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15

dez
2015

Em Notícias

Por IberCultura

Organizações de Lima e Callao, no Peru, participam de Encontro Regional de Pontos de Cultura

Em 15, dez 2015 | Em Notícias | Por IberCultura

ImprimirO Encontro Regional de Pontos de Cultura de Lima e Callao (ER Lima e Callao) será realizado neste fim de semana (sexta e sábado, 18 e 19 de dezembro), na capital peruana, com a finalidade de estabelecer prioridades para um trabalho articulado entre o Ministério da Cultura e as organizações culturais comunitárias de acordo com suas necessidades locais.

Com esse espaço, o Programa Pontos de Cultura busca: (1) fomentar o reconhecimento e a articulação dos Pontos de Cultura e das “Direções Desconcentradas de Cultura” (DDC) em nível macro regional, (2) compartilhar conhecimentos e experiências entre o Estado e a sociedade civil que permitam a descentralização do programa e (3) construir uma agenda de trabalho macro regional conjunta como base para a incidência política.

O ER Lima e Callao é o último de uma proposta de cinco encontros para 2014 e 2015. Foram realizados encontros dos Pontos de Cultura da Amazonia (em Moyobamba, em novembro de 2014); do Sul (em Cusco, em dezembro de 2014); do Norte (em Trujillo, em março de 2015) e do Centro (em Huancayo, em novembro de 2015).

Saiba mais:

 www.puntosdecultura.pe

facebook.com/puntosdeculturaperu

twitter.com/puntos_cultura

14

dez
2015

Em Notícias

Por IberCultura

Participação da sociedade civil no programa IberCultura Viva é tema de encontro no Rio de Janeiro

Em 14, dez 2015 | Em Notícias | Por IberCultura

Representantes do Comitê Intergovernamental do IberCultura Viva e do Conselho Latino-americano de Cultura Viva Comunitária se reuniram no Palácio Gustavo Capanema, no Centro do Rio de Janeiro, neste sábado (12/12), encerrando os três dias de encontros de Cultura Viva em meio à programação do evento Emergências. Vinte pessoas participaram da reunião final. Entre elas, representantes de governos de quatro países: Alexandre Santini (Brasil), César Pineda (El Salvador), Gustavo Piegas (Uruguai) e Luz Fabiola Figueroa (Peru).  

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Santini: “A participação cidadã é chave, não é acessório” (Foto: Rafael Paredes)

Diretor da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura e representante da presidência do IberCultura Viva, Alexandre Santini abriu a manhã de trabalho lembrando que a proposta de participação da sociedade civil no âmbito do programa intergovernamental foi debatida em outubro, em San Salvador, durante o 2º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária.

“A ideia não é apenas criar um espaço de participação, e sim compreender que, em um programa governamental dessa natureza, a participação cidadã é chave, não é acessório. Não é algo que esteja somente na intenção. É algo que tem que se fazer de maneira orgânica, com a construção do programa”, afirmou Santini. “Aproveitamos o Emergências para criar aqui um espaço de diálogo. E é importante que isso fique claro: este é um momento de diálogo, não estamos formando aqui, formalmente, uma mesa de trabalho.”

Ao longo de três horas, rodeados de obras de Candido Portinari naquele edifício modernista construído em um momento importante para os movimentos dos trabalhadores na América Latina, os participantes do encontro levantaram questões referentes ao movimento que vem ganhando o continente nos últimos anos. Como fazer a integração, como articular as políticas de base comunitária nos países do Espaço Ibero-americano, são pontos fundamentais para o programa – e estiveram presentes em várias falas durante a reunião.

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Lula Martínez, Iván Nogales e Manoela Souza (Foto: Rafael Paredes)

O boliviano Iván Nogales, a peruana Lula Martínez, o equatoriano Nelson Ullauri, a argentina María Emilia de la Iglesia e a costa-riquenha Carolina Picado Pomarth foram alguns dos representantes do Conselho Latino-americano de CVC que lembraram o histórico do movimento e falaram da importância da construção democrática, participativa, que envolve um programa  dessa natureza. “Temos que seguir construindo coletivamente essa pauta”, ressaltou Lula. “Cultura Viva Comunitária não é um processo que vem de hoje, é um processo de vida de muitos coletivos, de muitas organizações”, reforçou Nelson.

Em nome do IberCultura Viva, o uruguaio Gustavo Piegas leu o trecho da ata da 3ª Reunião do Comitê Intergovernamental, realizada em El Salvador, que trata da proposta da mesa de trabalho e diálogo intersetorial. “Este grupo se preocupará com o avanço de políticas de cultura de base comunitária não apenas dos países membros do programa, mas da totalidade de países da região, e buscará articular com outros programas e foros de cooperação ibero-americanos”, esclareceu, lembrando que a ideia é contar inicialmente com a participação de cinco pessoas da sociedade civil e realizar no mínimo uma reunião anual deste grupo de trabalho.

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Nelson Ullari (D): “Cultura Viva Comunitária não é algo que vem de hoje. é um processo de vida de muitos” (Foto: Isaac Peñaherrera)

A reunião de sábado foi, portanto, uma primeira aproximação entre Estado e sociedade civil para dialogar sobre a formação dessa mesa de trabalho intersetorial no IberCultura Viva. E uma das propostas feitas pelos participantes foi a formação de mesas intersetoriais nacionais de Cultura Viva Comunitária. Ou seja, cada país membro do programa teria uma mesa intersetorial para fortalecer suas políticas nacionais. A ideia é que mais países se incorporem ao programa, fortalecendo assim a integração regional.

Entre as recomendações para o conteúdo do programa foram citadas: a) promoção da campanha para que se destine 1% dos orçamentos nacionais para a Cultura e 0,1 % para a Cultura Viva Comunitária; b) a contribuição para a compilação do registro, da memória, dos processos e dos avanços do movimento; c) a realização de convocatórias que apoiem a agenda do movimento em nível nacional e iniciativas concretas como as caravanas e os congressos nacionais.

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(Fotos: Isaac Peñaherrera)

 

Leia também:

Ata do Encontro do Comitê Intergovernamental e o Conselho Latino-americano de Cultura Viva Comunitária (Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 2015)

Emergências em debate: as ameaças às democracias latino-americanas

Rodas de conversa sobre Cultura Viva reuniram mais de 120 pessoas no encontro Emergências, no Rio de Janeiro

14

dez
2015

Em Notícias

Por IberCultura

Emergências em debate: as ameaças às democracias latino-americanas

Em 14, dez 2015 | Em Notícias | Por IberCultura

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O segundo dia do Encontro Cultura Viva no Emergências começaria com uma roda de diálogos no Espaço NEC, mas as circunstâncias brasileiras levaram a conversa a outros tema e cenário. A manhã de sexta-feira (11/12) foi dedicada à mesa Cultura e Democracia, que reuniu no palco do espaço São Sebastião, na Fundição Progresso, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, os deputados federais Jandira Feghali, Jean Wyllys e Wadih Damous, o senador Lindbergh Farias, a deputada estadual Benedita da Silva, a senadora uruguaia Constanza Moreira, a consulesa da França no Brasil, Alexandra Baldeh Loras, o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, e o escritor e historiador português Rui Tavares, fundador do Partido Livre.

Rui Tavares abriu sua fala dizendo que não parava de pensar numa pergunta que lhe haviam feito no dia anterior, sobre a onda conservadora que vem avançando em vários lugares do mundo: no Brasil, na América Latina, na Europa. “Venho ao Brasil há 15 anos e vejo o país mudar através das caras das pessoas. E posso dizer que mudou muito nesses anos”, afirmou. “Mas não estamos aqui só enquanto brasileiros, portugueses, europeus, latino-americanos. Somos todos cidadãos do mundo. O que nos falta é saber qual o horizonte de mudança que devemos ter. Porque sabemos que a política deve ser feita de outra forma, mais participada, mais transparente, mais democrática. Mas isso não é suficiente se não tivermos uma ideia de aonde ir, se não houver um horizonte, um objeto de desejo politico, uma utopia real.”

