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14

maio
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Participantes da Escola de Gestão Cultural Comunitária da Região Metropolitana de Santiago recebem certificados

Em 14, maio 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

Vinte e cinco representantes de organizações culturais comunitárias da Região Metropolitana de Santiago, no Chile, receberam seus diplomas após cumprirem os requisitos de frequência e participação na Escola de Gestão Cultural Comunitária, que se realizou de forma híbrida (presencial/virtual) de janeiro a março de 2022. A cerimônia de certificação decorreu no Palácio dos Álamos, em Santiago, no dia 14 de maio.

A iniciativa foi possível graças ao trabalho colaborativo entre a Mesa das Organizações Culturais Comunitárias da Região Metropolitana (Mesa OCCRM), a Escola de Gestores e Animadores Culturais (Egac) e o Programa Red Cultura do Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile, que realizaram este processo de formação em parceria com a Universidade de Guadalajara (México).

“Celebramos e parabenizamos esses espaços colaborativos que vêm para transformar a visão de culturas e artes, de organizações, cidadãos e territórios. Esse tipo de processo de formação em gestão cultural comunitária é importante porque os territórios são foco prioritário de desenvolvimento do país”, disse Alejandra Jiménez, secretária regional ministerial (seremi) de Culturas, Artes e Patrimônio da Região Metropolitana.

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Roberto Guerra, fundador e presidente da Egac, corporação que realiza esta formação, lembra que se trata de um esforço permanente para melhorar as capacidades dos atores culturais comunitários, e que desta vez se materializa com uma escola de prestígio na área, como a Universidade de Guadalajara . “Estamos muito satisfeitos com este processo de elevada exigência técnica e profissional, que contribui para a melhoria das competências dos agentes culturais”, afirmou.

Foram três meses de aulas virtuais e presenciais, num total de 60 horas, abordando as questões de gestão cultural, gestão cultural comunitária, elaboração de projetos, registro e sistematização de experiências. Durante este período, os alunos visitaram experiências no campo, como o Museu a Céu Aberto de San Miguel, a Escola de Música Enrique Soro de Quilicura e o Teatro do Grande Circo da comuna de Santiago.

Segundo a professora Joliette Otárolaigo, os professores eram constantemente testados e desafiados pelos alunos, mas isso também foi muito satisfatório. “Percebemos que somos muitas e muitos que seguimos trabalhando pelas culturas comunitárias e que acreditamos na democratização de espaços para todos”, disse ela.

Jorge Molina, um dos participantes do treinamento, destacou que além de aprender os conceitos, foi possível aplicá-los diretamente em seu trabalho diário. “Esta escola contribuiu muito porque deu conceitos e palavras a coisas que antes não identificávamos. Na verdade, mudamos vários processos a partir do que foi discutido em aula”, disse o aluno, que há 12 anos é integrante do Teatro Bus, organização comunitária que trabalha através do teatro com crianças e jovens na Quinta Bella de Recoleta.

Para Nibaldo Flores, que integra a Mesa de Organizações Culturais Comunitárias da Região Metropolitana, a Escola de Gestão Cultural Comunitária foi “um processo renovador” para essa articulação e um valioso espaço de encontro. “Foi importante não só para a formação, mas também para nos reencontrarmos e reconhecermos uns aos outros e os territórios”, disse, apelando à adesão de mais organizações culturais a esta instância.

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Não foi um processo fácil, como destaca Vania Fernández, responsável pelo Componente Fortalecimento de Organizações Culturais Comunitárias do Programa Red Cultura da Seremi de Culturas da Região Metropolitana, promotor e articulador desta iniciativa. Foram muitos os entraves, inclusive a pandemia, o distanciamento social e a burocracia, mas era um anseio e uma demanda relevante do setor.

“Estávamos dispostos e certos de que tinha que ser feito e conseguimos realizar esta Escola de Gestão Cultural Comunitária. É por isso que destaco especialmente as organizações que participaram e concluíram o seu processo de formação. Os conteúdos adquiridos serão muito úteis ao disponibilizá-los em suas tarefas de trabalho territorial comunitário”, disse Fernández.

Cinquenta organizações de 23 comunas da Região Metropolitana foram selecionadas para fazer parte da Escola de Gestão Cultural Comunitária. Entre eles estavam centros culturais, grupos de promoção e desenvolvimento artístico, rádios e museus comunitários, grupos de defesa do patrimônio, trabalho com crianças, fantoches, entre outros.

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.(Fonte: Ministério da Cultura, Artes e Patrimônio)

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14

maio
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Encontro Nacional de Gestão Cultural Comunitária: o projeto paraguaio selecionado no Edital de Apoio a Redes 2022

Em 14, maio 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

* Nome da rede ou articulação: Red de Puntos de Cultura

* Nome do projeto: Encontro Nacional de Gestão Cultural Comunitária do Paraguai

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O Encontro Nacional de Gestão Cultural Comunitária, proposto pela Rede de Pontos de Cultura do Paraguai no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022, será uma atividade híbrida (presencial/virtual) que acontecerá na cidade de Yaguaron, entre os meses de agosto e outubro de 2022. Além de estabelecer alianças entre os diversos espaços e centros culturais do país, o evento visa promover o diálogo intercultural e multicultural por meio do intercâmbio de boas práticas comunitárias, e instalar competências em gestão cultural, com ênfase nos aspectos conceituais da cultura viva. 

O projeto também tem entre seus objetivos a sistematização do debate acerca do processo de construção de redes de cultura viva comunitária no Paraguai em um documento base de consulta para o desenvolvimento de políticas públicas no setor. Também busca ativar processos culturais promovendo o desenvolvimento sustentável, a cultura da paz, a valorização da diversidade cultural, o equilíbrio e a proteção ambiental.

A Secretaria Nacional de Cultura (SNC) dará suporte técnico, moderando o espaço de diálogo e intercâmbio de experiências e resultados 2021/2022, para a elaboração de um plano de ação que dê visibilidade às prioridades e estratégias a serem implementadas no ano de 2023 com redes conectadas e fortalecidas. 

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Rede de Pontos de Cultura

A Rede de Pontos de Cultura do Paraguai foi criada após o lançamento da convocatória da Secretaria Nacional de Cultura em 2021. É composta por 27 organizações/coletivos que se unem com o objetivo de fortalecer e garantir a sustentabilidade de espaços e centros culturais comunitários, que são ativados localmente e se distribuem em nível nacional como agentes que promovem o desenvolvimento sociocultural em seus territórios. 

