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10

mar
2017

Em Notícias

Por IberCultura

Red Cultura abre edital para financiamento de iniciativas culturais comunitárias no Chile

Em 10, mar 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

No Chile, o Conselho Nacional da Cultura e das Artes abriu em 8 de março seu edital para financiamento de iniciativas culturais comunitárias de 2017. Trata-se de uma linha de concurso do programa Red Cultura dirigida a organizações culturais comunitárias (OCC), com ou sem personalidade jurídica, com o objetivo de promover processos de fortalecimento, a respeito do próprio desenvolvimento e incidência na gestão cultural do território que habitam, promovendo boas práticas em ações participativas e de integração sociocultural nas localidades.

O edital, que estará aberto até 7 de abril, conta com duas modalidades. A modalidade A é dirigida a iniciativas culturais comunitárias que busquem fortalecer a orgânica e o funcionamento da organização postulante, com a intenção de visibilizar seu trabalho e incidir nas políticas culturais do setor; e a B é voltada para as iniciativas que buscam contribuir, a partir das atividades da organização, para a integração social, a identidade local e a diversidade cultural.

O montante máximo que esta linha entrega por iniciativa é $4.140.000 (quatro milhões, cento  e quarenta mil pesos), podendo chegar – ao menos – a 50 projetos ou iniciativas. Para descarregar as bases, formulários de inscrição e anexos: https://bit.ly/2mJBfem.

Lançamento dos “Fondos Cultura 2017” (Fotos: CNCA Chile)

Gestão local

Outro edital de Red Cultura que está aberto (até 31 de março) é o de fortalecimento da gestão cultural local. Dividido em quatro categorias, está voltado para as municipalidades, corporações e fundações culturais municipais, e as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins de lucro, que queiram melhorar a gestão na administração da infraestrutura cultural..

Um orçamento de $385.074.004 (trezentos e oitenta e cinco milhões, setenta e quatro mil  quatro pesos) será repartido entre os inscritos das diversas comunas do país que forem  selecionados. Os projetos terão seis meses para sua execução, sendo que o prazo máximo é 31 de março de 2018.

Esta linha de concurso da Red Cultura tem como objetivo melhorar o planejamento cultural comunal e a gestão cultural em infraestrutura, de maneira participativa e com enfoque de direitos; fortalecer os administradores de infraestruturas culturais públicas e privadas, para o melhoramento de sua gestão e fomentar a participação e o acesso dos cidadãos em seu desenvolvimento cultural. Para descarregar as bases: https://bit.ly/2n811tV.

O programa

Red Cultura é um programa nacional que se desdobra em todas as regiões do país, com o propósito de promover o acesso e a participação da comunidade em iniciativas artístico-culturais, contribuir para o fortalecimento da gestão cultural municipal, potenciar o papel dos los agentes culturais na criação e difusão das artes e da cultura, e contribuir para que se valorize e resguarde o patrimônio cultural imaterial.

O programa aplica uma estratégia centrada no fortalecimento da gestão cultural, o planejamento cultural participativo, o planejamento programático para aumentar as possibilidades de acesso, assim como o reconhecimento e a articulação do setor cultural para garantir a participação e o acesso da população à arte e à cultura.

 

Para consultas: convocatoria.redcultura@cultura.gob.cl

Saiba mais:

www.fondosdecultura.gob.cl

www.redcultura.cl.  
Fonte: Consejo Nacional de la Cultura y las Artes

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07

mar
2017

Em Notícias

Por IberCultura

Coletivos rumo ao Equador: os ganhadores do Edital de Apoio a Redes

Em 07, mar 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

Um dos principais objetivos do 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, que será realizado de 20 a 25 de novembro de 2017 em Quito (Equador), é buscar reflexões sobre o “ser comunitário”. Ali, no “centro do mundo”, “com a chama acesa pela unidade e pela festa popular”, como dizem os organizadores, estarão reunidas pessoas de 17 países interessadas em construir uma sociedade melhor para todos e em dar continuidade às ações e debates iniciados nas duas edições anteriores, em La Paz (Bolívia) em 2013 e em San Salvador (El Salvador), em 2015.

Para fomentar a articulação de redes de cultura de base comunitária nos países ibero-americanos, o programa IberCultura Viva dedicou uma das duas categorias do Edital de Apoio a Redes 2016 a fortalecer eventos de redes nacionais e/ou regionais que tivessem como objetivo a preparação para o 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária. Foi destinado um total de US$ 50 mil a esta categoría, com um valor máximo de US$ 5 mil para cada um dos 10 projetos selecionados.

O edital teve suas inscrições abertas entre 19 de setembro e 1º de dezembro de 2016. Saiba quais foram as propostas ganhadoras.

CATEGORIA I

  1. Rede de Agentes Comunitários de Comunicação (RACC) –  Agência de Notícias das Favelas (ANF) – Brasil

A Rede de Agentes Comunitários de Comunicação (RACC), que tem como entidade proponente a Agência de Notícias das Favelas (ANF), participou do II Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, em San Salvador, El Salvador, em outubro de 2015. Dos contatos feitos na ocasião, surgiu a proposta de realização de um Seminário Latino-Americano de Comunicação Comunitária, como etapa preparatória de um encontro que deverá fazer parte da programação do III Congresso Latino-Americano de Cultura Viva Comunitária, previsto para novembro em Quito, Equador.

Este seminário será realizado no Rio de Janeiro, cidade-sede da ANF e da RACC, entre julho e agosto. Ao longo de três ou quatro dias, serão promovidos debates, oficinas, encontros e intercâmbios entre os participantes da RACC (Brasil) e trabalhos de referência em comunicação comunitária de países como Argentina, Uruguai, Equador e Bolívia. Além das atividades no Rio, o grupo propõe um painel de debates durante o Congresso de Quito, visando potencializar as ações de comunicação em rede no âmbito do movimento latino-americano de Cultura Viva Comunitária.

  1. Red Nacional de Culturas Vivas Comunitarias – Cooperativa La Comunitaria de Rivadavia de Provisión de Servicios Culturales y Sociales Ltda. (Argentina)

O Encontro de Redes e Organizações de Culturas Vivas Comunitárias será realizado na cidade de América, no distrito de Rivadavia (Buenos Aires, Argentina), de 9 a 11 de setembro. A proposta é reunir diferentes grupos e redes culturais do país para coordenar e articular ações conjuntas de formação e intercâmbio referentes às práticas colectivas; as produções vinculadas a arte e transformação social, economia solidária, comunicações e identidades culturais e as estratégias de incidência em políticas públicas culturais em nível municipal, regional, estadual e nacional.

Estão previstos debates, mesas, rodas de conversas e mostras artísticas culturais, com o objetivo principal de fortalecer as redes e preparar propostas e produções conjuntas para o 3° Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, a realizar-se no Equador. Antes do encontro na Rivadavia pretende-se fazer duas reuniões preparatórias com representantes de grupos e redes –  em Buenos Aires e em Mendoza.

  1. Red Salvadoreña de Cultura Viva Comunitaria – Asociación “Colectivo Musical GAMA” (El Salvador)

A Red Salvadoreña de Cultura Viva Comunitaria, que promoveu em 2015 o 2° Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária em San Salvador, realizará este ano em Sonsonate, de 27 a 29 de outubro, o 3° Encontro Nacional de Cultura Viva Comunitária. O evento pretende incentivar a reflexão coletiva sobre o impulso de políticas públicas que fortaleçam as culturas das comunidades em nível territorial, assim como propiciar propostas para fortalecer a construção de uma cultura cooperativa, solidária e transformadora, mediante o fortalecimento da capacidade de organização comunitária.

Nestes três dias de trabalho durante o 3° Encontro Nacional, espera-se definir linhas de ação, compromissos, acordos e agenda conjunta que permitam fortalecer a Red Salvadoreña de CVC, além de construir coletivamente documentos de reflexão conceitual e metodológica que sirvam de base para a participação da comissão salvadorenha no 3° Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, a realizar-se em novembro em Equador. Antes do encontro nacional serão realizados encontros das zonas dos quatro pontos de El Salvador, a fim de construir uma metodologia conjunta de abordagem.

Ato de encerramento do 2º Congresso Latino-americano de CVC (Foto: Bladimir Nolasco)

  1. Red Cultura Viva Comunitaria Chile – ONG de Desarrollo Nueva Acción Comunitaria (Chile)

O Encontro Inter-regional para o Fortalecimento da Coordenadoria Nacional de Cultura Viva Comunitária–Chile 2017”, proposto por la Red Cultura Viva Comunitaria Chile será realizado de 28 a 30 de abril em San Miguel e San Joaquín. Estão previstas, entre outras atividades, uma feira de experiências, uma jornada de ação comunitária e uma mostra de agrupações artísticas (teatro, música e dança). Uma fase posterior prevê a sistematização do trabalho, diálogo e propuestas de cada módulo do encontro das delegações regionais.

O encontro tem como um de seus objetivos possibilitar o intercâmbio de experiências em cinco regiões do país, abrindo espaços de reflexão e diálogo dos atores culturais comunitários e independentes que armam redes em diversos territórios. Também busca definir linhas de ação, uma proposta programática e uma agenda conjunta para a delegação chilena ante o 3° Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, e desenhar de forma coletiva uma proposta para o Congresso Nacional de Cultura Viva Comunitária, com seus respectivos congressos regionais.

