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Ciclo de seminários do GT de Sistematização pretende ser um espaço de intercâmbio, discussão e produção
Em 08, ago 2022 | Em Notícias | Por IberCultura
“Gestão cultural comunitária” será o tema do terceiro seminário do Grupo de Trabalho de Sistematização IberCultura Viva, que será realizado virtualmente no próximo sábado, 13 de agosto. Estão previstas apresentações de Robert Urgoite (Uruguai), Rocío Orozco (México) e do Grupo de Teatro Comunitário Arena y Esteras (Peru). A moderação ficará a cargo de Francisca Jara Pérez (Chile). Participam como sistematizadoras Martina Inés Pérez, Vania Brayner e Carla Rabelo.
Este ciclo de seminários por videoconferência foi concebido como uma atividade fechada, para discussões internas dos/das integrantes do grupo de trabalho. As reuniões são gravadas e posteriormente disponibilizadas no canal IberCultura Viva no YouTube para todas as pessoas interessadas.
A intenção é que todas as pessoas convocadas neste GT possam participar dessas instâncias de reflexão conceitual para começar a construir algo coletivo a partir do que já está feito e dos processos de cada um (em suas pesquisas acadêmicas ou experiências em organizações, em gestão, etc.) . Esses encontros virtuais buscam ser espaços de intercâmbio, discussão e produção.
O primeiro seminário, realizado no dia 14 de maio, teve como tema “Culturas comunitárias e diversidades”. Marcelo Vitarelli (Argentina), Daniel Zas (Argentina) e Andrea Mata (Costa Rica) foram os palestrantes desta apresentação inaugural. A sistematização ficou a cargo de Paula Simonetti, Clarisa Fernández, Bárbara Vega e Rocío Orozco.
No dia 18 de junho, foi realizado o segundo seminário, com o tema “Políticas públicas de base comunitária” e apresentações de Clarisa Fernández (Argentina), Ricardo Klein (Uruguai-Espanha), Francisca Jara (Chile) e Alberto Cavassa (Peru).A moderadora foi Inés Lasida (Uruguai). Nicolás Lozano, Estefanía Schneider, Camila Mercado, Ana Paula do Val e Gloria Lescano ficaram responsáveis pela sistematização deste seminário.
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Confira o vídeo do Seminário 1:
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Confira o vídeo do Seminário 2:
Secretaria de Cultura do México anuncia os resultados da convocatória Memórias Vivas
Em 02, ago 2022 | Em Notícias | Por IberCultura
A Secretaria de Cultura do Governo do México anunciou os resultados da convocatória “Memórias Vivas: Apoio à gestão e promoção de arquivos e museus comunitários 2022”, lançada pela Direção Geral de Vinculação Cultural, em coordenação com a Secretaria da Cultura da Cidade do México, no âmbito do projeto “Chapultepec, Natureza e Cultura”. Serão beneficiados 29 projetos, dos quais 20 correspondem a projetos de arquivo, e nove a projetos de museus comunitários.
Os projetos selecionados estão distribuídos em 18 entidades no país: Campeche, Chiapas, Cidade do México, Colima, Estado do México, Hidalgo, Jalisco, Michoacán, Morelos, Puebla, Querétaro, Quintana Roo, Sinaloa, Sonora, Tabasco, Veracruz, Yucatán e Zacatecas. Três serão realizados em municípios de atenção prioritária, de acordo com a Estratégia Nacional para a Promoção da Cultura de Paz e Reconstrução do Tecido Social: Ecatepec de Morelos, Estado do México; San Cristóbal de las Casas, Chiapas, e Felipe Carrillo Puerto, Quintana Roo.
O edital esteve aberto entre 24 de maio e 14 de junho. Destinado a coletivos, cooperativas, grupos ou organizações culturais comunitárias, foi lançado com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de repositórios que promovam e divulguem a diversidade cultural e a memória local das diferentes comunidades do país.
Os projetos foram avaliados de acordo com os critérios estabelecidos na convocatória. Entre eles, aqueles que têm impacto na promoção do acesso, da participação e da contribuição ativa na vida cultural dos membros da comunidade em que será realizado, bem como sua contribuição para o desenvolvimento integral dessa comunidade e a promoção da cultura de paz.
⇒ A lista com os 29 projetos beneficiados está no site memoriasvivas.cultura.gob.mx
⇒ Leia a notícia completa em https://bit.ly/3cHNWm1
Cinema comunitário e diversidade indígena: os projetos regionais selecionados no Edital de Apoio a Redes 2022
Em 20, jul 2022 | Em Notícias | Por IberCultura
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Além das propostas selecionadas por país, o Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 escolheu dois projetos que chamamos de “regionais”, por envolver organizações e coletivos de vários países. Um deles, “Histórias que nos abraçam: Tecendo cinema comunitário”, da Rede de Cine Comunitário da América Latina e Caribe, foi apresentado por uma organização argentina, mas envolve seis países (Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, México e Peru). O outro, “Diversidade Indígena Viva II”, da rede De Abya Yala con Amor, é a continuação de um projeto apresentado por um Ponto de Cultura brasileiro e desenvolvido em 2021 por 15 indígenas de 12 etnias. A primeira edição, que resultou em um e-book lançado no início deste ano, contou com a participação de indígenas de três países (Brasil, Argentina e Equador). A segunda amplia a proposta com a entrada de mais 15 indígenas, originários da Colômbia, do Chile, do Paraguai, do Peru e do México.
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*Nome da rede ou articulação: Red de Cine Comunitario de América Latina y el Caribe
Nome do projeto: Histórias que nos abraçam. Tecendo cinema comunitário
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“Histórias que nos abraçam. Tecendo cinema comunitário” é um projeto da Rede de Cinema Comunitário da América Latina e do Caribe que se propõe a fortalecer a rede de experiências de cinema comunitário na região por meio de três instâncias: um espaço virtual de encontro, intercâmbio e formação; uma publicação digital, e atividades de projeção nos territórios. A proposta foi apresentada ao Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 por uma organização argentina, mas envolve coletivos e organizações de seis países: Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, México e Peru.
Por um lado, o projeto prevê o desenvolvimento de um espaço virtual de encontro, intercâmbio e formação voltado para organizações sociais e coletivos que realizam atividades de cinema comunitário, cultura viva comunitária e educação popular. A ideia é promover um curso de oito encontros para trocar experiências, metodologias e ter novos projetos compartilhados. Essas oficinas são coordenadas de forma colaborativa, com os saberes de cada grupo, tendo como eixos memória, feminismo e território.
Por outro lado, como parte da construção da memória da rede, será feita uma publicação digital que sistematiza a história das organizações integrantes da rede e dos espaços de formação e intercâmbio deste projeto. Também serão realizadas atividades de projeção presencial nos territórios das organizações em rede que apresentam o projeto para promover os processos comunitários das organizações participantes. As produções realizadas durante a capacitação serão exibidas nesses encontros.
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A rede
Os coletivos e organizações que compõem a Rede de Cinema Comunitário da América Latina e do Caribe têm origens diversas e vivem em territórios distintos, mas coincidem, se conectam e se organizam em torno do cinema comunitário como prática política, ética e estética que transforma a vida das comunidades. Desde o surgimento da rede, em 2014, as organizações associadas já compartilharam mais de 30 espaços de formação e intercâmbio em encontros, festivais e projetos.