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Rui Tavares

Para o historiador, o horizonte político que deve ser conquistado é o da democracia global, “uma democracia em que participemos como cidadãos de nossos países, mas fazendo face aos grandes desafios do planeta”. As alterações climáticas, por exemplo, são um desafio para todo o mundo. A questão dos refugiados é também um desafio para quem está do lado de cá ou de lá da fronteira. Assim, a onda conservadora, ainda que chegue de maneira diferente a cada país, teria a mesma origem: “Ela vem do medo, da repressão, do egoísmo, da falta de vontade de partilhar. E ela só pode ser vencida em conjunto”.

Por isso, Tavares acredita que está mais do que na hora de estarmos juntos pela transformação do planeta. “O século 21 deve ser aquele em que essa geração de emergentes que está aqui, que já se comunica em várias línguas, entre vários países, através da tecnologia, saiba se juntar para construir um novo projeto progressista para todo o mundo”. Solidariedade, sustentabilidade e respeito ao meio ambiente são alguns dos valores que, segundo ele, devem estar em um projeto transformador para a esquerda do futuro. “Uma coisa que aprendemos com os erros que nós, da esquerda, cometemos no século 20, é que chega de fazer da ideologia um dogma”.

 

Derrubando muros

O deputado Jean Wyllys, por sua vez, lembrou uma série de temas que emergiram nos últimos anos no Brasil e de cujo debate não se pode fugir. Entre eles, a equidade de gênero, os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, a agenda da comunidade LGBT, a questão dos povos indígenas, dos afrodescendentes, da segurança pública e, principalmente, da democracia. “É urgente que se discuta tudo isso, e que se discuta a partir do eixo da cultura”, disse ele, lembrando que cultura é “modo integral de vida”, como ensinam os antropólogos. “Os modos de habitar, de amar, as representações de beleza, as soluções para a mobilidade de urbana, tudo isso tem a ver com a cultura.”

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Recentemente, Jean Wyllys e Ivana Bentes, presidente do IberCultura Viva, participaram de um grupo de 37 líderes latino-americanos que foram convidados a pensar os cenários da democracia nos próximos 15 anos. “Nós imaginamos quatro cenários para 2030 a partir das experiências que vivemos hoje na América Latina. Dois deles são bastante polarizados. Um é o da democracia em agonia, a democracia sequestrada pelos cleptocratas e plutocratas que acham que a força da grana deve determinar as politicas. O outro, que Ivana e eu defendemos, chama-se democracia em mobilização e tem a ver com os movimentos sociais tradicionais, que já estão aí trabalhando há muito tempo, e com os novíssimos movimentos que emergem numa relação direta com as novas tecnologias da comunicação e da informação”.

Neste que seria o melhor dos cenários, democracia representativa e democracia participativa estariam combinadas, naquilo que o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos chama de “democracia em alta intensidade”. “A representação viria com a participação direta e as soluções não viriam exclusivamente ou necessariamente do Estado. As soluções podem nascer da sociedade civil para uma série de questões que nos afetam, que são prementes para nós. (…) A democracia em mobilização depende de cada um de nós. É preciso que todos lutemos para quebrar a blindagem do sistema político, empoderar cada vez mais a sociedade civil, democratizar a comunicação. É fundamental, sobretudo, que derrubemos os muros que estão dentro de nós.”

Efeito dominó

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Alexandra Loras

Ao longo de quase três horas de debate foram várias as intervenções que abordaram  a necessidade da derrubada de muros, de preconceitos. Com uma fala simples e emocionante sobre racismo e intolerância, a consulesa Alexandra Baldeh Loras protagonizou um dos grandes momentos da mesa ao falar do genocídio do povo negro. “Meu sonho é que um dia a cor da pele seja só um detalhe, como a cor do cabelo”, afirmou ao fim do discurso, aplaudida de pé pela plateia.

Também muito aplaudida, Jandira Feghali chamou a atenção para o fato de que a crise não é um processo isolado do Brasil. “Derrubar a presidenta Dilma significa um dominó para a América Latina”, alertou.  “O que se vê hoje é o avanço de uma onda de ódio, de intolerância, de preconceito agudo contra as mulheres, os negros, e todos os que se posicionam pela esquerda em defesa desse governo. Não estamos discutindo quem gosta ou não da política econômica, se se gosta ou não da Dilma. O que se discute aqui é se vamos continuar avançando na democracia ou se vamos ter um retrocesso.”

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Benki Ashaninka

Benedita da Silva também falou sobre o ódio dirigido aos negros, às mulheres, aos pobres. E do sonho de que seus bisnetos sejam conscientes de que “esta pátria é deles”.  Pouco depois, Benki Ashaninka, convidado pelo ministro Juca Ferreira a subir ao palco, lembrou que desde criança tem como missão defender a sua cultura, os seus direitos, o direito de ter um pedaço de terra “para viver como todos os seres humanos vivem”. “Quantos líderes nossos estão sendo mortos por pessoas que ainda veem o índio como um problema para o país?”, questionou.

Última convidada da mesa a discursar, a uruguaia Constanza Moreira lembrou que o Brasil é a democracia mais nova da América Latina e que a crise política, econômica e institucional por que passa o país afeta, sim, todo o continente. “Venho de um pequeno país que depende muito do que acontece no Brasil. A sorte de todos nós está vinculada à sorte da Bolívia, da Argentina, do Uruguai, do Equador, do Chile, da Venezuela. Mas a tensão que há pelo Brasil é muito grande”, comentou. “A América Latina ficou pintada de vermelho (pelos progressismos), de lilás (pelos feminismos), e de verde (pelos ecologismos). E é essa América Latina vermelha, lilás e verde que está sendo colocada em disputa agora no congresso brasileiro.”

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Constanza Moreira

Roda de conversa

À tarde, representantes do Conselho Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, do Comitê Intergovernamental do IberCultura Viva e de Pontos de Cultura do Brasil voltaram a se reunir no Espaço NEC, para mais uma rodada de conversa. A pesquisadora Deborah Rebello Lima, da Fundação Casa de Rui Barbosa, e o diretor da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Alexandre Santini, contextualizaram o movimento, mostrando como se foi construindo um repertório comum para as políticas culturais da América Latina.

Fazendo um breve histórico, Santini lembrou o seminário sobre políticas públicas de Cultura Viva e Cidadania Cultural realizado durante o Fórum Social de Belém, em 2009. Foi neste encontro que muitos representantes de movimentos culturais da América Latina tomaram conhecimento dos Pontos de Cultura, passando então “a demandar a articulação de uma rede de políticas inspiradas no Cultura Viva”. Depois viriam a criação da Plataforma Puente, em Medellín (2010), o Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, na Bolívia (2013), o 6º Congresso Ibero-americano de Cultura, em Costa Rica (2014)…

“De certa maneira, o IberCultura Viva surge como uma resposta a essa demanda da sociedade civil articulada na América Latina. É mais o acolhimento de um processo que já vinha acontecendo do que uma iniciativa governamental pura, vinda de cima pra baixo”, enfatizou o diretor no início da roda, que seguiu até o início da noite numa conversa proveitosa em português, espanhol e (por que não?) portunhol. Num evento como este, que buscava discutir o papel da cultura na democracia e o reencantamento da política, a barreira da língua era a que menos importava.

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O Conselho Latino-americano de Cultura Viva Comunitaria

Encontro global

Uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural (SCDC), o Emergências foi pensado como um encontro global de ativismo, cultura e política. Segundo a organização, 10 mil pessoas participaram de mais de 300 atividades espalhadas por 20 territórios da cidade do Rio de Janeiro entre os dias 7 e 13 de dezembro, extrapolando a programação pré-definida de encontros de redes, mesas de debates, rodas de conversa, oficinas, apresentações artísticas e percursos culturais.

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Os participantes chegaram dos mais diversos pontos do Brasil e do mundo. E muitos deles chegaram de ônibus: foram organizadas 52 caravanas, inclusive com saídas de Montevidéu e Buenos Aires. Além da Argentina e do Uruguai, o evento contou com representantes de países como Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Venezuela.