Dessa forma, além de contribuir com o setor de cultura viva comunitária por meio da articulação colaborativa entre a rede e o Estado, busca promover a coesão e o protagonismo social como ferramenta de promoção da diversidade de expressões culturais no país, fomentando o pleno exercício da direitos culturais e o reconhecimento das minorias étnicas, dando visibilidade a mulheres e crianças, e para a construção de um papel mais participativo, intergeracional e intercultural.

Encontro dos Pontos de Cultura do Paraguai, dezembro de 2021 (Fotos: SNC)

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Organizações participantes

A Red de Espacios y Centros Culturales del Paraguay, responsável pelo projeto selecionado no edital, é uma organização sem fins lucrativos criada em 2018, como resultado de oficinas de formação em planejamento e gestão cultural e encontros participativos dentro do projeto “Espacios Culturales, dinamizadores del cambio en una comunidad“, desenvolvido com o apoio da Secretaria Nacional de Cultura e do Fundo Nacional da Cultura e das Artes (FONDEC). 

A rede reúne diversos espaços e centros culturais públicos, privados e comunitários, estabelecidos em todo o território nacional. Busca fortalecer a institucionalidade dos centros culturais com projetos formais e de qualidade, pautados no respeito à diversidade, e inclusivos, no seu papel de agentes multiplicadores que possibilitam a descentralização da gestão cultural pública. Também procura promover os centros culturais como catalisadores de mudança através da cultura viva, com a proteção do patrimônio cultural e sua valorização.

Outra organização participante é a Federação de Entidades Culturais do Departamento de Paraguarí, fundada em 2020 como uma associação voluntária sem fins lucrativos, aberta para a gestão, o apoio e a cooperação no fortalecimento e promoção das atividades de seus associados. Suas principais atividades incluem: desenvolvimento do Acampamento Cultural, seminários sobre educação e cultura, oficinas de revitalização de patrimônios, cursos e oficinas de fortalecimento de centros culturais e bibliotecas comunitárias. 

O Centro Cultural Melodia, criado em 2001 em Villa Hayes, no Chaco paraguaio, é um dos mais de 20 espaços mencionados como participantes do Encontro Nacional de Gestão Cultural Comunitária. Entidade civil sem fins lucrativos para o bem comum, funciona como uma associação cuja missão é “enriquecer a vida e o potencial humano de crianças e jovens com contribuições culturais e tecnológicas”. Antes de o Centro Cultural Melodia abrir suas portas em Villa Hayes, não havia acesso à internet em locais públicos. Tampouco havia uma biblioteca que atendesse à comunidade. 

Também estão envolvidos no projeto: o Conservatório Departamental de Música Dr. Pablo Contessi Pérez, o Centro Cultural Carlos Colombino, o Espaço Cultural Mburukuja, o Centro Cultural Pumbasy, o Centro Cultural Emiliano R. Fernandez, a Fundação Sagrada Família, o Coletivo Cultural e As Missões Turísticas, o Centro Cultural Divino Niño, a Associação dos Corredores Unidos del Paraguai, o Centro Cultural Mercedita, o Centro Cultural Guavira Poty, o Centro Cultural Maria Auxiliadora, a Casa da Cultura Pilar-Ñeembucu, o Ministério do Turismo e Cultura São Pedro, Espaço Cultural Ka’avo, Centro Cultural Assombrado Cántaro, Centro Cultural Comunitário Estação Iturbe, Centro Histórico Cultural Sapucaí, Somos Patrimônio, Teatro Aéreo Nhi Mu, Centro Cultural Superarte, Centro Experimental de Recursos Medicinais, Centro Cultural El Políglota, Biblioteca Municipal Prof. Marciana Insfrán de Díaz, Espaço Cultural Fundación Arandu Rekávo e Fundação Tío Kilo/ Elenco Folclórico Minguero Jeroky.

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13

maio
2022

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Conheça os projetos da Colômbia selecionados no Edital de Apoio a Redes 2022

Em 13, maio 2022 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

O programa IberCultura Viva anunciou nesta sexta-feira, 13 de maio, os dois projetos da Colômbia selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022. Estas propostas de eventos foram as que obtiveram a maior pontuação entre as 113 inscrições enviadas por redes colombianas nesta edição da convocatória. As duas receberão um apoio de 5 mil dólares cada.

O primeiro colocado por Colômbia foi a 1ª Convenção de Mulheres Negras da Amazônía Colombiana: “Território, saberes e cuidado coletivo”, proposta pela Red de Organizaciones de Base Afrocolombianas del Municipio de Florencia (Frema, Afrocaq, Fumanú). O segundo lugar ficou com “Juntanza Intercultural de Saberes Musicales Propios”, apresentada pela rede Ty Kuvx Juinjaye.

Os dois projetos se somam aos outros 22 que haviam sido publicados na última segunda-feira, 9 de maio, provenientes de Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Paraguai (país convidado), Peru e Uruguai. As 24 redes selecionadas neste edital serão contactadas pela Unidade Técnica de IberCultura Viva para realizar os trâmites que permitam o pagamento dos recursos financeiros às organizações responsáveis.

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Convocatória

O Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 teve inscrições abertas no Mapa IberCultura Viva entre o dia 14 de janeiro e 14 de março. Nesse período foram enviadas à plataforma 251 postulações dos 12 países participantes. 

Podiam se candidatar redes ou articulações que contassem com ao menos três organizações culturais comunitárias interessadas em realizar um evento de maneira conjunta, entre maio e outubro de 2022. Os eventos apresentados podiam ser assembleias, encontros, congressos, seminários, festivais, feiras, colóquios e simpósios, com alcance municipal, provincial, nacional ou internacional, desde que com entrada livre e gratuita.

Na seleção dos projetos foram levados em conta critérios como a adequação aos objetivos estratégicos do programa IberCultura Viva, os impactos artístico-culturais, econômicos e/ou sociais da proposta, a experiência da rede ou articulação proponente, a avaliação da proposta técnica, e a coerência e adequação do orçamento e do plano de trabalho aos objetivos e estratégias propostos.

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Confira a ata de seleção:

Informação às Pessoas Interessadas IV – Etapa de Seleção – Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 – Especial Colombia

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Leia também:

22 projetos foram selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes 2022

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12

maio
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Artivismo, identidades e patrimônio: os projetos do Chile selecionados no Edital de Apoio a Redes 2022

Em 12, maio 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

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Os dois eventos do Chile selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 são o “Festival de Artivismos de Disidencia Isleña (FADI)”, proposto pela Red Sudaka Artivista, e a iniciativa “Cantar e contar: Pela salvaguarda das tradições, identidades e culturas locais”, organizada pela rede Poner en Valor Arica y Parinacota. O primeiro projeto, que envolve grupos do Chile, da Colômbia e da Argentina, tem realização prevista para outubro, na Ilha de Chiloé, em Ancud. A segunda ocorrerá em julho na cidade de Arica. 