Segundo eles, o cinema comunitário é conceituado como: 1) uma prática em que a própria comunidade se apropria de ferramentas audiovisuais para se representar e tornar visíveis suas realidades; 2) um modo de produção horizontal e coletivo que gera e valoriza saberes e identidades locais; 3) um processo audiovisual integral de gestão, produção, exibição, circulação e consumo que inclua ativamente a comunidade em cada uma de suas etapas.
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Organizações participantes
Cine en Movimiento é uma organização de cinema comunitário de Buenos Aires, Argentina, que completa 20 anos em 2022. Ao longo desse tempo, desenvolveu oficinas de cinema e educação popular em mais de 350 organizações sociais. Junto com essas organizações, foram produzidos mais de 400 curtas-metragens e peças audiovisuais.
Cinema e Sal é um projeto comunitário de cinema e educação popular realizado nas ilhas da Bahia, no Brasil. Desde janeiro de 2015, desenvolve um trabalho de acessibilidade dirigido principalmente a crianças e jovens das ilhas, utilizando o audiovisual como ferramenta para contar a própria história e reforçar a identidade e o território.
Espora Media é um coletivo/organização transdisciplinar que baseia suas práticas na animação sociocultural, articulando artes e ciências por meio de narrativas audiovisuais e cinematográficas transmídia. Criada em 2016 em Xalapa (Veracruz, México), atua na criação cinematográfica, na educação audiovisual e na exibição de cinema comunitário por meio de eventos e festivais. Há cinco anos desenvolve o projeto de formação audiovisual comunitária “Cine de la Cuenca. Unidos pela água”.
De Lima, Peru, vem Chaski Comunicación Audiovisual, grupo que em 2004 criou um grupo de pequenos cinemas comunitários, em 32 bairros localizados em 10 regiões do Peru (Puno, Cusco, Ayacucho, Apurímac, Ica, Lima, Ancash, La Libertad, Piura e Loreto). Os filmes nacionais, latino-americanos e independentes que estão programados na Rede Nacional de Microcinemas contribuem para fortalecer valores para o desenvolvimento integral das pessoas e a criação de espaços culturais de comunicação, reflexão e educação.
De Bogotá, Colômbia, quem integra a rede é o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Alternativo e Comunitário Ojo al Sancocho, uma iniciativa nascida em 2008, como alternativa de educação e comunicação comunitária, com a intenção de democratizar a cultura audiovisual na Colômbia.
Fundación El Churo, por sua vez, é uma organização que promove e acompanha processos de comunicação comunitária, cinema comunitário e audiovisual, pesquisa e incidência na legislação e políticas públicas de comunicação no Equador. Criada em Quito em 2016, a fundação coordena o Laboratório de Cinema e Audiovisual Comunitário Ojo Semilla, uma proposta de formação e educação popular que compartilha ferramentas técnicas e teóricas para o desenvolvimento e produção de audiovisuais comunitários para grupos de mulheres, feministas, jovens, indígenas e afrodescendentes.
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Nome do projeto: Diversidade Indigena Viva II
Nome da rede: De Abya Yala com Amor
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Em 2021, 15 indígenas de 12 etnias da Argentina, do Brasil e do Equador formaram uma comunidade colaborativa de aprendizagem para compartilhar experiências, opiniões, visões, conhecimentos e sentimentos por meio de ferramentas digitais (Zoom, Whatsapp e redes sociais). Nesses encontros virtuais, que eles chamaram de “fogueiras digitais”, 7 homens e 8 mulheres deixaram correr a palavra, como tradicionalmente acontece nas comunidades indígenas quando se reúnem ao redor do fogo.
O e-book “De Abya Yala com Amor”, lançado em fevereiro de 2022, em sua primeira versão com alguns textos em português e outros em espanhol, é um dos resultados dos intercâmbios digitais realizados ao longo de dois meses de 2021 no projeto “Diversidade Indígena Viva”. Neste livro coletivo, cada autor/a indígena traz uma mensagem para a humanidade que renasce neste momento de crises (ambiental, econômica, sanitária). Fragmentos de depoimentos (“faíscas”) dos/das autores também são encontrados em mais de 50 vídeos curtos que estão disponíveis no canal www.youtube.com/mensagensdaterra.
Este ano, no projeto apresentado ao Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022, a rede De Abya Yala com Amor é ampliada com a entrada de mais 15 indígenas, originários da Colômbia, do Chile, do Paraguai, do Peru e do México. Os propósitos são os mesmos do projeto anterior: atuar como uma comunidade colaborativa de aprendizagem e produzir conteúdo a partir das cosmovisões originárias, para inspirar a humanidade que hoje renasce. A intenção é dar continuidade à produção de fogueiras digitais e suas faíscas, além de um novo e-book, De Abya Yala com Amor 2.
“Diversidade indígena viva” tem como objetivo geral valorizar os saberes indígenas vivo em Abya Yala e dialogar na diversidade. Os objetivos específicos são: 1) Aproximar e articular indígenas e redes indígenas; 2) Promover o intercâmbio de experiências e saberes entre diferentes culturas; 3) Fortalecer as capacidades dos indígenas e suas redes; 4) Valorizar os saberes indígenas e sua participação no mundo atual; 5) Incentivar diálogos interculturais e transdisciplinares que promovam a coesão social e o bem viver para todos, tendo a diversidade cultural como patrimônio vivo comum.
Entre os resultados esperados está a formação de uma comunidade colaborativa multiétnica plurinacional com mais de 20 indígenas fortalecidos em gestão compartilhada, salvaguarda do patrimônio imaterial, apropriação de novas tecnologias e diálogo intercultural. Espera-se também que um novo livro e novos vídeos circulem, valorizando o cruzamento de diversos saberes e provocando transformações socioculturais para o bem viver de todos.
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Organizações participantes
A organização que apresenta o projeto ao Edital de Apoio a Redes 2022 é a brasileira Thydêwá, criada em 2002 na Bahia. Entre as mais de 70 iniciativas idealizadas e promovidas pela Thydêwá, destacam-se o Ponto de Cultura Índios On-Line, o Pontão Esperança da Terra, a Rede de Pontos de Cultura do Nordeste Mensagens da Terra, a rede e coleção de livros Índios na Visão dos Índios, a Rede Índio Educa, a Rede Risada, a Rede Pelas Mulheres Indígenas, Kwatiara, AEI – Arte Eletrônica Indígena e AIRE – Arte com Indígenas em Residências Eletrônicas.
Premiada duas vezes como Ponto de Mídia Livre e três vezes como Ponto de Memória, a organização tem trabalhado com indígenas de 30 etnias diferentes, especialmente na valorização dos patrimônios imateriais, seus direitos e no uso da informação e da comunicação. Além das parcerias com povos indígenas da Argentina e Colômbia, mantém parcerias com o Reino Unido, a Alemanha e a França, promovendo o diálogo intercultural e o bem viver.
O trabalho conjunto com comunidades indígenas na Argentina remonta a 2015, ano em que a organização foi selecionada para o Edital IberCultura Viva de Intercâmbio e deu início aos primeiros projetos em conjunto com Mariela Jorgelina Tulián, casqui curaca de la Comunidad Indígena Territorial Comechingón Sanavirón “Tulián”, que também participa deste projeto.
Situada em San Marcos Sierras (Argentina), a Comunidade Indígena Comechingón Sanavirón “Tulián” foi fundada em 2010 e está presente em escolas, tramitando bolsas de estudos secundários, dando palestras e cursos de cosmovisão, compartilhando cerimônias com os membros dessas instituições e, de maneira mais efetiva, na escola secundária IPEM nº 45 Dr. Ernesto Molinari Romero, por meio de uma tutora intercultural que realiza atividades constantemente.
