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Blog

15

maio
2017

Em Notícias

Por IberCultura

Últimos dias de inscrições para o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social

Em 15, maio 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

Entidades sem fins lucrativos América Latina e do Caribe podem se inscrever até 31 de maio na categoria “Água, Meio Ambiente, Agroecologia ou Cidades Sustentáveis” do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2017. Em sua nona edição, o prêmio pela primeira vez reconhecerá iniciativas de outros países da região capazes de gerar soluções para os problemas sociais e que possam ser aplicadas no Brasil.

A participação está aberta a instituições sem fins lucrativos, como fundações, organizações da sociedade civil, instituições educativas e de pesquisa ou organizações governamentais. Para obter a certificação, as iniciativas devem ser reconhecidas como soluções que tenham tido um impacto efetivo na melhora da qualidade de vida das pessoas e possam voltar a ser aplicadas.

As três melhores iniciativas serão documentadas em vídeo para a difusão das experiências e terão custeados os gastos para a participação de seus representantes no Foro Internacional de Tecnologia Social, que será realizado em Brasília em novembro de 2017. O evento reunirá especialistas no temas e discutirá o conceito de tecnologia social como ferramenta de desenvolvimento sustentável.

As experiências registradas que também sejam certificadas farão parte do Banco de Tecnologias Sociais (BTS) da Fundação Banco do Brasil. O BTS é uma coleção on-line, gratuita, que hoje dispõe de 850 soluções bem-sucedidas aplicadas nas comunidades do Brasil. A finalidade do acervo é difundir as experiências para o desenvolvimento social. O conteúdo também está disponível em versões em inglês, francês e espanhol.

As categorias nacionais

Além da categoria internacional, há seis categorias destinadas a iniciativas realizadas no Brasil: “´Água e/ou Meio Ambiente”; “Agroecologia”; “Economia Solidária”; “Educação”; “Saúde e Bem-estar”; “Cidades sustentáveis e/ou Inovação Digital”. O primeiro lugar de cada categoria será premiado com R$ 50 mil, e as 18 instituições finalistas receberão um troféu e um vídeo sobre sua iniciativa.

Celebrado a cada dois anos, o concurso conta com o apoio do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), do Banco Mundial, da Organização das Nações Unidas para  Agricultura e  Alimentação (FAO), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e a cooperação da Unesco no Brasil.  

Informações: fbb.org.br/premio

Fonte: Fundação Banco do Brasil

08

maio
2017

Em Notícias

Por IberCultura

“Guía para semilleros y semilleras”: um livro em defesa da agricultura consciente

Em 08, maio 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

“As sementes são a base do sustento dos seres humanos, fim e princípio da cultura camponesa. Ocupação e artesanato de milhões de mãos capazes de colher seus frutos, símbolo e evidência dos conhecimentos e saberes que têm sustentado a humanidade.”

É assim que a Red de Semilleros Campesinos de Costa Rica apresenta seu “Guía para semilleros y semilleras”, uma compilação de textos lançada com o objetivo de demonstrar sua aposta pelo livre intercâmbio, troca ou comercialização das sementes fora de qualquer sistema de patente e/ou certificação.

O livro, já disponível em versão digital, é um dos produtos da Red de Semilleros Campesinos realizados com o apoio do programa IberCultura Viva, como parte de um dos projetos selecionados no Edital de Apoio a Redes IberCultura Viva 2016. Este projeto também propôs a realização de encontros nacionais da rede, com vistas a capacitar 30 camponeses/as na multiplicação e no resguardo de sementes.

Com 89 páginas divididas em três capítulos (“Defesa das sementes”, “Produção e conservação das sementes nativas” e “Métodos de conservação de sementes”), o “Guía para semilleros y semilleras” é um esforço coletivo realizado em 2016 pela Red de Semilleros Campesinos, o Centro Nacional Especializado en Agricultura Orgánica del Instituto Nacional de Aprendizaje e a Red de Coordinación en en Biodiversidad.

A compilação e a edição dos textos estiveram a cargo de Henry Picado Cerdas, Eduardo Agüero Coto e Daniela Muñoz Solano. As ilustrações que acompanham os textos são de Silvia Astorga Monestel.

Sementeiros e sementeiras

A Red de Coordinación en Biodiversidad, responsável pelo projeto da Red de Semilleros Campesinos, reúne organizações ecologistas de mulheres camponesas, acadêmicos/as, organizações indígenas e ativistas dos direitos humanos. Desde 1998 trabalha de forma autogerida e colaborativa em prol da defesa do conhecimento tradicional associado à biodiversidade e aos povos que a protegem. Seu enfoque está no fortalecimento organizativo para a proteção da cultura associada à alimentação, ao cuidado do bosque, à cultura da conservação da biodiversidade e os direitos dos povos.

