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IberCultura Viva lança Edital de Mobilidade: rumo a Quito
O programa IberCultura Viva abre inscrições nesta segunda-feira (04/09) para o Edital de Mobilidade 2017, dirigido às organizações interessadas em participar do 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, que será realizado de 20 a 25 de novembro em Quito, Equador. O evento é organizado pela Rede de Cultura Viva Comunitária do Equador e tem como um de seus principais objetivos trabalhar o “Ser comunitário”.
Poderão participar do edital representantes de organizações/coletivos que trabalham com cultura de base comunitária nos países membros do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva: Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai. Cada organização/coletivo poderá apresentar uma pessoa candidata.
Serão levados em conta na avaliação a experiência da organização em ações culturais comunitárias e o histórico de participação em processos de articulação de redes em âmbito nacional e/ou internacional, além do perfil da pessoa candidata.
O formulário de inscrição deverá ser completado exclusivamente on-line, incluindo o envio de anexos, e não serão aceitas apresentações que tenham data de chegada anterior a 19 de novembro e data de regresso posterior a 26 de novembro de 2017.
O prazo de inscrição termina em 1º de outubro, às 23h59, considerando o horário oficial de Buenos Aires, Argentina (atualmente, o mesmo de Brasília). O resultado final será divulgado no dia 10 de outubro.
Passagens + inscrição
Será destinado um total de US$ 45 mil para a compra de passagens aéreas. As pessoas selecionadas receberão a passagem de ida e volta, o seguro de viagem e a taxa de inscrição ao congresso. O Edital de Mobilidade não inclui hospedagem nem alimentação. As pessoas selecionadas poderão fazer uso do espaço de camping e participar das comidas comunitárias incluídas na inscrição, ou resolver sua hospedagem e alimentação por seus próprios meios.
A rede organizadora do congresso tem previstas uma área para acampamento e alimentação comunitária. Também facilitará o acesso a hotéis que se encontram a 2km do lugar onde serão desenvolvidas as atividades centrais do evento. O custo dos hotéis não está incluído na taxa de inscrição.
Existem duas modalidades de inscrição ao 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária: os que pagam US$ 35 têm acesso às atividades, e os que pagam US$ 70 têm acesso às atividades, à zona de camping e à alimentação. O programa IberCultura Viva pagará a modalidade de inscrição que inclui camping e alimentação.
Para mais informações e acesso ao edital e ao formulário de inscrição:
Edital de Mobilidade IberCultura Viva 2017
Inscrições aqui (formulário online): https://bit.ly/2x5areL
Consultas: programa@iberculturaviva.org
Saiba mais sobre o congresso:
https://congresolatinoamericano.cvcecuador.com/
https://www.facebook.com/events/1167652626651831/
Encontro de Pontos de Cultura em Costa Rica dá início ao intercâmbio de gestores públicos
Em 30, ago 2017 | Em Notícias | Por IberCultura
(Fotos: DirCultura/MCJ)
A primeira experiência de intercâmbio entre países integrantes do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva se deu em San José, Costa Rica, de 10 a 14 de julho. Diego Benhabib e Estefanía Lay Guerra, coordenadores dos programas Puntos de Cultura da Argentina e do Peru (respectivamente), participaram de um encontro de Pontos de Cultura costarricenses que reuniu representantes da sociedade civil e membros das equipes dos Departamentos de Fomento Cultural e Promoção Cultural da Direção de Cultura do Ministério de Cultura e Juventude.
A proposta de trabalho colaborativo teve como eixo central a possibilidade de servir de base para a criação de uma rede de Pontos de Cultura em Costa Rica. “O objetivo foi trocar experiências e conhecimentos, saber como se formaram as redes na Argentina e no Peru, e que os gestores dos Pontos de Cultura em Costa Rica também pudessem comentar como os imaginam”, comentou Irene Morales, coordenadora do Departamento de Fomento Cultural, que esteve presente neste espaço de diálogo ao lado de Fresia Camacho Rojas, diretora de Cultura do Ministério de Cultura e Juventude.
Trabalho conjunto
A reunião de capacitação constou de três dias de trabalho. Para o argentino Diego Benhabib, o encontro permitiu um diálogo sobre como armar a rede nacional de Pontos de Cultura em suas distintas fases e componentes, que vão desde as convocatórias até a metodologia.
“Viemos para contribuir com nossa experiência na Argentina, pois no ano passado formamos a Comissão Nacional de Pontos de Cultura, que é um âmbito de representação da Rede Nacional de Pontos de Cultura, hoje em dia com 650 organizações participantes”, detalhou Benhabib.
O objetivo de tal comissão é trabalhar em conjunto com o programa Pontos de Cultura para melhorar a política e participar de um Conselho Comunitário que se proponha pensar uma política nacional de cultura comunitária a médio e longo prazo.
Por sua parte, Estefanía Lay, coordenadora de Projetos e Gestão Cultural para Pontos de Cultura do Ministério de Cultura do Peru, ressaltou que foi uma experiência proveitosa, que permite a cada país a sistematização dos avanços do trabalho de cada entidade.
Lições e recomendações
Segundo Lay, antes do intercâmbio foi feito um balanço dos resultados, que acabou rendendo algumas lições e recomendações. A partir daí, foi possível contrastar a experiência peruana com a da Argentina e a de Costa Rica para ver como se pode adaptar e o que se pode incorporar.
