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Blog

07

jun
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Ministério das Culturas do Chile abre convocatória para 10 fundos concursáveis

Em 07, jun 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

O Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile abriu esta semana a convocatória de 10 fundos concursáveis, que abarcam Música, Audiovisual, Livro, Fondart Nacional e Regional, além da nova Beca Chile Crea. Também é a primeira vez que se abrem ao mesmo tempo os fundos concursáveis ligados aos programas Red Cultura, Fortalecimiento de Organizaciones Culturales, Otras instituciones colaboradoras, y Financiamiento de infraestructura cultural público o privada. O prazo de inscrições começou na segunda-feira, 3 de junho, na plataforma www.fondosdecultura.cl, e termina de maneira escalonada em julho.

A convocatória do programa Red Cultura contempla duas linhas de concurso: 1) Financiamento de iniciativas culturais comunitárias associativas 2019 (aberta até 15 de julho), e 2) Fortalecimento do planejamento e da gestão cultural local 2019 (aberta até 8 de julho). Ambas terão um orçamento total de $445 milhões de pesos chilenos (cerca de 640 mil dólares).

Iniciativas comunitárias associativas

A primeira linha tem como principal objetivo financiar iniciativas culturais comunitárias associativas (ICCA) de Organizações Culturais Comunitárias (OCC), em vínculo com seus pares, sem fins lucrativos, com ou sem personalidade jurídica, que busquem se fortalecer para incidir nas políticas culturais para o desenvolvimento cultural local.

A Modalidade n° 1 – Fortalecimento de Redes – busca interconectar no mínimo três e no máximo dez OCC na elaboração e no desenvolvimento de iniciativas que fortaleçam os princípios de cooperação, solidariedade e diversidade, para estimular a liderança horizontal, o sentido da coesão e da inclusão social. No total, esta modalidade conta com $90 milhões de pesos chilenos, com os quais será possível financiar ao menos 20 ICCA.

A Modalidade n° 2 – Intercâmbio de Saberes – busca financiar iniciativas que considerem uma ou mais atividades presenciais entre dois ou três OCC, que permitam o intercâmbio de metodologias participativas, experiências reais e concretas, de construção coletiva que dialoguem com as necessidades comunitárias e os mecanismos para resolver esses requerimentos. Ao menos 20 ICCA serão financiadas nesta modalidade, com um montante de $50 milhões de pesos chilenos.

 

Planejamento e gestão local

A segunda linha tem como objetivo relacionar a comunidade e o setor cultural e artístico com os governos locais e espaços culturais municipais, procurando incidir na instalação de processos de planejamento cultural com participação local, que acrescente o desenvolvimento cultural e artístico representativo dos interesses que existem no território, com enfoque de direitos.

A convocatória está dirigida aos espaços culturais dependentes de Municipalidades, Corporações Culturais Municipais ou Fundações Culturais Municipais. A Modalidade n° 1 é “Assessorias para o conhecimento em planejamento cultural participativo” (um total de $65 milhões de pesos chilenos), e a n° 2, “Cofinanciamento de programação artística, em co-desenho e gestão com a comunidade para a sustentabilidade do espaço cultural” (um total de $240 milhões de pesos chilenos).

 

Saiba mais: https://www.fondosdecultura.cl/

 

Fonte: Ministerio de las Culturas, las Artes y el Patrimonio

 

03

jun
2019

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Prorrogado o prazo do concurso de receitas “Sabor à Ibero-América”

Em 03, jun 2019 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

Foi ampliado até 15 de julho o prazo de inscrição do concurso “Sabor à Ibero-América”, que premiará histórias de receitas culinárias tradicionais das comunidades migrantes da região. Serão entregues até 10 prêmios de 500 dólares cada. O concurso foi lançado por IberCultura Viva em conjunto com o programa IBER-RUTAS, a iniciativa IberCocinas e a Secretaría General Iberoamericana (SEGIB).

As postulações são feitas pela plataforma Mapa IberCultura Viva:  https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/76/

 

Leia também:

Como inscrever-se no concurso Sabor à Ibero-América, que premiará receitas de comunidades migrantes

O concurso “Sabor à Ibero-América” premiará receitas de comunidades migrantes com histórias para contar

30

maio
2019

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes 2019: fortalecendo a articulação e o trabalho colaborativo

Em 30, maio 2019 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

(Foto: Mauro Rico)

Organizações culturais comunitárias e povos originários interessados em realizar encontros, congressos, seminários, festivais, feiras, colóquios e/ou simpósios podem inscrever-se no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2019 a partir deste sábado, 1º de junho. Os eventos deverão ser realizados entre outubro de 2019 e maio de 2020, com entrada livre e gratuita.

O edital está destinado a organizações e coletivos de cultura comunitária e/ou povos originários que trabalham em articulação e de maneira colaborativa com ao menos outras duas organizações e/ou coletivos nos países membros do programa: Argentina, Brasil, Costa Rica, Chile, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, México, Peru e Uruguai.

Os projetos devem ser apresentados por uma organização ou povo originário com personalidade jurídica, sem fins lucrativos, que ficará a cargo da administração dos recursos. Cada projeto poderá receber até US$ 5 mil, e este aporte somente poderá ser utilizado em gastos de produção e comunicação do evento. O montante total destinado a este edital é de US$ 55 mil.

No caso de organizações e/ou comunidades de povos indígenas do Brasil, só poderão participar aquelas reconhecidas e certificadas como Pontos de Cultura, devendo ter inscrição atualizada na plataforma Rede Cultura Viva. No caso de organizações e/ou povos originários do Equador, a pessoa responsável pelo projeto deverá estar inscrita no Registro Único de Atores Culturais (RUAC).

