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24

nov
2017

Em Notícias

Por IberCultura

Participantes do 2º Encontro de Redes formam grupo de trabalho para articular uma rede de governos locais

Em 24, nov 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

O 2º Encontro de Redes IberCultura Viva, realizado na sede do Ministério de Cultura e Patrimônio, em Quito (Equador), nos dias 22 e 23 de novembro, terminou com a formação de um grupo de trabalho (GT) de governos locais para a articulação de uma rede que possa aportar ao desenvolvimento das experiências e processos culturais de base comunitária e de povos originários de forma participativa, colaborativa e com trabalho intersetorial.

Como ressaltou Diego Benhabib, representante da presidência do programa IberCultura Viva, se trata de um “primeiro acordo” de constituição desta rede. O documento que os participantes do encontro assinaram nesta quinta-feira (23/11) cita algumas linhas de ação para 2018, tendo em conta o Plano Estratégico Trienal (PET 2018-2020) aprovado na 8ª Reunião do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva, realizada também esta semana em Quito, durante o 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária.

Além de aderir aos valores defendidos pelo programa (“Fomentar o respeito”, “criar comunidade”, “resguardar a diversidade cultural”, “impulsionar a participação” e “defender a igualdade”), os representantes de governos locais presentes (uma província/estado e 11 municípios) manifestaram o compromisso de integrar o grupo de trabalho e contribuir para o desenvolvimento de ações para a construção de uma agenda comum que permita avançar no diagnóstico e na definição dos marcos para a constituição e o funcionamento de uma rede de governos locais que articule com o programa IberCultura Viva

 

 

Participantes

Participaram do 2º Encontro de Redes IberCultura Viva representantes dos governos da província de Entre Ríos e das municipalidades de Córdoba e Devoto, na Argentina; das prefeituras (alcadías, ayuntamientos e intendencias) de Niterói (Brasil), Medellín (Colômbia), Zapopan e Cherán (México), Ibarra (Equador), Canelones e Montevidéu (Uruguai), La Molina e Metropolitana de Lima (Peru).

A reunião também contou com a presença de representantes de oito países membros do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva (Argentina, Brasil, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Peru e Uruguai) e de quatro organizações culturais comunitárias do México (Consejo de Jóvenes Cherán Keri), Peru (Grupo Pukllay), Guatemala (Caja Lúdica) e Costa Rica (Asociación Administradora del Acueducto Rural de Poás y Barrio Corazón de Jesús de Aserrí) que tiveram incidência no desenvolvimento de políticas públicas locais.

Apresentações

Estes quatro casos da sociedade civil organizada foram apresentados na tarde do primeiro dia de trabalho. A manhã esteve dedicada às apresentações de cinco experiências governamentais de políticas culturais de base comunitária em Niterói (Brasil), Montevidéu e Canelones (Uruguai), Medellín (Colombia) e Córdoba (Argentina).

Herman Montoya, de Medellín: seis anos de política de Cultura Viva

Herman Montoya, da Secretaria de Cultura Cidadã de Medellín, contou o que tem passado nos últimos seis anos, desde que foi institucionalizada em Medellín a política de Cultura Viva Comunitária. Falou dos desafios da política, como o desenvolvimento de uma ferramenta que permita mapear e caracterizar as organizações comunitárias da cidade, e da articulação de propostas de trabalho que vinculem outras secretarias do município em programas e projetos de organizações comunitárias. Também comentou algumas conquistas, como a manutenção dos estímulos e prêmios para expressões da cultura viva comunitária, a publicação das memórias dos eventos de Cultura Viva, e o apoio à participação de organizações locais nos Congressos Latino-americanos realizados em 2013 na Bolívia e agora no Equador.

As experiências uruguaias ficaram a cargo de Alba Antunez, diretora de Descentralização Cultural do Programa Esquinas da Cultura, da Intendência de Montevidéu, e de Manuel Meléndez, diretor de Cultura Comunitária da Intendência de Canelones. Os dois dividiram a mesa para contar como, a partir das municipalidades, vem se desenvolvendo uma política territorial de base cultural comunitária que tem como premissa a cogestão de espaços e experiências com os vizinhos nos bairros.

Renata Machado (Brasil), Alba Antunez, Manuel Meléndez e Begoña Ojeda (Uruguai)

Direitos culturais

Marchiaro falou sobre o caso de Córdoba (Argentina)

Da Argentina, Francisco Marchiaro, secretário de Cultura da Municipalidade de Córdoba, dividiu sua apresentação com Lucrecia González e Diego Pigini, da Direção de Cultura Comunitária. Marchiaro contou um pouco da fisionomia da cidade (uma cidade universitária, com 1,4 milhão de habitantes), da criação da Secretaria de Cultura em 2011, de como conseguiu multiplicar por seis o orçamento destinado aos temas culturais comunitários (passando de 0,19% a 1,2%), e dos três eixos de trabajo a que a Secretaria vem se dedicando: Cultura como direito humano; Cultura como motor de desenvolvimento social; Culturas e territórios.

Pigini e González comentaram como ações como “Carnavales Comunitarios”, “Tu Barrio en Escena”, “Cultura de Barrio”, “Promotores Culturales Comunitarios” e “Aprendo con Cultura” vêm gerando instâncias de desfrute, expressão, participação e exercício pleno dos direitos culturais nas comunidades de Córdoba. Também ressaltaram que este ano foi criado o Conselho Municipal de Cultura Comunitária, um espaço permanente de articulação entre a sociedade civil e a municipalidade para a definição e a defesa de políticas culturais de base comunitária.

Conselho Municipal

Renato Almada comentou a experiência de Niterói

Em seguida, o brasileiro Renato Almada, presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Niterói, lembrou a criação do programa Cultura Viva no Brasil, em 2004, e sua transformação em política de Estado dez anos depois, com a sanção da Lei 13.018/2014, a Lei Cultura Viva. “É necessário implementar uma política de Estado, não de governo, para ter uma política funcionando efetivamente em um país, estado ou município”, afirmou Almada, destacando também alguns avanços conquistados em Niterói, como a Lei do Sistema Municipal de Cultura, que criou o Conselho, o Plano e o Fundo Municipal de Cultura.

“Fizemos em Niterói a maior conferência municipal de cultura de Brasil, com mais de 800 participantes, e lá elegemos o Conselho Municipal de Política Cultural, com 15 câmaras temáticas (dança, música, teatro, etc). O Conselho administra o Fundo Municipal de Cultura. Não administra o orçamento, e sim aprova os projetos que vão captar recursos. É um conselho deliberativo, que decide junto com o poder público as políticas culturais a ser implementadas. E nosso Plano Municipal de Cultura prevê o estabelecimento da Rede Cultura Viva”, explicou. A Rede Cultura Viva Niterói, criada através de convênio entre a Prefeitura de Niterói e o Ministério da Cultura (via Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural), é formada por 17 Pontos de Cultura e dois Pontões  de Cultura (*).

(*) Pontão de Cultura é uma entidade cultural ou instituição pública de ensino que articula um conjunto de outros pontos ou iniciativas culturais, desenvolvendo ações de mobilização, formação, mediação e articulação de uma determinada rede de Pontos de Cultura e demais iniciativas culturais, seja em âmbito territorial ou em um recorte temático e identitário.

Leia a ata de formação do grupo de trabalho de governos locais.

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23

nov
2017

Em Notícias

Por IberCultura

8ª Reunião do Conselho Intergovernamental: três anos de avanços e construções coletivas

Em 23, nov 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

O Conselho Intergovernamental IberCultura Viva realizou sua 8ª Reunião nesta terça-feira (21/11), na sede do Ministério de Cultura e Patrimônio do Equador, em Quito, durante o 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária. Participaram do encontro representantes de governos de oito países membros do programa: Argentina, Brasil, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Peru e Uruguai.

Além de aprovar o  Plano Estratégico Trianual (2018-2020) e o Plano Operativo Anual 2018, os participantes falaram sobre a Rede de Cidades que o programa IberCultura Viva tenta articular e discutiram o edital de bolsas para o curso de pós-graduação em políticas culturais de base comunitária que se pretende lançar em dezembro de 2017. A jornada também foi de boas-vindas ao Equador, que se somou ao programa em outubro, junto com a Guatemala, e participou pela primeira vez de uma reunião do Conselho Intergovernamental.

