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10

jun
2016

Em Notícias

Por IberCultura

Cultura Viva, a política que se sustenta na diversidade

Em 10, jun 2016 | Em Notícias | Por IberCultura

“Um homem da aldeia de Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu subir aos céus. Quando voltou, contou. Disse que tinha contemplado, lá do alto, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas. — O mundo é isso — revelou —. Um montão de gente, um mar de fogueirinhas. Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo.”

O mundo (“O livro dos abraços”), de Eduardo Galeano

 

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Fresia Camacho abriu a cerimônia com “O mundo”, de Galeano

Fresia Camacho, diretora de Cultura do Ministério de Cultura e Juventude de Costa Rica, citou o escritor uruguaio Eduardo Galeano para referir-se aos companheiros na cerimônia de abertura da IV Reunião do Comitê Intergovernamental do programa IberCultura Viva, em San José, nesta segunda-feira (06/06). “Estas fogueirinhas aqui reunidas trabalham para potencializar os talentos em nossas comunidades, em toda Ibero-América. São fogueiras doces, disso não tenho a menor dúvida. O que não nos disse Galeano é que quando as fogueiras se conectam — e podemos nos conectar à consciência quando queremos –, quando o fazemos, se acende uma trama de luz. Espero com esta reunião que possamos construir para acender esta trama de que tanto necessita a Ibero-América”.

Participaram da abertura do encontro, no Instituto México, representantes dos 10 países membros do IberCultura Viva (Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, El Salvador, Espanha, México, Paraguai, Peru e Uruguai), da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI Brasil), do Conselho Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, a equipe da Unidade Técnica do programa e alguns convidados. Foi a primeira vez que uma reunião presencial do IberCultura Viva contou com a participação de todos os países membros. Outra novidade foi a participação de três representantes da sociedade civil em toda a programação: a costarriquenha Carolina Picado Pomarth, a peruana Lula Martinez Cornejo e a argentina María Emília de la Iglesia.

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Lula Martinez lembrou o início do Conselho Latino-americano, em 2013 (foto: Prensa MCJ)

“Para nós, do Conselho Latino-americano, este é um momento importante. Faz três anos que nos encontramos pela primeira vez em La Paz, Bolívia, no I Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária. Ali criamos este espaço de diálogo, de escuta, uma mesa intersetorial onde vários de nós nos encontramos para aprofundar as políticas culturais do que hoje chamamos de cultura viva comunitária”, lembrou Lula Martínez. “Estamos orgulhosas de estar presentes como observadoras desta reunião do IberCultura Viva, tomara que nossa participação ajude no seguimento do programa em 2017.”

Enrique Vargas, coordenador do Espaço Cultural Ibero-americano, gravou uma mensagem em vídeo aos participantes, saudando a todos e desejando uma boa jornada de trabalho nos dois dias de encontro que viriam. “O trabalho de vocês, as políticas públicas que estão desenvolvendo em seus países, estão contribuindo de maneira efetiva para reverter os índices de delinquência, a falta de entendimento entre uns e outros. O trabalho digno que estão levando a cabo, a maneira que estão se relacionando com a sociedade civil, é uma maneira exemplar que mostra ao mundo como em Ibero-América sabemos dialogar, construir e levar adiante projetos maravilhosos”, destacou.

Fresia Camacho, Carolina Picado, Emília de la Iglesia, Sylvie Durán e Lula Martinez na abertura da IV Reunião Intergovernamental (foto: Dircultura MCJ)

Fresia Camacho, Carolina Picado, Emília de la Iglesia, Sylvie Durán e Lula Martinez  (foto: Dircultura MCJ)

Experiência coletiva

Daniel Castro, secretário substituto da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura do Brasil e representante da presidência do programa, lembrou que o que se chama de “cultura viva comunitária” se trata de uma nova forma de fazer política pública, inspirada na experiência brasileira dos Pontos de Cultura, iniciada em 2004, mas que há milhares de anos existe na prática em toda a região.

Castro também ressaltou conquistas “específicas do Brasil, mas que parecem importantes para o fortalecimento da política no âmbito ibero-americano”, como a sanção da Lei Cultura Viva, em 2014. E reforçou o compromisso de continuidade das políticas culturais, das políticas transversais e complementares do campo social. “É importante que haja fortes políticas de cidadania no campo dos direitos humanos, igualdade racial, reforma agrária, defesa dos povos originários, dos afrodescendentes, de igualdade de gêneros, de distribuição de renda, da comunicação. Para nós, não se separa a cultura de tudo isso.”

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Daniel Castro e a ministra Sylvie Durán (foto: Prensa MCJ)

Reconhecendo diferenças

A ministra de Cultura da Costa Rica, Sylvie Durán, que antes de assumir o cargo já acompanhava o movimento de cultura viva comunitária, como sociedade civil, falou sobre estar nesta zona liminar, dentro e fora das instituições, a dificuldade de sustentar crenças e encontrar o equilíbrio, a necessidade de reconhecer as diferenças. “A agenda da cultura viva se parece com a das mulheres. Muitas coisas são feitas em realidades de posições ideológicas e sensibilidades muito diversas, e o resultado que todos queremos é algo que transcende, é para todos e todas”.