 

Inscrições

As inscrições estarão abertas no Mapa IberCultura Viva de 1º de junho a 15 de julho (às 18h, considerando o horário oficial de Buenos Aires, Argentina). Este edital está destinada aos agentes coletivos, mas o agente responsável da inscrição deve ser uma pessoa física (agente individual). Aqueles que já têm seus registros na plataforma devem ir diretamente a “Editais” e buscar por “Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2019 (em português) para iniciar sua inscrição.

Os representantes de organizações que ainda não se registraram no Mapa IberCultura Viva devem inscrever-se inicialmente como agentes individuais (pessoas físicas) e depois fazer o registro de agente coletivo, com os dados de sua organização comunitária, Ponto de Cultura, etc. Uma vez que tenham os perfis de agentes registrados, devem clicar em “Editais” e buscar o arquivo que aparece com o título em espanhol para iniciar sua inscrição. Neste arquivo se encontram o regulamento, o formulário e os adjuntos que devem ser preenchidos e enviados no ato de inscrição.

A Unidade Técnica de IberCultura Viva e o Conselho Intergovernamental do programa estarão a cargo das duas etapas do processo de seleção (“Habilitação” e “Avaliação”, respectivamente). Entre os critérios que serão levados em conta na avaliação dos projetos estão a adequação aos objetivos estratégicos do programa; os impactos artístico-culturais, econômicos e/ou sociais; a experiência da rede ou coletivo proponente; a proposta técnica apresentada, e a coerência e adequação do orçamento e do plano de trabalho.

Confira o regulamentohttps://bit.ly/311pQZp

Inscriçõeshttps://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/85/

Como registrar-se na plataforma: https://iberculturaviva.org/manual/

 

27

maio
2019

Em Notícias

Por IberCultura

3º Encontro de Redes: uma construção coletiva para seguir fortalecendo as políticas culturais comunitárias

Em 27, maio 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

O 3º Encontro de Redes IberCultura Viva, realizado nos dias 16 e 17 de maio na cidade de Buenos Aires (Argentina), terminou com o recebimento das primeiras quatro cartas de adesão à Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais – de Zapopan e San Luis Potosí (México), San Pedro de la Paz (Chile) e Corrientes (Argentina) – e vários acordos para o fortalecimento da articulação com o programa dos governos locais que desenvolvem políticas culturais de base comunitária na região ibero-americana.

Participaram deste encontro representantes de 13 municípios: Córdoba, Corrientes, Marcos Juárez, Salta, Tigre (Argentina); Niterói (Brasil); Arica, Valparaíso e San Pedro de La Paz (Chile); San Luís Potosí y Zapopan (México); Lima (Peru), e Montevidéu (Uruguai). Cinco deles já estavam no grupo de trabalho (GT) formado na reunião anterior, no 2º Encontro de Redes IberCultura Viva, realizado em Quito (Equador), em novembro de 2017, durante o 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária.

As jornadas em Buenos Aires, realizadas na Casa Victoria Ocampo com transmissão ao vivo por Facebook, também contaram com a presença de representantes de 11 países membros do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva. Andrés Gribnicow, secretário de Cultura e Criatividade da Secretaria de Cultura da Argentina, e Paola Gallia, diretora nacional de Diversidade e Cultura Comunitária, estiveram no local para dar as boas-vindas às pessoas participantes.

 

Dia 1

Diego Benhabib, coordenador de Pontos de Cultura da Argentina e representante da presidência do IberCultura Viva, abriu os trabalhos agradecendo a presença dos/das representantes institucionais e recordando que o programa vem trabalhando há dois anos na construção de uma rede de governos locais, “para que a partir desta construção coletiva possamos seguir ampliando e fortalecendo as políticas culturais de base comunitária na região ibero-americana”.

Lembrou, também, que fortalecer as políticas culturais comunitárias é um dos objetivos do programa IberCultura Viva, assim como promover e fortalecer as organizações culturais comunitárias (não apenas no desenvolvimento de seus projetos, mas também em seus mecanismos de gestão associada com o Estado), e dar visibilidade à cultura comunitária. “Queremos posicionar a cultura comunitária em sua real dimensão e em sua verdadeira incidência em termos de mudança das condições de vida das comunidades”, afirmou.

Segundo Benhabib, apostar na cultura comunitária é apostar na transformação. “Na Argentina, um estudo feito em 2017, para a Pesquisa Nacional de Consumos Culturais, trouxe um dado revelador, que demonstra a potência deste setor: 25% de nossa população participa de alguma atividade de cultura comunitária em seus territórios, seja como assistente ou facilitador de processos, como oficineiro/a, como gestor cultural, como dirigente, etc. Aí está a chave. E imagino que nos outros países, com outros dados, isso também é palpável.”

 

As comissões

Em seguida, Rosario Lucesole, consultora de projetos da Unidade Técnica do IberCultura Viva, apresentou alguns avanços do GT de governos locais e explicou como funcionaram as três comissões de trabalho montadas inicialmente para o desenvolvimento de ações específicas: Comissão de Publicações; Comissão de Agenda e Encontros, Comissão de Estruturação do GT.

A primeira se propôs iniciar a sistematização e publicação de experiências de políticas culturais e organizações de base comunitária. O livro Puntos de cultura viva comunitaria iberoamericana. Experiencias compartidas“, editado pela Alcaldía de Medellín (Colômbia) e lançado na abertura deste 4º Congresso Latino-americano de CVC, é o primeiro resultado do trabalho desta comissão.

