoque comunitário; em processos formativos com comunidades indígenas e urbano marginais nos setores público, privado e social, assim como voluntária em projetos independentes. No setor público, trabalhou no Fundo Nacional para a Cultura e as Artes como coordenadora de Apoio ao Desenvolvimento Artístico, e na Direção Geral de Culturas Populares como diretora de Promoção e Pesquisa. Atualmente, é diretora geral na Direção Geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura do Governo do México, tem a seu cargo o Programa Nacional Cultura Comunitária e é presidenta do Conselho Intergovernamental de IberCultura Viva.

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Karina Batthyány (Conselho Latino-americano de Ciencias Sociales – CLACSO)

Professora titular e reconhecida especialista na temática do cuidado, Batthyány conta com larga trajetória em movimentos e organizações de mulheres. Doutora em Sociologia pela Université de Versailles Saint Quentin em Yvelines, França, é coordenadora do Grupo de Sociologia de Gênero do Departamento de Sociologia. Suas linhas de pesquisa se vinculam às desigualdades de gênero no trabalho remunerado e não remunerado; o papel das políticas públicas na redistribuição do trabalho; o trabalho de cuidados e as representações sociais do cuidado, entre outros temas. Tem mais de 20 livros publicados como autora e compiladora e desempenhado diversos cargos de gestão internacional. Desde 2019 ocupa o cargo de secretária executiva do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO). É a primeira vez que uma pessoa do Uruguai ocupa o cargo e a segunda vez que o faz uma mulher. 

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Quando:

Terça-feira, 26 de outubro

16h (CRI, SLV); 17h (COL, ECU, MEX, PER); 18h (BOL, VEN), 19h (ARG, BRA, CHL, URY)

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Onde ver: youtube.com/iberculturaviva 

 youtube.com/CLACSOtv

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Saiba mais: www.iberculturaviva.org

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(*) CLACSO é uma instituição internacional não governamental com status associativo na UNESCO, criada em 1967. Atualmente, reúne 654 centros de pesquisa e pós-graduação no campo das ciências sociais e humanidades em 51 países da América Latina e outros continentes.

26

out
2021

Em Notícias

Por IberCultura

“Arquivos, comunidade e histórias de vida”: conversatórios apresentarão experiências de seis países

Em 26, out 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

Dois conversatórios que ganharam o nome de “Arquivos, comunidade e histórias de vida – O patrimônio cultural em função do desenvolvimento comunitário” se encontram na programação do evento “Memórias Vivas: Arquivos comunitários na pandemia”, que o programa IberCultura Viva e a área de Mobilização do Conhecimento do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO) realizam de maneira virtual de 26 a 30 de outubro.

Nestas conversas, serão apresentadas experiências de arquivos e museus comunitários de seis países ibero-americanos: Argentina, Brasil, Colômbia, Espanha, México e Peru. A ideia é abordar os vínculos entre museus, comunidades e histórias de vida; as formas em que se pode pensar o patrimônio cultural em função do desenvolvimento comunitário, e as articulações entre a comunidade e suas memórias vivas, além das estratégias encontradas pelas comunidades durante a pandemia para resguardar, visibilizar e reivindicar as memórias de coletivos sociais marginalizados.

O primeiro dos conversatórios, nesta quarta-feira (27/10), reunirá experiências comunitárias desenvolvidas em quatro países: Ferrowhite Museo Taller (Argentina), Museu da Pessoa (Brasil), Archivo Histórico Comunitario de Palenque (Colômbia), Archivo Renato Garcia Dorantes (México) e TAMIX Multimedios (México).

O segundo encontro, que se realizará na sexta-feira (29/10), apresentará outras cinco iniciativas: Archivo de la Memoria Trans (Argentina), Museu da Maré (Brasil), Casa Museo del Pescador, Boquilla (Colômbia), Ventana a la Diversidad (Espanha) e Museo de Sitio Túcume (Peru). Os dois bate-papos serão transmitidos pelo canal de YouTube de IberCultura Viva. 

