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Blog

04

abr
2018

Em Notícias

Por IberCultura

Amplia-se o prazo da convocatória “Iniciativas Culturais Comunitárias 2018”, no Chile

Em 04, abr 2018 | Em Notícias | Por IberCultura

Foi prorrogado até 11 de abril o prazo de recebimento de postulações para a convocatória “Iniciativas Culturais Comunitárias 2018”, lançada pelo programa Red Cultura, do Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile.

Esta convocatória é dirigida a organizações culturais comunitárias (OCC) do Chile, com ou sem personalidade jurídica. Seu objetivo é contribuir para a implementação de pelo menos 56 iniciativas de OCC inseridas num determinado território, que contribuam  através da arte e da cultura para a integração social e o fortalecimento da identidade e diversidade cultural de sua comunidade.

O edital conta com duas modalidades. A modalidade A promove ações e processos de fortalecimento das OCC a respeito de seu próprio desenvolvimento e incidência na gestão cultural do território que habitam. A B apoia o desenvolvimento de atividades artísticas e/ou culturais que a OCC realiza, em função de promover boas práticas em ações participativas e de integração sócio-cultural no território que habitam, associadas a seus próprios objetivos e através de diversas linguagens artísticas e ênfases culturais.

Cada OCC só pode postular uma iniciativa cujo montante máximo não passe dos 4 milhões de pesos chilenos, com impostos incluídos. As inscrições serão recebidas até  11 de abril pelo e-mail postulacion.ficc@cultura.gob.cl. O período de consultas se estenderá até 5 de abril, no correio convocatoria.redcultura@cultura.gob.cl.

14

mar
2018

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Confira os 50 selecionados do Edital de Bolsas para o Curso de Políticas Culturais de Base Comunitária

Em 14, mar 2018 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

O programa IberCultura Viva anuncia as 50 pessoas selecionadas para receber as bolsas do Curso de Pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária FLACSO-IberCultura Viva 2018. As vagas foram divididas equitativamente entre os países participantes do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva: Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, Peru e Uruguai.

O curso será realizado de abril a dezembro de 2018, de modo virtual, por meio do Campus Virtual da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO), com sede na Argentina. As aulas começarão em 5 de abril e serão ministradas em espanhol, exceto aquelas a cargo de professores brasileiros, que serão dadas em português e terão tradução para o espanhol.

O ingresso ao campus se realiza através de uma chave pessoal concedida aos alunos no início das atividades, assim como também aos professores envolvidos na realização das aulas e tutorias. As pessoas selecionadas vão receber por correio eletrônico as indicações para a inscrição definitiva.

Disponibilidade

É necessário ter a disponibilidade de 10 horas semanais para acompanhar o curso e comprometer-se a realizar as avaliações parciais intermediárias e o trabalho final. As pessoas selecionadas deverão cumprir com a totalidade do curso em tempo e forma. Caso descumpram esta cláusula, deverão reembolsar ao IberCultura Viva o montante total da bolsa (US$ 1.000) e ficarão inabilitadas por dois anos a participar dos editais e concursos del programa.

Seleção

A seleção das pessoas bolsistas foi de responsabilidade do Comitê Técnico, integrado pelos representantes do Conselho Executivo do programa. Foram levados em conta critérios como a experiência em gestão cultural, em ações culturais comunitárias e no desenho e execução de políticas públicas culturais, além da formação universitária em gestão cultural, ciências sociais, humanas ou econômicas. Ao menos 50% das pessoas selecionadas deveriam ser mulheres. Os pertencentes a povos originários e/ou afrodescendentes receberam um ponto extra na avaliação.

Postulação

Durante o período em que as inscrições estiveram abertas, entre 15 de dezembro de 2017 e 15 de fevereiro de 2018, o programa IberCultura Viva recebeu 466 postulações para o edital. Deste total foram habilitadas 437 candidaturas provenientes de 10 países. Brasil e Argentina foram os países com maior número de habilitados: 121 e 109, respectivamente. Depois vieram Peru (75), Chile (59), El Salvador (19), Equador (16), Uruguai (10), Costa Rica (10), Guatemala (9) e Espanha (9). O prazo de recursos para complementação de documentação terminou na quinta-feira, 1º de março.

Matrículas

As pessoas não selecionadas no edital que quiserem se matricular no curso podem fazê-lo antes do começo das aulas. Para alunos residentes na Argentina, o valor de investimento é de $13.750 pesos ($2200 de matrícula e 7 parcelas de $1650). Para alunos residentes fora da Argentina, o custo total é de US$ 1000 (US$ 400 de matrícula e duas parcelas de US$ 300). Há um desconto de 10% para quem pagar o valor total à vista, adiantado.

Mais informação sobre o curso:

https://flacso.org.ar/formacion-academica/posgrado-internacional-en-politicas-culturales-de-base-comunitaria/

Confira a lista de pessoas candidatas selecionadas:

Informação aos Interessados III – Etapa de Avaliação – Edital de Bolsas do Curso de Pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária FLACSO-IberCultura Viva 2018

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Informação aos Interessados II – Etapa de Habilitação – Edital de Bolsas do Curso de Pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária FLACSO-IberCultura Viva 2018- Lista definitiva

Informação aos Interessados I – Etapa de Habilitação – Edital de Bolsas do Curso de Pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária FLACSO-IberCultura Viva 2018

 

06

mar
2018

Em Notícias

Por IberCultura

Na Costa Rica, a Municipalidade de Jiménez aprova a Política Cantonal Cultural

Em 06, mar 2018 | Em Notícias | Por IberCultura

Texto: Comunicación Dirección de Cultura MCJ-CR
Foto: Federación de Municipalidades de Cartago

Desde 2017, a Federação de Municipalidades de Cartago e a Direção Regional do Ministério de Cultura e Juventude de Costa Rica – junto com a Municipalidade de Jiménez, o Conselho Municipal de Distrito de Tucurrique e grupos culturais da comunidade – trabalharam no projeto de formação para uma Política Cantonal Cultural no cantão (unidade administrativa) de Jiménez.

