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IberCultura Viva realizará sessão informativa sobre a convocatória para o Banco de Saberes Culturais e Comunitários
Na próxima segunda-feira, 20 de maio, a Unidade Técnica do IberCultura Viva realizará uma sessão informativa sobre a convocatória para o Banco de Saberes Culturais e Comunitários, que foi lançada na semana passada e seguirá aberta até 7 de junho. A conversa será pela plataforma Zoom, com transmissão ao vivo pelo canal Youtube do programa. As organizações poderão enviar suas perguntas por chat ou, previamente, pelas redes sociais do IberCultura Viva (Facebook e Instagram).
O Banco de Saberes do IberCultura Viva foi lançado em dezembro de 2018 e teve sua segunda chamada aberta em dezembro de 2019. Nesta convocatória, as organizações culturais comunitárias e/ou povos originários interessados em propor uma atividade de intercâmbio, como uma oficina ou uma capacitação, podem inscrever suas propostas na plataforma Mapa IberCultura Viva. A intenção é que proponham algo que já desenvolvem em seus territórios e coloquem sua experiência à disposição de outros coletivos, comunidades e povos dos países integrantes do IberCultura Viva.
As propostas que se encontram no Banco de Saberes do IberCultura Viva são postas em circulação por meio dos editais IberEntrelaçando Experiências. Quando IberCultura Viva lança uma convocatória IberEntrelaçando Experiências – o que ocorrerá em breve –, as propostas já inscritas no Banco de Saberes podem ser escolhidas por outras organizações culturais comunitárias e/ou povos originários que queiram recebê-las em seus territórios.
Os municípios e estados que participam da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais (atualmente são 36 integrantes) também poderão participar como comunidades anfitriãs de IberEntrelaçando Experiências, recebendo em algum de seus territórios as capacitações/oficinas oferecidas no Banco de Saberes.
Assim, ao participar do Banco de Saberes, as organizações culturais comunitárias e povos originários indicam os nomes de uma ou duas pessoas facilitadoras das capacitações propostas e manifestam seu interesse de viajar a outras cidades ou outros países para compartilhar suas experiências com outras comunidades.
O programa IberCultura Viva pagará as passagens aéreas e seguros de viagem para as pessoas facilitadoras das propostas de intercâmbios selecionadas nesta convocatória. Hospedagem, alimentação e traslados internos ficarão a cargo da comunidade anfitriã.
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Sessão informativa sobre o Banco de Saberes Culturais e Comunitários
Quando?
Segunda-feira, 20 de maio de 2024
11:00 Costa Rica, El Salvador, México (CDMX)
12:00 Colômbia, Equador, Peru
13:00 Chile, Paraguai, República Dominicana
14:00 Argentina, Brasil (Brasília), Uruguai
19:00 Espanha
Onde?
https://www.youtube.com/@IberCulturaViva
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Sexta edição do Congresso Latino-americano de CVC será em Michoacán, em abril de 2025
Em 14, Maio 2024 | Em Congresso Latinoamericano de CVC, Congressos, Notícias | Por IberCultura
(Foto: Plenária final do 5º Congresso Latino-americano de CVC, Peru, 2002)
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No dia 12 de março, o Grupo Impulsor México – responsável pela produção e organização do 6º Congresso Latino-americano de Culturas Vivas Comunitárias – anunciou o local e as datas do evento, que visa reunir organizações culturais comunitárias e membros do Movimento de Cultura Viva Comunitária para trocar e fortalecer relações entre aqueles que compõem as redes de Cultura Viva Comunitária de muitos territórios de Abya Yala. A sexta edição do congresso se realizará na comunidade indígena P’urhépecha de Cherán, em Michoacán, de 11 a 16 de abril de 2025.
O comunicado emitido em março menciona que o evento foi transferido para o ano que vem após uma análise situacional, diante de um período eleitoral que implica mudanças na situação política do México e nos movimentos institucionais.
Para as organizações no México, a sede escolhida é um espaço inspirador e ideal. Localizada no coração do planalto P’urhépecha, em Michoacán de Ocampo, Cherán é uma comunidade que se levantou de forma organizada em 2011 para defender as suas florestas e o território que se tornou a tradução mais próxima da defesa da vida, sob o lema “Pela segurança, por justiça e reconstituição do nosso território”. O fato de ser o primeiro município com pleno reconhecimento pelo exercício da autodeterminação continua a mudar a história do México, como um forte exemplo de poder comunitário para enfrentar os problemas e crises que afetam muitos territórios da América Latina. São vários os coletivos de Cherán que fazem parte da CVC desde o início de 2017.
O Grupo Impulsor e as redes que se organizam para produzir este encontro são formados por comunidades, coletivos, povos afro-mexicanos e indígenas, diferentes iniciativas com um objetivo comum: que as culturas comunitárias permaneçam vivas em suas diversas representações. O principal trabalho desta unidade surge da necessidade e do prazer de compartilhar as diversas tarefas culturais que sustentam a vida comunitária no México e na América Latina.
Para concretizar uma estratégia central que permita a produção do evento, o grupo está organizado em quatro comissões: Metodologia, Congresso, Finanças e Comunicações. Os temas centrais propostos para este 6º Congresso Latino-americano de Culturas Vivas Comunitárias serão: a) Organizações de base comunitária na criação de cultura viva comunitária; b) Povos afro-mexicanos e indígenas; c) Desapropriação dos territórios; d) Deslocamento forçado.
O Grupo Impulsor reconhece o valioso apoio dos espaços orgânicos do Movimento de CVC, como os círculos da palavra, e da Equipe de Acompanhamento Continental, formada por porta-vozes e representações de diferentes países e territórios, que acompanharão e trabalharão em conjunto com a equipe mexicana para produzir e organizar conjuntamente o 6º Congresso Latino-americano de CVC.
Um novo comunicado do Grupo Impulsor deverá ser publicado neste mês de maio, no âmbito do Dia da Cultura Viva Comunitária (celebrado no dia 22 de maio). Este informe trará informações sobre o processo organizacional e esclarecerá algumas questões que surgiram no processo.
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O Grupo Impulsor do México abre o canal de comunicação com os interessados em participar através do seguinte e-mail:
Contato: grupoimpulsormexico@gmail.com
Redes sociais:
Instagram: CVC –Cultura Viva Comunitária (@culturavivacomunitariaok)
Facebook: facebook.com/culturavivacomunitaria
Em breve: culturavivacomunitaria.net
CULTURA VIVA COMUNITÁRIA NO MÉXICO
Alguns antecedentes do trabalho conjunto das Redes de CVC no país e seu caminho em coletividade
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(Texto e fotos: Grupo Impulsor México)
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No México, a partir de 2009, organizações de base comunitária de Veracruz e da Cidade do México, dedicadas ao fazer cultural que milenarmente tem se mantido e à defesa do território como uma forma de assegurar nossa permanência e das juventudes, tiveram as primeiras aproximações e participações em eventos internacionais, onde se gestava o Movimento de CVC na América Latina. De maneira nacional, o Movimento de Cultura Viva Comunitária no México começou a se organizar a partir de 2014, com a realização de um primeiro encontro entre organizações de diferentes estados do país, na cidade de Guadalajara.
O chamamento à organização e ao encontro de ideias e experiências tem sustentado caminhos confluentes. Hoje existem redes que vão se integrando ao Movimento Latino-Americano da CVC, a quem receberemos no 6º Congresso Latino-Americano de Culturas Vivas Comunitárias em 2025.
O caminho de fazer Cultura Viva Comunitária tem permitido, mediante esforços colaborativos, redes, organizações de base, aliados, instituições públicas e academia, produzir espaços para construir um campo comum de posições para enfrentar no México as problemáticas sociais, a partir da filosofia promovida pela CVC.
Listamos abaixo alguns esforços e ações que marcam e fortalecem esta jornada construtiva e comprometida realizada pelas redes CVC no México.
- 2014: IV Congresso Ibero-americano de Cultura: Tema Culturas Vivas Comunitárias, San José, Costa Rica.