A Red de Cultura Viva Comunitaria-Chile surgiu em 2013 como uma frente ampla que articula diversas organizações, coletivos, artistas, gestores culturais comunitários, territoriais e independentes que se aderem ao paradigma latino-americano da CVC.

  1. Movimiento de Culturas Vivas Comunitarias de Costa Rica – Guanared (Costa Rica)

O 1° Congresso Nacional de Culturas Vivas Comunitárias de Costa Rica será realizado nos dias 29 e 30 de julho na cidade de San José. Ao aproximar organizações, grupos e coletivos que têm avançado em processos de incidência política, a intenção é identificar desafios e dificuldades, assim como os pontos de encontro nas lutas políticas que sustentam (direitos culturais, diversidades sexuais, frentes ecológicas, povos indígenas, etc).

O Movimento CVC Costa Rica iniciou sua articulação em 2011 e desde então tem se colocado como um referente para a discussão da política pública que se move com autonomia do Estado. Em Costa Rica foram criados os chamados Círculos de Ressonância, um por cada região do país, e estes círculos são representados através das “vocerías”, que são equipes de três pessoas encarregadas por três aspectos: comunicações, fortalecimento e incidência.

Os representantes do movimento consideram necessário chegar a um consenso de princípios e caminhos que fortaleçam seus posicionamentos e, com isso, preparar e compartilhar ao menos uma palestra no 3° Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, de maneira que possam transmitir os saberes e experiências desenvolvidas em Costa Rica.

Movimento CVC Costa Rica

  1. Red Metropolitana Cultura Viva Comunitaria – 2° Encuentro de la Red Metropolitana de Cultura Viva Comunitaria (Uruguay)

O 2° Encontro da Rede Metropolitana de Cultura Viva Comunitária, que será realizado em Las Piedras (Canelones, Uruguai) em setembro, busca reunir todos os coletivos e/ou participantes interessados na construção de políticas culturais que contribuam com formas de vida e trabalho comunitárias e coletivas. A ideia é que se formem oficinas, seminários e atividades que impliquem reflexão e reconhecimento do potencial cultural existente no país.

O encontro tem como objetivos fortalecer as redes de Cultura Viva Comunitária, trabalhar formas de organização e representatividade; propostas para desenvolver em 2017 e 2018; nomear delegados para o 3° Congresso Latino-americano de CVC; reunir propostas e aportes para levar ao Equador em novembro.

A Rede Metropolitana nasceu em novembro de 2015, impulsionado por pessoas que participaram dos Congressos Latino-americanos de Cultura Viva Comunitária (La Paz e El Salvador) e de coletivos que tinham a ideia de juntar-se e articular propostas. Para seus integrantes, é fundamental unir os grupos que trabalham com Cultura Viva Comunitária no Uruguai em busca de estratégias para gerar e incidir nas políticas culturais públicas, tanto municipais como estaduais e nacionais, potenciando a mirada para a cultura de base comunitária.

1º Encontro Regional de Cultura Comunitaria do Uruguai, em junho de 2014

  1. Red Danza Sur – Fundación Barrio Infante (Chile)

DanzaSur é uma equipe que se dedica à vinculação e difusão da dança contemporânea no Chile e na América do Sul, entendendo a dança como um bem social. O evento que a rede propõe, o 6° Encontro DanzaSur​, está previsto para junho, em Santiago, e tem como foco especialmente a preparação para o 3° Congresso Latino-americano de CVC no Equador. A ideia é vislumbrar e gerar materiais em torno das práticas e do funcionamento da rede, e  poder apresentá-los em Quito.

Os principais agentes do 6° Encontro DanzaSur são as “antenas conectoras”, pessoas que cumprem o papel de movimentar os diversos territórios do país, com duas antenas residindo em uma das três zonas nas quais a rede trabalha (Norte, Centro e Sul do Chile). Um dos objetivos do projeto é potencializar o trabalho destas “antenas zonales” na criação dos materiais que se pretende levar ao 3° Congresso Latino-americano en Quito. Economia social, desenvolvimento territorial, formação e comunicação são as temáticas que o “Programa DanzaSur CulturaViva 2017” deve conter.

  1. Cultura Viva Comunitaria Ecuador – Cooperativa de Servicios Culturales “La Popular” COSECLAPO (Ecuador)

Encontro de Pontos de Cultura no Equador, em novembro de 2016

O 1° Congresso Nacional de Cultura Viva Comunitária, com realização prevista para abril na província de Manabí, é uma proposta de fortalecimento e consolidação do movimento de CVC no Equador a partir dos resultados e aprendizados obtidos em um processo de discussão e articulação que vem se desenvolvendo desde 2010. O evento pretende ser uma festa da cultura equatoriana, um espaço de socialização sobre a incidência da cultura no desenvolvimento integral dos territórios, e um espaço de planejamento do 3° Congresso Latino-americano de CVC.

O enfoque deste 1° Congresso estará no comunitário, nos direitos, na sustentabilidade, no territorial, no populacional, no étnico e nas questões de gênero. A atual Lei Orgânica de Cultura, aprovada em 30 de dezembro de 2016, contempla dentro de seus princípios o reconhecimento da Cultura Viva Comunitária “como as expressões artísticas e culturais que surgem das comunidades, dos povos e nacionalidades, a partir de seu cotidiano. É uma experiência que reconhece e potencializa as identidades coletivas, o diálogo, a cooperação, a constituição de redes e a construção comunitária através da expressão da cultura popular”.

  1. Cultura Viva Comunitaria México – Habitajes – Centro de Estudios y Acciones sobre el Espacio Público (México)

A rede Cultura Viva Comunitaria México, que articula desde 2015 organizações de base de oito estados do país, promoverá na cidade de Puebla, de 27 a 29 de julho, o Encontro Nacional Cultura Viva Comunitária México “Abrindo Fronteiras: Pelo uso do espaço social”.

O evento contará com: mesas de intercâmbio de experiências, reflexão e debate a respeito do uso do espaço social como fator de impacto na criação de entornos vivos para a cultura; oficinas relacionadas com a promoção, gestão, articulação em rede; aportes a uma agenda sobre o uso social do espaço público, e um festival artístico de encerramento em  cierre em um espaço público simbólico de Puebla.

Serão realizados “conversatorios” e laboratórios de trabalho antes do encontro nacional, entre abril e junho, em Guadalajara, Mérida, Acayucan, Nuevo Laredo e Cidade do México. Os “conversatorios” pretendem ser espaços de diálogo em nível regional com a participação de agentes culturais, coletivos, organizações, associações civis e funcionários públicos. Os laboratórios, por sua vez, consistem em jornadas de colaboração paralelas aos bate-papos para realizar ações relacionadas aos processos de recuperação do espaço público.

3º Encontro Regional de CVC México, em março de 2016

  1. Rede Cultura Viva Campinas – Usina Geradora – Associação Núcleo Interdisciplinar de Narradores e Agentes Culturais (Brasil)

“Cultura Viva nas Cidades da América Latina”, o projeto apresentado pela Rede Cultura Viva Campinas – Usina Geradora, propõe a realização de dois encontros preparatórios para o 3º Congresso Latino-Americano de Cultura Viva Comunitária. O primeiro seria no Brasil, nas cidades de Campinas e São Paulo, de 3 a 8 de abril, e o segundo, no segundo semestre, em Quito (Equador).

A ideia é debater as experiências locais de Cultura Viva Comunitária nas cidades, tomando como base os municípios onde se aprovaram leis, decretos e/ou ordenanças de Cultura Viva Comunitária na América Latina. No caso, Campinas (São Paulo), Medellin (Colômbia) e Lima (Peru). Parlamentares, gestores e especialistas que atuaram no processo de formulação e implementação destes instrumentos normativos serão convidados para os encontros, com a intenção de incentivar outras cidades a criar suas leis de apoio aos Pontos de Cultura e à Cultura Viva Comunitária.

(Na foto do alto, plenária final do 2º Congresso Latinoamericano de CVC, em San Salvador: momentos antes, havia sido anunciado que o Equador seria a sede do 3º Congresso)

24

fev
2017

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Conheça os 10 vídeos premiados no Concurso “Mulheres, culturas e comunidades”

Em 24, fev 2017 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

Dez vídeos de realizadoras de quatro países (Brasil, Argentina, Peru e México) foram selecionados no Concurso de Videominuto “Mulheres: culturas e comunidades”. Cada uma delas receberá US$ 500 como prêmio. O concurso teve como objetivo dar visibilidade ao papel fundamental das mulheres na cultura e na organização comunitária, fazendo frente a atitudes e estereótipos que contribuem para a desigualdade de gênero e a violência.

As inscrições estiveram abertas entre 19 de setembro e 1º de dezembro. Os vídeos deveriam ter duração máxima de um minuto e estar voltados para o público em geral, com classificação indicativa livre. Poderiam ser de qualquer gênero (documentário, ficção, animação, etc) e utilizar qualquer uma das línguas oficiais dos países ibero-americanos.

