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20

nov
2019

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Curtas-metragens de seis países foram habilitados no concurso de vídeos sobre diversidade sexual 

Em 20, nov 2019 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

Foto: Kaloian/ Secretaría de Cultura de la Nación de Argentina

 

Quatorze vídeos foram habilitados no Concurso de curtas audiovisuais “Diversidade sexual e de gênero: direitos e cidadania”, lançado pelo programa IberCultura Viva em colaboração com o Ministério de Desenvolvimento Social (MIDES) do Uruguai. As propostas são provenientes de Brasil (5), Argentina (3), México (2), Peru (2), Chile (1) e Espanha (1). Elas passarão para a próxima etapa do edital e serão avaliadas por uma comissão composta por um representante do MIDES e pessoas de três países membros do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva. Dez curtas serão premiados com 500 dólares cada.

Entre os critérios que serão levados em conta na avaliação dos curtas-metragens se encontram a realização técnica, a originalidade temática e a adequação aos objetivos do tema. Receberão maior pontuação os vídeos cujos conteúdos promovam a reivindicação, visibilidade e fortalecimento dos coletivos LGBTIQ; promovam a ruptura de estereótipos discriminatórios; reflexionem sobre práticas culturais da comunidade LGBTIQ, e enfatizem boas práticas da comunidade LGBTIQ que contribuem para a diversidade na região ibero-americana.

A Comissão de Avaliação se reserva o direito de desqualificar os vídeos que considere que não correspondam ao tema do edital. Em caso de empate, será concedida maior pontuação aos vídeos apresentados por pessoas pertencentes à comunidade LGBTIQ, povos originários e/ou mulheres, sendo a somatória das três condições considerada como maior pontuação. Além disso, será utilizado como critério na seleção a distribuição geográfica das propostas selecionadas, de modo que possam ser conhecidas diversas iniciativas culturais existentes nos países da região, desde que existam projetos que obtenham ao menos a nota mínima de 55.

 

O concurso

Lançada em 28 de junho para comemorar os 50 anos da revolta de Stonewall, um marco para os movimentos pró-direitos da população LGBTIQ, a convocatória estava destinada a pessoas maiores de 18 anos dos países membros do programa IberCultura Viva: Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Cuba (país convidado), Equador, Guatemala, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai. As inscrições estiveram abertas na plataforma Mapa IberCultura Viva até a sexta-feira 15 de novembro. 

 

Confira a lista de vídeos habilitados:

Informação aos Interessados I: Etapa de habilitação – Concurso de curtas “Diversidade sexual e de gênero: direitos e cidadania”

Leia também:

IberCultura Viva lança concurso de curtas-metragens sobre diversidade sexual com enfoque em direitos

 

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15

nov
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Conheça os projetos ganhadores dos Concursos de Pontos de Cultura do Peru

Em 15, nov 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

O Ministério de Cultura do Peru divulgou a lista de ganhadores dos Concursos de Projetos para Pontos de Cultura 2019. Esta é a primeira vez que o programa, impulsionado no país desde 2011, entrega prêmios em dinheiro às organizações culturais comunitárias reconhecidas como Pontos de Cultura. O montante total é de 172 mil soles (cerca de 51 mil dólares) distribuídos em dois concursos: Ações Públicas e Equipamento. 

O concurso de Ações Públicas busca promover o acesso dos cidadãos a diversas formas de expressão artístico-culturais, como festivais, concertos, mostras, feiras e/ou intervenções, atividades que fortaleçam a identidade desde a arte e a cultura, e que propiciem o uso e a apropriação de espaços públicos. Para este concurso serão concedidos oito apoios de até 14 mil soles (cerca de 4 mil dólares).

O concurso de Equipamento está voltado para a melhora das condições logísticas dos Pontos de Cultura para fortalecer seu trabalho comunitário. Serão concedidos três apoios com um montante máximo de 20 mil soles (cerca de 6 mil dólares) por cada ganhador. 

 

Ganhadores do “Concurso de Projeto de Equipamento para Pontos de Cultura”:

  • Asociación Civil Social Creativa – Região: Ica – Proyecto “Implementación Orquesta Sinfonica Infantil Red Musical Chinchana” (montante solicitado: $20.000  soles)
  • Comité de Defensa del Patrimonio Cultural y Natural de Mangomarca – CODEPACMA – Região: Lima – Proyecto “Equipamiento para Punto de Cultura CODEPACMA” (montante solicitado: $18.184 soles)
  • Asociación Microcine Tarpuy – Região: Puno – Proyecto “Acciones Audiovisuales y Cine Foros Comunitarios” ($.20.000 soles)

 

Ganhadores do “Concurso de Projetos de Ações Públicas para Pontos de Cultura”:

  • Patronato Cultural de Yurimaguas Shungos – Região: Loreto – Proyecto “Carnaval del Achiote (montante solicitado: $14.000)
  • Organización Centro Cultural Qatariy Ayacucho-Perú – Região: Ayacucho – Proyecto “IV Festival Ayacuchano ‘Yuraq Cuculí – Paloma Blanca’ – Encuentro de Teatro 2020 (montante solicitado: $14.000 soles) 
  • Asociación Casa de la Mujer Carmelitana – Região: Ica – Proyecto “Revaloración de la identidad cultural desde la danza, la pintura y difusión del libro Cuentos, Mitos y Leyendas del Carmen” (montante solicitado: $14.000 soles)
  • Asociación Caminemos Unidos – Região: Áncash – Proyecto “Festival Comunitario ACU 2020 – Arte y Cultura para Todos” (montante solicitado: $ 13.992)
  • Lunasol Centro de Investigación, Educación y Creación Artística –  Região: Lima – Proyecto “VI Encuentro Internacional de Todas las Artes, Minkarte” (montante solicitado: $14.000 soles)
  • Parió Paula Percusión – Região: Lima – Proyecto “Encuentro Vibrando Alto: Mujeres Sonoras y Empoderadas” (montante solicitado: $14.000 soles)
  • Centro Cultural Illary Producciones – Região: Lima – Proyecto “Sikuillariy y Antaras de Caral” (montante solicitado: $14.000 soles)
  • Selvámonos – Região: Pasco – Proyecto “Semana Cultural” (montante solicitado: $14.000 soles)

 

Leia também:

Primeiros concursos de projetos para Pontos de Cultura são apresentados no Peru

 

 

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15

nov
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Carta da Cidade de San Luís Potosí pelos Direitos Culturais: uma construção participativa 

Em 15, nov 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Fotos: Karina Tapia e Gerardo Daniel Padilla

 

A Direção de Cultura do Governo Municipal de San Luis Potosí, em parceria com o Escritório da UNESCO no México, promoverá uma série de encontros culturais (com entrada livre) para a recompilação de opiniões que deem corpo e conteúdo à Carta da Cidade de San Luis Potosí pelos Direitos Culturais. Estão previstas rodas de conversa, videoentrevistas, espaços de diálogo sobre regulamentação local, identificação de prioridades e recebimento de propostas de ação desde a perspectiva da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, e mesas de trabalho com grupos focais.