* Nome da rede ou articulação: Red Sudaka Artivista

* Nome do projeto: Festival de Artivismos de Disidencia Isleña – FADI

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O Festival de Artivismos de Disidencia Isleña (FADI), proposto pela Red Sudaka Artivista, será realizado na Ilha de Chiloé, na localidade de Ancud (Chile), de 13 a 16 de outubro de 2022. A programação deve incluir seis oficinas de diversas disciplinas artístico-culturais, três palestras, um microfone aberto, uma gala artística, uma feira livre e um diálogo de encerramento. Todas as atividades são pensadas, articuladas e trabalhadas a partir, por e para as mulheres e a comunidade LGBTQIA+.

A intenção é gerar e fortalecer uma rede de artistas e ativistas da dissidência sexual e afetiva na Ilha de Chiloé, além de visibilizar e difundir questões dissidentes, especialmente no meio rural. As atividades serão realizadas na comuna de Ancud, nas localidades rurais de Chacao, Pilluco, Coipomo e Puntra, na Casa da Cultura de Ancud, no Teatro Municipal, na Escola San Juan e em vários espaços públicos.

A proposta selecionada no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 prevê reuniões de planejamento, coordenação e fortalecimento para organizações culturais comunitárias (OCC) que compõem a Rede Sudaka Artivista e colaboradores locais da comunidade de Chiloé. Também estão previstas a criação colaborativa da identidade do festival e a publicação de material audiovisual com as gravações feitas durante as atividades.

(Foto: Mujeres al Borde)

O projeto propõe ações para reconhecer e fortalecer a identidade cultural existente na ilha e seu diálogo com outras culturas, a partir da temática das dissidências territoriais e afetivo-sexuais. As ações de compartilhamento de saberes e expressões artísticas, segundo a rede proponente, abrem as portas para a comunidade de Chiloé reconhecer e fortalecer sua própria identidade cultural, organização em rede e criação de espaços seguros para elas.

A rede considera o tema inovador e relevante para a comunidade ao romper com o contexto heteronormativo existente na comuna, pois, apesar de haver artistas e ativistas que trabalham e constroem a partir da dissidência sexual-afetiva, não há espaços ou visibilidade para suas plataformas. 

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Organizações participantes

A Rede Sudaka Artivista é o elo entre três organizações culturais comunitárias: Movimento Mogaleth, de Puerto Montt (Chile); Corporación Mujeres Al Borde, de Bogotá (Colômbia), e Bloque Antirracista, de Rosário (Argentina). Todas trabalham com temáticas territoriais dissidentes e sexo-afetivas, utilizando expressões artísticas como forma de ativismo. 

(Foto: Kenny Muller. Mogaleth)

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Chile – O Movimento Mogaleth, de Puerto Montt-Ancud, desde 2011 realiza acompanhamento entre pares, reuniões de acompanhamento, oficinas de autocuidado e bem-estar para pessoas LGBTIQA+, palestras, sessões de treinamento para funcionários públicos para reduzir a discriminação, capacitações e conferências com entidades de saúde pública. Entre algumas das atividades realizadas por esse movimento organizado de gays, lésbicas, trans e heterossexuais que atuam na defesa e promoção dos direitos da diversidade sexual estão a publicação da revista Educa tu sexualidad, entre 2015 e 2017, junto com o Instituto Nacional da Juventude (INJUV); capacitações sobre direitos humanos com perspectiva de gênero (2017) e sobre a participação de gaykeepers – agentes comunitários na prevenção do suicídio (2021).

(Foto: Mujeres al Borde).

Colômbia – A Corporación Mujeres Al Borde, criada em 2001 na cidade de Bogotá, tem um longo histórico de trabalho direto com comunidades trans e dissidentes sexuais em vários países da região. Nos primeiros 8 anos, Mujeres al Borde esteve focada na articulação com o movimento em nível local e nacional, defendendo uma política pública LGBT em Bogotá e participando do Projeto Planeta Paz para construir propostas de paz para a Colômbia. Por mais de uma década elas participaram ativamente de processos colaborativos com organizações feministas, transfeministas, de mulheres e do movimento LGBTQIA+ em nível regional e internacional. Na América Latina são reconhecidas como pioneiras na prática artivista sexual-dissidente, por desenvolver e consolidar propostas permanentes de artivismo e pedagogia transfeminista, inovando nas formas de compreender a ação político-comunitária. 

Argentina – O Bloque Antirracista Rosario é um coletivo autoconvocado com ativismo/artivismo antirracista, migrante, em defesa de direitos como a reparação histórica da afro-argentinidade e políticas públicas como a incorporação de uma perspectiva étnico-racial na cultura deste território e a união de todas as identidades de gênero. Criado em 2019 na cidade de Rosário (Argentina), o grupo tem entre suas atividades a construção de espaços autogestionários que habitam desde suas raízes e miscigenação, fechamento de ruas por situações de racismo em diversas instituições, ajuda a pessoas em situação de vulnerabilidade e festivais como o Festival do Dia da Consciência Negra (novembro de 2020) e o Festi Quilombo (setembro de 2021).

(Foto: Bloque Antirracista)


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* Nome da rede ou articulação: Poner en Valor Arica y Parinacota

Nome do projeto: “Cantar y contar: Por la salvaguarda de las tradiciones, identidades y culturas locales”

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O projeto “Cantar e narrar: Pela salvaguarda das tradições, identidades e culturas” propõe a articulação de artesãos/ãs, artistas performáticos/as, gestores/as e agentes culturais, patrimoniais e comunitários que garantem a salvaguarda do patrimônio natural da região de Arica e Parinacota, uma das 16 regiões do Chile.

Na programação que se realizará na cidade de Arica, de 8 a 29 de julho de 2022, estão apresentações artísticas, oficinas e palestras sobre temas relacionados ao patrimônio cultural e natural, identidades locais e artes cênicas. A ideia é realizar oficinas de artesanato típico da região, uma mostra de artes cênicas que abordem temas ligados à identidade local e às tradições do povo tribal afrodescendente chileno, que na região tem a maior população em nível nacional.

Ao final de cada jornada se realizará a cozinha Chocolate Quente Afro-Ariqueño, tradicional atividade de Páscoa de Negros, quando equipe técnica, artistas e animadores se reunirão com os participantes para colher suas impressões e gerar um diálogo em torno das atividades realizadas. E após cada contação de histórias, será realizada uma conversa com o público em torno dos temas propostos pela obra e seu contexto de produção. 