Mulhere-se (Brasil)

Participação

As mulheres foram protagonistas não somente como tema central del concurso, mas também em termos de participação. Das 55 candidaturas habilitadas (de um total de 57), 48 foram apresentadas por mulheres e sete por homens. Todos os vídeos premiados foram realizados por mulheres.

Brasil foi o país com o maior número de candidaturas (33 do total), seguido por Peru (7), Argentina (6) e México (5). Chile, Costa Rica e El Salvador apresentaram cada um uma peça audiovisual.

Huellas de mujeres (Perú)

Avaliação

O regulamento foi construído com a participação de alguns membros mulheres do Comitê Intergovernamental do programa IberCultura Viva. Um Comitê de Avaliação foi formado por mulheres vinculadas aos Ministérios de Cultura da Argentina, do Brasil, da Costa Rica, da Espanha, do Peru e do Uruguai.

Entre os critérios a serem avaliados foram considerados os seguintes: se oferecia uma imagem equilibrada e não estereotipada de mulheres e homens; se provocava reflexão sobre práticas culturais machistas; se dava ênfase à centralidade da mulher na comunidade: se fomentava uma mensagem de acordo com a igualdade de gênero e/ou defendia os direitos das mulheres e se propiciava a ruptura de estereótipos. Por último, se considerou se o vídeo apresentava grupos prioritários, como mulheres indígenas, afrodescendentes, transexuais ou sobreviventes de violência.

Os vídeos apresentaram uma diversidade de contextos, com a presença de mulheres rurais (do interior, de comunidades quilombolas e ribeirinhas) e urbanas (geralmente da periferia), tanto jovens como da terceira idade. Entre as temáticas abordadas estavam a organização ou participação em atividades culturais comunitárias, o reconhecimento da memória e a transmissão de saberes tradicionais, a expressão e criatividade artística e/ou consciência crítica, a denúncia de violência de gênero, a expressão da liberdade, e a ruptura de estereótipos.

Sustento (Brasil)

A seguir, publicamos os 10 selecionados com maior pontuação no concurso. 

LISTA DEFINITIVA DE VÍDEOS PREMIADOS

(Título do vídeo – País – Nome da candidata)
  1. Que todo el mundo se entere – Argentina – Sonia Elena Bertotti

  2. Mujeres constructoras – Argentina –  Sofia Bensadon

  3. Guardianas de la vida – Peru –  Andrea Pilar Valencia Rivero

  4. Sustento – Brasil –  Sylara Silva Silvério

  5. 1 minuto de Mulhere-se – Brasil –  Aline Daiane Frazão

  6. Huellas de mujer Peru – Cusy Mejía Paz  

  7. Ironia – México – Emilia Michel

  8. Peinando amistad, trenzando comunidad – Brasil – Raissa Alonso Capasso da Silva

  9. No es No – Brasil – Manu Campos

  10. A bela palavra da Kunhã Karai Brasil – Paola Correia Mallmann de Oliveira

(*Texto atualizado em 1 de março de 2017)

 

Para assistirhttps://www.segib.org/videos-ganadores-de-mujeres-culturas-y-comunidades/

 

Para baixar:

Informação aos interessados VIII: Concurso de Videominuto – Etapa de Avaliação – RELAÇÃO DEFINITIVA

Informação aos interessados VII: Concurso de Videominuto – Etapa de Avaliação

Informação aos interessados VI: Edital de Apoio a Redes – Etapa de Avaliação – RELAÇÃO DEFINITIVA

Informação aos interessados V: Edital de Apoio a Redes – Etapa de Avaliação

Informação aos interessados IV: Edital de Apoio a Redes – Etapa de Habilitação – RELAÇÃO DEFINITIVA

Informação aos interessados III: Concurso de Videominuto – Etapa de Habilitação – RELAÇÃO DEFINITIVA

Informação aos interessados II: Edital de Apoio a Redes de Cultura de Base Comunitária – Etapa de Habilitação

Informação aos interessados I: Concurso de Videominuto – Etapa de Habilitação

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22

fev
2017

Em Notícias

Por IberCultura

Termina a primeira fase do projeto ¡Enfrenta!, que mapeia coletivos de comunicação, arte e cultura livre na Espanha

Em 22, fev 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

Fotos: ¡Enfrenta!

Depois de percorrer sete cidades espanholas ao longo de dois meses, o jornalista Leonardo Foletto (do coletivo Baixa Cultura) e a fotógrafa Sheila Uberti (Fotolivre.org) voltaram ao Brasil com quase 500 gigas de material (vídeo, áudio e foto) na bagagem. Foi o fim da primeira fase do projeto ¡Enfrenta! – Mapeamento de Coletivos de Artivismo, Comunicação Alternativa e Cultura Livre na Espanha, um dos ganhadores do Edital IberCultura Viva de Intercâmbio, edição 2015. Numa segunda etapa, que começa em março, o material coletado dará origem a um produto, que pode ser tanto um livro como um documentário ou um especial multimídia com os vídeos/fotos/textos separados por cidades.

As entrevistas e visitas aos coletivos espanhóis que atuam na intersecção entre comunicação, arte e cultura livre começaram na segunda semana de janeiro, em Sevilha. A capital da Andaluzia foi escolhida como ponto de partida por um motivo simples: ali está a sede do Zemos98, coletivo parceiro dos brasileiros BaixaCultura e FotoLivre.org neste intercâmbio. Dali em  diante, os gaúchos Leonardo e Sheila documentaram a viagem em texto e fotos com a hashtag #enfrenta no Twitter  e no Facebook. Também contaram um pouco da experiência num site criado especialmente para o projeto (https://enfrenta.org).

Primeira parada: Sevilha

Em Sevilha, eles entrevistaram não apenas o pessoal do Zemos98 como também do Enreda, uma cooperativa de soluções tecnológicas ativa há mais de oito anos na Espanha. Zemos98 é um coletivo de gestão cultural formado nos anos 1990 por estudantes de comunicação da Universidade de Sevilha. Tudo começou com um festival, inicialmente de curtas-metragens, que depois virou transdisciplinar e durante 17 anos (até 2015) foi o principal evento do coletivo.

“Pelo Festival Zemos98 passaram muitas pessoas e temas de ponta na cultura digital, do remix à educação expandida, do commons a televisão, da inteligência coletiva ao Copylove (processo de investigação sobre economia dos afetos)”, conta Leonardo no diário de viagem.

Em 2013, o coletivo saiu do centro da cidade e firmou sede no bairro de La Macarena, uma região operária de Sevilha. E é dali que tem baseado algumas de suas iniciativas, como Macarena Remedia, “um espaço para  aprendizagem, reflexão e ação associado às tecnologias de comunicação e a recuperação da memória viva do bairro”, e outros projetos voltados ao que em inglês se chama media literacy, alfabetização midiática.

Gema Valencia, jornalista que está no Zemos98 há cinco anos, foi quem ajudou Leonardo e Sheila no pré-mapeamento de mais de 50 coletivos para o ¡Enfrenta!. Agora, numa entrevista em vídeo, abordou temas como a sustentabilidade para quem trabalha com cultura na Espanha.

Gema Valencia, de ZEMOS98

Pablo Martín foi quem falou pelo Enreda, cooperativa que produz tecnologias com foco na transformação social. Leonardo conta que eles usam software livre em todos os trabalhos que realizam, seja para governos ou para outras cooperativas. Um dos mais recentes é o TIPI, uma plataforma cidadã de visualização de dados para mostrar o que o Congresso espanhol faz no seu dia a dia. Outro projeto interessante que ele comenta é o Mercado Social de Sevilla, que mapeia iniciativas de produção, consumo e trocas sustentáveis na cidade.

Segunda parada: Valencia

Em Valencia, a segunda cidade do roteiro, duas iniciativas foram assunto das entrevistas. Uma delas é La Factoria Cívica, organizada por integrantes do estúdio Carpe Via, com apoio da rede internacional Civic Wise. Irene Reig Alberola e Laura Murillo Paredes, integrantes da rede em Valencia, falaram sobre a criação da Civic Factory Fest, que movimentou um edifício importante da região, o Alinghi, a partir de práticas colaborativas para pensar (e construir) uma cidade mais inclusiva.

Irene e Laura, da rede Civic Wise

A segunda iniciativa foi apresentada por Daniel Alvaréz e David Pardo, professores da área de computação da Universidade de Valencia. Trata-se de um lab-área dos hackers cívicos da cidade, um espaço recém-criado para que hackers de todas as áreas possam buscar soluções para trabalhar com dados abertos da cidade.

Daniel e David no “lab-área hacker” da Universidade de Valencia

Terceira parada: Barcelona

Barcelona foi o local que rendeu o maior número de visitas e entrevistas. “É uma cidade especial para o ’enfrentamento’ ao status quo. Há um ecossistema de cooperativas, ativismo criativo & cultura livre que se reconhece e age em sintonia sem (muito) esforço”, justifica Leonardo.