Esta política foi aprovada no dia 26 de fevereiro pela Municipalidade de Jiménez, para que o governo local possa orientar o desenvolvimento de planos e projetos culturais, assim como responder às necessidades das organizações que trabalham na área.

A política cantonal respeita os direitos culturais, entendendo a diversidade de culturas que contribuem para o desenvolvimento local. Assim, pode-se criar um espaço nas municipalidades de gestão cultural que permita incentivar e promover o resgate de tradições gastronómicas, de história, música e celebrações próprias da província.

“Para nós, é importante contar con este tipo de políticas públicas em cultura porque assim definimos o que queremos para o futuro, não apenas para nós agora, e sim para as novas gerações que vêm. Também serve para identificar todas essas coisas que temos no cantão que talvez passem despercebidas porque não estão determinadas em nenhuma parte”, comentou Lissette Fernández, prefeita de Jiménez.

São quatro os eixos de trabalho da Política Cultural de Jiménez: 1) Fortalecimento institucional para a gestão cultural cantonal; 2) Gestão da infraestrutura cultural cantonal; 3) Participação cidadã na gestão cultural cantonal; 4) Formação artístico-cultural.

No ano que vem, o governo local e a Federação de Municipalidades de Cartago desejam construir uma estratégia de capacitação focada em gerar destrezas na formulação, execução, avaliação e sistematização de projetos culturais. Uma estratégia de capacitação dirigida aos governos locais afiliados e as organizações culturais da região.

“A gestão cultural comunitária não pode nem deve recair somente nos governos locais. Esta é uma tarefa compartilhada, que busca potenciar a participação cidadã na definição, formulação, execução e avaliação de suas próprias iniciativas culturais, com o acompanhamento dos governos locais, instituições públicas, empresas privadas e demais atores envolvidos”, acrescentou Mario Camacho, sociólogo responsável pelo Escritório Regional de Gestão Cultural.

Atualmente, a maioria das municipalidades não conta com escritórios de gestão cultural. Por isso, foi solicitado aos prefeitos (via acordo do Conselho Diretivo da Federação) que designassem uma pessoa para assistir permanentemente às reuniões deste foro cultural durante 2017, a fim de motivá-los e convidá-los a criar políticas como estas em suas comunidades.

 

Fonte: www.dircultura.go.cr

 

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05

mar
2018

Em Notícias

Por IberCultura

Está aberto o período de inscrições para três editais do programa Red Cultura, no Chile

Em 05, mar 2018 | Em Notícias | Por IberCultura

O Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile iniciou o processo de postulações para três editais do programa Red Cultura: “Fortalecimento da gestão cultural local”, “Residências de arte colaborativa” e “Iniciativas de organizações culturais comunitárias”.

A chefa de Cidadania Cultural do ministério, Moira Délano, explicou que estes instrumentos obedecem ao desenho de políticas públicas centradas no fortalecimento da gestão cultural local e o planejamento cultural participativo. No caso da linha que apoia iniciativas de organizações culturais comunitárias (OCC), por exemplo, “se busca melhorar a gestão interna destas organizações e fortalecer sua atuação na comunidade”.

O montante total dos editais Red Cultura 2018 é de $ 1.201.480.239 (pesos chilenos). As postulações para os três editais podem ser apresentadas até as 18:00 da quarta-feira 4 de abril de 2018.

Iniciativas Culturais Comunitárias (ICC)

A linha dirigida às organizações culturais comunitárias chilenas, com ou sem personalidade jurídica, busca contribuir à implementação de ao menos 56 iniciativas inseridas em um território determinado, que contribuam através da arte e da cultura para a integração social e o fortalecimento da identidade e da diversidade cultural de sua comunidade.

Este edital conta com duas modalidades. A modalidade A promove ações e processos de fortalecimento das OCC a respeito de seu próprio desenvolvimento e incidência na gestão cultural do território que habitam. A B apoia o desenvolvimento de atividades artísticas e/ou culturais que a OCC realiza, em função de promover boas práticas em ações participativas e de integração sócio-cultural no território que habitam, associadas a seus próprios objetivos e através de diversas linguagens artísticas e ênfases culturais.

Cada OCC só pode postular uma iniciativa cujo montante máximo não passe dos 4 milhões de pesos chilenos, com impostos incluídos. As inscrições serão recebidas pelo e-mail postulacion.ficc@cultura.gob.cl. O período de consultas se estenderá até 30 de março, no correio convocatoria.redcultura@cultura.gob.cl.

Fortalecimento da Gestão Cultural Local

O edital para o Fortalecimento da Gestão Cultural Local está dirigido a municipalidades, corporações ou fundações culturais municipais, e a toda pessoa jurídica de direito privado sem fins de lucro (constituída e/ou com domicílio no Chile) que queira melhorar a gestão na administração de infraestrutura cultural.

Esta linha de concurso considera quatro modalidades de postulação. Na modalidade n° 1 só podem postular municipalidades. Seu objetivo é financiar assessorias para o desenvolvimento do processo completo para a elaboração ou atualização de um Plano Municipal de Cultura, mediante a contratação de um profissional especialista ou de uma consultora, externos e alheios à instituição.

