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Para o Topo.

Blog - Página 57 de 94 - IberCultura Viva

10

out
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Segundo livro da Coleção IberCultura Viva reúne textos sobre experiências de organizações culturais comunitárias

Em 10, out 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

 

Em setembro de 2016, o programa IberCultura Viva lançou um edital de seleção de textos com o objetivo de organizar uma publicação de referência sobre políticas culturais de base comunitária na região ibero-americana. Esta chamada pública buscava recolher relatos de organizações culturais comunitárias que tivessem sido colaboradoras de políticas governamentais e que pudessem retratar diferentes experiências de participação e trabalho conjunto entre Estado e sociedade civil. Dos 15 artigos apresentados, 10 estão no livro Ideas de Cultura Comunitaria. Trabajos seleccionados en la convocatoria de textos IberCultura Viva 2016, já disponível na página web do programa.

A publicação, uma parceria da Alcaldía de Medellín (Colômbia) com o programa, é o segundo volume da Coleção IberCultura Viva. O primeiro livro apresentado foi Puntos de cultura viva comunitaria iberoamericana. Experiencias compartidas, uma compilação das experiências compartilhadas pelos participantes do 2º Encontro de Redes IberCultura Viva, realizado em Quito (Equador) em novembro de 2017. A edição conta com relatos de iniciativas de governos locais e de organizações culturais comunitárias que tiveram incidência no desenvolvimento políticas públicas locais.

Neste segundo livro, os textos selecionados (a maioria em português) abordam temas como a inovação social por parte dos Pontos de Cultura do Rio de Janeiro e o caráter e as práticas internacionalistas dos Pontos de Cultura do Brasil, e como o sentido de rede fez com que o ideário de Cultura Viva Comunitária e seus Pontos de Cultura se propagasse pelo mundo. Também apresentam iniciativas como o programa Favela Criativa, implementado pelo governo do estado do Rio de Janeiro, que se mostrou inovador ao fortalecer o protagonismo juvenil a partir da economia criativa, do fomento, da formação e circulação artística. 

Os exemplos seguem pelas diferentes regiões do Brasil, com experiências como o processo de elaboração de uma cartografia do patrimônio cultural local de um bairro de Belém, no Norte do país; o empreendedorismo cultural que se viu na cidade de Serra Talhada, em Pernambuco, com o Museu do Cangaço; e a proposta de uma escola pública de São Paulo que buscou construir uma comunidade escolar democrática e participativa com práticas educativas pensadas a partir das matrizes culturais africanas e indígenas, formadoras do povo brasileiro.

Ademais, são apresentadas histórias como a de um grupo teatral que surgiu numa favela de Belo Horizonte, em Minas Gerais, com personagens e histórias inspiradas no dia a dia, e que deu origem a um Ponto de Cultura com teatro, biblioteca e salas destinadas a ensaios e cursos. Outro projeto relatado, resultado de uma colaboração entre uma associação de moradores de uma vila e um grupo de “poéticas universitárias” no Sul do Brasil, buscou adotar a noção de ecologia de saberes (proposta pelo sociólogo Boaventura de Sousa Santos) e contar com práticas colaborativas para intensificar os laços entre a comunidade, a universidade e a cidade. 

Do Equador se toma como base um encontro de marimbeiros organizado por uma rede cultural para tratar temas como os processos de investigação da marimba e suas expressões. Por fim, da Galícia (Espanha) vem a história de uma associação que se dedica a trabalhar com jovens da região desenvolvendo projetos nascidos de iniciativas trazidas por eles. A ideia surgiu como forma de pensar o que fazer com o tempo livre e o tempo de ócio, e as ações se sustentam por três metas ordenadoras que dão identidade ao trabalho do coletivo: entreter, motivar e educar. 

A difusão de experiências por meio de registros de boas práticas e sistematizações é um dos eixos do Grupo de Trabalho de Governos Locais, formado em Quito em 2017 para a articulação da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. Estas compilações de experiências, que deram início a uma coleção “iber”, pretendem ser um espaço de encontro para incentivar mais cidades e governos locais a seguir se encontrando e se (re)conhecendo no caminho da cultura viva comunitária. 

 

(Fotos: o Museu do Cangaço de Serra Talhada, em Pernambuco, é tema do artigo de Karl Marx Santos Souza, que abre o livro “Ideas de Cultura Comunitaria”)

 

Para baixar a versão digital de “Ideas de Cultura Comunitaria”

https://iberculturaviva.org/wp-content/uploads/2019/10/LibroDigital_Interactivo.pdf

**Encontre outros livros sobre cultura comunitária no site www.iberculturaviva.org. Acesse “Documentos” no menu e depois, “Livros”. A página web também reúne artigos, dissertações de mestrado e teses de doutorado sobre o tema (clique em “Documentos” e depois “Artigos”). 

 

Leia também:

Experiências ibero-americanas de cultura comunitária estão reunidas em livro que será lançado em Mendoza

 

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29

set
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Sabor à Ibero-América: Jennifer Solis e os “sopes” 

Em 29, set 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Mexicana que vive em Montevidéu (Uruguai), Jennifer Solis apresentou ao concurso “Sabor à Ibero-América” uma receita muito popular em seu país, que para ela representa um forte vínculo entre “tradição, família, amizade e unidade”. Os “sopes” (no sul do México chamam de “pellizcadas” ou “picadas”) são algo que se prepara em ocasiões especiais, para compartilhar com várias pessoas. 

“É uma comida que se faz em conjunto, sempre haverá lugar na cozinha para ajudar a fazê-los, já que várias mãos fazem mais sopes e mais rápido, portanto se convidam amigos e conhecidos para ajudar na preparação dos ingredientes, seja fazendo a massa, picando a cebola, preparando o molho ou fazendo os feijões refritos”, comenta Jennifer. 

“Os sopes sempre farão parte de nosso repertório gastronômico, não só como um prato de nossa dieta, e sim como um símbolo de convivência que levaremos com orgulho a cada pessoa que senta à mesa curiosa por provar algo muito mexicano.”

 Nome da receita: Sopes (pellizcadas)

 

* Ingredientes | Quantidades

Para la masa: Harina de maíz (1 1/2 tazas). Agua tibia (1 1/4 taza). Sal al gusto. 

Para el relleno: Aceite vegetal (4 cucharadas). Frijoles refritos (1 taza). Lechuga finamente picada (2 tazas). Crema ácida (1/2 taza). Queso fresco (1/4 taza). Cebolla finamente picada en julianas (1/4 taza). 

Para la salsa: Jitomate (2 piezas). Chile verde (4 piezas). Cebolla (1/4 de pieza). Ajo (1 pieza). Sal al gusto.

 

* Modo de preparação: Primero coloca la harina de maíz en un recipiente y añade la sal, agrega poco a poco el agua tibia hasta que los ingredientes se integren y se obtenga la consistencia de una masa. Una vez que esté lista es necesario formar bolitas de tamaño mediano; coloca una de estas en la tortillera (previamente plastificada) y presiona suavemente, el resultado debe ser un círculo ligeramente grueso. 

Ahora se debe calentar un comal a temperatura media, retira el circulo de masa del plástico de la tortillera y coloca en el comal, después de aproximadamente un minuto voltealo para que se cocine del otro lado, pasado otro minuto, se debe retirar del comal y colocar en una servilleta de tela. 

Posteriormente hay que pellizcar, presionando las orillas del círculo de masa con el dedo índice y pulgar. Repetir este procedimiento con el resto de la masa y reservar. Para la salsa es necesario colocar en el mismo comal los jitomates, la cebolla, el ajo y el chile para tatemarlos, una vez que cambie ligeramente su color a negro, hay que llevar todos los ingredientes a una licuadora y añadir la sal, molerlos un poco, sin que la consistencia sea demasiado acuosa. 

Regresando a la masa ya cocida, se debe colocar nuevamente un comal en el fuego y agregar las 4 cucharadas de aceite vegetal, una vez caliente colocar los círculos y dejar dorar un poco, después colocar los frijoles, dejar en el fuego un par de minutos más y retirar. Una vez fuera del fuego agregar crema ácida, queso fresco, salsa y lechuga, al gusto.

 

La historia de la receta, por Jennifer Solis

 

En la mayoría de los hogares mexicanos del centro y sur del país es muy común que se cocinen “sopes” (especialmente en el sur se le conocen como “pellizcadas” o “picadas”), y que la receta sea transmitida a las nuevas generaciones, sobre todo de madres a hijas. Sin embargo, nuestro caso fue diferente y particular, siempre fue común cocinar sopes en un domingo familiar, pero a diferencia de otros hogares, no fue la tradicional transmisión de la receta, pero claro que crecimos viendo la preparación y el desarrollo de los sopes. 

Algo básico en la alimentación de los mexicanos desde los primeros asentamientos ha sido el maíz, el cual ha tomado diversas formas, una de ellas los sopes, que se encontraban en el famoso mercado Tlatelolco de la época prehispánica, y aunque no se conoce su origen específico, sí sabemos que formaban parte de la dieta precolombina. Los mismos “Tlatoanis” (incluÍdo Moctezuma) acostumbraban consumirlos, sin embargo, podían encontrarse en ciudades mesoamericanas como en las calzadas de Tenochtitlan, siempre al alcance de todos. 