A Carta da Cidade de San Luis Potosí pelos Direitos Culturais é um instrumento vinculante, que serve para reconhecer, proteger e garantir o desfrute pleno dos direitos culturais para pessoas habitantes e visitantes da capital potosina. Sua rota de elaboração é participativa e intersetorial, desenhada localmente, mas ancorada nos marcos internacionais. Busca estruturar-se em torno dos princípios de universalidade, não discriminação, interdependência e indivisibilidade, atenção prioritária, não regressividade, progressividade, subsidiariedade, solidariedade, cooperação e sustentabilidade responsável.

Espaços de construção coletiva

A partir da Mesa Intersetorial e de Desenho para a Governança Cultural, órgão cidadão, técnico e auxiliar da Direção de Cultura, se integrará um “Comitê de Perspectivas”, que orientará as premissas de elaboração da Carta em matéria de localismo, gênero, interculturalidade e diversidade. De igual forma, se prevê a formação de um corpo acadêmico com diferentes centros de pesquisa e universidades potosinas para o processamento técnico da informação coletada ao longo dos momentos de diálogo e intercâmbio.

As temáticas são retomadas a partir dos sentidos de política cultural estabelecida no Plano de Desenvolvimento 2018 – 2021 de San Luis Potosí: 1) Direitos Culturais e Democracia Cultural, 2) Direitos Culturais e Fomento à Criatividade, e 3) Direitos Culturais e Equidade Territorial – esta última é a linha estratégica da qual sairá o Programa de Desenvolvimento Cultural Comunitário 2020 “PROCOMÚN”, também em atual processo de planejamento participativo.

 

 

Jornadas UNESCO San Luis

“Direitos Culturais e Equidade Territorial” será o tópico central para as três mesas de diálogo e a roda de conversa inicial, durante a 1ª Jornada de Trabalhos UNESCO San Luis, que será realizada no sábado 7 de dezembro na Universidade Autônoma de San Luis Potosí. A atividade, que se realizará das 9h às 15h, contará com a participação da peruana Gloria Lescano, do brasileiro Alexandre Santini e das mexicanas Karen Gutiérrez, de Zapopan, Jalisco, e Niurka Chávez, da Cidade do México.

A jornada será moderada pelo potosino Juan Tejada Colón, especialista em Direitos Urbanos, e comentada por Carlos Tejada Wriedt, coordenador dos setores de Cultura e Ciência dos Escritórios da UNESCO no México.

Um exercício de cooperação

A iniciativa “UNESCO San Luis: Por uma Carta da Cidade de San Luis Potosí pelos Direitos Culturais” é um exercício de cooperação multilateral que parte do reconhecimento da atual carência de uma normatividade local em matéria de cultura, desenvolvimento cultural e direitos culturais para a capital potosina; o que se busca, por tanto, é elaborá-la e construí-la de maneira participativa. Esse esforço responde diretamente à recente aceitação do município como integrante da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais, impulsionado em coordenação com a representação da UNESCO no México, e sob a observação da Comissão Estatal de Direitos Humanos de San Luis Potosí.

Uma vez concluído o período de deliberação e recebimento de propostas, a UNESCO no México, por meio de seus especialistas, fará leituras críticas do rascunho da Carta, com recomendações em matéria de direitos culturais a partir dos informes da Relatoria Especial das Nações Unidas. Também conciliará o documento, seus alcances e seu processo de elaboração, com a Recomendação Geral 21 do Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e com suas seis convenções mundiais em matéria de cultura.

 

Saiba mais: https://bit.ly/33MY3wJ

https://www.laculturaesunderecho.org/

Consultas: unescosanluis@sanluis.gob.mx

A Municipalidade de San Luís Potosí (México) é uma das integrantes da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. Saiba mais sobre a rede em https://iberculturaviva.org/rede-de-cidades/

13

nov
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Edital da linha de fomento a processos de Cultura Viva Comunitária no Equador tem prazo ampliado

Em 13, nov 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Foi ampliado até 8 de dezembro o prazo do edital para a linha de fomento de processos de Cultura Viva Comunitária no Equador. Será investido um total de 200 mil dólares para o financiamento de 25 projetos – cada um receberá 8 mil dólares.

As três categorias para a apresentação de projetos são: memória e identidade; interculturalidade; e transmissão de saberes. O processo de postulação se realiza de maneira digital através da página web do Instituto de Fomento das Artes, Inovação e Criatividades (IFAIC): www.fomentocultural.gob.ec

Esta linha de fomento tem como objetivos potenciar os processos alcançados pela gestão cultural comunitária no país; contribuir para o fortalecimento e a sustentabilidade dos processos da Cultura Viva Comunitária; visibilizar identidades, valores e significados comunitários, colaborativas e solidárias, assim como comunicar, transmitir e difundir saberes, experiências e aprendizagens, através da arte, da inovação e da criatividade.

Para este edital, entendem-se como processos de Cultura Viva Comunitária as múltiplas práticas e experiências contínuas, autônomas, criativas e inovadoras que surgem desde as comunidades, coletivos e organizações culturais de base comunitária existentes nos espaços e territórios urbanos e rurais, que revitalizam identidades, valores e significados; que fortaleçam o tecido e coesão social; e que incidam na vida política, econômica e social da coletividade.