- 2014: Início do vínculo com o Movimento Latino-Americano de Culturas Vivas Comunitárias no México, no âmbito do I Encontro Regional de Culturas Vivas Comunitárias.
- 2015: Participantes do II Congresso de Cultura Viva Comunitária em El Salvador.
- 2016: II Encontro Regional de Culturas Vivas Comunitárias México – Tlaquepaque.
- 2016: III Encontro Regional do Movimento CVC México, de 19 a 23 de março de 2016, no município de Acayucan, Veracruz.
- 2017: Participação no III Congresso Latino-americano da CVC, em Quito, Equador
- 2017: Encontros Metropolitanos de CVC Jalisco 2017 (3 edições)
- 2018: I Encontro Nacional do Movimento CVC no México “Fronteiras abertas para o uso do espaço social”
- 2018: II Encontro Nacional da CVC México. De 7 a 9 de dezembro em Cherán, Michoacán.
- 2019: Participação com artigo sobre Cherán no livro “Pontos de Cultura Viva Comunitária Ibero-americana / Experiências compartilhadas” (Org: Prefeitura de Medellín / IberCultura Viva).
- 2019:
- 2019: Participação na convocatória IberEntrelaçando Experiências para oferecer o processo formativo “Taller de Aproximación a la Animación Sociocultural (TAAS)”, em Montevidéu e Fray Bentos, no Uruguai, num intercâmbio do Colectivo Tierra Negra (Uruguai) com CulturAula (México).
- 2019: Participação no IV Congresso Latino-americano de CVC na Argentina.
- 2020: Organização e participação no II Encontro Mesoamericano de CVC, na Costa Rica.
- 2020: Participação em processos organizacionais, acompanhamento em Círculos da Palavra rumo ao V Congresso no Peru, 2021
- 2021: Equipe de Acompanhamento Continental do Movimento Latino-Americano de Cultura Viva Comunitária com 5 porta-vozes para o México.
- 2022: Participação no V Congresso Latino-americano de CVC no Peru
- 2022: Participação no III Congresso Mesoamericano do CVC em Matanzas, Cuba.
- 2023: Convite para ingressar na Rede MECA – Rede de Culturas Vivas Comunitárias da Mesoamérica e do Caribe. ·
- 2022-2023: Membros ativos na rede mexicana de organizações que compõem o Grupo Impulsor México
- 2023: III Encontro Nacional CVC da rede CVC México, Plataforma Puente.
- 2023: I Congresso Nacional de CVC, Cuautepec, Cidade do México.
- 2024: II Encontro Nacional de CVC, Acayucan, Veracruz
Estes são alguns momentos importantes para organizações no México que trabalham em territórios e fazem Cultura Viva Comunitária.
Consideramos que é necessário criar iniciativas que reúnam experiências, práticas artísticas, práticas de gestão comunitária, ativismo cultural, defesa dos territórios e dos direitos humanos, fortalecimento da cultura de base, tecnologia local, meios de comunicação livres, educação popular, saberes ancestrais, formas de responder às crises, à desapropriação, à desigualdade e por uma vida digna, com o valioso esforço das próprias comunidades.
A finalidade dos nossos desafios é sustentar coletivamente os princípio da vida comunitária e gerar posicionamentos políticos mais firmes, com a convicção de influenciar a agenda pública em nível local, nacional e regional, para gerar transformações que permitam um novo horizonte.
Já estamos vendo isso, caminhando adiante, juntos e em comunidade.
IberCultura Viva abre convocatória para o Banco de Saberes Culturais e Comunitários
Em 07, Maio 2024 | Em Banco de Saberes, Destaque, Editais, Notícias | Por IberCultura
(Foto: La Combi-arte rodante. Taller DAC – Diccionarios Audiovisuales Comunitarios, Acayucan, México, 2019)
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O Banco de Saberes Culturais e Comunitários IberCultura Viva será reativado a partir desta terça-feira, 7 de maio. Nesta convocatória, organizações culturais comunitárias e povos originários interessados em propor uma atividade de intercâmbio, como uma oficina ou uma capacitação, podem cadastrar suas propostas na plataforma Mapa IberCultura Viva e colocar sua experiência à disposição de outros coletivos, comunidades e povos dos países membros do programa IberCultura Viva.
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Por que se inscrever?
As propostas do Banco de Saberes do IberCultura Viva são postas em circulação por meio de outro edital: as convocatórias IberEntrelaçando Experiências. Desta forma, ao participarem do Banco de Saberes, organizações culturais comunitárias e/ou povos indígenas manifestam seu interesse em viajar para outras cidades ou outros países para compartilhar suas experiências com outras comunidades.
Quando IberCultura Viva lança um edital IberEntrelaçando Experiências, as propostas já cadastradas no Banco de Saberes poderão ser escolhidas por outras organizações culturais comunitárias e/ou povos indígenas interessados em recebê-las em seus territórios.
Nesta segunda etapa, as organizações que queiram ser comunidades anfitriãs destes intercâmbios podem contactar as organizações proponentes das oficinas/capacitações que se encontram no Banco de Saberes, entrar em acordo com as pessoas facilitadoras e se inscrever no edital IberEntrelaçando Experiências.
O programa IberCultura Viva pagará passagens aéreas e seguro viagem das pessoas facilitadoras das propostas de intercâmbio selecionadas nesta convocatória. Hospedagem, alimentação e traslados internos serão de responsabilidade da comunidade anfitriã.
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Até quando se inscrever?
A próxima edição do IberEntrelaçando Experiences deverá ser lançada no segundo semestre de junho. Por isso, o programa reabre agora o Banco de Saberes para receber novas propostas e atualizar as que se encontram inscritas. A convocatória do Banco de Saberes permanecerá aberta em caráter permanente, com alguns cortes para análise e publicação das propostas recebidas. Os projetos enviados até 7 de junho participarão da edição 2024 da convocatória IberEntrelaçando Experiences; o restante ficará para uma edição posterior.
As organizações que já têm suas propostas incorporadas ao Banco de Saberes do IberCultura Viva (aqui está a lista) deverão atualizar seus dados e confirmar o interesse em continuar com seus projetos nesta lista, fazendo as modificações que julgarem necessárias por e-mail (programa@iberculturaviva.org). As propostas que já constam do Banco de Saberes foram selecionadas nas chamadas lançadas em dezembro de 2018 e dezembro de 2019.
(Foto: Cinematequio. Oficina de cinema comunitário realizada em Cananeia, Brasil, em 2019)
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Edições anteriores
Em 2019, quando foi lançada a primeira edição do IberEntrelaçando Experiences, organizações e coletivos de nove países apresentaram 25 propostas de formação e intercâmbio no Banco de Saberes. Na segunda etapa da convocatória, quando as organizações puderam escolher quais propostas queriam desenvolver em seus territórios, foram recebidas 23 candidaturas de oito países. Treze organizações foram selecionadas como comunidades anfitriãs.
Uma segunda edição da chamada para o Banco de Saberes Culturais e Comunitários IberCultura Viva foi lançada em dezembro de 2019, quando foram recebidas novas propostas de capacitações para futuros intercâmbios. No entanto, o edital IberEntrelaçando Experiências que estava agendado para 2020 teve de ser suspenso devido à pandemia de Covid-19.
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Quem pode participar?
A convocatória para o Banco de Saberes Culturais e Comunitários que se retoma agora é dirigida a organizações culturais comunitárias, povos indígenas e/ou comunidades afrodescendentes do Espaço Cultural Ibero-americano. No caso dos países membros do programa, podem participar organizações e coletivos com ou sem personalidade jurídica. Os países que integram o IberCultura Viva são: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Paraguai, Peru e Uruguai.
Os coletivos dos países membros que não possuem personalidade jurídica (CNPJ, no caso do Brasil) podem se inscrever apresentando uma carta aval assinada pelo/a representante do governo de seu país perante o programa (REPPI). Os órgãos responsáveis pelo programa em cada país (Ministério da Cultura, Secretaria de Cultura ou equivalente) determinarão os critérios necessários para a emissão do seu aval. No caso do Brasil, a instituição REPPI é a Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SCDC/MinC).