Também tinha gente da Alemanha, da Espanha, dos Estados Unidos, da França, de Portugal, de Israel, da Itália, do Líbano, do Reino Unido, da Síria, da Somália, da Suécia…

Gente que tentava ultrapassar a barreira da língua para discutir as emergentes lutas por direitos civis, políticos, sociais, econômicos e ambientais do mundo todo. Afinal, esse todo diverso tinha um objetivo comum: o respeito.

Leia também:

Emergências: “Precisamos de democracia lato sensu” https://bit.ly/1P8Md34

Emergências se despede do Rio de Janeiro: https://bit.ly/1QuxP8l

14

dez
2015

Em Notícias

Por IberCultura

Rodas de conversa sobre Cultura Viva reuniram mais de 120 pessoas no encontro Emergências, no Rio de Janeiro

Em 14, dez 2015 | Em Notícias | Por IberCultura

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Ivana Bentes: “Cultura Viva é o movimento social das culturas”

“Não se cria um movimento, isso é uma construção. Mas o Cultura Viva chegou a um nível de maturidade que podemos orgulhosamente chamá-lo assim. É um movimento cultural importante no Brasil e na América Latina. E estamos cada vez mais convencidos de que é o movimento social das culturas.”

Ivana Bentes, secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SCDC/MinC) e presidente do IberCultura Viva, encerrou assim a primeira manhã de trabalho do Encontro de Cultura Viva realizado durante o evento Emergências, no Rio de Janeiro. E essa certeza da importância do movimento seguiu até o fim dos três dias de rodas de conversas em português e espanhol que tomaram conta da Fundição Progresso e do Palácio Gustavo Capanema, de quinta-feira a sábado (10 a 12/12).

Mais de 120 pessoas compareceram ao primeiro dos três dias do Encontro de Cultura Viva previstos na programação do Emergências. Entre os convidados estavam representantes do Comitê Intergubernamental IberCultura Viva, do Conselho Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura, da Rede de Gestores Estatais e Municipais de Cultura Viva e de projetos contemplados no Edital Cultura de Redes 2015.

Andrea Navea e Dario Quiroga (Chile)

Andrea Navea e Dario Quiroga (Chile)

A quinta-feira começou com uma rodada de apresentações no Espaço NEC, na Fundição Progresso, e terminou com uma ciranda puxada por Alexandre Santini, diretor da Cidadania e da Diversidade Cultural do MinC. Em quase sete horas de conversa, foram discutidos temas como o papel da cultura no estado democrático, os desafios da implementação da Política Nacional de Cultura Viva e os perigos do avanço da onda conservadora na América Latina.

Diversidade

Muitos dos participantes também contaram um pouco de suas realidades, das experiências de cultura viva comunitária em seus países, estados ou municípios. A costa-riquenha Carolina Picado Pomarth, por exemplo, destacou a importância do reconhecimento da diversidade de processos na Ibero-América, da capacidade de transformação social dos grupos organizados, e do diálogo entre governos e sociedade civil. “Não queremos uma ajuda do Estado. Queremos trabalhar junto, lado a lado.”

“Há dez anos começamos na América Central um processo de integração a partir do reconhecimento da diversidade. Como esta é uma lei natural de todo sistema, é normal ser diferente, vimos que a melhor maneira de nos conhecermos é aceitando o intercâmbio, o reconhecimento de que cada país tem suas expressões de trabalho comunitário”, afirmou Carolina, que é integrante da Red Maraca, o movimento de arte comunitária da América Central.

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(Foto: Rafael Paredes)

A boliviana Selva Esther Zabala, por sua vez, disse que era preciso dar mais atenção às comunidades, aos pequenos municípios, “não só aqueles onde estão os povos originários, mas também os que não têm uma identidade cultural própria”, como é o caso da cidade onde vive. “Como não tem identidade, o recurso para cultura é muito pouco”. Para ela, é preciso formar redes, “fortalecer o tecido e fazer o intercâmbio cultural”, agindo dentro das próprias possibilidades, sem esperar que alguém financie (“porque esperamos, esperamos, e nada acontece”).

A municipalização também foi comentada por Ivana Bentes. “A gente acredita que existe uma revolução que vem do interior. É o prefeito, é o gestor municipal… O território pode fazer uma enorme transformação”, ressaltou a secretária. “Há, inclusive, ótimos gestores de partidos de oposição ao governo. A eficácia do programa Cultura Viva, o impacto simbólico no cidadão é tão grande que os partidos estão colocando esse bem comum acima da disputa política. A gente viu isso nas pequenas cidades do Brasil. O Cultura Viva está em mil dos 5 mil municípios brasileiros. E muitas vezes o Ponto de Cultura só acontece por pressão da comunidade.”

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Cultura jurídica

Alexandre Santini lembrou que a regulamentação da Lei Cultura Viva (a lei nº 13.018, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em julho de 2014) vem trazendo alguns conflitos com as leis municipais e estaduais. Além disso, há problemas relacionados ao desconhecimento de instrumentos aprovados pela lei, como o Termo de Compromisso Cultural (TCC), criado para simplificar o repasse para as organizações culturais.

Daí a importância de levar para o debate temas como o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil, o Mrosc, vindo da Lei nº 13.019/2014, uma espécie de “lei-irmã” da Lei Cultura Viva. Iniciativa da Secretaria Geral da Presidência, o Mrosc tem o objetivo de aperfeiçoar o ambiente jurídico e institucional no que diz respeito às organizações da sociedade civil e suas relações de parceria com o Estado.

“É preciso ter uma nova cultura jurídica, ter outros mecanismos de relação com o Estado”, observou Santini. “Este talvez seja o avanço mais importante neste momento, inclusive pela crise política e pela crise econômica. Nós precisamos ter avanços institucionais para evitar criminalizações e perseguições às entidades culturais em qualquer cenário político. Isso vale para outros países da América Latina. Se não houver uma cultura jurídica que proteja as organizações culturais comunitárias, nós estaremos sempre ameaçados pelas elites, porque a estrutura do Estado não foi pensada para os setores populares, para a cultura comunitária, para as redes culturais.”

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Democracia em crise

A relação da cultura com a política neste momento de crise da democracia na América Latina seguiu como pauta ao longo do dia. Qual o papel das políticas públicas na construção da relação do Estado com a sociedade, como criar estruturas jurídicas, políticas e institucionais que deem conta dessa relação complexa, foram algumas das questões levantadas pelos participantes do encontro.

“A relação dos movimentos com o Estado é opressora”, afirmou o curitibano João Paulo Mehl, da Rede Livre, um dos projetos contemplados recentemente no Edital Cultura de Redes. “Os instrumentos jurídicos que a gente tem hoje igualam uma organização de base comunitária com uma empreiteira na sua exigência, no rigor da aplicação dos recursos. A burocracia coloca os grupos culturais reféns desse processo. (…) Agora, a gente tem uma disputa jurídica e política ao mesmo tempo. A jurídica é o desafio de construir uma rede de advogados culturais que deem suporte aos movimentos, que pensem junto, para que a gente tenha mais qualidade para fazer a disputa política. E para que a relação entre Estado e sociedade avance de maneira mais justa.”

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14

dez
2015

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

O programa anuncia os projetos habilitados nas categorias 1 e 3 do Edital IberCultura Viva de Intercâmbio

Em 14, dez 2015 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

arte-edital-cortadoA Unidade Técnica do programa IberCultura Viva informa a relação de projetos habilitados nas categorias 1 e 3 do Edital IberCultura Viva de Intercâmbio. As inscrições estiveram abertas de 4 de agosto a 1 de dezembro. O prazo de apresentação de recursos terminou às 23h59 de 14 de dezembro.

Vinte e sete projetos foram habilitados na categoria 1, que tem como objetivo promover e fortalecer o intercâmbio entre agentes culturais ibero-americanos por meio da criação de redes. Na categoria 3, dirigida a produtos feitos em conjunto por organizações da sociedade civil de dois ou mais países ibero-americanos, foram habilitados para continuar na seleção 16 projetos.

A etapa de julgamento será de responsabilidade do Comitê Intergovernamental e do Comitê Técnico do programa. Serão destinados US$ 35 mil a cada uma das categorias (US$ 5 mil para os sete primeros colocados). Os resultados serão divulgados até 15 de fevereiro de 2016.