 

Saiba mais: https://www.fomentocultural.gob.ec/?p=1291

Fonte:  Ministerio de Cultura y Patrimonio

 

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12

nov
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Uma tarde de alegria: a visita de Carlinhos Brown a uma escola primária de Montevidéu

Em 12, nov 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Fotos e vídeo: Pancho Pastori & Joaquín González

 

“Quem está contente levanta a mão e grita”, pediu Carlinhos Brown aos meninos e meninas que foram vê-lo no ginásio da Escola Brasil de Montevidéu, na tarde de segunda-feira, 4 de novembro. A gritaria foi imensa. Assim como havia sido uma meia hora antes, sem nenhum pedido prévio, quando o músico brasileiro – que desde 2018 é embaixador ibero-americano da cultura – entrou no pátio desta escola primária, no bairro de Pocitos, para uma visita e uma breve apresentação musical para alunos e professores. A atividade, realizada pela Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) em conjunto com o programa IberCultura Viva, encerrou a programação da 3ª Semana da Cooperação Ibero-americana. 

Foi uma tarde de alegria, acompanhada também pelo percussionista e luthier uruguaio Fernando “Lobo” Nuñez, que subiu ao palco comovido com a recepção das crianças. “Esta paisagem é a mais linda que há, cheia de pimpolhos. É uma honra estar aqui”, disse o “Lobo” antes de sentar-se diante de um dos tambores para tocar candombe com Brown e os percussionistas das organizações culturais comunitárias convidadas para este encontro em Montevidéu. Os coletivos presentes (Nación Zumbalelé e Tierra Negra, do Uruguai, e La Bombocova, da Argentina), além de trabalhar com percussão nas atividades de suas comunidades, foram selecionados para os intercâmbios do edital IberEntrelaçando Experiências, lançada este ano pelo IberCultura Viva.

(Fotos: Pancho Pastori & Joaquín González)

Jogos de Ritmo

Antes da apresentação do grupo de percussionistas, os argentinos Laura Rabinovich e Santiago Comin, de La Bombocova, demonstraram no palco a metodologia “Juegos de Ritmo”, que adotam em suas atividades desde 2005 e que levarão a Cuba em dezembro, em um dos projetos de intercâmbio ganhadores do edital IberEntrelaçando Experiências. A proposta pedagógica utiliza o corpo, instrumentos convencionais ou elementos cotidianos como tubos e baldes transformados em instrumentos. Na Escola Brasil, os alunos fizeram a festa dançando e tocando com um par de varas nas mãos e nas cabeças (como “antenas tristes” e “antenas felizes”).

Os Jogos de Ritmo de La Bombocova: “antenas felizes” (Foto: Dirección Nacional de Cultura/MEC)

 

“Estou enamorado desta terra”, disse Carlinhos Brown aos entusiasmados meninos e meninas que não se cansavam de brincar. “Estou muito emocionado e agradecido pela oportunidade de ter este dia de sonho, de coisas mágicas, neste posto em que colocaram de embaixador ibero-americano da cultura. Vou sair daqui maior. Estou muito feliz.” 

A agenda do músico brasileiro no Uruguai – que começou no domingo com uma visita ao Centro Cultural La Calenda, onde funciona a oficina de “Lobo” Nuñez, e seguiu pelas ruas de Palermo com a comparsa Valores de Ansina – terminou no final da tarde desta segunda-feira com um reconhecimento de seu trabalho. Carlinhos Brown foi nomeado “Visitante Ilustre” da cidade de Montevidéu por parte do intendente (prefeito) Christian Di Candia. “Que a cultura, a música, nos transforme e nos integre em uma América Latina mais unida, mais viva e mais feliz”, afirmou o embaixador ibero-americano da cultura após receber a distinção na Intendência de Montevidéu. Axé.

 

 

Leia também:

Um dia de candombe com Carlinhos Brown pelas ruas de Montevidéu 

Carlinhos Brown e a “orquestra humana de boas forças”: um dia de roda de conversa sobre cultura comunitária no Uruguai

El embajador iberoamericano de la cultura Carlinhos Brown visita la cooperación iberoamericana en Uruguay (SEGIB)

 Carlinhos Brown y la unión con Uruguay a través del tambor (EFE)

 

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12

nov
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Carlinhos Brown e a “orquestra humana de boas forças”: um dia de roda de conversa em Montevidéu

Em 12, nov 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

“Bom dia. Sou Antônio Carlos Santos de Freitas e estou embaixador ibero-americano da cultura”. Foi assim, modestamente, que Carlinhos Brown se apresentou na roda de conversa sobre cultura comunitária que deu início à segunda jornada de sua visita ao programa IberCultura Viva em Montevidéu (Uruguai), na segunda-feira 4 de novembro. A atividade, que fez parte da programação da Semana da Cooperação Ibero-americana, reuniu representantes da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB), da Direção Nacional de Cultura (MEC), do IberCultura Viva e de Pontos de Cultura do Uruguai e da Argentina. 

Sentado no meio do círculo de cadeiras armado na entrada do Museu do Carnaval, o músico brasileiro contou sobre sua experiência com o projeto social que desenvolve no Candeal, bairro onde nasceu (em 1962), em Salvador. A Associação Pracatum Ação Social, fundada por ele em 1994, conta com dois programas principais: Tá Rebocado, voltado para o desenvolvimento comunitário, e Pracatum, a escola de música e tecnologias. E ainda que a iniciativa tenha partido dele, Carlinhos fala sempre no coletivo, dividindo as conquistas com o grupo de percussionistas que começou os trabalhos no bairro. “Criou-se ali uma nova forma de liderar a comunidade e isso foi uma revolução”, afirma. “Na verdade, nunca me considerei uma liderança, e sim uma mirada atenta junto a outras miradas. Cada um tem seu momento de fazer silêncio para aprender com o outro”.

Ao longo das duas horas em que esteve no Museu do Carnaval, Carlinhos Brown escutou atento a todas as pessoas que falaram sobre suas experiências em seus territórios. Os coletivos convidados – La Bombocova, da Argentina, Nación Zumbalelé e Colectivo Tierra Negra. Espacio Chirimoya, do Uruguai –, além de trabalhar com percussão nas atividades de suas comunidades, foram selecionados para os intercâmbios do Banco de Saberes do Edital IberEntrelaçando Experiências, lançado este ano por IberCultura Viva. O músico brasileiro quis conhecer um pouco dos projetos de cada um deles, compartilhou algumas de suas inquietudes, e ficou contente de saber que “O milagre do Candeal”, documentário sobre suas iniciativas musicais na comunidade, havia inspirado os companheiros ali presentes.