“No caso da Argentina, há um desenvolvimento maior; no Peru, é muito acentuada a ação participativa, e agora temos que dar este salto para a gestão de redes. Costa Rica tem esse ímpeto de querer fazê-lo e aprender com estas duas referências”, destacou Lay.
A gestora peruana também comentou o que considera bonito no programa IberCultura Viva e na lógica das políticas de base comunitária. Para ela, diante dos outros sectores, cuja lógica é “isso é meu, eu sei fazer e não quero que ninguém mais o faça”, os Pontos de Cultura têm como princípio compartilhar as lições do processo e seus avanços para cruzar informação.
Alianças e fortalecimento
Neste encontro na Costa Rica, o objetivo geral foi abrir um espaço de reflexão em nível conceitual e metodológico sobre as implicações de uma rede de Pontos de Cultura (que inclua a informação, a gestão do conhecimento, a comunicação) e os papéis dos atores envolvidos nas etapas do processo.
A Direção de Cultura requer apoio técnico e conhecimento de como tem sido a experiência de construção em outros países de uma rede de Pontos de Cultura, fundamentada na necessidade de constituir-se num espaço de alianças e fortalecimento das organizações socioculturais.
“Mesmo quando as organizações não são aquelas beneficiadas pelo fundo (Puntos de Cultura), seguem sendo parte de um tecido social e cultural que permite um intercâmbio de experiências e conhecimentos, que também gera alianças para fortalecer seus respectivos projetos”, disse Irene Morales.
Para isso, a Direção de Cultura deve criar um mecanismo inicial para a articulação da rede, que depois possa se desenvolver de maneira independente, pois os gestores vão se apropriar de uma parte importante deste processo de inter-relação. “Buscamos construir, de maneira conjunta, uma nova forma de articulação entre o Estado e as organizações, destacou Morales.
De acordo com a coordenadora, as organizações das zonas rurais e inclusive da Grande Área Metropolitana trabalham “com as unhas, com muitas carências econômicas, dando muito de seu tempo”. “Nos parece muito importante que a Direção de Cultura promova esta plataforma de articulação, como um meio para o fortalecimento destas iniciativas”.
Ações de intercâmbio
Os processos de intercâmbio dos países membros do Conselho Intergovernamental estão entre as ações estratégicas do programa IberCultura Viva para este ano, com vistas ao fortalecimento institucional das políticas de base cultural comunitária na região ibero-americana. O encontro de Pontos de Cultura na Costa Rica foi a primeira experiência do programa neste sentido.
A segunda se deu também no mês de julho, entre os dias 19 e 28, com a visita da consultora de comunicação do IberCultura Viva a quatro cidades do Chile (Santiago, Valparaíso, La Serena e Concepción). Além de encontros com as equipes regionais do Conselho Nacional da Cultura e das Artes (CNCA), houve algumas rodas de conversa com representantes de organizações culturais comunitárias (OCC), com o objetivo de visibilizar as iniciativas desenvolvidas pelas chamadas OCCs nas diferentes regiões do país.
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Programa “Somos Cultura” entra na programação do Canal Iberoamericano
Em 28, ago 2017 | Em Notícias | Por IberCultura
Desde agosto, o programa de televisão Somos Cultura, coproduzido pelo Sistema Nacional de Radio y Televisión (SINART) e a Direção de Cultura do Ministério de Cultura e Juventude (MCJ) de Costa Rica, faz parte da programação do Canal Iberoamericano (“Sinal que nos une”), e poderá ser baixado na plataforma digital ibe.tv
Somos Cultura nasceu com o fim de levar ao público dos meios estatais de comunicação as dinâmicas e a pluralidade das comunidades, suas práticas sociais, diversidade cultural, história e tradições. O programa convida a audiência a viajar pelas diferentes comunidades do território nacional e conhecer assim a Costa Rica diversa, multiétnica, recheada de expressões culturais.
Para Sylvie Durán Salvatierra, ministra de Cultura e Juventude de Costa Rica, Somos Cultura é parte de um “grupo de projetos virtuosos de articulação entre o ministério, o setor audiovisual e o SINART, que são fundamentais para promover a diversidade cultural do país”. A revista é transmitida desde 26 de agosto de 2016 no Canal Trece (20 na televisão digital aberta), às sextas-feiras, às 19h.
O Canal Iberoamericano – por satélite – e o portal digital ibe.tv são as principais plataformas de difusão do Programa de la Televisión Educativa y Cultural Iberoamericana (TEIb) e da Asociación de las Televisiones Educativas y Culturales Iberoamericanas (ATEI). Foram criados para contribuir com a construção de um relato comum no espaço audiovisual ibero-americano, ajudar a fortalecer o trabalho das televisões de serviço público da região. Ambas as plataformas constituem uma televisão de televisões: uma janela por satélite e uma janela de TV On-line, de estrutura e dimensão ibero-americana.