 

Intercâmbio de experiências

A vice-ministra de Cultura e Patrimônio do Equador, Andrea Nina, deu início à reunião falando da importância do fortalecimento da cultura comunitária em um país diverso como o Equador, “que tem desenvolvido espaços culturais comunitários muito importantes” com o trabalho cidadão, para além das gestões de governos. “Para nós, é importante aprender com as experiências que vêm sendo desenvolvidas em outros países. A cooperação técnica nos permite aprender com os erros e os acertos”, comentou.

Em seguida, Moni Pizani, diretora sub-regional da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) para os países andinos, celebrou a adesão do Equador a IberCultura Viva e lembrou a aprovação da criação do programa, na XIII Cúpula de Chefes de Estado e de Governo realizada na Cidade do Panamá em 2013. “Desde então se avançou muito neste caminho”, afirmou.

Segundo Pizani, “através de espaços como estes, contando com o esforço de todos e remando em um só sentido, faremos surgir propostas que nos permitam avançar na modalidade de envolver as comunidades como artífices de seu próprio modelo de desenvolvimento cultural, para um modelo exitoso de integração dos povos ibero-americanos”.

Construção coletiva

Diego Benhabib, coordenador do Programa Puntos de Cultura da Argentina e representante da presidência do Conselho Intergovernamental, também reforçou os avanços de IberCultura Viva desde sua implementação, em 2014. “Em três anos percorremos um caminho intenso, com muitas atividades e interessantes articulações com a sociedade civil”, destacou, ressaltando também o espírito colaborativo do Conselho e a vontade de trabalhar em conjunto com as organizações, redes e movimentos, “respeitando sua autonomia, seus espaços e formas de construção”.

Benhabib lembrou também a iniciativa do Conselho Intergovernamental de fomentar os congressos nacionais preparatórios ao 3º Congresso Latino-americano, por meio do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes 2016. Falou, ainda, do desafio de gerar a primeira rede de cidades e províncias ibero-americanas e concretizar ações com as instâncias municipais e estaduais para a expansão das políticas públicas de base cultural comunitária em nível local. “Buscamos elaborar mecanismos de adesão para que as cidades possam se ver refletidas nos fazeres culturais dos nossos estados nacionais, e também possam desenvolver sua própria política”, acrescentou.

Conquistas das redes

Além dos representantes governamentais e da SEGIB, a reunião contou com a presença de quatro membros de redes de cultura viva comunitária que participaram da organização deste 3º Congresso Latino-americano de CVC: os equatorianos Nelson Ullauri e Paola de la Vega, o colombiano Jairo Castrillón Roldán e o brasileiro Alexandre Santini.

Nelson Ullauri ressaltou uma das conquistas da Rede Equatoriana de CVC: a inclusão da cultura viva comunitária como um dos princípios fundamentais da Lei Orgânica de Cultura, publicada em dezembro de 2016 também com um artigo que trata da implementação de uma rede de gestão cultural comunitária para “a democratização da cultura e do exercício dos direitos culturais”. “Apostamos muito nisso porque acreditamos que este processo de construção da rede de gestão tem que se constituir em um protótipo ou um modelo de construção de política cultural”, explicou.

Paola de la Vega, pesquisadora de gestão em políticas culturais e também integrante da rede equatoriana de CVC, contou que no Equador se está trabalhando na formação de uma rede de universidades pela cultura viva comunitária. “Nos espaços acadêmicos estamos contribuindo com linhas de debate, em um marco teórico que ajude o movimento em suas negociações e dinâmicas, em uma relação diferente entre universidade e comunidade”, adiantou. “Estamos aportando também ao processo de construção da Lei de Cultura.”

Ações formativas

Jairo Castrillón Roldán falou da dinâmica do mercado e do risco que traz à construção simbólica dos povos e ao direito das comunidades de ter acesso à cultura. Ao recordar a guerra vivida em Medellín nos anos 80 e 90, e os muitos que morreram “tratando de recuperar a vida de crianças e adolescentes”, chamou a atenção para as organizações que solidariamente decidem ficar nos bairros, sem visar lucros e sim a formação dos que ali vivem. E que deveriam receber uma consideração especial, um respaldo dos organismos governamentais para fortalecer seus processos nas comunidades.

“Não podemos ser vistos dentro da lógica de empresa, estamos muito mais próximos da escola que do cabaré. Somos pedagógicos, não somos espetáculos. Queremos garantir que haja gente expressiva, sensível, imaginativa, curiosa, gente com memória, com sentido de identidade, com sentido de pertencimento. Estas coisas não podem ser submetidas ao tema da rentabilidade. No entanto, são altamente rentáveis à sociedade”, afirmou Castrillón. “O investimento na ação cultural pedagógica, formativa, não é um recurso perdido, é um recurso muito bem investido nas pessoas que estão nas comunidades contribuindo para que a sociedade seja mais digna.”

Linha do tempo

Alexandre Santini, por sua vez, apresentou uma linha do tempo sobre os avanços no desenvolvimento das políticas culturais de base comunitária na América Latina, dando ênfase em como o trabalho intersetorial tem impulsado o desenvolvimento das políticas em nível nacional e multilateral, como no caso da criação do programa IberCultura Viva.

Ao destacar alguns ritos relacionados ao programa, Santini lembrou a realização dos Congressos Ibero-americanos de Cultura, como o de 2009, em São Paulo (Brasil), que teve como tema “Arte e transformação social” e foi uma incidência conjunta de governos e sociedade civil, e a edição de Costa Rica, em 2014, com o tema das culturas vivas comunitárias. “A criação do IberCultura Viva foi uma ação coordenada de governos e organizações da sociedade civil. Podemos dizer que nos necessitamos mutuamente para fortalecer este espaço”, comentou.

Planos e acordos

Terminadas as falas dos convidados, a Unidade Técnica do programa IberCultura Viva apresentou a versão final dos documentos de planejamento 2018-2020, incluindo a reformulação da visão, da missão, dos objetivos gerais e específicos do programa para o período. “Fomentar o respeito”, “criar comunidade”, “resguardar a diversidade cultural”, “impulsionar a participação” e “defender a igualdade” são os valores citados no novo Plano Estratégico Trianual.

O novo plano também redefine como missão de IberCultura Viva o “reconhecimento do valor que tem os processos de construção de cidadania e a diversidade cultural expressa na participação social organizada, para a melhora das condições de vida e da convivência das comunidades, fomentando seu desenvolvimento a partir do trabalho intersetorial e com isso sua contribuição para consolidar o Espaço Cultural Ibero-americano e a integração regional”.

 

Entre as atividades propostas para o Plano Operativo Anual (POA-2018) estão as assistências técnicas a partir do intercâmbio de agentes governamentais; o fomento a estudos e pesquisas sobre políticas culturais de base comunitária; o apoio à realização de encontros e circuitos da rede de Pontos de Cultura, Cultura Viva Comunitária ou equivalentes; a criação e construção de um marco regulatório e de um plano de ação para a Rede de Cidades IberCultura Viva, tema do 2º Encontro de Redes IberCultura Viva, também realizado em Quito durante o 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária.

A 8ª Reunião também com a apresentação do regulamento do edital de bolsas para a Pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária FLACSO-IberCultura Viva. Este curso, que será realizado de maneira virtual junto à Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO), sediada na Argentina, se trata de uma proposta específica de formação em políticas culturais de base comunitária, dirigida a agentes públicos da Cultura, sejam eles gestores, trabalhadores do Estado, funcionários municipais, estaduais ou federais, gestores comunitários ou membros de organizações da sociedade civil. O lançamento está previsto para 10 de dezembro e a duração deve ser de nove meses, de março a dezembro de 2018.

 

Leia a ata da 8a Reunião do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva

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19

nov
2017

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Inscrições abertas para concurso de vídeos sobre comunidades afrodescendentes

Em 19, nov 2017 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

O programa IberCultura Viva e a Representação no Brasil da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO no Brasil) lançam neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, o concurso de curtas-metragens “Comunidades Afrodescendentes: Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento”. As inscrições estarão abertas de 20/11/2017 a 15/02/2018.

O concurso tem como objetivo selecionar vídeos que promovam uma reflexão sobre as comunidades afrodescendentes e a busca do pleno exercício de seus direitos culturais e/ou valorizem sua contribuição para a constituição, a promoção e o desenvolvimento da cultura ibero-americana. O valor total destinado ao edital é de 5 mil dólares. Dez vídeos receberão prêmios de 500 dólares.

O edital está destinado a pessoas maiores de 18 anos dos países membros do programa IberCultura Viva: Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, Guatemala, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai.

