4º Encuentro de Redes
Cultura comunitária e desenvolvimento social: a importância da cooperação em tempos de Covid-19
Em 09, set 2020 | Em Notícias | Por IberCultura
Desde os primeiros dias posteriores à declaração da pandemia por parte da Organização Mundial da Saúde, iniciou-se na região ibero-americana um processo de reflexão e ação até então nunca visto. O 4º Encontro de Redes IberCultura Viva, que começou nesta terça-feira 8 de setembro com a conferência “Cultura comunitária e desenvolvimento social em contexto de emergência sanitária”, foi criado com a intenção de incitar uma reflexão sobre o que estamos vivendo como civilização desde a lógica dos processos culturais comunitários.
Esta conferência inaugural, em que participaram autoridades de Cultura de oito países integrantes do programa IberCultura Viva, foi moderada por Maximilano Uceda, secretário de Gestão Cultural do Ministério de Cultura da Argentina e presidente do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva. Na abertura, Uceda comentou a alegria de moderar este encontro “em um momento que nos põe em um novo lugar”, com o desafio “de tornar comunitário o virtual”. Em seguida, ele fez uma apresentação do programa, agradeceu a colaboração de todos os países que fazem parte do Conselho Intergovernamental, e passou a palavra às autoridades presentes. (Suecy Callejas, ministra de Cultura de El Salvador, teve problemas de conexão e precisou encerrar sua participação após as saudações.)
Enrique Vargas Flores, coordenador do Espaço Cultural Ibero-americano, abriu sua participação manifestando respeito e pesar pelas vítimas da Covid-19 e solidariedade a suas famílias e amigos, ressaltando a oportunidade de valorizar, neste momento de emergência sanitária, o trabalho de base comunitária. “Encontros como o que começa no dia de hoje, que permitem o intercâmbio de experiências e de visões, nos ajudam a entender em sua dimensão regional o imenso aporte das expressões do patrimônio cultural vivo de nossas comunidades para a sociedade local e global”, afirmou.
“Quantas festas patronais não puderam realizar-se? Quantas comidas, celebrações e trabalhos comunitários não foram possíveis fazer?”, questionou Vargas. “Nesses meses, talvez o foco midiático tenha estado concentrado nas indústrias culturais e criativas, na infraestrutura cultural, artistas e gestores. Claro que isso é importante, mas a base de nossa sociedade é o pilar de tudo, por mais óbvio que pareça. O encontro de hoje nos permite reconhecer o aporte das comunidades, nos oferece a oportunidade de relevar o trabalho de base comunitária”.
Um estudo regional sobre o impacto
O coordenador do Espaço Cultural Ibero-americano também informou na conferência que um estudo regional para medir o impacto da Covid-19 na cultura e suas indústrias está sendo realizado graças a um trabalho conjunto entre a SEGIB, o BID, a UNESCO e a OEI, em um contexto em que a grande maioria dos indicadores com que se vinha trabalhando sofreram mudanças drásticas e os aportes da cultura nas economias nacionais foram reduzidos ao mínimo pela falta de atividade na maioria dos casos.
“A Agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável, o grande acordo multilateral para alcançar os 17 objetivos e suas 169 metas, se vê muito comprometida em seus prazos”, ressaltou o representante da SEGIB, enfatizando que a cultura é um fator de desenvolvimento sustentável para Ibero-América, e que esta reflexão regional sobre cultura e desenvolvimento é um debate que vai se aprofundar no próximo Congresso Ibero-americano de Cultura, que será realizado de modo digital de 4 a 8 de novembro.
“Na SEGIB reconhecemos profundamente a resposta em matéria cultural por parte dos países ante o confinamento. São muitas as iniciativas e muito o esforço, primeiro em atender ao fechamento da infraestrutura física, e depois, quase de imediato, a dotação de serviços culturais para a população de maneira digital. Nesse sentido, a solidariedade com os artistas e demais envolvidos na cultura tem sido mais que exemplar, tem sido comovente”, afirmou.
Segundo Vargas, a cooperação cultural ibero-americana está mais unida e consciente do momento histórico. “Os desafios econômicos e orçamentários que nossos países estão enfrentando marcam um caminho muito complexo. É um momento de somar, de impulsionar alianças público-privadas e de investir mais e mais em cultura”, comentou o coordenador, que também destacou que no futuro, quando forem lidas as páginas da história deste período, a cultura e seus atores serão amplamente reconhecidos e valorizados “por tudo que nos tem dado tanto no emotivo, e por que não, no espiritual, filosófico, estético e narrativo”.
“Uma potência extraordinária”
Tristán Bauer, ministro de Cultura da Argentina, reforçou as manifestações de respeito e pesar pelas vítimas da Covid-19 manifestadas por Enrique Vargas no início de sua apresentação, e recordou algumas ações levadas adiante pelo ministério desde os primeiros dias da emergência sanitária como o reforço nos orçamentos, que se dividiu em duas linhas, uma para o apoio a teatros e organizações culturais, e outra para o apoio individual, baseado em bolsas e subsídios a artistas e trabalhadores e trabalhadoras da cultura.
O ministro argentino citou duas iniciativas em particular: o programa Pontos de Cultura, que com um investimento de 100 milhões de pesos beneficiou 470 organizações, e o Fundo Desarrollar, cujo apoio econômico alcançou 650 espaços culturais de todas as províncias do país, com um orçamento total de mais de 75 milhões de pesos.
“Sem este investimento do Estado não se poderia ter mantido esta chama acesa”, comentou Bauer, além de destacar “a maravilha da potência extraordinária que esses centros culturais têm, estas organizações que parecem pequenas, mas são gigantescas”. “Nos fortalecemos como país, como nação, quanto mais conseguimos desenvolver, urdir, armar esta trama de organizações de base e de centros culturais”, afirmou o ministro.
O desenvolvimento cultural territorial
Logo após à apresentação do ministro de Cultura da Argentina, foi exibido um vídeo de Consuelo Valdés Chadwick, ministra das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile. Na saudação que gravou para o evento, a ministra se referiu à cultura comunitária como um pilar fundamental “em valor e impacto” que orienta a institucionalidade cultural, e destacou o trabalho que vem sendo feito para o fortalecimento das organizações culturais comunitárias, através de programas de desenvolvimento cultural territorial, como Red Cultura, que desde 2015 tem um investimento anual de cerca de 650 mil dólares.
“Trabalhamos para propiciar espaços de encontro e participação das organizações, tanto em nível regional como nacional. Neste caminho, nosso norte é estabelecer mecanismos de formação para que – em um contexto de intercâmbio, aprendizagem e ferramentas – as organizações culturais comunitárias possam participar do planejamento cultural municipal, e desta forma instalar-se na estrutura das governanças locais desde seus territórios”, comentou a ministra.
“Hoje, mais do que nunca, em meio ao cenário especial a que nos enfrentamos como humanidade, é necessário seguir trabalhando em redes, em diálogo e colaboração, para nos nutrir e aprender com nossas experiências em comum. Os desafios que temos que enfrentar requerem mais que nunca um trabalho comum”, observou Valdés Chadwick.
Proteger para fortalecer
Carmen Inés Vásquez Camacho, ministra da Cultura da Colômbia, ressaltou que o exercício de elaborar, planejar e executar políticas públicas compreende integrar a cultura como um fator fundamental de desenvolvimento sustentável para a promoção, o respeito, a proteção e a garantia dos direitos culturais da população. “É precisamente nos territórios onde temos concentrado os esforços, desde o ministério, para facilitar e promover os processos e iniciativas dos agentes do setor cultural”, afirmou.
Além de apresentar algumas problemáticas no setor, que se evidenciaram durante a emergência sanitária (5600 infraestruturas culturais foram fechadas no país), como a informalidade laboral e a ausência de um registro de agentes culturais, a ministra citou algumas medidas adotadas, entre decretos legislativos, decretos ordinários, medidas administrativas e linhas de crédito para a economia laranja, com vistas à reativação do setor.
Nas ações para mitigar os impactos da crise, segundo a ministra, se buscou “proteger os mais vulneráveis do setor, proteger o emprego com o objetivo de manter viva a cultura, e proteger as comunidades para que ao final desta crise possamos sair todos mais fortalecidos”. As principais iniciativas neste sentido se deram por meio de editais de incentivos como “Comparte lo que somos“, o Programa Nacional de Concertação Cultural e o Programa Nacional de Estímulos. A implementação do Registro Nacional de Agentes Culturais também esteve entre as medidas administrativas adotadas na Colômbia.
Aposta na convivência
“Se o pequeno não é viável, a diversidade não existe. Esse é um dos grandes desafios que temos e que está no coração do tema comunitário”, afirmou Sylvie Durán Salvatierra, ministra de Cultura e Juventude de Costa Rica, em sua apresentação durante a conferência, ao convocar seus pares a pensar no que acontecerá na pós-pandemia. Segundo ela, a conjuntura intensifica o que já era um desafio estrutural, mas também nos faz repensar o esquema de como nos sustentamos uns aos outros. “No tema comunitário temos um dos grandes paradoxos da mudança paradigmática que estamos propondo na América Latina desde os anos 1980, 1990, que é sair de um esquema de política cultural reduzido a poucos grupos e centralizado na capital ou nas cabeceiras das regiões, a outro baseado em direitos culturais, cidadania, participação e expressão ampla dos sujeitos da cultura”.