Segundo a ministra, é isso que se passa com o processo de cultura viva comunitária. É o que se passa com este programa, “com as necessidades de cada país, através das politicas de Pontos de Cultura, que não são exatamente as mesmas, e que se sustentam em sua diversidade, no reconhecimento de muitos e na generosidade daqueles que tomam a responsabilidade de ser interlocutores”. “Que mantenhamos o desapego e a claridade de espírito para que o crescimento se dê mais além de nossas singularidades, de nossas necessidades particulares, em nosso curto tempo de vida institucional.”

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(Foto: Prensa MCJ)

 Leia também:

4a Reunião Intergovernamental: construção participativa, estratégias e ações para o desenvolvimento do programa

Políticas políticas e participação cidadã foram o tema do evento que encerrou a 4ª Reunião Intergovernamental

Carpio Cultural, uma visita à comunidade durante a 4a Reunião Intergovernamental

 

 

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08

jun
2016

Em Notícias

Por IberCultura

El conversatorio “Políticas públicas y participación ciudadana” tendrá transmisión por internet

Em 08, jun 2016 | Em Notícias | Por IberCultura

El conversatorio “Políticas públicas y participación ciudadana: experiencias de gestión sociocultural”, que se realizará en el marco de la IV Reunión del Comité Intergubernamental del programa IberCultura Viva, el miércoles 8 de junio, en San José (Costa Rica), tendrá transmisión por internet. La actividad, en el auditorio del Centro Cultural del Este, es abierta al público, con cupo máximo para 100 personas. Los interesados en acompañar por internet la mesa de diálogo entre las 3:00pm y 5:00pm (hora de Costa Rica) deberán acceder a https://www.youtube.com/watch?v=Q5NP5Bnn4Rg.

Participarán en el conversatorio: Carmen Romero Palacios, del grupo Mensuli del territorio indígena Coto Brus-Gnöbe; Mauren Pérez, vocera del círculo de Resonancia de Occidente; André de Paz, del colectivo Caja Lúdica y Movimiento de Arte Juvenil Centroamericano (Maraca); Emiliano Fuentes Firmani, secretario ejecutivo del programa Ibercultura Viva; Fresia Camacho Rojas, directora de Cultura del Ministerio de Cultura y Juventud de Costa Rica. También están previstas unas palabras de clausura de la ministra de Cultura de Costa Rica, Sylvie Durán Salvatierra.

Antes del conversatorio, se realizarán giras por tres de los diferentes proyectos del fondo concursable “Puntos de Cultura”, programa de la Dirección de Cultura del Ministerio de Cultura y Juventud de Costa Rica.

“El objetivo de las giras es hacer intercambio de experiencias, aprender en el territorio sobre procesos de gestión cultural comunitaria liderados por organizaciones; además, se visitarán procesos de gestión sociocultural de la Dirección de Cultura del MCJ, para generar diálogo y aprendizaje sobre cómo hacemos gestión cultural en Costa Rica y tener una realimentación con los compañeros de América Latina”, explica Fresia Camacho, la directora de Cultura del MCJ.

Los Puntos de Cultura que se visitarán son:

-“Arte para la convivencia”: Se conocerán los procesos de fortalecimiento de organizaciones, redes, iniciativas colectivas y espacios socioculturales que están vinculados con la promoción de la diversidad cultural, la economía social solidaria y la salvaguardia del patrimonio cultural y natural, en Purral de Goicoechea y San José, a través del trabajo de la Red de Arte y Circo, conformada por la Asociación Patriótica de Purral, el Teatro Más Convivencia-Masaya y la Asociación Cultural Arte y Circo, quienes serán anfitrionas en esta visita.

-“Viva la cultura por media calle”: Los representantes de IberCultura Viva disfrutarán del sabor del Swing Criollo, declarado Patrimonio Inmaterial de Costa Rica, junto con los estudiantes de la Escuela de Llorente de Flores.  Además, realizarán una visita a un taller de mascaradas, en Barva de Heredia, para descubrir los secretos y la técnica de las máscaras tradicionales. Por último, en la Casa de la Cultura de Heredia, se reunirán con la gestora cultural de la localidad y con las organizaciones “Tangente” e “Iniciativa Cultural”, para escuchar su experiencia de trabajo conjunto y transformación cultural en Heredia.

-“Carpio Cultural”: En este recorrido, los miembros del programa iberoamericano conocerán la sinergia y multiculturalidad existente en La Carpio, a través del baile urbano, rap y el baile folclórico; además, se les presentará los proyectos del programa “Becas Taller” de la DC: “Aprende a jugar”, sobre juegos tradicionales binacionales y el Censo de herencia cultural. Por último, conocerán el punto de cultura SIFAIS. Además, compartirán con los jóvenes recién graduados del Técnico en Animación Socio Cultural Comunitaria. En el recorrido se mostrará la riqueza de la participación intergeneracional y la organización comunitaria en la utilización del arte y la cultura como herramienta de transformación social.

Fuente: Oficina de Prensa y Comunicación – MCJ 

Sepa más:

Facebook MCVC Costa Rica: culturavivacomunitariacr
Página web Movimiento de Cultura Viva Comunitaria Latinoamerica: https://culturavivacomunitaria.org/cv/

02

jun
2016

Em Notícias

Por IberCultura

Comitê Intergovernamental terá sua quarta reunião em Costa Rica

Em 02, jun 2016 | Em Notícias | Por IberCultura

San José, capital darelojsolcenac Costa Rica, será a sede da quarta edição da reunião do Comitê Intergovernamental do programa IberCultura Viva. Serão dois dias de encontro, 7 e 8 de junho, para avaliar o plano de trabalho já realizado e traçar as linhas estratégicas do programa para o periodo 2016-2017.