Os vídeos podem pertencer a qualquer gênero audiovisual (documentário, ficção, animação, jornalístico etc) e devem ter duração de um a três minutos. Eles precisam ter classificação indicativa livre e ser voltados ao público em geral. Vídeos realizados por afrodescendentes e/ou por mulheres receberão maior pontuação.

Este é o segundo concurso de vídeos realizado pelo IberCultura Viva e, nesta edição, conta com a colaboração da UNESCO no Brasil, que no mês de novembro reforça as ações promovidas pela Década Internacional dos Afrodescendentes, declarada na ONU em 2015, sob o lema “Povos afrodescendentes: reconhecimento, justiça e desenvolvimento”.

Em 2016, o programa lançou o seu primeiro concurso de vídeos, o Concurso de Videominuto “Mulheres: culturas e comunidades”, que premiou 10 vídeos de realizadoras de quatro países (Brasil, Argentina, Peru e México). Este edital teve como objetivo dar visibilidade ao papel fundamental das mulheres na cultura e na organização comunitárias, enfrentando atitudes e estereótipos que contribuem para a desigualdade de gênero e a violência.

 

Baixe o regulamento do edital e o Formulário de inscrição

Consultas: programa@iberculturaviva.org

 

 

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19

nov
2017

Em Notícias

Por IberCultura

2º Encontro de Redes IberCultura Viva: articulando uma rede de governos locais

Em 19, nov 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

O 2º Encontro de Redes IberCultura Viva, que será realizado em Quito (Equador) nos dias 22 e 23 de novembro, será dedicado exclusivamente à articulação de uma rede de governos locais (municipais e/ou estaduais). A mesa “Rede de Cidades IberCultura Viva” se dará dentro da programação do 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, com a presença de funcionários públicos de uma dezena de cidades da América Latina.

Está prevista a participação de servidores públicos municipais e estaduais de países como Argentina (Córdoba, Devoto, Entre Ríos), Brasil (Niterói), Colômbia (Medellín), México (Cherán, Zapopan/Jalisco) e Uruguai (Montevidéu e Canelones), entre outros. Ao longo dos dois dias de trabalho, os convidados vão discutir como construir um mecanismo de cooperação entre o programa e as instâncias locais e estabelecer uma agenda de trabalho conjunta para 2018.

O primeiro dia do encontro contará com apresentações do programa, dos representantes das cidades e dos governos estaduais presentes e também de organizações da sociedade civil, sobre processos de incidência em políticas culturais de base comunitária. A roda de conversa “Desafios comuns e eixos de ação possíveis para a rede”, programada para as 16h, tem como objetivo definir os pilares da rede, os critérios para a incorporação de atores e os eixos de trabalho para os próximos três anos.

A segunda jornada será dedicada a uma dinâmica de trabalho para a elaboração de um plano de articulação da rede em 2018, o que inclui uma revisão das linhas de ação do programa e sua adequação ao plano local. Além de acordar os compromissos que as cidades devem assumir e os aportes que o programa realizará em apoio à rede, os participantes devem estabelecer modelos de seguimento e medição do cumprimento das metas propostas pelos governos.

Representantes de um dos três grupos formados durante o 1º Encontro de Redes IberCultura Viva, em Buenos Aires

Primeira edição

O 1° Encontro de Redes IberCultura Viva, realizado de 30 de novembro a 2 de dezembro de 2016 no Centro Cultural San Martín, em Buenos Aires (Argentina), contou com três grupos de trabalho formados por pesquisadores, representantes de governos e organizações sociais que desenvolvem políticas culturais de base comunitária em 17 países ibero-americanos.

Durante três dias, os participantes se dividiram nas seguintes mesas temáticas: “Participação social e cooperação cultural”, “Legislação para as políticas culturais de base comunitária” e “Formação em políticas culturais de base comunitária e construção de mapas e indicadores”. As atividades foram realizadas de maneira simultânea às exposições, rodas de conversa e fóruns do 3º Encontro Nacional de Pontos de Cultura, organizado pelo Ministério de Cultura da Argentina.

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16

nov
2017

Em Notícias

Por IberCultura

Quito será sede da 8ª Reunião do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva

Em 16, nov 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

 

 

A 8ª Reunião do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva será realizada em Quito (Equador) no próximo dia 21 de novembro, durante o 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária. Este é o terceiro encontro de representantes dos países membros do programa em 2017 e o primeiro que contará com a presença do Equador, um dos países que se somaram ao IberCultura Viva este ano, junto com a Guatemala. O anúncio da adesão dos dois novos integrantes foi feito em 15 de outubro, na 7ª Reunião do Conselho Intergovernamental, realizada em Lima junto com o 2º Encontro Nacional de Puntos de Cultura do Peru.

Além das boas-vindas oficiais ao Equador, a agenda de trabalho para a 8ª Reunião estará centrada na análise do Plano Estratégico Trianual (2018-2020) do programa e do Plano Operativo Anual 2018. Os dois temas começaram a ser debatidos no encontro anterior, em Lima, assim como o lançamento da Pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária FLACSO-IberCultura Viva 2018.

A 7ª Reunião do Conselho Intergovernamental foi realizada em Lima, em outubro

Construído ao longo de 2017, este curso se realizará de maneira virtual junto à Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO), com sede na Argentina. Trata-se de uma proposta específica de formação em políticas culturais de base comunitária, dirigida tanto a agentes públicos da Cultura, sejam gestores, funcionários/as ou trabalhadores/as do Estado, como a gestores/as comunitários e membros de organizações da sociedade civil. A duração proposta será de nove meses, de março a dezembro de 2018, e o edital ​estará destinado aos países membros do programa IberCultura Viva.​

A 8ª Reunião também será a ante-sala da ampliação do programa na articulação com instâncias municipais e estaduais. Nos dias 22 e 23 de novembro, o programa realizará em Quito o 2º Encuentro de Redes IberCultura Viva, que estará dedicado com exclusividade à articulação de uma rede de governos locais (municipais e/ou estaduais). Nas jornadas de trabalho para constituir a Rede de Cidades IberCultura Viva participarão funcionários públicos de uma dezena de cidades da América Latina e representantes de organizações culturais comunitárias com experiências de processos de incidência na construção de políticas culturais locais.

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14

nov
2017

Em Notícias

Por IberCultura

Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária reunirá 800 pessoas em seis dias de atividades em Quito

Em 14, nov 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

Na próxima segunda-feira (20/11) começará em Quito a terceira edição do Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária. O evento, organizado pela Rede Equatoriana de Cultura Viva Comunitária, deverá reunir 800 congressistas provenientes de redes, coletivos e organizações culturais de 18 países da América Latina. Serão seis dias de espetáculos, palestras, debates, exposições, feiras, círculos da palavra e percursos culturais, de 20 a 25 de novembro.

Entre os objetivos deste encontro, que tem como tema “Ser comunitário”, estão a criação de um espaço de intercâmbio e articulação de experiências e redes de cultura viva comunitária em todo o continente” e o impulso de “âmbitos de recuperação e fortalecimento de iniciativas legislativas e de política pública estatal em relação à manutenção de experiências culturais comunitárias”.

A programação completa ocupará diferentes bairros de Quito. De 20 a 25 de novembro o ponto de encontro será a Casa de la Cultura Ecuatoriana (CCE, Av. 6 de Diciembre), mas haverá atividades em vários pontos da cidade, como as Universidades Central, Católica, Andina e Salesiana, o Museu de Medicina, o Teatro Nacional, o Teatro Politécnico Nacional, o Parque Cumandá, as Casas Pukará e Machankara, além de ruas e praças do Centro Histórico de Quito.

Antes, de 17 a 19 de novembro, serão realizados os seis circuitos regionais programados como atividades prévias ao congresso. Artistas locais e representantes de delegações internacionais devem acompanhar neste fim de semana estes espaços de convivência com as comunidades, promovidos em torno de temas como “Turismo e arte nas comunas das praias de Santa Elena”, “Arte, ativismo e articulação entre coletivos do Sul” e “Tradição oral, sementes e interculturalidade de comunidades à margem do rio”.

“Tem sido uma experiência de organização colaborativa, 34 comunidades estão trabalhando  em torno do congresso”, conta Isaac Peñaherrera, que é integrante da Associação Nina Shunku e da Rede Equatoriana de Cultura Viva Comunitária e há dois anos participa da comissão organizadora do evento. “Acreditamos que este investimento na localidade ajuda a potenciar muito o trabalho que as organizações culturais comunitárias vêm desenvolvendo.”