No caso dos países ibero-americanos que não fazem parte do programa, podem participar somente as organizações que tenham personalidade jurídica; neste caso não há possibilidade de apresentação de carta aval.
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Critérios e requisitos
As propostas apresentadas ao Banco de Saberes devem contar com uma ou duas pessoas facilitadoras, maiores de idade, que demonstrem idoneidade e sejam membros de organizações culturais comunitárias e/ou de povos indígenas (são estas as pessoas que se dispõem a viajar para realizar o intercâmbio). A ideia é que as atividades de intercâmbio durem no máximo sete dias.
Os projetos devem propor a transmissão ou o compartilhamento de experiências, práticas comuns, metodologias, tecnologias sociais, histórias comunitárias, conhecimentos ancestrais ou tradicionais. Também devem incluir a perspectiva de gênero de forma transversal, estar devidamente formulados, apresentar coerência interna e objetivos alcançáveis no prazo estipulado. As propostas que não cumprirem esses critérios serão devolvidas com as correspondentes observações para retificação.
Além disso, existem requisitos específicos para Brasil, Chile, Equador e México. No caso do Brasil, podem participar somente as organizações certificadas como Pontos ou Pontões de Cultura, com inscrição na plataforma Rede Cultura Viva. No caso de Chile, somente as organizações inscritas no Registro Nacional de Puntos de Cultura Comunitaria e validadas como Puntos de Cultura. No caso do Equador, a organização deve estar inscrita no Registro Único de Actores Culturales (RUAC). No caso do México, é necessário o certificado de inscrição no Registro Nacional de Espacios, Prácticas y Agentes Culturales (TELAR).
No formulário de inscrição, é necessário apresentar um breve currículo da(s) pessoa(s) facilitadora(s), sua experiência em docência ou espaços de formação, um breve resumo descritivo do projeto, uma fundamentação, os objetivos gerais e específicos, os conteúdos a serem desenvolvidos, o público-alvo e as necessidades para o desenvolvimento da proposta (materiais, mesas, cadeiras, som, projetor, etc).
As propostas aprovadas serão divulgadas no site www.iberculturaviva.org. O Banco de Saberes encerrará a recepção de propostas quando o Conselho Intergovernamental assim o estipular.
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Confira o regulamento: https://cutt.ly/9ewKmbYx
Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/289/
Consultas: programa@iberculturaviva.org
Como se cadastrar no Mapa IberCultura Viva: http://iberculturaviva.org/manual/?lang=es
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Em reunião virtual presidida pelo Brasil, Conselho Intergovernamental aprova as próximas ações para 2024
Em 22, abr 2024 | Em Conselho Intergovernamental, Notícias | Por IberCultura
Representantes de governos de oito países e da Secretaria Geral Ibero-Americana (SEGIB) participaram da primeira reunião do ano do Conselho Intergovernamental do IberCultura Viva, na terça-feira, 16 de abril, por videoconferência. Estiveram presentes 22 pessoas neste encontro, que teve como objetivo apresentar relatórios de gestão, o andamento dos editais e as próximas ações previstas para este ano.
Márcia Rollemberg, secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura do Brasil e atual presidenta do Conselho Intergovernamental (CI), iniciou o encontro agradecendo a presença das e dos representantes dos países membros e lembrando o aniversário de 10 anos do programa (o lançamento ocorreu em 13 de abril de 2014, no VI Congresso Ibero-americano de Cultura, em San José, Costa Rica). Antes de passar às saudações dos participantes, destacou que este encontro marcaria também, com um ato simbólico, a transferência da presidência do México para o Brasil.
Esther Hernández Torres, diretora geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura do Governo do México, que atuou como presidenta do CI nos últimos três anos, aproveitou a oportunidade para agradecer aos países membros, à SEGIB e à Unidade Técnica pelo trabalho conjunto neste período. Ela também falou da esperança de que seja “muito frutífera” a presidência do Brasil, que já inicia com as comemorações deste 10º aniversário do programa. “Acho que é a oportunidade de demonstrar toda a força que o IberCultura Viva tem e também de mostrar a força das culturas vivas de cada um dos nossos países”, disse.
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Novos horizontes
Enrique Vargas, coordenador do Espaço Cultural Ibero-americano (SEGIB), fez um reconhecimento ao trabalho de Esther Hernández e sua equipe nos últimos três anos e disse confiar plenamente na liderança de Márcia Rollemberg e no exemplo e guia do Brasil, “que levará o programa a encontrar novas fórmulas, novas maneiras de entendimento”. “Estamos num momento de enormes desafios na região, em que as políticas de cultura viva comunitária vão tomar novos protagonismos, e a cooperação cultural tem que assumir novos horizontes, tem que ser capaz de construir novas respostas para as pessoas”, afirmou.
Ao comemorar a oportunidade de encontro com representantes dos países, e principalmente a incorporação de novas equipes, Vargas se colocou à disposição para todas as informações necessárias e para acompanhar sua incorporação em um barco que já está em operação. “Este não é um barco que pára em estações determinadas, mas sim que vai navegando, vai continuando, e todos temos que trabalhar e remar juntos”, destacou.
Flor Minici, secretária técnica do IberCultura Viva, expressou seu contentamento em participar desta primeira reunião do ano e reiterou sua gratidão aos companheiros do Brasil, “que com solidariedade e espírito de cooperação colaboraram para a continuidade da equipe”, e a Esther Hernández, a quem considera uma professora, “que com paciência e carinho realizou uma presidência maravilhosa, tendo em conta a enorme complexidade do México nestes anos”. Também estendeu suas saudações a Enrique Vargas, pelo apoio à equipe nesta transição, e a Marianela Riquelme, representante do Chile, que atualmente ocupa a vice-presidência do programa.
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Agenda para 2024
Ao apresentar a pauta da reunião, Márcia Rollemberg mencionou que está prevista uma comemoração dos 10 anos do programa no próximo encontro presencial do CI, a ser realizado no Brasil, provavelmente em novembro. A intenção é poder montar um seminário para a ocasião, bem como o lançamento de um livro, um vídeo comemorativo e a renovação do site, entre outras propostas que possam ser incorporadas. Alguns desses temas foram brevemente apresentados durante a reunião e serão discutidos detalhadamente posteriormente, após a contratação de consultorias já acertadas na última reunião do CI.
O relatório de gestão referente ao ano de 2023 foi apresentado por Flor Minici, secretária técnica do IberCultura Viva, bem como o calendário das convocatórias previstas para os próximos meses, que em seguida foi então aprovado pelas/os REPPIs. Como o 6º Congresso Latino-Americano de Cultura Viva Comunitária foi adiado para abril de 2015, este ano o programa não lançará o Edital de Mobilidade, como havia sido acordado na reunião anterior. Em seu lugar, será lançada a segunda edição da convocatória IberEntrelaçando Experiências, dedicada ao intercâmbio entre organizações culturais comunitárias.
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IberEntrelaçando Experiências
Durante o encontro, María Florencia Neri, consultora de gestão da Unidade Técnica, explicou como esta convocatória, lançada pela primeira vez em 2018/2019, funciona em duas etapas. A primeira fase é uma chamada para o Banco de Saberes Culturais e Comunitários IberCultura Viva, em que organizações e/ou coletivos interessados em propor uma atividade de intercâmbio, como uma oficina ou capacitação, podem cadastrar suas propostas e disponibilizar sua experiência para outros coletivos, comunidades e povos indígenas dos países que fazem parte do programa.
As propostas aprovadas e publicadas no Banco de Saberes serão postas em circulação através do edital IberEntrelaçando Experiências. Nesta segunda etapa, organizações culturais comunitárias e/ou povos indígenas interessados em receber em seus territórios as propostas já cadastradas no Banco de Saberes poderão se candidatar como comunidades anfitriãs desses intercâmbios. O programa IberCultura Viva comprará passagens aéreas e seguro de viagem para as pessoas facilitadoras das oficinas/capacitações selecionadas. As comunidades anfitriãs deverão se encarregar da hospedagem, da alimentação e dos traslados internos durante o intercâmbio.