A segunda comissão esteve voltada a registrar e compartilhar a agenda da cultura comunitária dos municípios, e a terceira teve como objetivo elaborar os mecanismos de adesão dos governos locais e definir parâmetros para a inclusão na rede, além de coordenar a implementação de uma autoavaliação de políticas culturais comunitárias para governos locais.

Este Guia de Autoavaliação de Políticas de Cultura Comunitária foi elaborado pelo mexicano Rafael Paredes (Traza.mx), mestrando em Desenvolvimento Econômico e Cooperação Internacional na Benemérita Universidad Autónoma de Puebla (BUAP). O documento é resultado do projeto de pesquisa “Avaliação e fortalecimento das políticas culturais de base comunitária no Espaço Ibero-americano” e busca servir como ferramenta para governos locais com interesse em fazer uma revisão de suas ações e construir uma agenda participativa, colaborativa e intersetorial.

 

Mudanças de paradigma

No começo da tarde, Andrés Gribnicow, secretário de Cultura e Criatividade da Secretaria de Cultura da Argentina, comentou a importância de fortalecer os espaços da sociedade civil organizada, “que são os que realmente estão muito próximos das pessoas” e atendem as problemáticas daqueles que vivem nestes territórios do ponto de vista da cultura.

“Estamos em um momento de muitas mudanças de paradigma, e estes espaços cumprem um papel fundamental em demandas como, por exemplo, novas perspectivas de gênero, novas abordagens sobre a cultura colaborativa, os fluxos migratórios, a hiperconectividade…Eles chegam muito antes da gente para atender a estas demandas”, observou Gribnicow. “Nos interessa cada vez mais fortalecer esses espaços. Que eles possam ter acesso a financiamento, a um trabalho colaborativo com o Estado, e  possam estar empoderados, para fazer sozinhos este caminho para a sustentabilidade de seus projetos.”

As experiências

Após uma capacitação sobre o sistema de autoavaliação de políticas de cultura comunitária (os/as participantes se distribuíram em grupos de cinco pessoas para fazer os exercícios propostas), o secretário técnico do IberCultura Viva, Emiliano Fuentes Firmani, apresentou algumas das possibilidades que oferece a plataforma Mapa IberCultura Viva, lançada pelo programa em agosto de 2018.

O primeiro dia de atividades terminou com um painel sobre experiências de gestão cultural comunitária participativa. Os expositores foram Gerardo Padilla, coordenador de Inovação e Desenvolvimento Institucional da Direção de Cultura de San Luis Potosí (México); Lucía Mantilla, subgerente de Promoção Cultural e Cidadania da Municipalidade de Lima (Peru); Diego Pigini e Lucrecia Gonzalez, da Direção de Cultura Comunitária da  Municipalidade de Córdoba (Argentina), e Alba Antúnez, diretora do programa Esquinas da Cultura, desenvolvimento pela Intendência de Montevidéu (Uruguai).

 

Dia 2

A segunda jornada do 3º Encontro de Redes começou com um conversatorio sobre políticas culturais de base comunitária na Manzana de las Luces, no centro da cidade de Buenos Aires. Deste encontro participaram ao redor de 80 pessoas, entre representantes governamentais (nacionais e locais) e integrantes de organizações participantes do 4º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária.

“Estes congressos permitem ao Conselho Intergovernamental ter um âmbito de diálogo com a sociedade civil para além do estabelecido por cada um dos representantes institucionais em seu próprio país”, comentou Diego Benhabib, justificando a realização deste segundo encontro de governos locais num Congresso Latino-americano de CVC (o primeiro se deu em Quito, em 2017) e também a intenção do programa de buscar espaços de escuta/roda de conversa com as organizações nas cidades onde se realizam as reuniões do Conselho Intergovernamental.

Agenda comum

De volta à Casa Victoria Ocampo, os participantes do 3º Encontro de Redes deram início à roda de conversa “Por uma rede de cidades e governos locais para a cultura comunitária” e buscaram estabelecer uma agenda e algumas ações para o GT de governos locais promover este ano, em articulação com o programa IberCultura Viva.

Conforme determinado pelo Conselho Intergovernamental, duas ações são necessárias para validar a integração à rede: uma solicitação assinada pela autoridade do governo local e um plano de trabalho com ao menos duas atividades de articulação. Para que esta rede avance, o grupo de trabalho de governos locais – que começou com 11 integrantes (10 municípios e uma província) e agora conta com mais oito municípios – deve propor projetos para desenvolver em vinculação com o programa. Propõe-se, também, aproveitar estes espaços como instâncias de reflexão, para gerar alguns consensos e relatos comuns sobre o que são as políticas culturais de base comunitária e poder melhorar estas políticas em seus territórios.

“Há distintas linhas de trabalho que podemos seguir aprofundando em função de pensar o substantivo”, destacou Benhabib. “Podemos, por exemplo, armar um próximo encontro que se encarregue de reflexionar sobre o que é o comunitário, o que é a política de base comunitária, quais são as ferramentas, e que não estejam presentes apenas os representantes dos governos locais, mas sim as vozes dos protagonistas das políticas, daqueles que cogestionam os espaços comunitários.”

 

Duas instâncias

Como esclareceu Emiliano Fuentes Firmani, os governos locais não têm que fazer aportes monetários ao fundo IberCultura Viva para participar da rede. Os países membros são os que contribuem com uma cota anual – e este fundo está destinado ao trabalho comum, ao desenvolvimento de iniciativas como editais, concursos, bolsas, etc. No caso do governos locais, a contribuição se dará por meio de ações de articulação.