Ao  longo dos seis dias do evento serão abordadas as seguintes temáticas: Autonomia, soberania e território; Economia social e sustentabilidade; Legislação e políticas públicas; Comunicação comunitária; Educação comunitária; Arte e comunidade; Gênero e diversidades; Saúde intercultural; Espiritualidades e ancestralidades; Memória, identidade e patrimônio.

 

Rede de cidades

Nos dias 22 e 23, em  programação conjunta com o 3º Congresso Latino-americano de CVC, será realizado no Centro de Convenções Eugenio Espejo o 2º Encontro de Redes IberCultura Viva. A atividade central deste encontro será a mesa “Rede de Cidades”, em que será debatida a criação de uma rede de governos municipais e/ou estaduais associados a IberCultura Viva, com o fim de avançar no estabelecimento de políticas culturais de base comunitária em nível local e/ou estadual, além de mecanismos de adesão ao programa.

Além de organizar esta mesa de trabalho com representantes governamentais e aportar ao 3º Congresso Latino-americano com o pagamento de passagens aéreas e inscrições para os 52 ganhadores do Edital de Mobilidade, o programa promoverá em Quito a 8ª Reunião do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva. A agenda de trabalho incluirá a análise do Plano Estratégico Trianual (2018-2020) do programa e o Plano Operativo Anual 2018.

Em outubro de 2015, quando se realizou o 2º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária em San Salvador (El Salvador), o programa IberCultura Viva também apoiou a viagem de representantes de organizações culturais comunitárias ibero-americanas, por meio do Edital de Intercâmbio. E ainda realizou em San Salvador a 3ª Reunião do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva.

A terceira reunião do IberCultura Viva, durante o congresso de El Salvador

 

As edições anteriores

Ainda que contem com aportes governamentais, os Congressos Latino-americanos de Cultura Viva Comunitária são iniciativas da sociedade civil, organizadas por redes latino-americanas de CVC. A primeira edição, na Bolívia, se deu em maio de 2013, quando a cidade de La Paz foi “tomada poeticamente por assalto” por cerca de 1.200 ativistas artístico culturais provenientes de 17 países de América Latina.

Participaram do Congresso de La Paz 35 representantes de governos, formando uma aliança em torno de políticas públicas que possam garantir 0,1% dos orçamentos públicos para a Cultura Viva Comunitária e uma rede de cidades criativas pela Cultura Viva Comunitária. Finalizado o congresso, foi elaborado de maneira coletiva um manifesto denominado “Declaração de La Paz”, no qual os participantes ressaltaram o que havia significado este evento e algumas de suas perspectivas.

O Congresso de La Paz, em 2013 (Foto: Cultura de Red/Cobertura colaborativa)

 

Já o 2º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária foi realizado em El Salvador, um país marcado por lutas, conflitos, massacres, e que vivia um momento histórico com um governo que buscava promover a mudança social por meio da cultura. O evento foi organizado pela Rede Salvadorenha de Cultura Viva Comunitária com o apoio da Secretaria de Cultura da Presidência, de 27 a 31 de outubro de 2015, sob o lema “Convivência para o bem comum”.

Durante cinco dias, cerca de 500 congressistas da América Latina e do Caribe participaram de conferências, fóruns, debates, reuniões, oficinas, apresentações e visitas a comunidades. A cordialidade, o respeito e o espírito de irmandade marcaram o encontro antes, durante e depois. Na plenária final, na Concha Acústica da Universidade de El Salvador, os participantes se juntaram para celebrar o encontro e anunciar que o próximo “congresso da cultura da alegria e do afeto” seria no Equador, em 2017.

A plenária final do 2º Congresso de El Salvador, em 2015

 

Saiba mais:

 

Página web do 3º Congresso Latino-americano de CVC

Declaração de La Paz – 1º Congresso Latino-americano (Bolívia, 2013)

Manifesto de San Salvador – 2º Congresso Latino-americano (El Salvador, 2015)

Congresso de El Salvador chega ao fim com celebração afetuosa e um novo ponto de encontro: Equador

 

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09

nov
2017

Em Notícias

Por IberCultura

Congresso regional no Chile debate direitos sociais, extrativismo e artivismo

Em 09, nov 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

O 1º Congresso de Organizações Culturais Comunitárias (OCC) da Região do Biobío, no Chile, será realizado na comuna de Lota neste fim de semana (dias 11 e 12). O desenho e o conteúdo deste congresso (“Luta​ Comum? Direitos ​sociais,​ ​extrativismo​ e​ ​artivismo”) foram definidos de forma consensuada entre os representantes das OCCs que participam ativamente dos Laboratórios de Iniciativas Culturais Comunitárias, assim como também sua coordenação.

O programa inclui os fóruns-painéis “Arte e cultura como ferramentas de defesa, difusão  e consciência dos territórios”, “Direitos sociais e provisionais dos trabalhadores da cultura” e “Extrativismo e ferramentas de defesa a partir das comunidades”, que deve tratar de temas como as leis de meio ambiente, água e pesca, o uso do solo e os planos reguladores comunais.

Também terão lugar apresentações de experiências como a da Escuela Popular Poblarte (“Estratégias de defesa e articulação a partir da arte e da cultura comunitária em Aysén”), além de mesas de trabalho, blocos, música e performance. As atividades de sábado se darão a partir das 10h no CFT Lota-Arauco, e as de domingo no Centro Cultural Comunitario Pabellón 83.

(Fotos: Red de Cultura Comunitaria Biobío)

A Escuelita

Os Laboratórios de Iniciativas Culturais Comunitárias são realizados na Região do Biobío desde 2015 através do programa Red Cultura, desenvolvido pelo Conselho Nacional da Cultura e das Artes (CNCA). Nestas instâncias de diálogo entre as OCCs foi organizado em 2015 o I Encontro Regional de Cultura Comunitária, onde se realizou um diagnóstico coletivo sobre o setor.

No ano seguinte, 16 organizações que participaram do primeiro encontro decidiram impulsionar a “Escuela Popular de Organizaciones Culturales Comunitarias”. A iniciativa de caráter itinerante, realizada dentro do II Encontro Regional de Cultura Comunitária, passou por seis comunas da região de 13 de agosto a 1º de novembro de 2016: Penco, Concepción, Talcahuano, Tomé, Nacimiento e Alto Biobío.

“La Escuelita” foi financiada pelo Conselho, mas foram as próprias organizações que decidiram de maneira colaborativa sobre onde, quando e quais assuntos iriam tratar. Os temas foram divididos em oito módulos: 1) Educação popular; 2 e 3) Difusão e comunicação popular; 4) Produção artística popular; 5) Cooperativismo, identidade e território; 6) Intercâmbios de modelos de gestão cultural; 7) Direitos laborais dos trabalhadores da cultura comunitária; 8) Cosmovisão, pluralidade e medicina ancestral mapuche.

Durante os três meses em que se desenvolveram estes módulos, 158 pessoas participaram da Escuela Popular. Um total de 66 organizações, das quais 58 eram da Região do Biobío, 3 da Região Metropolitana e 5 latino-americanas.

Para onde ir

O II Encontro Regional de Cultura Comunitária, realizado em 12 de novembro de 2016 na Casa de Cultura de Chiguayante (província de Concepción), foi a instância “final” do processo, em que se deu leitura à sistematização da Escuelita e se discutiu acerca de como e que passos deveriam dar como OCCs, e como poderiam aportar ao desenho da nova política cultural chilena, desde uma perspectiva comunitária.

 

O debate se deu em torno de quatro eixos temáticos: 1) Cultura, arte e educação (educação e cosmovisão mapuche; educação artística e da arte comunitária; educação popular); 2) Cultura, identidade e território (OCCs e território; povos originários e território); 3) Financiamento e autogestão comunitária (cooperativismo e autogestão comunitária; demandas de financiamento das OCCs); e 4) Política cultural comunitária (demandas do povo mapuche para a política cultural comunitária 2017-2022; direitos laborais dos trabalhadores da cultura comunitária; Rede de Cultura Comunitária Biobío).

Depois de todos os debates e diálogos expostos, as organizações participantes se propuseram a constituir a Red de Cultura Comunitaria Biobío como o espaço de convergência entre todas as OCCs da região, além de ajudar a construir uma política pública cultural comunitária para o período 2017-2022.