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Capacitações e relatórios
Quanto às próximas convocatórias, a representante do Chile, Marianela Riquelme, propôs a realização de instâncias de diálogo (capacitação/ lives/ sessões informativas) para organizações interessadas em se candidatar através do Mapa IberCultura Viva. Ela também mencionou a importância de relatórios como o apresentado durante a reunião por Giselle Dupin, uma das representantes técnicas do Brasil no programa, com um levantamento das convocatórias lançadas nestes 10 anos do programa, para dar conta de sua evolução histórica. Em sua apresentação, Giselle Dupin destacou o alcance desses editais, os recursos destinados e a quantidade de pessoas e organizações beneficiadas.
Tanto a presidenta do CI quanto as/os representantes do Paraguai, do México e do Chile falaram da importância de realizar uma avaliação do programa, também em termos qualitativos, para conhecer o impacto das ações desenvolvidas nestes 10 anos. “Acho que é muito relevante uma avaliação, não só em números, mas também do impacto da mudança social que o programa tem gerado nas comunidades, com depoimentos dos próprios agentes culturais comunitários, que podem transmitir esse impacto transformacional, o efeito multiplicador das ações, a influência que tiveram em seu território”, sugeriu Humberto López La Bella, REPPI do Paraguai.
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Situação das políticas
Finalizados os relatórios e sugestões de participação nas ações dos 10 anos do programa, como a criação de um selo e a gravação de vídeos com saudações de autoridades dos países e demais programas da Cooperação Ibero-americana, Márcia Rollemberg abriu um espaço para que representantes governamentais pudessem comentar sobre a situação das políticas culturais comunitárias em seus países.
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Brasil
No caso do Brasil, ela disse que foram feitos os editais de retomada da Política Nacional de Cultura Viva (PNCV) e que estão modelando as convocatórias de Cultura Viva, fazendo a parte normativa desse financiamento cultural que será feito pelos estados e municípios. “No Brasil, a Política Nacional Aldir Blanc iniciou um processo de financiamento em que o Ministério da Cultura (MinC) descentraliza recursos para todo o país, no valor de 3 bilhões de reais por ano, e esse valor tem vínculo obrigatório com a Política Nacional de Cultura Viva, para todos os estados e 696 municípios nesta primeira etapa”, explicou.
Segundo Rollemberg, o Ministério da Cultura está em um momento importante de expansão dessa política, com recursos, iniciando um programa de formação de gestores e também um programa de articulação com a sociedade civil, com bolsas, agentes, Pontões de Cultura, “para poder implementar essa política cultural de base comunitária com o tamanho do Brasil”. Além de lembrar que o país tem 5.570 municípios, a presidenta destacou que esta semana o MinC atingiu a marca de 5 mil Pontos de Cultura certificados no cadastro nacional. No mês de julho serão realizadas atividades comemorativas dos 20 anos da política Cultura Viva no país.
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Colômbia
O representante da Colômbia, John Freddy Caicedo Álvarez, destacou que o anterior Ministério da Cultura assumiu o nome de Ministério das Culturas, das Artes e dos Saberes, buscando “um olhar mais abrangente sobre todo esse universo de expressões que chamamos de cultura e procurando reconhecer de forma mais profunda não só o que é cultura ‘culta’, mas também os saberes ancestrais das comunidades”. A partir de uma linha estratégica que associa a economia popular à cultura, o Mincultura, segundo ele, tem buscado reconhecer a dinâmica dos territórios e tem fortalecido o diálogo com os processos de organizações articuladas à cultura viva comunitária.
“Uma das apostas que temos é que daqui a 2026 possamos fortalecer tudo o que tem a ver com redes comunitárias locais, departamentais e nacionais. E tentar avançar nesta perspectiva de contribuir para o fortalecimento do movimento social, para que – aconteça o que acontecer – ele seja forte, autônomo e possa manter a sua capacidade de mobilização, independentemente do governo que rege o Estado”, afirmou John Caicedo.
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México
Norma Cruz Hernández, representante técnica do México, comentou que o país não possui uma iniciativa semelhante aos Pontos de Cultura, mas desde 2019 a Secretaria de Cultura do Governo do México desenvolve o programa Cultura Comunitária, que já tem uma longa história e um impacto importante na República Mexicana. “Não é um trabalho isolado, partilhamos princípios e valores que têm a ver com o Movimento Cultura Viva Comunitária, então parece-me que podemos subir bem neste barco para agregar todas estas experiências, que também são de alguma forma um eco do próprio programa IberCultura Vivo”, disse.
Uma das principais iniciativas do programa Cultura Comunitária são os Semilleros Creativos, grupos de formação artística gratuita, com enfoque comunitário, para crianças e jovens do país. “Este ano, a partir do programa, apostamos muito nas meninas, nos meninos e nos jovens, pois eles têm um papel muito importante e participativo na cultura viva das suas comunidades. Estamos projetando para outubro o evento onde cada um destes agentes culturais irá mostrar todo o trabalho que realizou durante o ano”, acrescentou.
A respeito do 6º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, que acontecerá no México no próximo ano, Norma Cruz comentou que o país está em pleno processo eleitoral e em outubro as novas autoridades tomarão posse, o que deve resultar em apoio ao congresso, que será realizado entre os dias 12 e 16 de abril de 2025, em Michoacán.
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Paraguai
Humberto López La Bella, diretor geral de Planejamento, Desenvolvimento e Inovação Cultural da Secretaria Nacional de Cultura do Paraguai, lembrou que o programa Pontos de Cultura foi reimplementado em seu país em 2021, o que acabou permitindo ao governo paraguaio voltar a dialogar com o IberCultura Viva. (A Secretaria Nacional de Cultura esteve presente nas reuniões do Conselho Intergovernamental de 2014 a 2016, ano em que o Paraguai saiu do programa. No final de 2021, participou novamente como país convidado por um ano e depois voltou a integrar como membro pleno do CI.)
“Foi um processo em tempo curto e de amadurecimento importante, porque o setor vem fazendo cultura no território desde sempre, mas para fazer articulações com o governo, estava sujeito ao que dispõe o Estado, se o Estado determinava ou marcava a ação. No entanto, com o programa Puntos de Cultura e com o IberCultura Viva, o protagonismo é das organizações culturais comunitárias. O Estado acompanha, facilita, articula ou gerencia, mas abre mão desse papel de protagonista, que empodera as comunidades”, comentou o representante paraguaio.
Humberto López destacou que o primeiro Encontro Nacional de Gestão Cultural Comunitária, realizado com o apoio do IberCultura Viva em 2022, permitiu a elaboração de um manifesto de agentes culturais do país e esse documento serviu de base para que eles pudessem reivindicar os direitos do setor e exigir maior orçamento. “Neste momento, o Encontro Nacional de Cultura Viva Comunitária é organizado de forma autônoma pelo setor. “Esse é um passo de amadurecimento muito grande e um resultado que celebramos”, afirmou.
E acrescentou: “A Mesa Técnica de Cultura Viva Comunitária, que é uma instância de participação cidadã para a construção de políticas públicas promovidas pela Secretaria Nacional de Cultura, segue ativa e fortalecida. Esta instância conquistou dois espaços no Conselho Nacional de Cultura, e desde 2023 a Cultura Viva Comunitária tem-se reunido em cada sessão do Conselho Nacional, para dar a sua voz.”
No Paraguai, hoje existem 67 Pontos de Cultura ativos em 10 departamentos. Com a quarta convocatória de Pontos de Cultura, recentemente encerrada, serão destinados recursos para mais 20 novas iniciativas.
“A participação ativa do Paraguai tem argumento e apoio porque o setor é exigente, e as ofertas feitas por meio do programa, como o Curso de Pós-Graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária e o apoio à execução de projetos, estão fortalecendo, estão gerando, sobretudo, efeitos multiplicadores nos territórios, onde se valoriza a cultura viva comunitária. Estão acontecendo reuniões espontâneas, encontros de coletivos culturais, e acreditamos que isso é um produto do ecossistema que se gera em torno de todos esses programas e políticas que estão sendo implementadas com força”, comemorou López.