Informações aos interessados:

Resultado_da_Fase_de_Recursos_aos_Projetos_Habilitados_nas_Categorias_I_e_III

 Aviso Prazo de Resolução do Edital

Confira a relação de projetos habilitados (*atualizada em 18/12/2015):

CATEGORIA 1 

Nome do projeto – Entidades/ Coletivos

1. Las mujeres decimos basta a la violencia! – Museo de la Mujer (Argentina) / Museo de las Mujeres (Costa Rica) / Centro Cultural Ensamble (Colômbia)

2. Redes de Fuego – Museo Casa Bruzzone (Argentina) e Asociación de Ceramistas de Catalunya (Espanha)

3. Somos Guerreras. Tour 2016 – Cooperativa Sulá Batsú (Costa Rica) / Investigación y Educación Popular Autogestiva, A.C (México) / Producciones y Milagros Agrupación Feminista, A.C. (México)

4. Festival de Teatro TAT (Temporada Alta em Timbre 4) 2016: Semana Iberoamericana en Buenos Aires, Argentina – Teatro Timbre 4 (Argentina) / Temporada Alta (España)

5. Trenzando caminos. Una construcción político cultural, desde la sociedad civil en el Mercosur –  Asociación Ecuménica de Cuyo ( FEC) Argentina / Centro Tierra Nueva Argentina /Centrac – Centro de Acción Cultural Centrac Brasil / CPP – Centro de Participación Popular Montevideo- Uruguay / ECO – Educación y Comunicaciones Chile /SEDEJ – Servicio para el desarrollo de los jóvenes Chile / Decidamos – Campaña por la Expresión Ciudadana Paraguay

6. Mapeamento de coletivos de artivismo, comunicação alternativa e cultura livre na Espanha –
Baixa Cultura (Brasil) / ZEMOS98 – Cultura Libre e Innovación Social (Espanha)

7. Primer Intercambio de Experiencias y Formación en el circo: Costa Rica y España se unen – Asociación Cultural Arte y Circo (Asocarte, Costa Rica) / Asociación Cultural Malabaracirco (Espanha)

8. Intercambio de experiencias de fomento a la lectura entre México y Colombia para fortalecer la Red de Colmenas de Lectura en Chiapas – Germinalia A.C. (México) / Fundación para el Fomento de la Lectura – Fundalectura (Colombia)

9. Labareda – Laboratórios Artísticos em Rede – Club Cultural Matienzo Asociación Civil (Argentina) / Nodo (Chile)

10. Red de Festivales Internacionales de Teatro de Titeres Colombiatiteres – Red Colombia Títeres; Fundación La Tortuga Triste; Manicomio de Muñecos de Medellín; Trotasueños de Cartagena –y Agárrate Catalina de Argentina- grupo para la movilidad.

11. Encontro Étnico Afrodescendente – Resgate e Difusão da Memória Viva na América do Sul – Rede Criativa Moreterra Produções (Brasil) / Agitando Cultura (Argentina)

12. Mundo Puckllay y Pé No Chão. Un enlace artístico y cultural entre Perú y Brasil (1ra Etapa) –
Puckllay (Peru) / Pé no Chão (Brasil)

13. Movimente em Rede – Cia. Dançurbana & Los INnato – Associação Cultural Dançurbana (Brasil) /
Los Innato (Costa Rica)

14. Knots-Nudos Festival Encuentro Itinerante Internacional de Teatro de Grupo / IV edición, Brasil – Asociación Civil Teatro In (Argentina) / Impulso Coletivo (Brasil)/Teatro Grito (Bolivia)

15. La Visión Compartida – Cinco Minutos Cinco (Peru) / Asociación Maipú Cine (Argentina)

16. Proyecto JuglarEX “Guardianes de la Cultura” – CEU EMEF Professora Mara Cristina Tartaglia Sena (CEU Parque Bristol) (Brasil) / Colegio Santa Teresa (España) / Centro Regional de Educación Juan E. O´ Leary (Paraguai)

17. Preparación de una muestra teatral con la Comunidad Nativa Yánesha de Tsachopén, en la Provincia de Oxapampa, Peru – Selvámonos (Peru) / Colectivo Ámbar (Argentina)

18. Museu da Pessoa. Rede Internacional de Histórias de Vida – Instituto Museu da Pessoa (Brasil) / Emiliano Polcaro – Museo de la Persona Argentina (Argentina)

19. Intercâmbio – Entepola Santiago – Chile /2016 – Companhia Etc e Tal Artes Cenicas e Manipuladora de Formas (Brasil) / Fundación Entepola (Chile)

20. Jornadas de Teatro y Cine Comunitario Infantil México-El Salvador – Cinematequio (México) / Gruta (Grupo Universitario Teatral de la Unasa, El Salvador)

21. Corredor Cultural Ruta 40” – Fundación Catalina (Argentina) / Teatro Andante (Brasil)

22. Red Iberoamericana de Talleres de Música Popular – Fundación Al Toque Taller Creativo Musical- Argentina / Casa do Núcleo-Brasil / TUMP- Taller Uruguayo de Música Popular-Uruguay

23. Festival Internacional de Videodanza Perú 2016 – Vasos Comunicantes (Peru) / Festival Internacional Videodanzaba (Argentina)

24. Red de Fortalecimiento en el tejido de acciones de arte comunitario en América – Lunasol / La Pochoclera- Multiespacio Cultural y Biblioteca (Argentina)/ Casa da Rua do Amor (Brasil)

25. II Foro educativo centroamericano. Desarrollo curricular y Arte Social, Etapa I – 
Sociedad Civil para el Arte y la Cultura Guanared / Red Centroamericana Maraca

26. Integración entre agentes culturales de Costa Rica (Red Cultura Viva Comunitaria) y Chile (Nodo Valpo) – Costa Rica (Red Cultura Viva Comunitaria) y Chile (Nodo Valpo)

27. Maca en las alturas: murales comunitários a partir de la memória territorial del pueblo aymara
Fundación Kine Cultural y Educativa (Argentina)/ Fundación Arte Amaru (Chile)/ Colectivo Teatro de Tierra (Chile)


CATEGORIA 3
 

Nome do projeto – Entidades/ Coletivos

1. Encontro de Bastidor Traços Aéreos. Soluções para artes do circo (Brasil) / Coletivo instrumento de ver (Brasil)/Ciclicus (Espanha)

2. Festibero – Festival Iberoamericano de Teatro de São Paulo – Associação São Pedro Pró-Cultura (Brasil) /Centro Paraguayo de Teatro (Paraguai)

3. Kwatiara Abya Yala (Escrita Indígena da América) – Thydêwá (Brasil) / Comunidad Indígena Territorial Comechingón Sanavirón Tulián (Argentina) / Comunidad Linkan Antai Corralitos (Argentina)

4. Primer plano para Los Derechos. Web serie. “ Arte, Cultura y Trabajo”. Una herramienta de Promoción de Derechos para las y los jóvenes – Fundación Crear desde la educación popular (Argentina) / Superarte AC (México)

5. Ventana a la biodiversidad – Cultura Savia A.C. (México) / Unesco Etxea – Centro Unesco del País Vasco (Espanha)/ .txt Texto de Cinema (Brasil)

6. EnSEÑA y aprende – Seña y Verbo Teatro de Sordos SC (México) / IBBY
México/A leer AC (México) / Fundación Leer / IBBY (Costa Rica)

7. Porto Alegre – Tijuana: mulheres olhando para seu cotidiano e além dele – Cidadania e Arte (Brasil) / Imagen y Creación (México)

8. Mainumbí. Voces, tradición y memoria oral Iberoamericana – Artesanas de la Palabra de Paraguay (Paraguai) / ONG Asociación Civil Proyectos Culturales para el Desarrollo (Argentina)

9. Anotación Núm 7. (Anotaciones Sobre El Miedo) – DOOS Colectivo (Espanha) / La Cantera-via Julia Färber (México)

10. Brasil – Colômbia: Literatura e Arte em Toda Parte – Grupo Scenário (Brasil) / Corporación Debluss – Duberney Arias Parra (Colômbia)