Su riqueza histórica y cultural es tal, que la UNESCO la ha declarado como patrimonio de la humanidad, y aunque el origen está en las culturas prehispánicas mexicanas, la preparación se ha modificado con la influencia de otras cocinas, sobre todo la europea, ya que con la llegada de los españoles se incluyeron ingredientes como la lechuga y el queso a esta preparación. 

Estando en México se tiene acceso tan fácil a los “antojitos mexicanos”, lo que muchas veces impide que nos aventuremos a la preparación de estos platillos, así que fue hasta que decidimos migrar (primero a Valparaíso, Chile, y ahora a Montevideo, Uruguay) que descubrimos la necesidad de cocinarlos por cuenta propia, lo que sin duda significó un reto, sobre todo porque tuvimos que poner en práctica lo que recordábamos de aquellos domingos en familia, y ahora se ha convertido en un gusto personal y en la manera de acercarnos al sabor de casa. 

Claramente los sopes se pueden consumir en el día a día, sin embargo, cuando se come sólo es muy común comprarlos en los puestos de “antojitos mexicanos”, y es mucho más habitual que sean cocinados en familia, para compartir en una pequeña reunión o en el cumpleaños del abuelo; sobre todo es una tradición que sean cocinados para fiestas patrias (casi todo el mes de septiembre), y también es habitual encontrarlos en las fiestas patronales que se distribuyen por todo el país. Y aunque cada mexicano tienen su preferido (de pollo, carne, o el clásico de frijoles), todos nos reunimos en la mesa para disfrutarlos; así los sopes se convierten en un excelente pretexto para convivir y compartir con los seres queridos. 

Quizá para mí, un poco más que para el resto de los migrantes, los sopes signifiquen tanto, ya que alrededor de ellos tengo acumulado una serie de recuerdos. Mi cumpleaños, al ser en septiembre, era celebrado siempre con una “kermés”, en el que mi madre cocinaba lo más mexicano que se le ocurriera, agua de horchata, jamaica y limón, para formar los colores de la bandera, papel picado y rebozos en las mesas, globos de color verde, blanco y rojo, yo vestida con botas y sombrero, y lo que nunca podía faltar eran los antojitos, entre ellos y mis preferidos, los clásicos sopes, bien dorados y con mucha crema. 

Claro que preparar sopes, ahora en Montevideo, nos remonta al olor de México en septiembre, con el montón de puestos de antojitos en el Centro de la ciudad, a los mexicanos con el fervor patrio de esas fechas, con la bandera tricolor en la cara, la música ranchera, el mariachi y el tequila. Viniendo de la capital no podemos negar que los sopes saben a México, son la combinación perfecta de los ingredientes básicos de nuestra cocina y de nuestra alimentación, el maíz, los frijoles y la salsa, infalibles en las mesas mexicanas con su mosaico de sabores y colores. 

Los sopes son una comida popular en muchos hogares mexicanos, y aunque los ingredientes son baratos, la preparación es considerablemente laboriosa, lo que significó un nicho de mercado para las empresas que ahora los venden precocidos, empaquetados y congelados. Esto a su vez representa un cambio en las costumbres de las familias, para las que es mucho más práctico comprarlos en estas presentaciones y evitar el trabajo manual de su preparación; perdiéndose también de compartir desde el momento de la preparación de la masa hasta su degustación.

Sumado a esto, la preparación se ha ido modificando con influencias y elementos que fueron llegando a nuestro país, no obstante, la base de los sopes sigue siendo la misma, aunque se han agregado más tipos de ingredientes, como el pollo, el cerdo y ahora que está de moda el vegetarianismo se puede incluir hasta champiñones o espinacas.

 

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Breviario mexicano: 
(1) Frijoles refritos.- Modo de preparación que resulta al moler los frijoles cocidos y calentarlos hasta encontrar una consistencia pastosa y uniforme.
(2) Jitomate.- También conocido en algunas partes de Sudamérica como tomate. 
(3) Chile verde.- Es conocido como serrano. Es de color verde y de longitud alargada; es base para muchos más platillos de la gastronomía mexicana. 
(4) Tortillera.- Utensilio que consiste de dos placas de metal, una sobre otra y una palanca que permite comprimir la masa de tal forma que quede aplanada. 
(5) Comal.- Plancha para cocción tradicional de la cocina mexicana. 
(6) Tatemarlos. Palabra mexicana usada para referirse al tostar o asar de los alimentos.
(7) Antojitos mexicanos.- Comida popular que se consume en puestos ambulantes, generalmente a base de maíz y salsa, que tiene rasgos culturales y tradicionales de ciertas partes de la república mexicana. 
(8) Tlatoanis.- Gobernantes de las ciudades prehispánicas que mantenían dentro de la sociedad un nivel jerárquico alto. 
(9) Fiestas patronales.- Celebraciones eclesiásticas para la conmemoración de los santos o patronos. 
(10) Kermés.- Fiesta popular o de vecindarios que se compone de juegos mecanicos, puestos de comida y bebida. 

 

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27

set
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Sabor à Ibero-América: Santi Carneri e o chipaguazú de Ña Mechi

Em 27, set 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Nascido em Buenos Aires, filho de pais argentinos que migraram para a Espanha, Santi Carneri é um repórter e fotógrafo independente que reside no Paraguai desde 2013. Em Assunção, sua companheira (que é paraguaia) lhe abriu há quatro anos um mundo de nova cultura, histórias e receitas. “A mais destacada e viajante é o chipaguazú”, conta o argentino no texto apresentado ao concurso “Sabor à Ibero-América”. 

O chipaguazú é uma das principais guarnições do Paraguai. Uma comida acessível e popular, que se pode encontrar em quase qualquer bar ou restaurante de Assunção ou do resto do país. “O milho crocante das bordas e a suavidade do milho cozido no interior, mesclado com queijo e cebola é uma explosão de sabores doces, amargos, salgados e ácidos espetacular”, detalla Santi. 

Seu chipaguazú favorito, no entanto, não se encontra em qualquer bar. É preparado pela mãe de sua mulher, Ña Mechi, uma paraguaia de origem camponesa que deve sua sobrevivência e à de sua filha ao bom ofício com a cozinha, sua força de vontade e  imensa paciência. 

 

Nome da receita: El chipaguazú de Ña Mechi

 

* Ingredientes | Quantidades: 

Para 6 personas: 

500 g de maíz fresco 

1 cebolla mediana 

100 mililitros de aceite de maíz 

2 huevos 

175 gramos de queso Paraguay o queso fresco 

2 cucharaditas de azúcar 

Una taza de leche 

Sal y pimienta

 

* Modo de preparação

1. Se colocan los ingredientes en la licuadora, incluida la cebolla cortada en pedazos gruesos y se procesa todo junto.

2. Se enmanteca una fuente para horno y se carga la preparación hasta 3/4 partes del molde. 

3. Se precalienta el horno y se cocina el chipaguazú por 40 minutos o hasta que la capa superior y los bordes estén doraditos y al pinchar con un palito este salga limpio.

Um “chipaguazú” do Lido Bar, famoso restaurante no centro de Assunção

 

 

A história da receita, por Santi Carneri

El chipaguazú es una de las principales guarniciones de Paraguay. Es una comida universal en toda América, pero con detalles particulares en este país de inmensa cultura indígena guaraní. Es una comida accesible y popular. Se puede encontrar en casi cualquier bar o restaurante de Asunción o del resto del país. 

El maíz crocante de los bordes y la suavidad del maíz cocinado en el interior, mezclado con queso y cebolla es una explosión de sabores dulces, amargos, salados y ácidos espectacular. Y, como siempre en estos casos, la mejor receta es la de la madre o abuela del clan familiar. 

La receta ha viajado con formas y proporciones distintas por todo el continente, desde el sudamericano chipaguazú paraguayo al norteño “Corncake” (pastel de maíz) afroestadounidense. 

Yo soy nacido argentino, criado español por padres migrantes, vuelto a migrar en busca de trabajo en 2012 y residente paraguayo desde hace seis años. Mi pareja paraguaya me abrió hace cuatro años un mundo de nueva cultura, historias y recetas. La más destacada y viajera es el chipaguazú. 

La madre de mi pareja, Ña Mechi, como es conocida en su gran familia de 20 hermanos y en su barrio de la periferia de Asunción, le debe su supervivencia y la de su hija a su buen oficio con la cocina, su fuerza de voluntad y su inmensa paciencia. Y su chipaguazú es mi favorito de todo Paraguay y, probablemente, del mundo.

 

A receita no país de origem

La historia del chipaguazú de Ña Mechi, oriunda del interior campesino de Paraguay, nace antes de los caminos de asfalto y antes de los refrigeradores, antes de que la luz eléctrica y el agua corriente estuvieran disponibles para la mayoría en este país confinado tierra (roja) adentro, entre Brasil y Argentina. 