Sérgio Salgado, de XNet

No Raval, bairro central da cidade, eles encontraram Sérgio Salgado,do X-Net, organização ativista de cultura livre/hacker/copyleft, que havia lançado uma semana antes uma plataforma de vazamento de dados de corrupção em parceria com o Ayuntamiento de Barcelona (Barcelona en Comú). Também no Raval, conversaram com Bani Brusadin, um dos diretores do The Influencers, festival de “arte não convencional, guerrilha da comunicação e entretenimento radical”.

No bairro de Gràcie, estiveram com Xavier Artigas, um dos criadores do coletivo Metromuster. Esta produtora independente, que vem fazendo experiências com arte, comunicação e política desde 2010, tem como um de seus objetivos contribuir para a mudança social através do empoderamento de todo tipo de comunidades e formas alternativas de entender os espaços de convivência.

Xavier Artigas na produtora Metromuster

Na Casa do EnMedio, espaço dividido com a revista Ajoblanco, a argentina Oriana Eliçabe lhes contou um pouco de sua experiência como fotógrafa em Chiapas, entre 1995 e 1999, período de nascimento do ciberativismo digital com os zapatistas, e de como isso influenciou nas ações do EnMedio, criado em 2007.

Outra conversa que se deu em Gracie foi com Andreu Meixide, realizador audiovisual, produtor e arquiteto que transita por diversos grupos da cidade. Ele falou um pouco sobre a produção “artivista” catalã e um evento do qual é um dos produtores, o Barcelona Creative Commons Culture & Film Festival, que se situa entre a cultura livre, o ativismo e a apropriação tecnológica.

Quatro participantes do Quepo deram entrevista

O Quepo, coletivo/produtora também com sede em Gràcie, encerrou a passagem por Barcelona. Quatro participantes falaram sobre licenças livres em produtos audiovisuais, sobre desafios e fracassos no processo de produção de uma comunicação audiovisual transformadora, e sobre o projeto mais recente, Hambre, um projeto transmídia sobre a fome.

Em Bellvitge, na grande Barcelona, o encontro foi com LaFundició, cooperativa de artistas com mais de 10 anos de trabalho focado em práticas artísticas e culturais e na educação, “entendidas como atividades controversas”.

Quarta parada: País Basco

Saindo da Catalunha, a dupla partiu para o País Basco. Em Bilbao, Leonardo e Sheila estiveram com Ricardo, um dos integrantes do coletivo Colaborabora e figura atuante na cena “procomún” da Espanha. Colaborabora, conta Leonardo, é como “uma ilha da colaboração” criada a partir da revista Amasté em 2001, para “desenhar e facilitar entornos e processos de inovação e colaboração centrado em pessoas”. Se organizam em uma cooperativa, e seus trabalhos se baseiam no que eles chamam de “tecnologías blandas”, “aquelas que de maneira específica pretendem questionar e melhorar as formas sociais de nos relacionarmos, o funcionamento dos sistemas com que nos organizamos”.

De Bilbao foram para San Sebastián, cidade famosa pelas praias e pelo festival de cinema, e ali visitaram dois lugares: KaXilda, uma livraria “subversiva” (zines, contracultura, feminismos, ecologia, ativismo criativo etc), e  Guardetxea, espaço autônomo que já foi sede de um festival de ativismo criativo organizado por En Medio, Cómo Acabar com El Mal, e hoje está em processo de reorganização, com classes de teatro e dança para crianças.

Quinta parada: Madri

Em fevereiro, já na reta final, em Madri, eles conversaram com o coletivo Declinación Magnética, um “grupo de pesquisa e produção constituído por artistas visuais, teóricos e comissários, cujos trabalhos partem da tomama de consciência dos estudos pós-coloniais e do contexto imediato mais próximo”. As relações arte & política, e de como podemos criar “pequenos espaços de subversão” no cotidiano, foram temas da conversa.

Diego integra el TXP, uno de los colectivos de la “Madrid del común”

Com Diego, do TXP Todo Por la Praxis, um dos coletivos mais atuantes na “Madri do comum”, o assunto passou por “urbanismo tático de guerrilha, arquitetura de código aberto, democratização do habitat, colaboração e autonomia na construção, e arte de rua”.

Outro bate-papo que tiveram em Madri foi com Aurora Cuchufletas Gómez Delgado, ativista que participou de ações criativas do GILA (Grupo de Intervención de Lavapiés), conhecido pelo artivismo de “humor, criatividade e ação direta”. Também conheceram de perto o Terrorismo de autor, “coletivo audiovisual anônimo-delirante” nascido em 2012 e que desempenha sua atividade fundamentalmente na internet. Material não lhes falta.

 

Leia também:

¡Enfrenta!: começa na Espanha o mapeamento de coletivos de comunicação, arte e cultura livre

Saiba mais:

https://enfrenta.org

twitter.com/enfrentaproyect

www.facebook.com/Baixacultura

10

fev
2017

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Confira a relação definitiva de ganhadores do Edital de Apoio a Redes de Cultura Comunitária

Em 10, fev 2017 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

O programa IberCultura Viva informa a relação definitiva de projetos ganhadores do Edital para Apoio a Redes de Cultura de Base Comunitária. Serão distribuídos US$ 50 mil a cada uma das duas categorias, num valor máximo de US$ 5 mil para cada um dos 10 primeiros colocados. O prazo de apresentação de recursos terminou às 23h59 de segunda-feira, 13 de fevereiro.

As inscrições estiveram abertas de 19 de setembro a 1º de dezembro de 2016.  A categoria 1 era dirigida ao apoio a eventos de redes nacionais e/ou regionais que tivessem como objetivo a preparação para o 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, que será realizado em novembro de 2017, em Quito (Equador). A categoria 2, por sua vez, se dedicava ao apoio à realização de eventos de redes de cultura de base comunitária municipais, estaduais, nacionais ou regionais.

Os outros editais lançados pelo programa IberCultura Viva em 2016 terão seus resultados publicados posteriormente. A relação do Concurso de Videominuto, que premiará com US$ 500 os realizadores de 10 vídeos, será divulgada antes de 24 de fevereiro. A Convocatória para a seleção de textos sobre políticas culturais de base comunitária segue em processo de avaliação. O Comitê Técnico destaca a diversidade e a qualidade das propostas apresentadas e agradece a ampla participação de redes no edital.

A seguir, publicamos os 10 selecionados com maior pontuação nas categorias 1 e 2 do Edital de Apoio a Redes.

(*Texto atualizado em 20 de fevereiro de 2017)

 (Foto em destaque: Romina Santarelli / Secretaría de Cultura de la Presidencia de la Nación)

 

CATEGORIA I

Nome da rede – Organização responsável 

1. RACC – Rede de Agentes Comunitários de Comunicação –  ANF – Agência de Notícias das Favelas (Brasil)
2. Red Nacional de Culturas Vivas Comunitarias – Cooperativa La Comunitaria de Rivadavia de Provisión de Servicios Culturales y Sociales Ltda. (Argentina)
3. Red Salvadoreña de Cultura Viva Comunitaria – Asociación “Colectivo Musical GAMA” (El Salvador)
4. Red Cultura Viva Comunitaria Chile – ONG de Desarrollo Nueva Acción Comunitaria (Chile)
5. Movimiento de Culturas Vivas Comunitarias de Costa Rica – Guanared (Costa Rica)
6. Red Metropolitana Cultura Viva Comunitaria – II Encuentro de la Red Metropolitana de Cultura Viva Comunitaria (Uruguai)
7. Red Danza Sur – Fundación Barrio Infante (Chile)
8. Cultura Viva Comunitaria Ecuador – Cooperativa de Servicios Culturales “La Popular” COSECLAPO (Equador)
9. Cultura Viva Comunitaria México – Habitajes – Centro de Estudios y Acciones sobre el Espacio Público (México)
10. Rede Cultura Viva Campinas – Usina Geradora – Associação Núcleo Interdisciplinar de Narradores e Agentes Culturais (Brasil)

 

CATEGORIA II

Nome da rede – Organização responsável 

1. Red Cultural Chacras de Coria y Luján de Cuyo – Asociación Civil Chacras Para Todos (Argentina)
2. Red de Gestoras y Productoras Culturales Chile – Comunidad Multidisciplinaria de Producción Cultural Nekoe (Chile)
3. Red de Cultura Viva Comunitaria Jalisco – La Otra Cara de la Ciudad A.C (México)
4. Red Gestores Culturales Bribris – Asociación Consejo de Agricultores Indígenas de Cabagra (Costa Rica)
5. Red Inclusiva NNA – Centro de Comunicación Virginia Woolf (Uruguai)
6. Comunidad Fiteca – Centro Cultural La Gran Marcha de los Muñecones (Peru)
7. Comunidad VEDI – Alacant Rock (Espanha)
8. Rede para a “Noite para os Tambores Silenciosos de Olinda” – Sociedade Cultural e Carnavalesca Baquelivre Pernambuco (Brasil)
9. Red de Semilleros Campesinos Comunidades Ecologistas La Ceiba (COECOCEIBA) – Amigos de la Tierras Costa Rica (Costa Rica)
10. Plataforma de Cultura Viva de Lima Metropolitana – Asoc. de Comunicadores Sociales Porta Voz Perú (Peru)

Informação aos interessados VI: Edital de Apoio a Redes – Etapa de Avaliação – RELAÇÃO DEFINITIVA

Informação aos interessados V: Edital de Apoio a Redes – Etapa de Avaliação

Informação aos interessados IV: Edital de Apoio a Redes – Etapa de Habilitação – RELAÇÃO DEFINITIVA

Informação aos interessados III: Concurso de Videominuto – Etapa de Habilitação – RELAÇÃO DEFINITIVA

Informação aos interessados II: Edital de Apoio a Redes de Cultura de Base Comunitária – Etapa de Habilitação

Informação aos interessados I: Concurso de Videominuto – Etapa de Habilitação

 

26

jan
2017

Em Notícias

Por IberCultura

“Educar en la Armonía”: um livro sobre cultura, educação e convivência para o bem comum

Em 26, jan 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

Entre 11 e 17 de setembro de 2016, Medellin foi palco do Encontro da Harmonia: Cultura + Educação + Comunidade, um espaço para o diálogo de saberes, práticas e processos desenvolvidos por organizações da Colômbia e de outros 11 países (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México e Peru). Ao longo de seis dias foram realizados percursos, visitas às comunidades, jornada pedagógica, seminário e mesas de trabalho sobre cultura comunitária e os diversos contextos educativos para o bem comum. Deste encontro resultou um livro digital com 176 páginas: Educar en la Armonía: Cultura + Educación + Comunidad.