A seguir apresentamos os perfis dos/das participantes e seus respectivos projetos ou organizações.

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Conversatório 1 – “Arquivos, comunidade e histórias de vida – O patrimônio cultural em função do desenvolvimento comunitário”

Quarta-feira, 27 de outubro

11h (CRI, SLV), 12h (COL, ECU, MEX, PER), 13h (BOL, VEN), 14h (ARG, BRA, CHL, URY), 19h (ESP)

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Quem participa

Julieta Ortiz de Rosas e Analía Bernardi – Ferrowhite Museo Taller (Argentina)

Julieta e Analía são responsáveis pela área educativa de Ferrowhite Museo Taller, dedicada à elaboração de propostas pedagógicas e à recepção dos diversos grupos que visitam o museu em Bahía Blanca (província de Buenos Aires) para conhecer a história do trabalho no ferrocarril e o porto de Ingeniero White.

Acompanham também os projetos comunitários que se desenvolvem na oficina Prende e que se acrescentaram durante a pandemia, dado o contexto de emergência social e econômica. Entre eles, habilitar o museu como centro de distribuição de verduras a preço justo, promover oficinas de hortas familiares agroecológicas e de fabricação de tijolos de adobe, como modos de conhecer formas alternativas de sustentabilidade da vida.

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Marcos Terra, Museu da Pessoa (Brasil)

Mestre em Comunicação e Cultura Midiática (PPGCOM UNIP), especialista em Gestão Cultural pela Universidade de Girona e Itaú Cultural; pós-graduado em Gestão de Pessoas e Projetos Sociais (UNIFEI) e Gestão Pública (UFT/UNICAMP), graduado em Comunicação Social. Atualmente é gestor executivo do Museu da Pessoa, responsável pela transformação institucional da organização, nas frentes de acervo, metodologias, plataforma digital, mobilização de recursos, governança e voluntariado.

Fundado em São Paulo em 1991, o Museu da Pessoa é um museu virtual colaborativo que tem por objetivo democratizar a construção da memória social por meio da valorização de histórias de vida de toda e qualquer pessoa da sociedade. Seu acervo reúne 16 mil depoimentos gravados e 60 mil fotos e documentos digitalizados, que ajudam a contar a história de instituições, cidades e de grupos sociais diversos.

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Luis Hender Martínez Cañate, Archivo Histórico Comunitario de Palenque (Colômbia)

Técnico em design gráfico, com curso de Gestão e Formulação de Projeto e curso de produção de áudio digital, Luis Hender é o encarregado do som nas produções de documentários do Colectivo de Comunicaciones Kuchá Suto, de San Basilio de Palenque. Em 2010, participou do projeto do Sena de jovens rurais Laso (Laboratório de empreendimento social) e junto dos companheiros do processo está à frente do estúdio de produção de Palenque, editando e gravando áudio em todos os ritmos e sons que se encontram na comunidade e também em projetos audiovisuais. 

O Colectivo de Comunicaciones Kucha Suto nasce na Colômbia em 1999, com o propósito de gerar processos para manter viva a memória das tradições ancestrais afro-colombianas próprias do território de San Basilio de Palenque, Bolívar. Seu nome significa “Escute-nos” em palenquero. Com este grupo de narradores e narradoras da memória, o cinema em San Basilio de Palenque tem sido um exercício coletivo de criação e reflexão constante, acerca da realidade que se experimenta e das apostas sobre o futuro da comunidade, por meio da recuperação de suas vozes e histórias.

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Inti García Flores, Archivo Renato García Dorantes (México)

Nascido em Huautla de Jiménez, Oaxaca, em 1978, o filho de Renato García Dorantes e Concepción Flores Corvera desde os 7 anos ajudava o pai a documentar as histórias e os costumes de sua comunidade mazateca. Atualmente, se desempenha como docente de História em uma escola secundária de uma comunidade mazateca e dedica sua vida a reconstruir o arquivo que herdou do pai. Este arquivo é composto por distintos formatos de vídeo e áudio, documentos, fotografia fixa, negativos, têxteis, etc. 