Para Sylvie Durán, temos que precisar quais são nossos modelos de gestão e pensar que o importante da economia que agora chamam de “laranja” é que seja circular, “que nos convoque à corresponsabilidade, com base na nossa convivência diária, na maneira como nos comportamos, e celebrar que alguém se expresse da maneira que seja, porque sua voz é relevante, e não só por querer se tornar um produto em um palco”.
A ministra lembrou que há 50 anos Costa Rica era um dos piores países da América Latina em desmatamento, mas hoje, depois de um árduo trabalho, se encontram falando de produção e consumo sustentável e colocando o equilíbrio com o meio ambiente como o centro do desenvolvimento. “E isso, como se faz? Com cultura”, explicou.
“Hoje, Costa Rica constrói seu projeto de desenvolvimento ao redor da descarbonização e do compromisso com o meio ambiente, pelo que nos ‘condenamos’, entre aspas, porque a única maneira é salvar o planeta e a convivência humana, a não poder desenvolver certos negócios”, afirmou. “Assim como não devemos produzir destruindo o ambiente, não podemos seguir pensando que convivemos, que consumimos ou que sonhamos um mundo em que a única maneira de alcançá-lo é explorando o próximo e não dando espaço para sua existência. Isso é desafiante porque o mundo que temos hoje é insustentável e não aposta na convivência”.
Um pacto para fortalecer os laços
Alejandra Frausto Guerrero, secretária de Cultura do Governo do México, ao reflexionar sobre os tempos que vivemos, acredita que a partir desta crise dolorosa uma nova etapa do humanismo tem que surgir. “A cultura sempre nos salvou e estou segura de que esta não será a exceção”, afirmou a secretária, que também ressaltou a importância da cultura comunitária na atual política cultural de México. “O programa estratégico da secretaria se chama Cultura Comunitária, e graças a ele pôde-se contar com a ajuda de organizações comunitárias, colocando em evidência os laços de solidariedade em um momento como este”.
Para ela, a cultura mostrou um papel fundamental nesta pandemia — um papel de refúgio, de consolo e inclusive de saúde pública —, e a organização entre os coletivos e os agentes culturais se fortaleceu durante a crise. “As culturas vivas foram muito afetadas, as tradições, o que nos reúne, as festas patronais. Será interessante o que surgir desta reinvenção nas formas de nos encontrarmos”, observou.
Nestes tempos de emergência sanitária, segundo a secretária de Cultura, até a Residência Oficial de Los Pinos, que antes era a residência presidencial, se abriu como espaço cultural e se ofereceu para que ali pudessem viver enfermeiras, doutores e doutoras que tinham medo de voltar para casa e contagiar seus familiares.
Para Alejandra Frausto, todos deveríamos fazer um pacto para fortalecer nossos laços e colaborar como as potências culturais que somos. “Temos a obrigação de reconstruir a esperança. Temos que dar sentido às vidas que se salvam. A cultura pode ser o eixo de reconstrução da sociedade.”
A reinvenção desde os direitos culturais
Alejandro Arturo Neyra Sánchez, ministro de Cultura do Peru, comentou que desde o início eles tiveram duas prioridades básicas: a atenção às comunidades indígenas que habitam o país, em especial na zona da Amazônia, onde o cuidado da saúde é complicado pelas características do território, e às comunidades que vivem da cultura, os artistas, os gestores culturais, as organizações. “Pudemos constatar a resistência, a resiliência das pessoas vinculadas à cultura e as formas com que elas têm se reinventado. Nosso papel é ajudá-los nessa reinvenção, com o enfoque nos direitos culturais”, disse o ministro.
No Peru, foi aprovada há um mês a Política Nacional de Cultura para 2030, que coloca esse enfoque no centro do debate. “Não podemos falar de direitos culturais sem falar da cidadania, da comunidade, daqueles a quem temos que tornar acessível a cultura no que se refere ao patrimônio, às indústrias culturais, e a identidade cultural, muito importante num país tão diverso como o nosso, para lutar contra o racismo e a discriminação. Nas atuais circunstâncias, temos visto a solidariedade que se cria a partir da cultura, mas também muitas reações negativas em termos de discriminação”, observou Neyra Sánchez.
O Ministério de Cultura do Peru recebeu um fundo de cerca de 15 milhões de dólares para ajudar os atores culturais, individuais e coletivos. O ministro foi a Ayacucho, uma região andina, para entregar simbolicamente os três primeiros apoios em Huamanga, uma cidade criativa da Unesco, e Quinua, uma cidade de ceramistas. “Queríamos que as primeiras entregas fossem para artesãos e gente com projetos em comunidades alto-andinas”, justificou.
Cultura como expressão do povo
Ana Ribeiro, vice-ministra de Cultura e Educação do Uruguai, contou que pela situação de pandemia e de confinamento voluntário se multiplicou por 11 o número de consultas recebidas pelo Plano Ceibal, e se multiplicou também o número de conteúdos. “Todos os ministérios e grupos da sociedade civil ativos culturalmente contribuíram com produtos culturais magníficos, publicados na plataforma Cultura em Casa”, afirmou. (O Plano Ceibal foi criado em 2007 como um plano de inclusão e igualdade de oportunidades, com o objetivo de apoiar com tecnologia as políticas educativas uruguaias.)
O que vai acontecer conosco? A vice-ministra é um tanto cética. “Não acredito que consigamos desativar de todo alguns vícios de relacionamento com o meio ambiente e nós mesmos, que nos acompanham quase atavicamente. Somos uma espécie animal que pode fazer poesia, mas que é naturalmente depredadora e invasora. Não creio que essas coisas mudem majoritariamente, mas as mudanças que conseguirmos serão boas, e só poderemos alcançá-las em termos de cultura. De cultura cívica”, destacou. “Nisso se baseou nossa política de enfrentamento à pandemia, com um pé apoiado na cultura, no sentido que abarca a expressão do povo”.
Assista ao vídeo da conferência:
https://www.facebook.com/watch/?v=1588016044712452
Conversatório sobre cultura comunitária, gênero e diversidade discute a agenda de governos e coletivos
Em 09, set 2020 | Em Notícias | Por IberCultura
“Desafios das organizações culturais comunitárias em torno dos direitos das mulheres e das diversidades sexuais e de gênero” é o primeiro dos conversatórios temáticos que serão realizados no 4º Encontro de Redes IberCultura Viva. Trata-se de um espaço de apresentação e debate acerca da agenda de governos e organizações culturais comunitárias (OCC) diante dos desafios da transversalização de ações que promovem a equidade de gêneros e o direito à diversidade sexual, desde a particularidade do trabalho territorial.
O conversatório terá dois painéis, nesta sexta-feira 11 de setembro, às 14h e às 17h (considerando o horário de Argentina). Cada uma das sessões terá seis pessoas convidadas e uma moderadora. Essas pessoas são provenientes de seis países e têm perfis variados, incluindo ativistas trans e ecofeministas, fundadoras de coletivos que trabalham com as temáticas de gênero e diversidade, e funcionários e autoridades dos governos integrantes do programa IberCultura Viva.
PAINEL 1 – Sexta-feira 11 de setembro, 14h (hora de Brasília)
Alba Rueda (Argentina)
Ativista trans. Subsecretária de Políticas de Diversidade do Ministério de Mulheres, Gênero e Diversidade. Integrante de Noti Trans e Mujeres Trans Argentina. Pesquisadora do Departamento de Gênero e Comunicações do Centro Cultural da Cooperação Floreal Gorini. Integrante do Conselho Assessor do Observatório de Gênero na Justiça, Conselho da Magistratura da Cidade Autônoma de Buenos Aires (C.A.B.A.).
Luisa Lucía Paz – DIVAS: Ponto de cultura de temática transgênero (Argentina)
É coordenadora de Prevenção e Abordagem em Violência Institucional do Ministério das Mulheres, Gêneros e Diversidade. Foi presidenta da Rede Nacional A.T.T.T.A. (2017-2020). Coordenou o Congresso Nacional e Internacional de ESI e o Fórum Feminista: Popular e Latino-americano. Fundou a ONG Di.Va.S. – Diversidad Valiente Santiagueña. Atualmente integra o Conselho Consultivo do Plano Nacional de Prevenção da Gravidez Não Intencional na Adolescência (Plan ENIA) do Ministério da Saúde.
Lorena Berríos Ibacache (Chile)
Ativista ecofeminista dissidente sexual. Representante plurinacional da Mesa Regional de Organizações Culturais Comunitárias (OCC) da Região do Maule. Integrante da Colectiva Cultural Equidad y Género.