Ña Mechi migró cuatro veces. Una desde su pueblo, San José del Rosario, en el norte del departamento de San Pedro, hasta Asunción, la capital de Paraguay. En busca de más trabajo emigró como muchas otras de sus compatriotas hasta Buenos Aires. Allí, en 1981, siendo empleada doméstica interna en una casa familiar, el chipaguazú de Ña Mechi era, junto al asado vacuno, una parte indispensable de la fiesta gastronómica de una docena de migrantes paraguayos que se repetía cada sábado en las afueras de Buenos Aires. Alí, la tira de asado, la falda, los chinchulines y las mollejas se acompañaban del chipaguazú horneado por Ña Mechi. También su mandioca hervida, sopa paraguaya y otras muchas delicias originales de este país eminentemente rural. 

Ña Mechi volvería a Asunción, de vuelta a Buenos Aires dos veces más por periodos de varios años. La tercera vez ya fue con su hija nacida y yendo a la escuela en Asunción. La única forma de mantenerla fue volver a migrar a la gran ciudad argentina y dejarla a cargo de una tía. Cuando ahorró suficiente, tras casi una década de idas y venidas, cocinando en restaurantes, bares y casas argentina, Ña Mechi volvió a Asunción, compró un pequeño terreno muy en las afueras, construyó una pequeña habitación y un baño y se mudó allí con su hija. Volvió a cocinar, pero esta vez en un gran supermercado y así continuó hasta que se jubiló hace menos de un año. 

Ahora sigue cocinando su chipaguazú para la venta en el barrio y para la familia. Viviendo feliz en su ahora hermosísima casa, esta receta sigue siendo una de las que más ingresos le retribuye debido a su popularidad. Cuando se escucha que en los programas de cocina de Buenos Aires se atribuyen la receta y la nombran como “choclotorta” se ríe a carcajadas.

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27

set
2019

Em Notícias

Por IberCultura

IV Seminário Internacional de Cultura Viva Comunitária: 4 dias de conversas, oficinas e apresentações em Lima

Em 27, set 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

De 2 a 5 de outubro, no Teatro Municipal de Lima (Peru), se realizará o IV Seminário Internacional de Cultura Viva Comunitária, um espaço de encontro dedicado a conhecer, expor e debater as diferentes experiências culturais que vêm se realizando em bairros da cidade. 

Palestras, rodas de conversas, oficinas e apresentações artísticas estão entre as atividades programadas para os quatro dias do evento. Os três eixos de trabalho são: 1) Fortalecendo a gestão cultural comunitária; 2) Sistematização e evidência nos processos de cultura viva comunitária; 3) Legislação, políticas públicas e incidência.

Na quarta-feira (02/10), após a inauguração do seminário, serão apresentadas algumas experiências de organizações culturais comunitárias, com o tema “Aprendizagens para o fortalecimento da gestão cultural comunitária”.  “El Quijote y su Manchita” (Comas, Lima) estará representado por Eddy Ramos e Lis Pérez; el “Grupo Chaski” (Red de Microcines, Peru), por María Elena Benites; “Vichama Teatro” (Villa El Salvador, Lima), por César Escuza, e a ONG “Mandala” (Arequipa), por Fiorella Salazar.

À tarde, a roda de conversa “As organizações de cultura viva a partir de seus jovens” reunirá representantes das agrupações culturais “Urpicha” e “Haciendo Pueblo” (Comas, Lima), “Par Diez” (San Juan de Lurigancho, Lima) e “Antonio Gálvez Ronceros” (Chincha, Ica). Em seguida, o tema será “Vozes: Cultura viva comunitária e deficiência”, com Kinesfera Danza (Lima), Accecine (Lima), Teatro del Silencio (Lima), e Lima Antigua (Lima). A conferência da noite, às 19h30, estará a cargo do gestor cultural Ernesto “Lalo” Paret (Argentina).

A programação do segundo dia começa com uma apresentação da memória do I Congresso de Políticas Públicas para a Cultura Viva Comunitária (2018), seguida do painel “Experiências: Sistematização e geração de evidência em processos culturais”. Carlos La Rosa, diretor de Artes do Ministério de Cultura do Peru, apresentará o “Estudo de caracterização de Pontos de Cultura”. Roberto Guerra Veas (Chile), fundador da Escuela de Gestores y Animadores Culturales – EGAC, fará a conferência da quinta-feira (03/10).

Na sexta-feira (04/10), dia em que se terá como eixo “Legislação, políticas públicas e incidência”, as mesas da manhã serão “Vozes: LGTBIQ+ e incidência cultural comunitária” e “Vozes: Cultura viva comunitária e povos originários”. À tarde, será a vez de “Processos: Mulheres e incidência cultural comunitária”, com Anabelí Pajuelo, da agrupação cultural “Pukllay”; Amy Ayllón e Madeleine Torres, de “Yemayá”; Janeth Gutarra, de “Lunasol”, e uma representante de “Mujeres de Arena”. 

Depois, a mesa “Processos: Redes e propostas normativas para a incidência cultural” terá a participação de Efraín Agüero, da Red de Organizaciones Culturales y Artísticas de Villa María del Triunfo (ROCA); Manuel Cabanillas, da “Red Cultural de San Juan de Lurigancho”, e de voceros/as da Plataforma de Cultura Viva Comunitaria e da Alianza Peruana de Organizaciones Culturales (APOC).

A costa-ricense Fresia Camacho fará a conferência da sexta-feira. Diretora de Cultura do Ministério de Cultura e Juventude de Costa Rica no período 2014-2018, Fresia é uma das impulsoras do movimento de cultura viva comunitária em seu país e pesquisadora de processos culturais comunitários na América Latina. 

Para o sábado (05/10), último dia do encontro, estão previstos a roda de conversa “Processos: Construção do V Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária no Peru 2021” e duas plenárias para a construção e leitura de reflexões e conclusões do IV Seminário Internacional de Cultura Viva Comunitária. Uma festa cultural, com apresentações de música, teatro e dança, encerrará a programação na Plazuela de las Artes.

O IV Seminário Internacional de Cultura Viva Comunitária é organizado pela Municipalidade de Lima, em parceria com o Ministério de Cultura do Peru e a Oficina de Representação da UNESCO em Lima. A cidade é uma das integrantes do Grupo de Trabalho de Governos Locais de IberCultura Viva, formado em 2017 em Quito (Equador) com a missão de construir um marco regulatório e um plano de ação para a Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais.

 

Para inscrever-se nas oficinas: https://bit.ly/2lXTA9k

Para ver  a programação completa: https://bit.ly/2kObsTR

27

set
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Linha de Apoio ao Fortalecimento de Processos de Cultura Viva Comunitária é lançada no Equador

Em 27, set 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

O Ministério de Cultura e Patrimônio do Equador, através do Instituto de Fomento das Artes, Inovação e Criatividades (IFAIC), lançou sua Linha de Apoio ao Fortalecimento de Processos de Cultura Viva Comunitária. A iniciativa foi apresentada no dia 12 de setembro em eventos realizados em algumas províncias do país, como Imbabura, Napo, Chimborazo e Guayas. O lançamento no Complexo Cultural Fábrica Imbabura contou com a presença da vice-ministra de Cultura, Ana María Armijos, e foi transmitido ao vivo pelo Facebook.

Esta linha de fomento conta com um investimento de 200 mil dólares, que financiarão 25 projetos, cada um por 8 mil dólares. Entre seus objetivos estão o de potenciar os processos alcançados pela gestão cultural comunitária no país; contribuir para o fortalecimento e a sustentabilidade dos processos da Cultura Viva Comunitária; visibilizar identidades, valores e significados comunitários, colaborativos e solidários, assim como comunicar, transmitir e difundir saberes, experiências e aprendizagens, através da arte, da inovação e da criatividade.

Para esta convocatória, que estará aberta até 10 de novembro, entende-se como processos de Cultura Viva Comunitária as múltiplas práticas e experiências contínuas, autônomas, criativas e inovadoras que surgem dos povos, nacionalidades, comunas, comunidades, coletivos e organizações culturais de base comunitária existentes nos espaços e territórios urbanos e rurais, que revitalizem identidades, valores e significados; que fortaleçam o tecido e a coesão social; e que incidam na vida política, económica e social da coletividade.

 

Postulações

Poderão postular as organizações que tenha personalidade jurídica e pessoas físicas pertencentes a povos, nacionalidades, comunas e comunidades, coletivos, assim como organizações sociais e culturais equatorianas de direito privado, domiciliadas no país, e cidadãos equatorianos e estrangeiros com ao menos cinco anos de residência no país, maiores de idade, cujas atividades se encaixem na definição de processos de Cultura Viva Comunitária.

Para a apresentação, seleção e execução de projetos de Cultura Viva Comunitária, se estabelecerão três categorias de projetos: memória e identidade; interculturalidade; e transmissão de saberes. Os projetos poderão ter um prazo de execução de dois a seis meses a partir da firma do convênio. A data de execução deverá ser contemplada a partir de janeiro de 2020. As postulações serão feitas unicamente via on-line, na página web do IFAIC: www.fomentocultural.gob.ec.