Além de ter sido selecionada no Edital de Apoio a Redes IberCultura Viva, a Red de Coordinación en Biodiversidad foi escolhida em 2016 uma das 22 organizações ganhadoras da segunda convocatória do fundo Puntos de Cultura lançada pela Direção de Cultura do Ministério de Cultura e Juventude de Costa Rica.

 

Para baixar o livro: https://agroecologa.org/…/uplo…/2017/05/libro-de-Semillas.pdf

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03

maio
2017

Em Notícias

Por IberCultura

Oralidade escrita: histórias e costumes dos povos Qom, Wichí e Pilagá reunidos em livro

Em 03, maio 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

A avó que virou tamanduá porque não deu ouvidos à advertência que fizeram para que não olhasse para o fogo. A mulher que não deixavam sair da cabana e que uma noite se apaixonou por uma cobra. O homem que se transformou em leão e comeu todos que viviam na sua colônia. O caçador que saiu para buscar alimento em um dia de chuva e encontrou Pelhay, o Espírito dos Céus e senhor dos raios.

Estas são algumas das histórias recompiladas no livro do projeto “Oralidade escrita”, um dos selecionados no Edital IberCultura Viva de Intercâmbio, edição 2015. A publicação já está disponível em sua versão digital. 

O projeto, executado pela Fundación Abriendo Surcos (Argentina) e o Coletivo Aty Sâso (Brasil), promoveu um concurso literário de lendas dos povos originários na província de Formosa, na Argentina. Foram recebidos mais de 70 relatos de três etnias: Qom, Wichí e Pilagá.

Os textos ganhadores do concurso – e que estão reunidos na publicação – foram produzidos por estudantes secundaristas de escolas públicas de modalidade intercultural bilíngue. A entrega dos prêmios se deu no Dia Internacional das Populações Indígenas, em 9 de agosto de 2016, na escola EIB N°6 Cacique Kanetori, em Bartolomé de las Casas (Formosa).

Entrega dos prêmios em Bartolomé de las Casas (Foto: Fundación Abriendo Surcos)

As línguas

Com 96 páginas, o livro do projeto reúne histórias e costumes dos povos Qom, Wichí e Pilagá contadas em suas línguas originárias, com traduções para o espanhol e o português. Os relatos estão divididos por povos/línguas.

Juliana Kase, responsável pela montagem (com Zenaide Basilio), utilizou como referência para a capa o Mapa Interativo de Línguas em Perigo da Unesco, o site do Programa Sorosoro e do Instituto Socioambiental/Pueblos Indígenas. Os desenhos são de Gabriel Palma e Gero Ruiz.

 

Os textos

Como explica o professor Raúl Adrián Aranda, coordenador da equipe de Educação Intercultural Bilíngue da província de Formosa, os textos que compõem o livro se referem em alguns casos a um trabalho de criação autônoma ou coletiva, a registros de oralidade de pesquisas culturais, ou mesmo à recuperação de textos anteriores existentes na comunidade.

“Em todos os casos tratam-se de trabalhos escolares produzidos com a intenção manifesta de dar valor aos escritos em línguas originárias e aos conhecimentos e saberes culturais da comunidade. A difusão e publicação destes textos contribui para a continuidade dessa tarefa pedagógica didática para a comunidade em seu conjunto”, ressalta o professor.

Daniela Landin e Jairo Araldi, representantes do coletivo brasileño, contam que não queriam limitações referentes a gênero literário. “Determinamos que é um livro de tradições orais, crendo que as classificações são modos impostos por pesquisadores e as definições entre conto, lenda, anedota, relato mitológico, poema, discurso de sabedoria, entre outros, não são um fator importante para a valorização de uma cultura”, justificam na edição. Esta seria uma maneira, segundo eles,  de legitimar o lugar da “conversa” dos jovens nativos que produziram o livro.

A leitura

No dia 16 de junho, às 18h30, haverá uma leitura de relatos no Centro Cultural Brasil-Argentina (Avenida Belgrano, 552), em Buenos Aires.  Os relatos em espanhol serão lidos por crianças e adolescentes bolivianos ou descendentes de bolivianos que realizam um programa na rádio “Aires del Sur”, dentro das atividades da Fundación Comunitaria Cruz del Sur, em Liniers, Buenos Aires. As versões em português ficarão por conta da psicóloga brasileira Lana Caetano Vaz, que há um ano vive na Argentina.

Para baixar:

https://iberculturaviva.org/wp-content/uploads/2017/05/Oralidad-escrita-digital.pdf

 

Leia também:

Ganhadores do concurso do projeto Oralidade Escrita recebem prêmios em Formosa

 

26

abr
2017

Em Notícias

Por IberCultura

Fiteca: uma festa de bairro que reúne vizinhos e artistas de vários pontos do mundo

Em 26, abr 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

Começa na próxima segunda-feira, 1º de maio, a 16ª edição da Fiesta Internacional de Teatro en Calles Abiertas (Fiteca), um importante espaço cultural de Lima Metropolitana que reúne mais de 20 mil pessoas em sete dias de atividades. Organizada há 15 anos, a Fiteca tem como palco principal o setor da Balanza, no distrito popular de Comas, e conta com a presença de grupos nacionais e internacionais em uma série de apresentações de artes cênicas, plásticas e musicais.