A reunião terá a participação de representantes dos 10 países membros do programa, além da Secretaria Geral Ibero-americana (Segib) e a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI). Representantes do movimento de Cultura Viva Comunitária também estarão presentes para um encontro de diálogo e intercâmbio.

Histórico

As reuniões anteriores do Comitê Intergovernamental foram em Natal (Brasil), Santiago (Chile) e San Salvador (El Salvador). A primeira se realizou na Teia Nacional da Diversidade (o encontro nacional dos Pontos de Cultura), em maio de 2014, dando início formal à implementação do programa IberCultura Viva, com a aprovação do regulamento e do Plano Operativo 2014-2015.

A segunda reunião, no Chile, ocorreu em junho de 2015, com mesas de trabalho e visitas a organizações culturais de Santiago, Valparaíso e Região de O’Higgins. A terceira, em El Salvador, se deu em outubro de 2015, durante o 2º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, com duas sessões de trabalho na Secretaria de Cultura da Presidência e um dia de viagem para visitas a comunidades como San Miguel, Jiquilisco, Chalatenango e El Mozote.

A sede

Costa Rica não é sede da quarta reunião por acaso. Este país centro-americano, com 4,5 milhões de habitantes, tem relevância no processo de construção do programa e das políticas dos direitos culturais na Ibero-América.

Em abril de 2014, San José foi sede do VI Congresso Ibero-americano de Cultura, que teve como tema as culturas vivas comunitárias. Organizado pela Segib, o congresso marcou o lançamento formal do programa IberCultura Viva, seis meses após sua aprovação na XXIII Conferência Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo, na Cidade do Panamá.

Durante o VI Congresso Ibero-americano em San José também foi realizado um encontro nacional de organizações culturais comunitárias, com a participação de cerca de 100 pessoas, gestores culturais de todo o país e colaboradores da Direção de Cultura do Ministério de Cultura e Juventude.

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Encerramento do VI Congresso Ibero-americano de Cultura, em 2014

Pontos de Cultura

Em 2015, inspirada no modelo brasileiro dos Pontos de Cultura, a Direção de Cultura lançou seu “programa de estímulo e sinergias, orientado ao fortalecimento de organizações, redes, iniciativas coletivas e espaços socioculturais vinculados com a promoção da diversidade cultural, a economia social solidária e a salvaguarda do patrimônio cultural e natural”.

A seleção da primeira convocatória de Pontos de Cultura em Costa Rica foi feita em setembro de 2015. Pela complexidade dos processos institucionais, a participação foi restrita a organizações com personalidade jurídica, sem fins de lucro e com ao menos três anos de experiência. Cento e vinte e cinco organizações concorreram. Vinte e uma foram selecionadas.

“Que teria acontecido se tivéssemos dado a possibilidade de participação a coletivos sem personalidade jurídica ou a pequenos empreendimentos com outro tipo de personalidade? A quantidade de solicitantes teria triplicado, possivelmente. A grande participação na convocatória fala da ebulição que existe em cada rincão de Costa Rica no campo da cultura”, escreveu Fresia Camacho, Diretora Nacional de Cultura, no artigo “Um quipo de mil nós”, publicado no livro Cultura Viva Comunitaria: Convivencia para el bien común.

A segunda convocatória Pontos de Cultura foi lançada este ano, em 4 de abril, e tem inscrições abertas até 30 de junho. As organizações interessadas podem concorrer em quatro categorias: a) arte para a transformação social; b) meios e propostas de comunicação comunitária; c) fortalecimento organizacional e d) cultura para o bem viver. O regulamento e o formulário de apresentação de projetos estão disponíveis no website www.dircultura.go.cr.

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01

jun
2016

Em Notícias

Por IberCultura

Está aberta a convocatória para participar do programa Pontos de Cultura da Argentina

Em 01, jun 2016 | Em Notícias | Por IberCultura

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A quarta convocatória aberta do programa Pontos de Cultura, lançada em 24 de maio pelo Ministério de Cultura da Argentina, tem como novidades a ampliação das linhas de apoio e do montante dos subsídios. No total, serão distribuídos $16.800.000 (pesos argentinos) para mais de 220 Pontos de Cultura da Argentina.

Podem se apresentar durante todo o ano organizações sociais e coletivos culturais de todo o país, com ou sem personalidade jurídica, que desenvolvam iniciativas artísticas e culturais que promovam a inclusão social, a identidade local e a participação cidadã.

A Rede Nacional de Pontos de Cultura conta hoje com 450 organizações sociais e comunidades indígenas. Deste modo, forma um tecido de intercâmbio, cooperação e socialização que permite compartilhar iniciativas, unir forças, construir uma identidade comum e um sentido de pertencimento para fortalecer as práticas culturais e aprofundar seu impacto transformador.

 

A seguir, as linhas de Pontos de Cultura da convocatória.