A Rede de Cultura Comunitária Biobío é quem organiza o 1º Congresso Regional de Organizações Culturais Comunitárias do Biobío – “Luta​ ​Comum? Direitos​ ​sociais,​ ​extrativismo​ e​ ​artivismo”.

 

Saiba mais:

www.facebook.com/redcomunitariabiobio

 

07

nov
2017

Em Notícias

Por IberCultura

Conselho da Cultura e das Artes do Chile realiza a Primeira Pesquisa Nacional de Organizações Culturais Comunitárias

Em 07, nov 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

Com o objetivo de obter informação quantitativa e qualitativa atualizada acerca das organizações territoriais no âmbito da arte e da cultura, o Conselho Nacional da Cultura e das Artes (CNCA) do Chile convida todas as Organizações Culturais Comunitárias (OCC) do país a participar da 1ª Pesquisa Nacional online, que permitirá aperfeiçoar o perfil das organizações para a focalização de recursos e desenho programático.

A iniciativa é desenvolvida pelo CNCA, por meio do Programa Red Cultura, no contexto do Primeiro Estudo Linha Base sobre Organizações Culturais de Base Comunitária, cuja execução ficou a cargo da consultora ASIDES, mediante um processo de licitação pública.

As Organizações Culturais Comunitárias (OCC) realizam iniciativas e ações de caráter coletivo, sentido artístico e/ou cultural, associadas ao desenvolvimento ou impacto no território que habitam. Elas fortalecem a associatividade de seu entorno de maneira livre, autônoma e autogerida, em benefício da integração social.

A pesquisa nacional estará online até 1º de dezembro para todas as organizações que cumpram com alguma das seguintes características:

  • Grupo de pessoas que desenvolvam um trabalho permanente e contínuo, com mais de dois anos ininterruptos realizando ações específicas de caráter coletivo, com sentido artístico e/ou cultural, no espaço público.
  • Organizações – com ou sem personalidade jurídica – que tenham formalizado sua atividade a partir de uma estrutura de responsabilidades e compromissos, e que pertençam a uma comunidade localizada em determinado espaço territorial e geográfico.
  • Agrupações culturais e artísticas que articulem e dinamizem o território onde se inserem, constituídas sob uma lógica de aceitação da diversidade cultural e vocação de transformação territorial através da intervenção em âmbitos políticos locais e movimentos sociais e cidadãos.
  • Organizações que tenham alto reconhecimento social e protagonismo na comunidade,  contando com arraigo comunitário, gregário, familiar e cotidiano.
  • Entidades culturais que desenvolvam preferentemente atividades gratuitas com financiamento majoritário a partir da autogestão.

Além da Pesquisa Nacional online, o Primeiro Estudo Linha Base sobre Organizações Culturais de Base Comunitária considera a realização de oficinas em seis regiões piloto. Estas ações buscam favorecer a criação colectiva de uma política pública para o setor.

Tanto a pesquisa como o resto das ações contempladas no estudo respondem aos objetivos do Programa Red Cultura que enfocam a diminuição das diferenças na oferta comunal para o acesso e a participação da população em arte e cultura.

 

(*Texto publicado originalmente na página web do CNCA )

 

 

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24

out
2017

Em Notícias

Por IberCultura

Red Cultura seleciona 56 projetos no edital para Financiamento de Iniciativas Culturais Comunitárias no Chile

Em 24, out 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

O Conselho Nacional da Cultura e das Artes (CNCA) divulgou a lista de 56 projetos selecionados no edital do Programa Red Cultura para o Financiamento de Iniciativas Culturais Comunitárias 2017, dirigida a Organizações Culturais Comunitárias (OCC), com ou sem personalidade jurídica.

Foram distribuídos $ 220.499.902 pesos chilenos (cerca de US$ 350 mil) entre organizações culturais comunitárias de 9 regiões do país que desenvolvem um trabalho permanente e continuado no tempo, em torno de ações artísticas e culturais de caráter coletivo nos territórios e localidades.

Concorreram ao fundo de Financiamento de Iniciativas Culturais Comunitárias 389 projetos de 130 comunas do país. Dezesseis iniciativas estão na lista de espera, que se ativa à medida que a organização responsável não se apresente para assinar o convênio ou desista de desenvolver a iniciativa, por exemplo.

O edital, lançado no início do ano, tem como finalidade promover processos de fortalecimento de Organizações Culturais Comunitárias, a respeito de seu próprio desenvolvimento e incidência na gestão cultural do território que habitam,  e financiar o desenvolvimento de atividades artísticas e/ou culturais realizadas pelas organizações, promovendo boas práticas em ações participativas e de integração sociocultural nas localidades.

Graças ao aporte do Conselho Nacional da Cultura e das Artes, através deste financiamento do programa Red Cultura, serão desenvolvidas iniciativas relacionadas com migração, identidade cultural, patrimônio cultural, povos originários, artes visuais, circo, produção audiovisual, dança e teatro, entre outras áreas.

Os projetos vão se concretizar em diversos formatos,  entre eles carnavais, festivais, escolas, oficinas e mapeamentos culturais. O financiamento permitirá o apoio a planejamentos estratégicos, estratégias de comunicação, sistematização de boas práticas em cultura comunitária, plataformas digitais, instâncias de participação cidadã, assim como modelos de gestão com pertencimento territorial.

Pesquisa nacional

Na mesma linha de fortalecimento do trabalho das OCC, o Programa Red Cultura convidará nos próximos dias as organizações do país a participar da Primeira Pesquisa Nacional dirigida a Organizações Culturais de Base Comunitária, voltadas para o desenvolvimento territorial a partir da arte e da cultura.

A pesquisa, assim como a realização de oficinas e pilotos de “cabildos” (corporações municipais) em seis regiões, responde à necessidade de obter informação quantitativa e qualitativa atualizada acerca das características das organizações territoriais que acionam o âmbito da arte e da cultura desde e com a comunidade. A informação obtida favorecerá a criação conjunta de uma política pública para o setor, além de afinar o perfil das organizações para a focalização de recursos e o desenho programático.

Confira o resultado do edital, com iniciativas selecionadas, listas de espera e não selecionadas

 

Fonte: Consejo Nacional de la Cultura y las Artes

 

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24

out
2017

Em Notícias

Por IberCultura

Chile: una construcción colectiva de política pública para las organizaciones culturales comunitarias

Em 24, out 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

 

 

La construcción de una política pública para las organizaciones culturales comunitarias (OCC) es un tema que viene ganando espacio en Chile desde 2015. El debate en torno a cómo implementar el componente y cómo avanzar en este tema en el país es visto como un proceso que lleva al menos dos etapas. La primera comprende el período 2015-2018 y se trata de una etapa de vinculación con las OCC. Una etapa de conocimiento, de ver cuántas son, dónde, quiénes y cómo están. La segunda (2018-2022) debe dar continuidad al trabajo con el diseño de una política cultural para el sector comunitario realizado de manera conjunta con las organizaciones.

La consultora de comunicación del programa IberCultura Viva estuvo en Chile del 19 al 27 de julio y pudo ver un poco de cómo se está dando este acercamiento a las OCC en algunas de las regiones del país. La visita se dio en el marco de la relación de cooperación entre los países miembros de IberCultura Viva, como inicio de un plan de trabajo colaborativo entre el programa y el equipo técnico Red Cultura – Consejo Nacional de la Cultura y las Artes de Chile, con vistas a la difusión y promoción tanto de la política cultural para organizaciones culturales de base comunitaria del país como de sus actividades y características, en el Espacio Cultural Iberoamericano.

 

El Consejo Nacional de la Cultura y las Artes es el órgano del Estado encargado de implementar las políticas públicas para el desarrollo cultural en Chile. Creado por la Ley 19.891, que entró en vigencia el 23 de agosto de 2003, desarrolla una serie de programas para cumplir con su misión y funciones en las 15 regiones del país: Arica y Parinacota, Tarapacá, Antofagasta, Atacama, Coquimbo, Valparaíso, Metropolitana, O’Higgins, Maule, Biobío, La Araucanía, Los Ríos, Los Lagos, Aysén, Magallanes.

Uno de los principales programas del Departamento de Ciudadanía Cultural es Red Cultura, cuyo propósito es disminuir las diferencias en la oferta comunal para el acceso y participación de la población en arte y cultura. Busca promover el acceso y la participación de las comunidades en iniciativas artístico-culturales, además de contribuir al fortalecimiento de la gestión cultural municipal y a la valorización y el resguardo del patrimonio cultural inmaterial.