Fonte: SINART/MCJ
1º Encontro Latino-americano de Comunicação Comunitária: das favelas para o mundo
Em 25, ago 2017 | Em Notícias | Por IberCultura
(Foto: Vitor Pastana)
“Comunicação comunitária, para quem é da favela, é coisa bem antiga. A gente fazia com os jornaizinhos no mimeógrafo, com as ‘rádios de poste’, (os alto-falantes) que às vezes serviam para avisar um falecimento ou chamar alguém para atender um telefonema no orelhão (telefone público). Hoje, com as mídias sociais, temos muitas possibilidades. Com os grupos de Whatsapp, por exemplo, rapidamente ficamos sabendo o que acontece nas favelas, com fotos e vídeos”, afirmou o jornalista carioca André Fernandes no dia de abertura do 1º Encontro Latino-americano de Comunicação Comunitária (ELACC), que ocupou cinco espaços culturais de Niterói (Rio de Janeiro) de 6 a 9 de julho.
Fernandes é fundador e diretor da Agência de Notícias das Favelas (ANF), uma das entidades organizadoras do evento, ao lado do Laboratório de Políticas Culturais. Criada em 2001 para levar adiante a luta pela democratização da informação, das comunidades para o mundo, a ANF conta com um jornal, A Voz da Favela, com tiragem mensal de 50 mil exemplares, e um portal, com aproximadamente 400 colaboradores. “A proposta é que esta rede, ao fim deste encontro, saia ainda maior. Que as pessoas deixem a posição de espectadores para serem produtores de conteúdo, autores da própria cidadania”, comentou o jornalista.
Neste primeiro painel do encontro (“Experiências de comunicação comunitária na América Latina”), no Cine-Arte da Universidade Federal Fluminense (UFF), estavam presentes os brasileiros André Fernandes (ANF) e Renata Machado (Rádio Yandê), o argentino Eduardo Balán (El Culebrón Timbal), o colombiano Jairo Castrillón Roldán (Corporación Semiósfera), o equatoriano Isaac Peñaherrera (Red CVC Ecuador) e a uruguaia Milagros Lorier (Árbol TV/ Red CVC Uruguay).
“É muito importante quando a gente encontra pessoas em um espaço político que estão dispostas a nos olhar com respeito. Temos uma história abafada e que as pessoas não imaginam que ela esteja mais viva do que se imagina”, disse Renata Machado, representante da primeira web rádio indígena do Brasil. “Comunicação comunitária é a gente pegar esse microfone, transformá-lo em uma arma e disparar nossas palavras como balas.”
Do debate ao baile
Mais de 1.000 pessoas passaram pelas sete rodas de conversa, mostras e apresentações ao longo dos quatro dias de encontro. Teve baile funk, teve show de João Donato (com Flávio Renegado e Doralyce como artistas convidados), teve mostra de cinema, teve “corujão de poesia”, teve lançamento de livro (Alexandre Santini lançou ali “Cultura Viva Comunitária – Políticas Culturais no Brasil e na América Latina”), teve reunião do Fórum dos Pontos de Cultura do Rio de Janeiro.
No dia 8, a última roda do ciclo de conversas foi “Rumo a Quito – 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária”. Tendo como foco os preparativos do evento, que se realizará em Quito (Equador) de 20 a 25 de novembro, o bate-papo também passou pelas experiências dos congressos anteriores, realizados na Bolívia (2013) e em El Salvador (2015), e pela trajetória do movimento latino-americano de Cultura Viva Comunitária.
Próxima parada: Quito
“Os processos de cultura viva comunitária como denominamos hoje provêm de uma longa luta em nossos territórios”, observou o equatoriano Nelson Ullauri. “Em boa hora as experiências que se deram nos países latino-americanos encontraram um rumo e uma razão para seguir se fortalecendo, que é o Movimento de Cultura Viva Comunitária como tal. O desafio agora é que o Congresso de Quito realmente marque um antes e um depois de todo o processo anterior. Ou seja, que o movimento possa assumir um papel protagonista nas lutas do nosso continente.”
Ao final, o rapper Isaac Peñaherrera, do núcleo de comunicação do Congresso de Quito, lembrou os “tempos complicados para nossos povos”, a importância de estarmos conscientes de “nossas histórias de luta”, e leu o chamamento do evento: “(…) Queremos que este encontro seja água que mobilize os processos organizativos e terra que germine os movimentos sociais autônomos de base. Queremos que nossos territórios de práticas diversas sejam o vento transformador, que não se perca de vista o espírito guerreiro de nossos povos ancestrais”.
Como bem lembrado no “mini-manifesto” do ELAAC, as experiências de comunicação popular e Cultura Viva Comunitária “são milhares, milhões, espalhadas por todo o continente, re-existindo e se reinventando sempre”, e o mundo que queremos já está sendo construído e narrado de baixo para cima.
“Onde enxergam escassez, encontramos abundância. Nos chamam carentes, mas somos potentes. Somos comunicadores comunitários, formados na luta, na resistência das favelas, dos povos originários, comunidades tradicionais, mulheres, negros, jovens, LGBTs e todos aqueles que afirmam sua expressão e conquistaram o direito de construírem suas próprias narrativas e pontos de vista. Somos nosotros por nosotros. (…)”
(Mini-manifesto I Encontro Latino-americano de Comunicação Comunitária)
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Último bate-papo do ELACC discute congresso no Equador (por Charles Monteiro)
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Na periferia, comunicação comunitária é sinônimo de resistência e memória social
2º Encontro Metropolitano de CVC Jalisco: construindo coletividade e transformando realidades
Em 23, ago 2017 | Em Notícias | Por IberCultura
Fotos: CVC Jalisco
“O que nos motiva a fazer o que fazemos?” “Quais são as barreiras que temos enfrentado em nosso trabalho comunitário?” “Como se tem superado estas barreiras?”