“São memórias de diversos processos, é um documento de memórias vivas, de mulheres e homens que tecem organizações ao longo e ao largo da América Latina, que se juntaram na cidade de Medellín para realizar o encontro”, escreve na apresentação Amalia Londoño, secretária de Cultura Cidadã da Prefeitura de Medellín, que apoiou a organização do evento, a cargo da Plataforma Puente Cultura Viva Comunitaria Medellín-Valle de Aburrá.

“O entramado de Cultura Viva Comunitária reconhece a necessidade de um novo paradigma que recrie o exercício do poder, estabelecendo relações mais dinâmicas, horizontais, e democráticas entre todos os atores”, acrescenta Londoño. “Como força regional, se propõe incidir em políticas públicas sem fronteiras de desenvolvimento cultural na América Latina, como as impulsadas nos últimos anos no Brasil como país, e em Medellín como cidade, experiências em que um governo sensível às demandas sociais pavimenta o caminho aberto pelas organizações sociais, e as organizações sociais, no exercício de sua cidadania, criam as condições para que a sociedade mude.”

No Encontro da Harmonia, como mostra o texto, se propôs a aproximação, a articulação e o diálogo de experiências de cultura comunitária e outras formas de educação que incluem em seus processos formativos a beleza, a ética e a convivência. O livro resulta desta intenção. É também uma tentativa de responder e seguir refletindo sobre as muitas perguntas feitas durante o encontro: Educamos? O que educamos? Por quê? Para quê? Como? Quem e para quem? Onde? Quando?

Os capítulos

Educar en la Armonía se divide em três capítulos. O primeiro aborda a reflexão que se fez com 50 crianças e jovens em uma oficina (prévia ao encontro) sobre os conceitos cultura, educação e comunidade para a compreensão e construção contemporânea da convivência. As recomendações surgidas das crianças e dos jovens durante esta oficina foram consolidadas em um documento aqui apresentado.

O segundo capítulo é composto dos textos sobre as experiências convidadas. Os artigos contam com uma primeira parte que descreve o fazer das organizações (uma síntese de seu contexto de trabalho, estrutura programática e operativa) e uma segunda parte sobre a experiência do programa ou projeto que a organização apresentou no encontro (os conceitos e as metodologias que colocam em prática nessa relação cultura + educação + comunidade).

Três textos com reflexões do Encontro da Harmonia formam o terceiro capítulo. Um deles é uma relatoria geral do evento assinada por Juan Fernando Sierra. Os outros dois são os artigos “…y la vida es también un hecho cultural, do colombiano Gabriel Jaime Arango, e  “Cultura a unir os povos”, do historiador brasileiro Célio Turino.

Em seu texto, Arango aborda questões como a natureza e os fins dos sistemas educativos, a educação e a formação integral da personalidade e os aprendizados que se deve procurar (aprender a ser, a conhecer, a fazer, a aprender, a viver juntos). “Configurar em cada estudante de um país a consciência sobre o valor supremo da dignidade humana e o respeito aos direitos humanos é e será o principal desafio que a educação humanista deve assumir”, destaca.

Turino, por sua vez, percorre alguns dos marcos do movimento latino-americano de Cultura Viva Comunitária, como os Congressos de La Paz (2013) e El Salvador (2015), o Congresso Ibero-americano de Cultura de 2014 (realizado em Costa Rica, com o tema das culturas comunitárias), e a aprovação da primeira lei municipal de Cultura Viva, em Medellin, em 2011. Além disso, recorda os mais de 10 anos da política pública no Brasil, entre teoria, conceitos, construção e gestão. Uma política que começou com uma ideia simples — potenciar o que já existe — e logo ganhou a atenção de vários países ibero-americanos, como se pôde ver neste Encontro da Harmonia.

Os convidados

As experiências internacionais participantes do encontro foram: Ação Griô (Brasil), Caja Lúdica (Guatemala), Conarte (México), Crear Vale la Pena (Argentina), El Arte Nos Une (Equador), Escuela Espiritual de la Naturaleza (Costa Rica), TNT – Tiempos Nuevos Teatro (El Salvador), Vichama Teatro (Peru), Walabis (Honduras) e Wayna Tambo (Bolívia). O livro também conta  com a apresentação de Pablo Rojas Durán, chefe do Departamento de Educação e Formação em Artes e Cultura do Conselho das Artes e da Cultura do Chile.

Da Colômbia se apresentaron experiências desenvolvidas em diferentes pontos do país, como Guajira (Centro Etnoeducativo Aujero), Cauca (Red Colombia para la Actoría Social Juvenil), Nariño (Casa de la Ciencia y el Juego), Medellín (Corporación Cultural Canchimalos e Universidad de los Niños de Universidad Eafit) e Bogotá (Centro de Desarrollo Taller de Vida e Programa Clan Idartes).

Fazendo de Medellín um cruzamento de caminhos, o Encontro da Harmonia buscou apresentar experiências diversas, “em suas concepções e metodologias, em suas singularidades e pluralidades, a partir das realidades de cada país e os momentos históricos”, estabelecendo campos de diálogo comum. Também buscou contrastar experiências de grande liderança no território com iniciativas de universidades e órgãos governamentais que empreendem ações formativas nos territórios, deixando clara a necessidade de entender a educação em um sentido mais amplo, como sinônimo de relação e de conversação, e de pensar a cultura como uma ferramenta permite saltos para novos horizontes.  

Leia o livro Educar en la Armonía aqui:  https://bit.ly/2k3LQ2u

 

Leia também:

Encontro da Harmonia reunirá em Medellín representantes de organizações de 11 países

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06

jan
2017

Em Notícias

Por IberCultura

¡Enfrenta!: começa na Espanha o mapeamento de coletivos de comunicação, arte e cultura

Em 06, jan 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

Começam na segunda semana de janeiro, em Sevilha, as entrevistas e visitas do projeto ¡Enfrenta! – Mapeamento de Coletivos de Artivismo, Comunicação Alternativa e Cultura Livre na Espanha, um dos ganhadores do Edital IberCultura Viva de Intercâmbio, edição 2015. O projeto é uma iniciativa do coletivo brasileiro BaixaCultura em parceria com o espanhol ZEMOS98, com apoio do FotoLivre.org

O objetivo é fazer um mapeamento de coletivos que atuam na intersecção entre comunicação, arte e cultura livre na Espanha. Os realizadores do projeto buscam grupos que: a) produzem conteúdo de comunicação alternativa; b) partem do pressuposto da comunicação-ação, ou seja, além de produzir conteúdos, agem na realidade; c) utilizam-se de arte para propor ações ativistas de intervenção na realidade, ou para chamar atenção a uma determinada causa; d) adotam alguns princípios da cultura hacker, como o uso de ferramentas livres, em Creative Commons ou outras licenças, e a forte presença da ideia de transparência e do ideal “faça-você mesmo”.

O jornalista Leonardo Foletto (Baixa Cultura) e a fotógrafa Sheila Uberti (Fotolivre.org) foram os dois brasileiros que saíram de Porto Alegre (Rio Grande do Sul) rumo à Espanha, onde devem seguir até fevereiro. Entraram no roteiro as cidades de Madri, Barcelona, Sevilha, Bilbao e Valencia. A ideia é fazer um diário de viagem (no site https://enfrenta.org) e depois reunir o material coletado em um produto (um livro, um minidocumentário ou um especial multimídia, a depender do que consigam registrar).

Num primeiro mapeamento eles levantaram 50 iniciativas – destas, selecionaram 27 para a pesquisa. Segundo Leonardo, a Espanha foi o local escolhido por ser, dentre os países ibero-americanos, aquele que lhes pareceu concentrar a maior quantidade de “projetos instigadores que estão criando novos caminhos”

“São iniciativas que buscam na colaboração, no artivismo, na arquitetura de guerrilha, na intervenção urbana, na horizontalidade, no pensamento crítico, na cooperatividade, no software livre e na cultura hacker energia para realizar ações que criticam o sistema dominante (econômico, social, cultural, ambiental) e, às vezes ao mesmo tempo, propõem alternativas para sua transformação”, ressalta o jornalista.