Red Cultura trabaja en los territorios, con las personas que ahí están, por medio de convocatorias para apoyar el desarrollo de iniciativas culturales comunitarias o promover residencias de arte colaborativo en comunidades. También busca desarrollar modelos de planificación cultural territorial inclusiva, con enfoque de derechos.

 

Durante la visita del programa IberCultura Viva al país, se realizaron reuniones en  cinco ciudades (Santiago, Valparaíso, Viña del Mar, Concepción y La Serena) con representantes de los equipos del programa Red Cultura de seis regiones: Metropolitana, Valparaíso, Biobío, Los Lagos, Araucanía, Maule  y Coquimbo. Los equipos hablaron de cómo han implementado el componente que trabaja con OCC, las dificultades y los aciertos que han encontrado.

En los nueve días de actividades, Ibercultura Viva estuvo representado por la periodista Teresa Albuquerque, y la Coordinación Nacional de Red Cultura, por Marianela Riquelme Aguilar, a cargo del componente OCC. Además de las reuniones con los equipos regionales, las dos participaron en encuentros con representantes de OCC de la Región Metropolitana, Coquimbo y Biobío, y en la visita a una organización en Viña del Mar (Región de Valparaíso). También comparecieron al Encuentro de las Organizaciones Culturales Comunitarias de la Región Metropolitana, realizado el sábado 22 de julio en la Universidad Católica Silva Henríquez, en Santiago. Se unió a este equipo Hugo Provoste, periodista del Departamento Ciudadanía Cultural, en las regiones Metropolitana, Valparaíso y Biobío.

A continuación, un resumen de los días de intercambio en Chile.

Los participantes del encuentro con 3 organizaciones de la Región Metropolitana

 

 


PRIMERA PARADA: SANTIAGO

El encuentro con el equipo de la Región Metropolitana se compuso de dos partes: por la mañana, una conversación con el equipo de Red Cultura (Álvaro Rodríguez, Salvador Velásquez, Camila Garrido, Tomás Caroca, Vania Fernández); por la tarde, un encuentro con tres de las 17 OCC que fueron beneficiadas con el Fondo para Iniciativas Culturales de Base Comunitaria en Pro de la Integración Social en 2016 (Corporación Cultural La Feria/Escuela Artística Comunitaria, La Gandhí y La Escuela de Carnaval Raiz do Aukan).

La mañana empezó con Camila Garrido hablando de los cuatro componentes relevantes que ellos como región tienen que ejecutar, en especial el de Residencias de Arte Colaborativo. Hace dos años Red Cultura implementa las residencias con el fin de llevar acceso a experiencias artísticas a los territorios (“no que la comunidad viera la experiencia artística, sino que la viviera”).

Las residencias se dan por convocatoria. Se convoca a un artista o colectivo artístico para una estadía de tres meses en un territorio, y su misión es trabajar con organizaciones sociales o la infraestructura municipal, buscando cruzar sus prácticas artísticas con el contexto local y la realidad de la comunidad.

“Las organizaciones han recibido a estos artistas y han generado proyectos bastante interesantes. Ahí también las organizaciones son protagonistas, se empoderan en el territorio y son la contraparte directa”, afirmó Camila.

Salvador Velásquez citó como ejemplo una experiencia de residencia que tuvieron el año pasado en La Legua, un barrio estigmatizado por el tráfico de drogas, de la comuna San Joaquín. Un colectivo de fotografía se insertó en la comunidad, en un colegio de educación básica donde un muro de acero impide que las balas entren en el patio. ¿Qué hicieron? Transformaron el muro en una especie de museo abierto. Un mural lleno de fotos antiguas de miembros de la comunidad escolar, sus familiares y amigos.

Cultura ciudadana

La directora regional de Cultura, Ana Carolina Arriagada, de pasaje para un saludo, habló sobre el encuentro de OCC que se realizaría dos días después, en la Universidad Católica Silva Henríquez, y la importancia de tener una agenda a corto, medio y largo plazo para empezar a trabajar en soluciones.  “En Chile hay una transición de una institucionalidad que primero reconoció la importancia de recoger el valor artístico de los talentos, de fomentar la sustentabilidad del arte, y que ha ido transitando a algo más ciudadano. Es decir, que la cultura es algo que se vive y que le pertenece a todos y que hay una práctica en territorio que debe ser reconocida”, comentó.

Álvaro Rodríguez explicó el contexto en el que se  inserta el programa Red Cultura, comentó algunas diferencias del trabajo en la Región Metropolitana con las OCC en comparación con otras regiones, contó cómo llegaron donde están, cómo se dio el acercamiento, el proceso de construcción de confianza. También contó cómo un trabajo conjunto con un centro de estudios de la Universidad Central en Santiago, en 2016, terminó en laboratorios ofrecidos a las OCC, con seminarios y talleres, un ciclo largo, de un semestre, totalmente gratuito y con convocatoria abierta.

“Fue una instancia muy grata, muy beneficiosa”, afirmó el coordinador de Ciudadanía Cultural de la Región Metropolitana. “En este tercer año, empiezan a aparecer temas que son ejes rectores, como que el arte y la cultura sean medios para el desarrollo, que se entienda como un derecho, entre otros conceptos que se traducen en solicitudes específicas de las organizaciones”.

Tres etapas

Tomás Caroca, profesional del equipo, resumió así los tres años de trabajo con las OCC en la Región Metropolitana: “El 2015 fue el primer acercamiento, donde se elaboró un documento con las necesidades de las OCC. El año pasado se realizó esta alianza con la academia para trabajar con las mismas temáticas que las organizaciones habían adelantado, y este año, la manera que se ha decidido trabajar con las OCC ya no es un lugar cerrado, no es la academia, tampoco institucional, sino que decidimos focalizar ciertos territorios de la región y vamos a realizar encuentros territoriales con OCC.”

“Todas las OCC son de territorio, pero como teníamos que focalizar y no son muchos los recursos partimos por los territorios emblemáticos y las organizaciones que tienen un discurso y un trabajo más avanzado. Como tenemos que llevar ciertas herramientas a los territorios, lo bueno sería ir construyendo con ellos”, añadió Camila. “Es importante entender las dinámicas de las organizaciones territoriales también, porque no todas son iguales”, resaltó Salvador.

Una tarde de carnaval

Por la tarde, la reunión fue con representantes de tres organizaciones culturales comunitarias de la Región Metropolitana que tenían fuerte vínculo con el tema del carnaval. Rosa Núñez, Hugo Melo y Carolina Arcos hablaron de sus quehaceres en La Escuela Artística Comunitaria, creada en 2012 en la comuna de Lo Espejo — un proyecto de la Corporación Cultural la Feria que empezó como una comparsa y pasó a una escuela gestionada por vecinos, donde se imparten talleres artísticos gratuitos a niños, jóvenes, adultos y adultos mayores de la región.

Lesly Toloza Cortés comentó la experiencia de la Escuela de Carnaval Raiz do Aukan, una agrupación dedicada a la música brasileña (el samba, especialmente) y que busca promover la cultura carnavalesca, junto con generar un espacio de construcción comunitaria en la comuna de Cerrillos. Scarlett Chacon y Marco Antonio Vega López, a su vez, hablaron de La Gandhí, comparsa nacida en 2014 con el objetivo de crear ciudadanía, proponiendo la danza afro y la batucada como procesos de sanación.

 


SEGUNDA PARADA: VALPARAÍSO

El día en Valparaíso comenzó con un encuentro con el equipo nacional del Consejo Nacional de la Cultura y las Artes. Patricia Rivera, encargada de la Sección Territorio Cultural, a cargo del tema, recordó el propósito de trabajar por el fortalecimiento de la cultura de base comunitaria, la importancia de tener una construcción colectiva para la gestación de una política hacia el sector. Además, se discutió la necesidad de un espacio permanente de difusión de las actividades y acciones desarrolladas por las OCC chilenas, inclusive en plataformas como la de IberCultura Viva.

 

Enseguida, en el encuentro con el equipo regional de Valparaíso (Carolina Arce, Rodrigo Basáez y Maria José Oyarzún), uno de los principales temas fue un proyecto regional de trabajo con OCC llamado “Mi barrio es cultura” (que no está vinculado al programa Red Cultura, sino al programa Acceso Regional). Creado por el equipo regional con el fin de recuperar la relación directa del Consejo de la Cultura con el territorio, el proyecto comenzó con seis barrios/localidades y hoy día está en 11, en todas las provincias de la región.