  • Pontos de Cultura Integrais

Projetos destinados a fortalecer o espaço cultural comunitário que apontem a melhorar as condições de criação, produção, fruição, circulação e alcance de suas atividades. Com o fim de dar sustentação ao projeto integral, deverá ser executado durante o período de 1 ano, renovável por igual período.

A organização deverá apresentar uma proposta de desenvolvimento detalhada, que distinga as atividades em um cronograma anual e tenha a correspondente projeção dos alinhamentos a continuar em caso de renovação.

Destinatários: Organizações sociais com personalidade jurídica outorgada pela Inspeção Geral de Justiça ou Direções Provinciais de Pessoas Jurídicas correspondentes, no caso de se tratar de associações civis e fundações; ou pelo Instituto Nacional de Associativismo e Economia Social (INAES), caso se tratem de cooperativas e mutuais.

Montante máximo: $100.000 (pesos argentinos)

Requisitos: a) Ser um centro cultural ou biblioteca popular; clube de bairro, centro comunitário, sociedade de fomento, associação de vizinhos, meio de comunicação comunitário, etc;  b) Contar com um espaço físico para o desenvolvimento de atividades (próprio, alugado, em comodato); c) Possuir uma trajetória de pelo menos 2 anos no território; d) Apresentar um projeto de desenvolvimento anual e  linhas de continuação para o caso de renovação;  e) Contar com a documentação requerida para organizações com personalidade jurídica.

  • Pontos de Cultura Específicos

Projetos vinculados a temáticas, disciplinas, produções e populações com que trabalham as organizações de cultura comunitária:

. Pontos de Cultura e Infância: projetos socioculturais que trabalhem especificamente com a infância e a promoção dos direitos das crianças e adolescentes no contexto da Lei 26.061.

. Pontos Bairro Vivo: projetos de melhorias para o bairro, difusão de práticas transformadoras da realidade local e comunitária através da arte e da cultura.

. Pontos Memória Viva: projetos sobre história e memória local, que recuperem saberes e práticas comunitárias.

. Pontos de criação coletiva: projetos que trabalhem de maneira multidisciplinar e coletiva no que diz respeito a seus processos criativos.

. Pontos em contextos de cárcere: que apontem a deixar instalado um Ponto de Cultura com a participação da população privada da liberdade.

. Pontos socioambientais: projetos que impulsionem o cuidado do ambiente e o melhoramento do habitat como marco fundamental para o desenvolvimento e o “bem viver”.

. Pontos de carnaval: projetos que tendem a fortalecer as expressões do carnaval argentino.

. Pontos artísticos: projetos de Arte para a Transformação Social nas diversas disciplinas: Música e Dança; artes visuais; artes de ruas; etc.

. Pontos cidadãos: projetos que tendem a valorizar e defender os direitos culturais e de construção de cidadania.

. Pontos cooperativas: projetos que tendem a fortalecer empreendimentos produtivos culturais.

. Pontos multiplicadores: projetos destinados a deixar instaladas capacidades, formar agentes locais, compartilhar saberes, etc.

. Pontos audiovisuais: projetos destinados a alentar o pleno exercício da liberdade de expressão e a superar a desigualdade informativa, através da produção e difusão de informação referida a temas e atores sociais que têm escasso tratamento público, ou sobre os quais se propõe a uma perspectiva diversa, ou que se difunde em setores marginados dos circuitos convencionais

. Pontos integradores: projetos destinados a gerar processos de integração social para setores em situação de vulnerabilidade.

Destinatários: Organizações sociais com pessoa jurídica outorgada pela Inspeção Geral de Justiça ou Direções Provinciais de Pessoas Jurídicas correspondentes, no caso de se tratar de associações civis e fundações; ou pelo Instituto Nacional de Associativismo e Economia Social (INAES) caso se tratem de cooperativas e mutuais.

Montante: $75.000 (pesos argentinos)

Requisitos: a) Ter personalidade jurídica (associação civil, fundação, cooperativa ou mutual); b) Contar com a documentação requerida para organizações com personalidade jurídica.

  • Pontos de Cultura de Base

Iniciativas culturais gerados por pequenas organizações em território cuja população apresenta níveis de alta vulnerabilidade social (vilas, assentamentos, bairros operários, zonas rurais) e que necessitam equipamento e insumos para realizar projetos socioculturais que deixam instalados recursos e capacidades para a produção autônoma de bens demandados pela comunidade da qual formam parte.

Destinatários: Organizações sociais que não tenham personalidade jurídica e que demonstrem pelo menos 2 anos de trabalho territorial.

Montante máximo: $30.000 (pesos argentinos)

Requisitos: a) Não requer personalidade jurídica; b) Contar com um espaço físico para o desenvolvimento de atividades (próprio, alugado, em comodato) ou uso do espaço público; c) Trajetória de ao menos 2 anos no território, avalizado por 2 instituções; d) Contar com a documentação requerida para organizações de base.

  • Pontos de Cultura Diversa

Projetos impulsionados por agrupações ou coletivos diversos, que apontem para a valorização das identidades culturais, as distintas expressões, costumes e modos de ver e fazer o mundo e a geração de cultura democrática e inclusiva em nosso país. Exemplos: comunidades indígenas, coletividades; afrodescendentes; organizações camponesas; organizações LGBT; movimento de mulheres e coletivos pela igualdade de gêneros, entre outros.