Karina Franco Rodríguez (México)
Mestre em Estudos Culturais (COLEF) e licenciada em Pedagogia (UNAM). Especializada em temáticas relativas às infâncias como sujeitos políticos, e à educação através das artes. No setor cultural tem trabalhado na Fundación-Colección Jumex, Academia de San Carlos (ENAP- UNAM), assim como de maneira independente. Foi a responsável nacional do Projeto “Rua e saberes em movimento” (SEP-DGDGIE), voltado para promover projetos educativos dirigidos a crianças em situação de vulnerabilidade social. Atualmente é diretora de Capacitação Cultural na Direção Geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura do Governo do México.
Susana Matute (Peru)
Licenciada em Educação. Magíster em Gerência Estratégica. Candidata a doutora em Educação. Especialista em Educação para a Sustentabilidade: Meio Ambiente, Economia e Interculturalidade pela Universidad de Granada. Atuou como especialista em Educação Intercultural e Cultura afro-peruana da DIGEIBIRA do Ministério de Educação do Peru. Atualmente se desempenha como diretora da Direção de Políticas para a População Afro-peruana do Ministério de Cultura. É, também, presidenta da Rede Interamericana de Altas Autoridades sobre Políticas para Populações Afrodescendentes (RIAFRO).
Yefry Peña – Casa Trans Lima Este (Peru)
Ativista defensora dos Direitos Humanos e diretora da Casa Trans Lima Este.
Moderadora: Leidy Ortega (Peru)
Encarregada dos Registros de Pontos de Cultura do Ministério de Cultura. Gestora cultural. Mestre em Gerência Social pela Pontifícia Universidade Católica do Peru. Psicóloga social pela Universidade Nacional Federico Villarreal. Especialista em temas de gestão de projetos, gênero, diversidades e direitos laborais de trabalhadoras do lar. Com experiência em gestão pública, promoção de atividades culturais comunitárias e gestão do voluntariado.
PAINEL 2 – Sexta-feira 11 de setembro, 17h (hora de Brasília)
Niurka Chávez Soria (México)
Formada em Sociologia com especialização em Sociologia da Arte e da Cultura e em Estudos de Género nas Ciências Sociais pela UNAM-FES Acatlán. Participa de diversos projetos e espaços de pesquisa e trabalho colaborativo com coletivos vinculados à promoção de direitos humanos e políticas públicas sobre cultura e direitos das pessoas jovens. Atualmente integra o programa Cultura Comunitária na Direção Geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura do Governo do México. Também é coordenadora do curso Direitos Culturais e Agenciamento para a Secretaria de Cultura da Cidade do México.
Cecilia Merchán (Argentina)
Formada em Comunicação Social. Foi deputada nacional e deputada do Parlasul. Atualmente é secretária de Políticas de Igualdade e Diversidade no Ministério das Mulheres, Gêneros e Diversidade. Coordenou o programa Juana Azurduy e o Comitê Executivo contra o Tráfico de Pessoas. Dirige a editora Las Juanas Editoras e é representante de La Colectiva.
Ariane Denault Lauzier – Colectivo Teatral Mujeres de Fuego (Colômbia)
Atriz, diretora, performer e pedagoga teatral. Licenciada em Estudos Sociopolíticos Latino-americanos com estudos complementares em teatro. Fundadora do Colectivo Teatral Mujeres de Fuego, que trabalha a criação teatral a partir do corpo com um enfoque sociopolítico e de gênero, assim como uma linha de trabalho em comunidade. Especializou-se em facilitar oficinas em relação a: corpo e imagem poética, teatro do oprimido, teatro para a paz, teatro e gênero com mulheres, entre outros. Trabalha temas como gênero, participação, violência contra as mulheres, direitos sexuais, paz e reconciliação, violência estrutural, saúde comunitária, liderança.
Avilinia Reyes García – Mujeres Colibrí Colectiva LésBica Indígena (México)
Jovem indígena, lésbica, zapoteca da Serra Norte do Estado de Oaxaca. Migrante na Cidade do México. Gestora cultural da Universidad Autónoma de la Ciudad de México (UACM). Promotora e defensora dos direitos culturais. Foi aluna da escolinha de promotoras e defensoras jovens indígenas Mirna Cunningham e da Escola de Promotores de Direitos Humanos Fray Francisco de Vitoria. Membro de Mujeres Colibrí Colectiva LésBica Indígena.
Celia Solís – Comedor Popular San Martín del Once (Peru)
Dirigente social do bairro La Balanza, Comas. Começou a trabalhar no Comedor San Martín del Once em 1999 e é presidenta desde 2007. Entre 2012 e 2019 participou do processo de transformação da instituição em um centro cultural, dentro do projeto Fitecantropus. Participa também da Fiesta Internacional de Teatro en Calles Abiertas (FITECA).
Luisa Rodríguez Cattaneo (Uruguai)
Diretora de Promoção Sociocultural do Ministério de Desenvolvimento Social do Uruguai. Sua formação como professora de educação física e gestora cultural tem permitido o desempenho em diferentes papéis como diretora de Cultura e Esporte de Treinta y Tres, realizando planos quinquenais na área, incluindo novas infraestruturas, eventos e programas especiais para distintos públicos-alvo.
Moderadora: Patricia Rivera Ritter (Chile)
Chefa do Departamento Cidadania Cultural da Subsecretaria das Culturas e das Artes do Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile. Dedica-se à função pública há mais de uma década em diferentes áreas de fomento, gestão e promoção de programas e iniciativas culturais. É professora de Estado em História e Geografia na Universidade de Tarapacá. É mestre em Ciências Sociais (menção Desenvolvimento Social) pela Universidade A Prat, e em Educação (menção Currículo Baseado em Competências) pela Universidade Santo Tomás. É também diplomada em Gestão da Participação Cidadã, Universidad del Litoral, Buenos Aires; em Estudos de Gênero, Planejamento e Desenvolvimento, pelo Centro Estudos de Gênero da Universidade de Chile; e em Gestão Cultural, Universidade de Chile, Organização dos Estados Ibero-americanos, Conselho Nacional da Cultura e das Artes, e REPPI para IberCultura Viva.
⇒Acompanhe a transmissão ao vivo pelo Facebook e o canal de IberCultura Viva no YouTube.
⇒Saiba mais sobre o evento em www.encuentroderedes.org.
Os conversatórios do 4º Encontro de Redes: um espaço para a construção participativa
Em 04, set 2020 | Em Notícias | Por IberCultura
Sete conversatórios estão programados para o 4º Encontro de Redes IberCultura Viva, que se realizará em formato virtual entre 8 de setembro e 15 de outubro. As 65 pessoas convidadas a participar estão relacionadas às temáticas propostas, sejam como especialistas ou como representantes de organizações culturais comunitárias ou de governos que articulam políticas culturais de base comunitária. São pessoas provenientes de 14 países(*), de perfis variados, que vão desde a parteira tradicional até o pesquisador acadêmico, desde a líder da paróquia rural até as autoridades de ministérios.
As temáticas propostas para o 4º Encontro de Redes são: “Saúde e cultura comunitária”, “Cultura comunitária, gênero e diversidade”, “Educação popular, arte e transformação”, “Estudos sobre cultura comunitária”, “Cultura viva comunitária e políticas culturais”, e “Governos locais e cultura comunitária”. Os conversatórios contam com dois painéis por dia, às 14h e às 17h (horário de Brasília), cada um com a participação de quatro a seis pessoas convidadas. A moderação estará a cargo de pessoas integrantes dos governos dos países membros de IberCultura Viva ou da Unidade Técnica do programa.
Participação social
Além das pessoas dedicadas à gestão cultural, a diversos ativismos, à educação popular, aos estudos culturais, à medicina ou à atuação comunitária nas organizações culturais ou dos povos originários, entre outras que foram convidadas a participar dos seis conversatórios temáticos, se constituirá um grupo de trabalho especial para o conversatório “Participação social e cooperação cultural”, com três sessões programadas para os dias 25 de setembro, 2 e 9 de outubro.
A intenção é que as pessoas participantes deste GT de Participação Social, que serão selecionadas por convocatória, possam reflexionar sobre o trabalho do programa IberCultura Viva, num processo colaborativo para a construção do Plano Estratégico Trienal (PET) 2021-2023. A convocatória para participar deste grupo estará aberta no Mapa IberCultura Viva de 4 a 14 de setembro. Podem ser selecionadas até 132 pessoas integrantes de organizações culturais comunitárias dos 11 países membros de IberCultura Viva.
Mostra de cinema
Além desses sete conversatórios da programação geral do 4º Encontro de Redes, estão programados outros cinco dentro da Mostra de Cinema Comunitário Ibero-americano 2020. As temáticas propostas para os conversatórios da mostra são: “Cinema e audiovisual comunitário, perspectiva de gênero”; “Comunicação comunitária”; “Formas de produção alternativas e sustentabilidade”; “Cinema comunitário, Cinema de crianças para crianças e adolescentes”. Também haverá um conversatório especial para a apresentação do concurso de vídeo 2020 “Práticas comunitárias: solidariedade e cuidado coletivo”, que contará com a participação de pessoas com vídeos selecionados nos concursos anteriores. Nos conversatórios da mostra de cinema, está confirmada a participação de 16 pessoas convidadas, mais quatro moderadores.