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Chile
Marianela Riquelme, chefa do Departamento de Cidadania Cultural do Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile, que há pouco mais de um ano lançou seu programa Puntos de Cultura Comunitaria, comentou que a iniciativa já está presente em todas as províncias do país e tem avançado no financiamento de organizações culturais de base comunitária. Quase 300 organizações estão inscritas no Registro Nacional de Pontos de Cultura Comunitária e já recebem algum tipo de financiamento.
“Fizemos uma aliança estratégica importante com o Consórcio de Universidades Públicas do nosso país, para que sejam as universidades que também dêem apoio em termos de metodologia de participação, prestação de contas e algumas matérias, como o enfoque de género na concepção dos planos de fortalecimento de cada uma das organizações”, comentou a REPPI do Chile. “Há muito empenho para fortalecer o programa este ano e aumentar o seu financiamento para o próximo ano.”
No Chile, as organizações não só são financiadas com os seus planos de fortalecimento, mas também é valorizada a coordenação com outras organizações. Existem recursos caso os Pontos de Cultura Comunitária queiram gerar instâncias de rede com outros Pontos. Como explicou Riquelme, o programa tem duas categorias: os Pontos de Cultura Comunitária que só são financiados no seu plano de gestão com os recursos disponibilizados pelo governo, e as organizações que possuem a certificação de Ponto de Cultura Comunitária e que têm acesso a outros benefícios do Estado, mas não necessariamente acessam esses financiamentos especificamente, porque já estão em outro nível de gestão cultural territorial e possuem outras articulações e alianças.
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Confira a ata da reunião
Em viagem pela Colômbia, ministra da Cultura do Brasil visita a Corporación Cultural Nuestra Gente, em Medellín
Em 21, abr 2024 | Em Notícias, Redes e organizações | Por IberCultura
(Fotos: Luciele Oliveira/MinC)
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A ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, esteve na Colômbia de 15 a 21 de abril, acompanhando a comitiva oficial – que incluiu o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva – na inauguração da 36ª Feira Internacional do Livro de Bogotá. Ela aproveitou a viagem para trocar experiências e conhecer políticas públicas e projetos desenvolvidos em cidades como Bogotá e Medellín. Em seu quarto dia de agenda na Colômbia, na sexta-feira (19/04), a ministra visitou a Corporación Cultural Nuestra Gente, em Medellín, onde também se reuniu com o secretário municipal de Cultura Cidadã, Santiago Silva Jaramillo.
“A cultura e a arte são ferramentas de transformação real da vida e Medellín tem uma história muito forte em relação à transformação do ambiente de violência e ao acolhimento das novas gerações’’, comentou Margareth Menezes. “As experiências que eles têm aqui, nós queremos replicar no Brasil, porque tudo se faz a partir do cidadão e de quem mora nos lugares. Está mais do que no momento das políticas públicas serem um acolhimento a todos”.
A Corporación Cultural Nuestra Gente é uma organização da Comuna 2 da Zona Nordeste de Medellín que foi criada em 1987 e está vinculada à Rede Colombiana e Latino-americana de Teatro em Comunidade. O grupo está sediado na Casa Amarilla, casa que já foi bordel e que se tornou referência cultural, social e comunitária no bairro de Santa Cruz. Um espaço cultural de bairro que se projeta para a cidade, buscando “formar pessoas líderes de uma cultura de vida e de sonhos comuns, seres portadores de alegria, paz e solidariedade”.
O Encontro Nacional Comunitário de Teatro Jovem, que teve sua 28ª edição em 2023, é uma das principais iniciativas desenvolvidas pela corporação em suas mais de três décadas de história. O evento foi criado em 1996, como resultado de um processo de consultoria e formação de grupos de teatro juvenil da Zona Nordeste, e cresceu a ponto de reunir milhares de pessoas em uma grande festa anual – construída por todos e para todos – na qual o teatro sai do palco e vai às ruas, rompendo fronteiras, com artistas locais, nacionais e internacionais construindo espaços de convivência e harmonia.
Jorge Blandón, diretor e cofundador da Corporación Cultural Nuestra Gente, foi uma das pessoas que receberam a ministra Margareth Menezes na Casa Amarilla para contar um pouco da história e das atividades desenvolvidas pela entidade. Este encontro serviu, também, para conversar sobre o Movimento de Cultura Viva Comunitária na Colômbia, contribuir com a discussão sobre Pontos de Cultura em diferentes países da América Latina, e sobre como um país pode aprender com o outro em termos de fomento artístico e cultural. Serviu, ainda, para falar das experiências da Corporación Convivamos, da Red Cultural Comuna 4 e da Plataforma Puente Cultura Viva Comunitaria.
Jovens de Sonidos de la Vida e Las Pilanderas, dois dos processos de formação de Nuestra Gente, se encarregaram das apresentações artísticas durante a visita da comitiva brasileira, inclusive com tambores inspirados no grupo baiano Olodum. João Jorge Rodrigues, um dos fundadores do Olodum, hoje presidente da Fundação Cultural Palmares, também participou da visita à Casa Amarela. Segundo Blandón, a experiência brasileira com os Pontos de Cultura e grupos como o Olodum “continuam sendo uma inspiração para a Colômbia e toda a América Latina”.
Para o secretário de Cultura Cidadã de Medellín, Santiago Silva Jaramillo, esta troca de experiências é valiosa para ajudar a resolver os problemas enfrentados por outras cidades ou países. “Em matéria cultural, as nossas redes de cooperação sempre foram muito ativas. Fomos ao Brasil aprender com vocês e agora vocês vêm aprender com a gente, porque existe essa irmandade constituinte entre o Brasil e a Colômbia”, comemorou o secretário.
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O exemplo de Medellín
Primeiro município a aderir à Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais, Medellín conta desde 2011 com uma política pública para o reconhecimento e promoção da Cultura Viva Comunitária (CVC) na cidade. Esta política, sancionada através do Acordo Municipal 50 de 2011 e regulamentado por Decreto 1.606 de 2013, visa valorizar as iniciativas culturais existentes nos territórios culturais, bem como promover os direitos culturais e estimular a criação de novas iniciativas, através do apoio técnico, tecnológico, financeiro e institucional às experiências autogeridas no território local.
Desde 2013, a Secretaria da Cultura Cidadã concede incentivos e prêmios às expressões da Cultura Viva Comunitária no município. A Prefeitura de Medellín também tem apoiado organizações locais para que participem dos Congressos Latino-americanos de Cultura Viva Comunitária e contribuído com eventos de reflexão sobre CVC, como o Encuentro de la Armonía: Cultura + Educación + Comunidad, que reuniu em Medellín, em setembro de 2016, representantes de 12 países latino-americanos. Em 2018, os Diálogos Territoriais de Medellín Cultura Viva, realizados com o apoio da Comfama, contaram com a participação de aproximadamente 190 organizações.
Tanto o Encuentro de la Armonía quanto os Diálogos Territoriais foram organizados pela Plataforma Puente CVC, uma rede de redes que está presente em 19 países latino-americanos e que realiza uma gestão conjunta em torno de temas como “Arte e transformação social”, “Comunicação para o desenvolvimento ” e “Teatro em comunidade”, entre outros. Esta rede continental foi lançada em Medellín como resultado do Encuentro Latinoamericano Plataforma Puente, que reuniu uma centena de organizações culturais comunitárias da cidade no período de 13 a 16 de outubro de 2010.
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Saiba mais sobre Nuestra Gente:
193 inscrições foram habilitadas no Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024
Em 19, abr 2024 | Em Editais, Edital de Apoio a Redes, Notícias | Por IberCultura
(Foto: Luciele Oliveira/MinC)
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O programa IberCultura Viva divulgou nesta sexta-feira, 19 de abril, a lista definitiva de candidaturas habilitadas que continuam no processo seletivo do Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024: são 193, provenientes dos 12 países membros.
Uma primeira lista, com 151 projetos habilitados e 105 desabilitados, havia sido publicada no dia 9 de abril. Nesta data se abriu um prazo de três dias para que as organizações pudessem interpor recursos e complementar a documentação por e-mail. Este prazo se encerrou na sexta-feira, 12 de abril.