“IberCultura Viva é um programa de governos centrais que propõe como linha de ação a articulação com governos locais, que são as instâncias do poder público que articulam com o sujeito principal com que se trabalha”, explicou o secretário técnico. “A forma com que encontramos foi articular um grupo de trabalho primeiro e uma rede depois. (…) A rede já existe, se constituiu com alguns governos locais e começou a funcionar. Isso, no entanto, não inibe a existência do GT. São duas instâncias de um mesmo processo.”

Ainda que a rede já esteja formalizada para começar a estruturar suas atividades de articulação, o GT seguirá aberto, ocupando-se de informar aqueles que não conhecem a  iniciativa e de acompanhar os processos para as adesões, entre outras coisas. As comissões de trabalho são do âmbito do GT, e a partir de agora vão receber novas funções a fim de direcionar as ações para o fortalecimento da rede que está se constituindo.

 

Os acordos

Ao fim das duas jornadas, foi proposta a reorganização das comissões de trabalho em “Comissão de comunicação e publicações” e “Comissão de fortalecimento e organização”. A primeira terá como missão trabalhar na elaboração de um documento comum sobre o que são as políticas culturais comunitárias, incluindo a sistematização de saberes e boas práticas dentro do Banco de Saberes IberCultura Viva, para promover o intercâmbio. Também deverá elaborar um selo IberCultura Viva que sirva para a visibilidade da rede, e construir um documento com perguntas frequentes para dar a outros governos locais a informação necessária na hora de definir sua participação na rede.

A Comissão de Fortalecimento e Organização, por sua vez, estará encarregada de: 1) estabelecer a agenda de trabalho e articulação de ações com os governos locais já aderidos à rede; 2) sistematizar as ações que já estão planejadas e unificar agendas dos programas existentes; 3) criar uma estratégia que permita difundir ferramentas que melhorem as práticas de políticas culturais comunitárias nos diversos territórios; 4) estabelecer um mecanismo de trabalho que permita a realização de encontros virtuais e presenciais para o grupo de trabalho; e 5) planejar a realização de um encontro para a discussão de temas substantivos ou transversais relacionados à implementação das políticas culturais de base comunitária.

 

 

Confira os vídeos da transmissão ao vivo: https://www.facebook.com/pg/iberculturaviva/videos/

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24

maio
2019

Em Notícias

Por IberCultura

2° Encontro de Mulheres Trabalhadoras das Culturas e das Artes terá transmissão ao vivo

Em 24, maio 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Nesta sexta-feira (24/05), às 19h, começa em Montevidéu (Uruguai) o 2° Encontro de Mulheres Trabalhadoras das Culturas e das Artes. Amanhã (das 10h30 às 11h30 e das 16h às 17h30) e domingo (das 10h às 11h30), o evento terá transmissão ao vivo pela página https://www.facebook.com/CulturaMEC/

Organizado pelo coletivo Gestoras en Red, rede chilena de gestoras culturais, o encontro busca, por  meio de palestras, mesas temáticas, oficinas, apresentações artísticas, feiras, e outras propostas, aproximar as participantes com o fim de consolidar uma rede internacional de mulheres trabalhadoras das culturas e das artes.

Os principais objetivos desta segunda edição do encontro são desenvolver planos de trabalho colaborativo, ações de incidência, projetos conjuntos, potenciar a participação e a associatividade para melhorar o impacto das políticas culturais em nível local e internacional, intercambiar conhecimentos e saberes, gerar uma proposta de economia alternativa e feminista de trabalho e estabelecer mecanismos de intercâmbio em torno da cultura de rede entre organizações e instituições lideradas por mulheres.

Primeira edição 

O 1º Encontro Internacional Mulheres Trabalhadoras das Culturas e das Artes – Gestoras, realizado em Santiago (Chile) de 4 a 7 de julho de 2017, foi um dos projetos ganhadores do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes 2016. Mais de 150 produtoras e gestoras culturais de nove países participaram deste evento, que firmou as bases para a articulação de mulheres nesta rede latino-americana que tem como objetivo o empoderamento e o trabalho colaborativo.

 

Transmissão ao vivo

SÁBADO 25 de MAIO
Das 10h30 às 11h30 (Atividade aberta)
Diálogos Gestoras
Tema: Situação laboral e artística das MTCA na América Latina.
Apresentam-se: Uruguai, Brasil, Argentina, Chile e México.
Sala Nelly Goitiño, Auditorio Nacional del Sodre.

Das 16h às 17h30 (Atividade fechada)
Círculos da palavra 1
Tema: Desafios das Gestoras e Ativistas Culturais para 2030, ações de incidência.
Sala Delmira Agustini, Teatro Solís.

DOMINGO 26 de MAIO
Das 10h às 11h30 (Atividade aberta)
Diálogo Gestoras
Tema: Ativismos e Movimentos de mulheres artistas no mundo
Sala Nelly Goitiño, Auditorio Nacional del Sodre.

Saiba mais: https://cultura.mec.gub.uy/
https://www.gestorasenred.com/

Confira a programação: https://bit.ly/2M8Zz83

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23

maio
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Cultura comunitária e gênero: algumas propostas para começar a aplicar nos congressos e nas organizações

Em 23, maio 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Na última quinta-feira, 16 de maio, em San Martín (Buenos Aires, Argentina), a programação do 4º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária apresentou a Oficina de Cultura Comunitária e Gênero. A atividade, facilitada pela coletiva feminista Conurbanas, foi uma das atividades propostas pelo programa IberCultura Viva para o evento, dirigida às/aos congressistas e o público em geral.