Festival ZEMOS 98 (Foto: Julio Albarrán)

Quem são

Leonardo Foletto é um dos editores do BaixaCultura, coletivo que desde 2008 busca informar, divulgar e discutir “conceitos, acontecimentos e propostas ligadas à cultura livre e à (contra) cultura digital”. Além de realizar oficinas de cultura livre e mostras de filmes, o grupo tem um selo de publicações, pelo qual lançou o livro Efêmero revisitado: conversas sobre teatro e cultura digital, de Foletto, e os zines Pequenos grandes momentos da história da recombinação: deturnamento (2015) e La remezcla (2016). Também participou da coordenação do Congresso de Gestão Cultural Online, que reuniu mais de 40 coletivos da Ibero-América entre setembro e outubro de 2016.

Sheila Uberti, que também participa do projeto, é fotógrafa e midiativista. Está à frente do Fotolivre.org, projeto de experimentação virtual e presencial que reúne pessoas e projetos interessados em ter a fotografia como tema agregador para diversas ações, como processo e como produto. O FotoLivre.org apoia o ¡Enfrenta! com a produção web e audiovisual da documentação do projeto.

Na outra ponta do intercâmbio está um coletivo baseado em Sevilha, o ZEMOS98, que trabalha e investiga a cultura livre, a inovação social e as narrativas contemporâneas. Entre suas principais realizações estão a organização do Festival ZEMOS98, a coordenação da rede internacional Doc Next Network e o desenvolvimento de projetos como Macarena Remedia (uma intervenção no bairro Macarena para fomentar a alfabetização digital), Comunicacción (um programa formativo destinado a criar meios de comunicação em institutos) e Iuventus.TV (TV por internet sobre as práticas culturais dos jovens da Andaluzia).

 

Saiba mais:

https://enfrenta.org

twitter.com/enfrentaproyect

www.facebook.com/Baixacultura

21

dez
2016

Em Notícias

Por IberCultura

Duas conquistas do encontro: a formação da Comissão Nacional de Puntos de Cultura e do Conselho Cultural Comunitário da Argentina

Em 21, dez 2016 | Em Notícias | Por IberCultura

Fotos: Georgina García/Puntos de Cultura

A formação de uma Comissão Nacional de Pontos de Cultura e um Conselho Cultural Comunitário foi uma das grandes conquistas do 3º Encontro Nacional de Pontos de Cultura da Argentina (em espanhol, “Puntos de Cultura”), realizado de 30 de novembro a 2 de dezembro no Centro Cultural San Martín, em Buenos Aires. As duas instâncias tiveram seus membros eleitos nos fóruns regionais, temáticos e de redes realizados durante o evento.

Dois integrantes da Comissão Nacional de Pontos de Cultura do Brasil (CNPDC) foram eleitos para representar o País no encontro argentino e comentar a experiência de gestão compartilhada: Cacau Arcoverde e Alice Monteiro Lima. Cacau é coordenador do Ponto de Cultura Orquestra Sertão (Arcoverde, PE) e membro de dois grupos de trabalho da CNPDC: GT Integração Latino-Americana e GT Pernambuco. Alice, por sua vez, responde pelo Pontão Cariri Território Cultural (PB), pelo GT Redes e Pontões e pelo GT Paraíba.

“A experiência brasileira nos serviu para validar o que vínhamos propondo como metodologia para armar a comissão: a seleção por regiões, o conteúdo por grupos de trabalho, a ideia de reuniões periódicas anuais”, afirmou Diego Benhabib, coordenador do Programa Puntos de Cultura, do Ministério da Cultura argentino. “Também incorporamos a ideia de responsáveis substitutos e definimos trabalhar em cogestão, com representantes do programa formando parte da comissão.”

Cacau Arcoverde, Alice Monteiro, Diego Benhabib e Sebastián Gerlic

Intercâmbio

Alice Monteiro e Cacau Arcoverde subiram ao palco principal do Centro Cultural San Martín para falar da experiência brasileira, no segundo dia do encontro, na abertura dos fóruns. “Foram 10 anos de debates para que a gente conseguisse institucionalizar no Congresso a Lei de Cultura Viva. Seria interessante que vocês não cometessem os mesmos erros”, afirmou Alice, citando como exemplo a dificuldade de compreensão da função da CNPDC na estratégia de desenvolvimento desta política cultural. “A comissão tem de ser uma instância de representatividade reconhecida pelo Ministério da Cultura, porque as decisões são conjuntas. É a gestão compartilhada que ocasiona o desenvolvimento desse programa.”

Alice: “É necessário respeitar todas as lutas de todas as classes”

O cuidado na escolha dos representantes também foi um ponto destacado pela paraibana. “Cabe a vocês conhecer o que o Ponto de Cultura faz na região, além do poder de articulação e liderança que essas pessoas têm. Como se trata de um trabalho não remunerado, é preciso ter compromisso, comprometimento, responsabilidade. Não podemos pensar somente num tema, como dança, circo ou música. Temos que defender a cultura como direito humano. Todos têm suas dificuldades, suas demandas, mas a CNPDC tem um único foco: garantir a democratização e o acesso à cultura para todas as comunidades. É preciso respeitar todas as lutas de todas as classes e toda a diversidade cultural que faz o povo, seja ele brasileiro ou argentino.”

Responsabilidades

Na Argentina, a Comissão Nacional de Pontos de Cultura será o espaço de encontro dos representantes das redes regionais do país. Por meio de reuniões presenciais e/ou virtuais, os membros vão articular o trabalho com a equipe do Programa Puntos de Cultura. Entre suas responsabilidades estão a de promover a difusão da rede em nível nacional e internacional; participar da seleção dos novos Pontos de Cultura, e acompanhar o trabalho e o fortalecimento dos Pontos, em instâncias de cogestão e participação definidas com o Estado.

Nos fóruns regionais realizados nos dias 1 e 2 de dezembro, foram escolhidos os 14 representantes das regiões culturais do país (dois para cada região) que farão parte da Comissão Nacional. Além deles, participarão do grupo duas pessoas do Ministério da Cultura. “Não é uma questão intervencionista, e sim de trabalho e esforço em função de um objeto comum”, esclareceu Benhabib. “Temos a convicção de que trabalhando em conjunto será muito mais fácil a institucionalização da comissão e a possibilidade de participação e incidência na política de Pontos de Cultura.”

Esses 14 membros da Comissão Nacional também formarão o Conselho Cultural Comunitário, ao lado de outros 10 nomes que surgiram nos cinco fóruns temáticos e de redes promovidos durante o encontro. Dois nomes saíram de cada um dos seguintes fóruns: “Coletivos de comunicação popular”, “Coletivos artísticos/grupos de teatro comunitário/expressões do carnaval”, “Centros culturais independentes e autogestivos”, “Bibliotecas populares, clubes sociais e esportivos e espaços educativos” e “Coletivos de diversidade”.

Diego Benhabib: “Trabalhando em conjunto será muito mais fácil”

A ideia, como ressaltou Diego Benhabib, era que se chegasse a um consenso de quem seriam os membros da Comissão Nacional e do Conselho Cultural Comunitário durante os fóruns regionais, temáticos e de redes, tendo em conta que a representação seria assumida pelo Ponto de Cultura, e não uma pessoa. “Não vão assumir individualmente. O representante não será o Juan Pérez,  e sim a organização”, afirmou o coordenador.  “A lógica é trabalhar em cogestão, a partir do ministério e das organizações.”

Linhas de trabalho

Diferentemente da Comissão Nacional de Pontos de Cultura, que cuidará da articulação com o Programa Puntos de Cultura, o Conselho Cultural Comunitário fará a articulação com a Direção Nacional de Diversidade e Cultura Comunitária. Seu principal objetivo será ajudar a traçar o Plano Nacional de Cultura Comunitária 2018-2028. Este plano, elaborado com a participação de redes e organizações da sociedade civil, apresentará as linhas de trabalho e propostas pensadas especificamente para o fortalecimento e desenvolvimento da cultura comunitária, os instrumentos formativos, de financiamento, promoção e articulação com o Estado.

Os integrantes da Comissão Nacional de Pontos de Cultura da Argentina e do Conselho Cultural Comunitário foram anunciados por Alberto Ingold, do Centro Cultural La Fragua de Villa Elisa (Entre Ríos), no encerramento do encontro. “Nos comprometemos a nos reunir nos primeiros meses de 2017 para poder avançar no processo de regulamentação destas instâncias e construir uma agenda de trabalho que retome os pontos e temas de interesse que discutimos democraticamente em cada um dos fóruns regionais, temáticos e de redes”, afirmou Ingold, logo após divulgar os nomes das organizações escolhidas e seus suplentes.

Alberto Ingold anunciou os representantes da Comissão Nacional

O encontro

O Programa Puntos de Cultura, implementado pelo Ministério da Cultura da Argentina, foi criado há cinco anos, inspirado na experiência brasileira iniciada em 2004. Sua proposta é a de fortalecer o trabalho das organizações que, por meio de projetos culturais, “promovem a inclusão social, a valorização da identidade local, o fomento da participação cidadã e o trabalho coletivo”. Atualmente, a rede argentina de Pontos de Cultura conta com 650 organizações socioculturais.