Neste momento, Inti García Flores, com sua esposa e filhos, está digitalizando e catalogando o arquivo e instalando o próprio laboratório de digitalização em seu povoado natal. Também segue pesquisando e compilando histórias e imagens: arquivos familiares têm sido doados, o que tem feito com que seu arquivo siga crescendo. Inquieto como seu pai, Inti tem buscado os meios e segue tecendo redes para alcançar seus propósitos com o arquivo que ele resguarda.

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Eliel Cruz Ruiz, TAMIX Multimedios (México)  

Originário da comunidade de Tamazulápam Mixe, Oaxaca, o professor Eliel Cruz Ruiz é técnico do arquivo audiovisual TAMIX Multimedios. 

TAMIX Multimedios foi criado em março de 2018 por comunicadores e artistas nos meios de comunicação comunitária, para difundir a diversidade de manifestações culturais e comunitárias que se gestam desde a comunidade de Tamazulapam Mixe, Oaxaca.

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Sexta-feira, 29 de outubro

11h (CRI, SLV), 12h (COL, ECU, MEX, PER), 13h (BOL, VEN), 14h (ARG, BRA, CHL, URY), 19h (ESP)

Conversatório 2 – “Arquivos, comunidade e histórias de vida – O patrimônio cultural em função do desenvolvimento comunitário”

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Quem participa

María Belén Correa, Archivo de la Memoria Trans (Argentina)

María Belén é uma reconhecida ativista trans argentina pelos direitos das minorias sexuais, das pessoas LGTBI, e em particular das pessoas transexuais. Em 1993 fundou, com Claudia Pía Baudracco e outras ativistas, a Associação de Travestis da Argentina, da qual foi presidenta entre 1995 e 2001, e que posteriormente passaria a se chamar Asociación Travestis Transexuales Transgéneros Argentinas (A.T.T.T.A). 

Durante seu exílio em Nova York, participou da fundação de RedLacTrans, The Latin American and Caribbean Network of Transgender People (2004), e neste mesmo ano colaborou na criação da Fundación Santamaria LGTB da Colômbia, da qual é madrinha.

Em 2005 criou o projeto TransEmpowerment NY, dependente do Lower East Side Harm Reduction Center, um centro de dia para pessoas LGTBI usuárias de drogas do sul de Manhattan, e em 2006, o grupo Mateando LGTB NY, integrado por pessoas LGTBI de Argentina e Uruguai, no marco da Comissão Latina sobre Aids e o programa SOMOS.

Tendo em conta a grande quantidade de companheiras transexuais assassinadas, ou mortas por causa do HIV-Aids, e da desproteção do Estado, em 2012 criou o Archivo de la Memoria Trans de Argentina, com a intenção de recuperar e conservar a memória histórica do coletivo transexual de seu país.

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Thamires Ribeiro de Oliveira, Museu da Maré (Brasil) 

Conservadora-restauradora do Museu da Maré, formada em conservação e restauração pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestranda no Programa de Pós Graduação de Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz.

O Museu da Maré, fundado no Rio de Janeiro em 2006, surgiu a partir do desejo dos moradores de terem o seu lugar de memória, um lugar de imersão no passado e de olhar para o futuro, na reflexão sobre as referências dessa comunidade, das suas condições e identidades, de sua diversidade cultural e territorial, ou seja, é um conjunto de ações voltadas para o registro, preservação e divulgação da história das comunidades da Maré, em seus diversos aspectos, sejam eles culturais, sociais ou econômicos.

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Rodrigo González, Casa Museo del Pescador, Boquilla (Colômbia)

Nascido em Cartagena (Colômbia), Rodrigo González é um pescador artesanal que vivia na comunidade negra de La Boquilla. É guia turístico rural empírico das comunidades negras narrando costumes e tradições no âmbito cultural. 