Um júri externo analisará os projetos. Para a seleção deste júri se abriu um edital, em que poderiam se inscrever pessoas maiores de idade, equatorianas ou estrangeiras, com experiência em gestão cultural comunitária ou com perfil acadêmico, docente/pesquisador/a que contasse com publicações, ensaios ou palestras sobre o tema Cultura Viva ou Pontos de Cultura. O trabalho do júri externo se realizará no Equador, durante 15 dias. O IFAIC cuidará do transporte aéreo ou terrestre, hospedagem e alimentação durante o período estabelecido para o desenvolvimento do processo de avaliação e qualificação de postulações.

Veja o regulamento da convocatória

Convocatória – Perguntas frequentes

Assista ao vídeo do lançamento da linha de fomento na Fábrica Imbabura

(Fonte: IFAIC)

 

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27

set
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Primeiros concursos de projetos para Pontos de Cultura são apresentados no Peru

Em 27, set 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Nesta segunda-feira 30 de setembro, começa no Peru o período de apresentação de postulações aos concursos de projetos para Puntos de Cultura 2019. O programa, desenvolvido no país desde 2011, pela primeira vez entregará prêmios em dinheiro às organizações culturais comunitárias reconhecidas como Pontos de Cultura. Inicialmente será destinado um total de 172 mil soles (cerca de 51 mil dólares) por meio de dois concursos: Ações Públicas e Equipamento. 

O concurso de Ações Públicas busca promover o acesso dos cidadãos a diversas formas de expressão artístico-culturais, como festivais, concertos, mostras, feiras e/ou intervenções, atividades que fortaleçam a identidade desde a arte e a cultura, e que propiciem o uso e a apropriação de espaços públicos. Para este concurso serão concedidos oito apoios de até 14 mil soles (cerca de 4 mil dólares).

O concurso de Equipamento está voltado para a melhora das condições logísticas dos Pontos de Cultura para fortalecer seu trabalho comunitário. Serão concedidos três apoios com um montante máximo de 20 mil soles (cerca de 6 mil dólares) por cada ganhador. Os recursos deverão ser investidos na aquisição de equipamento (luz, som, equipamentos multimídia, instrumentos musicais, materiais de trabalho em geral) e mobiliário (poltronas, painéis, etc) que os Pontos de Cultura utilizam em seu trabalho cotidiano. 

A apresentação das postulações é feita pela Plataforma Virtual de Trâmites do Ministério de Cultura (https://plataformamincu.cultura.gob.pe/administrados). O prazo termina em 21 de outubro, às 13:00 (horário de Lima). 

 

Reconhecimento dos Pontos

Podem concorrer nestes primeiros concursos as organizações reconhecidas como Pontos de Cultura mediante a resolução outorgada pelo Ministério de Cultura do Peru, segundo a Lei n° 30487, Lei de Promoção dos Pontos de Cultura, e seu regulamento. A Diretiva para o Reconhecimento dos Pontos de Cultura foi aprovada em 20 de junho de 2019, tornando sem efeito a diretiva anterior, de 2012. Todas as organizações que haviam sido registradas anteriormente à diretiva de 2019 devem voltar a solicitar seu reconhecimento como Ponto de Cultura.

A Lei n° 30487 define um Ponto de Cultura como “toda organização sem fins de lucro, reconhecida pelo Ministério de Cultura como tal, que trabalham a partir da arte e da cultura de modo autogestionária, colaborativa e continuada, promovendo o exercício dos direitos culturais e o desenvolvimento local com o fim de contribuir para a construção de uma sociedade mais inclusiva, democrática e solidária, que reconheça e valorize sua diversidade, memória e potencial criativo”.

 

Lançamento dos prêmios

“Demoramos um pouco, mas era importante obter não apenas a competência, e sim a faculdade de entregar prêmios em dinheiro, o que se conseguiu recentemente, em novembro do ano passado, quando o Regulamento da Lei de Promoção de Pontos de Cultura estabeleceu a possibilidade de que o Ministério de Cultura entregue este tipo de financiamento”, explicou a vice-ministra de Patrimônio Cultural e Indústrias Culturais, María Elena Córdova Burga, durante o lançamento do Plano de Concursos de Projetos de Pontos de Cultura 2019, no dia 13 de setembro.

A vice-ministra María Elena Córdova

“Reconhecer e fortalecer o papel das associações culturais em nível nacional foi e segue sendo um pilar fundamental do Ministério de Cultura. Em todo o Peru existem organizações culturais que trabalham de maneira constante com suas comunidades, para suas comunidades e por suas comunidades. Tais organizações promovem vínculos de colaboração e solidariedade com a potência das artes e das culturas ao longo do território nacional, priorizando as populações mais vulneráveis de nosso país. Sob esta premissa, o Ministério de Cultura tem desenvolvido desde 2011 o Programa Puntos de Cultura”, completou a vice-ministra. 

A lei aprovada em 2016, assim como seu regulamento (em 2018), e a diretiva emitida este ano pelo Ministério de Cultura para o reconhecimento dos Pontos de Cultura seriam, segundo ela, “avanços institucionais que têm como objetivo consolidar uma política cultural construída junto com as organizações para seus benefícios e das comunidades em que atuam”. “Nossa democracia não apenas requer o fortalecimento de instituições, mas também promover uma cultura democrática, reconhecendo e fortalecendo aquelas organizações que vêm construindo um melhor país a partir da força de suas comunidades”, afirmou.

 

Um trabalho de muitos

Durante o anúncio do Plano Anual de Projetos de Pontos de Cultura, Carlos La Rosa, diretor de Artes do Ministério de Cultura, e Guillermo Valdizán, coordenador de Pontos de Cultura, destacaram que estes avanços institucionais são resultado do trabalho de muitas pessoas que passaram pelo Ministério de Cultura, funcionários que ao longo desses anos, incluindo as mudanças de governo, continuaram a apostar nos Pontos de Cultura. E também das pessoas das organizações, que seguiram “dando seu tempo, paixão e coragem para apostar na qualidade de vida através da arte e da cultura”, como ressaltou La Rosa.

“Desde o âmbito ministerial, dos governos regionais e dos governos locais, viemos gerando compromissos claros e concretos para poder fortalecer o trabalho destas organizações culturais de base comunitária. Se hoje estamos apresentando este plano anual é porque há um tempo existiram organizações que se animaram, se organizaram e impulsionaram esta força na América  Latina, e no Peru em particular”, afirmou Valdizán. 

 

[#ReconocimientoPDC] Desde el Ministerio de Cultura venimos trabajando para fortalecer la red de puntos de cultura y respaldar a las organizaciones culturales comunitarias, que desde el arte y la cultura trabajan con y por sus comunidades. Conoce lo que ha significado la red para las organizaciones.Sé parte, solicita tu reconocimiento en www.puntosdecultura.pe

Publicado por Puntos de cultura em Segunda-feira, 19 de agosto de 2019

 

 

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Regulamentos dos concursos

Bases del Concurso de Acciones Públicas para Puntos de Cultura

Presupuesto – Acciones Públicas 

Bases del Concurso de Proyectos de Equipamiento para Puntos de Cultura 

Presupuesto – Equipamiento

 

Leia também:

Solicitud y proceso de reconocimiento de Puntos de Cultura – Preguntas frecuentes

 “Unidos somos semilla” – Inclusión y ciudadanía desde el arte y la cultura (Memoria institucional de Puntos de Cultura 2011-2015)

 

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26

set
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Sabor à Ibero-América: Lorena Castellanos Rojas e a sopa de plátano verde frito

Em 26, set 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Lorena Castellanos Rojas, colombiana que vive no Uruguai, apresentou ao concurso “Sabor à Ibero-América” uma receita que remonta à sua infância e adolescência, aos cheiros da cozinha tradicional de sua avó. Foi ela quem aprendeu com a mãe como fazer esta sopa de plátano verde frito e transmitiu à neta o conhecimento desta receita familiar. “O cheiro da sopa me traz recordações do meu país e a saudade de receber o telefonema de minha avó, dizendo ‘mijita, fiz sopa de plátano, venha tomar um pratinho’”, conta Lorena. Segundo ela, o segredo do sabor está em fritar o plátano (que ela diz ser parecido com a banana, mas não igual). 

“É uma receita que, apesar da distância e da hibridação de minha alimentação com sabores e receitas locais, me permite manter as tradições culinárias da minha família e ressaltar muitos dos ingredientes cultivados por nossos camponeses e consumidos pelas famílias populares da Colômbia, já que é uma receita de baixo custo”, comenta a colombiana, que ao prepará-la se sente “mais pertinho” de sua família e de sua terra.