Espaços de articulação
Os conversatórios dos Encontros de Redes IberCultura Viva foram criados como um espaço de articulação com a sociedade civil para o fomento do trabalho intersetorial e o fortalecimento e a formação de organizações culturais comunitárias. Com estes mecanismos de participação, pretende-se promover a criação e o fortalecimento de políticas culturais de base comunitária nacionais e subnacionais nos países integrantes do programa.
O 1º Encontro de Redes, que ocorreu em 2016 na Argentina, teve três grupos de trabalho formados por pesquisadores, representantes de governos e organizações culturais comunitárias provenientes de 17 países ibero-americanos. Nesse primeiro conversatório de redes foi constituído o GT de Participação Social e Cooperação Cultural. No ano seguinte, no Equador, realizou-se o 2º Encontro de Redes IberCultura Viva, tendo como eixo a articulação com instâncias municipais de governo. O resultado foi a criação do GT de Governos Locais, que durante o 3º Encontro de Redes, em 2019, constituiu a Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais.
Para este ano, estava prevista a realização de um Encontro de Redes voltado para a abordagem de temas relacionados a gênero e cultura comunitária, mas devido à situação especial da emergência sanitária, o Conselho Intergovernamental (CI) determinou a ampliação das temáticas para dar lugar às distintas experiências de articulação cultural que vêm se desenvolvendo nas comunidades.
(*) Países representados nos seis conversatórios temáticos: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, França, Guatemala, México, Paraguai, Peru, Uruguai.
Leia também:
Inscrições abertas para o conversatório “Participação social e cooperação cultural”
Inscrições abertas para a oficina virtual “Audiovisual comunitário, narrativas descentralizadas”
A Mostra de Cinema Comunitário Ibero-americano 2020, que se realizará durante o 4º Encontro de Redes IberCultura Viva, terá uma oficina virtual chamada “Audiovisual comunitário, Narrativas descentralizadas”, com duas sessões de três horas, nos dias 19 e 26 de setembro. As vagas são limitadas, e para participar é preciso inscrever-se na plataforma Mapa IberCultura Viva.
As inscrições podem ser feitas a partir desta quinta-feira 3 de setembro, até a segunda-feira 14 de setembro, às 18h (horário de Brasília e Buenos Aires). Podem se candidatar pessoas dos 11 países membros do programa IberCultura Viva: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai.
A oficina está dirigida a pessoas interessadas na criação audiovisual e com experiência em algum de seus processos (criação, produção, promoção e/ou exibição), relatada no formulário da convocatória. Além dessa breve descrição biográfica (máximo de 250 palavras), é necessário informar dados como nome completo, idade, país, correio eletrônico e os motivos para participar (um parágrafo) desta atividade da Mostra de Cinema Comunitário.
Serão levados em conta na seleção os motivos para participar, prevalecendo os agentes culturais que se encontram desenvolvendo (ou têm interesse em levar a cabo) um projeto comunitário que retome narrativas descentralizadas em seu processo criativo.
A seleção contempla até 22 vagas, sendo que pelo menos 50% delas devem ser para mulheres. Além de repartidas equitativamente entre os países, as vagas deverão ser divididas entre agentes culturais independentes e agentes culturais vinculados a coletivos e organizações culturais comunitárias.
Narrativas
A oficina virtual “Audiovisual comunitário, Narrativas descentralizadas” trata de projetos que promovem a educação popular, práticas narrativas e modos de produção descentralizados. A atividade é coordenada por Manuel Trujillo (Laboratório Audiovisual Comunitário/ Programa Cultura Comunitária da Secretaria de Cultura do México), e tem como docentes Eloísa Díez (La Sandía Digital, México) e Miguel Hilari (Bolívia).
Nesta oficina será feita uma revisão de narrativas dos “outros cinemas”, formas que nascem dos processos de organização coletiva, de representações culturais não hegemônicas, como distintas maneiras de comunicação que repercutem no fortalecimento da identidade cultural e da organização das comunidades ante o bombardeio de informação por parte dos meios de comunicação de massa.
A diversidade é uma de suas principais características: recuperação da memória e das tradições esquecidas, grupos comunitários que produzem suas próprias obras sem a intermediação de cineastas especializados; cinema de povos originários, cine ativismo, cinema participativo, cinema marginal, cinema solidário, entre muitos outros em que a prioridade está nos processos de realização, e não na qualidade da obra. Há autores que falam neste sentido, sobre a poética da imperfeição do cinema comunitário, nomeando-o como “cinema imperfeito”.
Oficineiros
A primeira sessão da oficina será ministrada por Eloísa Díez, no sábado 19 de setembro, e a segunda por Miguel Hilari, no dia 26 de setembro. As duas sessões terão três horas de duração, começando às 11h e terminando às 14h (horário de Brasília e Buenos Aires).
Eloisa Diez é roteirista, produtora de rádio e documentarista. Tem se especializado na elaboração e implementação de processos de criação comunitários, participativos e colaborativos para a transformação social com enfoque de gênero. Feminista, tem trabalhado na formação e na criação de narrativas transformadoras de e sobre mulheres. Desde 2011 faz parte de La Sandía Digital, onde se encarrega de direção, roteiro, som, pesquisa e formação audiovisual.
Miguel Hilari estudiou cinema em La Paz (Bolívia), Santiago (Chile) e Barcelona (Espanha). Seus filmes “El corral y el viento” (2014), “Compañía” (2019) e “Bocamina” (2019) retratam brechas geracionais, identidade indígena e movimentos entre campo e cidade na Bolívia. Foram exibidas e premiadas em festivais internacionais como Visions du Réel, Cinéma du Réel, Oberhausen, Transcinema, FIDOCS e outros. Trabalhou em vários filmes bolivianos e esteve ligado à organização do Festival de Cine Radical. Ministra oficinas de cinema em escolas rurais.
Sobre a plataforma
Para inscrever-se neste seminário virtual é necessário registrar-se primeiro como agente cultural no Mapa IberCultura Viva. Esta plataforma livre, gratuita e colaborativa permite o registro de dois tipos de agentes: individual e coletivo. Por agentes individuais compreendemos as pessoas físicas, e por agentes coletivos, as organizações culturais comunitárias, entidades, povos originários, coletivos, agrupações e instituições. No caso desta convocatória, é obrigatório registrar o perfil de agente individual (a pessoa física que será responsável pela inscrição).
Uma vez concluído o perfil de agente, deve-se clicar em “Editais” (na parte superior da tela) e buscar o arquivo que aparece com o título do seminário para iniciar a inscrição. Aqui está um guia sobre o registro de agente na plataforma: https://bit.ly/3hvGtnF.
Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/152/
Consultas: muestradecinecomunitario@gmail.com.
Conoce más sobre la Muestra de Cine Comunitario: www.encuentroderedes.org
Conferência inaugural do 4º Encontro de Redes IberCultura Viva reúne autoridades de sete países
Em 02, set 2020 | Em Notícias | Por IberCultura
Autoridades de Cultura de sete países participarão da Conferência “Cultura comunitária e desenvolvimento social em contexto de emergência sanitária”, que dará início ao 4º Encontro de Redes IberCultura Viva, na terça-feira 8 de setembro, às 18h (horário de Brasília e Buenos Aires). O encontro virtual terá transmissão ao vivo por YouTube e Facebook e também poderá ser acompanhado pelo site www.encuentroderedes.org.
Está prevista a participação de Carmen Inés Vásquez Camacho, ministra de Cultura da Colômbia; Suecy Callejas, ministra de Cultura de El Salvador; Sylvie Durán Salvatierra, ministra de Cultura e Juventude de Costa Rica; Tristán Bauer, ministro de Cultura da Argentina; Alejandro Arturo Neyra Sánchez, ministro de Cultura do Peru; Ana Ribeiro, vice-ministra de Educação e Cultura do Uruguai; Alejandra Frausto Guerrero, secretária de Cultura de México, e Enrique Vargas Flores, coordenador do Espaço Cultural Ibero-americano (Secretaria Geral Ibero-americana). A moderação estará a cargo de Maximiliano Uceda, secretário de Gestão Cultural do Ministério de Cultura da Argentina e presidente do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva.
O 4º Encontro de Redes IberCultura Viva, que se realizará entre 8 de setembro e 15 de outubro, tem por objetivo oferecer-se como um espaço de diálogo e reflexão sobre a importância das organizações culturais comunitárias e seu trabalho territorial para conter a propagação do vírus Sars-CoV-2, e como articuladoras, junto aos governos centrais e locais, de políticas culturais de base comunitária que ajudem a sustentar o entramado social no atual contexto de emergência sanitária.