Como resultado das atividades, espera-se criar e fortalecer uma rede que assegure a salvaguarda do patrimônio cultural e natural da região e a valorização das identidades locais, e que ao mesmo tempo promova o desenvolvimento de novos e melhores políticas públicas para a sua valorização. Por outro lado, espera-se gerar um diálogo com a população, fortalecendo o vínculo entre as organizações integrantes da rede e as comunidades. Este projeto tem uma versão anterior intitulada “Muestra Ariqueña de Narración Oral y Ópera”, que reuniu narradores orais locais e cantores líricos.

(Foto: Centro MB2)

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Organizações participantes

A rede Poner en Valor Arica y Parinacota reúne cinco organizações com destacada experiência na região e com trabalho colaborativo prévio entre elas, como oficinas de dança para crianças e apresentações de artes cênicas, além de dias de comemoração pela declaração da cultura chinchorro como Patrimônio da Humanidade.

A Agrupación Social y Cultural MB2, criada em 2011 em Arica, possui uma infraestrutura que começa como um laboratório criativo para a produção e exibição de obras de artes cênicas e depois atua como um centro cultural aberto à comunidade. A organização desenvolve uma escola de formação de longa duração, conta com profissionais capacitados que atuam no campo artístico regional e possui um elenco estável que gera conteúdo original e vinculado à identidade cultural local. Além disso, organiza um festival de artes cênicas de abrangência regional (Escena Movida), e o encontro de teatro jovem que inclui comunidades com deficiência e escolares. Também mantém processos de mediação cultural com estabelecimentos e organizações educacionais do território. (Saiba mais)

Manos con Memoria

O Círculo Ancestral, outra organização de Arica que participa do projeto, é uma associação cultural multidisciplinar que desde 2009 tem focado seu trabalho na articulação entre arte, memória e aprendizagem. Esse trabalho tem sido desenvolvido através da criação e apresentação de obras cénicas, participação em programas educativos e organização e produção de feiras e oficinas. Desde 2019, a organização conta com a Escola Oficina de Artes e Ofícios Manos con Memoria, que trata dos ofícios de cestaria de junco, tecidos aimarás, argila e técnicas de tingimento pré-colombianas baseadas na produção de corantes naturais. 

Desde 2016, o grupo Observadores de Aves de Arica y Parinacota realiza atividades educativas com alunos, idosos e comunidade em geral, utilizando expressões artístico-culturais. A intenção, segundo eles, é estimular a capacidade de admiração, criatividade e pensamento crítico, promover a reflexão diante da urgência de educar e gerar ações inovadoras para buscar soluções para os problemas ambientais, articulando arte e ciência para resgatar seu patrimônio natural.

Mixtura Afroazapeña

Também participa do projeto a agrupação infantil e juvenil Mixtura Afroazapeña, uma organização ancorada em Paco de Gómez com integrantes de 4 a 22 anos. A organização é responsável por manter vivas as tradições e costumes dos povos tribais afro-chilenos na zona rural da região de Arica e Parinacota, apostando em um trabalho territorial que estimule a participação de diferentes gerações. As oficinas artísticas que realiza estão relacionadas com a  cultura afro-americana, como a Páscoa dos Negros, e particularmente com a identidade das mulheres afro-rurais da região.

A Associação de Embaixadores e Amigos da Cultura Chinchorro, por sua vez, é uma organização sem fins lucrativos que foi formada em 2021 com o objetivo de divulgar informações relacionadas à cultura chinchorro em reuniões de bairro, clubes de terceira idade, fundações e organizações territoriais. Um dos eventos realizados pelo grupo foi a celebração da Declaração da Cultura Chinchorro como Patrimônio da Humanidade, na qual participaram artistas locais de dança, teatro, música e gestores culturais. Outra ação foi o “Chinchorro para crianças”, que buscou divulgar esse patrimônio cultural por meio de espetáculo de teatro, narração oral e oficinas de arte e artesanato para crianças e jovens.

11

maio
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Dois festivais e um encontro de mulheres indígenas: os projetos de El Salvador selecionados no Edital de Apoio a Redes 2022

Em 11, maio 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

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* Nome da rede ou articulação: Red de Asociaciones Comunitarias de Oriente

* Nome do projeto: VII Festival de Arte para el Desarrollo Creativo de la Identidad Cultural (“La Perla del Arte”)

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O VII Festival de Arte para o Desenvolvimento Criativo da Identidade Cultural (“A Pérola da Arte”), proposto pela Rede de Associações Comunitárias do Oriente, será realizada em três municípios salvadorenhos: San Miguel, San Francisco Gotera e Anamorós. Nessas três cidades haverá peñas culturales (saraus) nos meses de agosto e setembro de 2022.

As atividades buscam promover o desenvolvimento criativo das identidades e o intercâmbio cultural, artístico e econômico da região, fortalecendo a capacidade de gestão das organizações comunitárias envolvidas. Com este festival pretende-se reforçar nas organizações participantes a articulação com instituições estatais e privadas, a abordagem de género (espera-se a participação de pelo menos 50% das mulheres nos sectores artístico, económico e de gestão), a visibilidade do povos originários e a revitalização das economias comunitárias (através da participação e comercialização de seus produtos).

De acordo com a rede organizadora do festival, a programação procurará incluir expressões artísticas alternativas, urbanas, contemporâneas e de povos indígenas, com o objetivo de criar uma plataforma de intercâmbio cultural e reconhecimento da alteridade na comunidade no meio cultural comunitário. 

Previamente ao festival, está prevista a interlocução com as Associações de Desenvolvimento Comunitário (Adescos), organizações de base e lideranças comunitárias, inclusive para garantir que 80% dos frequentadores de cada clube cultural sejam moradores dos municípios que farão parte deste festival. A ideia é que as peñas culturales sejam pontos de encontro que vão gerar novas articulações, reflexões e processos comunitários.

VI Festival La Perla del Arte, 2021 (Fotos: Asartes)

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Organizações participantes

A Rede de Associações Comunitárias do Oriente é composta por três organizações comunitárias dos departamentos de La Unión, San Miguel e Morazán. Essa aliança nasce da necessidade de articular e descentralizar os festivais de arte e fortalecer os diálogos culturais, sendo esta a primeira e única rede cultural da região Oriente de El Salvador.

A Asociación de Artistas del Oriente de El Salvador (Asartes), responsável pelo projeto, foi fundada em 2017 no município de San Miguel (departamento de San Miguel), como um esforço coletivo para criar e desenvolver espaços artísticos na região. Entre seus objetivos estão a formação de artistas em seus diversos ramos de expressão; o desenvolvimento e produção de espaços artísticos e a produção de eventos artísticos. Atualmente, a associação pertence à Coordenação Departamental de Organizações e à Rede Salvadorenha de Cultura Viva Comunitária.