Há vários anos eles participam de encontros com outras comunidades indígenas, integrando a Coordinadora de Comunicación Audiovisual Indígena de Argentina (CCAIA), onde uma de suas autoridades comunitárias exerce a função de vice-presidenta. E há algum tempo integram o Consejo Continental de Ancianas, Ancianos y Guías Espirituales de América.
Foi Mariela Tulián quem apresentou a Thydewá a parceira equatoriana neste projeto: a Fundación Guanchuro. Criada em 2010, em Pichincha (Equador), esta fundação promove a interculturalidade, os processos de economia solidária, o turismo comunitário, a educação intercultural bilíngue, a promoção da língua e da cultura. É uma das participantes da Rede DVV Internacional, organização de cooperação com sede em Bonn (Alemanha), especializada em educação de jovens e adultos com presença em mais de 50 países do mundo. Angel Ramirez Eras, do povo Palta, é o representante da Fundação Guanchuro na rede.
Maria Pankararu (Pernambuco, Brasil) representa o canal Mensagens da Terra, um coletivo digital criado em 2020 com mais de 400 vídeos postados na internet, todos com indígenas. Mais de 20 etnias brasileiras e 10 de outros países participaram de alguma forma desse canal, que atualmente conta com indígenas Ymboré, Kariri-Xocó, Pankararu, Tupinambá, Pataxó, Pataxó Hãhãhãe, Waura, Desana, Kaingang, Guarani e Xucuru, entre outros.
Nhenety Kariri-Xocó (Alagoas, Brasil) representa a Comunidade Indígena Kariri-Xocó. Além de coordenar o Ponto de Cultura Horizonte Circular em sua comunidade, participou do projeto “Índios on-line”, do Ponto de Cultura Esperança da Terra e da Rede de Pontos de Cultura Indígena do Nordeste do Brasil. Também participou como autor em mais de 15 livros e atualmente coordena o fortalecimento da língua de seu povo em um projeto com colaboradores nacionais e internacionais.
Solita Pereyra ou Sapallitan Sanan Atojpa, outra representante da Argentina, lecionou por 27 anos em escolas das comunidades Tonokoté, em áreas inóspitas e fala Kichwa. Ela dedicou mais de 40 anos a reviver as raízes de seu povo Tonokoté, e é tinkina (autoridade e representante) do Conselho da Nação Tonokoté Llutki, composto por 38 comunidades (33 no território ancestral do que é hoje a província de Santiago del Estero, 1 em Tucumán, 1 em Santa Fé e 3 em Buenos Aires).
Liliana Claudia Herrera Salinas, também argentina, é ativista dos direitos indígenas, poeta, escritora e cantora na língua original. Omta (autoridade) da Comunidade Indígena Huarpe Guaytamari (Uspallata, Mendoza), é vice-presidente da Organização das Nações e Povos Indígenas da Argentina (ONPIA) e membro do Movimento Latino-Americano de Cultura Viva Comunitária.
Do Chile vem Wilma Reyes, da Asociación Indígena Calaucan (San Antonio, Quinta Região, Valparaíso). Fundada em 1999, a associação tem entre suas atividades um projeto de saúde ancestral e intercultural, que vem sendo realizado desde 2008 no Centro Cerimonial de Desenvolvimento Indígena, em Llolleo, onde são ministradas oficinas de cosmovisão mapuche, ervas medicinais, tear mapuche, alimentação saudável, técnicas de arte com relevância indígena e formação de agentes de saúde. Também conta com atividades de educação intercultural bilíngue; cuidado ambiental e ecologia; projetos artísticos e arte-terapia, bem como estágios interculturais.
Outro participante desta comunidade colaborativa é Lecko Zamora, escritor, poeta, músico, jornalista, educador, referência e artesão do povo Wichí. Autor de vários livros sobre a cultura Wichí e de artigos jornalísticos e científicos relacionados aos direitos, saúde e educação dos povos indígenas, Zamora morou por muitos anos na Venezuela e na Bolívia e atualmente reside em Puerto Tirol, província do Chaco, Argentina.
De Huancayo, na região de Junín (Peru), está a Rede de Comunicadores Indígenas do Peru (REDCIP), fundada em 2007 por um grupo de comunicadores que defendem e promovem o direito à comunicação dos povos e comunidades indígenas do litoral e da Amazônia do Peru. A rede é resultado de um processo de confluência e articulação entre comunicadores indígenas de várias regiões, a fim de desenvolver uma agenda indígena comum sobre o tema das comunicações e tornar visíveis as demandas desse setor tanto para o Estado, quanto para o setor privado, sociedade e cooperação internacional.
Francisco Quiroga, por sua vez, representa o Conselho Continental de Anciãos Indígenas, Guias Espirituais da América. Ele é um Guahibo, um povo de San Agustín que vive na área de Huila, Colômbia, e um dançarino do Sol da tribo Lakota em Pipe Stone, Dakota do Sul, desde 2000.
Promovendo encontros em Entre Ríos e Catamarca: os projetos da Argentina selecionados no Edital de Apoio a Redes 2022
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As propostas de redes argentinas selecionadas no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 foram “Construindo o Congresso Provincial de Cultura Viva Comunitária em Entre Ríos” e “XX Feira de Sementes Indígenas e Crioulas e Intercâmbio Camponês-Indígena”. A primeira foi apresentada pela Rede de Cultura Viva Comunitária de Entre Ríos, formada por 20 organizações culturais comunitárias; a segunda, pela articulação “Territórios e Economias Autônomas: Semeando cultura para o bem viver”, integrada por associações que trabalham juntas há vários anos na província de Catamarca.
(* Uma terceira proposta apresentada pela Argentina, “Histórias que nos abraçam: Tecendo cinema comunitário”, da Rede de Cinema Comunitário da América Latina e do Caribe, foi selecionada como projeto “regional”, junto com Diversidade Indígena Viva II, da Rede Abya Yala com Amor, inscrito entre os projetos do Brasil. )
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* Nome da rede ou articulação: Red Cultura Viva Comunitaria de Entre Ríos, Argentina
* Nome do projeto: Construindo o II Congresso Provincial de CVC em Entre Ríos
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O projeto apresentado pela Rede Cultura Viva Comunitária de Entre Ríos consiste na construção de um congresso provincial a partir de reuniões locais e encontros regionais que definirão os eixos de conversação e metodologias de trabalho. A proposta é gerar, ao longo do processo, as condições para ampliar o debate e a participação de integrantes das organizações culturais comunitárias de Entre Ríos, aprofundando os vínculos e o conhecimento de seus territórios, práticas e discursos.
Com este projeto espera-se alcançar a participação de representantes das 20 organizações que compõem a rede em cada uma das instâncias propostas (reuniões locais, encontros regionais e congresso provincial), alcançando a presença de pelo menos 50% de mulheres e dissidências em cada atividade proposta. Da mesma forma, espera-se agregar mais uma organização ou grupo em cada uma das cidades onde a rede já opera.
A intenção é realizar sete encontros locais em sete cidades da província e dois encontros regionais em duas cidades diferentes antes do congresso provincial, no qual se espera a participação de cerca de 120 pessoas. As cidades onde o projeto será desenvolvido são La Paz, Villaguay, Concordia, Gualeguaychú, Victoria, Colón, Villa Elisa, Paraná e Concepción del Uruguay.