11. Taller Comunitario de Creación Cinematográfica Intercultural con y para Niños – CinemaTequio (México) / Sociedad de Arqueología e Historia Museo Fonck (Chile) / Club de excursionismo Grupo Tacitas (Chile)

12. Lxs jóvenes cantamos nuestros derechos – Fundación SES (Argentina) / Fundación Salvadoreña Para la Promoción Social y el Desarrollo Económico (FunsalProdese) (El Salvador)

13. Cooperación Ecocultural Perú (A.C.E.R. “Montaña”) – Costa Rica (Yarä Kanic) – Coopercost
Asociación Cultural Ecoturística de Recuperación “Montaña” (A.C.E.R. “Montaña”) (Perú) / Asociación Yarä Kanic (Costa Rica)

14. Oralidade escrita – Fundación Abriendo Surcos (Argentina) / Coletivo Aty Sâso (Brasil)

15. Proyecto Ja’ab de edición colectiva y fomento de la escritura y la lectura en el área maya – Museo de la Palabra y de la Imagen (El Salvador) y SOM Editorial Colectiva A.C. (México)

16. Músicas del Sur – Fundación Al Toque Taller Creativo Musical (Argentina) / Casa do Núcleo-Brasil / TUMP- Taller Uruguayo de Música Popular (Uruguai)

09

dez
2015

Em Artigos e publicações
Notícias

Por IberCultura

Los caminos de la incidencia política de Cultura Viva Comunitaria – Incidencia de alianzas y acuerdos

Em 09, dez 2015 | Em Artigos e publicações, Notícias | Por IberCultura

Por Patricia Requena

La Plataforma Puente Cultura Viva Comunitaria, de la que forman parte colectivos y redes sociales, comunitarias y también entidades gubernamentales y universidades y centros de estudio, ha realizado un largo camino que ya habían iniciado nuestros pueblos, tanto en la lucha contra la colonización como en la promoción en el campo del desarrollo y la ciudadanía desde el arte y la cultura.

Esto, en tanto que la instalación que hace el movimiento del concepto “Buen Vivir”, propio de las etnias latinoamericanas, es un aporte para repensar la Democracia, ya que este contiene en sí misma la idea y la necesidad de relaciones armónicas entre sociedad civil y Estado, basadas en la participación ciudadana como columna vertebral de los procesos de desarrollo.

Hoy este punto es central, más cuando vemos el deterioro de nuestras  democracias, las que no han podido hasta ahora  restablecer integralmente las ciudadanías dañadas. En lo particular, en el ámbito cultural creemos que la ciudadanía cultural aún no es reconocida ni ejercida; el ciudadano solo se siente receptor de ofertas culturales que vienen de un sistema que produce y se las hace llegar como “consumidor”. Así, el protagonismo de las comunidades y sus grupos no es visto y menos  apoyado como legitima expresión del ciudadano (cultural). Un resultado y a la vez un reflejo de esta situación son las distancias y las desconfianzas que mantienen los actores culturales con el Estado y con sus instituciones.

En ese plano y en una mirada panorámica de las políticas culturales de los estados latinoamericanos, se percibe aún una muy tibia voluntad de apoyo a procesos de culturas comunitarias. Es destacable la voluntad de ciertas autoridades y agentes por instalar una mirada política que acentúa la mirada en las miles de experiencias de base, pero tenemos que reconocer que siguen siendo una minoría respecto del total de instancias y procesos legislativos y de políticas públicas.

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Cultura Viva Comunitaria como palanca de cambio institucional

El movimiento Cultura Viva Comunitaria ha hecho en los países de Latinoamérica propuestas concretas que intentan asegurar el reconocimiento y el apoyo a las experiencias culturales locales a través de la promoción de condiciones  institucionales  y políticas para su fortalecimiento. De este propósito hay ejemplos que destacar como son inicialmente  “Puntos de Cultura” en el Brasil y casos como el de la Alcaldía de Medellín y Bogotá en Colombia, o las gestiones en Lima, Perú y en otros países de Latinoamérica. En ellos se ha buscado que sea la misma voz ciudadana, de la base de la sociedad, la que entre en el diálogo con el Estado. No está demás decir que esos esfuerzos se encuentran generalmente con culturas institucionales, gubernamentales y municipales llenas de trabas y rigideces, que una mirada que les propone otra direccionalidad de las decisiones o de los motivos de la política los cierra e inhibe de hacer intentos por esos cambios.

Este proceso, con sus dificultades y potencialidades, fue visibilizado y proyectado por el movimiento, que en su momento diseñó el “Plan Acción Pública Conjunta y Continental” en el se especifican una serie de propósitos, uno de los cuales fue lograr un impacto político que contribuya a mejorar los escenarios institucionales y sociales en cada lugar en el que se desarrolle una acción. Desde ese momento, es que toma cuerpo la línea de incidencia dentro del movimiento, la que se tradujo en algunos puntos claves para la Cultura Viva Comunitaria:

. Promover la gestión pública participativa que apunte a la construcción de una democracia cultural deliberante y transformadora.

. Aportar a construir políticas culturales pertinentes para nuestras comunidades y territorios, que sean incluyentes, respetuosas de la autonomía, integrales y conducentes al empoderamiento social y a la construcción de sistemas territoriales de cultura democráticos, que incluyan la lógica y el lenguaje del arte. Ello implica una participación directa de las comunidades en estos procesos.

Desde esa misión se aterrizó un plan de acción que define entre sus líneas fundamentales de trabajo, la Incidencia, la que en concreto se propone:

. Plantear legislaciones nacionales inspiradas en la acción cultural comunitaria y hacerlo de manera participativa.

. Impulsar las metas del 1% del presupuesto nacional y municipal para la cultura, y el 0.1% de esos presupuestos para la Cultura Viva Comunitaria.

. Propiciar alianzas de políticos locales latinoamericanos.

. Promover la creación de los Consejos Municipales de Cultura como referencia pública de debate y decisión del quehacer cultural.

. Hacer un mapeo de aliados.

. Implicación en políticas públicas en toda la región.

. Identificación de los espacios nacionales y locales donde se están construyendo programas culturales e incidir e intervenir en ellos” (1)

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Incidir, ¿qué significa?

Para explorar lo que ha sido y puede seguir significando para el movimiento estas líneas de acción, es necesario profundizar en sus diversas aristas, definiciones, condiciones, estrategias. En primer lugar, decir que de las diversas acepciones, tomaremos para el propósito de esta reflexión la siguiente, ya que nos parece más completa y clara que otras revisadas: Incidencia política es un proceso de acciones planificadas por alguna instancia de la sociedad civil para cambiar las relaciones de poder que impiden el ejercicio de los derechos.

Desde esa perspectiva, incidir está concebido como una acción de influencia y  también de involucramiento; es decir, implica que los actores se hacen parte del proceso de cambio para hacer valer sus derechos e intereses. Por ello, la incidencia política es un ejercicio de democracia y también de empoderamiento.

Se puede incidir a través de varios medios, tales como la comunicación, la construcción de agenda, el diseño de  propuestas para visibilizarlas en el debate público. Sin embargo, cualquiera de estas prácticas sólo tendrá peso y legitimidad si están insertas en procesos de participación ciudadana, de diálogo entre el Estado (en sus distintos niveles) y la sociedad civil. Sin este marco, la incidencia puede ser estéril ya que no posee el respaldo que en democracia solo la ciudadanía activa puede asegurar. Es por ello que los procesos de incidencia desde Cultura Viva Comunitaria se han planteado como espacios abiertos y representativos, como efectivos pasos hacia la creación de una Democracia Participativa, Deliberativa e Integral.

En este sentido, es fundamental que la participación vaya de la mano de organización de la gente, que a su vez es una manera que han encontrado los grupos, sus asociaciones y alianzas de habitar el espacio público y por qué no mirarlo así, de ir haciendo política pública desde el territorio, desde los barrios.

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¿Hacia adónde apunta la incidencia en Cultura Viva Comunitaria?

El punto de partida que fundamenta la acción de incidencia que plantea Cultura Viva Comunitaria es la afirmación que la cultura es un derecho humano que si no se ejerce se pierde y que a quien le corresponde satisfacer ese derecho es al Estado.