O Colectivo de Voluntariado Uno Más (CV1+), de San Francisco Gotera (departamento de Morazán), nasceu em 2018 com o propósito de contribuir para a redução de problemas estruturais, como pobreza, desigualdade e exclusão de gênero e a defesa dos direitos da juventude. O grupo trabalha com a visão de formar comunidades autogestionárias, sem nenhum tipo de dependência ou vivendo em condições de vulnerabilidade.

O Colectivo Juvenil de Anamoros, por sua vez, existe desde 2019 no município de Anamoros, onde administra espaços para a apresentação de artistas emergentes na zona norte do departamento de La Unión. O coletivo é gestor do festival anual “Lugar de Maizales”.


 

* Nome da rede ou articulação: Consejo de Comunidades Originarias de Panchimalco 

* Nome do projeto: Tejemet yultuk, estamos vivos


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Tejemet yultuk, estamos vivos” é uma iniciativa colaborativa das comunidades indígenas do município de Panchimalco, em El Salvador, que busca dar visibilidade à herança cultural de seu povo e fortalecer sua identidade e organização comunitária por meio de duas atividades: o Festival das Tardes das Flores e o Encontro de Mulheres Indígenas de Panchimalco. 

O  Festival das Tardes de Flores, que se realizará durante o mês de maio, será um espaço onde crianças, jovens, adultos e idosos estarão reunidos em torno de uma das práticas culturais mais importantes para o povo nahua de Panchimalco. Nas Tardes das Flores, celebradas em homenagem à Virgem Maria, as comunidades vão às casas dos responsáveis ​​e às capelas para fazer arranjos florais à base de palma de coco e flores do campo. Nesta festa comunitária, onde a identidade indígena se fortalece e os avós transmitem sua cultura e cosmovisão às novas gerações, preparam-se comidas e apresentações de grupos de música e dança tradicionais.

O 1º Encontro de Mulheres Indígenas de Panchimalco, por sua vez, está previsto para agosto, como um evento onde as mulheres indígenas da zona sul do município, organizadas e não organizadas, vão poder compartilhar suas experiências e suas problemáticas e construir coletivamente um percurso para a transformação de suas condições de vida. O encontro, além de ser um espaço de empoderamento e reconhecimento das mulheres indígenas, tem o propósito de gerar intercâmbios artísticos e de saberes que permitam fortalecer sua cultura e visão de mundo.

As atividades serão realizadas em dois locais: o centro da cidade de Panchimalco e o cantão de San Isidro. Se espera a participação de cerca de 150 crianças, jovens, adultos e idosos das comunidades indígenas na Festa das Tardes das Flores, e cerca de 150 mulheres no Encontro de Mulheres Indígenas de Panchimalco.

Fotos: Consejo de Comunidades Originarias de Panchimalco

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A rede

O Consejo de Comunidades Originarias de Panchimalco (COCOPAN) é uma rede colaborativa das comunidades indígenas do município de Panchimalco, fundada em março de 2021 e que atualmente reúne cinco organizações nos cantões de San Isidro, Troncones, Azacualpa e Los Pajales. Seu principal objetivo é fortalecer a identidade cultural dos povos indígenas do município de Panchimalco, por meio da preservação, promoção e divulgação das manifestações culturais de suas comunidades.

Em 2021 foram realizados dois projetos de caráter coletivo. No primeiro, com o apoio do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe (FILAC), mais de 100 mulheres indígenas de suas comunidades foram beneficiadas com o fortalecimento de suas capacidades produtivas. No segundo, apoiado pelo Ministério da Cultura de El Salvador, foram realizados festivais comunitários com o objetivo de divulgar a cultura indígena de Panchimalco. 

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 Organizações participantes

 Tejemet yultuk, estamos vivos foi apresentado ao Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes 2022 pelas Associações de Desenvolvimento Comunitário Indígena dos cantões de Azacualpa (Adescoinaz, responsável pelo projeto), San Isidro (Adescoinsa) e Los Troncones (Adescointro).

As três associações foram criadas em 2021 e participaram da organização, execução e avaliação dos três festivais comunitários promovidos no município, além da formação de jovens como guias turísticos comunitários e da geração de um espaço para o aprendizado de artesanato típico da comunidade indígena de Panchimalco.

Entre as atividades realizadas por essas associações também estão a celebração de idosos e crianças indígenas de suas comunidades, bem como o acompanhamento e monitoramento de granjas comunitárias; a montagem e o funcionamento de uma padaria comunitária e a manutenção e proteção de nascentes naturais.

10

maio
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Conectando culturas, arte e criatividade: o projeto da Espanha selecionado no Edital de Apoio a Redes 2022

Em 10, maio 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

Nome da rede ou articulação: Comunidad VEDI

Nome do projeto: Encuentro Internacional Biocreativa>Plasticópolis

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O Encontro Internacional Biocriativa>Plasticópolis, proposto pela Comunidade VEDI no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022, será um evento itinerante pela costa norte da Península Ibérica, com início em Compostela e final em Donostia (San Sebastián). A atividade está prevista para realizar-se entre maio e julho deste ano.

“Plasticópolis” é uma web série distópica co-criada por jovens de diversas culturas, como estratégia de sensibilização sobre os riscos da crise climática em nível local e sua interdependência global. Idealizada durante o 1º Encontro Internacional VEDI, evento que foi selecionado no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes 2016, conseguiu reunir jovens de coletivos indígenas, rurais, ecofeministas, LGBTQIA+ e artivistas, entre outros. Seis curtas-metragens experimentais e três documentários servem como ponto de partida narrativo, crítico e de estilo para este novo projeto. 

Seu antecedente é a oficina “Monstruópolis”, realizada no Peru, no Brasil, no Chile, na Guatemala, no México e na Espanha. A partir de “Monstruópolis”, no Peru (fevereiro de 2022), se deu forma à nova série, que decidiram chamar de “Plasticópolis”. O encontro proposto para este ano tem como propósito terminar a primeira temporada da web série de ficção científica e desenhar a segunda de maneira conjunta. “Filmaremos sequências com participantes reunidos e celebraremos um evento de estreia da primeira temporada”, conta Guillermo Maceiras, cofundador e coordenador da Associação Ventana a la Diversidad (VEDI), responsável pelo projeto. 