A Unidade Técnica aceitou 42 recursos provenientes de redes de 11 países: 13 da Argentina, 4 do Chile, 6 da Colômbia, 1 da Costa Rica, 2 do Equador, 2 de El Salvador, 5 da Espanha, 3 do México, 3 do Paraguai, 2 do Peru e 1 do Uruguai. Estas postulações se somam às divulgadas anteriormente e passarão à segunda fase do processo de seleção.
Nesta segunda etapa, os projetos habilitados serão avaliados por representantes dos governos dos 12 países participantes (cada governo é responsável por avaliar os projetos de seu próprio país). A avaliação será dada de acordo com os critérios previamente estabelecidos no regulamento do edital. Serão selecionados os projetos que obtiverem a pontuação mais alta em cada país.
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Inscrições recebidas
A edição 2024 do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo esteve aberta entre 23 de janeiro e 13 de março, período em que foram recebidas 256 candidaturas na plataforma Mapa IberCultura Viva. Este foi o maior número de inscrições nesta convocatória desde 2016, ano em que foi lançada a primeira edição. O recorde anterior era de 2022, quando foram enviadas 251 candidaturas.
Os dois países com maior número de candidaturas enviadas este ano foram a Colômbia (74) e a Argentina (73). Depois, México (20), Equador (16), Espanha (12), Peru (12), Brasil (11), Chile (11), Costa Rica (11), Paraguai (7), Uruguai (7) e El Salvador (2). A República Dominicana, que participou como país convidado, não apresentou nenhuma inscrição.
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Confira a lista definitiva de candidaturas habilitadas e não habilitadas
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Começa a edição 2024 do Curso de Pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária
Começou nesta quinta-feira (18/04) a sétima turma do Curso de Pós-graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária, que a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO-Argentina) realiza em conjunto com o programa IberCultura Viva. Oitenta pessoas participaram da sessão inaugural, iniciada ao meio-dia (de Brasília) por videoconferência.
Além da equipe encarregada deste curso virtual da Área Comunicação e Cultura de FLACSO-Argentina, estavam presentes alunas e alunos matriculados nesta edição, a Unidade Técnica do IberCultura Viva e representantes da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura do Brasil (SCDC), que assumiu a presidência deste programa de cooperação em março deste ano. A vice-presidência, a cargo do Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile, também esteve representada neste encontro.
Márcia Rollemberg, Secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC e presidenta do IberCultura Viva, enviou um vídeo com uma saudação e um convite às pessoas participantes desta sétima turma e às mais de 600 que já concluíram este curso, lançado em 2018: “Neste momento em que o IberCultura Viva completa 10 anos, seria um grande presente que alunas e alunos egressos pudessem formar uma rede. Uma rede de profissionais com trabalhos de referência com relação às políticas culturais de base comunitária”.
A ideia é poder lançar esta rede em novembro, mês da reunião presencial do Conselho Intergovernamental do IberCultura Viva, quando se pretende fazer um seminário para compartilhar e consolidar esta iniciativa. “Conto com vocês. Que tenham um bom curso e que a gente possa estar juntos, cada vez mais, por uma região ibero-americana unida, onde todos tenham acesso ao fomento e ao exercício dos direitos culturais”, afirmou a presidenta.
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João Pontes, diretor da Política Nacional de Cultura Viva do MinC, e um dos alunos desta edição de 2024, também participou da sessão inaugural, aproveitando para saudar a equipe da FLACSO-Argentina e a Unidade Técnica do IberCultura Viva. ‘Para o Brasil, é muito importante este processo de construção coletiva de conhecimento, de compartilhamento de saberes. Saberes que são ancestrais, que fazem parte da nossa base comunitária, e que de alguma forma se apresentam como contracolonização, como resistência dos povos, das nossas ancestralidades, das nossas culturas populares e tradicionais, que fazem parte da Cultura Viva na América Latina”, destacou.
Leandro Anton, coordenador de Articulação da Cultura Viva na SCDC, também matriculado no curso este ano, ressaltou a importância da iniciativa mencionada por Márcia Rollemberg, no sentido de formar uma rede de pesquisadoras/es que fazem trabalhos referentes à política de Cultura Viva e aos programas de Pontos de Cultura que vêm sendo implementados em outros países. “Neste momento em que começamos a celebrar os 10 anos do IberCultura Viva e os 20 anos de Cultura Viva no Brasil, é fundamental essa produção de conhecimento a partir da pesquisa sobre essas políticas públicas de base comunitária, para poder refletir e ter contribuições para os processos que estão tendo uma retomada, como aqui no Brasil. São subsídios muito significativos para este ciclo”, ressaltou.
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Bolsas do programa
Para esta edição de 2024, o programa IberCultura Viva distribuiu 104 bolsas para pessoas dos 12 países membros (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Paraguai, Peru e Uruguai) e da República Dominicana, país convidado a participar este ano. O Edital de Bolsas 2024 ficou aberto de 20 de dezembro de 2023 a 15 de fevereiro de 2024, período em que recebeu 625 inscrições. Este foi o maior número de candidaturas já apresentadas a esta convocatória.
“É uma alegria começar esta edição do curso, uma edição muito particular porque este ano tivemos recorde de apresentações para as bolsas, de inscrições e consultas, o que mostra que há uma demanda real de formação necessária em políticas culturais de base comunitária”, comemorou Franco Rizzi, coordenador acadêmico do curso de pós-graduação (junto com Belén Igarzábal), na abertura desta sessão inaugural. “Isso nos deixa muito contentes, porque estamos trabalhando há sete anos nisso e segue o desafio de nos atualizar, pensar, discutir e encontrar saídas na cultura comunitária, na cultura em território, nas políticas públicas.”
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Para Flor Minici, secretária técnica do IberCultura Viva, este ano marca um ponto de inflexão para o que significa esta aliança com FLACSO-Argentina, já que houve recorde de inscritos no Edital de Bolsas 2024. “Desde 2018, o programa concedeu mais de 700 bolsas para este curso, que está totalmente consolidado, ainda que em permanente transformação e atualização, de acordo com os tempos e as problemáticas que vão se manifestando no contexto da região, tal como FLACSO expressa também em sua identidade como instituição: uma instituição muito próxima, dinâmica e ‘porosa’ com respeito aos problemas contemporâneos dos países que trabalham neste âmbito”.
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Funcionamento do curso
Neste primeiro encontro virtual do curso, além de dar as boas-vindas às pessoas matriculadas nesta edição, os coordenadores acadêmicos Belén Igarzábal e Franco Rizzi, a tutora Cecilia Salguero e a assistente técnica Malena Taboada explicaram como funciona o curso e como vão trabalhar durante o ano com as aulas, fóruns e trabalhos parcial e final.
Belén Igarzábal explicou que FLACSO é uma rede, um sistema da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais que está em 13 países da América Latina, e que este curso nasceu da associação de IberCultura Viva com a FLACSO-Argentina. “Se chama ‘pós-graduação internacional’ porque todos os professores e professoras vêm de distintos países, de distintas cidades de todo o continente latino-americano. E também os alunos e alunas, porque como vemos aqui estamos flutuando entre o espanhol e o português”, comentou.
Como detalhou a coordenadora acadêmica, a proposta está dividida em cinco módulos (“Processos culturais contemporâneos”, “Políticas culturais”, “Cultura de base comunitária”, “Redes e cultura colaborativa” e “Desenho, monitoramento e avaliação de políticas públicas”) mais um módulo introdutório. Cada módulo conta com quatro ou cinco aulas (à exceção do módulo introdutório, que tem duas aulas), em suporte escrito e/ou audiovisual. As aulas são publicadas semanalmente, às quintas-feiras, e podem ser lidas/assistidas em qualquer horário (dentro daquela semana).