Nesse processo, a rede retoma uma proposta metodológica que o movimento CVC vem trabalhando, os círculos da palavra, concebidos como locais de conversa e reconhecimento mútuo. Duas questões devem ser transversais a todas as ações realizadas: a perspectiva de gênero e a questão ambiental. A intenção é promover espaços para mulheres e diversidades em encontros locais e regionais que permitam fortalecer a perspectiva de gênero na agenda do movimento entrerriano de cultura viva comunitária.
A festa de abertura do congresso será um momento para dar lugar às expressões culturais que têm surgido nas organizações. Ao longo da preparação do evento serão apresentadas propostas artísticas de organizações, coletivos e trabalhadores/as de cultura. Também está prevista uma gravação audiovisual do congresso.
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A rede
A Rede de Cultura Viva Comunitária de Entre Ríos é formada por 20 organizações culturais comunitárias de sete cidades da província. O objetivo desta rede é consolidar um espaço de articulação duradouro, que lhes permita sustentar uma voz comum e plural, promover projetos comuns que fortaleçam territórios ou unidades temáticas (ambiental, gênero, produção artística, etc.), para a incidência em políticas públicas, para a visibilidade dos problemas e propostas das organizações.
Desde 2017 essa rede tem criado espaços de encontro que permitem conhecer seu trabalho, os vínculos com os atores locais, compartilhar agendas de eventos, espaços de formação e informações sobre políticas para o setor e coordenar a participação em reuniões e congressos nacionais.
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Organizações participantes
A Biblioteca Popular Caminantes nasceu na cidade do Paraná em 2003, como uma proposta para construir um espaço que promovesse práticas culturais democráticas, autônomas e comunitárias. Seus integrantes criaram a Feira da Leitura, realizada em 2010, 2012, 2015, 2019 e 2021 em praças, escolas e parques, e trabalham com oficinas de leitura ao longo do ano com quatro escolas. Também têm programado espetáculos que chamam de “Paraíso Cultural”, com convites teatrais, literários e musicais, e mantêm ativas oficinas de teatro e circo para crianças, desenho e animação, murga, construção de brinquedos, dança, teatro comunitário, fotografia e escrita criativa.
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O Centro Cultural La Fragua, em Villa Elisa, é uma associação civil de promoção e desenvolvimento que trabalha pela inclusão das pessoas e pela promoção dos direitos culturais, educacionais, comunicativos e sociais. Atualmente ali funcionam oficinas de teatro, fotografia, audiovisual, música, violão, idiomas, pintura, informática, dança, ioga, entre outras. Há também uma sala de aula satélite para educação a distância, onde os cursos de nível superior e universitário são ministrados por universidades públicas e privadas. Desde 2003, La Fragua promove todos os verões o Cinema Itinerante “Bajo Las Estrellas”, que percorre os espaços públicos da cidade e dos bairros para que as pessoas voltem a ter acesso ao cinema argentino e às produções audiovisuais regionais.
A Associação Civil Taller Flotante, criada na cidade de Vitória em 2015, é uma plataforma para projetos relacionados ao território das Ilhas do Delta Superior do Rio Paraná. É um espaço de produção, pesquisa e experimentação extra-disciplinar e autogestionário, que busca superar visões estabelecidas e divisões políticas. O trabalho se desenvolve a partir da circulação dos territórios como forma de conhecimento, leitura e escrita simultâneas, por meio de expedicionários (pesquisadores, escritores, comunicadores, professores, baqueanos etc.). A comunidade e a paisagem convivem em trocas de saberes, a partir de formas e meios que cada um tem para interpretar o que acontece in loco. Sua modalidade são oficinas e/ou laboratórios.
A Biblioteca Popular Nora Cortiñas é destinada a quem mora no Bairro Antártida Argentina e bairros vizinhos, a leste da cidade do Paraná. Sua atuação no território começou em junho de 2019, como um projeto que considera a leitura como a melhor forma de potencializar a imaginação, fornecer as ferramentas necessárias para conhecer e reconhecer direitos e lutas históricas e, assim, acessar uma educação melhor. Além de realizar eventos populares com atividades artísticas, recreativas, desportivas e literárias, a biblioteca promove a formação em áreas como saúde sexual e reprodutiva, prevenção e erradicação da violência de género e saúde ambiental, entre outras.
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Las Viñas – Grupo Solidário, criado em 2019 em Concórdia, atende a população com refeitório, com aulas de apoio escolar, oficinas, recreativas e passeios, com hortas comunitárias e entregas de sementes, entre outras atividades. O Somos y Sembramos la Pacha, por sua vez, é um espaço socioambiental feminista que surgiu em julho de 2019, inicialmente como um programa de rádio dedicado a temas como soberania alimentar, agroecologia e ecofeminismo.
O projeto também inclui a participação do programa de rádio “La Santa Voz Murguera (Parte de Vos, Parte de los Barrios)”, que tem entre seus objetivos a promoção da diversidade cultural e interculturalidade dos povos indígenas, cultura local, arte urbana e murgas no estilo portenho e uruguaio, além de incorporar cosmovisões, valores, saberes, saberes e formas de aprendizagem das diferentes comunidades, movimentos populares, associações civis, fundações sem fins lucrativos e instituições que fazem a educação popular da cidade de Concórdia.
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*Nome da rede ou articulação: Territorios Autónomos y Economías: Sembrando Cultura para el Buen Vivir
* Nome do projeto: XX Feria de Semillas Nativas e Crioulas e Intercambio Campesino Indígena
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A XX Feira de Sementes Nativas e Crioulas e o Intercâmbio Camponês Indígena, também selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022, buscam dar continuidade a um espaço que tem possibilitado a defesa da identidade cultural, a partir do resgate de práticas e do intercâmbio de saberes. As organizações proponentes vêm trabalhando juntas há vários anos, realizando aprendizados e promovendo intercâmbios semelhantes em outras comunidades, conseguindo recuperar variedades ancestrais de sementes, saberes e usos, além de promover a distribuição/troca.
O projeto tem como objetivo promover a troca de saberes, usos e múltiplas formas de saberes indígenas e camponeses sobre sementes nativas e crioulas, além de divulgar o trabalho de recuperação, conservação e produção de sementes. Da mesma forma, busca fortalecer o papel das mulheres na preservação das sementes nativas e crioulas como patrimônio cultural e identidade das comunidades indígenas e camponesas.
Para isso, serão realizadas oficinas de capacitação (locais e regionais), uma feira de troca de sementes na cidade de Medanitos (prevista para setembro), um encontro de intercâmbio de conhecimentos, um plano de comunicação para divulgação, e uma sistematização de práticas sobre sementes nativas e crioulas realizadas por mulheres camponesas e indígenas (formato digital). Também está prevista a participação da rede na Semana Continental de Sementes Nativas e Crioulas, em julho.
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A rede
A articulação de Territórios e Economias Autônomas: “Semeando cultura para o bem viver” é formada pela Associação Civil Bem-Aventurados os Pobres (BePe), a Associação Camponesa de Abaucán (ACAMPA) e a União dos Povos da Nação Diaguita (UPND). Na província de Catamarca, BePe e ACAMPA coordenam atividades há mais de 20 anos, incluindo a gestão da FM Horizonte. O BePe e a UPND também trabalham juntas há seis anos, e a UPND apoia a ACAMPA desde 2018 no fortalecimento da identidade camponesa-indígena.
Essas organizações sustentam que as sementes nativas e crioulas são o patrimônio biocultural dos povos e a base da agricultura tradicional, garantindo a soberania e autonomia alimentar, e que as mulheres têm contribuído com seus conhecimentos e práticas na seleção, produção e cuidado das mesmas. Por isso, em defesa e promoção de sua própria identidade cultural e territórios, a XX Feira de Troca de Sementes Nativas e Crioulas será realizada em setembro.