A modalidade n° 2 tem por objetivo financiar a contratação de assessorias para que desenvolva o processo completo de elaboração ou atualização de um Plano de Gestão. Podem concorrer municipalidades, corporações ou fundações culturais municipais e, em geral, toda pessoa jurídica sem fins de lucro, que tenha a seu cargo infraestrutura cultural com fins públicos (centros culturais, casas da cultura ou teatros).

A modalidade n° 3, por sua vez, busca fortalecer a gestão do postulante, mediante a transferência de capacidades aos integrantes da infraestrutura, para a melhora de sua gestão. Está dirigida a municipalidades, corporações ou fundações culturais municipais e, em geral, toda pessoa jurídica sem fins de lucro, que tenha a seu cargo infraestrutura cultural com fins públicos (centros culturais, casas da cultura ou teatros).

Já a modalidade n° 4 está aberta a municipalidades e corporações ou fundações culturais municipais, que tenham a seu cargo infraestrutura cultural com fins públicos (centros culturais, casas da cultura ou teatros). Busca fortalecer a gestão através da contratação de programação artística e/ou cultural contida em seu plano de gestão para o ano 2018, fomentando desta maneira a participação e o acesso dos cidadãos a bens culturais.

As consultas a este edital serão recebidas até 25 de março, pelo correio fortalecimiento.redcultura@cultura.gob.cl. Postulações, até 4 de abril, também pelo e-mail fortalecimiento.redcultura@cultura.gob.cl.

 

Residências de Arte Colaborativa

Este edital é dirigido a artistas chilenos, residentes no Chile ou no exterior, a estrangeiros com residência permanente no Chile e a coletivos artísticos, com ou sem personalidade jurídica, interessados em desenvolver um trabalho coletivo que gere redes e intercâmbio de conhecimentos com atores locais, em comunas e espaços focalizados pelo programa.

As inscrições para este edital não são de projetos, e sim de perfil e experiência de trabalho metodológico em relação aos objetivos buscados. Red Cultura financiará estadias e projetos das pessoas selecionadas durante um mínimo de três meses de residência efetiva em territórios geograficamente isolados e/ou realidades sociais complexas, e um máximo de seis meses para a execução total das atividades vinculadas ao projeto.

Este ano, as Residências de arte colaborativa terão três modalidades de implementação: residências de artistas em território, residências de artistas em espaços culturais e residências de artistas em CECREA, estas últimas como um piloto de trabalho conjunto, que se realizará pela primeira vez nas regiões do Maule e de Coquimbo. Consultas e postulações pelo e-mail residenciasredcultura@cultura.gob.cl.

Saiba mais: https://www.fondosdecultura.cl/programas/red-cultura/lineas-de-concurso/

Fonte: Ministerio de las Culturas, las Artes y el Patrimonio de Chile

 

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02

mar
2018

Em Notícias

Por IberCultura

Mais de 200 pessoas participam do 4º Encontro Provincial de Cultura Viva Comunitária de Entre Rios, na Argentina

Em 02, mar 2018 | Em Notícias | Por IberCultura

O 4° Encontro Provincial de Cultura Viva Comunitária de Entre Ríos foi realizado nos dias 24 e 25 de fevereiro, no município de Victoria (Entre Ríos, Argentina), com a presença de diversas organizações culturais e organismos oficiais. A Secretaria de Turismo e Cultura de Entre Ríos acompanhou e participou do encontro para consolidar redes e articular com diferentes setores culturais. Dentro desta Secretaria, está a Direção de Formação e Diversidade Cultural, que integra o Grupo de Trabalho de Governos Locais do Programa Ibercultura Viva.

A Cultura Viva Comunitária foi o marco para que mais de 200 pessoas, representando cerca de 130 organizações da cultura comunitária e áreas estatais se reunissem durante dois dias para debater as necessidades e os desafios da Cultura Comunitária em Entre Ríos. Entre os presentes estavam Diego Benhabib, coordenador dos Pontos de Cultura da Argentina e ponto focal do IberCultura Viva na Argentina, e Rosario Lucesole, consultora de projetos do programa. Cabe destacar que também participaram da iniciativa organizações de Santa Fé.

O encontro foi a expressão da diversidade, já que se reuniram muitos coletivos para desenhar e projetar políticas culturais em comum. Segundo as conclusões, no futuro observam-se linhas de trabalho importantes para o desenvolvimento cultural na articulação com distintos setores.

Diego Benhabib e Federico Prieto durante o encontro provincial em Victoria

Entre as várias conversas sobre a importância e os desafios da Cultura Comunitária, nas quais participaram referências nacionais e provinciais do Movimento de Cultura Viva Comunitária —como María Emilia De la Iglesia, Alberto Ingold e Soledad Ferrería–, foi realizado um debate entre as organizações a respeito de temas relacionados a gestão e organização cultural. Carolina Gaillard, secretária de Turismo e Cultura de Entre Ríos, e Federico Prieto, diretor de Formação e Diversidade Cultural de Entre Ríos, escutaram as demandas e inquietudes das organizações e se comprometeram a acompanhar um projeto de lei de Cultura Comunitária que surja a partir do movimento.

“É importante que desde o governo possamos garantir certas estruturas para que os fazedores culturais possam levar adiante suas tarefas e objetivos. Assim como dar acompanhamento aos processos culturais que tentam transformar as realidades territoriais e sociais é uma das missões da Secretaria de Turismo e Cultura”, comentou Prieto.