O objetivo geral do Encontro Internacional Biocriativa>Plasticópolis, segundo ele, é “promover uma rede juvenil ibero-americana onde analisar, debater, idealizar e colocar em marcha iniciativas que contribuam para melhorar as problemáticas sociais e meio ambientais, identificadas através de um enfoque de inovação intercultural de cocriatividade para a transformação social”. 

As organizações comunitárias e coletivos participantes do projeto são parte integrante de sua estratégia de sensibilização comunitária, tanto local como on-line. Todo  fluxo de trabalho se baseia nos chamados “processos de cocriação intercultural e transcultural”. Por um lado estão as oficinas com a juventude, lideradas pelos pontos focais do projeto em cada comunidade e avaliados por uma organização comunitária. Por outro, a colaboração entre jovens de diferentes nacionalidades busca promover uma cultura de paz e a convivência na diversidade em nível internacional. 

Além da estreia dos nove capítulos da primeira temporada da série, será editado um curta-metragem documentário da experiência, três cápsulas audiovisuais para redes sociais e conteúdos multimídia de sistematização para replicar a metodologia de oficinas cocriativas comunitárias da segunda temporada. Também estão previstas estreias presenciais em cada uma das comunidades participantes.

Rede proponente

A Comunidade VEDI é uma plataforma que conecta jovens diversos através da arte, da criatividade e da tecnologia. Defendendo que toda solução para o futuro do planeta deve ser criativa e estar baseada na colaboração, a plataforma nasceu em 2013, graças ao apoio do Fundo Internacional para a Promoção da Cultura (FIPC) da UNESCO, que financiou o projeto “Ventana à Diversidade”, inicialmente centrado em quatro países: Guatemala, Peru, Espanha e Indonésia. 

Esta proposta correu 2014 e 2015, e acabou derivando na formação de uma associação em Gipuzkoa (País Vasco) em 2016 e na realização de iniciativas que receberam o apoio do Fundo Internacional para a Diversidade Cultural da UNESCO (FIDC 2017/18) e o Prêmio à Inovação Intercultural das Nações Unidas (UNAOC, 2019/20). A associação desenvolveu projetos e iniciativas colaborativas com jovens e formações técnicas para profissionais de cultura comunitária em 12 países da Ibero-América.

 

Organizações participantes

As três organizações que apresentaram esta proposta são Ventana a la Diversidad (Espanha), Cultura Savia (México) e OpenLab Equador. Além dessas três, o projeto selecionado no Edital de Apoio a Redes 2022 conta com a participação de Autoridades Ancestrales Kaqchikeles y Kiches, do município de San Andrés Semetabaj, Sololá, Guatemala.

EspanhaVentana a Diversidad, organização responsável pelo projeto, nasceu no País Vasco, mas os ventaneros e ventaneras estão em várias partes do mundo, conectados através da arte e da criatividade. A associação, que tem sede em Donostia (San Sebastián), aposta na educação para a transformação social, a favor da convivência intercultural e o meio ambiente.

Desde sua fundação, Ventana a Diversidad tem colocado em marcha dois programas temático-sistêmicos e um pedagógico-experimental. Este último se trata de Emprende por Diversidad (ExD), que promove a diversidade e a cultura de paz, estimulando o empreendimento jovem em indústrias criativas, desde uma perspectiva de economia solidária e regenerativa, que serve de marco metodológico para os outros dois programas. Um deles, Fronteiras Imaginárias, está centrado na resolução de conflitos baseados na intolerância ao diferente e a favor da convivência na diversidade. O outro programa, Biocriativa, fortalece o vínculo entre a cultura de raiz e a defesa do meio ambiente através da criatividade. 

MéxicoCultura Savia, criada em Mérida (México) em março de 2014, é outra organização que aposta na construção colaborativa, promovendo ações socioculturais e buscando co-crear experiências para a abordagem de problemáticas que afetam o bem comum. Para seus integrantes, as pessoas e organizações estão interconectadas e alcançam seu máximo potencial quando caminham juntas e em coletivo. 

A Escola de Paz, uma das iniciativas de Cultura Savia, é uma experiência de acompanhamento formativo desenvolvida por meio de atividades acadêmicas, encontros entre jovens, grupos de atividade infantil, assessoria e oficinas de paz. A organização também oferece oficinas e cursos a organizações interessadas em fortalecer enfoques colaborativos e disponibilizar ferramentas para construir uma cultura de paz em seus grupos ou comunidades ou aprofundar em metodologias que complementam suas ações.

Equador – Criado em Quito em maio de 2021, OpenLab Ecuador é um laboratório cidadão que busca gerar diálogos e experiências relacionadas à cultura digital, à participação cidadã e ao conhecimento aberto. Seus integrantes são ativistas pelo movimento de software livre, da educação popular e crítica, da ciência cidadã, da privacidade, da inovação aberta, do desenvolvimento do pensamento computacional e do intercâmbio de saberes em horizontalidade. 

Esta organização sem fins lucrativos, “redistributiva e autogestiva”, busca apoiar as comunidades de cultura livre e digital do Equador. Entre as atividades que realizam se encontram debates, cursos, laboratórios, projetos sociais, mentorias, exposições de arte, mapeamentos, conferências e hackatones (encontros de programadores para desenvolver ou melhorar um software), desde uma perspectiva aberta e colaborativa. 

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(Fotos: capturas de tela da série “Plasticópolis”)

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09

maio
2022

Em Destaque
EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

22 projetos foram selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes 2022

Em 09, maio 2022 | Em Destaque, EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

(Foto: Pablo Lopes)

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O programa IberCultura Viva publicou nesta segunda-feira, 9 de maio, a lista de projetos selecionados no Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022. As 22 propostas que entraram nessa lista são provenientes de 11 países: 3 da Argentina, 3 do Brasil, 2 do Chile, 2 de Costa Rica, 2 de El Salvador, 2 do Equador, 2 do México, 2 do Peru, 2 do Uruguai, 1 da Espanha e 1 do Paraguai Outros 2 projetos, apresentados por redes da Colômbia, serão anunciados até o fim desta semana, num documento complementar ao publicado hoje.

O valor total destinado a esta sétima edição do Edital de Apoio a Redes é de 120 mil dólares, o maior concedido pelo programa até o momento. Cada projeto selecionado receberá até 5 mil dólares para utilizar nos gastos de produção e comunicação do evento proposto. 

O número de vagas que havia sido estipulado inicialmente era de dois projetos por país, mas como nem todos os países participantes completaram sua cota, decidiu-se premiar dois projetos de redes internacionais apresentados por Argentina e Brasil que obtiveram as mais altas pontuações entre os primeiros colocados da lista. Um deles envolve organizações de 6 países (Argentina, México, Peru, Brasil, Colômbia e Equador) e o outro reúne comunidades indígenas de 7 países (Argentina, Brasil, Chile, México, Colômbia, Equador e Peru).