A oficina, que foi articulada com o círculo da palavra “Feminismos, Gêneros e Diversidade”, teve como objetivos oferecer ferramentas para analisar a situação de equidade de gênero nas organizações culturais comunitárias; destacar as condições de equidade de gênero nas organizações presentes, e produzir recomendações para a incorporação da perspectiva integral de gênero nas políticas culturais de base comunitária.

O círculo “Feminismos, Gêneros e Diversidade” foi realizado ao longo do congresso-caravana que passou por Mendoza, Córdoba, Entre Ríos e Buenos Aires, com mais de 60 pessoas em todas as sedes. Nestas sessões, se buscou elaborar acordos, propostas e urgências que sirvam de base para começar a dialogar no próximo congresso e que se apliquem não apenas no evento, mas também nas organizações culturais comunitárias.

As propostas se agruparam em torno de três eixos: formação, comunicação e políticas públicas. Uma das ideias foi a criação de escolas comunitárias feministas, de gênero e diversidade, e de governabilidade, que trabalhem de forma virtual e presencial no congresso. Também se propôs que todos os círculos da palavra tenham perspectiva de gênero e feminista, que haja transversalidade e que envolvam organizações LGBT nos espaços artísticos e de expressão.

Além disso, foi discutido o compromisso dos países em gerar convênios ou acordos com espaços acadêmicos para criar políticas públicas relativas a questões de gênero e inclusão das minorias, e a proposição de estratégias para promover a representação de companheiras feministas e/ou do coletivo LGBT dentro do planejamento geral do congresso em todos os países.  

 

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22

maio
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Foram divulgados os resultados da convocatória Cultura de Bairro, da Municipalidade de Córdoba

Em 22, maio 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

A Municipalidade de Córdoba, na Argentina, anunciou nesta quarta-feira (22/05) os resultados da 5ª edição do programa Cultura de Bairro. Dos 24 projetos beneficiados, dois são de jovens produtores culturais comunitários que completaram o curso de formação ministrado pelo município.

Organizado mediante uma convocatória aberta e pública (encerrada em 10 de maio), Cultura de Barrio é um programa de cultura comunitária que tem como objetivo central fortalecer projetos culturais impulsados por organizações de base que promovam o acesso à cultura, à participação cidadã e o trabalho em rede para a resolução da complexidade de problemas enfrentados pelos territórios.

Esta quinta edição da convocatória foi dirigida a organizações e instituições da cidade de Córdoba com base territorial, para que apresentassem projetos culturais a serem desenvolvidos em seu território durante o ano em curso, de maneira gratuita para os vizinhos.

Os projetos selecionados receberão $35.000 pesos argentinos cada. São eles (sem ordem de mérito):

 

  1. “Activando contra la violencia” Bº Villa Boedo,
    Organización: Mujeres Activando. Responsable: Jesica Noemí González
  2. “Construcción de Narrativas Audiovisuales Colectivas con perspectiva de Género” B° Los Naranjos. Organización: Cooperativa de Trabajo Caleidoscopio Ltda. Responsable: Mariana Carmona Torregrosa
  3. “En la Memoria de les Niñes”. Bº IPV Arguello,
    Organización: Proyecto S. E. Abrapalabra y Escuela Primaria Hugo Leonelli. Responsable: Gloria Graciela Flores
  4. “Creación de la Mesa de G.C. del CIC Cabildo”. B° Cabildo.
    Organización: Espacio de Artistas Locales-Mesa de gestión CIC. Responsable: Nancy Barboza
  5. “Jóvenes Sintonizados”. B° Villa Retiro.
    Organización: Jóvenes en Sintonía. Responsable: Matías Emmanuel Alloatti
  6. “Interculturalidad, Sabores y Saberes Culturales”,  B° Güemes,
    Organización: Grupo de Mujeres Concretando Sueños (mujeres migrantes cordobesas). Responsable: Maria Jose Trigo
  7. “El Bajo Templa Candombe”. B° Bajo Pueyrredon.
    Organización: A.C. Un Nuevo Comienzo C.C El Chapón. Responsable: Fabiana del Valle Sanchez
  8. “La Nelly Editora”. B° Los Bulevares.
    Organización: Asociación Civil Biblioteca Popular Nelly Llorens. Responsable: Maria Laura Dall Amore
  9. “Narrativas Disidentes en la Escuela”. B° Juan Pablo II y Centro.
    Organización: Enfoca- Colectivo de Fotógrafas, Comunicadoras y Diseñadoras. Responsable: Silvia Ayelén Koopmann
  10. “Las Niñas y los Niños de la Julio Cortázar se preguntan a Viva Voz” B° San Vicente.
    Organización: Biblioteca Popular Julio Cortázar y radio Comunitaria La Quinta Pata. Responsable: Gastón Busso
  11. “De Historias y Resistencias de Lxs Wachxs del Tropezón” B° Villa El Tropezón, Villa El Sauce y La Toma. Organización: Lxs Wachxs del Tropezón. Responsable: Ezequiel Elías Castro Kowalski
  12. “Payaseria Comunitaria en Bº San Martin” B° San Martin.
    Organización: Las Napias Encuentro de Mujeres Payasas. Responsable: Alejandra del Valle Toledo
  13. “Taller de Iniciación Musical y Ejecución de Instrumentos”. B° Zepa B.
    Organización: Comedor El Polito con El Encuentro de Organizaciones .Responsable: Tobares Raquel Mirta
  14. “Serigrafiando Ando” B° Márquez Anexo y Alrededores.
    Organización: Mesa de Niñez del Márquez Anexo. Responsable: Guadalupe Peralta Porcel
  15. “Pachamama, Madre Tierra. Otro Modo de Encontrarnos” B° Villa 9 de Julio.
    Organización: Red Villa 9 de Julio. Responsable: Lidia Roxana Murúa Martínez
  16. “La Favela Donde los Niños y las Niñas Intercambian saberes” B° La Favela.
    Organización: Favelita. Responsable: Camila Berlaffa.
  17. “Nuestro Grito de Carnaval” B° Los Cortaderos.
    Organización: Murga Poderoso carnaval. Responsable: Diego Elías Chab
  18. “Acuerparse- Taller de Exploración y Memoria del Movimiento Destinado a la Población Trans de Córdoba Capital, Bº Centro, Transversal.
    Organización: Danza Munata en Asociación con Ser Trans. Responsable: Sánchez, Agustina Gabriela
  19. “Cuerpas en Movimiento” Bº Villa El Sauce y El Tropezón. Organización: Fundación La Morera, Centro de Salud 99 Bº Los Robles. Responsable: Natalia Marucco
  20. “Las Voces del Barrio” Bº Villa Bustos. Organización: La Minga. Responsable: Jazmín Iphar
  21. “Entramándonos por el derecho a la Belleza” Bº Márquez Anexo.
    Organización: Grupo de Mujeres “Encuentro de lilas, mujeres en libertad”, Mesa de Gestión y Red de Mediadores Literarios VaiVen.  Responsable: Claudia Elizabeth Cedrón
  22. “Ludobiblioteca andariega” Bº Villa El Tropezón.
    Organización: Red del Tropezón y el Sauce: “Remando entre barrios” Responsable: María Sol del  Agua
  23. “Mototeca biblioteca barrial móvil” Bº Rivera Indarte.
    Organización: Centro Vecinal de Villa Rivera Indarte. Responsable: Ana Gabriela Sans
  24. “Revista barrial La Vox de l@s chic@s de Cabildo. Bº Cabildo.
    Organización: Sedronar, Centro de Salud 97 y Centro de Acceso a la Justicia-Mesa de Gestión del C.I.C. Cabildo. Responsable: Agustina Gabriela Manzur.