La Boquilla é uma comunidade pesqueira situada ao norte de Cartagena das Índias; um lugar que guarda a memória dos primeiros residentes desta cidade de arquitetura colonial, declarada pela UNESCO em 1984 como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. A Casa Museo de Pescadores, instalada em terras onde estava o primeiro palenque que se fundou em Cartagena, às margens do mar Caribe, foi criada por um grupo de habitantes como uma réplica dos antigos caseríos que serviam de morada às famílias de pescadores. O museu possui peças dos tempos ancestrais que foram doadas por famílias de La Boquilla. 

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Itziar Rubio, Ventana a la Diversidad (España)

Artivista, ecofeminista, defensora da arte e da cultura como direitos essenciais para a vida, especializada como profissional multidisciplinar no desenvolvimento de projetos culturais de base comunitária e a criação de redes de trabalho colaborativas, Itziar Rubio conta com larga trajetória em empreendimentos culturais de base tecnológica liderados pela juventude. É cofundadora de Ventana a la Diversidad, uma rede colaborativa que conecta jovens de diversas raízes culturais através da arte, da criatividade e das novas tecnologias. 

Nos últimos 20 anos, viveu e trabalhou em seis países, convivendo com pessoas de mais de 50 origens culturais, das quais aprendeu muito. Com formação em Administração e Direção de Empresas, com pós-graduação em Cooperação Internacional Descentralizada para o Desenvolvimento e no Desenvolvimento de Habilidades Diretivas, atualmente trabalha como experta em internacionalização e consolidação de empresas culturais para o Distrito Vasco para a Criatividade e a Cultura do Governo Vasco.

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Bernarda Delgado, Museo de Sitio Túcume (Perú)

Graduada em Arqueologia e mestra em Gestão do Patrimônio Cultural, Bernarda Delgada desde 1987 tem participado de diferentes projetos de pesquisa arqueológica no Norte do Peru, principalmente em Chan–Chan, Kuélap, Cajamarca e Túcume. Sua experiência dentro do projeto arqueológico de Túcume se iniciou em 1991, sendo designada sua diretora em 2001. Desde 2004 dirige o Projeto de Pesquisa, Conservação, Valorização e Desenvolvimento Comunitário do Complexo Arqueológico de Túcume. Sob sua gestão, o museu tem merecido reconhecimentos como o Prêmio Ibero-americano Educação e Museus (Ibermuseus, 2017), entre outros prêmios. 

Rodeado de 26 pirâmides que compõem o Complexo Arqueológico de Túcume, na provincia de Lambayeque, o Museo de Sitio Túcume abriga as pesquisas realizadas no Complexo Arqueológico, com ênfase nos usos, costumes e festividades do distrito de Túcume. Em três salas de exposição independentes, se exibe o estreito vínculo existente entre as culturas ancestrais e a natureza. 

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Leia também:

“Memórias Vivas”: uma semana de atividades para reflexionar sobre arquivos e museus comunitários

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22

out
2021

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Notícias

Por IberCultura

91 pessoas receberão bolsas para o seminário “Memórias Vivas: Arquivos e Museus Comunitários”

Em 22, out 2021 | Em Destaque, EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

O programa IberCultura Viva selecionou 91 candidaturas de pessoas provenientes de 14 países ibero-americanos para receber as bolsas do seminário intensivo virtual “Memórias Vivas: Arquivos e Museus Comunitários”, que será realizado de 30 de outubro a 4 de dezembro, aos sábados, através da plataforma do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO).

Essas pessoas são representantes de organizações culturais comunitárias dos seguintes países: Argentina (6), Bolívia (1), Brasil (7), Chile (9), Colômbia (10), Costa Rica (5), Equador (7), Espanha (1), México (31), Paraguai (2), Peru (4), República Dominicana (1), Uruguai (6) e Venezuela (1). Elas serão contactadas pelo CLACSO para completar a informação e efetivar sua inscrição no curso.

O seminário é uma proposta de formação organizada em conjunto com a área de Mobilização do Conhecimento do CLACSO, com o objetivo de oferecer às organizações culturais comunitárias ferramentas para a constituição de arquivos e projetos museais comunitários, contribuindo para que sejam compartilhados conhecimentos e saberes, práticas e experiências, pesquisas e reflexões. 