O Encontro de Cultura Viva também saiu às ruas de Victoria para compartilhar com a comunidade. Depois de oficinas, fóruns e plenárias, também foram realizadas intervenções artísticas, rádio abierta e “llamada” de tambores no Balneário Municipal, com o objetivo de apresentar as experiências comunitárias que se dão em diferentes cidades da província.

Texto: Dirección de Formación y Diversidad Cultural de Entre Ríos

Fotos: Movimiento Cultura Viva Comunitaria ER

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26

fev
2018

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

437 candidaturas são habilitadas no Edital de Bolsas para o Curso de Políticas Culturais de Base Comunitária

Em 26, fev 2018 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

Das 466 postulações que o programa IberCultura Viva recebeu para o Edital de Bolsas para o Curso de Pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária FLACSO 2018, foram habilitadas 437 candidaturas provenientes de 10 países. Brasil e Argentina foram os países com maior número de habilitados: 121 e 109, respectivamente. Depois vieram Peru (75), Chile (59), El Salvador (19), Equador (16), Uruguai (10), Costa Rica (10), Guatemala (9) e Espanha (9). O prazo de recursos para complementação de documentação terminou na quinta-feira, 1º de março.

As pessoas com candidaturas habilitadas seguirão no processo de avaliação do edital, que teve inscrições abertas de 15 de dezembro de 2017 a 15 de fevereiro de 2018. Serão concedidas 50 bolsas para agentes de políticas culturais interessados em cursar esta pós-graduação ministrada de modo virtual, por meio do Campus Virtual da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO), com sede na Argentina. A duração será de nove meses, de abril a dezembro de 2018.

Para participar, as pessoas candidatas deverão contar com a disponibilidade de 10 horas semanais para acompanhar o curso e comprometer-se a realizar as avaliações parciais intermediárias e o trabalho final. As aulas serão realizadas em espanhol, exceto aquelas a cargo de professores brasileiros, que serão dadas em português e terão tradução para o espanhol. Os trabalhos poderão ser entregues na língua nativa (espanhol ou português).

Seleção

As 50 bolsas serão repartidas equitativamente entre os países participantes do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva. A seleção de bolsistas será de responsabilidade do Comitê Técnico, integrado por representantes do Conselho Executivo do programa.

Serão levados em conta critérios como a experiência em gestão cultural, em ações culturais comunitárias e no desenho e execução de políticas públicas culturais, além da formação universitária em gestão cultural, ciências sociais, humanas ou econômicas. Aqueles que pertençam a povos originários e/ou afrodescendentes receberão um ponto extra na avaliação. Ao menos 50% das pessoas selecionadas deverão ser mulheres.

Matrícula

O resultado do edital deve ser divulgado antes do dia 13 de março. O Curso de Pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária FLACSO 2018 terá início no dia 5 de abril. As pessoas não selecionadas no edital que quiserem se matricular no curso podem fazê-lo antes do começo das aulas. Para alunos residentes na Argentina, o valor de investimento é de $13.750 pesos ($2200 de matrícula e 7 parcelas de $1650). Para alunos residentes fora da Argentina, o custo total é de US$ 1000 (US$ 400 de matrícula e duas parcelas de US$ 300). Há um desconto de 10% para quem pagar o valor total à vista, adiantado.

Mais informação sobre o curso:

https://flacso.org.ar/formacion-academica/posgrado-internacional-en-politicas-culturales-de-base-comunitaria/

 

(**Texto atualizado em 2 de março de 2018)

 

Confira a lista de pessoas candidatas habilitadas:

Informação aos Interessados II – Etapa de Habilitação – Edital de Bolsas do Curso de Pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária FLACSO-IberCultura Viva 2018- Lista definitiva

Informação aos Interessados I – Etapa de Habilitação – Edital de Bolsas do Curso de Pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária FLACSO-IberCultura Viva 2018

 

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20

fev
2018

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Confira a lista definitiva de habilitados do Concurso de vídeos sobre comunidades afrodescendentes

Em 20, fev 2018 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

A Unidade Técnica do programa IberCultura Viva informa a lista de pessoas candidatas habilitadas a seguir para a próxima etapa do Concurso de curtas-metragens “Comunidades Afrodescendentes: Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento”.  O prazo de recursos para completar a documentação terminou às 23h59 de sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018.

Dos 132 vídeos inscritos, foram habilitados 90. Desse total, 57 são do Brasil, 16 da Argentina, 6 do Chile, 3 da Costa Rica, 3 do Equador, 3 do Uruguai, 1 do Peru, e 1 do México. A comissão organizadora decidiu habilitar a participação de dois vídeos produzidos por pessoas migrantes, procedentes de países fora do âmbito do concurso, mas com residência em países que formam parte do programa e com conteúdos ali realizados.

Lançado pelo programa IberCultura Viva e a Representação no Brasil da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO no Brasil), o concurso teve inscrições abertas de 20 de novembro de 2017 a 15 de fevereiro de 2018.

O objetivo da convocatória é selecionar vídeos que promovam uma reflexão sobre as comunidades afrodescendentes e a busca do pleno exercício de seus direitos culturais e/ou valorizem sua contribuição para a constituição, a promoção e o desenvolvimento da cultura ibero-americana. Dez vídeos receberão prêmios de 500 dólares.

(**Texto atualizado em 26 de fevereiro de 2018)

 

Confira a lista de vídeos habilitados:

Informação aos Interessados II: Etapa de Habilitação – Concurso de curtas audiovisuais “Comunidades Afrodescendentes: Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento” – Relação definitiva

Informação aos Interessados I: Etapa de Habilitação – Concurso de curtas audiovisuais “Comunidades Afrodescendentes: Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento”.