 Nome da receita: Sopa de plátano verde frito

 

* Ingredientes | Quantidades: Porções: de 4 a 6 

500 gr de carne de res con hueso (puede ser falda) 

2 plátanos verdes 

1 cucharada de aceite 

1/2 cebolla cabezona 

1 caldo de verdura 

1 cebolla larga 

10 papas pastusa (o la papa o batata que encuentres)

 2 zanahorias 

300 gr de arvejas 

1 arracacha 

1 diente de ajo 

Cilantro (opcional) 

Sal al gusto

 

* Modo de preparação: Primero, debemos cortar la cebolla larga en cuadraditos lo más pequeños posibles. Se corta la papa y la zanahoria en cuadrados intentando que sean proporcionales y se ralla la arracacha. Teniendo las verduras picadas, las reservamos en un bol y procedemos a colocar en una olla grande un chorro de aceite y agregamos la carne para que se selle, se le agrega la cebolla larga que previamente la cortamos en cuadritos y posterior a eso se le agrega bastante agua que cubra la carne y se adicionan las verduras (zanahoria, arvejas, papa, arracacha). Se le agrega la mitad de una cebolla cabezona, no es necesario picarla, se puede agregar entera, de la cebolla larga le podemos agregar las hojas verdes sin picarlas, el diente de ajo sin picar, el caldo de verdura y sal al gusto. 

Adicionados los ingredientes, dejamos la sopa a fuego bajo y procedemos a pelar y cortar en rodajas el plátano y lo freímos a fuego medio en una sartén con abundante aceite, el cual debe estar previamente caliente. Dejamos las rodajas de plátano fritar bastante hasta que tomen un color marrón (tener cuidado para que no se friten mucho y se quemen; el secreto de la sopa, diría mi madre, es dejar bien doradas las rodajas de plátano para que la sopa tome un color marrón), escurrirlas del aceite e ir agregándoselas a la sopa que ya se encuentra hirviendo, fritar los dos plátanos e ir agregando paulatinamente a la sopa conforme se van fritando. 

Posterior a eso, ya con la totalidad del plátano frito y agregado en la olla, procedemos a dejar la sopa a fuego medio entre 30 minutos y 40 minutos hasta que las verduras estén suaves y la sopa haya tomado más consistencia. Si se desea, al momento de servir puede cortar el cilantro finamente y rociar por arriba de la sopa.

 

A história da receita, por Lorena Castellanos Rojas

Esta receta me remonta a mi infancia y adolescencia, que estuvo acompañada por los olores de la cocina tradicional de mi abuela, siendo ella quien me transmitió el conocimiento de la receta, que se podría decir que debido a su forma de preparación es una receta familiar. Me refiero a familiar debido a que, generalmente en Colombia, mi país de origen, se encuentran muchas sopas que tienen como ingrediente el plátano. Sin embargo, el mismo no se fríe previamente antes de adicionarlo a la sopa, sino que se agrega crudo directamente, y como lo mencionaba anteriormente en el modo de preparación, el secreto de su rico sabor está en fritar el plátano. 

Mi abuela, quien nos ha transmitido estos conocimientos culinarios, aprendió la receta de su madre desde muy joven, ya que a la edad de 12 años mi abuela se encontraba huérfana y migrando del campo a la gran ciudad, Bogotá. Esta sopa no solo es mi sopa preferida, sino que al cocinarla me remonta a los años en que residía en Bogotá, pues su ingrediente principal, el plátano, tan consumido en mi país y en la región del Caribe, me conecta siempre con mi lugar de origen. El olor de la sopa me recuerda a mi país y la añoranza de recibir la llamada de mi abuela diciéndome “mijita, hice sopa de plátano, venga a tomarse un platico”. 

En cada oportunidad que regreso de visita a Colombia no puede faltar el plato de sopa de plátano frito esperando en la mesa, ya que el mismo no es un plato que tenga alguna fecha especial o época para ser preparado, solamente cumple el antojo de la nieta e hija menor, por lo tanto, se prepara en cualquier momento del año. 

El hecho de migrar hacia otro país me permitió aventurarme por primera vez a realizar esta receta y a perfeccionarla cada vez más, con el objetivo de que algún día sepa tan deliciosa como la de mi abuela, siendo un reto complicado porque ni la de mi mamá después de años de práctica sabe tan bueno. Es una receta que, a pesar de la distancia y la hibridación de mi alimentación con sabores y recetas locales, me permite mantener las tradiciones culinarias de mi familia y resaltar muchos de los ingredientes cultivados por nuestros campesinos y consumidos por las familias populares de Colombia, al ser una receta de bajo costo.

La sopa en Uruguay

Actualmente me encuentro residiendo en la ciudad de Montevideo (Uruguay), y debido a la gran ola de migración, principalmente de personas provenientes del Caribe, ha repercutido en la facilidad de encontrar ciertos productos no locales, como lo es el plátano, que es el ingrediente principal de la sopa. Este ingrediente no lo encontramos en todos los mercados, se puede comprar en las ferias de barrio, como la Tristán Narvaja, y en algunos supermercados, principalmente en el centro, considero que esto se debe a que la mayoría de migrantes optamos por vivir en las proximidades del centro. Caso no se encuentre el plátano verde no tendríamos cómo reemplazar el producto, ya que no existe algo similar o parecido que se pueda reemplazar. 

En el caso de la arracacha, que es producida en Colombia, el objetivo de este producto en la sopa es que la misma agarre una contextura más espesa. Este producto no se encuentra en el Uruguay, pero podría ser reemplazado agregándole más cantidad de papa. La arveja en Colombia se compra principalmente en cáscara y es un producto netamente natural y no suele comprarse congelada, como se consigue en el Uruguay. Sin embargo, quizás en alguna feria podemos encontrarla, ya que la arveja congelada no tiene el mismo sabor que la arveja natural en la cáscara. En alguna oportunidad la encontré en un feria que se realiza los días sábados en la calle Salto, en las proximidades del centro de la ciudad. 

La cebolla larga, que es de la familia de la cebolla de verdeo, puede ser reemplazada por esta última y no cambiará mucho el sabor. Por último, en relación al cilantro puede encontrarse en las ferias, no es un producto común ni consumido localmente, pero con algunos feriantes podremos encontrarlo. De igual forma, si no encontramos el cilantro puede optarse por no agregarle, ya que es opcional, o se le puede rociar perejil picado. 

El beneficio de realizar esta receta en el país de residencia es que consigue transportarme a los sabores de la cocina colombiana y principalmente a la cocina de mi abuela, haciéndome sentir por algunas horas más cerquita de mi familia y de mi tierra. Además de eso, considero importante mantener y preservar la comida tradicional y resaltar los productos producidos en mi país. 

En Uruguay soy la encargada de cocinarla, ya que mi pareja es uruguayo, y ha sido bien recibida la receta por él y por algunos amigos uruguayos para quienes he cocinado. Al comienzo era difícil explicarles la diferencia entre banana y plátano, ya que pensaban que la sopa era de banana frita, pero después de probarla fue recibida con mucha alegría y gusto.

Cocinar esta receta y compartirla con los demás tiene suma importancia en el intercambio de los sabores y saberes presentes en los distintos platos de cada país, comunidad o familia, ya que nos permiten romper las fronteras, conocer y transmitir un poco del país y la cultura que se encuentra en los sabores, aromas y colores de cada plato.

 

(*) A receita da sopa de plátano verde frito foi uma das 10 selecionadas no concurso “Sabor à Ibero-América”, que premiou histórias de receitas culinárias tradicionais de comunidades migrantes da região. Resultado da sinergia de programas de cooperação ibero-americana nas áreas de cultura, cozinha e migração, o concurso foi apresentado em abril deste ano pela Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB), os programas IberCultura Viva e Iber-Rutas e a iniciativa IberCocinas. O resultado foi anunciado em 3 de setembro. 

 

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25

set
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Sabor a Iberoamérica: Mabel Castrillo e as repochetas nicaraguenses

Em 25, set 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Mabel Castrillo é uma nicaraguense originária de uma comunidade de agricultores chamada Terrabona, na região de Matagalpa. Está em Costa Rica há 10 anos, e desde que chegou ao país, vive em Tejarcillos de Alajuelita. Um dia, seu marido, que é costarricense de Cañas, pediu que ela preparasse alguma comida típica da Nicarágua e ela teve a ideia de fazer as repochetas. Ele adorou. Não só ele, mas também um grupo de vizinhas que se aproximaram da casa, atraídas pelo cheiro da cozinha. 

Em pouco tempo, Mabel já estava fazendo a receita para os companheiros de escola de sua filha mais velha, para arrecadar fundos. Os colegas e as professoras faziam fila para comprar as repochetas. Assim como acontecia na Nicarágua, quando ela e os irmãos eram pequenos e vendiam repochetas na escola, como um pequeno negócio familiar que incluía todos na preparação e na venda.

“A receita das repochetas é bastante simples, como simples somos eu, minha família e o povoado de agricultores de onde venho”, comenta Mabel no texto apresentado ao concurso “Sabor à Ibero-América”. “Apesar de sua simplicidade, a combinação dos ingredientes das repochetas está tão bem balanceada que todo mundo adora, ricos e pobres, os daqui e os de lá, os nicas (nicaraguenses) e os ticos (costarricenses), meus filhos e vizinhos. Para minha família e meu povo, tem sido alimento em épocas difíceis e alimento em épocas de bonança”.