 

Saiba mais: https://bit.ly/2YG0pub.

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18

maio
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Termina na Argentina a 11ª Reunião do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva

Em 18, maio 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Representantes de 11 países membros do programa e da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) participaram da 11ª Reunião do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva, que se realizou neste sábado (18/05) na Casa Victoria OCampo, na cidade de Buenos Aires (Argentina).

Nesta jornada foram apresentados os avanços de atividades desenvolvidas recentemente pelo programa, como o edital IberEntrelaçando Experiências, o Banco de Saberes Ibermúsicas-IberCultura Viva, o concurso de receitas “Sabor à Ibero-América” e o concurso de curtas “Comunidades Linguísticas: identidade e salvaguarda”. Também foi  comentado o resultado das propostas do Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2018 e os critérios para o Edital de Apoio a Redes 2019, que será lançado em breve com um montante total de US$ 55 mil.

Além de aprovar os informes de desempenho e financeiros apresentados pela Unidade Técnica de IberCultura Viva e o Escritório Sub Regional para o Cone Sul da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB), o Conselho Intergovernamental acordou a inclusão de uma atividade para a realização de um encontro de Redes de Gêneros e Feminismos da Cultura Comunitária no Plano Operativo Anual 2020.

Foram aprovadas a postulação de El Salvador para aplicar a temática da diversidade sexual e de gênero com enfoque em direitos para a realização do concurso de curtas audiovisuais de 2019, e a proposta de Equador e Uruguai para a exploração de uma nova sinergia para a realização de um projeto de registro de “Sonoridades Musicais de Mulheres” em articulação com o  Programa Ibero-americano de Memória Sonora e Audiovisual.

O Conselho Intergovernamental decidiu, ainda, solicitar à coordenação acadêmica do Curso de Pós-graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária – articulado com FLACSO Argentina – informes trimestrais de desempenho das pessoas bolsistas, a fim de facilitar o acompanhamento do curso. Também serão enviados informes sobre docentes e módulos atualizados.

A 11ª Reunião do Conselho Intergovernamental encerrou a semana de atividades organizadas pelo programa IberCultura Viva na cidade de Buenos Aires, simultaneamente ao 4º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária. As jornadas incluíram uma capacitação sobre a plataforma Mapa IberCultura Viva para funcionários dos governos dos países membros do programa (nos dias 14 e 15) e a realização do 3º Encontro de Redes IberCultura Viva, com a participação de representantes de governos de municípios, províncias e departamentos que agora formam a Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais (na quinta-feira, 16, e na sexta, 17).

 

Confira a ata da 11ª Reunião do Conselho Intergovernamental

 

 

18

maio
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Representantes de governos e organizações participam de encontro em Buenos Aires

Em 18, maio 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Cerca de 80 pessoas estiveram presentes no Conversatorio sobre Políticas Culturais de Base Comunitária e Cultura Viva Comunitária, realizado na manhã de sexta-feira (17/05) na Manzana de las Luces, no centro da cidade de Buenos Aires (Argentina). O encontro reuniu representantes do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva, representantes de governos locais que participavam do 3º Encontro de Redes, e representantes de organizações e coletivos que participavam do 4º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária.