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Organizações participantes
Bienaventurados los Pobres (BePe) é uma associação fundada em 1984, em San Fernando del Valle de Catamarca, que atua no noroeste da Argentina (NOA) por meio de uma equipe interdisciplinar de educadores populares, com o objetivo de contribuir para a construção de um uma sociedade justa e sustentável, pautada no respeito à diversidade de estilos de vida e culturas, com vistas a agroecologia, economia social, educação e comunicação popular.
A ação institucional está vinculada ao fortalecimento da soberania e autonomia alimentar das famílias camponesas, indígenas e produtoras urbanas, à defesa do território, à recuperação de saberes e práticas comunitárias e à promoção das identidades culturais locais. BePe desenvolve suas ações em bases territoriais e em articulação com organizações locais nas províncias de Catamarca e Santiago del Estero, Região Noroeste da República Argentina.
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A Asociación Civil Campesinos del Abaucán (ACAMPA) foi criada em 2009, em Medanitos, província de Catamarca, com o objetivo de “resgatar a identidade dos trabalhadores de Bolsón de Fiambalá; promover a solidariedade, a união das famílias do território, o desenvolvimento sustentável, a dignidade e a melhoria da qualidade de vida; promover a ajuda entre empresários camponeses e camponeses da área; recuperar e recriar os valores da cultura camponesa local”.
Sua conformação resgata experiências organizativas e solidárias pré-existentes, como fundos rotativos, banco de ferramentas e comissão organizadora da feira de sementes. Desde 1999, as famílias que compõem a ACAMPA promovem diversas ações de trabalho comunitário em defesa de seus meios e modos de vida e, junto com o BePe, realizam trabalhos de recuperação de sementes nativas e crioulas por meio da implantação do “Projeto Resgate de Variedades Locais de milho, abóbora e feijão”.
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A União dos Povos da Nação Diaguita (UPND) nasceu em 2013 como uma organização de povos indígenas de segundo grau, formada por 18 comunidades indígenas do povo Diaguita, localizadas no norte da província de Catamarca, nos departamentos de Andalgalá, Belén, Santa Maria e Antofagasta de la Sierra. Participam do projeto as seguintes comunidades nativas: Cerro Pintao, Famabalasto, La Quebrada, La Hoyada, Toro Yaco, Alto Valle del Cajón, Aconquija, Los Nacimientos, Atacameños del Altiplano e Atacameños de Andiofaco. Embora sejam povos que tenham em comum suas raízes e identidade diaguita, os territórios e ecossistemas que habitam não compartilham as mesmas características, de modo que suas práticas culturais também variam.
A organização gerencia atividades relacionadas à reprodução da vida comunitária: produção, soberania alimentar, identidade cultural, educação, saúde, direitos, infraestrutura e recursos. Cada comunidade está organizada em torno de uma assembleia, espaço fundamental de deliberação, socialização e tomada de decisões. As comunidades que fazem parte da UPND se reúnem em assembleia a cada 45 dias, para tratar de questões e problemas que estão passando, ligados principalmente à defesa do território e ao reconhecimento de sua identidade cultural.
Rumo ao Peru: como se inscrever no Edital de Mobilidade
(Foto: Cultura de Red. 1º Congresso Latino-americano de CVC, Bolivia, 2013)
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O Edital de Mobilidade 2022 foi lançado pelo programa IberCultura Viva no dia 6 de julho para apoiar a participação de representantes de organizações culturais comunitárias, povos indígenas e comunidades afrodescendentes no 5º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária.
O evento será realizado de maneira itinerante, com sedes em Lima (Lima Centro, San Juan de Lurigancho e Ate-Vitarte) e Junín (Huancayo), de 8 a 15 de outubro de 2022. A organização está a cargo do Grupo Impulsor do 5º Congresso, formado por uma rede de diversas organizações de todo o Peru e membro do Movimento Latino-americano CVC.
O valor total destinado ao Edital de Mobilidade 2022 é de US$ 57.500, que serão distribuídos para compra de passagens aéreas, seguro viagem e inscrição para os/as representantes das organizações ou coletivos selecionados.
O edital estará aberto até o dia 2 de agosto, às 23h59 (considerando o horário de Brasília e Buenos Aires), na plataforma Mapa IberCultura Viva: https://mapa.iberculturaviva.org/opportunity/224 /.
Aqui está um guia para ajudar você a fazer sua inscrição.
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REQUISITOS
A quem se dirige o edital?
A convocatória é destinada a representantes de organizações culturais comunitárias e/ou povos originários e comunidades afrodescendentes (com certificado de pessoa jurídica emitido pelo órgão competente de cada país) dos países membros do Conselho Intergovernamental do IberCultura Viva: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Paraguai (país convidado), Peru e Uruguai.
Cada organização cultural comunitária, povo indígena ou comunidade afrodescendente poderá apresentar apenas um candidato, que deverá ser maior de idade e estar apto a viajar ao Peru entre 8 e 15 de outubro.
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Sou representante de uma organização/coletivo sem certificado de pessoa jurídica. Posso participar da convocatória?
No caso de não possuir documentação legal, a organização ou comunidade indígena/afrodescendente deve apresentar uma carta aval do representante do programa IberCultura Viva no país (REPPI). No regulamento da convocatória há uma lista em anexo com os nomes dos/das REPPIs dos país membros. Cada país pode determinar os critérios pertinentes para a emissão da carta aval.
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Há alguma restrição para participar do edital?
Organizações que estejam inabilitadas ou com contas pendentes no programa IberCultura Viva não podem participar. As pessoas que foram beneficiadas mais de uma vez nos Editais de Mobilidade IberCultura Viva também não podem ser selecionadas, exceto a convocatória de 2018, que teve como objetivo apoiar a participação nas Jornadas Preparatórias do 4º Congresso Latino-Americano de Cultura Viva Comunitária.
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Que documentos devo preencher e/ou enviar?
Além de preencher o formulário de inscrição no Mapa IberCultura Viva, informando os dados do candidato e da organização/povo indígena/comunidade afrodescendente que irá representar, é necessário fazer o upload do passaporte ou documento de identidade necessário para poder entrar no Peru e anexar um currículo do candidato. Este documento deve incluir experiência, trajetória, perfil de atuação dentro da organização cultural comunitária ou indígena/comunidade afrodescendente e em outros espaços de ação cultural, experiência em trabalho em rede, etc.
Certificados e/ou documentos que comprovem a participação do candidato em instâncias de articulação de redes e circuitos de organizações culturais comunitárias, como os Congressos Latino-Americanos de CVC ou outras iniciativas, devem ser digitalizados e carregados na plataforma Mapa IberCultura Viva. Podem ser anexados até seis certificados por candidato.
É também obrigatório o envio de comprovante do registro legal/pessoa jurídica (CNPJ, no Brasil) e uma carta aval da organização ou coletivo que o requerente representa.
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O edital menciona três tipos de carta aval. Qual a diferença entre elas?
Todos os candidatos devem enviar uma carta aval das autoridades da organização cultural comunitária ou da comunidade indígena/afrodescendente que representam, autorizando sua inscrição e declarando sua função na organização. Um modelo está disponível na plataforma (tanto no formulário quanto na página inicial da chamada), nas versões em espanhol e português. Esta carta de endosso da organização é obrigatória.