 

Uma cidadania multicultural 

Integrantes da Cooperativa Nación Zumbalelé, os candomberos Gustavo Fernández e Gonzalo Palacios contaram como os tambores os levaram ao Brasil e como o documentário dirigido pelo espanhol Fernando Trueba em 2004 acabou sendo uma das principais referências deste coletivo de Salinas. “Ver este filme sobre o processo do Candeal foi fundamental para a gente naquela época, não só para montar uma comparsa (um bloco carnavalesco), mas também para construir um projeto social”, afirmou Fernández. “(Escolhemos o nome) Nación Zumbalelé porque tentávamos criar esta sensação de nação, formar uma nação de pessoas e grupos que se tocam”, completou Palacios.

A cooperativa, que veio através do movimento do bairro pela comparsa, atualmente trabalha também em escolas e prepara um festival chamado Nazoombit, que este ano chega à sétima edição. O evento, além de um fórum social, é um festival internacional de dança e percussão, realizado por meio de articulações com outras organizações sociais e organismos do Estado que trabalham pela equidade racial. A iniciativa é pioneira no departamento de Canelones no desenvolvimento de atividades como estas, para a construção de uma cidadania multicultural e inclusiva, a partir da articulação sociedade civil-Estado.

 

Gonzalo Palacios e Gustavo Fernández, da Nación Zumbalelé: inspiração no projeto de Brown em Salvador

 

O devir da diáspora africana

O outro Ponto de Cultura uruguaio presente, Tierra Negra, é um coletivo de ação social, cultural e artística que existe desde 2010 na cidade de Fray Bentos. “Começou como um projeto musical, quando familiares e amigos nos juntamos para aprender a música que tinha a ver com o aporte da diáspora africana na América Latina e no Caribe. Vivíamos estudando as rítmicas, e o candombe passou a se transversalizar aí, não somente como esta cultura ancestral, musical, mas também como fundamento sobre como nos relacionamos, como compartilhamos com os demais”, contou a percussionista Lucía Quiroga, uma das fundadoras do coletivo.

Desde 2013 Tierra Negra conta com o Espacio Chirimoya, um espaço onde se canta, dança e toca, e onde as diversas áreas de ação do projeto se articulam, se conjugam, criando a oportunidade de intervir no (e a partir do) comunitário. Nesta aposta pela cultura comunitária como possibilidade de transformar realidades através da arte, seus integrantes fazem intervenções em praças, espaços e instituições, buscando impulsionar o fazer cultural desde o coletivo e propiciar o intercâmbio de saberes em múltiplas temáticas. 

 

O ritmo como fio condutor

La Bombocova, a organização argentina convidada a participar deste encontro, é uma associação civil e produtora artística de Buenos Aires, nascida do teatro comunitário dos bairros de La Boca e Barracas, e que conjuga em suas propostas diversos elementos das artes cênicas, como a música, a dança, o teatro e o circo. Formada por uma equipe multidisciplinar, com cerca de 30 artistas, docentes e gestores, leva más de 25 anos de trajetória na criação de espetáculos, seminários e oficinas, e desde 2013 está constituida como uma associação civil para o desenvolvimento de programas de integração social.

A proposta pedagógica que La Bombocova utiliza em suas atividades desde 2005 é uma metodologia própria, chamada “Jogos de Ritmo”. “É um método que tem a ver com ritmos, não só dos tambores, mas também do corpo”, explicou o percussionista Santiago Comin, diretor da organização, que participou da roda de conversa ao lado da coordenadora da área de dança, Laura Rabinovich. Com esta ferramenta para multiplicar a arte comunitário, eles realizam oficinas de música e brincadeiras com instrumentos reciclados e convencionais, dinâmicas de ritmo em grupos para crianças e jovens, batucadas, aulas de cajón peruano, teatro de bonecos, dança e jogos teatrais, entre outras atividades. O ritmo é o vínculo e fio condutor de cada uma das propostas.

 

Santiago Comin, Laura Rabinovich. Carlinhos Brown, Diego Benhabib e Alejo Ramírez (SEGIB)

Fortalecendo as políticas culturais

Antes que os convidados falassem de seus projetos, Diego Benhabib, coordenador do Programa Pontos de Cultura da Argentina e representante da presidência do IberCultura Viva, explicou aos participantes do encontro como funciona este programa de cooperação ibero-americana que trata de promover e fortalecer as políticas culturais de base comunitária da região. 

“A partir do IberCultura Viva apoiamos distintos projetos de redes e promovemos o intercâmbio de saberes, buscando valorizar os saberes comunitários e populares que as organizações têm, tanto em termos de produções artísticas como em metodologias de intervenção territorial”, comentou Benhabib, ressaltando também o propósito de criar espaços de formação, inclusive com a concessão de bolsas para o Curso de Pós-graduação Internacional em Políticas Culturais Comunitárias, ministrado de modo virtual pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO-Argentina).

O modelo brasileiro de Pontos de Cultura, que inspirou outros países a trabalhar em uma lógica similar (“a lógica de reconhecer o trabalho das organizações e coletivos culturais em seus territórios, valorizando aqueles que trabalham para melhorar as condições de vida de suas comunidades”), também foi abordado por Diego Benhabib, assim como a importância de criar políticas públicas não necessariamente de bairro, mas que se comprometam com a sociedade e tratem de transformá-la através de consensos populares, que incluam projetos de vida e tenham a cultura como ferramenta central.

 “No IberCultura Viva seguimos tratando de fortalecer as políticas culturais de base comunitária. Seguimos dialogando, conversando com os atores principais, que são os coletivos culturais, porque toda transformação é coletiva. Se não é coletiva, não se sustenta no tempo, não tem impacto”, afirmou o representante da presidência do programa.

 

Um espaço para o intercâmbio 

Encontros como este, além de proporcionar um espaço de diálogo e intercâmbio de experiências entre as organizações culturais comunitárias, são também uma boa oportunidade de juntar forças. “Que esses encontros promovidos pela SEGIB nos tragam unidade, para que sejamos verdadeiramente uma orquestra humana de boas forças”, disse Carlinhos Brown. 