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01

fev
2018

Em Notícias

Por IberCultura

Impressões de viagem (VIII): Três uruguaios contam suas vivências no Congresso de Quito

Em 01, fev 2018 | Em Notícias | Por IberCultura

 

O 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, realizado em Quito (Equador) de 20 a 25 de novembro de 2017, reuniu cerca de 450 participantes provenientes de redes, coletivos e organizações culturais de 18 países da América Latina. Cinquenta deles foram selecionados no Edital de Mobilidade IberCultura Viva 2017. Receberam passagens aéreas para acompanhar as atividades do congresso e voltaram repletos de histórias para contar sobre os seis dias de encontros, espetáculos, palestras, debates, exposições, círculos da palavra e percursos culturais que tiveram a oportunidade de ver/ouvir/viver lá.

A seguir, algumas das impressões compartilhadas nos informes de viagem por três representantes de entidades/coletivos uruguaios ganhadores deste edital: Agustina López, Esteban Barja e Virginia Degrandi.

Virginia Degrandi e o patrimônio imaterial

“O 3º Congresso de Cultura Viva Comunitária foi uma experiência sumamente enriquecedora de intercâmbio e fortalecimento”, resume a uruguaia Virginia Degrandi. “Foi uma oportunidade de nos conhecermos, gerar e fortalecer redes. De nos dar conta de que somos muitos fazendo muito e muito variado, como também uma demonstração do crescimento das manifestações de cultura viva comunitária na América Latina.”

Virginia vive em La Paloma, uma cidade balneário do departamento de Rocha, a 240 km de Montevidéu. Como representante de El Faro Colectivo Cultural no Congresso de Quito, se encarregou de contar quem são, onde e como trabalham e de trocar experiências para depois transmitir e compartir com os companheiros do coletivo.

“Em nosso caso particular e dado que somos do interior do Uruguai, de um povo de 5 mil habitantes, esta experiência nos enriqueceu em todos os aspectos. Não perdi nenhuma oportunidade de conversar e intercambiar com companheiros de vários lugares, inclusive Espanha”, cuenta. “Voltei muito satisfeita com nossa participação e com muita informação para nossa trabalho de valorização da pesca artesanal.”

Uma da principais atividades de que participó foi o círculo da palavra “Memória, identidade e patrimônio”, onde apresentou o trabalho de seu coletivo em uma palestra. “Levei a proposta que viemos trabalhando sobre a valorização da pesca artesanal como parte de nosso patrimônio imaterial, e deixe algumas perguntas para que todos buscássemos respostas a essas questões”, comenta. .

 

O intercâmbio e a articulação, segundo ela, “foram permanentes e inumeráveis”. Com a Casa Colorida (Galícia, Espanha), por exemplo, estão trabalhando na elaboração de um projeto transatlântico que diz respeito às mulheres trabalhadoras da pesca. E com Caminos de la Lana (Espanha) veio uma ideia de intercâmbio com Tejido a Mano (rede de mulheres tecelãs do Uruguai).

Além disso, Virginia fez contatos com integrantes do Nodo Cultural (Córdoba, Argentina) e com equatorianos pertencentes a comunidades pesqueiras, e esteve em articulações constantes com os companheiros uruguaios.

“Estas instâncias, onde nos encontramos e podemos trocar experiências, aportam uma série de certezas sobre nosso rumo. O trabalho cultural comunitário é a resposta às necessidades das comunidades de nossos territórios e isso nos dá motivação, alívio e esperança”, afirma.

“Conhecer as dinâmicas das diferentes agrupações e coletivos ao longo da América Latina nos dá novos parâmetros de trabalho, a possibilidade de compartilhar nos leva a ampliar nossas redes. Assim podemos gerar uma verdadeira democratização da cultura e seguir levando-a como bandeira para a inclusão social.”

 

 

Agustina López e as casas culturais

Agustina López é integrante de Entropía Galpón de Circo, em Montevidéu. Segundo ela, a viagem a Quito, como primeira experiência em um Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, foi muito positiva, tanto em nível pessoal como para o coletivo que ela representa.

“É um lugar de encontro e de intercâmbio riquíssimo entre diversas culturas latino-americanas. É uma forma de criar vínculos mais fortes entre os países e poder gerar redes de sustentação que reconheçam e potenciem as identidades culturais de cada país, contribuindo também para a integração na diversidade”, afirma.

Para Agustina, é importante conhecer outras realidades, distantes das próprias, e as capacidades de resiliência, criatividade e desenvolvimento de outros povos e culturas. “Conhecer um sem-fim de exemplos, formas de ser, pensar, sentir e agir que configuram o amplo leque de identidades culturais que se encontram na América Latina e a possibilidade de encontrar pontos em comum com aqueles que imaginávamos tão distantes.”

Nos dias em que esteve no Equador, ela participou do círculo da palavra “Arte e transformação social”, de oficinas de dança acrobática, dança folclórica e canto, e (como ouvinte) das jornadas de abertura e da plenária de encerramento.

Além disso, fez contatos com diversas casas culturais e agrupações de outros países que administram casas e centros culturais. “Em particular, houve um interessante intercâmbio com distintas organizações de casas comunitárias sobre objetivos, formas de autogestão, formas organizacionais e de geração de recursos”, conta.