Na seleção dos projetos foram levados em conta critérios como a adequação aos objetivos estratégicos do programa IberCultura Viva, os impactos artístico-culturais, econômicos e/ou sociais da proposta, a experiência da rede ou articulação proponente, a avaliação da proposta técnica, e a coerência e adequação do orçamento e do plano de trabalho aos objetivos e estratégias propostos.

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O edital

O Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 teve inscrições abertas no Mapa IberCultura Viva entre o dia 14 de janeiro e 14 de março. Podiam se candidatar redes ou articulações que contassem com ao menos três organizações culturais comunitárias interessadas em realizar um evento de maneira conjunta, entre maio e outubro de 2022. Os eventos apresentados podiam ser assembleias, encontros, congressos, seminários, festivais, feiras, colóquios e simpósios, com alcance municipal, provincial, nacional ou internacional, desde que com entrada livre e gratuita.

Esta edição de 2022 do Edital de Apoio a Redes, além do valor inédito de 120 mil dólares, contou com o maior número de postulações recebidas até então: 251. O país que apresentou o maior número de postulações foi Colômbia, com 113 redes candidatas. México teve 32 propostas enviadas; Argentina e Brasil tiveram 21; Chile, 20. O programa também recebeu 17 do Peru, 10 do Uruguai, 6 da Costa Rica, 6 do Equador, 2 de El Salvador, 2 da Espanha e 1 do Paraguai.

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Confira a lista de projetos selecionados:

Informação às Pessoas Interessadas III – Etapa de Seleção – Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 – Resultado final

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Leia também:

Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 tem 235 inscrições habilitadas

IberCultura Viva abre inscrições para o Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022

28

abr
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Organizações da Região do Atacama, no Chile, recebem certificação em gestão cultural comunitária

Em 28, abr 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

(Fotos: Camila Guerra)

O encerramento da Escola de Gestão Cultural Comunitária, que reuniu mais de 30 organizações da região do Atacama, no Chile, se deu no dia 24 de abril, na Estação Centro Cultural Caldera, com a entrega dos certificados. Esse processo formativo teve como objetivo fortalecer a capacidade de gestão das Organizações Culturais Comunitárias (OCC) para aprimorar seu trabalho com grupos e comunidades, além de aprofundar a noção de comunidade na cultura.

Na solenidade, Roberto Córdova, secretário regional de Culturas, reconheceu a importância das OCCs no desenvolvimento cultural local de seus territórios: “Essa importância está diretamente relacionada ao fortalecimento da cidadania, fruto dos processos de participação e manifestação de direitos culturais a partir das bases comunitárias”. Destacou, ainda, o valor do trabalho, com visão e identidade, realizado por instituições locais e regionais para a gestão e o fortalecimento da cultura, da arte e do património no território. Segundo ele, a Secretaria Ministerial Regional (Seremi) dará continuidade ao trabalho colaborativo com as OCCs de Atacama neste ano de 2022.

A Escola de Gestão Cultural Comunitária foi promovida pela Mesa de Organizações Culturais Comunitárias da Região do Atacama. A instância de formação ficou a cargo da Escola de Gestores e Animadores Culturais (Egac), com financiamento do Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio, por meio do programa Red Cultura do Departamento de Cidadania Cultural.

A atividade também contou com a presença da prefeita de Caldera, Brunilda González; o conselheiro regional Alex Ahumada, de Chañaral; o vereador de Freirina, Claudio Lazcano; e a conselheira regional Luz Lucero; além de representantes de OCCs de Chañaral, Huasco, Freirina, Copiapó, Caldera e Vallenar.

Cerca de 30 representantes de OCC participaram da Escola de Gestão Cultural Comunitária, que se realizou entre novembro de 2021 e abril de 2022, com financiamento do programa Red Cultura

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Avaliações e aprendizados

Durante a atividade, as OCCs que participaram da capacitação em gestão cultural comunitária compartilharam suas avaliações e aprendizados, destacando a relevância das tarefas de gestão e planejamento no desenvolvimento de iniciativas culturais comunitárias, a associatividade entre organizações para estabelecer propostas de objetivos comuns para o desenvolvimento cultural local e a importância de articular relações de trabalho colaborativo com diferentes instituições públicas de cultura para influenciar os processos de participação e desenvolvimento local.

A União Comunitária de Grupos Culturais de Caldera apresentou a sua experiência de gestão cultural comunitária, focada na reativação e programação artística e cultural de artistas, grupos artísticos, OCC e grupos culturais, desenvolvendo iniciativas de dança, artesanato, literatura, teatro, circo e musicais, entre outros.

Essas experiências repercutiram no reconhecimento do trabalho sustentado da Mesa Regional OCC Atacama, destacando entre os participantes como essa instância vem ampliando sua participação nos espaços de trabalho em diferentes níveis locais e que esse modelo de gestão articula um conjunto coeso de organizações, fortalecendo processos de participação cidadã nas diferentes comunas da região.

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  [Fonte: Ministério das Cultura, das Artes e do Patrimônio]

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25

abr
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Rede Latinoamericana de Cultura Rural abre inscrições para seminário e convocatória para entrega de textos

Em 25, abr 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

O que é ser camponês hoje? O que é soberania alimentar e cultural? É possível um diálogo intercultural com a desigualdade? Que aspectos da cultura rural compartilhados por povos indígenas, comunidades afrodescendentes e quilombolas e camponeses migrantes podem ser uma plataforma para o desenvolvimento cultural e social que sonhamos em nossas comunidades, sem discriminação ou exclusão?

Esses são alguns dos temas que serão abordados no Seminário Virtual Latino-americano de Cultura Rural, que se realizará em 18 de junho dentro do projeto da Rede Latino-americana de Cultura Rural, um dos selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021. As inscrições para participar do seminário estão abertas no site da rede.

Apresentado a IberCultura Viva pela Cooperativa La Comunitaria (Argentina), o projeto da Articulação Latino-americana de Organizações Culturais Rurais reúne associações de Argentina, Brasil e Chile e inclui a publicação de um livro em pdf sobre “Cultura e ruralidade na América Latina”, redigido de forma coletiva. Para isso, a rede abriu uma convocatória para que organizações e gestores culturais que trabalham em comunidades rurais da América Latina apresentem artigos e relatos de suas experiências. 