Estas foram algumas das perguntas que guiaram os trabalhos no 2º Encontro Metropolitano de Cultura Viva Comunitária Jalisco 2017, realizado em 29 de julho na colônia Lomas de Polanco, no município de Guadalajara (Jalisco, México). O evento, que teve como anfitriões o Colectivo Cultural Polanco e o coletivo CulturAula Comunidades Aprendiendo, é parte de um dos projetos ganhadores do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes 2016.
Quarenta pessoas participaram da jornada, que contou com rodas de conversa, oficinas, atividades artísticas e mesas de trabalho para o intercâmbio de experiências, reflexão e debate. Segundo Rocío Orozco, membro do coletivo CulturAula e da Rede de Cultura Viva Comunitária México, buscou-se gerar um espaço para a troca de experiências no trabalho comunitário, aquilo que lhes motiva e os desafios que enfrentam no dia a dia na comunidade. “Para seguir transformando e sobretudo construindo juntos, consideramos necessário nos conhecer e reconhecer no outro”, ressaltou.
A importância de construir coletividade e “vislumbrar posteriormente uma rede que possa dar apoio para juntos abordar temas relevantes que correspondam à comunidade mexicana” foi um dos pontos de destaque. Muitos dos participantes também expressaram suas preocupações com a onda de violência e insegurança por que passa o país, levantando como possível solução o trabalho de base através da arte e da cultura.
Gerando vínculos
Entre as oficinas oferecidas havia uma de “vinculação efetiva”, em que os participantes se reuniram em mesas de trabalho para debater sobre como gerar vínculos e trabalhar em rede. No final das sessões de trabalho houve uma festa popular, com a presença de artistas, em que se apresentou o mariachi tradicional Los Choznos e o balé folclórico de Santa Ana. Também foram realizadas atividades para as crianças: uma oficina de percussão e outra de livros artesanais.
“De maneira geral, o encontro cumpriu com os objetivos que havíamos definido, e cuidou especialmente do aspecto humano”, afirmou Rocío. “Tivemos espaços dedicados para nos conhecer e conversar, colocar à disposição o corpo e o coração, acompanhamos os momentos com dinâmicas lúdicas. Com isso, para o 3º Encuentro, esperamos que os participantes dos ciclos anteriores nos acompanhem e se somem à Plataforma Puente de Cultura Viva México.”
Este ciclo de três encontros metropolitanos propostos pela Rede de CVC Jalisco para 2017 tem como objetivo visibilizar e articular as iniciativas de arte, comunicação e educação que trabalham em nível comunitário na área metropolitana de Guadalajara. A intenção é promover atividades que permitam ampliar as relações colaborativas entre as organizações e conscientizar sobre o pensar, fazer e viver o comunitário. O primeiro encontro se deu em 6 de maio, em Santa Ana Tepetitlán (Zapopan). O terceiro está previsto para setembro (a data e o lugar ainda estão por anunciar).
Saiba mais: https://culturavivacomunitaria.org.mx/jalisco
https://drive.google.com/file/d/0B5UIvQc1z5dkTFRSNGZLNzRoTUE/view?ts=599bbcf4
Leia também:
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Encontro Metropolitano: os sons e as cores da Cultura Viva em Santa Ana Tepetitlán
Conclusões do Encontro de Organizações Culturais Comunitárias: participação cidadã como um direito social
Em 22, ago 2017 | Em Notícias | Por IberCultura
“Cultura e desenvolvimento humano: direitos e território” é o tema central das Convenções Regionais de Cultura que o Conselho Nacional da Cultura e das Artes realiza no Chile em 2017. As convenções são consideradas a instância mais importante em termos participativos para a construção das políticas culturais regionais, e funcionam como antessala da Convenção Nacional de Cultura.
Este ano, na Região Metropolitana do Chile, mais de uma centena de organizações assinaram uma carta pública dirigida ao ministro de Cultura, exigindo participação efetiva no desenho das políticas culturais para o período 2017-2022. Neste contexto surge o Encontro de Organizações Culturais Comunitárias, realizado em 22 de julho na Casa Central da Universidade Católica Silva Henríquez, em Santiago. As conclusões da jornada estão disponíveis num documento assinado pelas quatro entidades organizadoras.
Tendo como lema “Participação cidadã como um direito social”, o encontro foi convocado pelo Conselho Nacional da Cultura e das Artes (CNCA) – Região Metropolitana, pela Escuela de Gestores y Animadores Culturales (Egac), pela Rede Cultura Viva Comunitária Chile e pela Associação Cultura Viva Comunitária Plataforma Chile. Esta foi a primeira vez que as quatro entidades se juntaram na região para recolher a opinião de algumas organizações culturais de base para a nova política cultural do período 2017-2022.
Metodologia e mesas de trabalho
Nas semanas anteriores ao evento foram realizadas reuniões para acordar os objetivos, a forma de trabalho, as equipes a constituir e o programa da atividade. Também se elaborou um documento de trabalho (“linha base”), que reuniu os principais acordos, propostas, eixos diretivos e conclusões sistematizadas. Estabeleceu-se que os compromissos, demandas e sonhos emanados desta jornada seriam entregues ao Conselho Nacional da Cultura e das Artes como aporte para a Convenção Nacional de Cultura e da próxima política cultural.