Seu diário de viagem destaca especialmente o Circuito Rucu Ruta – Rede de Casas Culturais, organizado por Comuna Kitu no dia  22 de novembro. Este circuito, que apresentou projetos de autogestão onde se cultivam fortes valores comunitários através da convivência e das artes e/ou dos esportes, teve três paradas: Casa Uvilla, Nervio Popular e Casa Útero (Veja aqui o informe de viagem de Agustina).

Esteban Barja e a importância de seguir lutando

Integrante do Movimento Cultural Takates, Esteban Barja voltou a Las Piedras (Canelones) irmanado com a gente do encontro, sentindo-se identificado com problemáticas de vários países. “Foi muito enriquecedor, vim com montão de perguntas”, ele conta, ressaltando a “interessante mescla” que se formou em Quito e a conexão com a espiritualidade que os representantes indígenas compartilharam com os participantes (coisas que ele não costuma ver no Uruguai).

Durante o congresso, Esteban participou de dois círculos da palavra (“Fortalecimento organizativo CVC” e “Comunicação popular, narrativa coletiva e meios”), esteve no percurso dos centros culturais e também nos atos de abertura e encerramento do encontro. As atividades realizadas junto aos companheiros uruguaios ajudaram a aproximar a delegação, que voltou fortalecida e com reuniões e projetos programados para 2018.

“Creio fundamentalmente que o encontro nos deixa a mensagem de seguir lutando para poder fortalecer e desenvolver as propostas culturais que viemos realizando e propondo em nosso país. Sinto que a experiência que se vive em cada um destes encontros nos nutrem de maneira positiva, para aprender a seguir lutando por um mundo melhor e mais justo, através do desenvolvimento cultural”, comentou. “Muito longe de onde estamos e com estratégias distintas, há muito que nos atravessa, e encontramos pontos em comum na luta.”

 

 

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01

fev
2018

Em Notícias

Por IberCultura

Impressões de viagem (VII): Dois representantes de Pontos de Cultura peruanos contam suas vivências no Congreso de Quito

Em 01, fev 2018 | Em Notícias | Por IberCultura

O 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, realizado em Quito (Equador) de 20 a 25 de novembro de 2017, reuniu cerca de 450 participantes provenientes de redes, coletivos e organizações culturais de 18 países da América Latina. Cinquenta deles foram selecionados no Edital de Mobilidade IberCultura Viva 2017. Receberam passagens aéreas para acompanhar as atividades do congresso e voltaram repletos de histórias para contar sobre os seis dias de encontros, espetáculos, palestras, debates, exposições, círculos da palavra e percursos culturais que tiveram a oportunidade de ver/ouvir/viver lá.

A seguir, compartilhamos algumas das impressões relatadas em informes de viagem por dois representantes de Pontos de Cultura peruanos ganhadores deste edital: Cipriano Huamancayo e Javier Maraví.

 

Cipriano Huamancayo e os pactos de cultura

Cipriano Huamancayo Aguilar é diretor do Grupo Cultural Pukllay, um Ponto de Cultura de Lima que começou suas atividades em 1999, quando um grupo de jovens decidiu expressar a partir do teatro seu olhar da sociedade. Com o objetivo de criar pontes e se reencontrar com a sua cultura, a sua identidade, esta agrupação passou a dedicar-se não somente à criação de obras de teatro mas também à realização de fóruns, oficinas, festivais, etc.

Ao ganhar o Edital de Mobilidade 2017, Cipriano foi também convidado a participar do 2º Encontro de Redes IberCultura Viva, realizado durante o 3º Congresso Latino-americano de CVC. Além de representantes de governos locais e dos países membros do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva, esta mesa de trabalho contou com a presença de representantes de quatro organizações culturais comunitárias que tiveram incidência no desenvolvimento de políticas públicas em nível local.

Na ocasião, Cipriano apresentou a experiência peruana, contando um pouco dos 18 anos de trajetória do Grupo Pukllay e os pactos de cultura realizados em sua localidade, tendo como base três eixos de trabalho: a promoção dos direitos culturais e da diversidade cultural; o fortalecimento da cidadania através de atividades culturais, e o fomento de uma cultura de paz, reconhecimento e defesa dos direitos humanos.

Cipriano em sua apresentação no 2º Encontro de Redes

“A experiência neste 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária foi enriquecedora pelas múltiplas experiências de trabalho comunitário a partir da cultura viva que têm se conglomerado e compartilhado.Também tem contribuído e me motivado a seguir neste trabalho como gestor cultural em minha localidade”, afirmou, em seu informe de viagem.

Além da mesa do 2º Encontro de Redes, Cipriano participou de atividades como as plenárias e assembleias do Conselho Latino-americano de CVC, do círculo da palavra “Legislação e políticas comunitárias”, do encontro de teatro comunitário (onde conheceu a experiência de trabalho das companheiras da Argentina), do “Percurso histórico teatral”, do circuito organizado pelo Espacio 412 em San Antonio-Mitad del Mundo, e das atividades culturais ao ar livre organizadas pelo 3º Congresso.

“A experiência me deu a oportunidade de conhecer uma variedade de experiências de trabalho comunitário tanto em nível social como também político, e isso era o que necessitávamos como organização aqui em minha localidade”, comentou. “Assim poderemos fortalecer nossa organização com nossa localidade e olhar como latino-americanos a contribuição que cada de um de nós dá a partir da Cultura Viva, trocando experiências com amigos de outros países de forma virtual e mais constante.”

Segundo Cipriano, a semana vivida no Equador acabou fortalecendo também a articulação da caravana peruana. “Durante o congresso realizamos várias assembleias para nos integramos melhor e agora estamos em reuniões, mais motivados a formar a Plataforma Nacional de CVC, assim como também a organizar um Congresso Latino-americano de CVC no Peru.”