Outro modelo de carta aval disponível na plataforma é a de rede, a ser utilizada no caso de a organização/povo indígena/comunidade afrodescendente se candidatar em nome de uma rede. Esta carta aval deve ser assinada pelas autoridades de cada uma das organizações/povos originários/comunidades afrodescendentes integrantes da rede. (As assinaturas devem ser acompanhadas do nome e sobrenome da pessoa que assina, cargo ou função dentro da organização e nome da organização/povo indígena/comunidade afrodescendente).
Nestes dois casos em que o modelo de carta aval está disponível, é necessário fazer o download do arquivo (para o Brasil, há uma versão em português), preencher os campos obrigatórios, imprimir e coletar as assinaturas dos responsáveis pelo organizações. Este documento assinado deve ser escaneado ou fotografado para ser enviado junto com a ficha de inscrição (há um botão “Enviar” neste campo específico).
O terceiro tipo de carta aval que consta no regulamento do edital é a do REPPI (representante do país perante o programa), caso a organização/coletivo do candidato não possua documentação legal. Neste caso, não há modelo disponível.
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INSCRIÇÃO
Como me inscrevo no edital para participar do congresso?
Para se inscrever nos editais do IberCultura Viva, é necessário se cadastrar primeiro como agente no Mapa IberCultura Viva: https://mapa.iberculturaviva.org/
Esta plataforma permite o registro de dois tipos de agentes: individual e coletivo. Por agentes individuais entendemos pessoas físicas, e por agentes coletivos, organizações culturais comunitárias, povos indígenas, grupos e instituições.
No caso do Edital de Mobilidade, é obrigatório o cadastro do perfil de agente individual (a pessoa física que será responsável pelo cadastro) e recomenda-se o cadastro do agente coletivo (a organização/grupo que a pessoa representa), embora isso não seja excludente. Aqui está uma instrução sobre como se registrar na plataforma: http://iberculturaviva.org/manual/?lang=es
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Já participei de outro edital do IberCultura Viva através desta plataforma. Preciso me registrar novamente como agente?
Não é necessário. O campo “Registrarse” na página inicial do Mapa IberCultura Viva é utilizado apenas pela primeira vez. Nas vezes seguintes, terá de ir a “Ingresar” para poder acessar o seu perfil. (Nota: Pela primeira vez, ao se registrar, o/a agente é direcionado/a automaticamente para o perfil. Em seguida, será necessário clicar em “Editar” para acessar/alterar os dados cadastrais.)
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Uma vez que o cadastro como agente na plataforma é preenchido, onde encontro a ficha de inscrição do concurso?
Quando tiver um perfil de agente cadastrado, vá até “Editais” (no topo da tela do Mapa IberCultura Viva) e procure o arquivo que aparece com o título “ Convocatoria de Movilidad/Edital de Mobilidade 2022”.
Para iniciar seu cadastro, clique no campo de busca, localize o nome do agente individual/pessoa física que possui o cadastro (seu perfil de agente cadastrado anteriormente) e selecione “Realizar cadastro”. O formulário aparecerá imediatamente, primeiro em espanhol e depois em português.
O sistema gera um “número de registro”, que deve ser fornecido sempre que você entrar em contato com o programa IberCultura Viva para obter qualquer informação sobre sua proposta.
Atenção: A qualquer momento é possível salvar os dados cadastrais utilizando o botão “Salvar” na margem superior direita. Feito isso, você pode sair da plataforma e continuar mais tarde, antes do final do período de registro.
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ENVIO
Como saber se a candidatura foi realmente enviada?
A candidatura só será enviada após o preenchimento de todos os campos obrigatórios do cadastro de agente e do formulário de inscrição do edital, incluindo os anexos obrigatórios.
Caso o cadastro do agente na plataforma não tenha sido totalmente concluído, não será possível enviar seu cadastro. O sistema apresentará um alerta (um “!” vermelho que deve ser clicado para descobrir onde está o problema). Caso o erro tenha sido no cadastro do agente, será necessário acessar “Meu perfil” (clicando em seu nome ou foto de perfil) e editar seu cadastro, preenchendo todos os campos do formulário.
Atenção: Verifique as informações antes de clicar em “Enviar inscrição”. Após o envio não será possível editá-lo. A plataforma exibirá uma confirmação do envio: a data e a hora do envio aparecerão na tela destacadas em verde.
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SELEÇÃO
Quantas pessoas serão selecionadas?
O valor total destinado ao Edital de Mobilidade 2022 é de US$ 57,5 mil, que serão distribuídos para compra de passagens aéreas, seguro viagem e inscrição para os representantes das organizações ou grupos selecionados, além das despesas bancárias correspondentes à gestão dessas ações. A seleção deve contemplar a proporcionalidade dos recursos concedidos entre os países participantes, de acordo com o nível de participação e diversidade nacional.
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Quais os critérios que serão levados em consideração na seleção?
Os critérios que serão levados em consideração na seleção são aqueles detalhados no regulamento do edital, como a trajetória da organização e da pessoa candidata em ações culturais comunitárias, e o histórico de participação em reuniões de redes culturais comunitárias.
Mulheres, jovens (de 18 a 35 anos), afrodescendentes e indígenas terão dois pontos extras na avaliação, assim como pessoas que participarão com alguma apresentação no Congresso (isso deve ser confirmado por meio de uma carta do Grupo Impulsor do evento). Serão selecionadas as pessoas que obtiverem as maiores pontuações entre os/as candidatos/as de cada país.
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No caso de eu ser uma das pessoas selecionadas no edital, o que receberei?
As pessoas selecionadas nesta convocatória receberão passagens aéreas, seguro viagem e inscrição (Opção A). A inscrição inclui hospedagem, alimentação e traslados entre as cidades/distritos sedes do evento, a cargo dos organizadores do congresso. O programa não se responsabilizará pelos benefícios que serão fornecidos pela organização do congresso, como hospedagem, transporte ou alimentação. (Para mais informação, contacte a organização do congresso: cvccomunicacionespe@gmail.com)
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As pessoas selecionadas terão que participar de todas as atividades do congresso?
As pessoas candidatas devem se comprometer a participar das atividades programadas durante todos os dias do congresso. Caso o IberCultura Viva programe atividades em conjunto com o 5º Congresso Latino-Americano de Cultura Viva Comunitária, a presença será obrigatória.
Além disso, as pessoas selecionadas devem fazer a prestação de contas em até 30 dias após seu retorno. Esta prestação deverá ser enviada por e-mail para programa@iberculturaviva.org, consistindo em: a) Relatório ou informe das atividades em que participou; b) Tíquetes de embarque; c) Realização de uma sessão de trabalho virtual e/ou presencial sobre a sua participação no congresso com a comunidade, organizações ou outros espaços onde o/a candidato/a atua.
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Confira o regulamento: https://bit.ly/3uFfBtT
Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/224/
Como se inscrever no Mapa IberCultura Viva: http://iberculturaviva.org/manual/?lang = es
Mais informações sobre o congresso: https://bit.ly/3RoFEPM
Consultas: programa@iberculturaviva.org
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(*) Texto atualizado em 26 de julho de 2022, após a extensão do prazo de inscrições do edital
Neolaredenses pintam mural comunitário em Nueva Ciudad Guerrero
Em 07, jul 2022 | Em Notícias | Por IberCultura
Integrantes da sede Nuevo Laredo da Rede de Agentes Culturais Comunitários de Tamaulipas iniciaram o processo de criação de um mural comunitário em Nueva Ciudad Guerrero (Tamaulipas, México). A atividade desenvolve-se no âmbito dos Cursos de Verão 2022, de quarta-feira 6 a domingo 10 de julho, na Casa da Cultura do município mexicano, que fica na fronteira com os Estados Unidos.