A jornada de 22 de julho começou com um trabalho de integração e criação coletiva de sentidos através de técnicas de animação comunitária e teatro espontâneo. Após as dinâmicas de grupo, formaram-se cinco mesas de trabalho: 1) Políticas públicas culturais para o setor comunitário e institucionalidade; 2) Recursos e financiamento; 3) Formação e capacitação; 4) Associatividade, redes e participação cidadã; e 5) Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária. A mesa 4 também abordou o tema “Uso dos espaços públicos”, antes previsto como uma sexta mesa de trabalho.
Ao longo do dia, os participantes buscaram realizar um diagnóstico do setor cultural comunitário e levantar demandas e propostas em torno dos principais eixos que formarão a nova política cultural do setor na Região Metropolitana. Os debates foram gravados para posterior sistematização, e no fim da tarde se realizou uma plenária de encerramento, em que cada grupo expôs suas conclusões.
Uma segunda reunião se fez necessária para a preparação de um documento com os diagnósticos e propostas debatidos no encontro. Este documento foi entregue às organizações e instituições organizadoras e, através destas, aos facilitadores de trabalho dos grupos, que fizeram algumas observações de forma e fundo do texto. As principais reflexões surgidas no encontro, recolhidas do trabalho dos cinco grupos, estão sistematizadas em 17 páginas, disponíveis na página web da Egac.
A seguir, algumas das propostas dos grupos.
1.Políticas públicas culturais
Na mesa 1 se propôs, por exemplo, avançar em direção a um desenho participativo de política cultural e a uma lei para o fortalecimento da cultura comunitária, que assegure o reconhecimento das práticas culturais dos territórios e favoreça seu desenvolvimento, tomando outros países ibero-americanos como referências para impulsionar este processo.
Os participantes também propuseram, entre outras ações, a instalação de uma mesa de trabalho permanente para o setor cultural comunitário no CNCA, em seus níveis regional e nacional, com participação das redes e organizações representativas e de trajetória no setor, como instância técnica assessora, para o acompanhamento do desenho das políticas para o setor.
2. Recursos e financiamento
Impulsionar a criação de um programa nacional de Cultura Viva Comunitária em conjunto com o CNCA, e criar um Fundo Nacional de iniciativas culturais comunitárias, permanente e com recursos suficientes para apoiar o setor, foram algumas das propostas debatidas na mesa 2.
Além disso, falou-se na realização de um congresso nacional de organizações culturais comunitárias a partir do espaço local, tomando como referência a experiência dos Cabildos Culturales, e de um mapeamento de boas práticas municipais em relação ao trabalho com as organizações culturais, como forma de visibilizar experiências positivas neste âmbito.
3. Formação e capacitação
Entre as ações propostas na mesa 3 estava a constituição de uma equipe técnica que tenha por missão o desenvolvimento de um programa de formação e capacitação para os agentes culturais comunitários, que surja do próprio setor. Como temas para estas capacitações foram citados como necessários: elaboração de projetos culturais, gestão e financiamento (incorporando as diversas fontes e possibilidades existentes), comunicação popular, liderança e associatividade, entre outros.
Os participantes sugerem, ainda, a criação de uma instância de nível regional que agrupe e represente as organizações culturais comunitárias (uma “coordenação”), que estabeleça linhas de ação e elabore propostas em benefício da cultura comunitária com uma agenda de trabalho a curto, médio e longo prazo. Também buscam canais de informação “válidos, confiáveis e democráticos” para a difusão das atividades das organizações culturais comunitárias — com a criação, por exemplo, de uma página web do setor.
4. Associatividade, redes, participação cidadã e uso dos espaços públicos
Criar uma plataforma web para visibilizar as experiências culturais e favorecer o encontro no espaço virtual e o trabalho conjunto também foi uma das propostas apresentadas na mesa 4. Outra foi a realização de um cadastro de organizações culturais comunitárias sem distinção de condição jurídica, que contemple não apenas os nomes, e sim os dados de contato, âmbito de ação e localização, recursos culturais que possam ser compartilhados, necessidades organizacionais, memória de seus aportes, entre outros aspectos.
Nesta mesa, que reuniu o maior número de integrantes (mais de 20), também se comentou a ideia de trabalhar por uma “lei de cultura comunitária” que vá em benefício direto do desenvolvimento cultural das comunidades, e a criação de “conselhos comunais de cultura resolutivos e vinculantes”, como espaço deliberativo e de articulação das organizações culturais comunitárias em nível local.
5. Congreso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária
O 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária será realizado de 20 a 26 de novembro de 2017 em Quito, Equador. Esses congressos são um espaço que, a cada dois anos, reúne centenas de experiências comunitárias do continente, e por isso lhes parece importante “encontrar-se”, “reconhecer-se” e compartilhar experiências com organizações de outros países. A iniciativa é vista pelos participantes como “um rito do processo latino-americano de fortalecimento da cultura viva comunitária” e, portanto, um fortalecimento do movimento no Chile.
A ideia é ter uma delegação chilena que se defina como “ampla e diversa”, que reflita o conjunto de experiências e perspectivas que dão vida a este setor. Para isso, além de contar com a colaboração do Conselho Nacional da Cultura e das Artes no financiamento desta delegação, o grupo acredita que as próprias organizações podem recorrer a seus municípios para solicitar apoios via subvenções.