Durante esta manhã no Museu do Carnaval, os participantes do encontro não apenas apresentaram os projetos que realizam em suas comunidades, como também dividiram alguns dos problemas que enfrentam no cotidiano de seus trabalhos. O racismo, o preconceito em torno das religiões de matriz africana, o separatismo social, os desafios para manter os jovens das comunidades longe do álcool e do tráfico de drogas, a dificuldade de obter recursos e inclusive reconhecimento pelo trabalho comunitário, foram alguns dos temas abordados pelo grupo durante o bate-papo. 

“Trabalhamos com ferramentas ancestrais e agregamos costumes de positividade a uma sociedade que se perde e se distancia a todo tempo. Juntamos pessoas e etnias através de tambores e movimentos artísticos. Trabalhamos com o ser humano, mas parece que isso não é meritório”, comentou Carlinhos Brown. “Parece que estamos abaixo da luz (não da luz divina, mas da luz da mirada), como alguém que está de festa todos os dias. As pessoas imaginam que a gente se embebeda todos os dias, e isso em toda a parte do mundo. Mas, na verdade, temos um trabalho que se antevém ao dos médicos, dos advogados, à prisão, porque trabalhamos em zonas de risco, com pessoas de todos os tipos, sem oportunidades. Somos militantes sociais, e ainda que sejamos pessoas de bom coração, não somos ‘bonzinhos’. Somos técnicos e necessitamos ser vistos assim.”

Segundo Brown, “somos ‘perigosos’ porque somos um movimento de paz, não nos conformamos com a forma que o mundo tem tratado nossos iguais”. “Por isso temos que ser organizações potentes, que se conjuntam, porque a moeda mais valiosa que existe hoje é o conhecimento. Quanto tempo levará para que tenhamos a atenção que deveríamos ter? (…) Necessitamos que aqueles que estão em cima ajudem os que estão abaixo. Precisamos de fundos que possam fazer nossos trabalhos sustentáveis. Que olhem para nós, para que à nossa maneira, pela força do nosso trabalho, refaçamos uma sociedade mais justa e não violenta.”

 

Leia também:

 

Um dia de candombe com Carlinhos Brown pelas ruas de Montevidéu 

El embajador iberoamericano de la cultura Carlinhos Brown visita la cooperación iberoamericana en Uruguay (SEGIB)

Carlinhos Brown y la unión con Uruguay a través del tambor (EFE)

 

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12

nov
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Um dia de candombe com o embaixador ibero-americano da cultura Carlinhos Brown no Uruguai

Em 12, nov 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Fotos e vídeos: Pancho Pastori & Joaquín González

Ao entrar no Centro Cultural La Calenda, onde funciona a oficina do percussionista e luthier Fernando “Lobo” Nuñez, no Barrio Sur de Montevidéu (Uruguai), Carlinhos Brown viu os tambores no corredor e seguiu logo na direção deles. Do outro lado do prédio, pessoas faziam sinais para o músico brasileiro, como se ele tivesse se equivocado de rumo. “Estamos aqui!”, gritavam. Carlinhos deu mais uns passos, saudou os instrumentos, levantou mãos e olhos para o alto, sorriu e finalmente se dirigiu ao estúdio onde estavam Lobo Nuñez e seus convidados. Não havia se equivocado. Sempre que há tambores em um lugar, ele os reverencia primeiro. “Os tambores evocam o melhor da nossa alma.  Eles têm uma riqueza ancestral, nossos avós estão todos aí”, explicou. 

A visita ao espaço de Lobo Nuñez, no domingo 3 de novembro, foi a primeira atividade de Carlinhos Brown em Montevidéu como embaixador ibero-americano da cultura, título que recebeu da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) em abril de 2018. Esta programação no Uruguai, realizada em conjunto com IberCultura Viva, fez parte da 3ª Semana da Cooperação Ibero-americana (de 28 de outubro a 4 de novembro), promovida em várias cidades para dar visibilidade aos 27 programas, iniciativas e projetos de cultura, educação, ciência e coesão social que melhoram a vida das pessoas nos 22 países da Ibero-América. 

Foram dois dias de alegria, em meio a encontros, reencontros e atividades variadas com representantes de organizações culturais comunitárias do Uruguai e da Argentina. “Foi histórico, inesquecível”, celebrou o músico brasileiro, que passou por momentos emocionantes desde os primeiros minutos desta agenda. A começar pelo reencontro com Lobo Nuñez, um dos principais nomes do candombe uruguaio, a quem não via desde a década de 1980. Carlinhos foi à oficina de Lobo com a sensação de que aquele nome lhe era familiar, mas só o reconheceu mesmo quando chegou lá, depois das saudações iniciais aos tambores no corredor. “Fernando viveu no Pelourinho (Salvador, Bahia) em 1982, foi um de meus mestres. É um grande músico, um grande luthier, deixou um legado na Bahia”, afirmou, comovido. 

Uma prática comunitária

Instalado na antiga usina de gás do Barrio Sur, berço da cultura afro-uruguaia, o Centro Cultural La Calenda é a sede da Asociación Civil La Calenda, que promove atividades culturais e sociais em torno do candombe e outros ritmos de origem africana. Neste espaço se encontram a oficina de fabricação de tambores El Power, de Lobo Nuñez, uma sala de ensaios para músicos que queiram usá-la, e o Museu do Candombe, onde está um acervo de objetos e registros familiares e da cultura afro no Uruguai. Para eles, o candombe não é só a expressão de uma resistência, mas também uma festividade musical uruguaia, um símbolo e uma manifestação da memória da comunidade, uma prática social coletiva arraigada na vida diária. 

“O candombe aqui em suas origens, no início do século passado, não estava permitido. Só nos permitiam tocar em 6 de janeiro, Dia de Reis. Hoje se toca todos os dias, com toda a sociedade, com todas as coletividades neste país e fora dele”, contou Lobo na sala de ensaios de La Calenda. “Foi uma proposta cultural que não precisou nem de leis nem de decretos para admitir todo mundo. Quando saímos para tocar, ninguém pergunta a ninguém qual é seu partido político, sua orientação sexual, a que religião pertence, se tem dinheiro ou não tem… Todo mundo dança, toca e desfruta.”

Carlinhos Brown e Lobo na sala de ensaios, improvisando com os netos do luthier

 

Tendo os tambores como um idioma em comum, Brown e Nuñez recordaram os tempos “pré-axé music” na Bahia (Neguinho do Samba, que ficou conhecido como o criador do samba-reggae, também fazia parte deste grupo de percussionistas que se reunia no bairro do Pelourinho nos anos 1980), e falaram de suas escolas de música, dos projetos sociais que desenvolvem respectivamente no Candeal, em Salvador, e no Barrio Sur de Montevidéu. 