Cipriano Huamancayo, Manuel Cabanillas e Javier Maraví em Quito: três dos quatro peruanos ganhadores do edital

 

 

Javier Maraví e os sonhos reais

Javier Maraví é diretor do Centro Cultural Waytay, uma associação de artistas profissionais que “semeia sonhos reais” desde 1991 a favor da arte e da educação em seus diferentes ramos, como a pesquisa, criação, difusão, publicação, oficinas, eventos e festivais. A organização, que também é um Ponto de Cultura em Lima, abriga agrupações como o Teatro Waytay, os Títeres “Poc Pocs”, as Oficinas “Floreciendo”, os Blocos “Comparsa comunitaria” e a Batucada “Rompiendo el silencio”.

Para ele, foi uma “experiência muito grata” assistir pela primeira vez a um Congresso de Cultura Viva Comunitária. “Poder compartilhar experiências com outras organizações — já que venho do campo teatral, com as duas organizações argentinas que apresentaram obras no congresso (Chacras para Todos encenou “De muros a puentes”, e a Cooperativa La Comunitaria, “Se cayó el sistema”) — foi um aprendizado vivencial, digno de replicar em minha comunidade”, comentou Javier em seu informe de viagem.

Nos dias do congresso no Equador, ele esteve em vários círculos da palavra, nas reuniões de coordenação da delegação peruana, nas sessões teatrais, nos circuitos culturais, na feira multicultural e na plenária final, onde se decidiu que o próximo congresso será na Argentina.

“Quero destacar a articulação que se deu por parte do meu país, as novas organizações, as novas experiências que estão se dando no interior do Peru, assim como também a abertura e a união de vários frentes ou movimentos, como a Plataforma de CVC, Más Cultura Más Perú, os Pontos de Cultura do Ministério de Cultura, a Municipalidade de Lima, e as organizações do interior do país”, destacou.

“Em meu distrito, El Agustino, se elaborou uma Ordenanza (Lei) de Cultura Viva Comunitária. Agora se encontra em revisão pela gerência da Municipalidade, e depois passará à Assembleia de Vereadores, com a esperança de seja aprovada. Estivemos na elaboração dos rascunhos, e quando voltamos do congresso pudemos terminar o último esboço”, contou.

Novos desafios

Além de agradecer aos organizadores do 3º Congresso Latino-americano de CVC, Javier saudou os companheiros da Argentina por solicitar a tarefa de organizar o próximo e celebrou o interesse de Cuba de se somar à rede de cultura viva comunitária que vem ganhando o continente nos últimos anos. “A renovação, a aprendizagem, o intercâmbio nos enriquece e também nos oferecem novos desafios, novos caminhos, novas perguntas. Estamos alegres de ver o movimento crescendo cada vez mais, com vontade de nos interessar por mais temas também”, observou.

“Uma grande tarefa para todos nós, as organizações de CVC: como chegaremos ao 4º Congresso, com que tarefas cumpridas, o que mostraremos e intercambiaremos quando voltarmos a nos ver, como nos reafirmaremos neste grande caminho, de quem podemos compartilhar experiências, como será nosso agir neste tempo que falta? Temos dois anos para seguir amadurecendo nossos processos”.

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25

jan
2018

Em Notícias

Por IberCultura

Impressões de viagem (VI): três representantes da Rede Salvadorenha de CVC comentam suas experiências no Congresso de Quito

Em 25, jan 2018 | Em Notícias | Por IberCultura

O 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, realizado em Quito (Equador) de 20 a 25 de novembro de 2017, reuniu cerca de 450 participantes provenientes de redes, coletivos e organizações culturais de 18 países da América Latina. Cinquenta deles foram selecionados no Edital de Mobilidade IberCultura Viva 2017. Receberam passagens aéreas para acompanhar as atividades do congresso e voltaram repletos de histórias para contar sobre os seis dias de encontros, espetáculos, palestras, debates, exposições, círculos da palavra e percursos culturais que tiveram a oportunidade de ver/ouvir/viver lá.

A seguir, algumas das impressões compartilhadas nos informes de viagem por três representantes da Rede Salvadorenha de Cultura Viva Comunitária (organizadora do congresso anterior, realizado em San Salvador em outubro de 2015): Marlen Argueta, Monica Valladares e Yesenia Contreras.

Marlen Argueta e o fortalecimento organizativo

Integrante da comissão organizadora do 2º Congresso Latino-americano de CVC, realizado em El Salvador em 2015, Marlen Argueta subiu ao palco da Casa de la Cultura Ecuatoriana, no dia 21 de novembro, para representar seu país na linha do tempo que se fez da Cultura Viva Comunitária. Seu papel de referência de El Salvador no 3º Congresso se deu em vários espaços e ela aproveitou as oportunidades para falar um pouco da Red Salvadoreña de Cultura Viva Comunitaria.

Formada por cerca de 60 coletivos, a Rede Salvadorenha de CVC firmou um convênio de cooperação com a Secretaria de Cultura da Presidência de El Salvador em 13 de outubro de 2017, durante o 3º Encontro Nacional de Cultura Viva Comunitária (um dos eventos ganhadores do Edital  de Apoio a Redes IberCultura Viva 2016). Foi o pronunciamento da rede, resultado deste encontro nacional, o que Marlen leu no palco da Casa de la Cultura Ecuatoriana.