Em cada módulo abre-se um fórum para que as/os estudantes compartilhem suas dúvidas, experiências, ideias e opiniões. Estes espaços de intercâmbio que se criam ao longo do ano são destacados pela equipe de FLACSO como algo muito valioso deste curso, uma vez que reúnem pessoas com realidades distintas, em diferentes países, e que ali vão tecendo redes. Algumas trabalham em políticas públicas, outras integram organizações culturais comunitárias e centros culturais independentes, e a intenção é que todas possam compartilhar seus conhecimentos e experiências nos territórios.
“Consideramos que o mais interessante neste curso, além das leituras, dos vídeos e de todo o conteúdo, é o intercâmbio. Assim que promovemos, valorizamos e incentivamos o intercâmbio entre todos e todas nós, sempre a partir do respeito pelas distintas miradas. Hoje esta rede começa a caminhar, começa a se gestar, e ficamos muito contentes por isso, afirmou Belén Igarzábal.
Outros encontros sincrônicos como este deverão ser realizados ao longo do ano, mas assim como esta sessão inaugural, estarão disponíveis no campus virtual da FLACSO-Argentina para quem não puder assistir no momento de sua realização.
Curso de Pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária terá sessão inaugural esta semana
Nesta quinta-feira, 18 de abril, será realizada a sessão inaugural da sétima turma do Curso de Pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária, que a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO-Argentina) realiza em conjunto com o programa IberCultura Viva.
Esta sessão servirá para apresentar a equipe encarregada deste curso da Área Comunicação e Cultura de FLACSO-Argentina e dar as boas-vindas às pessoas matriculadas nesta edição. Os coordenadores acadêmicos da pós-graduação, Belén Igarzábal e Franco Rizzi, a tutora Cecilia Salguero e a assistente técnica Malena Taboada explicarão como funciona o curso e como vão trabalhar durante o ano com as aulas, fóruns e trabalhos parcial e final.
A proposta acadêmica está dividida em cinco módulos (“Processos culturais contemporâneos”, “Políticas culturais”, “Cultura de base comunitária”, “Redes e cultura colaborativa” e “Desenho, monitoramento e avaliação de políticas públicas”) e um módulo introdutório. Cada módulo conta com quatro ou cinco aulas (à exceção do módulo introdutório, que tem duas aulas), em suporte escrito e/ou audiovisual. As aulas são publicadas semanalmente, às quintas-feiras, e podem ser lidas/assistidas em qualquer horário (dentro daquela semana).
Em cada módulo abre-se um fórum para que as/os estudantes compartilhem suas dúvidas, experiências, ideias e opiniões. Estes espaços de intercâmbio que se criam ao longo do ano são destacados pela equipe de FLACSO como algo muito valioso deste curso, uma vez que reúnem pessoas com realidades distintas, em diferentes países, e que ali vão tecendo redes. Algumas trabalham em políticas públicas, outras integram organizações culturais comunitárias e centros culturais independentes, e a intenção é que todas possam compartilhar seus conhecimentos, bagagens e experiências nos territórios.
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Bolsas do programa
Para esta edição de 2024, o programa IberCultura Viva distribuiu 104 bolsas para pessoas dos 12 países membros (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Paraguai, Peru e Uruguai) e da República Dominicana, país convidado a participar desta edição. O Edital de Bolsas 2024 ficou aberto de 20 de dezembro de 2023 a 15 de fevereiro de 2024, período em que recebeu 625 inscrições. Este foi o maior número de candidaturas já apresentadas a esta convocatória.
Desde o lançamento, em 2018, o programa IberCultura Viva concedeu mais de 700 bolsas para este curso. Desse total, 605 pessoas – funcionárias de organismos públicos ou membros de organizações culturais comunitárias – foram selecionadas nos editais realizados para as turmas de 2018 a 2024. As pessoas que receberam estas bolsas foram aquelas que obtiveram as mais altas pontuações entre as candidatas de cada país membro, conforme os critérios estabelecidos no regulamento.
Nestes sete anos também foram concedidas 115 bolsas extras com os recursos de formação que alguns governos tinham à sua disposição no Fundo Multilateral IberCultura Viva, principalmente os do Brasil e do Chile. Estas bolsas extras foram destinadas exclusivamente a representantes de organizações culturais comunitárias, e a seleção seguiu a ordem de classificação das pessoas candidatas nas convocatórias.
Reunião do Conselho Intergovernamental marca transferência da presidência do México para o Brasil
Em 16, abr 2024 | Em Conselho Intergovernamental, Notícias | Por IberCultura
(Foto: 12ª Reunião do Conselho Intergovernamental, realizada no México em março de 2022)
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O Conselho Intergovernamental IberCultura Viva se reunirá nesta terça-feira, 16 de abril, por videoconferência, para discutir temas como o andamento das convocatórias, a apresentação de relatórios e o planejamento das próximas ações, incluindo as atividades comemorativas dos 10 anos de lançamento do programa.
O encontro virtual marcará a transferência da presidência do México para o Brasil, de forma simbólica, com um espaço para que Esther Hernández Torres, diretora geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura do Governo do México, que atuou como presidenta do Conselho Intergovernamental nos últimos três anos, possa agradecer aos 12 países membros do programa, à Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) e à Unidade Técnica pelo trabalho conjunto neste período.
A nova presidência estará a cargo de Márcia Rollemberg, secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura do Brasil. Uma das pessoas que impulsionaram a criação do programa IberCultura Viva, há 10 anos, ela foi a primeira presidenta do Conselho Intergovernamental e volta ao cargo neste momento de reconstrução do Ministério da Cultura do Brasil e de reativação da Política Nacional de Cultura Viva, que completa 20 anos em 2024.
O governo do Brasil terá mandato de três anos na presidência, até o início de 2027. Nesse período, a vice-presidência ficará com o Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile, na figura de Marianela Riquelme, chefa do Departamento de Cidadania Cultural, que tem promovido a implementação do programa Puntos de Cultura Comunitaria em seu país e a adesão de vários municípios à Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. Atualmente, o Chile é o país com maior número de membros nesta rede: são 12 comunas, que vêm realizando reuniões e trocando experiências.
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Gestão do México
O período em que o México esteve na presidência do IberCultura Viva marcou um importante crescimento da Rede de Cidades e Governos Locais. Esta rede consolidou seu Estatuto de Constituição em julho de 2021, após algumas sessões de trabalho no âmbito do 2º Encontro de Cultura Viva Comunitária em Cidades e Governos Locais da América Latina, realizador no município de Zapopan (Jalisco, México). Nesta reunião de 2021, a rede contava com 14 membros. No fim de 2023 tinha 36 membros (31 cidades e 5 províncias/estados, de 7 países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Peru e México).
Da mesma forma, o Edital de Bolsas para o Curso de Pós-Graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária beneficiou 280 pessoas nestes três anos de gestão mexicana: 88 receberam bolsas do programa IberCultura Viva em 2021; 96 em 2022 e 96 em 2023. Outras 53 bolsas extras foram concedidas pelos governos do Brasil, Chile e El Salvador, totalizando 333 bolsas concedidas a funcionários/as públicos/as e representantes de organizações culturais comunitárias.
Entre 2021 e 2023, o valor total atribuído ao Edital de Apoio a Redes e Trabalho Colaborativo saltou de 68 mil dólares para 174 mil dólares. O número de organizações culturais comunitárias apoiadas nestes três anos também subiu: começou com 20 em 2021, passou a 22 em 2022, e chegou a 34 organizações em 2023.
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Outra iniciativa de destaque foi o Edital de Mobilidade, que apoiou a participação de 61 representantes de organizações culturais comunitárias, de 12 países, no 5º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, realizado no Peru de 8 a 15 de outubro de 2022. Nos congressos anteriores, realizados em 2017 e 2019, respectivamente no Equador e na Argentina, o número de pessoas apoiadas com compra de passagens aéreas, seguros de viagem e inscrições havia sido menor: 52 pessoas apoiadas em 2017, e 33 em 2019.