 

 

Nome da receita: Repochetas nicaragüenses a lo nica y a lo tico

* Ingredientes | Quantidades: Tortillas de maíz con la masa bien condimentada y fritas para que queden bien crujientes; frijoles molidos que se les sienta el ajo y la cebolla, tomate de ese bien rojito, al punto y cortadito en cubos y su buena dosis de repollo fresco: todo coronado con el sabor de una buena cuajada  o queso rallado. Sal al gusto, pero con cuidado por aquello de la salud. 

Para 30 repochetas: 1 libra de maíz, ¼ libra de frijoles, 1 kg de tomates, 1 repollo grande, 1 pelota de cuajada o ½ kg de queso semiduro, 1 kg de cebollas, ½ kg de chiltomos (chile dulce), 3 limones criollos, 1 cabeza de ajo, vinagre blanco, sal al gusto.

 

* Modo de preparação: “La elaboración de las repochetas no empieza en la cocina. Hay que ir al campo, a la milpa, a recolectar las mazorcas, quitarles las cáscaras, sacarles la pelusita que traen y luego desgranarlas (bastantes mazorcas porque éramos 11 hermanos, mi papá y mi mamá, y muchas mazorcas más después, cuando se puso bueno el negocio). 

El maíz amarillo primero había que nesquizarlo. Se calentaba agua con ceniza y cal y cuando estaba hirviendo se dejaba caer el maíz. Se iba revolviendo hasta que empezaba a soltarse la cascarita, y cuando ya estaba descascarando, se bajaba del fuego para lavarlo muy bien, hasta que se le quitara un puntito negro que trae el grano de maíz, para luego molerlo en húmedo. Para la molienda usábamos la piedra y el metate o con el molinillo casero que compró mi padre, cuando el negocio se puso bueno. 

De allí se obtenía la masa y se procedía a condimentarla. Mi mamá licuaba chile, ajo y cebolla; se le agregaba un poco de achiote y un punto de sal. Se amasaba hasta que se lograba la consistencia adecuada para poder hacer las tortillas. Para hacer las tortillas se tomaba una porción de la masa, se le daba forma de una bolita y se colocaba sobre la mesa, o más bien sobre un plástico cortado en forma circular. Luego se comenzaba a presionar con golpes para aplanarla. Una mano iba expandiendo poco a poco la masa hacia los lados y la otra iba manteniendo la orilla y dándole la forma. Al principio costaba un poquillo, pero de tanto ver a mi mamá y de tanto hacerlas se logró aprender rápido. 

Con el aceite bien caliente sobre un comal de hierro se ponían a freír. Mientras se iban haciendo las tortillas, se iba preparando también los frijoles. Los frijoles rojos del frijolar que cultivaba mi papá. Los frijoles rojos se ponían a cocinar con su buen ajo, chile, cebolla y sal. Ya cuando estaban listos, suavecitos, mi mamá usaba también la piedra para molerlos, era como a ella le gustaba, pero también a veces usábamos el molinillo. La cuajada se conseguía con los vecinos que tenían vacas. Era la que se hacía en el campo, completamente artesanal. Como la cuajada se conseguía recién hecha, quedaba suavecita y se espolvoreaba sobre los frijoles. 

Por último había que preparar la ensalada. La ensalada era de repollo, tomate cortado en cubitos y a veces cuando se conseguía zanahoria, se rallaba para ponerle. Se condimentaba con sal y se le agregaba vinagre blanco. Si se lograba tener limones criollos, entonces se sustituye el vinagre por el jugo de limón. Para quienes les gustaba el chile también preparábamos chileros, pero no se los poníamos a las repochetas. Nuestro patio estaba lleno de matas de chile. También algunas personas le ponían natilla o salsa de tomate. De todo eso llevábamos, pero no se lo poníamos a la repocheta, pues ya dependía del gusto de las personas. 

Las repochetas no llevan carne, es una comida de esas que llaman vegetarianas. Cuando ya se involucró toda la familia en el negocio, era muy divertido. Todos metiditos en la cocina, alrededor del fogón, junto a la mamá y el papá. Unos preparando la masa, otros palmeando las tortillas, otros friéndolas, y todo lo demás. Mientras las preparábamos íbamos contando chistes, historias o los últimos chismes de Terrabona”.

 

La historia de la receta, por Mabel Castrillo

Aprendí la receta de las repochetas de mi mamá. No sé nada sobre el origen, para mi las inventó mi madre porque eso fue lo que viví. Eran épocas difíciles. Después de la revolución sandinista vino la contrarrevolución. Yo no recuerdo nada de eso, era muy pequeña. Lastimosamente uno de mis tíos favoritos murió por esas horribles guerras. Aunque no se hablaba de eso, de segurito que la pobreza en que vivíamos fue fruto de todo ese proceso, aunque mi papá decía que era la tierra que estaba cansada y ya no producía como antes.

¿Se imaginan?, mis papás debían mantener 11 hijos y, así un día, mi madre preparó una masa, le puso los frijoles molidos, la ensalada y la cuajada encima. Nos dijo: “Vayan a vender estas repochetas a la escuela”. Yo las llevaba a la escuela y al salir a recreo me ponía a venderlas a los compañeros. Un córdoba por repocheta y fueron un éxito. Con lo ganado ya podíamos comprar un poquito de carne para comer u otras cositas para el hogar. Incluso al pasar el tiempo ya nuestra madre nos daba un córdoba a cada hermano para comprarnos lo que quisiéramos. 

Todos los hermanos aprendimos a preparar las repochetas y así se convirtió esto en un pequeño negocio familiar donde todos participábamos, incluido mi padre, que se encargaba de mantener la milpa, el frijolar y los sembradíos de cebolla y tomate. Al principio fue en el recreo en la escuela, luego íbamos de casa en casa (¡lograba hasta 40 repochetas vendidas, se iban volando!), luego ampliamos la venta en la escuela con el turno del colegio por las tardes y lográbamos colocar hasta 400 repochetas por día. Claro que ya a ese nivel teníamos que pagar a la escuela para poder mantener un puesto fijo. Toda la familia se dedicó a eso y lo hacíamos todo en conjunto.

 

Las repochetas en Costa Rica

Tengo 10 años de vivir en Costa Rica. Vine porque quería conocer, la gente hablaba sobre la vida en Costa Rica y yo quería conocerla. Vine como turista y decidí quedarme pues ví mejores oportunidades para trabajar. Después de eso ya le he dado a Costa Rica tres niños. Desde que llegué he vivido aquí en Tejarcillos de Alajuelita. 

Un día, mi marido que es costarricense de Cañas, Guanacaste, me pidió que le preparara alguna comida típica de Nicaragua y se me ocurrió prepararle las repochetas. Al momento me di cuenta que muchas cosas tenían que cambiar en la receta que aprendí de mi madre. Por las circunstancias, construir un fogón improvisado, localizar la leña y sin milpa ni frijolar. 

Sorpresa me causó no conseguir los frijoles rojos, pues en Costa Rica solo se consume el frijol negro. Para molerlos ni modo debo utilizar la licuadora. Sobre la cuajada, ¡ni que se diga!, imposible de conseguirla, pues no es costumbre su consumo en este país, entonces a sustituirla con queso semiduro y la masa, ni modo, un paquete comprado en la pulpería de doña Anita. Por supuesto esta masa viene ya más fina, su consistencia no es la misma que se logra cuando se tiene que moler con piedra. Tal vez el sabor no cambia, pero si la textura, quedaban más crujientes cuando es menos fina la masa. 

A mi esposo le encantó y también a un grupo de vecinas que se acercaron a la casa atraídas por el olor de la cocina. Al poco tiempo ya estaba haciendo repochetas para los compañeritos de escuela de mi hija mayor, para recoger fondos y todos los demás niños y las profesoras hacían fila para comprarnos las repochetas. 

Al principio los ticos se mostraron reacios. No por las repochetas mismas, sino por nuestro acento. Decían que no querían probar esas cosas raras. Pero poco a poco se fueron animando y al final quedaron todos encantados y me piden más y más y más. Al paso que voy, creo que tendré que poner un puesto de repochetas. Ya mi esposo sabe hacerlas y me ayuda en los procesos. 

Sin embargo, a mis hijos no he logrado entusiasmarlos. Ellos están en sus cosas, pero me encantaría poder pasarles la tradición de las repochetas y estar con ellos en la cocina de la misma forma que estaba con mi mamá, mi papá y mis hermanos allá en Nicaragua. Esas cosas las añora uno con todo el corazón.

 

Las memorias

Cuando preparo las repochetas, los olores y los sabores, siento que me traslado hacia mi casa. En mi mente veo a mi madre ahí, siempre en su cocina, junto a la tabla limpiecita, bien aseadita para preparar los alimentos (no teníamos cañería, sino que traíamos baldes de agua del pozo). Siempre con ese entusiasmo por las repochetas y por conseguir algo de plata para comprar algo diferente de comer o para darnos, aunque fuera un córdoba para que lleváramos a la escuela o para comprarnos algo que nos hiciese falta. 