Destinatários: Organizações sociais com personalidade jurídica outorgada pela Inspeção Geral de Justiça ou Direções Provinciais de Personalidades Jurídicas correspondentes, no caso de se tratar de associações civis e fundações; ou pelo Instituto Nacional de Associativismo e Economia Social (INAES) caso se trate de cooperativas e mutuais.

Comunidades indígenas com personalidade jurídica nacional (inscritas no RENACI) e comunidades indígenas com personalidade jurídica inscritas nos organismos provinciais pertinentes como associações civis.

Montante: $100.000 (pesos argentinos)

Requisitos: a) Ter personalidade jurídica (associação civil, fundação, cooperativa, mutual, comunidade indígena); b) Ser uma organização integrada por tais coletivos (ter como objetivo no estatuto); c) Ter ao menos 2 anos de trajetória em projetos vinculados às demandas e reivindicações de tais coletivos; d) Contar com a documentação requerida para organizações com personalidade jurídica.

  • Círculos de Cultura

Fortalecimento de grandes centros culturais comunitários, que apontem para o empoderamento da rede de Pontos de Cultura da zona de influência. Com o fim de dar sustentação ao projeto do centro cultural, deverá ser executado durante o período de 1 ano, renovável por igual período.

A organização deverá apresentar uma proposta de desenvolvimento detalhada, que distinga as atividades em um cronograma anual e tenha a correspondente projeção dos alinhamentos a continuar em caso de renovação.

Destinatários: Organizações sociais com personalidade jurídica outorgada pela Inspeção Geral de Justiça ou Direções Provinciais de Pessoas Jurídicas correspondentes, no caso de associações civis e fundações; ou pelo Instituto Nacional de Associativismo e Economia Social (INAES), caso se tratem de cooperativas e mutuais.

Montante máximo: $200.000 (pesos argentinos)

Requisitos: a) Ter personalidade jurídica (associação civil, fundação, cooperativa ou mutual); b) Contar com espaço físico próprio, alugado ou em comodato (com mais de 100m2) e que funcione como centro cultural; c) Ter uma trajetória de mais de cinco anos de trabalho territorial; d) Haver realizado ao menos 3 produções culturais com conteúdo social; e) Apresentar um projeto de desenvolvimento anual e as linhas de continuação para o caso de renovação; f) Contar com a documentação requerida para organizações com personalidade jurídica.

Mais informações: https://convocatorias.cultura.gob.ar/pdc.

 

25

maio
2016

Em Notícias

Por IberCultura

O programa Red Cultura abre convocatória para iniciativas culturais comunitárias do Chile

Em 25, maio 2016 | Em Notícias | Por IberCultura

landing-redculturaO programa Red Cultura, do Conselho Nacional da Cultura e das Artes (CNCA), abriu convocatória para o financiamento de iniciativas culturais comunitárias. Podem participar organizações culturais – sem fins lucrativos, com ou sem pessoa jurídica – que desenvolvem um trabalho em torno de ações específicas de caráter coletivo, com sentido artístico e/ou cultural, associado ao desenvolvimento do território que habitam.

Será financiado um total de 50 iniciativas, em duas modalidades: a) projetos que busquem fortalecer a orgânica e o funcionamento da organização cultural comunitaria (OCC) postulante; b) projetos que buscam contribuir, a partir das atividades da OCC postulante, a integração social, a identidade local e/ou a diversidade cultural.

O prazo para recebimento de propostas se estende até 13 de julho, e o prazo máximo de execução do projeto é de cinco meses. Cada um dos 50 projetos selecionados poderá receber até $ 4.140.000 (pesos chilenos). O montante desta convocatória chega a $ 207.000.000.

Esta é a terceira convocatória do programa Red Cultura lançada em 2016. Estão previstos quatro editais para o ano, com um orçamento total de $1.179.407.000. A última delas, dirigida ao fortalecimento da gestão e do planejamento cultural territorial, estará aberta de 17 de junho a 18 de julho.

As outras duas convocatórias eram para residências de arte colaborativa durante 2016 (inscrições até 20 de junho) e para formação e intercâmbio de experiências em gestão cultural (até 7 de junho).

O programa

Red Cultura é um programa nacional que busca promover o acesso e a participação da  comunidade em iniciativas artístico-culturais, contribuir para o fortalecimento da gestão cultural municipal, potencializar o papel dos agentes culturais na criação e difusão das artes e da cultura, e contribuir para que se valorize e resguarde o patrimônio cultural imaterial.

 

Mais informações: https://bit.ly/1TxSEgl.

Fonte: www.cultura.gob.cl

23

maio
2016

Em Notícias

Por IberCultura

O programa Puntos de Cultura da Argentina lança sua 4ª convocatória

Em 23, maio 2016 | Em Notícias | Por IberCultura

lanzamientodelaconvocatoriaO Ministério da Cultura da Argentina lança nesta terça-feira (24/05) a quarta convocatória aberta do programa Puntos de Cultura. O lançamento será às 17h, na Casa Central de la Cultura Popular Villa 21/24 (Av. Iriarte 3500), em Buenos Aires.

Nesta convocatória foram ampliadas as linhas de apoio de Puntos de Cultura e incrementadas os montantes dos subsídios. No total, serão distribuídos 16.800.000 pesos argentinos para mais de 220 pontos do país. Estão previstas três instâncias de seleção.