Recordemos aquí lo que expresa la Declaración de La Paz, que emana de los acuerdos a los que se llegó en el Primer Congreso Latinoamericano de Cultura Viva Comunitaria: “Las mujeres y hombres reunidos en la ciudad de La Paz decidimos usar como herramienta la exigibilidad de los derechos culturales como materia básica para la elaboración de políticas públicas de culturas vivas comunitarias, de manera de generar y fortalecer en nuestras comunidades prácticas integrales de descolonización, despatriarcalización y de igualdad de géneros entre todos y todas”. (2)

Los derechos culturales empezaron a ser “reconocidos” en nuestra sociedad, al menos en las declaraciones internacionales, cuando las ciencias sociales tuvieron la evidencia que la cultura le entrega los significados a nuestro mundo, a los grupos y a las personas: la cultura es el espejo de las sociedades; es decir, la cultura nos ayuda a ser humanos. Estos derechos son del individuo y de las comunidades. Y solo para tener en cuenta su referencia, la Declaración de Friburgo (3) los define como:

. Derecho a la identidad y patrimonio culturales.

. Derecho a referencias a comunidades culturales.

. Derecho al acceso y participación en la vida cultural.

. Derecho a la educación y formación.

. Derecho a la información y comunicación.

. Derecho a la cooperación cultural.

Desde estos principios (derechos), lo que aspira Cultura Viva Comunitaria son legislaciones y políticas culturales que efectivamente aseguren su cumplimiento, para lo cual deben tener varias condiciones:

. Ser pertinentes culturalmente para las comunidades y territorios

. Ser incluyentes

. Ser respetuosas de la autonomía de las organizaciones

. Ser integrales,

. Ser conducentes al empoderamientos social y a la construcción de sistemas democráticos territoriales de cultura.

Tal como lo expresan los documentos de Cultura Viva Comunitaria, este resultado solo es posible si las comunidades y sus grupos se involucran en los procesos.

De otra forma, solo implicarán recursos que llegarán de forma vertical a los grupos, no produciéndose el involucramiento que requiere un proceso transformador de la cultura de relaciones, de la cultura institucional y también de la cultura de alianzas y de autonomía.

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Aspectos y preguntas relevantes acerca de la incidencia en Cultura Viva Comunitaria

Desde lo anteriormente dicho, y proyectando lo que pueden ser nuevos procesos de incidencia de Cultura Viva Comunitaria por la transformación de políticas y las decisiones públicas, especialmente tomando como referencia el caso chileno, podemos mencionar varios elementos a considerar en estos procesos.

En primer lugar, debemos recordar que por naturaleza el Estado es el administrador de los bienes del pueblo, administración que debe hacerse en función de las necesidades de los gobernados. Para esta función existen las políticas públicas, que son “el conjunto de decisiones tomadas y de acciones emprendidas por una serie de actores, tanto públicos como privados, orientada hacia la solución de un problema publico delimitado” (4)

Desde allí es que ante la construcción y el diálogo de incidencia es fundamental un diagnóstico serio y amplio, que defina las características de las culturas comunitarias del territorio, sea país, región o comuna según el ámbito de la política que se diseña.

En Latinoamérica podemos decir que los modelos de gestión pública en relación con la cultura de base han sido insuficientes; la han percibido fundamentalmente como “destinatarios” (gente que accede, publico, beneficiarios) a la cultura. No se ha promovido su asociatividad y los recursos destinados a resolver sus necesidades son siempre escasos y, en muchos casos, ni siquiera son considerados como ítems en los presupuestos. Los modelos tradicionales de políticas culturales en nuestro continente no han logrado atender las necesidades que surgen desde las dinámicas culturales cotidianas ni de las personas y colectivos que las animan.

Esta situación evidentemente tiene que ver también con lo nuevo que es este campo en tanto concepto que agrupa este tipo de iniciativas; se habla aún de cultura tradicional, cultura popular, cultura poblacional, situadas en su mayoría en el campo del patrimonio cultural.

Con toda la complejidad de la tarea, es necesario que al menos la organización que se siente a la mesa de la incidencia política sepa las características generales y específicas que tiene el ámbito de la cultura comunitaria, ya sea en su comuna, su región o su país.

Otro elemento en este camino es el conocimiento y la formación de los colectivos culturales respecto de los aspectos básicos de las políticas públicas y las leyes. Es necesario educarse y dominar los parámetros y los límites, las distinciones y diferencias entre tipos de leyes, entre políticas y normativas. Ese conocimiento no es algo complejo para el movimiento y debe ser procurado por los mismos actores involucrados.

Es bueno recordar y asumir que en el movimiento existe ya una vasta experiencia de incidencia que debe acopiarse y ordenarse y que así servirá de base y orientación a los distintos movimientos locales, nacionales y regionales.

Un aspecto estratégico a definir en estos procesos por parte del movimiento es la perspectiva desde la cual se dialogará. Con esto queremos decir que en esa “conversación” está implicado un gran mundo de acción comunitaria, más allá de las fronteras de dos entes dialogantes; es decir, la conversación no puede realizarse en función de intereses corporativos de un grupo o sector,

Una condición fundamental para que el diálogo sea amplio e inclusivo es que el “carácter” del proceso debe ser participativo. Para ello es evidente que se requiere una voluntad política y también la alianza con el mundo de las organizaciones que se debe lograr que confíen, que se abran y sean actores protagónicos de ese proceso. Los y las dirigentes deben cumplir el papel de informar y socializar las condiciones y las reales expectativas de cada instancia, de tal forma de no crear falsas expectativas y desencuentros a mitad de camino. El proceso participativo en sí mismo irá empoderando a las y los líderes mas claros y convencidos, los que serán fundamentales a su vez en el fortalecimiento de las mismas redes.

Es relevante establecer una comunicación fluida y sincera con el Estado, el que debe disponerse a un diálogo que implica un recorrido mayor pero de más riqueza y legitimidad.

Aunque parezca menor, y dada la experiencia en Chile, en este asunto hay distinciones que es necesario realizar ya que en estos procesos es fácil a veces, por la falta de claridad o bien por la inexperiencia de los agentes que participan de la incidencia, confundir los límites de las experiencias “comunitarias”. Se trata de poner en el centro a los grupos históricamente segregados de las políticas y de las decisiones de lo público, es decir a las experiencias multiplicadoras que se constituyen desde los valores del respeto a la diversidad, el protagonismo y la autonomía de las organizaciones.

En general, son experiencias que han nacido desde el seno mismo de los barrios, sin fines de lucro, procesos comunitarios posibles solo gracias al trabajo voluntario, a la gestión de proyectos y a diversas estrategias creativas para resolver las necesidades. En ellos, por cierto, se dan múltiples innovaciones para solucionar los problemas pero en general han subsistido pese a la escasez de recursos, la falta de infraestructura, de espacios y de estabilidad en el trabajo.

Desde el movimiento Cultura Viva Comunitaria se apuesta ala reconstrucción de una acción política y de la sociedad a partir de un nuevo paradigma que instala el poder e la base social: poder de iniciativa, poder de la experiencia, poder de los movimientos sociales.  Con esta mirada se logra, paulatinamente, que las dinámicas que se construyen sean más dinámicas, horizontales y democráticas. Creemos que estas iniciativas deben estar guiadas por la práctica de la ciudadanía donde las personas y los grupos son actores de sus derechos y deberes.

Es claro que la perspectiva de Cultura Viva Comunitaria choca con un modelo de gestión (estatal, especialmente, pero presente también en muchas organizaciones que se piensan “alternativas”) vertical y con muchos rasgos de autoritarismo y exclusión.  A pesar de lo que dicen algunos relatos políticos y de organizaciones, las prácticas tradicionales que se han instalado en el poder en la mayoría de nuestros países, así lo ratifica. Y es así que en lo referente a la política cultural el paradigma vigente asume cultura como gasto, todo lo cual está basado en que es una élite la que “hace” cultura. Por esto, el objetivo es lograr que finalmente el Estado se asuma como promotor y facilitador.