“Com o tambor temos conseguido muitas coisas”, comentou o percussionista uruguaio. “Temos feito um trabalho invisível através do tambor, sobretudo quando se trata de propor entretenimento, para que os jovens ocupem a cabeça com algo saudável. Só pelo fato de reunir, de convocar para tocar, já estamos contribuindo. Há muita gente que, enquanto toca, não está em outras atividades. Com cultura eu acredito que se possa ganhar da violência”, reforçou Lobo. “Eu digo a meus alunos, sobretudo aos que estão em situação de risco: ‘Venham tocar!’. Porque cada hora em que estão na percussão é uma hora a menos que dedicam a outras coisas. E eles saem dali ganhando vida”, complementou o brasileiro. 

A conversa se deu na sala de ensaios, enquanto os dois improvisavam nos tambores, acompanhados do filho e dos netos do Lobo, e de convidados como o percussionista Santiago Comin, da organização argentina La Bombocova, uma das beneficiadas com os intercâmbios do edital IberEntrelaçando Experiências, lançado por IberCultura Viva. Também estavam presentes integrantes de dois Pontos de Cultura uruguaios selecionados no mesmo edital (Nación Zumbalelé e Colectivo Tierra Niegra), além de representantes do IberCultura Viva, da SEGIB e da Direção Nacional de Cultura do Ministério de Educação e Cultura do Uruguai. O cantor, compositor, percussionista e ator Rubén “El Negro” Rada chegou ao final da visita para cumprimentar o músico brasileiro. Foi recebido com festa. 

Três gigantes da percussão: Carlinhos Brown, Lobo Nuñez e Ruben Rada

A festa na rua

Depois da visita a La Calenda, Carlinhos Brown, Lobo Nuñez, Ruben Rada e demais convidados foram assistir ao toque de cordas de tambores do Barrio Sur e Palermo. Ao chegar ao ensaio da comparsa Valores de Ansina, o músico brasileiro foi recebido com uma roda de capoeira, uma fogueira acesa no meio da rua para esquentar os tambores,  uma centena de abraços e beijos de toda parte. Com os tambores enfileirados, e as dançarinas à frente deles,  Brown deu início ao ensaio com a habitual saudação ao instrumento (e à ancestralidade) e seguiu com eles pelas ruas de Palermo, acompanhando o ritmo com um agogô. Chegou ao final do percurso com uma bandeira uruguaia pendurada sobre os ombros, e um sorriso largo, um tanto surpreso com o carnaval que encontrou no Uruguai. 

 

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El embajador iberoamericano de la cultura Carlinhos Brown visita la cooperación iberoamericana en Uruguay (SEGIB)

Carlinhos Brown y la unión con Uruguay a través del tambor (EFE)

(Vídeo da Agência EFE sobre a visita de Brown a Montevidéu)

 

 

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12

nov
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Uma “Varieté Comunitária” para encerrar o ano de Cultura de Bairro na cidade de Córdoba

Em 12, nov 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

 

Nesta sexta-feira 15 de novembro, na cidade de Córdoba (Argentina), haverá uma “Varieté Comunitária” para compartilhar as produções e processos artístico-culturais vividos em distintos bairros do município. Esta feira de organizações sociais contará com estandes de alimentos e produtos, oficinas, intervenções artísticas, espetáculos, narrações de histórias, projeções e rádio aberta. O evento terá entrada gratuita e se realizará das 18h às 21h na Plaza Seca del Paseo de las Artes (entre Achával Rodríguez e Belgrano, B° Güemes).

As propostas que serão apresentadas na feira representam projetos apoiados pelo programa municipal Cultura de Bairro durante o ano 2019. A iniciativa apoia projetos culturais realizados por organizações de base, mediante uma convocatória aberta e pública da Municipalidade de Córdoba. Este ano foram beneficiados 24 projetos: 

 

  1. . “Activando contra la violencia” Bº Villa Boedo. Organização: Mujeres Activando.
  2. “Construcción de Narrativas Audiovisuales Colectivas con perspectiva de Género” B° Los Naranjos. Organização: Cooperativa de Trabajo Caleidoscopio Ltda.
  3. “En la Memoria de les Niñes”. Bº IPV Arguello. Organização: Proyecto S. E. Abrapalabra y Escuela Primaria Hugo Leonelli.
  4. “Creación de la Mesa de G.C. del CIC Cabildo”. B° Cabildo. Organização: Espacio de Artistas Locales-Mesa de gestión CIC.
  5. “Jóvenes Sintonizados”. B° Villa Retiro. Organização: Jóvenes en Sintonía.
  6. “Interculturalidad, Sabores y Saberes Culturales”,  B° Güemes. Organização: Grupo de Mujeres Concretando Sueños (mujeres migrantes cordobesas).
  7. “El Bajo Templa Candombe”. B° Bajo Pueyrredon. Organização: A.C. Un Nuevo Comienzo C.C El Chapón.
  8. “La Nelly Editora”. B° Los Bulevares. Organização: Asociación Civil Biblioteca Popular Nelly Llorens.
  9. “Narrativas Disidentes en la Escuela”. B° Juan Pablo II y Centro. Organização: Enfoca- Colectivo de Fotógrafas, Comunicadoras y Diseñadoras.
  10. “Las Niñas y los Niños de la Julio Cortázar se preguntan a Viva Voz” B° San Vicente. Organização: Biblioteca Popular Julio Cortázar y radio Comunitaria La Quinta Pata.
  11. “De Historias y Resistencias de Lxs Wachxs del Tropezón” B° Villa El Tropezón, Villa El Sauce y La Toma. Organização: Lxs Wachxs del Tropezón.
  12. “Payaseria Comunitaria en Bº San Martin” B° San Martin. Organização: Las Napias Encuentro de Mujeres Payasas.
  13. “Taller de Iniciación Musical y Ejecución de Instrumentos”. B° Zepa B. Organização: Comedor El Polito con El Encuentro de Organizaciones.
  14. “Serigrafiando Ando” B° Márquez Anexo y Alrededores. Organização: Mesa de Niñez del Márquez Anexo.
  15. “Pachamama, Madre Tierra. Otro Modo de Encontrarnos” B° Villa 9 de Julio. Organização: Red Villa 9 de Julio.
  16. “La Favela Donde los Niños y las Niñas Intercambian saberes” B° La Favela. Organização: Favelita.
  17. “Nuestro Grito de Carnaval” B° Los Cortaderos. Organização: Murga Poderoso carnaval.
  18. “Acuerparse- Taller de Exploración y Memoria del Movimiento Destinado a la Población Trans de Córdoba Capital, Bº Centro, Transversal. Organização: Danza Munata en Asociación con Ser Trans.
  19. “Cuerpas en Movimiento” Bº Villa El Sauce y El Tropezón. Organização: Fundación La Morera, Centro de Salud 99 Bº Los Robles.
  20. “Las Voces del Barrio” Bº Villa Bustos. Organização: La Minga.
  21. “Entramándonos por el derecho a la Belleza” Bº Márquez Anexo. Organização: Grupo de Mujeres “Encuentro de lilas, mujeres en libertad”, Mesa de Gestión y Red de Mediadores Literarios VaiVen.
  22. “Ludobiblioteca andariega” Bº Villa El Tropezón. Organização: Red del Tropezón y el Sauce: “Remando entre barrios”
  23. “Mototeca biblioteca barrial móvil” Bº Rivera Indarte. Organização: Centro Vecinal de Villa Rivera Indarte.
  24. “Revista barrial La Vox de l@s chic@s de Cabildo. Bº Cabildo. Organização: Sedronar, Centro de Salud 97 y Centro de Acceso a la Justicia-Mesa de Gestión del C.I.C. Cabildo.