A proposta dirige-se a coletivos, organizações e pessoas que trabalham no âmbito da cultura comunitária, assim como representantes de governos que articulam políticas culturais de base comunitária. A programação inclui conversas, seminários, uma mostra de cinema comunitário ibero-americano e uma mostra de títeres. A intenção é que as pessoas participantes, além de debater temas como “Cultura comunitária e gênero”, “Educação popular, arte e transformação” e “Saúde e cultura comunitária”, possam reflexionar sobre o trabalho do programa IberCultura Viva, num processo participativo para a construção do próximo Plano Estratégico Trienal 2021-2023.
Quando:
Terça-feira 8 de setembro, 18h (hora de Brasília)
Quem participa
Tristán Bauer (Argentina)
Ministro de Cultura de Argentina. É diretor de cinema formado pela Escuela Nacional de Experimentación y Realización Cinematográfica (ENERC), com vasta trajetória na criação e direção de documentários e longas-metragens de ficção. Foi diretor do canal Encuentro, diretor do Sistema Nacional de Meios Públicos e presidente da Radio y Televisión Argentina.
Carmen Inés Vásquez Camacho (Colômbia)
Ministra de Cultura da Colômbia. É advogada da Universidad Libre, com mestrado em Direito Administrativo e especializações em Direito Constitucional e em Relações Internacionais. Foi ministra plenipotenciária da Missão da Colômbia ante a Organização de Estados Americanos e vice-ministra do Ministério do Interior. Também foi assessora do Programa Presidencial para a População Afro-colombiana e codiretora da Cúpula Mundial Afro em 2013. Entre outras funções, também foi secretária privada da Controladoria Geral da República, e controladora delegada para o setor Defesa, Justiça e Segurança.
Sylvie Durán Salvatierra (Costa Rica)
Ministra de Cultura e Juventude de Costa Rica. Atriz e cantora, se formou em Artes Dramáticas na Universidade de Costa Rica. Desde 1997 se dedica à investigação-ação em artes performativas e interculturalidade (música, dança, festividades) e em projetos culturais para a integração centro-americana. Completou o Master Internacional em Gestão, Políticas Culturais e Desenvolvimento da Universidade de Girona, Espanha. Trabalhou no escritório da UNESCO em San José, no Programa de Apoio para a Integração Regional de Centroamérica do SICA, e na Rede de Centros Culturais da Agência Espanhola de Cooperação (AECID). Tem atuado como docente e pesquisadora, facilitadora de processos grupais e consultora em temas de cultura e desenvolvimento, patrimônio e turismo cultural, redes e associatividade, economia, sustentabilidade da cultura e modelos de gestão.
Suecy Callejas (El Salvador)
Ministra de Cultura de El Salvador. Bailarina, gestora cultural e advogada salvadorenha comprometida com a geração de normativas e políticas públicas que garantam o acesso democrático à arte e à cultura para a população, desde um enfoque multicultural e de inclusão social. Foi a primeira secretária da Secretaria de Cultura do Governo de San Salvador.
Alejandro Arturo Neyra Sánchez (Peru)
Ministro de Cultura do Peru. Escritor e diplomata, estudou Literatura na Universidade Nacional Mayor de San Marcos e Direito na Pontifícia Universidade Católica do Peru. Cursou o Mestrado em Relações Internacionais da Academia Diplomática do Peru e o Mestrado Executivo em Serviço Internacional (MIS) da American University, em Washington, Estados Unidos. Foi diretor da Biblioteca Nacional do Peru e do Centro Cultural Inca Garcilaso do Ministério de Relações Exteriores. É ganhador de diferentes prêmios por seu trabalho literário, que inclui contos e novelas.
Ana Ribeiro (Uruguay)
Vice-ministra de Cultura e Educação do Uruguai. Licenciada em História pela Universidade da República e doutora em História pela Universidade de Salamanca. É autora de vários livros de história e pesquisadora. Integra a Academia Nacional de História do Paraguai e a da Argentina. Foi professora e diretora do Instituto de História e da Cátedra Magallanes na Universidade Católica do Uruguai. Também foi professora de ensino médio privado, da Universidade do Trabajo do Uruguai e do Instituto de Professores Artigas.
Alejandra Frausto Guerrero (México)
Secretária de Cultura do México. Formada pela Faculdade de Direito da Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM). Desde 1998 se dedica à promoção e gestão cultural no âmbito público e privado, à produção de eventos de grande escala e ao desenvolvimento e implementação de políticas públicas relacionadas com a cultura e o desenvolvimento humano buscando posicionar a cultura como uma estratégia do desenvolvimento social. Entre os cargos que exerceu estão o de diretora de Difusão Cultural da Universidad del Claustro de Sor Juana; coordenadora do Circuito de Festivais na Secretaria de Cultura do Governo do D.F.; diretora de sua própria empresa, AF Proyectos, agência de gestão cultural, relações públicas e produção de eventos e consultoria; diretora do Instituto Guerrerense da Cultura, convertido sob sua gestão em Secretaria de Cultura do Estado de Guerrero; diretora geral de Culturas Populares da Secretaria de Cultura do Governo da República.
Enrique Vargas Flores
Coordenador do Espaço Cultural Ibero-americano (SEGIB). Participa de todos os Conselhos Intergovernamentais dos 13 Programas Ibero-americanos de Cooperação Cultural. Coordenador do estudo sobre Cultura e Desenvolvimento na América Latina para a reunião mundial de ministros de Cultura (Unesco-2019). Relator da VI Cúpula Mundial de Cultura de IFACCA. Doutor honoris causa pelo Claustro Doctoral México (2014). Integrante do Conselho Assessor do Centro de Estudos Mexicanos da UNAM. Foi diretor-geral de Enlace Legislativo do CONACULTA, hoje Secretaria de Cultura do México; vice-presidente da Academia Mexicana de Direito, Educação e Cultura; e secretário técnico da Comissão de Cultura da II Legislatura da Assembleia Legislativa do Distrito Federal. É professor convidado na Pós-graduação de Gestão e Cooperação Cultural Internacional da Universidade de Barcelona.
Maximiliano Uceda (Argentina)
Gestor cultural. Militante político. Formado em Comunicação Social pela Universidade Nacional de Cuyo e mestre em Gestão e Políticas Culturais pela Universidade de Barcelona. Foi diretor de Indústrias Criativas de Mendoza. Também dirigiu o Espaço Cultural Julio Le Parc, coordenou o programa de federalização do Centro Cultural Kirchner (“CCKirchner por el país”), e trabalhou como diretor de Produção Artística da Universidad Nacional de las Artes. Atualmente é Secretário de Gestão Cultural do Ministério de Cultura da Nação. É presidente do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva.
4º Encontro de Redes: inscrições abertas para o seminário “Cultura comunitária, mulheres, gêneros e diversidade”
Nesta quinta-feira 27 de agosto começa o prazo de inscrições do seminário virtual “Cultura comunitária, mulheres, gêneros e diversidade”, que o programa IberCultura Viva realiza de maneira colaborativa junto à Direção de Artes do Ministério de Cultura do Peru, a Direção Nacional de Cultura do Ministério de Educação e Cultura do Uruguai, e a Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB). Esta atividade faz parte do 4° Encontro de Redes IberCultura Viva, que se realizará de forma virtual entre 8 de setembro e 15 de outubro de 2020.
O seminário apresenta o enfoque e a perspectiva de gênero, a fim de que as pessoas participantes possam incorporar noções que ajudem à consecução da equidade entre diversidades sexuais e de gênero (DSG), com o objetivo de transversalizar ações que promovam o respeito e a inclusão no desenvolvimento das políticas culturais de base comunitária.
Inscrições
As inscrições estarão abertas no Mapa IberCultura Viva até 10 de setembro, às 18h (hora de Brasília). As pessoas postulantes devem trabalhar em organismos públicos de cultura, ser gestores/as culturais independentes em atividade ou membros de organizações culturais de base comunitária ou de povos originários.
Podem participar pessoas dos 11 países membros do programa IberCultura Viva: Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Colômbia, Equador, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai. A seleção contempla até 120 vagas. Além de repartidas equitativamente entre os países participantes, as vagas devem ser divididas entre pessoas vinculadas a organizações culturais comunitárias e pessoas vinculadas a governos locais.
Módulos
As aulas serão realizadas em espanhol, entre 16 de setembro e 7 de outubro, em sessões virtuais semanais, às quartas-feiras, das 15h às 17h, considerando o horário de Brasília e Buenos Aires (Argentina). Este encontro terá 1 hora e 30 minutos de vídeo expositivo, e 30 minutos para perguntas. Será mantido um fórum aberto durante a formação, incentivando o debate e a reflexão a partir dos encontros sincrônicos com as/os docentes. Será utilizada a plataforma Moodle, localizada em https://formar.cultura.gob.ar.
Quem são as facilitadoras
Lucía Alvites (Peru)
Mestre em estudos de gênero e cultura pela Universidade de Chile. Socióloga pela Universidad Nacional Mayor de San Marcos. Especialista e consultora em temas de gênero para entidades públicas e privadas e organismos internacionais. Docente da Universidad Nacional Mayor de San Marcos e outros espaços acadêmicos. Diretora do Instituto Ciudadanía y Democracia. Autora de diversas pesquisas e publicações.