Mais de 600 dessas organizações participaram do 3º Encontro Nacional de Pontos de Cultura. O evento, que reuniu cerca de mil pessoas, foi pensado como um espaço de intercâmbio de experiências, com instâncias de formação, debate e exposição ao longo de três dias. O primeiro deles contou com uma série de capacitações simultâneas. Entre as oficinas estavam as de “Gestão cultural em organizações”, “Registro audiovisual”, “Apresentação de projetos culturais” e “Desenho de páginas web”.

O segundo dia começou com oito mesas de exposições, realizadas ao mesmo tempo em salas diferentes: “Cultura, território e desenvolvimento”, “Movimento de Cultura Viva Comunitária, “Cultura e participação cidadã”, “Identidades, saberes comunitários e diversidade cultural”, “Cultura e comunicação”, “Descolonização e despatriarcalização”, “Arte e transformação social” e “Direitos culturais”. Depois vieram os fóruns regionais e temáticos. O encontro também contou com uma série de conferências, rodas de conversa e mostras artísticas.

Além de Cacau Arcoverde e Alice Monteiro, os Pontos de Cultura brasileiros estiveram representados no encontro por Sebastián Gerlic, do Pontão Esperança da Terra (ONG Thydewá, de Olivença, BA), e Luiz Antonio de Oliveira, do Museu da Maré, no Rio de Janeiro. Os dois foram convidados para apresentar seus projetos no módulo “Experiências Ibero-americanas de Cultura Viva Comunitária”, dedicado a iniciativas de destaque na região. Sebastián foi um dos três expositores da mesa “Criação coletiva”; Luiz Antonio, de “Trabalhos de identidade”.    

“Estar presente foi uma honra ímpar”, comentou Sebastián. “Sinto que o Brasil teve uma bela oportunidade de partilhar suas aventuras e desventuras enquanto país com ‘mais experiência’ em relação a um programa de cultura comunitária impulsionado por um governo. Foi importante contar como, com 10 anos de muita ação, o Brasil conseguiu transformar esse programa em política pública. Por um lado, o Brasil abriu caminhos, mostrou possibilidades, demonstrou vitórias acumuladas. Por outro, se nutriu com as ricas ações que estão acontecendo em outros países e reavivou os ânimos de muitos dos ponteiros”.

Sebastián Gerlic falou sobre a experiência da ONG Thydewá na Bahia

20

dez
2016

Em Notícias

Por IberCultura

Grupos de trabalho do Encontro de Redes: as recomendações e os eixos inspiradores

Em 20, dez 2016 | Em Notícias | Por IberCultura

Fotos: Georgina García/Puntos de Cultura

O 1° Encontro de Redes IberCultura Viva, realizado de 30 de novembro a 2 de dezembro no Centro Cultural San Martín, em Buenos Aires (Argentina), contou com três grupos de trabalho formados por pesquisadores, representantes de governos e organizações sociais que desenvolvem políticas culturais de base comunitária em 17 países ibero-americanos.

Durante três dias, os participantes se dividiram nas seguintes mesas temáticas: “Participação social e cooperação cultural”, “Legislação para as políticas culturais de base comunitária” e “Formação em políticas culturais de base comunitária e construção de mapas e indicadores”. As atividades foram realizadas de maneira simultânea às exposições, rodas de conversa e fóruns do 3º Encontro Nacional de Pontos de Cultura, organizado pelo Ministério de Cultura da Argentina.

Primeiro dia de trabalho do GT de Participação social

Legislação

A coordenação do grupo “Legislação para as políticas culturais de base comunitária” esteve a cargo de Daniel Castro, coordenador-geral de Promoção da Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura do Brasil e representante da presidência do IberCultura Viva. Com 11 integrantes, provenientes de Peru, Costa Rica, Uruguai, Brasil, Argentina e México, esta mesa de trabalho abordou os avanços no campo legislativo e jurídico-administrativo, e buscou estimular a criação e o aperfeiçoamento de normas que fortaleçam as políticas públicas da área.

No primeiro dia, Paloma Carpio, coordenadora do Programa Puntos de Cultura no Peru entre 2012 e 2015, apresentou a experiência da Lei de Promoção dos Pontos de Cultura, promulgada em seu país em julho de 2016. No segundo dia, Daniel Castro falou da Lei 13.018/2014, que instituiu a política nacional de Cultura Viva no Brasil, e mudou a legislação para as organizações culturais, definindo uma prestação de contas específica para os Pontos de Cultura. As exposições contaram com intervenções, contrapontos e comparações com os outros países representados no grupo.

“No Brasil, até 2014 toda a legislação de convênios entre o governo federal e estadual era a mesma para os projetos culturais em sociedade com organizações comunitárias sem fins lucrativos. Ou seja, a mesma burocracia para quem ia construir uma estrada ou fazer uma oficina de capoeira”, comentou Daniel Castro. Ele também destacou temas como a busca de equilíbrio entre controle e flexibilização e a necessidade de enfocar os resultados, as entregas para a população, buscando corrigir o enfoque excessivamente centrado na prestação de contas financeira.

No terceiro e último dia foi elaborado um documento final com 10 recomendações, tendo em conta que as realidades dos países são distintas e que a participação cidadã ainda é um longo caminho por percorrer para que a legislação se faça de baixo para cima.

Uma das recomendações foi a de que o processo de construção da legislação deve promover a participação da sociedade civil, contemplando os povos, comunidades, grupos e agentes culturais, respeitando suas especificidades socioculturais. O grupo considerou crucial “gerar pontes de diálogo e estabelecer alianças com os diferentes setores envolvidos no processo de criação, tramitação, aprovação e implementação das leis”.

Sugeriu-se a realização de audiências públicas no Congresso e em espaços comunitários para discutir a criação e a implementação das leis. Também se ressaltou a importância da criação, a partir dos Estados, de espaços de diálogo baseados na corresponsabilidade, para estabelecer mecanismos de fiscalização e acompanhamento mais eficazes, transparentes e pertinentes.

Begoña Ojeda leu as recomendações do GT Legislação no encerramento do encontro

Formação, mapas e indicadores

Um segundo grupo tratou de dois temas durante os três dias de trabalho: “Formação em políticas culturais de base comunitária” e “Construção de mapas e indicadores”. A mediação ficou por conta de Alexander Córdova, coordenador do programa Puntos de Cultura da Secretaria de Cultura da Presidência de El Salvador, que orientou a definição de eixos inspiradores para um programa de formação e recomendações para a construção de mapas e indicadores na área.

O grande objetivo deste grupo foi trazer insumos para ajudar o programa IberCultura Viva a desenvolver a linha de formação prevista em seu planejamento. “Esta linha de formação tem como objetivo principal poder ajudar a consolidar a Cultura Viva como noção de política de base comunitária. Os Pontos de Cultura são a primeira política cultural regional que temos, estão em cinco países, mas em termos teóricos, acadêmicos, não há tanta pesquisa sobre o tema”, justificou Emiliano Fuentes Firmani, secretário executivo da Unidade Técnica do programa IberCultura Viva.

O salvadorenho Alexander Córdova coordenou o GT Formação

A ideia, segundo ele, seria impulsionar ações para que os países membros possam associar-se com instituições de formação para desenvolver linhas de formação para gestores comunitários, e que depois de um tempo de trabalho se possa apresentar uma proposta de formação de referência internacional em políticas culturais de base comunitária.

Participaram do grupo 27 pessoas, provenientes de 11 países: Argentina, Brasil, Belize, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Honduras, Peru e Uruguai. “Foi uma mesa muito generosa, com muita participação dos países”, afirmou o coordenador salvadorenho. Alguns deles, como o brasileiro Leonardo Germani e a uruguaia Mayte Loyarte, fizeram apresentações de projetos em que estão trabalhando para a construção de mapas e indicadores culturais.

Germani, por exemplo, falou dos Mapas Culturais, uma experiência em software livre que começou no Brasil e agora também é desenvolvido no Uruguai. “Trata-se de uma plataforma de mapeamento, uma plataforma digital de gestão cultural participativa, para fazer um espaço público de verdade, não do governo. É público no sentido que o governo faz parte, ajuda a manter, mas é algo que se pode fazer da sociedade civil também”, explicou.

Leonardo Germani e Itziar Rubio participaram do GT Formação

Depois de três dias de debates, o grupo definiu alguns eixos inspiradores para um programa de formação em política cultural de base comunitária. Considerar um marco comum que reconheça e valorize as diversidades culturais (gênero, sexual, linguística, territorial, socioeconômica, identitária e histórica); integrar a dimensão emocional na aprendizagem retomando as propostas de uma pedagogia alternativa a partir do vivencial, e integrar os saberes e a troca de experiências institucionais e populares, garantindo os direitos culturais, foram alguns dos pontos levantados.