“Con ello han surgido procesos interesantes de organizar que tienen que ver con la política del Estado con las OCC, la vinculación con esas OCC de manera directa, y la colaboración con otros servicios y entidades (públicas o privadas)”, dijo Carolina Arce , coordinadora de Ciudadanía Cultural de la Región de Valparaíso.

La idea es que “Mi barrio es cultura” dure tres años. “El primer año fue de vinculación y conocimiento con las organizaciones. Al final de este año, la idea es que hayamos diseñado un proyecto participativo, con proceso de diagnóstico, un proyecto que se va a ejecutar el segundo año, acompañado de herramientas de formación y fortalecimiento de capacidades junto con buscar nuevos mecanismos o fortalecer las formas de obtención de recursos. El tercer año es el despegue, esperando que las organizaciones puedan quedar con alguna capacidad para proyectarse por sí solas”, detalló Carolina.

Valparaíso y sus cerros

El rol transformador

María José Oyarzún (profesional Red Cultura) recordó que al principio se pensó en realizar el proyecto con una consultora, que interviniera en los territorios y generara una dinamización social barrial en sectores vulnerables. Sin embargo, a través del programa Red Cultura se decidió que no fuera personas desde afuera, sino las OCC las que se hicieran cargo de los barrios.

“Gracias a la intervención de las OCC, en algunos barrios se han creado nuevas OCC, que nacen a raíz de este proyecto”, señaló. “Eso nos permite no solo trabajar y fortalecer nuestras OCC ya instaladas, sino que, a su vez, vamos proliferando estos pequeños núcleos dentro de los barrios, porque se instala la idea de que cultura es un elemento transformador barrial y esperanzador, sobre todo en situaciones de vulnerabilidad”.

 

El origen del proyecto “Mi barrio es cultura” está vinculado al gran incendio que hubo en la ciudad de Valparaíso en abril de 2014, dejando 15 muertos, más de 500 heridos y casi 3000 viviendas destruidas. Tras la tragedia, el país se movilizó para ayudar a los habitantes a reconstruir sus casas y vidas. El Consejo de Cultura se dedicó a reconstrucción del tejido social, a la pérdida de identidad, de historias familiares, que vinieran con la quema de sus casas. “A través de jornadas participativas, abríamos un espacio para escuchar experiencias de los vecinos, trabajar a partir del sentimiento y comenzar a construir. Desde ahí nacieron sueños, ideas, proyectos”, contó Carolina.

“Trabajamos mucho con OCC que tuvieron un rol importantísimo en el incendio”, destacó María José. “Las OCC abrieron sus espacios, empezaron a ser albergues, a ser canalizadores de ayuda comunitaria, y se transformaron en un foco social en este momento tan importante. Eso  fue importante para entender el rol que cumple una OCC dentro de su espacio barrial. No es solo una diversión, existe un rol social importante en la mejora de la calidad de vida de las personas.”

 

Temas como formación, sensibilización y liderazgo van apareciendo en torno al proyecto, y llaman la atención del equipo para algunas cuestiones territoriales. “Ha sido un descubrimiento también para nosotros, poder visualizar lo que pasa en los territorios, las dinámicas son distintas”, resaltó Rodrigo Basáez, encargado del programa Acceso Regional. En Viña del Mar, por ejemplo, hay organizaciones como La Mandrágora, que siguen teniendo un trabajo autogestionado de años sin vincularse con el municipio y evitando depender de una entidad de gobierno.

La tarde terminó con una visita al Centro Cultural y Colectivo Teatral La Mandrágora, instalado desde 2004 en la población de Achupallas de Viña del Mar (como organización social comunitaria, La Mandrágora existe desde el año 2001). La organización desarrolla una serie de talleres artísticos y socioeducativos, cuenta con una biblioteca comunitaria, promueve ciclos de cine y hasta un encuentro internacional de teatro. Todas las acciones se desarrollan de forma voluntaria y gratuita para niños, jóvenes y adultos.

 


TERCERA PARADA: CONCEPCIÓN

En Concepción se reunieron representantes de los equipos de cuatro regiones: Biobío (Daisy Retamal, Marlene Cartes, José Cortés y Nicole Caballero), Maule (Carolina Sepúlveda, Patricia Torres y José Manuel Valencia), Los Lagos (Catalina Velázquez) y Araucanía (Daniel Riquelme). En el encuentro de la mañana, comentaron cómo han implementado el componente que trabaja con OCC, las dificultades y los aciertos.

Catalina Velásquez, de la Región de Los Lagos, contó que el 2014, cuando se realizó el catastro de OCC, 34 organizaciones cumplían con el perfil de OCC en la región. De estas 34 se hizo un filtro (estaba difícil llevar a todos a trabajar en laboratorio), buscando las iniciativas con más antigüedad, y se llegó a las 14 OCC que desde entonces siguen trabajando con ellos. “Nuestras organizaciones quieren formar una unión regional de OCC, con el fin de fortalecerse, conseguir proyectos, más fondos…Sería un objetivo para seguir avanzando”, afirmó.

Carolina Sepúlveda, coordinadora de Ciudadanía Cultural de Maule, comentó las dicotomías que encuentran en el territorio (respecto de los fines productivos y la responsabilidad comunitaria de las OCC) y los dos años que llevan trabajando en conceptos, definiciones, discutiendo si deben dar un paso desde la institucionalidad o si las organizaciones deben empezar a ser co-constructores… Cuestiones que han tocado a la mayoría,  también comentadas por los compañeros de otras regiones.

También de Maule, Patricia Torres, coordinadora regional de Red Cultura, llamó la atención por el despliegue territorial –son 30 comunas en la región–, la dificultad de llegar  a un perfil de OCC para trabajar en la región. Contó que se formó una mesa regional, en principio con 80 representantes de organizaciones de diferentes perfiles, y que hoy día hay un total de 40 organizaciones flotantes discutiendo temas que quieren abordar, levantando conceptos, intentando articularse.

El trueque y las réplicas

Aparte de las reflexiones utópicas, una de las acciones concretas que se dieron el primer año en Maule fue una feria del trueque artístico donde cada organización llevaba algo para compartir. “Armamos cuatro ferias de trueque en distintas comunidades, estaba súper bonito”, afirmó Patricia, resaltando que el segundo año fue dedicado a la formación de las OCC, con la creación de la “Escuelita de Gestión Cultural”, y que la idea para el tercer año es que todos los que se formaron en la escuela van a hacer una réplica en su comuna, cofinanciadas con el municipio.

“La primera réplica es en Romeral. Esta la tenemos con el municipio en algunos módulos, las comunidades se hacen cargo de otros módulos en que ellos ya se capacitaron, y nosotros vamos a aportar con otras cosas”, explicó Patricia. “Otra estrategia es que estamos vinculados a la Universidad de Talca, que tiene su carrera de Psicología Social Comunitaria, y tenemos alumnos que están trabajando con comunidades, sobre todo comunidades que están con su liderazgo bajo. También tenemos dos comités del programa Creando Chile en Mi Barrio (que se implementó en todo el país entre el 2007 y el 2010), y los hemos apoyado con prácticas de psicología social comunitaria. Están haciendo un diagnóstico de cómo está la organización y cómo se proyecta en el barrio”.

Construyendo el diálogo

Daisy Retamal, encargada regional de Red Cultura en Biobío, contó que contrataron a una persona para hacer el catastro de las OCC (Nicole Caballero, consultora que siguió trabajando con el equipo, como apoyo metodológico), acortaron el perfil de las organizaciones con las cuales querían trabajar en este momento, y les invitaron a conversar con el Consejo. “Llegaron unas 20 OCC y desde ahí vamos a construir una política pública. Eso es lo que más les motiva: hablar de cómo vamos a construir una política que va a dialogar con ellos como sector, eso es más importante que los fondos concursables”.

Para las organizaciones de la Región de Biobío, el año de 2015 fue de conocerse (se realizó el I Encuentro Regional de Cultura Comunitaria) y el 2016, de formarse (entre ellos mismos). “Decidieron que como tenían expertise cada uno y querían conocerse, harían una escuela de educación popular. A parte de conocerse ellos, querían ir a los territorios, ver lo que estaban haciendo unos y otros… E hicieron una escuela con ocho módulos, que terminó muy bien (aunque entremedio hayan habido dificultades)”, afirmó Daisy.