Victoria Contartese (Uruguai)
Formada em Ciência Política, tem diploma de especialização em Marketing Político e Direção de Campanhas. Atualmente, curso o mestrado em Ciências Humanas – Estudos Latino-americanos na Faculdade de Humanidades e Ciências da Educação da Universidad de la República. Trabalha na Direção Nacional de Cultura (DNC-MEC) há 10 anos, onde tem se desempenhado em projetos como o Programa de Atenção a Coletivos Vulneráveis de Cidadania Cultural e o Sistema de Informação Cultural. Tem realizado cursos e seminários sobre políticas públicas, gênero, direitos humanos, feminismos latino-americanos, políticas culturais e diversidade cultural, entre outros.
Claudia Briones (Espanha)
Coordenadora de Gênero da Secretaria Geral Ibero-americana. Anteriormente desempenhou funções como administradora dos portfólios regionais para América Latina e Caribe, Europa e Ásia Central no Fundo Fiduciário das Nações Unidas para Eliminar a Violência contra a Mulher, e como especialista de programas na área de Políticas de Violência contra as Mulheres na ONU Mulheres (Nova York). Também foi analista de programas no Escritório Sub-regional de UNIFEM para México, América Central e República Dominicana, coordenando a linha de trabalho em HIV/AIDS e programas vinculados ao empoderamento econômico das mulheres. Também trabalhou na Agência Espanhola de Cooperação ao Desenvolvimento (AECID) como coordenadora de gênero do Escritório Técnico de Cooperação em Honduras, e na Fundación Género y Sociedad, na Costa Rica, como técnica de projetos em gênero e migração.
Confira o regulamento: https://bit.ly/3b18Ac1
Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/149/
Consultas: programa@iberculturaviva.org
(*Texto atualizado em 6 de setembro de 2020)
4º Encontro de Redes: inscrições abertas para o seminário “Políticas culturais e participação cidadã”
O seminário virtual “Políticas culturais e participação cidadã”, que se realizará entre 16 de setembro e 7 de outubro, durante o 4º Encontro de Redes IberCultura Viva, é uma parceria do programa com a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO), sede Argentina, dentro da articulação do Curso de Pós-graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária, ministrado desde 2018.
Este espaço de formação e debate reúne noções de políticas culturais, com especial ênfase nas questões de direito, cidadania e comunidade, analisando o papel do Estado e dos movimentos sociais e dos cidadãos/ãs como agentes de transformação.
Para participar, é preciso se inscrever no Mapa IberCultura Viva. O prazo de postulação começa nesta terça-feira 25 de agosto e se encerra no sábado 5 de setembro, às 18:00 (hora de Brasília e Buenos Aires). Podem postular pessoas dos 11 países membros do programa IberCultura Viva: Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Colômbia, Equador, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai. A seleção contempla até 120 vagas, repartidas equitativamente entre os países participantes.
As pessoas postulantes devem trabalhar em organismos públicos de cultura, ser gestores/as culturais independentes em atividade ou membros de organizações culturais de base comunitária ou de povos originários. Não podem participar as pessoas que tenham sido bolsistas do Curso de Pós-graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária (FLACSO-IberCultura Viva) em 2018, 2019 ou 2020.
As aulas
O seminário se realizará durante quatro semanas através da plataforma Moodle, localizada em www.flacso.org.ar, com um encontro sincrônico uma vez por semana (1 hora de vídeo expositivo, 30 minutos para perguntas) e com trabalho em fórum de debate e reflexão, com tutores. Será mantido um fórum aberto durante a formação, incentivando o debate e a reflexão a partir dos encontros sincrônicos com as/os docentes. As aulas serão em espanhol, às quartas-feiras, das 17h às 19h, considerando o horário de Brasília e Buenos Aires.
Aula 1. Políticas Culturais. Docentes: Paula Mascías / Belén Igarzabal (Argentina)
Esta aula faz um passeio pelas noções de políticas culturais, com especial ênfase nas questões de direito, cidadania e comunidade. Serão abordadas as seguintes temáticas: Políticas culturais e cidadania, culturas e território, estado e organizações sociais, direitos culturais, políticas culturais e comunidades.
Aula 2. Cultura de Base Comunitária. Docente: Doryan Bedoya (Colômbia)
Nesta aula serão propostos os principais debates e teorias existentes em torno das políticas culturais de base comunitária. Cultura viva comunitária. História e conceitualização, novas formas de organização cultural comunitária, incidência política das organizações culturais comunitárias, abordagem e intervenção em território.
Aula 3. Estratégias culturais e políticas de desenvolvimento. Docente: Víctor Vich (Peru)
Esta aula busca examinar os processos de tomada de decisão e o desenho de estratégias de desenvolvimento baseadas em projetos e políticas culturais. Para isso, reflexiona-se sobre o componente político das decisões e sua irredutibilidade, ao mesmo tempo em que se problematiza o vínculo entre cultura e desenvolvimento e analisam-se estratégias de transformação baseadas na potencialidade da cultura.
Aula 4: Ferramentas de planejamento e participação social. Docente: Marcela País Andrade (Argentina)
Nesta aula exploramos ferramentas diversas para o planejamento de ações em território que permitem elaborar uma abordagem complexa e em forma de nós. Essas ferramentas, em conjunto, permitem construir tramas significativas para o desenvolvimento das cidades com toda sua potência, reconhecendo, em primeira instância, o que já existe.
Quem são os facilitadores
Paula Mascías (Argentina)
Licenciada em Gestão da Arte e da Cultura pela Universidad Nacional de Tres de Febrero (UNTREF). Cursou especialização em Administração das Artes na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Buenos Aires (UBA) e mestrado em Política e Gestão Local na Universidade Nacional de San Martín. Atualmente, dirige o Lab Cultura + Território, da área de Comunicação e Cultura da FLACSO – Sede Argentina. Há mais de 20 anos cria e impulsa processos de participação social e desenvolvimento territorial. Tem planejado e coordenado programas socioculturais em bairros em diferentes comunas da Cidade de Buenos Aires e o Conurbano Bonaerense desde a modalidade Território + Organização Social, e elaborado estratégias de abordagem barrial em distintas partes do país, em conjunto com governos, empresas e organizações sociais. Também tem ministrado cursos e oficinas em diferentes âmbitos e participado de encontros e congressos nacionais e internacionais.
Belén Igarzabal (Argentina)
Licenciada em Psicologia, tem mestrado em Jornalismo pela Universidade de San Andrés. Atualmente realiza o doutorado em Ciências Sociais de FLACSO, onde se especializa na análise de meios de comunicação, audiências e gênero. Em 2009 teve uma estadia de estudos e pesquisa em Sciences Po – Paris. É diretora da Área Comunicação e Cultura da FLACSO – Sede Argentina. É coordenadora acadêmica da pós-graduação virtual “Gestão cultural e comunicação” e diretora das pós-graduações virtuais “Políticas Culturais de Base Comunitária” e “Educação, imagens e meios” (em colaboração com a área de Educação). Faz parte do Grupo de Trabalho CLACSO “Epistemologias decoloniais, territorialidades e cultura”. É professora das matérias “Teoria da Comunicação” e “Huellas de la transformación digital” na Universidade de San Andrés. Integra o Conselho de Cultura da Cidade de Buenos Aires.
Doryan Bedoya (Colômbia)
Poeta, administrador educativo, gestor cultural. Cofundador do coletivo Caja Lúdica Guatemala em 2001 e da Rede Guatemalteca de Arte Comunitária em 2004. Membro fundador do Movimento de Arte Comunitária Centro-americano MARACA em 2005, e integrante da equipe coordenadora do Conselho Latino-americano de Cultura Viva Comunitária. Faz parte do Conselho Acadêmico de Caja Lúdica, em aliança com a Escola Superior de Arte da Universidade de San Carlos de Guatemala. Conta com especializações em Descentralização da Educação, Diplomacia Cultural, Projetos Culturais e Cooperação Internacional.
Víctor Vich (Peru)
Professor principal na Pontifícia Universidade Católica do Peru e na Escuela Nacional de Bellas Artes. Foi professor convidado em Harvard, Berkeley e Madison, nos Estados Unidos. Foi membro do Conselho Diretivo do Serviço de Parques de Lima (SERPAR) e assessor em temas de política cultural em distintas instituições peruanas e da América Latina. Atualmente dirige um mestrado de Estudos Culturais. É autor de vários livros, entre eles Desculturizar la cultura: la gestión cultural como forma de acción política (2014) e Poéticas del duelo: ensayos sobre arte, memoria y violencia política (2015).