Todo eso me recuerda cuando preparo las repochetas y deseara echar alas y regresarme para allá, pues me hacen mucha falta. El contacto con mi mamá, mi papá y mis hermanos, las comidas las añoro, las fiestas y las tradiciones y costumbres de Terrabona. Las repochetas son como un consuelo para mi y me encanta ver a la gente comiéndolas con todo gusto y al final decir: “¡Qué ricas, deme otra! Eso me emociona. 

Yo saco pecho con las repochetas. Algún día les contaré del postre que llamamos “huevos chingos”, que vendía junto con las repochetas y que hacía reír a tanta gente cuando se pregonaba su venta a viva voz.

 

 

(*) A receita das repochetas nicaraguenses foi uma das 10 selecionadas no concurso “Sabor à Ibero-América”, que premiou histórias de receitas culinárias tradicionais de comunidades migrantes da região. Resultado da sinergia de programas de cooperação ibero-americana nas áreas de cultura, cozinha e migração, o concurso foi apresentado em abril deste ano pela Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB), os programas IberCultura Viva e Iber-Rutas e a iniciativa IberCocinas. O resultado foi anunciado em 3 de setembro. 

 

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Sabor à Ibero-América: Clara Palacios e o “encocado de sancocho de pescado”

 

 

      

24

set
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Sabor à Ibero-América: Clara Palacios e o “encocado de sancocho de pescado”

Em 24, set 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Clara Palacios é uma colombiana que vive no Uruguai. Acostumada a comer frutos do mar desde muito pequena, ela fica surpresa com o fato de que os uruguaios desfrutem tão pouco dos peixes e mariscos, ainda que estejam rodeados de água. “O consumo é superbaixo, mas é algo que vai aumentando aos poucos, e agora com mais força com a chegada da população migrante, o que criará um caminho mais diverso e interessante”, afirma a psicóloga, estudante de mestrado em estudos latino-americanos que pesquisa a mobilidade humana e cultural. 

Sua mãe aprendeu a receita do encocado de sancocho de pescado, uma das premiadas no concurso “Sabor à Ibero-América”, em um passeio familiar ao porto de Buenaventura, no Pacífico colombiano, quando Clara tinha 6 anos. “Fomos a um humilde mas renomado restaurante, em uma casa de palafita junto ao mar, chamado ‘Pancha’, em alusão ao nome de sua dona. (…) A própria Pancha explicou à minha mãe como o elaborava, dizendo que o segredo era o amor e muito leite de coco”, conta a psicóloga, que desde então o tem como um prato especial (e junto com sua mãe, tem melhorado a receita original).

 

Nome da receita: Encoca’o de sancocho de pescado

 

* Ingredientes | Quantidades: 

Encoca’o de sancocho de pescado – Cantidad para 6/8 personas:

3 plátanos verdes (partidos a mano en trozos pequeños) 

1 coco mediano (rallado y licuado con un vaso de agua caliente, cernir para sacar la leche) 3 kilos de pescado partido en trozos (aliñado del día anterior con un licuado de: ajo, cilantro, sal, cebolla cabezona, sal)

1lb de cabeza pescado (aliñado igual)

5 dientes de ajo 

200 gramos de cebolla larga finamente picada (puerro adaptación) 

3 papas medianas peladas y partidas en mitades

Sal al gusto

1 vaso de leche de vaca 

** Una lata de atún lomitos en agua 

** 200 gramos de crema de leche 

100 gramos de cilantro fresco en rama y 6 cucharaditas finamente picado, 1 cucharadita de tomillo finamente picado 

3 hojas cimarrón, 1 cucharaditas azafrán, 5 hojas de albahaca 

3 tomates sin semilla finamente picado 

** 1 copa de aguardiente (licor de caña)

 

* Modo de preparação: ** Poner a hervir 5 litros de agua con sal y cebolla larga. Cuando el agua alcance punto de hervor, agregar el plátano verde, de a poco, hacer presión sobre el plátano con la mano, para que los almidones se activen y ayude a espesar el caldo. Después de unos 10 minutos agregar las cabezas de pescado, las papas y dos ramas de cilantro, dejar hervir por 20 minutos. A parte en una sartén grande sofreír: el ajo, la cebolla larga y cabezona finamente picada hasta que dore, agregar azafrán, albahaca, cimarrón (chilangua cilantro de monte), el tomate sin semilla finamente picado, luego agregar el pescado partido en trozos. Tapar la sartén y sudar el pescado por 10 minutos aproximadamente o hasta que esté de acuerdo al tamaño de los trozos de pescado a fuego lento, y después de ello agregar la leche de coco, sin tapar la sartén, para evitar que se corte la leche. Dejar hervir por 5 minutos y apagar**. 

Agregar este pescado al caldo que se encuentra hirviendo, dejar por 10 minutos más para que hiervan todos los ingredientes juntos. Agregar el vaso de leche, la lata de atún, los 200 gramos de crema de leche. Hervir por 10 minutos más, verificar el espesor del caldo, (si falta espesar puedo licuar unos trozos del plátano que se agregó al inicio**). Rectificar sal y espesor nuevamente, (debe tener la textura de una avena mediana). Servir agregando cilantro finamente picado. Se acompaña con arroz blanco, tostadas de plátano y limón. (**mejora a la receta original, realizada por mi madre y yo)

A história da receita, por Clara Palacios

Soy colombiana, provengo de la zona rural del río San Juan, corregimiento de San José del Salado (300 habitantes aproximadamente), cuna donde se ubica una de las dos torres mudéjar de Latinoamérica (año 1770), en el Valle del Cauca. Estamos a escasas dos horas del puerto de Buenaventura, ciudad junto al Océano Pacífico. Si bien en mi pueblo no hay tradición fuerte por los frutos del mar, porque lo denominaban comida para “negros”, de manera un tanto despectiva, en casa gracias a mi padre, mi madre, mi abuela y su pasión por la comida de mar que no daba paso a prejuicios, desde muy pequeña consumíamos semanalmente pescado o mariscos.

Cuando tenía 6 años, fuimos en paseo familiar al puerto de Buenaventura, a un humilde pero renombrado restaurante ubicado en una casa de palafito junto al mar, llamado “Pancha”, haciendo alusión al nombre de su dueña, mujer negra de 60 años, con una vitalidad envidiable, recelosa de sus recetas, cuya sazón hizo que en el puerto todos la conocieran, y logró que varios presidentes de Colombia la visitaran en su humilde casa/restaurante (lo que logró la sazón, no lo había logrado la razón).

Llegamos muy temprano, lo que permitió que mi madre (con su dulzura campesina, “le cayó en gracia” a la cocinera) participara de la elaboración del sancocho de pescado. La misma Pancha le explicó a mi mamá como lo elaboraba, diciéndole que el secreto era el amor y mucha leche de coco. Fuimos sus primeros comensales ese día, nos sirvieron abundantes platos, había una temperatura típica de puerto, unos 32° o 34°C, lo que nos hacía sudar como en “sauna”. Reacción física que las cocineras atribuían a nuestra debilidad, y  no al calor: “El sancocho le saca la debilidad, los blancos son debiluchos”. Salimos de ahí felices y satisfechos por el banquete, pero la más dichosa fue mi mamá. Llevamos todos los ingredientes para el encocado de sancocho de pescado, y al siguiente día estábamos nuevamente tomando sancocho en casa.  

La receta la comenzamos a preparar en casa desde ese entonces y la hemos ido mejorando a medida que ha pasado el tiempo. En principio mi madre y luego yo también comencé a hacer aportes, que han permitido perfeccionarla y explorar con aciertos y fracasos. Regularmente la realizamos para cumpleaños, en especial el de mi papá, o alguna festividad especial. Cuando hay buen tiempo de sol, se realiza en fogón de leña y se comparte en familia. Ya tiene muy buen reconocimiento, nos llaman a preguntar cómo la hacemos. Y muchos invitados que en principio manifestaban su total disgusto por el pescado, han pedido hasta 3 platos. Alguna vez preparé un sancocho para compañeros/as de la universidad y un profesor alemán que se supone era alérgico al pescado, pidió dos platos y su alergia mágicamente desapareció.

 

Intercambio gastronómico

Uruguay es un país que tiene un altísimo consumo y producción de carne. Las cifras lo corroboran: son 3.5 millones de habitantes y 12 millones de vacas, 420.000 toneladas de carne vacuna producidas al año, 98.6 kilos por persona consumidos al año (2014), versus los escasos 9 kilos anuales de pescado. Todo esto lo convierte en el segundo país que más consume carne en el continente y el primer país en el mundo que menos pescado consume, y a nivel de salud el primer país en América del Sur en cáncer colorrectal, según algunos artículos de prensa, que en mi curiosidad pude encontrar. Así que un intercambio multicultural gastronómico le sienta muy bien. 