O encontro começou com as palavras de boas-vindas da presidência do IberCultura Viva, representada por Diego Benhabib, coordenador de Puntos de Cultura de Argentina, que parabenizou organizadores e congressistas do 4º Congresso Latino-americano de CVC e ressaltou a forma como o programa vem trabalhando no fortalecimento da articulação em rede e no fomento da participação social, organizando espaços de escuta/rodas de conversa com organizações da sociedade civil nas cidades onde se realizam as reuniões do Conselho Intergovernamental.

Darío Quiroga e Paloma Carpio falaram sobre o círculo “Legislação e políticas públicas em cvc”

Depois das saudações dos 11 representantes governamentais, que relataram os processos realizados em matéria de políticas culturais comunitárias em seus países, e da representante da Secretaria Geral Ibero-americana, dois participantes do 4º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, Paloma Carpio (Peru) e Darío Quiroga (Chile), falaram do trabalho desenvolvido ao longo da semana nas quatro sessões do círculo da palavra “Legislação e políticas públicas em cultura viva comunitária”.

Darío Quiroga ressaltou as duas características centrais da metodologia de trabalho (ser participativo e trabalhar em função de iniciativas concretas) e elogiou o funcionamento do congresso anterior, em Quito (Equador), em novembro de 2017, quando a equipe reunida no círculo “Legislação e políticas comunitárias” elaborou uma “bateria conceitual” sintetizada em 14 pontos. Ratificado pelos participantes do círculo do 4º Congresso Latino-americano de CVC, este documento segue sendo referência, um marco conceitual a partir do qual entender o trabalho de incidência em políticas públicas e em legislação a favor da cultura viva comunitária.

“Como movimento, nós temos vocação de poder; (queremos) não apenas ser comparsas de políticas públicas, e sim incidir como protagonistas destas políticas. Queremos participar do poder para transformá-lo, para transformar as lógicas a partir das quais efetivamente o Estado, as distintas instâncias públicas, trabalha com a comunidade. Isso está no coração do movimento continental desde seu início”, destacou Quiroga, lembrando que o primeiro chamado do movimento de CVC, desde o congresso de La Paz (2013), foi o piso mínimo de 0,1% dos orçamentos nacionais para a cultura comunitária.

Paloma Carpio, por sua vez, comentou que o fato de existir o programa IberCultura Viva, e também espaços como este conversatorio, “é uma conquista da capacidade de diálogo que se tem desde as organizações e desde o Estado”, e também da disposição de criar pontes, de transitar entre estes âmbitos, uma vez que alguns dos que estão de um lado da mesa já estiveram do outro lado, e vice-versa. “Consideramos uma conquista que haja continuidade nos espaços de trabalho”, afirmou.

Os 14 pontos

Levando em conta que as políticas de cultura viva comunitária “não são programas exclusivamente, e sim uma orientação civilizatória”, Paloma leu os 14 pontos do documento elaborado pelo grupo de trabalho formado em Quito. Lembrou que são políticas que buscam incidir nos orçamentos; que se caracterizam pela participação cidadã; que respeitam a autonomia das organizações; que respeitam as diversas espiritualidades e crenças; que respeitam o bem viver, os direitos da pachamama, o patrimônio material, imaterial e comunitário dos povos originários.

Lembrou, ainda, que estas políticas são descentralizadas e incidem no fortalecimento territorial e identitário; valorizam e promovem a diversidade, a interculturalidade, e garantem os direitos das populações historicamente excluídas; promovem o livre intercâmbio e a circulação artístico-cultural, garantindo também o trânsito livre de bens, saberes e serviços culturais; promovem uma cultura de paz com justiça e equidade social; promovem o intercâmbio e a geração de circuitos produtivos de economias solidárias. São políticas com arraigo e repercussão nas comunidades, e que não estão  enfocadas somente nas disciplinas artístico-culturais, e sim no impacto na melhora da qualidade de vida das pessoas.

“Estes foram os aportes em nível conceitual, nos conteúdos das políticas. Tomando isso como algo já validado no círculo aqui na Argentina, nos propusemos a pensar melhor nos ‘comos’. Porque uma coisa é o que se declara em termos de intenção do que deve conter a política, e outra são os processos que levam a esta conquista”, comentou Paloma.

 

As iniciativas

Nestas jornadas para imaginar os ‘comos’, buscando entender os processos de cada território na conquista da política e aprender com as experiências, o grupo que participou deste círculo no 4º Congresso chegou a 10 iniciativas específicas. Darío Quiroga citou três delas, a começar pela criação de um informe anual sobre a situação de incidência da cultura viva comunitária nos governos.

“A ideia é que seja um informe simples, que possa servir a qualquer um dos companheiros que fazem parte das organizações”, destacou. “Este informe nos permitirá ver, ano a ano, os avanços e os retrocessos em termos de legislação, de programas, de políticas públicas e de orçamentos em nível de governos, e quando for pertinente em níveis estaduais, provinciais ou de governos locais.”

A segunda iniciativa é a criação da Editora Digital Iván Nogales Bazán, que será a instância de difusão das ideias da cultura viva comunitária. A intenção é que sejam criados alguns textos, e reeditados outros, que ali se sistematize distintos conhecimentos e saberes, com formato amistoso, para que cada texto seja facilmente replicável e acessado via telefones celulares e tablets. A terceira iniciativa é que esta editora e toda a produção destes círculos sejam comunicadas em espanhol e português.

Ao referir-se ao ator e diretor boliviano, fundador do Teatro Trono-Fundación Compa que morreu em março e dá nome à editora, Quiroga disse que ele havia estado permanentemente neste congresso-caravana. “Não quero colocá-lo numa estátua de bronze, mas Iván Nogales é um de nossos pais e também um de nossos filhos, porque seguiremos construindo iniciativas para ensinar aos Iváns do futuro como se pode trabalhar, avançar e articular o tecido popular comunitário”, afirmou.