Marcela País Andrade (Argentina)
Licenciada em Sociologia, doutora em Filosofia e Letras (Área Antropologia) e pós-doutora pela Universidade de Buenos Aires (UBA). Técnica nacional em recreação pelo Instituto de Tiempo Libre y Recreación do Governo da Cidade de Buenos Aires. Trabalha como pesquisadora adjunta do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET) no Instituto de Ciências Antropológicas da Faculdade de Filosofia e Letras (ICA-FFyL). É professora regular e pesquisadora na carreira de Trabalho Social da Faculdade de Ciências Sociais da UBA (FSOC-UBA), onde dirige diversos projetos de pesquisa. Também é docente de pós-graduação na FLACSO (Área Comunicação e Cultura – Sede Argentina), no mestrado de Comunicação e Cultura de FSOC-UBA, e no mestrado em Cultura Pública da Universidad Nacional de las Artes (UNA). Foi assessora e formadora em Gestão Cultural e Cultura Comunitária para a Direção Nacional de Formação Cultural do Ministério de Cultura (2013-2019).
Confira o regulamento: https://bit.ly/2YFN9IF
Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/148/
Consulta: programa@iberculturaviva.org
Leia também:
Como inscrever-se no seminário virtual “Políticas culturais e participação cidadã”
Como inscrever-se no Seminário virtual “Introdução ao Patrimônio Cultural Imaterial”
As pessoas interessadas em participar do seminário virtual “Introdução ao Patrimônio Cultural Imaterial”, que se realizará durante o 4º Encontro de Redes IberCultura Viva, têm até a sexta-feira 4 de setembro para se inscrever na plataforma Mapa IberCultura Viva.
O seminário é organizado pelo Centro Regional para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da América Latina (CRESPIAL) em parceria com o programa. Podem participar pessoas dos países membros de CRESPIAL e IberCultura Viva. São eles: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Cuba, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, México, República Dominicana, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
O número de participantes por país será de sete pessoas, somando 119. Além de repartidas equitativamente entre os países, as vagas devem ser divididas entre pessoas vinculadas a organizações culturais comunitárias e pessoas vinculadas a governos locais. Para participar, é necessário ter conhecimento básico em Patrimônio Cultural Imaterial.
Estão previstas cinco sessões virtuais semanais entre 16 de setembro e 14 de outubro, às quartas-feiras, das 11h às 13h no horário do Peru (das 13h às 15h no horário de Brasília e Buenos Aires, e das 18h às 20h no horário da Espanha). Será utilizada a plataforma Moodle que se encontra em https://formar.cultura.gob.ar/.
A seguir, apresentamos um guia para ajudar na inscrição.
Onde estão os formulários de inscrição para participar do seminário?
Para inscrever-se neste seminário virtual é necessário registrar-se primeiro como agente cultural no Mapa IberCultura Viva: https://mapa.iberculturaviva.org/. Esta plataforma permite o registro de dois tipos de agentes: individual e coletivo. Por agentes individuais compreendemos as pessoas físicas, e por agentes coletivos, as organizações culturais comunitárias, entidades, povos originários, coletivos, agrupações e instituições. No caso desta convocatória, basta que se registre o perfil de agente individual (a pessoa física que será responsável pela inscrição).
Passo 1 | Cadastro
Na página inicial da plataforma, clique em “Entrar”.
Vá a “Registrarse” e faça seu cadastro de usuário, preenchendo as informações pedidas (e-mail e senha). Depois, clique em “registrarse”. Obs: O campo “Registrarse” na página inicial é usado apenas na primeira vez. Nas próximas vezes, você deve clicar “Ingresar” para ter acesso ao seu perfil. (Caso tenha esquecido a senha cadastrada, clique em “Olvidé mi contraseña”)
Com o login registrado, você pode criar um ou mais perfis de agentes em seu cadastro. Preencha todos os campos marcados com o símbolo “*” e selecione ao menos uma área de atuação, no lado esquerdo da página. Para salvar os dados preenchidos, clique em “Salvar”, no canto superior direito.
Se estiver cadastrando um agente individual (pessoa física), preencha o cadastro com o número do CPF. Se for agente coletivo com personalidade jurídica, digite o CNPJ. Caso seja um agente coletivo sem personalidade jurídica, deixe o campo em branco. Na sequência, a data de nascimento é para pessoas físicas, e a de fundação, para pessoas jurídicas.
Na segunda parte do cadastro, em “Localização”, escolha entre as opções “Pública” ou “Privada”. Se escolher o primeiro, seu endereço ficará visível para todos e estará também no mapeamento georreferenciado.
Atenção: é obrigatório completar todos os campos do endereço. Caso algum dos campos do endereço esteja em branco, não será possível enviar a inscrição. (CEP = Código postal)
Descrição: Redija um pequeno texto descritivo sobre os trabalhos que já realizou e finalize os dados cadastrais.
Vídeos: Você pode adicionar conteúdo multimídia no seu perfil. Se quiser adicionar um vídeo, clique em “Adicionar vídeo” e cole a URL do vídeo no campo “Endereço do vídeo”. Complemente o campo título e clique em “Enviar”. É necessário que este vídeo esteja em algum endereço externo, como YouTube ou Vimeo. Você também pode adicionar imagens à sua galeria, clicando em “Adicionar imagem”.
Atenção: Não se esqueça de que para cada etapa preenchida é necessário salvar os dados inseridos no canto superior direito da tela (“Salvar”).
Se a pessoa responsável pela inscrição já participou de outro edital IberCultura Viva por meio desta plataforma, deve se registrar mais uma vez como agente?
Não. Pessoas que já participaram de algum edital do programa publicado no Mapa IberCultura Viva, ou já completaram seu perfil nesta plataforma, não necessitam registrar-se uma vez mais como agentes; basta ingressar em seu perfil para iniciar a inscrição.
O campo “Registrarse” na página inicial é usado apenas na primeira vez. Nas próximas vezes, você deve clicar “Ingresar” para ter acesso ao seu perfil. Obs: Na primeira vez, ao fazer o registro, o agente é direcionado automaticamente para o perfil. Depois, será necessário clicar em “Editar” para poder acessar/modificar os dados do cadastro.
Uma vez concluído o registro de agente, onde encontrar o formulário de inscrição do edital?
Quando tiver o perfil de agente registrado, clique em “Editais” (na parte superior da tela) e vá até o arquivo que aparece com o título “Seminário virtual Introdução ao Patrimônio Cultural Imaterial”. (O formulário se encontra em espanhol e português; o regulamento também aparece primeiro em espanhol, depois em português).
Para iniciar sua inscrição, clique no campo de busca, localize o seu nome (o registro de agente individual/pessoa física previamente cadastrado) e selecione a opção “Realizar inscrição”.
Complete as informações requeridas no formulário de inscrição. A qualquer momento é possível salvar os dados de sua inscrição utilizando o botão “Salvar” no canto superior direito. Feito isso, é possível sair da plataforma e continuar o preenchimento em outro momento (antes do término do período de inscrições).
Que documentos é preciso completar e/ou enviar?
Além de completar o formulário que se encontra para a inscrição, é necessário enviar uma cópia do documento de identidade e alguma documentação que comprove sua vinculação com governos locais ou organizações culturais comunitárias (OCC). (As vagas serão repartidas equitativamente entre os países participantes e entre pessoas vinculadas a órgãos públicos e OCCs).
A documentação comprobatória (contratos de trabalho, contracheques, carta de superiores, etc) deve ser escaneada ou fotografada e enviada no próprio formulário que se encontra na plataforma (há um botão “Enviar” ao lado dos campos correspondentes).
Como saber se a inscrição foi realmente enviada?
Caso o registro de agente na plataforma não tenha sido completamente preenchido, não será possível enviar sua inscrição. O sistema apresentará um alerta (um ponto de exclamação “!” em vermelho, em que se deve clicar para saber onde está o problema). Se o erro estiver no registro de agente, será necessário clicar no seu nome ou na sua imagem de perfil, acessar “Meu perfil” e editar seu registro, completando todos os campos do formulário que estiverem marcados com o símbolo “*”. Também é preciso selecionar ao menos uma área de atuação, no canto superior esquerdo da página de registro.
A proposta será enviada para a participação no edital somente após o preenchimento de todos os campos do formulário e a inclusão dos anexos obrigatórios. Revise as informações antes de clicar em “Enviar inscrição”. Após o envio, não será possível editá-la. A plataforma exibirá a tela de confirmação do envio (o dia e o horário do envio aparecerão na tela com uma tarja verde).
Confira o regulamento: https://bit.ly/2CU2oWw
Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/146/
Consultas: programa@iberculturaviva.org
Leia também:
4º Encontro de Redes: inscrições abertas para o seminário sobre Patrimônio Cultural Imaterial
IberCultura Viva organiza encontro virtual de redes
Em 20, ago 2020 | Em Notícias | Por IberCultura
Entre as ações realizadas no contexto da pandemia de Covid-19, o programa IberCultura Viva realizará um encontro de redes sobre políticas culturais de base comunitária, em formato virtual, entre 8 de setembro e 15 de outubro. A metodologia de trabalho inclui diversas ferramentas, como conversatórios, conferências e seminários, a maioria com transmissão ao vivo por Facebook e YouTube. Também haverá atividades infantis, como teatro de bonecos transmitido pelo site do evento, e uma mostra de cinema comunitário. Mais de 60 pessoas convidadas participarão dos debates e apresentações.
