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Nova plataforma do programa IberCultura Viva busca integrar e dar visibilidade a organizações comunitárias da Ibero-América
A partir deste mês, os editais do programa IberCultura Viva serão publicados numa nova plataforma: o Mapa IberCultura Viva. Neste espaço livre e colaborativo de identificação e mapeamento georreferenciado, os agentes culturais (representantes de coletivos, organizações comunitárias, povos originários, etc) poderão não apenas inscrever-se nas convocatórias e concursos do programa, mas também divulgar seus próprios eventos, espaços e projetos.
Os dados coletados no Mapa IberCultura Viva serão utilizados para a construção/consolidação de indicadores culturais que fortalecerão os sistemas de informação dos países membros do programa de cooperação voltado para as políticas culturais de base comunitária da Ibero-América. Atualmente, 11 países fazem parte do Conselho Intergovernamental: Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, El Salvador, Equador, Espanha, Guatemala, México, Peru e Uruguai.
Mapas Culturais
A nova plataforma do IberCultura Viva faz parte do projeto Mapas Culturais, desenvolvido pela empresa de tecnologia Hacklab em parceria com o Instituto TIM e o Ministério da Cultura do Brasil (MinC). Iniciado em 2013, o projeto surgiu com o objetivo de criar uma ferramenta colaborativa de gestão cultural, em código aberto (software livre), que mapeasse iniciativas e agentes culturais.
Em 2014, a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo lançou a primeira plataforma do Mapas Culturais no Brasil: SPCultura. Em 2015, foi a vez de a Direção Nacional de Cultura do Uruguai lançar sua versão do Mapas, o Cultura en Línea. Neste mesmo ano, o MinC adotou o Mapa da Cultura como principal base do Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC). Desde então, vários estados e municípios brasileiros vêm implementando o projeto, fazendo dele um importante instrumento para a formulação e aferição de indicadores culturais.
Em cada local, a ferramenta é customizada, adaptada ao contexto cultural e artístico do território em questão. No Distrito Federal, por exemplo, o mapa ganhou o nome de Mapa nas Nuvens, uma referência ao céu, marca da capital brasileira, que acolhe influências e manifestações culturais de todas as regiões do país. Também há plataformas temáticas, como a Rede Cultura Viva, rede de incentivo e disseminação de iniciativas culturais que mapeia os Pontos de Cultura do Brasil.
Transparência
Os Mapas Culturais são alimentados tanto pelo poder público, que insere informações sobre editais, equipamentos culturais e eventos, como pelas comunidades culturais, que se cadastram como agentes culturais (individual ou coletivo) e podem divulgar suas programações, inscrever-se em editais e articular-se em rede com outros agentes. Todas as informações são publicadas em tempo real, sem passar por moderação.
Assim, além de servir de espaço para integrar e dar visibilidade a projetos, artistas, espaços, eventos culturais e seus produtores, a plataforma pode auxiliar na consolidação de sistemas de informações e indicadores culturais, e orientar o.desenho estratégico de ações, programas e políticas para a cultura.
Convocatórias
O Mapa IberCultura Viva será, portanto, o espaço onde os representantes de coletivos, organizações culturais comunitárias e povos originários poderão se identificar, se articular em rede e encontrar informações sobre editais, eventos e projetos relacionados à cultura de base comunitária na região ibero-americana.
A partir de agosto de 2018, todos os editais lançados pelo programa IberCultura Viva serão publicados no Mapa IberCultura Viva. As inscrições serão feitas apenas por meio desta plataforma, assim como as avaliações dos editais. Algumas das convocatórias serão destinadas exclusivamente a agentes coletivos (organizações, agrupações, entidades, etc); outras permitirão inscrições de agentes individuais (pessoas físicas). Os critérios serão informados quando os editais ou concursos forem publicados.
Conheça a plataforma:
https://mapa.iberculturaviva.org/
Saiba como usá-la: