Image Image Image Image Image
Scroll to Top

Para o Topo.

Arquivos chile - IberCultura Viva

04

jul
2023

Em Notícias

Por IberCultura

Celebrando infâncias e comunidades migrantes, construindo outros mundos possíveis: os projetos do Chile selecionados no Edital de Apoio a Redes 2023

Em 04, jul 2023 | Em Notícias | Por IberCultura

(Foto: Centro de Promoción Cinematográfica de Valdivia. Celebra!, agosto de 2022) 

.

Um projeto para gerar espaços de encontro e exposição entre organizações que desenvolvem criações artísticas no contexto da privação de liberdade na América Latina. Um evento para comemorar os direitos das crianças e adolescentes no Chile de hoje. Uma feira intercultural para apresentar a cultura chilena aos migrantes e sensibilizar a comunidade chilena sobre a contribuição da migração. Estes são os três projetos apresentados por organizações chilenas que foram selecionadas no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2023. A seguir, detalhamos as propostas que receberão apoio financeiro de até 5 mil dólares cada para serem utilizados na produção e/ou despesas de comunicação dos eventos propostos.

.


* Nome da rede ou articulação: Red Celebra!

* Nome do projeto: Celebra! Derechos de niñas, niños y adolescentes

.

Todos os anos, em agosto, a infância e a adolescência são celebradas no Chile. A comemoração costuma ser exacerbada pelo marketing consumista de objetos ou alimentos que, longe de valorizar a infância e a adolescência, as determina em estereótipos culturais e sociológicos. Por isso, há nove anos, em Valdivia, alguns atores culturais do território se articulam em favor de gerar uma atividade que celebre e valorize as infâncias.

No começo, eram organizadas mostras de cinema diferenciadas por faixa etária, convocando o público de crianças e adolescentes (NNA) por meio de um trabalho conjunto com estabelecimentos de ensino. Com o passar do tempo, e a necessidade de proporcionar um espaço de debate e reflexão crítica, surgiu o PichiKawin (em mapudungun, pichi=menino e kawin=conversa), um espaço de conversa entre crianças e adolescentes. No ano passado, esta atividade foi coordenada com os gabinetes comunais de proteção de menores.

Da experiência das versões anteriores, surgiu a proposta apresentada no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2023. Celebra!, o evento proposto pela rede de mesmo nome, será uma atividade comemorativa dos direitos de crianças e adolescentes no Chile de hoje. Durante um dia de agosto serão realizadas oficinas de criação artística, cultural e científica, exposições audiovisuais (presenciais e virtuais), apresentações artísticas (dança, teatro, música, circo, entre outras) e um espaço de debate e reflexão crítica (PichiKawin), liderados por jovens participantes das organizações de base convocadas.

A atividade contará com sessões prévias de trabalho articulado, que resultarão na definição conjunta das temáticas artístico-culturais a serem concretizadas em oficinas, em apresentações e no PichiKawin. Essa iniciativa também inclui uma oficina de criação audiovisual em microfilme com crianças e adolescentes das organizações comunitárias participantes. Os trabalhos resultantes serão apresentados no Celebra!

O projeto espera atingir: 800 participantes na atividade; 5 sessões de criação e programação conjunta; 2 oficinas de criação audiovisual para adolescentes sobre questões de direitos; exibição de curtas-metragens realizados por adolescentes; rotativo MicroCine, com foco nos direitos da criança; exibição de curtas-metragens de animação para a primeira infância via Zoom; 3 oficinas artístico-culturais para crianças e adolescentes; 1 PichiKawin, debate conduzido por jovens das entidades, e 2 apresentações artísticas de crianças e adolescentes.

Imagens da edição de 2022 do Celebra! (Fotos: Centro de Promoción Cinematografica de Valdivia)

.

Organizações participantes

Para implementar a rede Celebra!, o Centro de Promoção Cinematográfica de Valdivia (CPCV), responsável pela administração do projeto, articula-se com as organizações comunitárias Migrantes Los Ríos, Cambiando Destinos e Kasa Wenuleufu e três instituições públicas: o Centro de Criação Los Ríos do Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio, o Conselho Nacional de Jardins de Infância e a Fundação Integra (Rede de Creches e Jardins de Infância).

O Centro Cultural de Promoción Cinematográfica de Valdivia, fundado em 2002, é uma organização comunitária funcional, sem fins lucrativos, que concentra suas atividades na promoção e no desenvolvimento das artes audiovisuais. Suas linhas estratégicas são formação de público, cidadania, indústrias criativas, educação e formação. Nessas áreas, a abordagem de direitos humanos é transversal no plano de gestão sobre inclusão, perspectiva de gênero, povos indígenas, relevância territorial, promoção de crianças e adolescentes.

Migrantes de Los Rios é uma ONG criada por migrantes para migrantes, refugiados e todos que apoiam o direito de migrar. Fundada em 2017 com o objetivo de prestar serviço social, comunitário, cultural e incluir a comunidade migrante na sociedade da região de Los Ríos, seu trabalho se concentra na gestão do apoio jurídico, educacional, social e de inclusão intercultural. Nos últimos anos, implementou cinco projetos de criação artístico-cultural que buscam fortalecer a integração das comunidades.

O Espaço Cultural Kasa Wenuleufu nasceu em 2015 na cidade de Niebla, na serra costeira, território habitado ancestralmente por comunidades Mapuche Lafkenche. É este território, sua essência e seu saber, que Kasa Wenuleufu divulga e promove, convidando os habitantes da costa a mergulhar na cultura local, em sua natureza e riqueza cultural. O espaço tem se destacado nos últimos anos por promover ofícios típicos do território, como a cestaria de fibras naturais, a produção de produtos alimentares artesanais, a utilização de ervas medicinais, a agricultura biológica e biodiversa, além de desenvolver uma série de oficinas artístico-culturais para crianças e adolescentes.

Já a Corporação Cambiando Destinos, fundada em 2017, é uma organização que se dedica ao apoio socioeducativo a crianças e adolescentes em instituições de proteção e guarda de menores. Destaca-se pela criação da primeira escola de ofícios Cambiando Destinos, que promove ofícios com identidade local para integração social e promoção da cultura regional.

.


* Nome da rede: Red de Organizaciones de Migrantes

* Nome do projeto: Mi Chile Lindo

.

A opinião negativa a respeito da comunidade estrangeira, em consequência da situação nas fronteiras, com a entrada irregular de pessoas e os confrontos constantes entre migrantes e chilenos devido a diversas situações, como famílias com crianças mendigando nas ruas e atos criminosos perpetrados por estrangeiros, são algumas das causas que motivam o projeto “Mi Chile Lindo “, apresentado pela Red de Organizaciones Migrantes ao Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2023.

Com o objetivo de apresentar a cultura chilena aos migrantes e sensibilizar a comunidade chilena sobre a contribuição da migração, as organizações participantes propõem a realização de uma mostra cultural, gastronômica e artesanal da cultura migrante com elementos chilenos. Nesta feira intercultural, que eles chamaram de “Mi Chile Lindo”, haverá danças folclóricas chilenas realizadas pela comunidade estrangeira, “cozinha fusion” e artesanato comum a várias culturas. Como atividades prévias ao evento central do projeto, estão previstas aulas de culinária, palestras sobre histórias e casos dos povos.

A iniciativa tem como propósito promover e fomentar espaços interculturais constantes que busquem a coesão social e interação entre a comunidade chilena e migrante, para melhorar sua convivência, integração e inclusão nos territórios e espaços sociais onde os problemas convergem e são vivenciados. Desta forma, a rede proponente espera conseguir mudanças na percepção, imagem e reconhecimento de ambas as comunidades a partir de sua riqueza, contribuição cultural e econômica que é feita ao país.

.

Organizações participantes

O trabalho da Red de Organizaciones Migrantes gira em torno da geração de políticas públicas que promovam a cidadania, a democracia e a cooperação. Além de integrar vários conselhos da sociedade civil, onde são geradas propostas ao governo e outras plataformas de trabalho colaborativo, a rede tem experiência na realização de atividades, como cinco feiras interculturais e outros 15 eventos relacionados à inclusão de migrantes.

A Associação Compromisso Migrante, fundada em 2020 em Santiago, é uma organização sem fins lucrativos que visa integrar cidadãos estrangeiros na sociedade chilena por meio de treinamento e assessoria em questões como migração, saúde, empregabilidade, entre outras, a fim de contribuir para o desenvolvimento da sociedade em suas diferentes dimensões. A entidade também organiza mostras gastronômicas, feiras culturais de empreendedorismo e outras atividades com apelo massivo. 

A Federação Mesa Nacional de Organizações de Migrantes e Refugiados (FENAMIR) atua desde 2019 como aglutinadora de outras organizações, desenvolvendo ações voltadas para a promoção de políticas públicas de inclusão. A FENAMIR oferece um programa de educação e treinamento para líderes migrantes, suas organizações e comunidades, focado no fortalecimento do conhecimento em regulamentação migratória, gestão de procedimentos, criação e legalização de organizações sociais, alfabetização digital e oferta público-privada de serviços e acesso a direitos.

A Fundação Esperanza de Mujer (FEM) é uma organização sem fins lucrativos focada em fornecer as ferramentas necessárias para o enfrentamento da violência contra a mulher em todas as suas esferas. Por isso, coloca ênfase em proporcionar às usuárias  diversas redes de apoio, concentrando seus objetivos e competências profissionais para capacitar cada mulher que necessita de um local onde seja sempre acolhida, sem preconceitos, conscientizando-a sobre a importância que está fazendo mudanças em suas vidas para vencer os obstáculos que se interpõem no caminho de alcançar melhores oportunidades. A fundação desenvolve atividades há mais de um ano e foi formalizada em março de 2023.

.


.

* Nome da rede e do projeto: Arte en Fuga 2023 – Encontro Internacional de Artes nas Prisões: Diálogos sobre experiências artísticas com mulheres encarceradas e dissidentes para construir outros mundos possíveis

.

Arte en Fuga 2023 – Encontro Internacional de Artes nas Prisões (“Diálogos sobre experiências artísticas com mulheres encarceradas e dissidentes para construir outros mundos possíveis”) é um projeto que se realiza de forma híbrida, entre os meses de setembro e novembro, com o objetivo de gerar espaços de encontro e exposição entre organizações que desenvolvem criações artísticas no contexto da privação de liberdade em toda a América Latina.

(Foto: Pájax Entre Puas)

A primeira parte é realizada em formato virtual, através de uma plataforma onde decorrem as conversas promovidas pela rede. Este ciclo de diálogos, além de problematizar a existência do cárcere e as questões em volta dele, busca tornar visíveis as vivências artísticas, a camaradagem e os afetos de mulheres e dissidentes privados de liberdade. Estão previstos três espaços de diálogo: os conversatórios “Sociedades de controle” (25 de setembro) e “Justiça alternativa e experiências reparadoras a partir das artes” (12 de outubro) e a oficina virtual “Narrativas artísticas com mulheres e dissidentes de fora e dentro do confinamento” (16 de novembro).

A segunda parte é realizada presencialmente no Parque Cultural de Valparaíso – Ex Cárcel, no dia 23 de novembro, com o encontro de entidades que atuam nesse contexto penitenciário. Durante este encontro será realizada a oficina “Estratégias Comunitárias de Resolução de Conflitos” e contemplada a criação de um documento comunitário que manifeste os diálogos e experiências resultantes da gestão colaborativa da rede. Por fim, no dia 25 de novembro, será inaugurada a galeria Arte en Fuga no Parque Cultural de Valparaíso, um espaço expositivo de criações artísticas em contexto prisional.

.

Organizações participantes

O projeto foi apresentado por três organizações que trabalham no contexto da privação de liberdade em três países da região: Pájarx Entre Púas (Chile), Mujeres Tras Las Rejas (Argentina) e Mujeres de Frente (Equador). Essa articulação é baseada nas ações de articulação que vêm sendo realizadas entre os coletivos colaboradores, somadas à experiência do encontro Arte en Fuga, realizado com sucesso por três anos consecutivos.

Fundação e coletivo que desde 2016 trabalha em prisões para mulheres e dissidências sexuais na região de Valparaíso, Chile, Pájarx Entre Puas tem como missão criar redes de ativismos feministas interseccionais, formadas por mulheres e diversidades privadas de liberdade, libertadas da prisão, seus filhos e famílias. Nas oficinas artivistas que acontecem nos presídios, são abordados temas coletivos mediados por ferramentas artísticas como artes cênicas, dança, música, leitura e escrita, performance, artes plásticas e ofícios. 

.

Mujeres de Frente é um coletivo feminista e comunidade de cooperação e cuidado criado em 2004 em Quito, Equador. É formado por ambulantes, catadoras de lixo, trabalhadoras domésticas, universitárias, professoras, artistas, mulheres em liberdade e familiares de presidiárias. Entre as atividades desenvolvidas estão o Espaço Wawas, onde crianças e adolescentes frequentam voluntariamente atividades educativas, recreativas, artísticas e esportivas; um refeitório popular e oficinas para mulheres. 

A ONG Mujeres Tras las Rejas trabalha com mulheres privadas de liberdade em Rosário, Argentina, para tornar visíveis as situações de desigualdade que vivem. Criada em 2006, a entidade já realizou oficinas artísticas em presídios (saúde reprodutiva, sexualidade, arte, maternidade, fotografia, rádio, teatro); um programa de rádio (“Tire a voz dos que não têm voz: mulheres na cadeia, rádio na prisão”), onde as mulheres do presídio têm voz numa rádio comunitária, e uma oficina que aborda técnicas têxteis através de diferentes ferramentas artísticas e troca de conhecimentos.

(Foto: Pájarx Entre Puas)

Tags | , ,

30

jun
2023

Em Notícias

Por IberCultura

Três municípios se incorporam à Rede de Cidades e Governos Locais: Alto Biobío, Cauquenes e Curridabat

Em 30, jun 2023 | Em Notícias | Por IberCultura

(Fotos: Municipalidad de Cauquenes)

.

A Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais conta com três novos membros: as Municipalidades de Alto Biobío e Cauquenes (Chile) e Curridabat (Costa Rica). As cartas de aceitação dos pedidos de adesão foram enviadas esta semana por Esther Hernández Torres, diretora geral de Articulação Cultural da Secretaria de Cultura do Governo do México e presidenta do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva. Com o ingresso dessas três cidades, a rede passa a contar com um total de 33 municípios, províncias e estados que formalizaram sua participação desde 2019.

No pedido de incorporação do Município de Alto Biobío (provincia de Biobío), enviado ao IberCultura Viva pelo prefeito Victor Rosas Salazar, foi informado que a Unidade de Cultura e Comunicação será responsável por fazer as contribuições necessárias e que Luis Fernando Acuña Cárcamo, jornalista e gestor cultural, será o representante do governo local na rede.

No caso de Cauquenes (província de Cauquenes), a prefeita Nery Cristina Rodríguez Domínguez anunciou o Departamento de Cultura como responsável, e Caterine Yearitza Nuñez Castillo como a pessoa designada para ser a representante do governo local na rede.

Na carta de intenções de adesão ao programa, a Prefeitura de Cauquenes também se comprometeu a levar adianta algumas atividades de articulação com o IberCultura Viva, como o intercâmbio para o fortalecimento de políticas entre funcionários e técnicos; a realização de reuniões de rede; publicações e produções audiovisuais; a criação de políticas públicas locais em benefício das organizações culturais comunitárias, além de promover a articulação da rede de organizações culturais comunitárias do município.

Em 2022, nove municípios chilenos aderiram à Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais: Concepción, Lonquimay, Quilaco, Valparaíso, San Felipe, Puqueldón, Hualaihué, La Unión e Puerto Saavedra. Com San Pedro de la Paz, uma das primeiras a participar oficialmente desta instância (desde o lançamento da rede, em 2019), e agora com Cauquenes e Alto Biobío, o Chile chega a um total de 12 membros na rede. É o país com o maior número de cidades associadas.

Feria Pewenche en la reserva nacional Ralco (Foto: Municipalidad de Alto Biobío)

.

A Costa Rica, por sua vez, conta agora com seu segundo representante na rede: a Municipalidade de Curridabat (província de San José). O município costarriquenho, que se une ao cantão de Alajuelita, estará vinculado à rede por meio da Direção de Desenvolvimento Humano Integral e será representado pela gestora sociocultural Silvia Pereira Rivera.

A Prefeitura de Curridabat, como esclareceu o prefeito Jimmy Cruz Jiménez em seu pedido de incorporação à rede, prevê trabalhar nas seguintes metas este ano: 1) Elaboração do inventário cultural do patrimônio material e imaterial de Curridabat, para ter uma radiografia cultural detalhada e completa do cantão, e 2) Acompanhamento na reativação da Rede de Cultura Curridabat (o espaço foi criado em 2019, mas teve um hiato de dois anos e meio em decorrência da pandemia).

Red de Cultura Curridabat

Saiba mais sobre a Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais

Tags | ,

29

jun
2023

Em Notícias

Por IberCultura

Ministério das Culturas do Chile convoca organizações a ingressar no Registro Nacional de Pontos de Cultura Comunitária

Em 29, jun 2023 | Em Notícias | Por IberCultura

(Texto e foto: Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile)

.

Com o objetivo de contribuir para o reconhecimento e a visibilidade das organizações de base comunitária, o Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile abriu convocatória para o Registro Nacional de Pontos de Cultura Comunitária. As inscrições estão abertas até 7 de agosto.

“O Registro Nacional de Pontos de Cultura Comunitária é um instrumento que busca identificar, reconhecer e valorizar as organizações sociais de base comunitária como instâncias fundamentais para se caminhar em direção a uma democracia cultural, pois estimulam a participação cultural, o uso dos espaços públicos e a coesão social no território”, afirmou o ministro das Culturas, das Artes e do Património do Chile, Jaime de Aguirre.

O secretário de Estado acrescentou que “nos diferentes bairros do Chile são realizadas atividades culturais e/ou patrimoniais, oficinas de diferentes expressões artísticas e culturais, danças, música, bem como feiras ou festivais; ou seja, são criadas ações comunitárias que melhoram a convivência entre vizinhos e vizinhas, e que poderão ser validadas e reconhecidas como Ponto de Cultura Comunitária”.

O cadastro priorizará as organizações com maior experiência em cada uma das regiões e que desenvolvam suas ações em comunas com alto índice de pobreza multidimensional e índice de isolamento. Quem acessar o registro poderá financiar seu plano de fortalecimento com um orçamento de 10 milhões de pesos chilenos, no caso de ter menos de 10 anos, e com 15 milhões de pesos, para aqueles com mais de 10 anos. Este financiamento visa dar continuidade, impulso e sustentabilidade às ações, atividades e iniciativas que os Pontos de Cultura Comunitária desenvolvem no território.

O convite para adesão ao Registro de Pontos de Cultura Comunitária estende-se às organizações de bairro, funcionais e territoriais; ou pertencentes a povos originários e/ou folclóricos, que estejam ligados ao campo da cultura e que desenvolvam práticas socioculturais. Podem candidatar-se organizações de base comunitária constituídas por grupos de pessoas, que desenvolvam as suas ações e que façam parte de um determinado território, ligadas à realidade socioterritorial e com raízes comunitárias.

Para fazer parte do registro, não é necessário ter personalidade jurídica, mas sim ter um histórico de pelo menos três anos de existência no território e não ter fins lucrativos. Além disso, as organizações interessadas devem incluir o desenvolvimento comunitário em seus objetivos, identificando os problemas locais, ajudando a responder às prioridades e interesses da comunidade a que pertencem, além de contribuir para o reconhecimento da identidade local e transformação social e territorial, entre outros requisitos.

Através da implementação desta política pública, a organização poderá ter acesso a aconselhamento técnico, formação e apoio personalizado à gestão, além de fazer parte de uma rede de pontos de cultura comunitários regionais, nacionais e internacionais, por meio do programa IberCultura Viva .

A solicitação para fazer parte do Registro de Pontos de Cultura Comunitária e as informações sobre o programa estão no site https://puntos.cultura.gob.cl/ .

Tags | ,

31

mar
2023

Em Notícias
Sin categorizar

Por IberCultura

Brasil e Chile concederão mais bolsas para o Curso de Pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária 2023

Em 31, mar 2023 | Em Notícias, Sin categorizar | Por IberCultura

O Ministério da Cultura do Brasil e o Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile ampliaram sua quantidade de bolsas para a edição de 2023 do Curso de Pós-graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária ministrado por FLACSO-Argentina. Os dois países terão oito bolsas a mais nessa sexta turma do curso virtual, que começará no dia 20 de abril. 

Esta é a quinta vez que as representantes governamentais do Chile e do Brasil decidem ampliar o número de bolsas para pessoas candidatas de seus países usando os recursos de que dispunham no Fundo Multilateral IberCultura Viva para o apoio à formação de organizações culturais comunitárias. As vagas extras foram concedidas especialmente a pessoas que atuam nas organizações da sociedade civil. 

A avaliação realizada no Edital de Bolsas 2023, que distribuiu 96 bolsas para pessoas provenientes dos 12 países participantes, serviu também para a seleção dessas pessoas que receberão as bolsas extras do Brasil e do Chile. 

A lista final do edital, publicada neste 31 de março, trouxe as oito candidaturas mais bem pontuadas de cada país membro, tanto de pessoas gestoras que trabalham em organismos públicos de cultura como de representantes de organizações culturais comunitárias. Para as bolsas extras do Chile e do Brasil foram escolhidas as oito candidaturas seguintes de pessoas que trabalham em comunidades e que obtiveram maior pontuação no processo de seleção. 

O Edital de Bolsas 2023 teve inscrições abertas no Mapa IberCultura Viva de 16 de dezembro de 2022 a 15 de fevereiro de 2023. Do total de 493 postulações recebidas, 65 eram do Brasil e 65 do Chile.

.

Confira os nomes das pessoas que receberão as bolsas extras do Brasil e do Chile:

.

BRASIL

on-506556704  Rafaela Lima

on-1319174684  Cátia Hahn

on-1891708332  Ligia Rodrigues Holanda

on-1824786066  Francisco Luis Teixeira dos Santos 

on-1229131099  Oderval Rodrigues de Oliveira Junior 

on-1780708126   Maíra Martins Frois
on-1185690389   Josefina Chudnobsky

on-1619093105   Marcus Vinicius Bezerra da Silva


CHILE

on-1127643308  Germán Moreira Santana

on-466641833  Paul Andrés Castán Cartagena

on-1456424692  Paula Aguirre Toledo

on-1994929379  Julieta Mazzoni

on-1109091512 Jocelyn Tabilo

on-1321222627 Valentin Zuñiga

on-1404721444 Mariana León Villagra

on-1395875560  Nicole Amneris Ríos Kroyer


Tags | , , ,

24

mar
2023

Em Notícias

Por IberCultura

“A cidade e os direitos culturais”: conversatório marca o início do processo de elaboração da Carta de Concepción

Em 24, mar 2023 | Em Notícias | Por IberCultura

A Prefeitura de Concepción iniciou o processo de construção participativa da Carta de Direitos Culturais da Cidade. O município chileno, que recentemente aderiu à Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais, segue o caminho de San Luis Potosí (México) e Niterói (Brasil), duas integrantes da rede que lançaram suas Cartas de Direitos Culturais em 2021 – após um amplo processo participativo – e de cidades como Roma, que apresentou sua Carta em 2020.

O conversatório “A cidade e os direitos culturais”, marcado para a próxima quarta-feira, 29 de março, às 12h (horário de Brasília e do Chile), é uma das primeiras ações que serão realizadas no âmbito da elaboração da Carta de Concepción, junto com uma série de enquetes públicas aplicadas aos habitantes e agentes culturais do território. Essa roda de conversa terá um formato híbrido, via Zoom, com transmissão ao vivo pela página de Facebook de Concepción Cultural.

A atividade começará com algumas palavras de boas-vindas do prefeito da Concepción, Álvaro Ortiz, e apresentação do diretor de Cultura do município, Maurício Castro. Jordi Pascual, Cynthia Santoyo e Alexandre Santini* são os convidados que apresentarão, respectivamente, as experiências de Roma, San Luis Potosi e Niterói

O conversatório será moderado por Claudia Araya, coordenadora técnica da Carta de Direitos de Concepción, e Luisa Velásquez, representante de Guadalajara (México) perante a Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. Também vão participar do encontro representantes do Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile, do programa IberCultura Viva e da associação internacional Mercociudades.

.

Quem são os convidados

.

Jordi Pascual é coordenador da Comissão de Cultura da Organização Mundial de Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU). Especialista em desenvolvimento sustentável, municipalismo e direitos culturais, foi ele quem coordenou o processo de construção da Carta de Roma 2020.

.

Alexandre Santini, hoje presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, foi diretor de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura do Brasil (2015-2016) e secretário das Culturas de Niterói, onde coordenou o processo de elaboração da Carta dos Direitos Culturais da cidade, entre março e novembro de 2021.

.

Cynthia Santoyo colabora desde 2018 como especialista em programas do setor de Cultura da UNESCO México. Mestre em Género e Migração, é responsável por monitorar e implementar iniciativas apoiadas pelo governo federal, governos locais e ONGs nas áreas de diversidade cultural e trabalho comunitário, economias e indústrias criativas, multilinguismo, patrimônio cultural imaterial e fortalecimento de capacidades técnicas para a igualdade de gênero. Ela acompanhou o processo de construção da Carta de Direitos Culturais que o governo municipal de San Luis Potosí realizou ao longo de mais de três anos (entre 2018 e 2021) em coordenação com a UNESCO México.

.

Leia também:

Município de Concepción começa os trabalhos para a construção participativa de sua Carta de Direitos Culturais

Tags | , , , ,

20

dez
2022

Em Notícias

Por IberCultura

No Chile, 46 agentes de organizações comunitárias de Los Ríos receberam diploma em gestão cultural

Em 20, dez 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

Quarenta e seis representantes de organizações comunitárias da região de Los Ríos, no Chile, receberam os certificados que os credenciam como diplomados em Gestão Cultural para Organizações Culturais Comunitárias. O plano de estudos foi ministrado de maneira virtual pela Universidade de Los Lagos (ULA) em aliança com a Secretaria Ministerial Regional (Seremi) das Culturas, das Artes e do Patrimônio e seu programa Red Cultura, em duas edições, nos anos de 2020 e 2021.

“Este programa acadêmico nasceu da aliança entre a Universidade de Los Lagos e a Seremi, para responder às próprias organizações, que solicitavam acesso a instâncias de capacitação que permitissem aprimorar os conhecimentos que vêm desenvolvendo há anos com a prática em âmbito comunitário em seus territórios”, destacou a secretária ministerial regional (seremi) de Culturas de Los Ríos, Antonia Torres.

O programa acadêmico gratuito beneficiou 46 representantes de organizações comunitárias da região de Los Ríos, 28 deles na edição de 2020 e 18 em 2021. O plano de estudos visava entregar conhecimento, exercitar e desenvolver habilidades e competências necessárias para o exercício profissional da gestão cultural. Entre os conteúdos estavam o  desenvolvimento de projetos, patrimônio, mídias digitais e legislação cultural.

Em 2020, o plano de estudos chegou a 300 horas, divididas em nove módulos de trabalho online. A versão 2021 teve 144 horas divididas em 24 horas de aulas (síncronas) e 120 horas (assíncronas).

“Os anos de pandemia e confinamento nos obrigaram a nos adaptar à utilização das novas tecnologias de comunicação e educação à distância, e ao mesmo tempo permitiram a mais gestores o acesso a um programa de qualidade, ditado pelos melhores profissionais de cada área de especialização”, disse o vice-diretor de Arte, Cultura e Patrimônio da casa de estudos, Sergio Trabucco.

A equipe acadêmica foi composta por Fabián Retamal, Catalina Pavez, Catalina Matthei, Bárbara Negrón, Andrea Hoare e Claudio Ulloa, entre outros, e o processo de virtualização de conteúdo contou com o apoio da equipe de Educação Continuada da ULA.

“A concretização do diploma nasce dos territórios como uma necessidade imperiosa, que aponta para o que fazemos com as nossas organizações dentro deles. Essa formação veio para nos profissionalizar, nos fornecer ferramentas, levantar as necessidades dos territórios e talvez nos deixar uma visão de futuro que nos permita influenciar a política cultural”, disse Liliana Salinas, presidente da Comunidade Indígena Cun-Cun do Rio Bueno, formada no ano de 2020.

Antes da cerimônia, os formandos e formandas receberam uma master class das convidadas Clara Mónica Zapata, da Colômbia, e Susana Salerno, da Argentina.

.

(Fonte: Ministerio de las Culturas, las Artes y el Patrimonio)

Tags | ,

09

set
2022

Em Notícias

Por IberCultura

OCCs da região de Coquimbo entregam proposta de política cultural comunitária à ministra das Culturas do Chile

Em 09, set 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

Integrantes da Mesa Regional de Organizações Culturais Comunitárias (OCCs) de Coquimbo, no Chile, entregaram uma proposta de política cultural comunitária à ministra das Culturas, das Artes e do Patrimônio, Julieta Brodsky Hernández, no dia 1º de setembro, em uma reunião realizada na Biblioteca David León Tapia de Tongoy, no encerramento de sua visita à região. 

O documento foi elaborado com o objetivo de subsidiar o processo de criação do programa Pontos de Cultura, que o Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio pretende implantar no país a partir de 2023. “Estamos muito animadas com tudo o que fizemos. Foi uma agenda intensa que nos permitiu conversar com as organizações e conhecer mais sobre o que está sendo feito na região”, disse a ministra.

Encontro da Mesa de OCCs com a ministra das Culturas, Julieta Brodsky, em Tongoy

Alguns dos/das representantes das organizações que estiveram presentes na atividade vieram de diversos pontos da região, como Guanaqueros (Coquimbo), Las Compañías (La Serena), Tierras Blancas (Coquimbo), Diaguitas (Vicuña), Los Vilos e Salamanca, para participar desta conversa conjunta e falar sobre os desafios que elas têm em relação ao novo programa do ministério. 

Tania González, representante do Colectivo de Artes Integradas Literarias (Kail), de Los Vilos, contou que a proposta entregue à ministra vem sendo trabalhada desde 2017 e conta com “metodologias adequadas, com a assessoria de grandes profissionais da região na área da gestão”. Já Manuel Zambra, presidente da Agrupación David León Tapia de Tongoy, comentou que o encontro com a ministra “foi um privilégio” e “muito emotivo”, uma vez que ela foi criada em Tongoy. Logo após a reunião, a agrupação ingressou oficialmente na Mesa Regional das Organizações Culturais Comunitárias de Coquimbo.

.

Encontro presencial

Alguns dias antes, no final de agosto, a Mesa de Organizações Culturais Comunitárias da Região de Coquimbo pôde se reencontrar pessoalmente, em um dia marcado pelo companheirismo, pela escuta ativa e a partilha de experiências, após dois anos de distanciamento devido à pandemia de Covid-19. 

Este encontro presencial, que ocorreu na cidade de El Molle (Vicuña), fez parte do projeto associativo “(Re)Encontro: Fortalecendo a Mesa Regional OCC Coquimbo”, desenvolvido pelo programa Red Cultura, da Seremi das Culturas, das Artes e do Patrimônio de Coquimbo.

O encontro consistiu em diversas atividades, como um “varal de roupa social”, com valores e conceitos que as organizações relacionam com seu cotidiano, uma dinâmica de levantamento de informações e perguntas sobre a situação atual dos grupos. Além disso, houve uma série de apresentações nas quais as OCCs puderam compartilhar como adaptaram suas atividades durante a pandemia, o trabalho com plataformas digitais e os desafios futuros.

.

(Fonte: Ministério das Culturas, das Artes e do Património)

Tags | ,

15

ago
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Ministério das Culturas do Chile promove ciclo de palestras “Pontos de Cultura na América Latina: Aprender para criar”

Em 15, ago 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

(Foto: Marina Leitner)

.

Representantes de seis países participarão do ciclo de conversatórios “Pontos de Cultura na América Latina: Aprender para criar”, que será realizado virtualmente de 18 de agosto a 22 de setembro, sempre às quintas-feiras, das 18h às 20h (horário do Chile), via Facebook Live (Cidadania Cultural).

A iniciativa visa abrir espaços de diálogo, discussão e participação para a construção do programa Pontos de Cultura que será implementado, a partir de 2023, pelo Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile, por meio do Departamento de Cidadania Cultural.

Todas as quintas-feiras, expoentes da América Latina serão convidados a compartilhar suas experiências. Participarão representantes da Argentina, do Peru, do México, da Costa Rica, do Uruguai e do Brasil. Entre as pessoas convidadas há representantes governamentais e integrantes de Pontos de Cultura.

 Os diálogos serão abertos ao público em geral e especialmente a membros das comunidades organizadas em torno da cultura, que desenvolvem atividades artísticas e culturais no Chile. Para se inscrever e/ou fazer consultas, deve-se enviar um e-mail para puntodecultura@cultura.gob.cl.

.

Primeiro dia: Argentina

Diego Benhabib

O ciclo começará com a experiência dos Pontos de Cultura na Argentina, na próxima quinta-feira, 18 de agosto. Participarão como expositores Diego Benhabib, coordenador do programa Puntos de Cultura desenvolvido pelo Ministério de Cultura; Marihem Soria, diretora de Cultura Viva da Secretaria de Cultura de Córdoba, e Eduardo Balán, coordenador do coletivo El Culebrón Timbal, que integra a Rede Nacional de Pontos de Cultura. 

Na Argentina, Puntos de Cultura é um programa nacional que busca fortalecer as ações de redes, grupos e organizações culturais ancoradas territorialmente, por meio de apoio técnico e econômico para sustentar seus espaços e aprimorar seus projetos culturais comunitários. 

Desde 2011, o programa acompanha o desenvolvimento de projetos culturais territoriais e coletivos, promovidos por organizações que estão inseridas nas áreas mais vulneráveis ​​e que trabalham com os setores mais carentes da sociedade. Mais de mil organizações de todo o território federal compõem a Rede Nacional de Pontos de Cultura, por meio da qual se realizam intercâmbios de saberes e experiências.

.

Segundo dia: Peru

Carlos La Rosa

A segunda conversa, no dia 25 de agosto, será dedicada à experiência do Peru. Criada em 2011, a iniciativa da Direção de Artes do Ministério de Cultura do Peru busca ampliar o exercício dos direitos culturais em nível comunitário, com ênfase especial nas crianças, nos jovens e na população em situação de vulnerabilidade, promovendo a inclusão, o empoderamento e a cidadania intercultural.

Para tanto, o Ministério da Cultura identifica, reconhece, fortalece e articula em uma Rede Nacional de Pontos de Cultura as organizações sociais que mantêm um trabalho contínuo, com base na arte e na cultura, auxiliando no atendimento das prioridades locais (como melhoria da educação, saúde e segurança) e promovendo processos de desenvolvimento individual e comunitário. Atualmente, a rede conta com mais de 550 Pontos de Cultura na região metropolitana de Lima e nas 25 regiões do país. 

Os expositores serão: Carlos La Rosa, diretor de Artes do Ministério da Cultura; Fabiola Figueroa Cárdenas, gerente de Cultura da Municipalidade de Lima Metropolitana; Gustavo López Infantas, subgerente de Promoção Cultural e Cidadania da Municipalidade de Lima Metropolitana; María Elena Benites Aguirre, dp grupo Chaski Comunicação Audiovisual (Lima); Connie Philipps Del Castillo, da Lupuna Artes Amazónicas (San Martín); Wilman Calderón Castillo, da Associação do Grupo de Teatro Mala – GRUTEMA (província de Lima), e Eduardo Ludeña León, da Associação Cultural Latino-Americana Unida (Lima).

.

Terceiro dia: México

Esther Hernández

O programa Cultura Comunitária, desenvolvido há três anos pela Secretaria de Cultura do Governo do México, será o tema do terceiro dia do ciclo, em 1º de setembro. As apresentações programadas são de Esther Hernández Torres, diretora geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura e presidenta do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva, e Manuel Trujillo, representante da presidência do programa, que também comentará o trabalho da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais.

Esther Hernández comentará especialmente o trabalho realizado a partir dos Semilleros Creativos, uma das principais iniciativas do programa Cultura Comunitária, concebido como espaços de ensino e aprendizagem artística para crianças e jovens em contextos comunitários, com vistas à transformação social. O país tem cerca de 300 Semilleros Creativos. 

Lançado em fevereiro de 2019, o programa Cultura Comunitária busca promover o exercício efetivo dos direitos culturais de indivíduos, grupos e comunidades, principalmente aqueles/as que ficaram de fora das políticas culturais, por meio do desenho de estratégias que promovam a cultura para a paz, transformação social, participação na vida cultural, desenvolvimento cultural comunitário e fortalecimento das capacidades locais, sob os princípios de inclusão e não discriminação.

.

Quarto dia: Costa Rica

Eduardo Reyes

No dia 8 de setembro, a discussão girará em torno da experiência da Costa Rica. As apresentações serão feitas por Eduardo Reyes Paniagua, gestor sociocultural responsável pelo programa de Pontos de Cultura do Ministério da Cultura e Juventude, além de representantes do Ponto de Cultura Cine El Bajo e da Municipalidade de Alajuelita, que faz parte da Rede do IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais e está implementando em 2022 o plano operativo da política cultural que foi aprovada em outubro de 2019. 

Na Costa Rica, Puntos de Cultura é um programa de estímulo administrado pela Direção de Gestão Sociocultural do Ministério da Cultura e Juventude. Desde a sua primeira convocatória, em 2015, apoiou 153 projetos de organizações e grupos culturais, com uma grande diversidade de temas e áreas de atuação.

Um dos objetivos do programa é gerar condições para o exercício dos direitos culturais das pessoas por meio da atuação das organizações socioculturais e das comunidades com as quais trabalham. Além disso, procura criar intercâmbios e espaços de formação conjunta, para melhorar as capacidades de gestão das organizações socioculturais do país.

.

Quinto dia: Uruguai 

Juan Carlos Barreto

No Uruguai, Puntos de Cultura é um programa da área de Gestão Territorial da Direção Nacional de Cultura, do Ministério da Educação e Cultura, que surge na articulação interinstitucional com os três níveis de governo (estadual, departamental e municipal). Seu objetivo é reconhecer e fortalecer coletivos ou organizações que desenvolvam atividades culturais com impacto em nível comunitário e que contribuam para a inclusão sociocultural.

Os destinatários do programa Puntos de Cultura são as organizações, movimentos, associações, cooperativas, coletivos e grupos culturais da sociedade civil que têm um tempo de atuação na comunidade, desenvolvendo atividades, promovendo o exercício dos direitos culturais e o desenvolvimento local.

Na conversa do dia 15 de setembro, que será dedicada à experiência uruguaia, está prevista a participação de Juan Carlos Barreto, coordenador da área de Gestão Territorial da Direção Nacional de Cultura, e de Laura López, coordenadora nacional do programa Puntos de Cultura.

.

Sexto dia: Brasil

Celio Turino

A sexta e última discussão do ciclo, no dia 22 de setembro, será dedicada ao Brasil, país que implementou o programa Cultura Viva em 2004, inspirando os demais países da América Latina a se comprometerem com um modelo de política “de baixo para cima”, dando força e reconhecimento institucional às organizações da sociedade civil que já desenvolviam atividades culturais em suas comunidades.

O programa Cultura Viva, transformado em política de Estado no Brasil em 2014, com a sanção da Lei 13.018, tem como base de apoio os Pontos de Cultura, que são as entidades ou coletivos culturais reconhecidos e certificados pelo governo federal. Não existe um modelo único de Pontos de Cultura. Cada um desenvolve suas atividades de acordo com suas necessidades e plano de trabalho. A ideia é que não tenha fins lucrativos, que realmente atue como ponto de cultura em sua comunidade, que seja um espaço de prática, aprendizado e vivência cultural. Entre os aspectos comuns a todos estão a transversalidade e a gestão compartilhada entre Estado e sociedade civil. 

Os convidados para este conversatório são Célio Turino, historiador, escritor e gestor de políticas públicas, um dos idealizadores do programa Cultura Viva e impulsor dos Pontos de Cultura, e Alexandre Santini, ex-diretor de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura do Brasil, e atual secretário das Culturas de Niterói, um dos municípios membros da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais.  

.

(Fonte: Ministério das Culturas, Artes e Patrimônio do Chile)

Tags | , ,

09

ago
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Ministério das Culturas do Chile inaugura a sétima edição da Escola de Idiomas Indígenas

Em 09, ago 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

Foi inaugurada no dia 6 de agosto a sétima edição da Escola de Idiomas Indígenas, que ministra cursos de línguas e oficinas de artes e ofícios dos povos Aymara, Quechua, Rapa Nui e Mapuche no Chile. A escola é financiada e coordenada pelo Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio, com o apoio da Universidade Católica Silva Henríquez.

Para este ano está contemplada a seleção de 360 ​​pessoas para os 24 cursos e oficinas (cada curso e oficina tem 15 cotas). Entre os nove cursos e oficinas de idiomas previstos estão aimará, quíchua, mapuzugun e rapa nui, de nível básico ou iniciante, intermediário e avançado.

Entre as 15 oficinas de artes e ofícios estão têxteis mapuche, têxteis aimarás, cerâmica mapuche, cerâmica quíchua, ourivesaria mapuche, fabricação de instrumentos musicais indígenas, gastronomia mapuche, dança mapuche, dança rapa nui, música tradicional mapuche e oficina palin (esporte tradicional mapuche) .

.

Um espaço de diálogo

Na abertura desta sétima edição, no Centro Cerimonial dos Povos Indígenas de Peñalolén, a ministra das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile, Julieta Brodsky Hernández, destacou que “a Escola de Idiomas Indígenas tem se constituído como uma iniciativa de participação efetiva e permanente de povos indígenas e não indígenas, conseguindo gerar uma instância real de interculturalidade, onde podemos conversar, dialogar, nos conhecer de forma respeitosa e nos aproximarmos uns dos outros”. 

Para ela, esse tipo de iniciativa é muito importante para gerar uma convivência harmoniosa e pacífica entre os diversos povos e culturas que integram o país. “Eles são um avanço para a sociedade que queremos construir”, afirmou.

A Escola de Idiomas Indígenas é a única instância pedagógica indígena não formal de caráter pluricultural, plurilíngue e plurinacional em funcionamento no país, segundo quatro organizações populares reconhecidas pela Lei 19,2

.

Revitalização 

Criada em 2016, com o objetivo de contribuir para a revitalização linguística, artística e artesanal dos povos indígenas, a escola é uma iniciativa criada e realizada por organizações indígenas da Região Metropolitana participantes do Programa de Revitalização Cultural Indígena e Afrodescendente, implementado pela Subdiretoria de Povos Indígenas do Serviço do Patrimônio Cultural Nacional. No último ciclo (2021-2022), 43 organizações participaram do programa.

Nas seis versões anteriores da escola, mais de 1.200 pessoas participaram dos cursos e oficinas, e aproximadamente 10.000 o fizeram como público nas atividades artísticas e culturais.

.

Atividades de extensão

A Escola de Idiomas Indígenas também contempla uma série de atividades de extensão que permitem a divulgação das artes e conhecimentos tradicionais e contemporâneos dos quatro povos que a compõem. Entre eles estão a comemoração do Dia Internacional dos Povos Indígenas, a comemoração do Dia Internacional da Mulher Indígena e Sabores da Memória Ancestral, evento que tem como objetivo divulgar a gastronomia indígena presente na Região Metropolitana.

.

(Fonte: Ministério das Culturas, das Artes e do Património)

Tags | ,

26

Maio
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Ministério das Culturas do Chile abre edital para financiar iniciativas de organizações culturais comunitárias

Em 26, Maio 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

Desenvolver ações associativas entre organizações culturais comunitárias (OCC), financiar programação artística e cultural local ou implementar um plano de equipamentos para o desenvolvimento de atividades serão algumas das iniciativas contempladas na Convocatória para Financiamento de Iniciativas Culturais Comunitárias (FICC) 2022, que o Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile, por meio do programa Red Cultura do Departamento de Cidadania Cultural, abriu nesta segunda-feira, 23 de maio.

“Apoiar as organizações locais é uma prioridade para o nosso governo. Queremos fortalecer e continuar a abrir espaços de participação e incidência na gestão cultural que se realiza nos territórios, apoiar iniciativas artísticas e culturais – através de uma visão intercultural – que favoreçam a inclusão social e a identidade das comunidades”, afirma a ministra das Culturas, das Artes e do Patrimônio, Julieta Brodsky Hernández.

Segundo a ministra, “esta convocatória de 2022 representa a transição do trabalho feito até agora através da Red Cultura para o novo programa Puntos de Cultura, que será ajustado e dará ênfase às demandas e exigências das organizações comunitárias”.

(Foto: Centro Cultural El Cahuin de Molina)

.

Este ano, o edital conta com uma nova linha de apoio que permitirá financiar pesquisas relacionadas à cultura comunitária, com o objetivo de conhecer experiências territoriais, ou que se refiram ao desenvolvimento de políticas de base comunitária. Em outra linha de apoio, também pode ser financiada a aquisição de insumos e equipamentos.

“Através do trabalho conjunto buscamos aliviar e facilitar a construção de identidades culturais territoriais. Queremos tornar visível a forma como se expressam. Não acreditamos que a cultura seja algo que deva ser entregue, mas, ao contrário, acreditamos que as expressões culturais surgem das próprias comunidades e dialogam com o resto do país, dando vida ao que chamamos de Democracia Cultural ”, destaca Julieta Brodsky.

O orçamento total estimado para este edital é de 630 milhões de pesos chilenos (cerca de 754 mil dólares). De acordo com as linhas de candidatura, os montantes para financiar as iniciativas variam entre 3 milhões e 10 milhões de pesos. As inscrições estarão abertas até 5 de julho de 2022, às 17h (horário de Santiago do Chile).

.

Linhas de apoio

1.Linha de Ativação Artística e Cultural da Comunidade

Modalidade de trabalho em rede nos territórios: Busca fortalecer as redes associativas de intercâmbio, colaboração, cooperação e reciprocidade entre OCC, por meio de ações voltadas à promoção da gestão cultural comunitária de todas em conjunto.

Modalidade de iniciativas artísticas comunitárias: Tem como objetivo financiar iniciativas que fortaleçam a programação artística cultural junto à comunidade e ao território de origem da OCC postulante.

2. Linha de Fortalecimento de Organizações Culturais Comunitárias 

Procura apoiar o fortalecimento e consolidação das OCCs territoriais através da complementaridade da programação artística cultural e com a comunidade onde está inserida, quer no domínio da gestão cultural comunitária, quer nas suas atividades de promoção e ativação do tecido social comunitário.

3. Linha de Implementação para Organizações Culturais Comunitárias 

Esta linha destina-se a financiar a aquisição de insumos e equipamentos para as OCCs ativas, com personalidade jurídica. A implementação financiada deve apoiar as atividades artísticas da OCC, permitindo a incorporação de novas atividades ou ampliando o repertório de expressões artísticas voltadas para a comunidade local.

4. Linha de Acervo Documental sobre Cultura Comunitária

Busca contribuir com pesquisas relacionadas a questões relacionadas à cultura comunitária, incentivando a elaboração de textos que promovam o reconhecimento e valorização das organizações comunitárias culturais e sua contribuição para a construção de uma sociedade diversificada e atuante.

.

Quem pode se candidatar?

Podem candidatar-se organizações culturais comunitárias que contribuam para a integração social e para o fortalecimento da identidade e diversidade cultural do seu território local. Podem ter ou não personalidade jurídica, com exceção da Linha de Implementação de Organizações Culturais Comunitárias, em que é obrigatório ter personalidade jurídica válida.

Pessoas físicas com experiência em gestão cultural comunitária ou publicações sobre cultura comunitária podem candidatar-se à Linha Acervo Documental sobre Cultura Comunitária.

.

Consultas

Dúvidas podem ser feitas para o e-mail redcultura@cultura.gob.cl

.

Como se inscrever?

Você só pode se inscrever digitalmente enviando um e-mail para summons.redcultura@cultura.gob.cl. Não serão aceitas inscrições pessoalmente ou por carta registrada.

.

Prazo de inscrição

De 23 de maio a 5 de julho de 2022.

.

Confira o regulamento

.

Leia também:

Ministerio de las Culturas anuncia apertura de convocatoria para apoyar y financiar iniciativas de Organizaciones Culturales Comunitarias

..

(Fonte: Ministerio de las Culturas, las Artes y el Patrimonio)

Tags | , ,