O 4º Encontro de Redes IberCultura Viva tem por objetivo oferecer-se como um espaço de diálogo e reflexão sobre a importância das organizações culturais comunitárias e seu trabalho territorial para conter a propagação do vírus Sars-CoV-2, e como articuladoras, junto aos governos centrais e locais, de políticas culturais de base comunitária que ajudem a sustentar o entramado social no atual contexto de emergência sanitária.
A proposta dirige-se a coletivos, organizações e pessoas que trabalham no âmbito da cultura comunitária, assim como representantes de governos que articulam políticas culturais de base comunitária. As atividades serão lideradas e assistidas tanto por representantes de coletivos e organizações como por autoridades e funcionários dos governos integrantes do programa. Todos poderão participar dos conversas e espaços de capacitação.
A maioria das atividades estará aberta a todas as pessoas interessadas, com transmissão ao vivo pelas redes sociais do programa, e em alguns casos com a possibilidade de envio de perguntas durante sua realização. Os três seminários programados terão uma convocatória com vagas limitadas. As inscrições serão feitas pelo Mapa IberCultura Viva a partir de 24 de agosto. (Será possível inscrever-se nas convocatórias dos três seminários, mas as pessoas selecionadas só poderão participar de um deles.)
Seminarios
Entre os seminários programados está “Introdução ao Patrimônio Cultural Imaterial”, organizado com a colaboração do Centro Regional para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da América Latina (CRESPIAL), e “Políticas Culturais e Participação Cidadã”, promovido com o apoio da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO-Argentina).
A proposta organizada pelo CRESPIAL inclui conceitos-chave sobre PCI, uma apresentação da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO, e sessões de “Políticas Públicas para a Gestão e Salvaguarda do PCI”; “Participação comunitária para a salvaguarda do PCI”; e “Medidas e ferramentas de salvaguarda do PCI”.
A atividade proposta por FLACSO-Argentina, por sua vez, prevê aulas sobre políticas culturais (um passeio por noções de políticas culturais com ênfase nas questões de direito, cidadania e comunidade); debates e teorias existentes em torno das políticas culturais de base comunitária; estratégias culturais e políticas de desenvolvimento; e ferramentas de planejamento e participação social.
Outra capacitação com vagas limitadas é “Cultura comunitária, mulheres, gêneros e diversidade”. O curso propõe uma aproximação que permita conhecer o enfoque e a perspectiva de gênero, para que as pessoas participantes possam incorporar noções que ajudem na consecução da equidade entre diversidades sexuais e de gênero (DSG), com o objetivo de transversalizar ações que promovam o respeito e a inclusão no contexto do desenvolvimento das políticas culturais de base comunitária.
Atividades variadas
Além de exibir suas produções na Mostra de Cinema Comunitário — que também contará com rodas de conversa e um curso —, as organizações culturais comunitárias (OCC) apresentarão propostas artísticas durante o encontro e farão aportes ao Plano Estratégico Trienal IberCultura Viva (PET 2021-2023). Para isso se organizou o conversatório do Grupo de Trabalho (GT) Participação Social, com duas sessões previstas para 25 de setembro e 2 de outubro.
Representantes dos municípios e províncias integrantes do Grupo de Trabalho de Governos Locais e da Rede IberCultura Viva de Cidades participarão de algumas instâncias, como o conversatório de 18 de setembro, em que serão discutidos os protocolos de abertura para o trabalho cultural em território, entre outras temáticas.
A programação também incluirá atividades internas, dirigidas aos representantes dos países membros do IberCultura Viva, como a apresentação de uma ferramenta de medição de impacto e, no encerramento do evento, a reunião do Conselho Intergovernamental para a eleição das novas autoridades do programa.
(*Texto atualizado em 23 de agosto de 2020)
PROGRAMAÇÃO
4º Encontro de Redes IberCultura Viva – Edição Especial 2020
Terça-feira, 8 de setembro
Abertura. Conferência “Cultura comunitária e desenvolvimento social no contexto da emergência sanitária”.
*Conferência com a participação de autoridades de Cultura dos governos participantes do programa, às 17h (horário de Brasília e Buenos Aires).
Sexta-feira, 11 de setembro
Conversatório “Desafios das organizações culturais comunitárias em torno dos direitos das mulheres e das diversidades sexuais e de gênero”.
*Dois painéis com sete convidados cada, às 14h e 17h (hora de Brasília e Buenos Aires).
Sábado, 12 de setembro
Lançamento da Mostra de Cinema Comunitário.
Conversatório virtual I – “Formas de produção alternativas e sustentabilidade”.
Ciclos de cinema I – “Cinema comunitário. Uma visão ancestral”.
Conversatório virtual II – “Cinema comunitário. Cinema de crianças para crianças e adolescentes”.
Ciclos de cinema II – “Cinema comunitário. Cinema de crianças para crianças e adolescentes”.
Experiências pedagógicas (curso virtual).
Terça-feira, 15 de setembro
Conversatório “Cultura Viva Comunitária e Políticas Culturais”.
*Dois painéis com representantes governamentais e de redes de CVC, às 14h e às 17h (hora de Brasília e Buenos Aires).
Quarta-feira, 16 de setembro
Lançamento do Curso de Políticas Culturais de Base Comunitária (FLACSO-Argentina).
Lançamento do Seminário virtual “Introdução ao Patrimônio Cultural Imaterial” (Crespial).
Lançamento do Curso sobre gênero e cultura comunitária.
*Convocatórias com vagas limitadas.
Quinta-feira 17 de setembro
Mostra de cinema e conversatório com ganhadores dos concursos de vídeo lançados por IberCultura Viva.
Sexta-feira, 18 de setembro
Conversatório “Rede de Cidades – Protocolos para a volta a territórios”.
Sábado, 19 de setembro
Mostra de Cinema Comunitário
Conversatório virtual III – “Cinema e audiovisual comunitário, perspectiva de gênero”.
Ciclos de cinema III – “Cinema e audiovisual comunitário, perspectiva de gênero”.
Conversatório IV – Comunicação comunitária.
Ciclos de cinema IV – Séries web.
Experiências pedagógicas (curso virtual).
Terça-feira, 22 de setembro
Conversatório “Educação Popular, Arte e Transformação”.
*Dois painéis com a participação de educadores populares, representantes de organizações culturais comunitárias, às 14h e às 17h (hora de Brasília e Buenos Aires).
Quarta-feira, 23 de setembro
Módulo 2 do Seminário virtual “Introdução ao Patrimônio Cultural Imaterial” (Crespial).
Aula 2 do Curso de Políticas Culturais de Base Comunitária (FLACSO).
Aula 2 do Curso sobre gênero e cultura comunitária (Peru).
Sexta-feira, 25 de setembro
Conversatório GT Participação Social – parte 1
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- Aportes das organizações culturais comunitárias ao Plano Estratégico Trienal IberCultura Viva 2021-2023.
Sábado, 26 de setembro
Mostra de Cinema Comunitário.
Atividade especial – Entrevista a realizadores.
Projeção do documentário sobre os 25 anos de TNT (El Salvador).
Projeção do documentário Bachillerato Mocha Celis (Argentina).
Terça-feira, 29 de setembro
Conversatório “Saúde e cultura comunitária”.
*Dois painéis com especialistas no tema e representantes de coletivos comunitários, às 14h e às 17h (hora de Brasília e Buenos Aires)
Quarta-feira, 30 de setembro
Módulo 3 do Seminário virtual “Introdução ao Patrimônio Cultural Imaterial” (Crespial).
Aula 3 do Curso de Políticas Culturais de Base Comunitária (FLACSO).
Aula 3 do Curso sobre gênero e cultura comunitária (Peru).
Sexta-feira, 2 de outubro
Conversatório GT Participação Social – parte 2
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- Aportes das organizações culturais comunitárias ao Plano Estratégico Trienal IberCultura Viva 2021-2023.
Terça-feira, 6 de outubro
Conversatório “Estudos em Cultura Comunitária”.
*Dois painéis com acadêmicos, gestores culturais e especialistas em políticas culturais, às 14h e às 17h (hora de Brasília e Buenos Aires).
Quarta-feira, 7 de outubro
Módulo 4 do Seminário virtual “Introdução ao Patrimônio Cultural Imaterial” (Crespial).
Aula 4 do Curso de Políticas Culturais de Base Comunitária (FLACSO).
Aula 4 do Curso sobre gênero e cultura comunitária (Peru).
Sexta-feira, 9 de outubro
Conversatório GT Participação Social – parte 3
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- Aportes das organizações culturais comunitárias ao Plano Estratégico Trienal IberCultura Viva 2021-2023.
Terça-feira, 13 de outubro
Apresentação de ferramenta de medição de impacto (atividade interna).
Quarta-feira, 14 de outubro
Módulo 5 do Seminário virtual “Introdução ao Patrimônio Cultural Imaterial” (Crespial) – Conclusões
Quinta-feira, 15 de outubro
Encerramento com reunião do Conselho Intergovernamental durante o Dia pela diversidade cultural e eleição de novas autoridades (atividade interna).
(*) A programação completa estará disponível no site www.encuentroderedes.org (em construção)