Também se ressaltou a importância de considerar a construção coletiva (governo-comunidade) nos processos de formação;  documentar e sistematizar as experiências sobre as diversas práticas culturais comunitárias; considerar a experiência e os aportes do movimento latino-americano de Cultura Viva Comunitária; facilitar o reconhecimento dos processos de aprendizagens das organizações, e avançar em direção a um mapeamento das experiências de formação comunitárias na Ibero-América.

Entre as recomendações para a construção de mapas e indicadores estava a de promover plataformas digitais que propiciem a gestão do conhecimento e a comunicação dos processos voltados para as expressões das culturas comunitárias. E que o desenvolvimento de mapas e plataformas de informação cultural se realize com ferramentas de código abierto e de criação coletiva, tendo em conta as experiências existentes. Também se sugeriu a cooperação entre países para ampliar informações regionais que enriqueçam os processos, projetos e políticas gestadas nas – e a partir das – dinâmicas culturais comunitárias.

Carolina Picado e Itziar Rubio falaram dos eixos inspiradores do GT Formação

Participação e cooperação

Coordenado por Fresia Camacho, diretora de Cultura do Ministério de Cultura e Juventude de Costa Rica, o grupo “Participação social e cooperação cultural” reuniu mais de 30 pessoas de Argentina, Brasil, Bolívia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Espanha, Guatemala, México, Nicarágua, Peru e Uruguai.

“Formou-se um grupo maravilhoso, com um trabalho muito comprometido e muito intenso”, comentou Fresia sobre a mesa que tinha como objetivo, além do intercâmbio de experiências, avançar na construção de uma mesa intersetorial da sociedade civil para o acompanhamento do programa IberCultura Viva.

No encerramento do evento, no Galpão do Catalinas Sur, Daniel Granados, da Prefeitura de Barcelona (Espanha), leu os seis pontos que o grupo levantou para análise do contexto: a) a conjuntura internacional (“incerta”, inclusive pelo novo ciclo político aberto nos Estados Unidos); b) a conjuntura histórica (o que a cultura comunitária tem representado para a reconstrução simbólica na América Latina); c) a transversalidade geracional; d) “cultura e mãe natureza, ecossistemas sustentáveis”; e) “pós-colonialismo, feminização e cultura dos afetos”, e f) “marco comum: conceitual, jurídico e democrático”.

O catalão Daniel Granados ressaltou as conjunturas internacional e histórica

Em seguida, Rafael Paredes, da organização Abarrotera Mexicana, falou de alguns enfoques conceituais e aportes da Cultura Viva Comunitária para a transformação das políticas culturais de base. Ressaltou como grandes contribuições o fortalecimento dos movimentos, “reforçando sua autonomia e protagonismo”, a construção de “argumentos próprios a partir de narrativas e poéticas alternativas à ideia de cultura e desenvolvimento”, a promoção de “espaços de diálogo democráticos”.

O grupo recomendou que se assegure a natureza participativa das políticas continentais, nacionais e locais. Que se fortaleça a participação social através da constituição de mesas de trabalho em nível nacional e que os governos federais convoquem a participação de organizações comunitárias, instituições culturais e educativas e dependências governamentais de diferentes níveis de governo. A forma de integrar as mesas será determinada em função do contexto de cada país.

Outras recomendações: propiciar a adesão de governos estaduais e municipais ao programa; propor outras formas de adesão dos países ibero-americanos (“que uma cota anual não seja um critério excludente ou a única maneira de aportar ao fortalecimento do programa”); valorizar as boas práticas que cada país tem em matéria de política cultural comunitária, e criar um fórum virtual permanente que permita que as organizações contribuam para a implementação do programa.

 

Esta mesa também trabalhou sobre a importância de financiamento, porque , como ressaltou Fresia Camacho no ato de encerramento, “não se trata só de financiar fundos para as organizações, e sim para os espaços de encontro, imprescindíveis para a democratização e o exercício da cidadania”.

Outro tema abordado foi a necessidade de certificar boas práticas de políticas de cultura comunitária, tanto locais como nacionais, “de modo que IberCultura Viva se converta em um palanque que permita o avanço das políticas culturais de base comunitária, respeitando os princípios de autonomia, empoderamento e protagonismo das organizações e das comunidades”.

 

Leia os documentos finais de cada grupo:

Participação social e cooperação cultural

Legislação para as políticas culturais de base comunitária

Formação em políticas culturais de base comunitária e construção de mapas e indicadores

 

 

Participantes GT Legislação: Daniel Castro (Brasil), Fabiola Figueroa (Peru), Paloma Carpio (Peru), Matilde Gómez Bolaños (Costa Rica), Lucrecia Sancho (Costa Rica), Gabriela Mora (Costa Rica), Yesenia Muñoz (México), Begoña Ojeda (Uruguai), Andrea Hanna (Argentina), Franco Morán (Argentina) y Abi Ribot (Argentina)

Participantes GT Formação: Luis Antonio de Oliveira (Brasil), Leonardo Barbosa Germani (Brasil), Roberto Guerra (Chile), Carolina Picado Pomarth (Costa Rica), Itziar Rubio Barrera (Peru), Mayte Loyarte (Uruguai), Claudia María Graciela Orantes Córdova (Belize), Caridad Cardona Aguilar (Honduras), Sandra Liliana Oquendo David (Colombia), Mario Lima Brasil (Brasil), Germán Alexander Cordova Pineda (El Salvador), Patricia Rivera Ritter (Chile), Vera Vargas (Costa Rica), Antía Vilela Díaz (Brasil), Ronnzo Rojas Rupay (Perú), Franco Rizzi (Argentina), Mariana Aparicio (Argentina), Alexandre Santini (Brasil), Mariana Gutiérrez (Argentina), Mariana Cerdeira (Argentina), Iván Nogales (Bolívia), Mario A. Siniawski (Argentina), Pablo Montiel (Argentina), Emiliano Polcaro (Argentina), Albornoz Jose Luis (Argentina), Juan Pablo Parchuc (Argentina) y Samanta Doudtchitzky (Argentina).

Participantes GT Participação: Diego Pisini (Argentina), Maria José Castro Schüle (Argentina), Lucas Sebastián Adaro (Argentina), Hugo Vázquez (Argentina), Mariela Tulián (Argentina), Lucrecia González (Argentina),  María José Rojo (Argentina), Estefanía Lay Guerra (Perú), Wilmar Rickly (Nicarágua), María Emilia de la Iglesia (Argentina), Stella R. Giaquinto (Argentina), Daniel Granados (Espanha), Magno Ortega (Peru), Fresia Camacho (Costa Rica), Bicho Hayes (Argentina), Corina Busquiazo (Argentina), Anays Córdova Otero (Cuba), Nelson Ullauri (Equador), Melina Delano (Argentina), Ma. Gabriela Abrahaam (Argentina), Rafael Paredes Salas (México), Jose Luis Vento Montalvo (Peru), Antenor Melgarejo (Argentina), Perla N. Campuzano (Argentina), Nicolás Israel (Argentina), Andrea Barrionuevo (Argentina), Lidia Serpas (El Salvador), Marlen Argueta (El Salvador), Walter Romero (El Salvador), Cacau Arcoverde (Brasil), Alice Monteiro de Lima (Brasil), Sebastián Gerlic (Brasil), Doryan Bedoya (Guatemala).

 

 

 

 

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14

dez
2016

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

O programa anuncia os projetos habilitados nos Editais IberCultura Viva 2016

Em 14, dez 2016 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

 Foto: Oliver Kornblihtt

A Unidade Técnica do programa IberCultura Viva informa a relação definitiva de projetos habilitados que passarão para a etapa de avaliação dos Editais IberCultura Viva 2016. As inscrições estiveram abertas de 19 de setembro a 1º de dezembro. O prazo de apresentação de recursos terminou às 23h59 de 17 de dezembro.

No Edital de Apoio a Redes foram habilitados 13 projetos na categoria 1, dirigida ao apoio a eventos de redes nacionais e/ou regionais que tenham como objetivo a preparação para o 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, que será realizado em novembro de 2017 em Quito (Equador). Na categoria 2, dedicada ao apoio para a realização de eventos de redes de cultura de base comunitária municipais, estaduais, nacionais ou regionais, foram habilitados para continuar no processo de avaliação 67 projetos.

No Concurso de Videominuto foram habilitadas 55 propostas de vídeos. O edital para a seleção de textos sobre políticas culturais de base comunitária segue em processo de avaliação.

A próxima etapa, de julgamento, será de responsabilidade dos Comitês de Avaliação. Serão distribuídos US$ 50 mil a cada uma das categorias do Edital de Apoio a Redes (até US$ 5 mil para os 10 primeiros colocados), e US$ 500 para os 10 primeiros colocados no Concurso de Videominuto.  Os resultados serão publicados antes de 31 de janeiro de 2017.

(* Texto atualizado em 20 de dezembro de 2016)

Informação aos interessados IV: Edital de Apoio a Redes – Etapa de Habilitação – RELAÇÃO DEFINITIVA

Informação aos interessados III: Concurso de Videominuto – Etapa de Habilitação – RELAÇÃO DEFINITIVA

Informação aos interessados II: Edital de Apoio a Redes de Cultura de Base Comunitária – Etapa de Habilitação

Informação aos interessados I: Concurso de Videominuto – Etapa de Habilitação