Projetos poderão ser apresentados durante todo o ano. Haverá assistência direta para acompanhar as organizações para completar os projetos on-line e apresentar a documentação.

As quatro vias de fomento estabelecidas por Puntos de Cultura são: a) transferência direta de fundos; b) apoio técnico e administrativo para apresentar projetos e capacitações em disciplinas da cultura comunitária; c) articulação e cooperação (fortalecimento da Rede Nacional de Puntos de Cultura e outras redes de cultura comunitária) e d) apoio para a circulação e realização de produções culturais.

Para participar de rede, as organizações que não estão inscritas no Registro Nacional de Puntos de Cultura devem fazê-lo; enquanto as já inscritas devem atualizar seus dados no https://registropdc.cultura.gob.ar/.

Na Argentina, a Rede Nacional de Puntos de Cultura conta com 450 organizações interessadas em potencializar seu desenvolvimento artístico, comunicacional, produtivo e de resgate da identidade local. Os Puntos de Cultura são organizações da sociedade civil com ou sem personalidade jurídica que trabalham em território, com diferentes populações, e que transformam a vida de suas comunidades através da arte e da cultura.

 

16

maio
2016

Em Notícias

Por IberCultura

III Encontro de Cultura Viva Comunitária México: Vozes e sons de nossos territórios

Em 16, maio 2016 | Em Notícias | Por IberCultura

Por Rafael Paredes Salas

Sob o lema “Vozes e sons de nossos territórios”, organizações sociais e culturais comunitárias se reuniram no terceiro encontro regional do movimento Cultura Viva Comunitária México, de 19 a 23 de março, no município de Acayucan, Veracruz. O encontro foi promovido por 14 organizações de diferentes regiões do país e, de maneira especial, pelo coletivo Altepee.

Quase uma centena de pessoas vindas de Veracruz, Mérida, Puebla, Ciudad de México, Jalisco, Coahuila, Sinaloa, Guerrero, Oaxaca e Costa Rica se reuniram no sudeste do país para conviver, dialogar e se conhecer através do trabalho. Cada participante chegou com a vontade de contribuir para a construção do encontro: pintura de murais, preparação de comida, jogos e malabares, fotografia, vídeo e rádio, oficinas e um sem fim de atividades que permitiram a cada um definir a maneira de se encontrar com o outro.

A tranquila sombra de uma mangueira nos amparou durante a tarde do primeiro dia para celebrar um ritual de agradecimento e afinar as jaranas (instrumentos de cordas) que nos acompanhariam pelo bloco inaugural pelas ruas de Acayucan. O ato culminou no parque central da cidade com uma alegre apresentação artística onde houve guitarras, break dance, arte clown, rap popoluca e a tradicional música de cordas do sul de Veracruz interpretada pelo coletivo Altepee.

O segundo e terceiro dia de atividades estiveram marcados pelas oficinas oferecidas por alguns dos coletivos que assistiram ao encontro: cultura “coleitora” (Comunidad Comelibros), gestão de projetos (Abarrotera Mexicana), espaços de decisão coletiva (Mazorca de Colores), animação sociocultural (Guanared), paisagem sonora (Colectivo Altepee), políticas culturais (Comunitlán) e arte clown (Coletivo Cascabel), para mencionar alguns. Enquanto isso, os companheiros de RSES  Crew, Rexiste e Coletivo Altepee se dirigiram ao município de Sayula para começar a trabalhar na pintura de diversos murais.

Pelas noites, pudemos seguir compartilhando o trabalho que fazemos em nossos territórios através de videoprojeções, destacando o trabalho daqueles coletivos dedicados aos meios audiovisuais, como CinemaTequio e Coletivo Ojo de Agua. Os tamales de feijão, a bebida de cacau e o licor trazido de diferentes rincões do país nos fizeram bailar até o amanhecer ao ritmo da jarana, da tarima e da quijada (instrumentos de percussão) desta música popularmente conhecida como “son jarocho” e que o Coletivo Altepee se encarrega de promover para fomentar a convivência e o respeito da vida.

No quarto dia de atividades tomamos um ônibus para a serra de Santa Marta para conhecer o processo de articulação do qual faz parte o Coletivo Altepee. Trata-se de um processo que há mais de dez anos está defendendo o território e promovendo o bem viver a partir da perspectiva dos povos indígenas e desenvolvendo iniciativas de economia solidária, saúde, educação, comunicação e arte comunitária. Mais tarde fomos à praia para poder descansar e conviver, não sem antes passarmos um a um pela cabine da rádio comunitária para enviar cumprimentos a nossos irmãos da serra.

No último dia buscamos colher em assembleia as reflexões e os “sentipensamentos” que se semearam durante o encontro com o apoio da companheira Oriana Sujey, da Rede Maraca. Ainda que reconheçamos evidentes tensões entre o movimento e algumas instituições do Estado, também reconhecemos oportunidades de diálogo frente às violências que afetam nossas comunidades. Concluímos que o importante neste momento é aprofundar o diálogo ao interior do movimento e fomentar a articulação entre os coletivos, trabalhando desde as bases para fortalecer nossa capacidade de incidência a longo prazo.

encuentro acayucan, equipo cobertura

A equipe de cobertura

A equipe motivadora da Cultura Viva Comunitaria México cresceu e integrou novos participantes em comissões permanentes que esperam facilitar o trabalho de articulação. Se definiu que a partir de 2017 começaremos a celebrar anualmente encontros de caráter nacional sem deixar de promover aqueles de caráter local e regional. A intenção é que em cada encontro possamos fazer uma retrospectiva das ações que cada coletivo e cada rede tem realizado para se articular entre si, de maneira que não esperemos até a seguinte encontro para começar a atuar.