 

A carta

Depois de alguns comentários dos congressistas sobre temas variados (uma brasileira propôs que o evento se chamasse “congresso mestiço americano” em vez de latino-americano, outra falou em “congresso afro-ameríndio”), a argentina María Emília de la Iglesia (Cooperativa La Comunitaria) leu uma carta-manifesto dirigida ao programa IberCultura Viva e aos representantes de governos locais e nacionais, assinada por integrantes de organizações de 16 países presentes no 4º Congresso Latino-americano de CVC.

O texto ressaltava que a cultura viva comunitária “é um movimento de base popular autônomo, que surge das expressões próprias dos povos e comunidades organizadas para uma vida digna e o bem viver”, e que a partir de sua incidência se impulsionou o nascimento deste programa de governos, “sempre considerando que a cultura viva comunitária existe ancestralmente e resiste em nossos territórios”.

Nesta carta, as organizações participantes do congresso solicitavam que o programa IberCultura Viva, assim como os programas que vêm surgindo em diversos países, assumissem o desejo de fortalecer os processos orgânicos de participação nas ações planejadas em relação à cultura viva comunitária. Além das linhas de apoio a encontros com mecanismos includentes e participativos, foram propostas mesas de trabalho semestrais, com participação de representantes do movimento de cultura viva comunitária, para planejar, integrar e avaliar as políticas públicas implementadas.

Ao final, Diego Benhabib destacou as linhas que o programa vem desenvolvendo para o apoio à organização das redes de cultura comunitária, como os editais de mobilidade lançados desde o 2º Congresso Latino-americano de CVC, de El Salvador (2015), ou os editais de apoio a redes, que permitiram a participação de 33 representantes de organizações dos países integrantes do programa. Também colocou à disposição as ferramentas do IberCultura Viva para ajudar nos processos de sistematização que se propõem realizar, reiterando a predisposição do Conselho Intergovernamental para reunir-se com as organizações dos países onde se realizam as reuniões.  

O Conversatorio sobre Políticas Culturais de Base Comunitária e Cultura Viva Comunitária foi uma das atividades promovidas pelo IberCultura Viva em Buenos Aires durante o 4º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária. O programa também organizou nesta semana uma capacitação sobre a plataforma Mapa IberCultura Viva para funcionários de governos dos países membros, e o 3º Encontro de Redes IberCultura Viva, com a participação de representantes de governos locais. A programação foi encerrada no sábado (18/05) com a realização da 11ª Reunião do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva.

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16

maio
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Começa o 3º Encontro de Redes IberCultura Viva

Em 16, maio 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Cerca de 30 pessoas participam do 3º Encontro de Redes IberCultura Viva, que começou esta manhã na Casa Victoria Ocampo, em Buenos Aires (Argentina). Estão presentes representantes de governos locais que contam com políticas culturais de base comunitária e representantes governamentais dos países membros do programa IberCultura Viva.

A jornada teve início com uma apresentação do mexicano Rafael Paredes Salas (Traza.mx) sobre seu “Guia de autoavaliação de políticas culturais de base comunitária”. O documento é resultado do projeto de pesquisa “Avaliação e fortalecimento das políticas culturais de base comunitária no Espaço Ibero-americano” e busca servir como ferramenta útil e acessível para governos locais e regionais com interesse em rever ações e construir uma agenda participativa, colaborativa e intersetorial.

O guia foi elaborado com a contribuição das organizações Abraza La Consti (México), Más Música Menos Balas (México), Circolo Circo Social (México), Crear Vale la Pena (Argentina), Red de Culturas Vivas Comunitarias (Costa Rica) e Plataforma Cultura Viva Comunitaria (Chile), e o acompanhamento da Unidade Técnica do Programa IberCultura.

Como explica Rafael Paredes, o exercício de autoavaliação busca motivar o diálogo das diferentes áreas de governo com o setor social, a academia e o setor privado. “Não é uma lista de tarefas a cumprir. Cada uma das ações propostas nesta ferramenta é um convite para reflexionar sobre o estado atual das políticas públicas com relação ao exercício dos direitos culturais”, comenta.

 

O “Guia de autoavaliação de políticas culturais de base comunitária” é uma reinterpretação do documento “Cultura 21: Acciones” , desenvolvido pela Comissão de Cultura da Red de Ciudades y Gobiernos Locales Unidos (CGLU) para facilitar aos governos locais a autoavaliação de suas políticas em relação com os compromissos da Agenda 21 da Cultura.

O documento de CGLU propõe diagnosticar participativamente um conjunto de 100 ações de política pública agrupadas em nove categorias. O guia apresentado por Rafael Paredes faz uma seleção de 69 ações do documento original que se relacionam diretamente com o desenvolvimento de políticas culturais de base comunitária. A seleção foi feita a partir das propostas e dos interesses expostos por organizações culturais comunitárias.

No processo de autoavaliação proposto, participantes de diferentes áreas do governo local, acadêmicos e organizações sociais e comunitárias devem revisar cada uma das 69 ações da guia e dar uma pontuação de 1 a 9 para avaliar seu desenvolvimento seu desenvolvimento no contexto local. Neste Encontro de Redes, além da apresentação do guia, foi proposto um exercício de autoavaliação com base na leitura do regulamento do programa IberCultura Viva.

 

**O 3º Encontro de Redes IberCultura Viva conta com transmissão ao vivo por Facebook: www.facebook.com/iberculturaviva/