Para baixar o documento com as conclusões:
https://egac.cl/wp-content/uploads/2017/07/Conclusiones-Encuentro-OCC.pdf
Leia também:
Organizações comunitárias se reúnem para contribuir com a nova política cultural do Chile
Encuentro de organizaciones culturales comunitarias: la cultura viva plantea sus propuestas
Congresso de Culturas Vivas Comunitárias de Costa Rica: boas experiências de intercâmbio
Em 16, ago 2017 | Em Notícias | Por IberCultura
O 1º Congresso Nacional de Culturas Vivas Comunitárias de Costa Rica foi realizado nos dias 29 e 30 de julho no Campo Escuela Nacional Iztarú, situado na Zona Protectora La Carpintera, província de Cartago. Estiveram presentes mais de 50 pessoas de sete regiões do país, vinculadas ao Movimento de Culturas Vivas Comunitárias de Costa Rica (MCVCCR) desde o começo, em 2011, e ao processo dos Círculos de Ressonância, desde 2015, assim como participantes das rodas de conversas regionais — estes últimos, dentro do projeto Incidência e Participação rumo ao 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária.
Foram desenvolvidas quatro atividades principais de conteúdo, além da abertura e do encerramento. Após a apresentação dos participantes, das boas-vindas e de uma breve contextualização do evento, foram expostos os 13 principais desafios sistematizados pelo Movimento a partir das rodas de conversa regionais realizados, antes do Congresso Nacional, em Occidente, Zona Norte e Grande Área Metropolitana.
Para complementar a visão recolhida em tal sistematização e definir a agenda política do Movimento, foram distribuídas equipes por região e cada uma criou um quebra-cabeças em que o conteúdo de cada peça contribuía com algo neste sentido. Assim, por consenso, as equipes chegaram aos cinco grandes desafios para o MCVCCR: a) reconhecimento; b) comunicação; c) avaliação e sistematização; d) autogestão; e) alianças.
Cada uma destas partes contém elementos dos desafios expostos durante as atividades anteriores. De maneira que serviram de base para a construção de um sociodrama, desenvolvido com cinco equipes, às quais foram dadas indicações em torno da montagem cênica, sugerindo manter um fio condutor “desafio-conflito-solução”, para identificar a trajetória do Movimento. As montagens apresentadas estão sendo analisadas a partir do registro audiovisual que se fez.
Depois de meia manhã do segundo dia, passou-se à última atividade antes do encerramento: a seleção da representação do Movimento. No projeto estava proposto -e durante as conversas regionais também foi-se dialogando- a forma de participar do 3° Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, diante da limitação de recursos para viajar e permanecer no Equador. As pessoas eleitas pela assembleia para representar o Movimento no 3º Congresso, que se realizará de 20 a 26 de novembro em Quito (Equador), foram Mauren Pérez Pérez e Andrés Gonzáles Sevilla.
“Estes intercâmbios diversos e orientados criativamente em eixos estratégicos comuns, somados ao espaço de rodas de conversa para trocar conhecimentos com representantes do Ministério de Cultura e Juventude, dão boas experiências entre os e as congressistas, que manifestaram sua satisfação e agradecimento”, comentou Mauren Pérez.
O 1º Congresso Nacional de Culturas Vivas Comunitárias de Costa Rica foi um dos projetos ganhadores do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes 2016.
Fonte: Coordenação geral do MCVCCR
Cultura Viva nas Cidades da América Latina: quatro dias de vivências, debates e celebrações
Em 14, ago 2017 | Em Notícias | Por IberCultura
Fotos: Comunidade Cultura Viva
Campinas foi a primeira cidade brasileira a ter um Ponto de Cultura, ainda nos anos 90, no distrito de Joaquim Egídio. Também foi no município paulista, com a Casa de Cultura Tainã, que se deu a primeira experiência em rede do programa Cultura Viva, implantado em 2004 pelo então ministro da Cultura, Gilberto Gil. Não por acaso, portanto, Campinas foi a primeira cidade brasileira a ter uma lei própria para os Pontos de Cultura. A Lei nº 15.089, de 9 de novembro de 2015, institui ali a Política Municipal de Cultura Viva, mas ainda depende de regulamentação para entrar em vigor, com a abertura de editais e a destinação de recursos.
O fortalecimento da rede local de Pontos de Cultura, inclusive para a incidência na regulamentação da Lei Cultura Viva municipal, foi um dos principais resultados do encontro “Cultura Viva nas Cidades da América Latina”, que reuniu cerca de mil pessoas em Campinas, de 1º a 4 de julho. O evento foi um dos projetos ganhadores do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes 2016.
Entre os participantes estavam representantes de 10 cidades e quatro estados brasileiros, que saíram de lá com o objetivo de articular leis municipais de Cultura Viva e encontros com o mesmo formato. Também estiveram presentes convidados estrangeiros, como o argentino Eduardo Balán, o equatoriano Nelson Ullauri, o colombiano Jairo Castrillón Roldán, o mexicano Rafael Paredes e a uruguaia Milagros Lorier.