De mãos dadas e com a firme convicção de não romper o processo, nos despedimos com um grande sorriso e agradecidos de tudo o que pudemos compartir nestes cinco dias. À noite, a equipe de rádio do coletivo Altepee realizou uma transmissão ao vivo em que pudemos compartilhar as conclusões e reflexões do encontro. O processo Cultura Viva Comunitária México é jovem, e esperamos que assim se mantenha, cheio de alegria e entusiasmo para fazer das utopias realidade.

Fotos: Natalia Monroy y “Majloc”

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10

maio
2016

Em Notícias

Por IberCultura

Ponto de Cultura Indígena da Bahia, Thydêwá representa o Brasil em seminário no Vaticano

Em 10, maio 2016 | Em Notícias | Por IberCultura

Um projeto desenhado na Bahia em 2015, por um índio Pankararu e um argentino radicado no Brasil há 22 anos, será apresentado no Vaticano durante o seminário “Entre la Universidad y la Escuela, ¿Un muro o puente?” (Entre a Universidade e a Escola, um Muro ou uma Ponte?), de 27 a 29 de maio, na Pontifícia Academia das Ciências. Cinco organizações não governamentais foram convidadas para o evento – uma israelense, uma espanhola, uma nigeriana, uma djibutiense e a brasileira Thydêwá, que ali apresentará o projeto “Guardianes de la Madre Tierra” (Guardiães da Mãe Terra) a representantes de 30 universidades de diferentes regiões do mundo. O Papa Francisco fará a cerimônia de encerramento e receberá cada um dos participantes do evento.

Sebastián Gerlic é presidente da Thydewá

Sebastián Gerlic viaja no fim de maio para o Vaticano (Fotos: Arquivo ONG Thydêwá)

Sebastián Gerlic, presidente da Thydêwá, recebeu convite das Scholas Occurrentes (organização internacional de direito pontifício instituída em 2013) para participar do encontro e levará com ele seu parceiro na formulação do projeto, Paulo Celso Pankaruru. “A etnia Pankararu está junto com a Thydêwá desde a nossa fundação, em 2002. Fica no sertão de Pernambuco, tem aproximadamente 10 mil indígenas. Paulo é o primeiro índio brasileiro a ser advogado (com carteira de OAB), dedica-se ao direito ambiental”, comenta o argentino, que se encantou com o Brasil depois de umas férias em 1994 e aqui está desde então.

Segundo ele, o projeto que os leva a conversar com o papa tem sua raiz no Brasil, mas tem alcance maior, focando suas atividades “nos diálogos interculturais como forma de nos entendermos todos sendo parte de um único ser: a Terra”. “Dialogar é sempre enriquecedor. Não temos dúvida que iremos aprender muito com esta viagem. E da mesma forma que esperamos contribuir com o aprendizado de outras pessoas, esperamos colaborar na tecelagem dos movimentos que existem pela vida”, afirma.

Gerlic conta que ele e Paulo Celso Pankararu começaram a pensar no projeto “Guardianes de la Madre Tierra” depois de receber de Janaína Paim, gerente de relacionamento institucional da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC), a “Carta encíclica  Laudato Si’ do Santo Padre Francisco sobre o Cuidado da Casa Comum”. Janaína esteve no Vaticano debatendo educação e povos indígenas do Brasil em fevereiro de 2015, na mesma ocasião em que o historiador Célio Turino se encontrou pela primeira vez com o Papa Francisco para falar da experiência dos Pontos de Cultura e de como eles poderiam contribuir com o projeto Scholas Occurrentes.

As “escolas do encontro”

Scholas Occurrentes é uma rede mundial de “Escolas do Encontro” idealizada pelo Papa Francisco. Presente em 82 países, tem como missão integrar as comunidades, com foco naquelas de menores recursos, buscando integrar escolas (públicas e privadas) e redes educativas de todo o mundo a partir de propostas tecnológicas, esportivas e artísticas. A iniciativa, de caráter laico, tem como antecedente a “Escuela de Vecinos” impulsionada pelo papa quando ainda era arcebispo de Buenos Aires.

São vários os programas educativos que fazem parte da organização internacional. As Cátedras Scholas – que promovem o seminário no fim de maio – pretendem ser um espaço acadêmico de qualidade, “pontos de reflexão e ação conectados em uma grande rede, na qual cada sujeito (professores, pesquisadores, estudantes) se enriquece no encontro com o outro, através de vínculos que se desenvolvem entre as distintas universidades de todo o mundo”.

Uma realização das Scholas Occurrentes em  parceria com a Escola de Alta Formação EIS, da Universidade Lumsa, de Roma, o seminário “Entre la Universidad y la Escuela, ¿Un muro o puente?” foi pensado como um espaço de estudo e debate acadêmico sobre experiências “fecundas” que tiveram impacto em seus territórios e expressam alguns critérios identitários da pedagogia de Scholas.