Os muralistas e gestores culturais comunitários Roberto Jasso “Tigre”, Reynaldo Mata “Funky Gallo” e Imelda Cázares estão encarregados de facilitar a pintura, que contou com a participação de 44 meninas, meninos e jovens entre 3 e 18 anos.
Eles foram convocados a pedido da prefeita Iracema Albeza Peña Ramírez, por meio de Mariely Hernández Alemán, diretora municipal de Arte e Cultura, e Lizbeth Maru Rodríguez Navarro, diretora da Casa de la Cultura, por sua ampla experiência e trajetória no campo cultural comunitário.
Os artistas são as pessoas de Nuevo Laredo que se especializaram na criação de murais comunitários, metodologia que envolve a participação ativa de cada um em todo o processo, desde a celebração de acordos de convivência, reflexão sobre sua identidade e criação de um esboço coletivo, até a pintura do mural.
Por meio dessa metodologia, na qual o processo é o mais relevante, meninas, meninos e jovens reconhecem a arte e a cultura como meio de exercer direitos e impactar positivamente sua comunidade, contribuindo assim para a construção da cidadania.
Também participam como facilitadores convidados Edgar Waldo e Osiris García, muralistas que integram a Rede de Agentes Culturais Comunitários de Tamaulipas, sede de Ciudad Mier.
(*) Nueva Ciudad Guerrero é um dos municípios integrantes da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais.
IberCultura Viva lança o Edital de Mobilidade 2022
(Foto: Cultura de Red. 1º Congresso Latino-americano de CVC, Bolívia, 2013)
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O programa IberCultura Viva abriu as inscrições para o Edital de Mobilidade 2022, dirigido às organizações interessadas em participar do 5º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, que se realizará de 8 a 15 de outubro no Peru. As pessoas selecionadas receberão passagens aéreas de ida e volta, seguro de viagem e inscrição para o congresso.
Podem participar da convocatória representantes das organizações culturais comunitárias, povos originários e comunidades afrodescendentes dos países que integram IberCultura Viva: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Paraguai (país convidado), Peru e Uruguai. Cada organização ou povo originário/comunidade afrodescendente poderá apresentar uma pessoa candidata. As postulações poderão ser enviadas até 26 de julho pela plataforma Mapa IberCultura Viva.
A seleção levará em conta critérios como a trajetória da organização e da pessoa candidata em ações culturais comunitárias, e o histórico de participação em encontros de redes culturais comunitárias. Mulheres, jovens (de 18 a 35 anos), pessoas afrodescendentes e pertencentes a povos originários terão dois pontos extras na avaliação, assim como as pessoas que participarão do congresso com alguma apresentação.
O formulário de inscrição deverá ser completado de maneira on-line, incluindo o envio de anexos, e não serão aceitas postulações com data de chegada anterior ao dia 7 de outubro nem saída depois de 16 de outubro de 2022. A publicação do resultado está prevista para 15 de agosto.
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Passagens + inscrição
Se destinará um total de US$ 57.500 para a compra de passagens aéreas, seguros de viagem e inscrição para as pessoas representantes das organizações selecionadas, além dos gastos bancários correspondentes a essas transferências. A opção A de inscrição, que será paga pelo programa, inclui hospedagem, alimentação e traslado entre as sedes do evento em Lima e Junín. Esses serviços são oferecidos pelo Grupo Impulsor (GI) do 5º Congresso Latinoamericano de CVC, que organiza o evento, e não são de responsabilidade do IberCultura Viva.
O Grupo Impulsor do Congresso é formado por uma rede de organizações diversas de todo o Peru e integrante do Movimento Latino-americano de CVC. O GI foi criado em maio de 2019, ao final do 4º Congresso Latino-americano de CVC, realizado na Argentina em formato de caravana (passando por Mendoza, Córdoba, Entre Ríos e Buenos Aires). Assim como se deu na Argentina, o 5º Congresso Latino-americano de CVC será itinerante, com sedes em Lima (Lima Centro, San Juan de Lurigancho e Ate-Vitarte) e Junín (Huancayo).
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Confira o regulamento do edital
Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/224/
Consultas: programa@iberculturaviva.org
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Saiba mais sobre o congresso: https://www.facebook.com/perucvc
Primera Parada Informativa do Grupo Impulsor:
GT de Sistematização realiza seminário sobre políticas culturais de base comunitária
Em 21, jun 2022 | Em Notícias | Por IberCultura
No dia 18 de junho, foi realizado o segundo seminário virtual do Grupo de Trabalho de Sistematização do IberCultura Viva, com o tema “Políticas públicas de base comunitária”. Clarisa Fernández (Argentina), Ricardo Klein (Espanha), Francisca Jara (Chile) e Alberto Cavassa (Peru) foram os palestrantes. A moderação ficou a cargo de Inés Lasida (Uruguai).
Clarisa Fernández, a primeira palestrante, recuperou algumas das contribuições do primeiro seminário do ciclo, realizado no dia 14 de maio, e fez uma introdução ao tema das políticas públicas de base comunitária, com historicização e desenvolvimento conceitual a partir dos autores principais que trabalharam o assunto.
A apresentação de Ricardo Klein girou em torno da política cultural comunitária, ausências e presenças na esfera ibero-americana, com um panorama da gestão estatal. Na sequência, Francisca Jara falou sobre as políticas culturais comunitárias no Chile e a incidência das organizações culturais comunitárias no processo atual, entendendo que desde 2019 o país vive uma série de mudanças sociais e culturais. O caso abordado foi o da Trinchera Celeste de Rancagua.
A exposição de Alberto Cavassa, por sua vez, buscou uma aproximação ao estudo das organizações comunitárias a partir da construção social da economia solidária, com o estudo de caso da Rede de Microcines Cusco.
Assista ao vídeo do seminário 2:
Ibermuseus, IberCultura Viva e Iber-rutas lançam espaço de diálogo e difusão de experiências culturais
Em 21, jun 2022 | Em Banco de Saberes, Destaque, Editais, Notícias | Por IberCultura
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Os programas de cooperação Ibermuseus, IberCultura Viva e Iber-rutas, com o apoio da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB), apresentam o Banco de Saberes e Boas Práticas do Espaço Cultural Ibero-americano. Esta plataforma virtual reúne projetos, tecnologias sociais, experiências e ações desenvolvidas por instituições museológicas, organizações culturais comunitárias, coletivos migrantes e outros agentes culturais ibero-americanos.
O lançamento oficial da plataforma, nesta terça-feira, 21 de junho, marca também a abertura da chamada de projetos, com o objetivo de reunir experiências que coloquem em evidência a contribuição da cultura para o bem-estar social. As bases estão disponíveis na web do Banco de Saberes e o prazo para o registro de práticas será de 21 de junho a 31 de julho de 2022.
O Banco de Saberes e Boas Práticas do Espaço Cultural Ibero-americano nasce com o objetivo de promover o diálogo intercultural e valorizar o papel da cultura como agente transformador de condições e imaginários, na melhoria da qualidade de vida das pessoas, de sua saúde mental e emocional e, ao mesmo tempo, como promotora de sociedades mais justas.
Dar visibilidade a estas iniciativas territoriais e comunitárias é uma tarefa essencial para o fortalecimento e valorização dos agentes ibero-americanos. Através das experiências apresentadas pelo Banco se evidencia o papel da cultura na transformação da nossa sociedade, na inclusão e coesão social, recursos que junto a educação, saúde e segurança pública são um poderoso aliado para enfrentar dificuldades como as atravessadas entre 2020 e 2021.