Mais sobre Cultura de Bairro

O programa surgiu como resposta a necessidades específicas de numerosas organizações culturais de bairros que vêm levando a cabo projetos nascidos das próprias comunidades, de maneira independente, e com dificuldades para dar continuidade a eles em virtude das limitações econômicas.

Neste sentido, o município somou uma modalidade de apoio, modificando o paradigma habitual de o Estado propor algo para os vizinhos, começando a dar lugar a projetos que surgem nas organizações e instituciones de base, verdadeiros protagonistas e conhecedores do território.

Cultura de Bairro busca fortalecer projetos culturais que promovem o acesso à cultura, à participação cidadã e o trabalho em rede para a resolução da complexidade de problemas enfrentados pelos territórios. Os distintos projetos funcionam como espaços recreativos que impactam positivamente em situações sociais complexas, ampliando direitos nos bairros da cidade.

 

Fonte: Municipalidad de Córdoba

* A Municipalidade de Córdoba é uma das integrantes do Grupo de Trabalho de Governos Locais de IberCultura Viva, formado em Quito (Equador) em 2017, para a articulação da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. Saiba mais sobre o GT em: https://iberculturaviva.org/rede-ibercultura-viva-de-cidades-e-governos-locais/

 

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07

nov
2019

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Como inscrever-se no Concurso de curtas “Diversidade sexual e de gênero: direitos e cidadania”

Em 07, nov 2019 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

(Foto: Kaloian/ Secretaría de Cultura de la Nación de Argentina)

 

O  concurso de curtas “Diversidade sexual e de gênero: direitos e cidadania” foi lançado em 28 de junho de 2019 pelo programa IberCultura Viva, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social do Uruguai (MIDES), com o objetivo de dar visibilidade aos aportes da comunidade LGBTIQ para o fortalecimento das identidades diversas. A iniciativa, que tem inscrições abertas até as 18h de sexta-feira 15 de novembro, premiará 10 vídeos com 500 dólares cada.

A seguir, apresentamos um guia para ajudar você a fazer sua inscrição.

 

OS CRITÉRIOS 

. Quem pode participar do concurso?

A convocatória está destinada a pessoas maiores de 18 anos dos países membros do programa IberCultura Viva: Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Cuba (país convidado), Equador, Guatemala, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai.

. Quais são os requisitos para a apresentação dos vídeos?

Os vídeos deverão ter duração mínima de 1 minuto e máxima de 3 minutos, incluindo os créditos iniciais e finais, e poderão pertencer a qualquer gênero audiovisual (documentário, ficção, animação, jornalístico, entre outros). Deverão estar dirigidos ao público em geral, com classificação etária livre, ser inéditos nos meios de comunicação e não podem ter sido inscritos em concursos anteriores.

. Que tipo de abordagem se espera dos vídeos?

O concurso aborda o tema da diversidade sexual com enfoque em direitos. A intenção é contribuir e chamar a atenção sobre a importância do respeito e da tolerância sobre as diferentes percepções em torno da identidade de gênero e da orientação sexual das pessoas, assim como a necessidade de inclusão das dissidências sexuais no pleno exercício dos direitos humanos e culturais.

. Quais serão os critérios para a seleção?

Entre os critérios que serão levados em conta na avaliação dos curtas-metragens se encontram a realização técnica, a originalidade temática e a adequação aos objetivos do tema. Receberão maior pontuação os vídeos cujos conteúdos promovam a reivindicação, visibilidade e fortalecimento dos coletivos LGBTIQ; promovam a ruptura de estereótipos discriminatórios; reflexionem sobre práticas culturais da comunidade LGBTIQ, e enfatizem boas práticas da comunidade LGBTIQ que contribuem para a diversidade na região ibero-americana.

. Devo publicar o vídeo diretamente na plataforma Mapa IberCultura Viva?

Não. A pessoa postulante deverá publicar seu vídeo em alguma plataforma de divulgação gratuita, como Vimeo ou YouTube, para depois incluir o link no formulário de inscrição do Mapa IberCultura Viva.

 

COMO INSCREVER-SE 

Desde agosto de 2018 as inscrições para os editais do IberCultura Viva são realizadas por meio do Mapa IberCultura Viva (https://mapa.iberculturaviva.org/). Nesta plataforma livre, gratuita e colaborativa, agentes culturais, organizações culturais comunitárias e povos indígenas podem, além de inscrever-se nos editais e concursos do programa, divulgar seus próprios eventos, espaços e projetos. 

. Já participei de outro edital do IberCultura Viva por meio desta plataforma. Devo me registrar de novo como agente individual?