 

Durante o congresso, Marlen também teve a oportunidade de fazer intercâmbios com diferentes experiências, tanto nas atividades propostas pelos organizadores como nas extra-oficiais. “Acredito que a mesa de fortalecimento organizativo deu um grande passo no tema da articulação latino-americana. Nunca antes havia se desenvolvido um espaço tão plural e representativo”, comentou. “O debate propicia um espaço para repensar os fundamentos teóricos, a institucionalidade, a autonomia e as alianças conquistadas em nível latino-americano.”

Para ela (“acho que é um sentir que dividimos com muitos colegas de El Salvador”), o 3º Congresso Latino-americano de CVC significou um passo que lhes permite reafirmar no trabalho coletivo. Significou uma consolidação meso-americana e latino-americana. “Durante o encontro foram criados espaços para nos encontrar como país e repensar nosso caminho, comparando-o com os de outros países. Isso fortaleceu a visão de seguir trabalhando no avanço da CVC em El Salvador”, destacou. “O congresso permitiu que o país tenha uma voz em nível latino-americano e que se visualizem os esforços de país em nível continental.”

Monica Valladares e a aliança meso-americana

Nos dias em que esteve no Equador, Monica Valladares se hospedou na casa cultural Nina Shunku, no centro histórico de Quito, e assistiu a uma série de apresentações artísticas, feiras, palestras, caravanas e círculos da palavra propostos na programação do congresso. “A abertura destes espaços serviram como pontos de referência para criar alianças entre organizações, articular ideias, compartilhar conhecimentos, intercambiar experiências e ferramentas inovadoras que nos servem para replicá-los em nossos territórios”, afirmou.

Parte da delegação meso-americana presente em Quito

Entre as articulações realizadas, ela citou encontros com organizações provenientes de países como Peru, Equador, Argentina e Chile. “Também conseguimos afiançar nossa relação com os países irmãos centro-americanos, Guatemala, El Salvador, Costa Rica e México, e esperamos ter nosso primeiro congresso meso-americano”, acrescentou.

Ao comentar as atividades de que participou durante o congresso, Mônica destacou a inauguração, na Casa de la Cultura Ecuatoriana, quando se armou no palco a “linha do tempo” da Cultura Viva Comunitária e um bastão foi passado de mão em mão a representantes de todos os países presentes. “Houve um brotar imenso de boas energias e entusiasmo por todos os participantes, com um pequeno convívio no palco com música, risadas e rumba.”

Além disso, falou do círculo da palavra “Arte e Transformação Social”, em que representantes de El Salvador, Peru, Equador e  Argentina compartilharam suas experiências nos territórios e as diversas lutas que enfrentam como organizações em seus contextos. Jensy Santos de Guazapa, de San Salvador, representou seu país neste espaço, dividindo com a plateia as experiências vividas dentro dos Conselhos para o Desenvolvimento Artístico Cultural Comunitário (CODACC), que se encontram em vários municípios e são parte da Rede Salvadorenha de Cultura Viva Comunitária.

Do segundo dia do evento, comentou sobre as quatro mesas temáticas que se juntaram falar das problemáticas enfrentadas como movimento, reunindo representantes de Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Peru e México. Laços afetivos envolvidos na intervenção e seguimento de projetos culturais; como conjugar o profissional com o trabalho comunitário e artístico; a arte como ferramenta de transformação social; gestão cultural e processos formativos foram alguns dos pontos tocados durante a jornada.

Círculo da palavra “Arte e transformação social”

“Os dias posteriores estiveram cheios de alegria. A marcha, que estava prevista para a quinta-feira (23/11), não se realizou por motivos climáticos, e mais uma vez se comprovou que ninguém detém a Cultura Viva Comunitária”, lembrou. Sem poder ir às ruas, os participantes se reuniram na Casa del Árbol para um pequeno convívio com música e baile.

“Pessoalmente, ter participado deste congresso foi uma experiência satisfatória não apenas pela atividade em si, mas pela quantidade de conhecimentos que pude obter através das trocas de experiências com companheiros estrangeiros. As lutas que cada um de nós assumimos em nossos países, em nossas trincheiras, é o que dá sentido a todo nosso esforço e ao empenho que colocamos no nosso fazer comunitário.”

Yesenia Contreras e a identidade viva

Para Yesenia Contreras, também integrante da Rede Salvadorenha de CVC e uma das ganhadoras do Edital de Mobilidade IberCultura Viva 2017, a experiência no Equador foi muito proveitosa. “Ter participado deste congresso não apenas me enche de satisfação, como também me enche de compromisso ante a realidade que vive o meu país e me sensibiliza e irmana com os processos particulares dos/as companheiros/as com que tive a oportunidade de compartilhar nestes cinco dias”, comentou em seu informe de viagem.

Ao vivenciar o dia a dia de um povoado equatoriano, ela pôde “aprender que é no cotidiano que está a cultura viva de um povo, que tudo o que o envolve e o acciona dia a dia é patrimônio e idiossincrasia”.

Além disso, teve a oportunidade de participar do círculo da palavra “Arte e transformação social”, onde se “encheu de satisfação” ao ver a companheira Jensy Santos de Guazapa tendo um espaço para compartir as experiências vividas nos CODACC, e lhe chamou a atenção a palestra de Nancy Viza, que questionava o significado da palavra transformação (“transformar para que?”) e propunha um regresso às raízes para buscar uma verdadeira identidade.

“A Cultura Viva Comunitária não é um processo isolado”, concluiu Yesenia. “Vem de dentro do ser comunitário, é criativa, se sente desde a carne e representa uma identidade viva.”

 

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