Parcerias
“No contexto latino-americano, os principais resultados foram a parceria entre o Ponto de Cultura NINA e o coletivo El Culebrón Timbal (Argentina) na construção da Escola Latino-Americana de Cultura Viva Comunitária, o início da articulação de uma frente de atuação com a juventude de Cultura Viva Comunitária e a construção do 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, em Quito”, afirma Marcelo das Histórias, do Ponto de Cultura NINA, um dos organizadores do evento, ao lado do Laboratório de Políticas Culturais.
Marcelo das Histórias conta que o encontro foi pensado para ser realizado em Campinas e São Paulo, mas, diante das possibilidades de parcerias, decidiu-se por Campinas e Hortolândia, “para fortalecer o Ponto de Cultura Caminhos, que está articulando na cidade de Hortolândia uma Lei Cultura Viva para o município”. Também foram parceiros os Pontos de Cultura Crispim Menino Levado, Urucungos, Areté, Rede Usina Geradora, Comunidade Jongo Dito Ribeiro, Ibaô e Casa de Cultura Tainã, Coletivo de Salvaguarda da Capoeira de Campinas, Banzé Cultural, Coletivo Socializando Saberes, Laboratório de Produção Cultural da Estação Cultura e Laboratório do Bem Viver.
A parceria com a Agência de Notícias de Favelas (ANF) possibilitou um número maior de convidados presentes, já que parte deles estaria em seguida no 1º Encontro Latino-Americano de Comunicação Comunitária, promovido de 6 a 9 de julho, em Niterói (Rio de Janeiro). O projeto também foi um dos ganhadores do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes 2016.
Programação
Ao longo dos quatro dias foram realizados debates, oficinas, rodas de conversa, percursos culturais, vivências e celebrações. As atividades tiveram início no sábado, dia 1º, na Casa de Cultura Fazenda Roseira, onde a Comunidade Jongo Dito Ribeiro trabalha a cultura de matriz africana e a identidade negra, numa gestão compartilhada com a Prefeitura de Campinas. Depois foi a vez do Ponto de Cultura e Memória Ibaô, com uma vivência do Mestre David, e da Casa de Cultura Tainã, com roda de tambores e apresentação do Grupo Comunitário Teatro Fora dos Trilhos.
O domingo (02/07) começou com uma roda de conversa (“Cultura Viva Comunitária: histórico, identidades e atualidade”) na Sala dos Toninhos da Estação Cultura, ocupada pelos coletivos da Rede Usina Geradora de Cultura. De tarde veio o percurso no Ponto de Cultura Caminhos, em Hortolândia, com vivência no terreiro, apresentação de seus projetos culturais e de empreendedorismo social (bloco de dança afro, grife de roupas, bloco de afoxé) e outras rodas de conversas.
“Diferentes grupos sociais praticam a Cultura Viva Comunitária há séculos na América Latina, e há 40 anos como fenômeno mais urbano”, lembrou Jairo Castrillón Roldán, um dos formuladores da Política de Cultura Viva Comunitária de Medellín, na Colômbia, em sua apresentação no domingo. “A partir da experiência do Brasil, iniciada na gestão de Gilberto Gil e com a importante contribuição de Célio Turino, de Campinas, grupos que atuam em diferentes países perceberam que tinham identidade e passaram a pensar e atuar em rede. Isso dá muita vitalidade e esperança para o movimento, atuando sem o Estado, com o Estado e muitas vezes contra o Estado”, resumiu.
Na segunda-feira e na terça-feira, a programação voltou à Sala dos Toninhos, na Estação Cultura, com painéis, bate-papos e oficinas. Os participantes também estiveram na Câmara Municipal, em um debate mediado pelo vereador Gustavo Petta, autor do projeto de lei que se transformou na Lei nº 15.089.
“Campinas não pode perder a consciência da importância que tem para o movimento da Cultura Viva Comunitária na América Latina”, reforçou a uruguaia Milagros Lorier, no último dia do encontro. “Aqui nasceram os Pontos de Cultura e a rede que os une hoje é uma inspiração para o continente.”
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“Cultura Viva nas Cidades da América Latina”: iniciativas municipais são tema de debateO colombiano Jairo Castrillón[/caption]
“Diferentes grupos sociales practican la Cultura Viva Comunitaria en Latinoamérica por siglos, y desde hace 40 años como fenómeno más urbano”, resaltó Jairo Castrillón Roldán, uno de los formuladores de la Política de Cultura Viva Comunitaria de Medellín, en Colombia, en su ponencia el domingo. “A partir de la experiencia en Brasil, iniciada en la gestión de Gilberto Gil y con la importante contribución de Célio Turino, de Campinas, grupos que actúan en diferentes países percibieron que tenían mucha identidad y pasaron a pensar y actuar en red. Eso da vitalidad y esperanza al movimiento, que actúa sin el Estado, con el Estado y muchas vezes contra el Estado”, resumió.
El lunes y el martes, la programación a la Sala dos Toninhos, con paneles, conversaciones y talleres. Los participantes también estuvieron en la Cámara Municipal, en un debate mediado por Gustavo Petta, autor del proyecto de ley que se transformó en la Ley nº 15.089.
“Campinas no puede perder la conciencia de la importancia que tiene para el movimiento de Cultura Viva Comunitaria en América Latina”, señaló la uruguaya Milagros Lorier en el último día del encuentro. “Aquí nacieron los Puntos de Cultura y la red que los une hoy es una inspiración para el continente.”