Os projetos que atualmente compõem o Banco foram contemplados nos editais de ajudas implementados pelos três programas de cooperação, entre 2020 e 2021, e também em 2019, mas desenvolvidos no contexto da pandemia de Covid-19. Além desses projetos, e sendo conscientes da multiplicidade de iniciativas lançadas por diferentes atores culturais no contexto da pandemia, a partir do consórcio de programas se pretende dar a máxima visibilidade a estas ações reunindo-as em um repositório virtual.
Espera-se que as boas práticas possam servir de referência para outros agentes e instituições na implementação de projetos em seus campos de atuação. A intenção é a de que a plataforma expanda suas fronteiras, englobando projetos dos demais programas do Espaço Cultural Ibero-americano, assim como iniciativas independentes. Desta forma, poderia configurar-se em um instrumento da Cooperação Ibero-americana, em um mecanismo de troca de experiências sobre participação cidadã inclusiva e intercultural.
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Convocatória
A chamada está dirigida a museus, instituições museológicas, organizações culturais comunitárias, comunidades migrantes e demais agentes culturais dos 22 países ibero-americanos(*) que queiram formar parte do repositório de projetos do Banco de Saberes e Boas Práticas do Espaço Cultural Ibero-americano, mediante o registro de suas experiências e aprendizagens implementados em apoio a suas comunidades durante os últimos anos, sobretudo entre 2020 e 2021.
A intenção é reunir todas as iniciativas e instituições que desejem integrar este espaço como potencial ferramenta para o conhecimento, reconhecimento e ampliação de possibilidades a partir do acesso a boas práticas e informação. Trata-se de um banco de acesso livre, autogerido e disponível para que qualquer pessoa, de qualquer país ibero-americano, possa identificar as iniciativas nele reunidas.
As experiências poderão ser sobre ações de alívio, apoio ou assistência comunitária diante das dificuldades geradas pela pandemia da Covid-19 e/ou sobre ações implementadas por instituições ou agentes culturais que tenham ou tenham tido como objetivo melhorar a qualidade de vida das pessoas, de sua saúde mental e emocional e, ao mesmo tempo, como promotora de sociedades mais justas.
As práticas podem ter caráter educativo, social, humanitário, ou simplesmente promover a recreação. Serão bem-vindas todas as iniciativas que valorizem o papel da cultura como agente transformador de condições e imaginários. Poderão ser registradas apenas experiências de práticas desenvolvidas no âmbito ibero-americano e que tenham sido realizadas a partir de março de 2020. Elas podem ter sido concluídas ou estar em desenvolvimento permanente.
O número de práticas é ilimitado, cada instituição, coletivo ou agente cultural poderá registrar quantas práticas considere, preenchendo um formulário por prática. As experiências poderão ser apresentadas em espanhol ou português.
As instituições, os coletivos e agentes interessados em registrar suas práticas no Banco de Saberes devem se cadastrar na plataforma (https://bancodesaberesiberoamericano.org/registrar-usuario/) e preencher dois formulários: um para a instituição e outro para a prática. O registro deverá ser realizado exclusivamente através da plataforma web.
As práticas cadastradas serão inscritas no Banco de Saberes e Boas Práticas do Espaço Cultural Ibero-americano, receberão um selo de “Boa Prática” do consórcio de programas e participarão de uma capacitação virtual, de maneira gratuita, sobre “Cultura e vinculação comunitária” que será ministrada por referências ibero-americanas entre 2022 e 2023.
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Descubra como ser parte em:
www.bancodesaberesiberoamericano.org
Consultas: bancodesaberesdeleci@gmail.com
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(*) São países ibero-americanos: Andorra, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, República Dominicana, Uruguai, Venezuela.
Ministério de Cultura e Esporte da Espanha abre convocatória de projetos para o VIII Encontro Cultura e Cidadania
Em 14, jun 2022 | Em Notícias | Por IberCultura
Está aberta até 23 de junho a convocatória de projetos para o VIII Encuentro Cultura y Ciudadanía, que será realizada de 26 a 28 de outubro no Centro Magallanes de Sevilha (Espanha). Esta oitava edição do encontro pretende ser uma reflexão sobre a questão racial, a presença das minorias na cultura e o papel das instituições e setores culturais neste contexto.
Iniciativas e projetos alinhados ao tema e conceitos-chave do evento serão selecionados nesta chamada pública, que pela primeira vez é aberta a indivíduos, grupos, associações e entidades públicas ou privadas de todos os países ibero-americanos, além da França. (Os projetos latino-americanos selecionados serão apresentados remotamente, mas existe a possibilidade de abrir uma exceção e combinar com o interessado a presença in loco).
O VIII Encontro de Cultura e Cidadania é uma iniciativa da Direção Geral de Indústrias Culturais, Propriedade Intelectual e Cooperação do Ministério de Cultura e Esporte da Espanha, através da Subdireção Geral de Cooperação Cultural com as Comunidades Autónomas.
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Tema do encontro
Esta edição será articulada em torno de um glossário de conceitos para explorar coletivamente um cenário em que variáveis que partem do que se entende por raça, nacionalidade ou identidade não supõem uma barreira no exercício de direitos culturais. Serão problematizados conceitos como raça, diversidade, identidade, decolonialidade ou interculturalidade, na busca de práticas e narrativas culturais transformadoras que ajudem a identificar cenários alternativos e desejáveis.
Há muitas questões a serem abordadas, desde o próprio uso da linguagem. O sistema cultural reproduz e consolida a desigualdade social sofrida pelas minorias? Quais são as exclusões causadas pelo sistema, como enfrentá-las? O que significa o conceito de pessoas racializadas? Onde eles estão no setor cultural? O que entendemos por diversidade, multiculturalismo ou interculturalidade? O que significa descolonizar uma instituição, uma história ou um processo cultural? A partir de onde construir novos espaços de convivência?
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Seleção de projetos
A publicação dos projetos selecionados será feita no site do programa Cultura e Cidadania a partir de 1º de julho. A comissão consultiva do encontro, em conjunto com os responsáveis pelo Ministério de Cultura e Esporte, selecionará os projetos que considerar de maior interesse de acordo com o tema e conceitos-chave desta edição e a natureza, objetivos e linhas programáticas do programa Cultura e Cidadania, garantindo também o adequado equilíbrio territorial.
A apresentação de projetos será feita em dois formatos: apresentação oral e presença no Espaço de Exposições e Networking. Para o formato oral, serão selecionados até 15 projetos, que serão apresentados pelos responsáveis durante o encontro, presencial ou virtualmente, em painel coletivo com intervenções de 10 a 15 minutos cada. Os projetos de países ibero-americanos, excluindo Espanha e Portugal, só podem ter acesso a esta modalidade.
Serão selecionados até 20 projetos para o espaço expositivo, preferencialmente os de natureza independente que estejam em processo de desenvolvimento, crescimento e/ou consolidação. A organização será responsável pelas despesas de traslado e alojamento por duas ou três noites de um responsável por cada projeto selecionado (apenas para projetos de Portugal, França e Espanha). Caso um projeto seja escolhido para ambas as modalidades, a organização reserva-se a possibilidade de cobrir as despesas de uma segunda pessoa responsável.
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(*) Texto atualizado em 20/06/2022, após a prorrogação do prazo de inscrições
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Saiba mais:
https://culturayciudadania.culturaydeporte.gob.es/encuentro-cultura-ciudadania.html
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(Fonte: Ministério da Cultura e Esportes)