Não é necessário. O campo “Registrar-se” na página inicial é usado apenas na primeira vez. Nas próximas vezes, você deve clicar “Ingressar” para ter acesso ao seu perfil. (Caso tenha esquecido a senha cadastrada, clique em “Olvidé mi contraseña”). Obs: Na primeira vez, ao fazer o registro, o agente é direcionado automaticamente para o perfil. Depois, será necessário clicar em “Editar” para poder acessar/modificar os dados do cadastro.

. Esta é a minha primeira vez na plataforma Mapa IberCultura Viva. Onde e como me inscrevo para participar do concurso?

Para inscrever-se no concurso, é necessário registrar-se antes como agente cultural no Mapa IberCultura Viva: https://mapa.iberculturaviva.org/. Esta plataforma permite o registro de dois tipos de agentes: individual e coletivo. Por agentes individuais entendemos as pessoas físicas, e por agentes coletivos, as organizações culturais comunitárias, povos indígenas, agrupações e instituições. 

No caso do Concurso “Diversidade sexual e de gênero: direitos e cidadania”, é obrigatório registrar o perfil de agente individual (a pessoa física que será responsável pela inscrição). Para isso, na página inicial da plataforma, clique em “Entrar”. Vá a “Registrar-se” e complete seu registro de usuário, preenchendo os dados necessários (nome, e-mail e senha). Com o login registrado, pode-se criar um perfil de agente. Aqui está um guia de como registrar-se na plataforma: https://iberculturaviva.org/manual/

. Uma vez concluído o registro como agente na plataforma, onde encontro o formulário de inscrição do concurso?

Quando tiver o perfil de agente registrado, clique em “Editais” (na parte superior da tela) e vá até o arquivo que aparece com o título em português: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/87/. (Brasileiros devem inscrever-se neste edital que está em português; o documento em espanhol é para os postulantes dos demais países membros do programa).

Para iniciar sua inscrição, clique no campo de busca, localize o nome da pessoa física titular do registro (deve ser um agente pessoa física previamente cadastrado) e selecione a opção “Realizar inscrição”. O sistema gera um número de inscrição, que você deve anotar e informar se precisar entrar em contato com o programa para obter alguma informação sobre a sua proposta.

Complete as informações requeridas no formulário de inscrição. A qualquer momento é possível salvar os dados de sua inscrição utilizando o botão “Salvar” no canto superior direito. Feito isso, é possível sair da plataforma e continuar o preenchimento em outro momento (antes do término do período de inscrições).

. Que dados e documentos devo apresentar para realizar a inscrição?

São dois formulários que devem ser preenchidos para postular a um edital do IberCultura Viva: o perfil de agente individual na plataforma (este mesmo cadastro servirá para outros editais e concursos do programa) e o formulário do edital em que se pretende inscrever. 

No caso deste concurso de curtas, deve-se informar no formulário o documento de identidade (e enviar uma cópia do documento), indicar se o/a autor/a pertence à comunidade LGBTIQ, se é afrodescendente ou pertencente a povos indígenas (basta informar “sim” ou “não”), se é integrante de coletivo ou rede (e detalhar o trabalho, se for o caso). Também é necessário preencher o termo de cessão de direitos (no formulário se encontra um modelo que pode ser baixado). Depois de completar este termo, deve-se assinar e devolver o documento à plataforma usando o scanner ou fotografando-o (há um botão “Enviar” para subir o arquivo) 

Além disso, deve-se informar o título do vídeo apresentado no concurso, fazer uma breve descrição dele e incluir o link do curta (publicado no Vimeo ou no YouTube). Caso o vídeo contenha falas que não sejam em espanhol ou em português, a tradução deve ir anexada ao formulário de inscrição. 

. Como saber se a proposta foi enviada?

Caso o seu registro de agente na plataforma não tenha sido completamente preenchido, não será possível enviar sua inscrição. O sistema apresentará um alerta (um ponto de exclamação “!” em vermelho, em que se deve clicar para saber onde está o problema). Se o erro estiver no registro de agente, será necessário clicar na sua imagem de perfil, na parte superior da tela, acessar “Meu perfil” e editar seu registro, completando todos os campos do formulário que estiverem marcados com o símbolo “*”. Também é preciso selecionar ao menos uma área de atuação, no canto superior esquerdo da página de registro.

A proposta será enviada para a participação no edital somente após o preenchimento de todos os campos do formulário e a inclusão dos anexos obrigatórios (o documento de identidade e o termo de cessão de direitos). Revise as informações antes de clicar em “Enviar inscrição”. Após o envio, não será possível editá-la. A plataforma exibirá a tela de confirmação do envio (o dia e o horário do envio aparecerão na tela com uma tarja verde).

 

Confira o regulamento do concurso: https://bit.ly/2ZSSiek

Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/87/

Como registrar-se no Mapa IberCultura Viva: https://iberculturaviva.org/manual/

Consultas: programa@iberculturaviva.org

 

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31

out
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Conheça os projetos selecionados na 5ª convocatória de Pontos de Cultura de Costa Rica

Em 31, out 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

 

A Direção de Cultura do Ministério de Cultura e Juventude de Costa Rica anunciou nesta quinta-feira (31/10) os 20 projetos selecionados na convocatória do programa Pontos de Cultura para serem realizados em 2019-2020. Um total de 131 milhões de colones (cerca de 222 mil dólares) será distribuído entre as propostas de diferentes regiões do país.

Foram selecionados 12 projetos de organizações com personalidade jurídica nas categorias “Espaços para uma cultura do bem viver” (4), “Meios e propostas de comunicação comunitária” (1), “Arte para a transformação social” (4), “Fortalecimento das iniciativas socioculturais” (1) e “Economia social e pequenos empreendimentos” (2).

Além disso, esta quinta convocatória de Pontos de Cultura selecionou oito projetos de organizações sem personalidade jurídica nas categorias “Espaços para uma cultura do bem viver” (1), “Meios e propostas de comunicação comunitária” (1), “Arte para a transformação social” (2) e “Fortalecimento das iniciativas socioculturais” (4).

A Comissão Selecionadora foi composta por representantes da Direção de Cultura do MCJ, universidades públicas e organizações culturais inscritas no Sistema de Informação Cultural (Si.cultura.cr). “Ser parte da Comissão Selecionadora foi muito enriquecedor, encontramos projetos muito bons e diversos que refletem a necessidade de continuar atuando nas comunidades do país”, afirmou Daniela Mora Parra, gestora de promoção cultural da Direção de Cultura.

 

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