Os encontros semanais terão três horas de duração. Serão seis aulas no total: duas aulas teóricas e quatro de apresentação e transferência de experiências e tecnologias sociais desenvolvidas nos últimos 20 anos. Os fundamentos teóricos estarão ancorados principalmente em autores latino-americanos, e uma extensa documentação será compartilhada, incluindo material audiovisual, fotografias, textos, bibliografias e links.

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Quem coordena

A coordenação pedagógica está a cargo de Mario Chagas (Brasil), profissional com larga experiência no campo da museologia e da museografia, com ênfase na museologia social, nos museus sociais e comunitários, na educação museal e nas práticas sociais de memória, política cultural e patrimônio.

Poeta, museólogo, mestre em Memória Social e doutor em Ciências Sociais, Mario de Souza Chagas ́foi um dos responsáveis pela Política Nacional de Museus e um dos criadores do Sistema Brasileiro de Museus (SBM), do Cadastro Nacional de Museus (CNM), do Programa Pontos de Memória, do Programa Nacional de Educação Museal (PNEM) e do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). Foi também fundador da Revista Brasileira de Museus e Museologia (MUSAS) e criador do Programa Editorial do IBRAM. Atualmente é diretor do Museu da República no Rio de Janeiro.

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Confira a lista de candidaturas selecionadas:

Informação às Pessoas Interessadas – Etapa de Seleção – Edital Bolsas para o Seminário Intensivo Virtual “Memórias Vivas: Arquivos e Museus Comunitários” 

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Leia também:

“Memórias Vivas”: uma semana de atividades para reflexionar sobre arquivos e museus comunitários 

Prazo de inscrição para o seminário “Memórias Vivas: Arquivos e museus comunitários” 

“Memórias Vivas”: IberCultura Viva concederá bolsas para seminário sobre arquivos e museus comunitários

20

out
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Cantão de Alajuelita promove rodas de conversa sobre direitos culturais e participação comunitária

Em 20, out 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

Começa nesta quinta-feira, 21 de outubro, o Ciclo de Conversatórios “Direitos Culturais e Participação Comunitária”, organizado pela Municipalidade de Alajuelita (Costa Rica) em colaboração com o programa IberCultura Viva e a Fundação Keme. O evento, que será transmitido por Facebook Live a partir das 16h (horário da América Central), reúne experiências que contribuem para o exercício dos direitos culturais com estratégias propostas por governos locais e organizações de base comunitária. 

Neste primeiro encontro, serão compartilhadas experiências das municipalidades de Alajuelita, Curridabat e Bagaces, tendo como governo local convidado a Província de Entre Ríos (Argentina). Participarão da conversa Silvia Pereira (Curridabat), Ronald Montero (Alajuelita), Nicolas Guevara Mora (Bagaces) e Federico Prieto (Entre Ríos). 

Os próximos encontros estão programados para os dias 26 e 29 de outubro e 3 de novembro. No dia 26, serão apresentadas experiências comunitárias em Boca e Alajuelita, tendo como convidada a organização Sentidotorio (Guatemala). No dia 29, o tema será marco jurídico e legislação em direitos culturais. A última conversa reunirá experiências de base comunitária desenvolvidas por municípios e instituições de Equador, Cuba, México, Espanha e Chile.

Em todos os encontros, artistas e investigadores da plataforma de gestão cultural Lanobienal terão um espaço ao início de cada sessão para abordar a arte como ferramenta de transformação. Andrea Mata Benavides, a convidada de Lanobienal para a primeira sessão, é antropóloga social, atriz e diretora de teatro, professora da Universidade de Costa Rica e doutoranda FLACSO-Argentina, tendo como tema de tese “A ação coletiva do Movimento Latino-americano de Cultura Viva Comunitária nos casos de Costa Rica e Argentina.

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⇒Acompanhe a transmissão ao vivo: www.facebook.com/municipalidadalajuelita

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*O cantão de Alajuelita é integrante da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. Saiba mais sobre a rede em https://bit.ly/2Wsx6j1

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