Como experiencia vivida recuerdo la primera vez que mi esposo uruguayo visitó a mis padres en Colombia. Al saber el menú del almuerzo se inquietó bastante, solo comía pescado una o dos veces por año, y para homenajearlo mi mamá le preparó un sancocho de pescado. Se admiró del sabor y pidió un segundo plato con total gusto, reconociendo el conjunto de sabores nuevos que el plato reúne. Por lo cual se integró al menú yorucolo (yorugua: uruguayo+ Colombia) aquí en Uruguay, con adaptaciones, como el tipo de pescado y la solicitud especial a quien vende a domicilio el pescado, quien me consigue las cabezas de pescado (aquí las desechan) y el pescado entero, ya que en la mayoría de lugares solo lo venden en filetes. 

Al principio debía usar leche de coco enlatada, pero la migración creciente en el país provocó la llegada de coco y el plátano (de una calidad excelente), entre otros frutos que aquí ahora denominan exóticos. Sembré cilantro en nuestra pequeña huerta, ya que no se consigue con frecuencia en el mercado, y aún no logré encontrar el cimarrón o cilantro de montaña, pero sigo en su búsqueda. 

Actualmente aprovechamos la parrilla de casa para prepararlo con leña, así mezclamos el domingo de parrilla uruguayo y la tradición colombiana. La preparamos algunos domingos cuando invitamos amigos/as, quienes con gran curiosidad siempre dicen que prepare algo colombiano, así que aprovecho, teniendo una alta aceptación. Es una receta que me identifica totalmente, que me acerca a mis raíces y me permite compartir mi identidad en un nuevo territorio y que exploren nuevos sabores. Amo las tradiciones del Pacífico, los sabores, los ritmos, los aromas, y me siento feliz cuando puedo compartirlo en el nuevo lugar que habito. 

Con relación al valor de la receta, puedo decir que el encocado de sancocho de pescado (como quise rebautizar la receta), la cultura popular le atribuye un gran poder afrodisiaco y se tejen muchos mitos gracias a ello. En los restaurantes populares de Buenaventura y Tumaco, al momento de ofrecerlo, la consigna dice “Sancocho de pescado afrodisiaco, garantizamos mínimo dos hijos por cada plato”. Lo que envuelve un disfrute mismo desde su preparación hasta su comercialización, ese sabor a Pacífico y a gente sencilla, sin travesaños en la lengua. 

Como migrante en Uruguay me sorprende que estemos rodeados de agua, pero que los frutos que nos ofrece el mar, no son demandados por la población. El consumo de pescado y mariscos de los nacionales es supremamente bajo, pero es algo que va aumentando de a poco, impulsado ahora con más fuerza con la llegada de la población migrante, lo cual creará un camino más diverso e interesante, multicultural. 

Soy psicóloga, estudiante de maestría en estudios latinoamericanos, y mi investigación es en movilidad humana y cultural, razón por la cual este tema me apasiona, ya que las recetas son parte de la identidad de los pueblos. Veo la transformación que está viviendo Uruguay y es necesario que la proximidad entre culturas sea un puente que permita la construcción colectiva y no diferencias insostenibles que den paso al rechazo y la xenofobia. 

 

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23

set
2019

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Sabor à Ibero-América: Belén Rodríguez e as “rosquillas morenas”

Em 23, set 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Belén Rodríguez é uma estudante de psicologia de 20 anos, nascida na Argentina. A história da receita das rosquillas morenas, uma das quatro ganhadoras de menções honrosas do concurso “Sabor à Ibero-América”, remonta à sua tataravó, uma espanhola que se chamava María e que morreu em Villarrin de Campos em 1945. Ela era padeira. Naquele tempo, as padarias não eram como conhecemos hoje. “As pessoas iam à casa da padeira com a farinha e cozinhavam o próprio pão no forno para a família”, conta Belén no texto apresentado ao concurso.

Em Villarrin de Campos, quando se aproximavam as datas festivas, os vizinhos se juntavam para cozinhar várias dezenas de rosquinhas no forno do padeiro ou padeira e depois as repartiam. E assim a receita das rosquinhas chegou às mãos da bisavó de Belén – e com ela seguiu para a Argentina, para onde a família emigrou após a guerra civil, em 1956. 

 

Nome da receita: “Rosquillas morenas – Dulzuras zamoranas

 

* Ingredientes | Quantidades: ***Masa: -4 yemas -250gr de azúcar -300gr de manteca de cerdo -Harina (cantidad necesaria para una masa suave) -Ralladura de limón -Pizca de sal -1 cucharadita de polvo de hornear. ***Cobertura: -3 claras un poco batidas -Maní tostado -Azúcar

* Modo de preparação: Se baten las yemas y el azúcar (bien batidas). Se agrega la manteca (punto pomada) y se bate un poco más. Se va agregando suavemente la harina con la sal, el polvo de hornear y la ralladura de limón. Se forma la masa. Se estira (de 1 cm aproximadamente). Se cortan y se pasan primero las claras batidas y luego por el maní mezclado con el azúcar. Se colocan en placas enharinadas y se cocinan en horno bien fuerte. Para retirarlas de las placas esperar que se enfríen.

 

A história da receita, por Belén Rodríguez

 

Mi abuela Ernestina Ferreras de la Fuente nació en 1939 en Villarrín de Campos, Zamora, España. Tras la guerra civil, en el año 1956, emigró hacia Argentina junto con sus padres, hermanos y hermanas. Con ellos vinieron sus expectativas, sueños y las esperanza de una mejor vida. Pero también trajeron parte de su tierra en cada bolsillo, en el acento, en las costumbres, en la cocina. Es así como gracias a ella, esta receta traspasó generaciones y fronteras. 

La historia remonta a mi tátara abuela, se llamaba María y falleció en Villarrin de Campos en el año 1945. Ella era panadera, pero en el pueblo no había panaderías tal como las conocemos hoy. La gente se acercaba a la casa de la panadera con la harina y cocinaba su propio pan en el horno para la familia. En Villarrin de Campos, cuando se aproximan las fechas festivas tales como 1º de Mayo, el día de Cristo, bautizos, casamientos, entre otras, desde aquellos tiempos hasta la actualidad, los vecinos se juntan para cocinar varias docenas de rosquillas en el horno del panadero o panadera y luego las reparten. La receta de las rosquillas llegó a las manos de mi bisabuela, quien comenzó a hacerlas pero ahora no como oficio sino para consumo familiar. Con el golpe de la Guerra Civil y la difìcil recuperación del orden en el país, faltaba harina para cocinar y se vieron forzadas a pausar la tradición culinaria.

Al venir a Argentina mi bisabuela afortunadamente pudo retomar la tradición. Luego, tras su fallecimiento, la familia recordaba con anhelo las rosquillas, por lo que mi abuela decidió tomar las riendas y comenzar a cocinarlas; su padre le pasó la receta y a partir de ahí nunca más faltaron las rosquillas en las fiestas. Ahora cada vez que cocina las rosquillas morenas para mis primos y para mí, recuerda una anécdota de cuando ella era pequeña: un día su madre estaba haciéndolas y una de las masitas cayó por fuera de la bandeja, entonces ella, que adoraba estas rosquillas, decidió asomarse al gigante horno de barro para volver a colocarla. Su madre alcanzó a verla mientras estaba dentro del horno y la quitó inmediatamente, con un reto de por medio, pensando que quería comerse una rosquilla caliente y la dejó sin comerlas, incluso cuando se enfriaron. Hoy, mi abuela , con gracia, dice que podemos comer todas las que queramos, y ella también. 

En el año 2007 mi abuelo, también inmigrante español, junto con otros españoles, fundaron el Centro Castellano y Leonés en Bahía Blanca, un lugar de encuentro para aquellas personas oriundas de España y sus familias. Toda mi familia, y yo incluida, somos voluntarios de este Centro, colaborando en los eventos. Mi abuela, miembro de la comisión, asiste y organiza reuniones, cenas y té-bingo para recaudar fondos. Buscando homenajear la comida típica de su tierra, mi abuela propuso cocinar a los socios las tradicionales rosquillas morenas. Desde aquel día en que las sirvieron, son el infaltable de todos los eventos y siempre preguntan por “las masitas de Ernestina”. Se convirtieron en un símbolo tradicional para el Centro Castellano y Leonés, que con su sabor, la añoranza del pasado se hace presente en cada encuentro, reaviva recuerdos y alimenta los lazos interculturales”.

 

Las “masitas”

Vale aclarar que se les dice rosquillas morenas porque originalmente tenían un agujerito en el medio. Cuando mi abuela comenzó a hacerlas para la familia, como no tenía moldes, las agujereaba con un dedal, pero cuando comenzó a cocinarlas para los eventos del Centro, las modificó, dado que no es práctico hacer con aquel utensilio 60 docenas de rosquillas, asique con el tiempo se transformaron a galletitas, o como son llamadas en Bahía Blanca, “masitas”. Además, en Villarrín de Campos, se preparaban con grasa de cerdo casera derretida, pero en la actualidad mi abuela las hace con grasa refinada para facilitar la preparación.

 

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