O governo do México também teve uma importante participação no desenvolvimento da convocatória “Cenzontle: Uma Janela para as Línguas Originárias da Ibero-América”, lançada em conjunto com o programa Ibermemoria Sonora, Fotografia y Audiovisual. Esta foi a primeira convocatória na história do programa dedicada exclusivamente ao apoio às comunidades de línguas indígenas. A iniciativa estava destinada a projetos concluídos, em desenvolvimento ou a serem realizados, voltados a processos de conservação, registro, pesquisa, divulgação, educação, gestão ou valorização de línguas indígenas ou nativas. Dezesseis prêmios de US$ 950 (cada) foram concedidos a projetos de 10 países.
A sinergia com outros programas de cooperação ligados à Secretaria-Geral Ibero-Americana também se deu através do lançamento de outras três edições do concurso Sabores Migrantes Comunitários, apresentado em conjunto com Ibercocinas e Iber-Rutas. Em 2021, foram contempladas 16 práticas culinárias, com prêmio de R$ 500 cada. Tanto em 2022 como em 2023, foram premiadas 13 receitas, com 600 dólares cada, além do reconhecimento de “Boa prática de cozinha migrante comunitária ibero-americana”.
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Com Ibermuseus e Iber-Rutas, o programa apresentou o projeto do Banco de Saberes e Boas Práticas do Espaço Ibero-americano, uma plataforma virtual que reúne projetos, tecnologias sociais, experiências e ações desenvolvidas por instituições museológicas, organizações culturais comunitárias, grupos de migrantes e outros agentes culturais ibero-americanos. A ideia surgiu numa convocatória da SEGIB realizada em 2021, com o objetivo de promover o diálogo intercultural e destacar o papel da cultura como agente transformador de condições e imaginários, na melhoria da qualidade de vida das pessoas, de seu estado mental e emocional e, ao mesmo tempo, promotor de sociedades mais justas.
Um concurso de vídeo com o tema “Juventudes e cultura comunitária: O papel das e dos jovens como agentes de mudança social” também foi lançado em 2021 – derivado da pandemia e do confinamento –, um ano complexo, de aprendizagem e desafios, não só no tema da virtualidade, mas também no que diz respeito aos cuidados de saúde mental em situações de emergência.
IberCultura Viva completa 10 anos: lançamento foi na Costa Rica, no VI Congresso Iberoamericano de Cultura
Em 13, abr 2024 | Em Congressos, Cooperação Ibero-americana, Destaque, Notícias | Por IberCultura
[MEMÓRIA]
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Há 10 anos, entre os dias 11 e 13 de abril de 2014, se realizava na cidade de San José, na Costa Rica, o VI Congresso Ibero-americano de Cultura, que tinha como tema as “Culturas Vivas Comunitárias”. O lançamento do programa IberCultura Viva se deu durante este evento.
Organizado pela Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) e o Ministério de Cultura e Juventude da Costa Rica, o congresso teve como objetivo primordial “abrir um espaço de diálogo entre a institucionalidade, o Movimento de Culturas Vivas Comunitárias e as iniciativas comunitárias, a fim de dimensionar o valor da riqueza cultural e fortalecer a democracia participativa no Espaço Ibero-americano”.
Representantes de governos e de organizações da sociedade civil participaram de várias atividades que propiciaram espaços de diálogo, reflexão e articulação: encontros, diálogo intersetorial, palestras, painéis de reflexão, oficinas temáticas e apresentação de experiências.
Foram credenciadas 441 pessoas (213 homens e 209 mulheres), provenientes de 24 países, e se estima que ao menos outras 100 pessoas participaram em diferentes atividades da programação. A participação via streaming foi de 1.295 pessoas.
Onze delegações oficiais (representando Ministérios, Conselhos e Secretarias de Cultura) estavam presentes no VI Congresso Ibero-americano de Cultura: Argentina, Brasil, Chile, Espanha, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá e Paraguai.
Alguns desses países já haviam aderido à proposta de criação de um programa ibero-americano de cooperação para o fomento das políticas culturais de base comunitária, tendo como exemplo a experiência do programa Cultura Viva, lançado no Brasil em 2004 pelo então ministro Gilberto Gil. A proposta de criação do IberCultura Viva, feita pela SEGIB e pelo Ministério da Cultura do Brasil (MinC), foi aprovada em outubro de 2013, na 23ª Cúpula Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo, realizada na Cidade do Panamá.
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De volta à presidência
Márcia Rollemberg, que era secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC em 2014, e foi a primeira presidenta do IberCultura Viva, voltou ao cargo este ano, para um mandato de três anos (2024-2026), iniciado no mês de março. “É uma alegria ver que o IberCultura, de fato, se tornou aquilo que nós idealizamos 10 anos atrás: um espaço de diálogo e cooperação entre os Estados membros e de organizações culturais. Um programa potente para a cultura de base comunitária e que tem impactado tantas pessoas nos locais onde está presente”, celebrou.
“O Brasil não apenas inspirou, mas atuou ativamente na construção do programa e, inclusive, na articulação e pactuação com os primeiros países que aderiram a essa iniciativa. Hoje, temos um programa ativo, com oportunidades regulares, número expressivo de inscritos e contemplados nos editais e parcerias consolidadas”, completou a presidenta.
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Experiências
No Congresso Ibero-americano de Cultura que se realizou em San José em 2014, Márcia Rollemberg participou de uma série de atividades, inclusive apresentando a experiência brasileira com o programa Cultura Viva, que neste mesmo ano (em julho) se transformaria em política de Estado, com a sanção da Lei 13.018/2014. (Em 2024, o MinC celebra os 10 anos da Lei Cultura Viva e os 20 anos desta política pública “de baixo para cima” que tem inspirado vários países ibero-americanos.)
Na Costa Rica, no Painel 2 (“Gestão Pública e Fortalecimento das Culturas Vivas Comunitárias), realizado no dia 12 de abril de 2014, representantes de diversas instituições públicas e programas da América Latina apresentaram suas experiências, sobre como vinham transformando as ações do Estado para apoiar e promover as manifestações culturais comunitárias a partir de um enfoque baseado na diversidade, na participação, nos direitos culturais, na sustentabilidade e no bem comum.
Neste painel, a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC falou sobre a construção da política de Cultura Viva no Brasil e sobre o momento de conquistar alianças entre países, “para que as políticas nacionais se identifiquem e se apropriem da dimensão social e cidadã, que é muito importante para construir espaços emancipadores de participação nas políticas públicas”. Também destacou a importância de trabalhar em diferentes dimensões (econômica, simbólica, cidadã) e mencionou a elaboração do Plano de Cultura, feita de maneira participativa após uma série de consultas, e a construção do Sistema Nacional de Cultura.
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Lula Martinez, autora da Lei de Cultura Viva Comunitária de Lima (Peru), foi outra conferencista deste painel sobre “Gestão pública e fortalecimento das Culturas Vivas Comunitárias”, no segundo dia da programação. “É importante ter consciência de como o Congresso Ibero-americano e os processos de cultura viva comunitária, gestados na América Latina, estão despertando o interesse de outros países, de instâncias supranacionais e de outros níveis de governo. Há que saber difundi-los, reivindicá-los, porque falam da potência da cultura viva comunitária e de seu projeto transformador de mudanças”, afirmou à época a ex-vereadora da capital peruana.
Neste mesmo 12 de abril, sete ministros e seis representantes oficiais de Estado se reuniram para discutir a declaração que deveria ser lida na plenária final do congresso sobre o tema das Culturas Vivas Comunitárias. No dia seguinte, essas autoridades governamentais participaram do “Diálogo Intersetorial” ao lado de 20 pessoas de 17 países, escolhidas dois dias antes no encontro do Conselho Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, onde foi elaborada uma série de propostas e recomendações ao programa IberCultura Viva.
A partir da recomendação da UNESCO de destinar 1% do orçamento nacional às políticas culturais, se propôs como meta que os governos da região designassem 0,1% dos orçamentos nacionais para a constituição de fundos locais e nacionais de apoio à Cultura Viva Comunitária. Além disso, propôs-se promover o aporte financeiro de cada país ao Fundo IberCultura Viva em seus objetivos de fortalecimento, assistência e apoio aos processos locais nos distintos países da região, como um primeiro passo do caminho para a meta de 0,1%.