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Equipe reunida na sede da Thydêwá, em Olivença (Ilhéus, Bahia)

Diálogos interculturais

Criada no estado da Bahia em 2002, a Thydêwá nasceu da alquimia multicultural de um coletivo formado por indígenas de Alagoas, Bahia e Pernambuco, duas paranaenses, uma gaúcha, um baiano, um chileno e um argentino. Seu objetivo é “promover a consciência planetária, valendo-se do diálogo intercultural, da valorização da diversidade e das culturas tradicionais, visando um desenvolvimento integral para todos em harmonia e paz”.

A organização é responsável por um Pontão de Cultura, o Esperança da Terra, que já seria na prática o que o Vaticano, inspirado no modelo brasileiro dos Pontos de Cultura, vem chamando de “Ponto de Encontro”. “Da mesma forma que já éramos Ponto de Cultura antes de 2004 e recebemos o reconhecimento assim que foi lançado o primeiro edital do programa Cultura Viva, a Thydewá já é um Ponto de Encontro, embora ainda não tenha formatado um projeto nesses moldes nem receba apoio financeiro para isso”, diz Sebastián Gerlic.

Entre os principais projetos realizados pela ONG estão a rede Índios On-Line, a Oca Digital e a série de livros “Índios na visão dos índios”. Em 2015, a Thydêwá foi uma das ganhadoras do Edital IberCultura Viva de Intercâmbio, na categoria 3, com o projeto Kwatiara Abya Yala (Escrita Indígena da América). Kwatiara é uma coleção de livros digitais com autores de diferentes etnias do território brasileiro. Com o apoio do programa de cooperação IberCultura Viva, a coleção passa a ser ibero-americana, incluindo dois e-books produzidos em comunidades indígenas da Argentina.

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“O Canto da Lua” foi um dos e-books lançados pela organização

 

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03

maio
2016

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Três dias de Encontro Cultura Viva em Salvador

Em 03, maio 2016 | Em Notícias | Por IberCultura

encontroCV-salvadorDe 6 a 8 de maio, representantes de Pontos de Cultura e de movimentos de economia solidária, gestores municipais e estaduais e parceiros do Ministério da Cultura se reúnem em Salvador para anúncios importantes relativos à Política Nacional de Cultura Viva. Um ato político marcará o lançamento oficial da Teia – Encontro Nacional dos Pontos de Cultura 2016, marcada para novembro, em Salvador.

O lançamento será no dia 6 de maio, às 18h, no Teatro Vila Velha, e contará com a presença do ministro da Cultura, Juca Ferreira, de Ivana Bentes (secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural e presidente do IberCultura Viva) e de representantes do governo estadual da Bahia.

O encontro seguirá com programações de grupos do Cultura Viva nos dias 7 e 8. A Comissão Nacional dos Pontos de Cultura, que reúne representantes de todos os estados brasileiros, de diferentes linguagens artísticas e segmentos do Cultura Viva, promoverá debates sobre a organização do Fórum Nacional dos Pontos de Cultura e sobre a produção da Teia.

A Rede de Gestores Estaduais e Municipais de Redes de Pontos de Cultura, que promove a integração entre gestores públicos que lidam com a Política Nacional de Cultura Viva no âmbito federativo, por sua vez, levarão atualizações sobre a realização das etapas estaduais da Teia e sobre as caravanas da autodeclaração que estão sendo realizadas pelo Brasil.

Saiba mais e confirme presença: https://bit.ly/24q9Tan

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27

abr
2016

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Emergentes: convocatória para projetos socioculturais do Uruguai

Em 27, abr 2016 | Em Notícias | Por IberCultura

mides-arteO Ministério do Desenvolvimento Social do Uruguai (Mides) destinará um total de até $4.800.000 (4,8 milhões de pesos uruguaios, o equivalente a 150 mil dólares ou 530 mil reais) para financiar projetos socioculturais desenvolvidos por coletivos comunitários em diversos departamentos (“estados”) do país. Os postulantes poderão apresentar projetos que tenham orçamento máximo de $80.000 (80 mil pesos uruguaios ou 8,8 mil reais). O programa oferecerá aos selecionados apoio financeiro, acompanhamento técnico e suporte no relacionamento com instituições da região. O prazo de inscrições vai de 29 de abril a 13 de maio de 2016.

Com o nome de “Emergentes”, a convocatória está dirigida a coletivos comunitários dos departamentos de Salto, Paysandú, Río Negro, Soriano, Colonia, Flores, Florida, Maldonado, San José, Canelones e Montevideo. Entende-se por coletivos comunitários aqueles grupos integrados por quatro ou mais pessoas que se encontrem vinculados às redes territoriais de participação cidadã, a programas coexecutados pelo Mides ou outros organismos no território.

Os projetos ganhadores deverão se destacar pelo caráter participativo, por estar enfocados no fortalecimento das redes comunitárias, por incorporar elementos de formação sociocultural e por promover câmbios em prol da integração social.

Mais informações: www.mides.gub.uy ou (598) 2400 0302 int. 1371

Saiba mais:

https://www.mides.gub.uy/innovaportal/v/61419/3/innova.front/cambio-cultural

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