Este livro coletivo, que deverá ter 120 páginas, tem como objetivo dar visibilidade  às políticas culturais em territórios rurais e a produção de conteúdos vinculados a esses processos de intercâmbio. A ideia é reunir artigos e informes de experiências que permitam aprofundar temas como  identidade cultural, movimentos sociais do campo, soberania alimentar, gestão de equipamentos culturais, educação do campo, cultura popular, memória e tradição oral, mulheres no campo, linguagens rurais, artes, turismo rural, agroecologia, mobilidade, economia solidária e sustentabilidade.

Os textos devem ser enviados ao e-mail culturarural.latinoamericana@gmail.com até o dia 15 de maio. Os artigos e relatos de experiências devem ter no máximo 4 páginas, (fonte Arial, tamanho 12), e estar acompanhados de 5 fotos e nomes dos autores/organizações.

Participantes da Teia Latino-americana de Pontos de Cultura e de Memória Rurais, realizada no Brasil em 2019

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Articulação

A Articulação Latino-americana de Organizações Culturais Rurais nasceu em junho de 2019 no Brasil, durante a I Teia Latino-americana de Pontos de Cultura e de Memória Rurais. Neste evento, que foi um dos selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes 2018, participaram representantes de organizações culturais de Brasil, Argentina, Colômbia, Chile e Uruguai. Além de promover a integração, este encontro teve como propósitos a elaboração de ações para fortalecer as organizações culturais rurais, a articulação de lutas em defesa da soberania alimentar e o planejamento de ações sobre processos sociais, econômicos e sustentáveis. 

Desde então foram se fortalecendo os vínculos entre organizações culturais comunitárias rurais e instalando no Movimento Latino-americano de Culturas Comunitárias a necessidade de abordar o tema da cultura e da ruralidade, assim como o lugar dos migrantes, afrodescendentes e camponeses neste processo, para o 5º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, que se realizará no Peru em outubro de 2022. Além de impulsionar o círculo da palavra “Cultura e Ruralidade”, a rede pretende fazer no congresso a apresentação formal da publicação em PDF.

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Saiba mais: https://culturarurallatino.wixsite.com/redculturarural/pt

Consultas: culturarural.latinoamericana@gmail.com

Más información: culturarurallatino.wixsite.com/redculturarural

Consultas: culturarural.latinoamericana@gmail.com.

22

abr
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Ministério de Cultura e Juventude da Costa Rica fortalece Direção de Cultura e lança editais

Em 22, abr 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

A Direção de Cultura do Ministério de Cultura e Juventude da Costa Rica agora é conhecida como Direção de Gestão Sociocultural (DGS). Um processo de reorganização foi realizado em 2020 e 2021, com o objetivo de fortalecer sua estrutura, missão e funções de acordo com as necessidades da população. O lançamento dos fundos concursáveis Becas Taller e Pontos de Cultura 2023, no dia 18 de abril, celebra o avanço desse caminho de  fortalecimento.

Para Sylvie Durán Salvatierra, ministra de Cultura e Juventude, essa mudança é produto de um processo de atualização em função das necessidades das pessoas e das comunidades do território. “Faz parte da rota de fortalecimento do Ministério de Cultura e Juventud (MCJ), que desde 2018 vem sendo impulsionado pelos programas e adscritas, em cumprimento de um dos cinco eixos da Política Nacional de Direitos Culturais”, destaca.

Sofía Yglesias Fischel, diretora de Gestão Sociocultural, explica que o processo de atualização buscou alinhar a estrutura formal com as mudanças que se gestaram ao longo dos anos para responder às demandas da população. “A estrutura da Direção de Cultura era de 2002 e estava desatualizada. De 2002 até agora, as demandas atendidas pela DGS mudaram de maneira significativa e, portanto, os serviços prestados também. Foram incluídos serviços novos como os Pontos de Cultura, os serviços de gestão sociocultural em Centros Cívicos pela Paz e o Curso de Formação em Gestão Sociocultural, mas isso não se refletia na estrutura organizacional”, afirma. 

Equipe da Direção de Gestão Sociocultural do Ministério de Cultura e Juventude

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Processo de reorganização

Uma Comissão de Reorganização coordenou o processo de maneira geral, e uma Comissão Ampliada ajudou a retroalimentar a etapa de processamento de informação. As conclusões do processo de reorganização se traduziram em propostas de mudança nos âmbitos de gestão e estrutura, aprovadas pelo Ministério de Planejamento Nacional e Política Econômica (MIDEPLAN) em janeiro de 2022, conforme as diretrizes de restrição de gasto público vigentes.

Com a mudança de nome de “Direção de Cultura” para “Direção de Gestão Sociocultural”, foram modificadas também sua missão e suas funções, para delimitar seu alcance ao âmbito da gestão sociocultural. As mudanças incluem os nomes dos dois departamentos da direção: o Departamento de Fomento Cultural passou a Departamento de Fomento Sociocultural Regional, para cobrir os serviços dirigidos a organizações e pessoas gestoras culturais em nível regional e local. O Departamento de Promoção, por sua vez, agora é Departamento de Centros Culturais, e está dirigido aos serviços associados à gestão sociocultural nas Casas e Centros da Cultura e Centros Cívicos pela Paz.

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Que faz a DGS

A agora Direção de Gestão Sociocultural fomenta iniciativas de gestão sociocultural por meio de serviços de acompanhamento técnico, fundos concursáveis, processos socioeducativos e atividades socioculturais para o exercício dos direitos culturais das pessoas das comunidades, das pessoas jovens, gestoras e organizações socioculturais. 

O trabalho de gestão sociocultural usa metodologias participativas em que a responsabilidade do processo, a divisão de trabalho, a tomada de decisões, a realização e avaliação do trabalho cultural são assumidas pelas contrapartes comunitárias, acompanhadas pela pessoa gestora cultural funcionária da DGS. Estimula-se que as pessoas compartilhem a informação, aprendam umas com as outras e trabalhem colaborativamente em temas e interesses comuns. 

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Pontos de Cultura e Becas Taller 2023

Desde 18 de abril está aberta a convocatória dos fundos concursáveis Pontos de Cultura e Becas Taller, que financiam projetos de organizações e pessoas gestoras culturais. O valor máximo para os projetos de Becas Taller é de 4 milhões de colones (cerca de 6 mil dólares); para Pontos de Cultura, de 8 milhões de colones (o equivalente a 12 mil dólares). O edital estará aberto para recebimento de propostas até o dia 26 de julho de 2022.

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Saiba mais:

Puntos de Cultura: https://www.dircultura.go.cr/programas/puntos-cultura

Becas Taller: https://www.dircultura.go.cr/programas/becas-taller

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.Saiba mais sobre a DGS no site www.dircultura.go.cr

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(Fonte: Ministerio de Cultura y Juventud )

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