Un factor también importante en estos procesos es el nivel organizativo de la sociedad civil que constituye el sector de la cultura comunitaria. Sabemos que en los distintos países es, en general, incipiente o, al menos, inicial. Se han conformado redes y asociaciones y en la práctica juegan un rol fundamental en la articulación de los grupos. Esta acción es central y hay que cuidarla y fomentarla, no perder la articulación como eje porque ese carácter articulador le dará más fuera a las organizaciones en su necesaria de interlocución y negociación con las entidades estatales y, especialmente, con los funcionarios de esas entidades estatales.

Promover el tejido social, que es su misión, es un componente central de la participación ciudadana ya que es evidente que el trabajo en red permite sumar esfuerzos y en definitiva construir opinión y acción colectiva y comunicativa para la transformación social.  Otra ganancia que permite la existencia de estas redes es la formación que se hace posible en encuentros y el necesario intercambio de materiales y de experiencias.

Finalmente, es claro que debemos estar atentos a los distintos aspectos, etapas y actores que juegan en estos procesos. Así, en la formulación de las políticas públicas hay que involucrar tanto a las entidades que conforman el poder ejecutivo como a quienes tienen la tarea de legisladores en lo local, subregional o nacional.

En la tarea de construir un mejor escenario político, institucional, programático y presupuestal para la Cultura Viva Comunitaria, debemos ser capaces de sensibilizar, motivar e involucrar a los funcionarios, a los directivos de las entidades públicas, a la academia y a los diferentes espacios de participación de nuestras sociedades.

(1) Pensar, Sentir, Hacer… ¿Por qué Cultura Viva Comunitaria? Texto surgido del encuentro fundador de Plataforma Puente, Medellín, Colombia, 2010.
(2) Declaración de La Paz. Documento declarativo que firman los y las participantes del Primer Congreso Latinoamericano de Cultura Viva Comunitaria, La Paz, Bolivia. Mayo 2013.
(3) Los derechos culturales. Declaración de Friburgo. Mayo de 2007, en la Universidad de Fribourg.
(4) Subirats, Knoeptfel, Larrue, Varone, 2012, p13.

  • Patricia RequenaPatricia Requena Gilabert es gestora, actriz y docente en temas de cultura, políticas locales de cultura y animación comunitaria. Es una de las fundadoras del movimiento CVC en Chile y actualmente es parte del colectivo Cultura Viva Comunitaria Plataforma Chile

 

* Fuente: Este artículo es parte del libro Cultura Viva Comunitaria: Convivencia para el bien común, presentado en el marco del 2º Congreso Latinoamericano de Cultura Viva Comunitaria, en San Salvador, en octubre de 2015 (Compilación y edición: Jorge Melguizo)

 

03

dez
2015

Em Notícias

Por IberCultura

Manifesto do II Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária

Em 03, dez 2015 | Em Notícias | Por IberCultura

 

Leia o manifesto publicado hoje no site do II Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária (www.cvcelsalvador.cc):

 

el-salvador-capa“Em nossas línguas originárias dizemos Yek Tunal, iki anikilan aylor, bom sol, bem-vindos irmãos e irmãs; recebê-los, companheiros e companheiras latino-americanos, nos traz uma imensa alegria. Os laços de irmandade foram revalidados ao acolhê-los em nossos lares e compartilhando com nossas comunidades o trabalho de Cultura Viva Comunitária que se vive dia a dia, desde a criança até o ancião. No II Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, a Rede Salvadorenha, integrada por diferentes comunidades, associações, grupos artísticos, artesãos e artesãs, coletivos, representantes de povos originários, Conselhos de Desenvolvimento Artístico Cultural Comunitário, rádios comunitárias, Casas da Cultura, coletivos de cultura urbana e diferentes instituições e organizações vinculadas ao fazer cultural – e que trabalhamos com o impulso de desenvolver novas realidades no interior das comunidades que agora representamos e com o amparo de seus integrantes, que alimentam nosso andar há várias gerações; procedentes dos quatro pontos cardinais do país e reunidos no coração desta terra de preciosidades [1].

Declaramos:

Este dia é histórico para nosso país, o “pulgarcito de América”. Vivemos de novo a identidade e nossas culturas vivas, sentimos o tato ancestral, cultural e histórico, que nos foi roubado há 500 anos, que nos impôs um patriarcado e um sistema extrativista. Mas não é só histórico por ser sede do II Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, e sim também porque este é um reconhecimento de que todas as forças vivas, todas as expressões aqui presentes e as que não estão aqui, mas nas ruas, nas praças, nos parques, nos mercados, nos ônibus, são parte da cultura.

Isso é reafirmação palpável e visível da identidade coletiva, de fazermos entender que as comunidades devem ser círculos nos quais todos sejamos pilares de uma nova sociedade, do nascimento de um novo ser, com a arquitetura da paz, a inclusão e o serviço para nossos povos. É uma reafirmação a nossa identidade artística, que reconhece que a arte pode ser feita fora dos edifícios que ao longo do tempo têm sido vistos como templos de cultura. Que entre o popular e o acadêmico, entre o urbano e o rural, entre o objetivo e o subjetivo, todos fazemos cultura e damos vida à identidade comunitária.

A cultura é de todos e todas. Não é feita só pelas instituições, nem pela academia, e sim por pessoas que dia a dia seguem costumes que têm deixado de ser estranhos. A Cultura Viva Comunitária trata disso: de cultivar as virtudes, uma melhor cultura para poder colher um melhor país. É reabrir um rumo em direção a um denominador comum: a vida com melhores condições, com inclusão, com igualdade e dignidade, harmonizando as ideias, os costumes e as tradições, inclinando-se a respeito da identidade e da aceitação, que são o sopro de vida da cultura de um povo. A Cultura Viva Comunitária gira sua vista em direção ao povo, escuta os que pouco têm sido escutados, é a voz dos sem voz.

Nesse sentido, as políticas públicas têm um grandíssimo papel, pois já não se trata só de ter os espaços para exercer nossas expressões, e sim que estas tenham as condições adequadas para seu funcionamento e que isso, por sua vez, seja um dinamizador social.

É por isso que nos unimos a um só grito continental para exigir como minimo 1% dos orçamentos nacionais para a cultura, e 0.1% para a Cultura Viva Comunitária. Dessa maneira, reafirmamos nossa posição de nos somar a esta grande campanha para fortalecer os processos de participação cultural comunitária.

Então propomos o acompanhamento e apoio das instâncias, organismos, instituições, ministérios, e aos que têm em suas mãos as tomadas de decisões, lhes fazemos o chamado para que não fechem os olhos diante dessa nova realidade que está se gestando.

Ao mesmo tempo, fazemos um chamado para retomar o compromisso e conseguir uma efetiva articulação e dinamização da Rede Latino-americana de Cultura Viva Comunitária.

Nós, como Rede Salvadorenha de Cultura Viva Comunitária, nos comprometemos a realizar o II Encontro Nacional de Cultura Viva Comunitária em 2016, assim como encontros zonais prévios. E nos comprometemos a seguir fortalecendo a RSCVC através de processos inclusivos e participativos.

Semana continental de CVC.

Lei de Cultura.

Anticapitalista e antipatriarcal

I Caravana de CVC

A Rede Salvadorenha de Cultura Viva Comunitária, mais que falar como organizadores, viemos falar com o coração, já que compartilhamos um mesmo ideal.

Não somos ameroica somos abdiayala

de ser a pátria grande”

[1] Declaração de San Salvador, I Encontro Nacional Cultura Viva Comunitária – San Salvador, El Salvador. 26, 27 e 28 de junho de 2015.

27

nov
2015

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Confira o resultado da Convocatória IberCultura Viva/ Emergências

Em 27, nov 2015 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

emergencias-port Saiu a lista dos selecionados na Convocatória IberCultura Viva/Emergências. Vinte representantes de iniciativas culturais ibero-americanas receberão passagens aéreas para o Rio de Janeiro, para que participem do Emergências, encontro global de cultura, ativismo e política.

Serão sete dias, de 7 a 13 de dezembro, de debates, oficinas e apresentações. O evento é uma realização do Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural (SCDC), e conta com o apoio do programa IberCultura Viva e da Organização dos Estados Iberoamericanos (OEI).