Según Daisy, el Consejo nunca estuvo en la cabeza del proceso. “La mesa no la dirigimos nosotros. Yo voy a algunas sesiones, cuando hay que explicar algo. El resto lo trabaja nuestro apoyo metodológico, que es Nicole. Al principio participamos, pero después nos dimos cuenta que la mesa era reactiva al Estado, estaban desconfiados de trabajar con nosotros. Les invitamos entonces a seguir trabajando con nosotros sin participar de la mesa, porque queríamos mantener el diálogo. Y así fuimos construyendo una relación muy respetuosa. Creo que para nosotros, en esta región, tomar una posición un poco más distante ha sido superpositivo.”

Gestión cultural y derechos

Respecto del trabajo con las OCC en Araucanía, Daniel Riquelme señaló algunas características de la región, como una alta presencia de población mapuche, un fuerte discurso de autogestión y una cierta ambigüedad en la relación con el Estado. “La invitación que se ha hecho a las OCC –primero con el catastro que se hizo el 2015/2016 y ahora con la implementación de laboratorios– tiene que ver con restablecer vínculos de confianza, sobre todo del carácter voluntario de participación, y también de la intención real de poder acercarse a las necesidades de las organizaciones”.

Este debate, según él, también se les da como equipo, en temas como el catastro y las categorías con las que funcionan: “¿Son realmente funcionales a un análisis correcto de la realidad que tienen las organizaciones?” “¿Será que tenemos que intencionar que ellos mismos se auto clasifiquen, o si somos nosotros quienes tenemos que entender la diversidad de lenguajes, de objetivos y de orígenes de estas OCC?”

Para intentar contestar a algunas de esas preguntas, la región optó por una investigación luego del catastro. “Este año estamos priorizando una investigación acerca de los discursos de las OCC, con investigadores externos”, comentó Daniel. “Las OCC están identificando paulatinamente la necesidad de autoformación, sobre todo en el tema de la gestión cultural. Es eso lo que queremos abordar en el tercer laboratorio que vamos a tener este año con las OCC, empezando a entender la gestión cultural en el ámbito de los derechos sociales y culturales.”

La escuela popular

Por la tarde, los representantes de los equipos regionales escucharon las experiencias de seis organizaciones de cultura comunitaria (Grupo Cultural Víctor Jara, La EscueLota, Weche Newen, Colectivo Cultural We Newen, Microgalaxia Centro Cultural y Casa Trewa) y conocieron un poco más de la Escuela Popular de Organizaciones Culturales Comunitarias, que se desarrolló en la Región de Biobío en 2016.

La iniciativa, aunque financiada por el Consejo, fue impulsada por 16 OCC de Biobío que participaron del I Encuentro Regional de Cultura Comunitaria en 2015 ( año en el que se iniciaron los Laboratorios de Iniciativas Culturales Comunitarias a través de Red Cultura). Realizada en el marco del II Encuentro Regional de Cultura Comunitaria, del 13 de agosto al 1 de noviembre de 2016, la Escuela Popular tuvo carácter itinerante, pasando por seis comunas de la región: Penco, Concepción, Talcahuano, Tomé, Nacimiento y Alto Biobío.

Los ochos módulos fueron así divididos: 1) Educación popular; 2 y 3) Difusión y comunicación popular; 4) Producción artística popular; 5) Cooperativismo, identidad y territorio; 6) Intercambios de modelos de gestión cultural; 7) Derechos laborales de los trabajadores de la cultura comunitaria; 8) Cosmovisión, pluralidad y medicina ancestral mapuche. Fueron las propias organizaciones quienes acordaron de manera colaborativa sobre dónde, cuándo y qué temas iban a tratar en la escuela.


CUARTA PARADA: LA SERENA

La visita a la Región de Coquimbo se dividió en tres instancias: una reunión protocolar en la que participó la directora regional de Cultura, Daniela Serani, una reunión con la coordinadora regional de Red Cultura, María Rosa Cortés, y un encuentro con representantes de cuatro organizaciones culturales comunitarias (Unión Comunal de Andacollo, Agrupación Cultural Margot Loyola, Corporación Cultural Literaria de Los Vilos y Agrupación Kail de Los Vilos).

María Rosa Cortés

María Rosa Cortés explicó que cuando partieron con el trabajo con OCC, en 2015, lo hicieron en convocatoria abierta con afiche en redes sociales: “Vengan quienes quieran trabajar con nosotros”. Aparecieron más de 600 organizaciones. Se hizo un filtro, quedaron unas 200 que eran organizaciones culturales, y desde ahí llegaron a 71 a nivel regional. “En 2015 lo que hicimos fue definir que una OCC iba a ser aquella agrupación que trabajara en el territorio por un periodo prolongado de tiempo, y que lo que le importaba era el desarrollo cultural y artístico de su comuna”, explicó.

Como en 2015 estas organizaciones con quienes empezaron a trabajar les pidieron capacitaciones, el segundo año fue dedicado a la escuela de gestión comunitaria. “Se dio la escuela y no participó ninguna organización que habíamos focalizado. Decían que ‘era tarde’, ‘era en La Serena’…Entonces volvimos y al final de 2016, inicios de 2017, aplicamos nuevas fichas a las 71. Partimos de lo que definimos como OCC y llamamos. Y este año vinieron 11. Las 11 son nuevas, ninguna de las que partieron en 2015. Y están motivadas, quieren hacer intercambio de experiencias, que hagamos encuentros.

Cuatro de estas 11 OCC estuvieron representadas en el encuentro armado para la tarde. El guitarrista, Alejandro Cortés, presentó la Corporación Cultural Literaria Los Vilos, una agrupación de escritores, artistas, músicos, cineastas, guionistas, comunicadores y gestores culturales que han comprometido su quehacer en torno a lo literario, preocupados por la difusión y el rescate de la cultura y las artes, y con énfasis en la identidad local.

Vicente Godoy contó un poco de los quehaceres de la Unión Comunal de la Cultura de Andacollo, que reúne 40 agrupaciones con vistas a desarrollar un programa integral de desarrollo cultural para la comuna. La organización social, que promueve una serie de talleres y ferias entre otras actividades, nació de un encuentro realizado en 2015, cuando se moldeó un libro titulado “Diagnóstico Cultura Viva de Andacollo – un aporte para la construcción de políticas culturales integradoras, democráticas y participativas”.

 

Mirna Véliz, a su vez, habló de la Agrupación Margot Loyola, formada en Tierras Blancas (Coquimbo) a partir de un taller de cueca básica el año 2000. En estos 17 años de aprendizajes, investigaciones, presentaciones y proyectos, los integrantes han recibido varios reconocimientos por el trabajo desarrollado con la danza y el folclore.

Finalmente, Zita Olivares contó cómo se formó en 2009 la agrupación KAIL, Colectivo de Artes Integradas Literario (“Sería libertario, porque en las ganas de hacer las cosas no queríamos depender de nadie, pero la señora lo escribió ‘literario’ e igual nos sirvió”, dijo entre risas). Con la intención de desarrollar nuevas instancias culturales en la comuna de Los Vilos, con especial énfasis en la descentralización de la cultura, la agrupación trata de llegar a las ciudades de la provincia y a sus localidades rurales con ferias de trueque, festivales de música y teatro y presentaciones de radioteatro, siempre con conversatorios después de las actividades. “Apostamos harto en trabajar en conjunto con otras agrupaciones”, afirmó Zita, resaltando la importancia de la convivencia, del compartir, del aprendizaje que viene de ahí.

 

 

 

De vuelta a Santiago para una reunión de cierre con Patricia Rivera, las “viajeras” Marianela Riquelme y Teresa Albuquerque contaron un poco de la experiencia de estos días de intercambio del programa IberCultura Viva en Chile, de cómo fueron los encuentros con estas 40 personas (sin contar las más de 50 que estaban en el Encuentro de Organizaciones Culturales Comunitarias de la Región Metropolitana), de las dificultades y los aciertos que los equipos regionales han encontrado en el trabajo con las OCC.

Al fin del viaje, la constatación de que muchas de estas organizaciones comunitarias no están esperando que les financien sus proyectos –con o sin recursos gubernamentales están haciendo, ofreciendo caminos reales de transformación– deja aún más claro la importancia de una política pública para el sector. De una política que reconozca y potencie las iniciativas culturales de las comunidades en el lugar donde ocurren, conforme sus necesidades y planes de trabajo, y que se construya colectivamente, valorizando la participación ciudadana y fortaleciendo la democracia.

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