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Firmado o convênio com o Escritório Cone Sul da Segib para a administração do fundo do programa IberCultura Viva
Em 10, ago 2017 | Em Notícias | Por IberCultura
Nesta quinta-feira (10/08), em Buenos Aires (Argentina), foi firmado o convênio que transfere a administração do fundo do Programa IberCultura Viva para o Escritório Sub-regional para o Cone Sul da Secretaria Geral Ibero-americana (Segib). O memorando de entendimento foi assinado por Débora Staiff, subsecretária de Cultura Cidadã do Ministério de Cultura da República Argentina e presidenta do Conselho Intergovernamental do Programa IberCultura Viva, e Alejo Ramírez, diretor do Escritório Sub-regional para o Cone Sul da Segib, sediado em Montevidéu.
IberCultura Viva é uma instância de cooperação multilateral para o fortalecimento das políticas culturais de base comunitária dos países ibero-americanos. É financiado por um fundo comum, integrado pelas cotas aportadas pelos países participantes, e fundos de cooperação adicionais. Nos três primeiros anos do programa (2014-2017), a gestão financeira foi realizada pela Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI – Escritório Regional de Brasília).
Encontro de Mulheres Trabalhadoras das Culturas e das Artes: empoderamento e trabalho colaborativo
Em 08, ago 2017 | Em Notícias | Por IberCultura
Fotos: Maca Peñaloza (Colectivo Las Niñas), Pablo Montt y Sue Villar (Red Cultural Nekoe)
Mais de 150 produtoras e gestoras culturais de nove países participaram do 1º Encontro Internacional Mulheres Trabalhadoras das Culturas e das Artes, Gestoras 2017, realizado em Santiago do Chile, de 4 a 7 de julho. Organizado por Gestoras en Red, rede chilena de gestoras culturais, o evento foi um dos projetos ganhadores do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes 2016 e estabeleceu as bases para a articulação de mulheres em uma rede latino-americana que tem como objetivo o empoderamento e o trabalho colaborativo.
O encontro superou as expectativas das organizadoras. Na avaliação da artista visual Marisol Frugone e da realizadora audiovisual Rosa Angelini, codiretoras de Gestoras en Red, foi “um êxito de convocatória e uma conquista significativa”, tanto pelas atividades vinculadas aos quatro dias de intenso trabalho nos três espaços culturais da capital chilena, como pelas conclusões e pela construção de um manifesto final, recebido pela subdiretora Ana Tironi, do Conselho Nacional da Cultura e das Artes.
Este manifesto, segundo Frugone, “reúne os sentires e desejos de uma rede que atravessa fronteiras e une as mulheres na cruzada de dar seguimento às políticas locais e internacionais, sobre direitos para as mulheres em todas as áreas da sociedade, contribuindo para o empoderamento e a visibilidade do trabalho comunitário”.
As mesas temáticas
Nos três primeiros dias formaram-se mesas de trabalho no Centro de Creación Infante 1415 e no Centro Cultural Gabriela Mistral. No dia 4 os temas das mesas foram “Trabalho cultural”, “Metodologias e estratégias”, “Direitos trabalhistas” e “Feminismos”. No dia 5 os diálogos se deram em torno de “Ativismo cultural”, “Existência e resistência” e “Indústrias criativas”. No dia 6 foi a vez de “Economias criativas” e “Empoderamento econômico e social”. Em 7 de julho, no Centro Cultural Lo Prado, foi realizada a atividade de extensão “Arte na educação”.
As mesas de trabalho contaram com palestrantes do Chile, Brasil, Bolívia, Argentina, Uruguai, México, Honduras e Peru. Além de assistir às apresentações, as participantes puderam debater as problemáticas e soluções para as temáticas propostas. As conclusões foram expostas todos os dias, e ao final da última jornada, resumidas no documento lido por Susana Obando, da rede Telartes (Bolívia), em seus princípios comuns (confiança, compromisso, colaboração, criar comunidade), assim como a definição de ferramentas estratégicas de construção de sustentabilidade.
“Nosso objetivo é de nos articularmos como mulheres que realizam trabalho na área de gestão e produção cultural latino-americana, para empoderar e entreter em forma colaborativa, iniciativas, projetos, propostas, ações que fortaleçam e consolidem um crescimento individual e coletivo para o bem comum, através de alinhamentos que consolidem processos de transformação social”, afirmaram as participantes no manifesto.
Entre os alinhamentos destacados estavam: a) realizar um mapeamento da rede de produtoras e gestoras; b) fortalecer e visibilizar o trabalho da rede; c) posicionar o trabalho articulado de mulheres na América Latina; d) gerar uma agenda comum que articule e fortaleça a circulação cultural na América Latina.
Para as organizadoras, o 1º Encontro Internacional Mulheres Trabalhadoras das Culturas e das Artes teve um resultado “massivo e proveitoso” graças ao trabalho colaborativo, “as voluntárias para gestão e produção dos quatro dias de trabalho, as instâncias de almoços comunitários através de panelas comuns, os alojamentos solidários que ficaram a cargo da rede de Gestoras Chile”, como destaca Marisol Frugone. “Sem isso, este encontro não havia sido possível”.
As participantes propuseram um próximo encontro para 2019. Está sendo discutida a possibilidade de ter como sede Peru ou Uruguai.
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