A seguir, a lista dos 20 contemplados, por ordem de classificação. Os nomes citados como suplentes (a partir da 21ª colocação) podem ser chamados em caso de desistência dos primeiros colocados. Os selecionados devem fazer a inscrição no site do evento: https://emergencias.cultura.gov.br/inscricao

Obs: A convocatória refere-se à compra de passagens aéreas. Não serão pagas diárias nem hospedagem. A organização do evento oferecerá alternativas de hospedagem solidária, acampamento e alimentação. Haverá um camping com banheiros e controle de entrada e saída para receber os participantes do encontro. Informações: emergencias@cultura.gov.br.

 

1- Laura Marcela Garay (Argentina)

2- Neysa Rivadineira Urey (Bolívia)

3 – Rosa Angelini Figueroa (Chile)

4 – Julián Andrés López Flórez (Colômbia)

5 – Sara Beatriz Garcia (El Salvador)

6 – André Fabricio Vasquez de Paz (Guatemala)

7 – Corina Elsa Rueda Borrero (Panamá)

8 – Sebastian Segovia Gamarra (Peru)

9 – Janette Terrazas Islas (Mexico)

10 – Paula Álvarez (Espanha)

11 – Yaxiry Sánchez Vargas (Costa Rica)

12 – Danilo Javier Martínez Garcete (Paraguai)

13 – Daniel Cordones (Uruguai)

14 – Roberto Carlos Guillen Salinas (Nicarágua)

15 – Ronald Corrales León (Costa Rica)

16 – Yoeliza Matos Perez (Republica Dominicana)

17 – María Florencia Parodi Cánavas (Argentina)

18 – Livis Mercedes Gonzales Mina (Equador)

19 – Viviana Vanesa Delgado Del Puerto (Uruguai)

20 – Karen Lizeth Mejia Paz (Honduras)

 

Suplentes

 

21 – Isaac Peña Herrera (Equador)

22 – Ana Paola Quispe Quispe ( Chile)

23 – Lizbine Carlota Zayas Barboza (Paraguai)

24- Juan Francisco Maravilla Lopez (El Salvador)

25- Adriana María Vera Aguinaga (Peru)

26 – Diego Leonardo Mora Bello (Colômbia)

 

25

nov
2015

Em Notícias

Por IberCultura

Três dias de Cultura Viva no encontro Emergências

Em 25, nov 2015 | Em Notícias | Por IberCultura

meme-emergencias-ptEmergências, o encontro global de cultura, ativismo e política que será realizado no Rio de Janeiro de 7 a 13 de dezembro, terá três dias dedicados à Cultura Viva. Entre os dias 10 e 12 serão discutidos temas relacionados à cultura de base comunitária, como economia viva e participação cidadã através de políticas públicas.

Confira a seguir os temas, os participantes e a programação:

 

Programação

10/11 – Abertura do Encontro Cultura Viva

10h – Local: Espaço Canto das Flores / Fundição Progresso

Participantes:
Comitê Intergovernamental Iber Cultura Viva
Conselho Latino-Americano de Cultura Viva Comunitária
Comissão Nacional dos Pontos de Cultura
Rede de Gestores Estaduais e Municipais do Cultura Viva
Fórum dos Pontos de Cultura do Estado do RJ
Rede Carioca de Pontos de Cultura
Projetos contemplados no Edital de Redes 2015
Representações Regionais do MinC
Equipe Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC) do MinC
Pontos e Redes Autodeclarados, coletivos, grupos e produtores culturais

Das 14h às 18h – Roda de Diálogo #CulturaViva
Local: Espaço Canto das Flores / Fundição Progresso

Painel de temas:
Cultura Viva e a construção de um repertório comum para as políticas culturais na América Latina
Cultura e Economia Viva
Cultura de Redes e Estratégias de Circulação e Articulação entre organizações culturais
Política Nacional de Cultura Viva: Desafios da implementação e regulamentação.
Fortalecimento da participação cidadã através das políticas culturais
Apresentacão dos objetivos do programa IberCultura Viva.

 

11/12 – Cultura Viva no Brasil e no Espaço Ibero-americano

Das 10h às 13h – Roda de conversa
Local: Espaço NEC Fundição Progresso

Cultura de Redes e Cultura Viva: a construção de um repertório comum para as políticas públicas de cultura na América Latina e no mundo.

Das 14h às 18h – Painel de temas
Local: Espaço NEC – Fundição Progresso

Do Comunitarismo às Redes: Estratégias de Circulação e Articulação entre organizações culturais
Cultura, Economia Viva e Economia Solidária
Política Nacional de Cultura Viva – Desafios da regulamentação e da implementação

Dia 12/12 – Reuniões de trabalho

Das 10h às 14h

Local: Palácio Gustavo Capanema

Participantes:
Comitê Intergovernamental IberCultura Viva
Comissão Nacional de Pontos de Cultura
Conselho Latino-Americano de Cultura Viva Comunitária
Rede de Gestores do Cultura Viva

 

 

09

nov
2015

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Convocatória IberCultura Viva/Emergências levará ao Rio de Janeiro 20 representantes de iniciativas culturais ibero-americanas

Em 09, nov 2015 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

meme-emergencias-ptPensadores, ativistas, artistas, produtores culturais, gestores e agentes políticos de todo o mundo estarão reunidos no Rio de Janeiro, de 7 a 13 de dezembro, para discutir temas da atualidade a partir da cultura, da política e da cidadania. Serão sete dias de debates, oficinas, encontros e apresentações no Rio, em Niterói e na Baixada Fluminense. O evento, que ganhou o nome de Emergências, é uma realização do Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural (SCDC).

Para apoiar a participação de representantes de iniciativas culturais ibero-americanas no encontro, o programa IberCultura Viva lança nesta segunda-feira (9/11) a Convocatória Emergências. Vinte pessoas receberão passagens aéreas para o Rio de Janeiro. Não serão pagas diárias. A organização do evento oferecerá alternativas de hospedagem solidária, acampamento e alimentação. Um camping com banheiros e controle de entrada e saída será montado para receber os participantes do encontro.

Podem participar da convocatória representantes de movimentos sociais, organizações e coletivos culturais e redes de toda a comunidade ibero-americana, com a exceção do Brasil. Os interessados devem ter idade mínima de 18 anos.

Entre os critérios a serem avaliados estão a experiência em atividades culturais e em articulação de redes. Também serão levadas em conta questões de gênero, etnia e faixa etária (jovens, mulheres, transgêneros, afrodescendentes e indígenas terão pontuação extra).

As inscrições devem ser feitas até o dia 16 de novembro por meio do preenchimento on-line do formulário disponível nos sites do evento (emergencias.cultura.gov.br) e da Organização dos Estados Ibero-americanos (www.oei.org.br).

O encontro

O evento pretende criar um território cognitivo e afetivo, um espaço de conexão e diálogos para viver e pensar as aventuras políticas do século 21. A ideia é reunir coletivos, indivíduos e redes que entendem que a mudança só virá a partir de uma transformação cultural e de uma mentalidade baseada no respeito à diversidade.

“Emergências”, aqui, deve ser entendida em dois sentidos. Primeiro, o da urgência, pela necessidade de ações de enfrentamento dos retrocessos no campo dos direitos culturais e no conjunto dos direitos humanos. Segundo, pelo surgimento de um novo contexto social, cultural, político e econômico marcado por novas formas de convivência.

O objetivo é pensar a cultura na centralidade das lutas pela ampliação dos direitos e entender as mudanças no campo da política, dos comportamentos, da economia, das artes, e debater a emergência de novos modelos de sociabilidade.

Serão temas de debate o contexto político do Brasil, os feminismos, a relação entre a cultura e a cidade, as culturas indígenas, a revolução comunicacional, a internet como espaço público, a crise migratória e a interculturalidade, as estéticas emergentes, arte e diversidade, o aquecimento global, as intolerâncias religiosas, a política de drogas e o relacionamento com o extermínio da juventude negra, entre outros.

Link formulário:

https://emergencias.cultura.gov.br/pb/convocatoria-ibercultura-viva-emergencias/

 

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