A programação começa com um grande cortejo às 15h30 do dia 1, no Parque Tahuantinsuyo, que é a sede central do evento em Comas e segue até a noite do dia 7. Após o encerramento na sede central, haverá atividades nas outras sedes do evento: El Carmen (Complexo Esportivo José Carlos Mariátegui), nos dias 8 e 9, La Molina (Losa Deportiva Cabo Billy), nos dias 10 e 11) e Pucusana (Malecón San Martín), nos dias 12 e 13.

Nascida do sonho dos organizadores Jorge Rodríguez e Patricia Beltrán de produzir arte e construir um bairro cultural, a Fiteca começou como uma convivência entre artistas e vizinhos da comunidade que pouco a pouco foi crescendo, somando outros profissionais e voluntários além do bairro e da arte. Acabou se convertendo em uma convivência dos vizinhos com pessoas de vários pontos de Lima, do Peru e do mundo.

Este ano são esperados em Comas uns 300 artistas. A maioria vive nas redondezas, mas muitos vêm de outros barrios, alguns de outras províncias e/ou países, que ali se instalam durante uma semana. Nestes dias de intenso intercâmbio, os artistas invitados dormem nas casas dos vizinhos, desfrutam da comida preparada pelas mães do comedor popular, relacionam-se com as crianças do bairro, apresentam suas obras, pintam murais, se dedicam às oficinas, conversam, dialogam, bailam, enfim, transformam a realidade local durante uma semana.

Inicialmente a festa durava cinco dias. Passou a sete e agora chega a 12, somando-se os dias de atividades que serão realizadas nas outras sedes do evento. Nesta 16ª edição em Comas se espera a participação de 40 grupos artísticos, a formação de 12 comissões de vizinhos, artistas, gestores culturais e autoridades locais, o desenvolvimento de 15 oficinas e a realização de 45 murais nos bairros do setor.

Edital

A 16ª Fiteca foi um dos eventos premiados no Edital de Apoio a Redes IberCultura Viva 2016. A proposta foi apresentada pela Comunidade Fiteca, conformada por coletivos e indivíduos que pertencem a distintas organizações artísticas, culturais, sociais, educativas e de vizinhos, e que buscam fazer com que a cultura seja ações de desenvolvimento do bairro, através de programações de atividades artísticas, gastronômicas, sociais, construções de infraestrutura, formativas, lúdicas, etc.

Ao fazer da cultura uma festa, integrando distintas organizações do bairro, a comunidade pretende fomentar processos de participação cidadã e visibilizar os processos culturais que vêm se desenvolvendo no setor, no projeto Bairros Culturais, além de construir um espaço de encontro e diálogo entre os diversos artistas e gestores culturais do Peru e América Latina que contribuam para o fortalecimento de redes de intercâmbio de arte e cultura na região.

Confira a programação:

25

abr
2017

Em Notícias

Por IberCultura

Rede de Cultura Viva Comunitária de Jalisco promove o 1º Encontro Metropolitano de 2017

Em 25, abr 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

Será realizado no sábado 6 de maio, em Santa Ana Tepetitlán (Zapopan), o primeiro dos três encontros metropolitanos promovidos pela Rede Cultura Viva Comunitária de Jalisco em 2017. O evento mexicano, um dos projetos ganhadores do Edital de Apoio a Redes IberCultura Viva 2016, reunirá organizações da área metropolitana do estado de Jalisco em um programa  centrado em “pensar, fazer e viver a cultura comunitária entre todos e todas”.

As outras duas reuniões, em Colonia Polanco (Guadalajara) e Colonia Oblatos (Guadalajara), serão realizadas até setembro. Nestes três encontros, a rede criada em 2014 promoverá rodas de conversas, oficinas, atividades artísticas e dinâmicas interativas, buscando ampliar as relações colaborativas entre as organizações de base e conscientizar acerca da necessidade de modelos de políticas públicas que reconheçam, afiancem e multipliquem iniciativas nas comunidades e territórios.  

Entre as atividades propostas estão mesas de intercâmbio de experiências, reflexão e debate e oficinas focadas em temáticas que fortaleçam a gestão cultural local, fomentem e construam mecanismos comuns para visibilizar produções de base cultural comunitária.

Saiba mais:

Encuentro Metropolitano de Cultura Viva Comunitaria Jalisco 2017

Programa

 

Salón Terraza Country (Vicente Guerrero # 13)

  • 10:00 am – 11:00 am Recepção e convivência.
  • 11:00 am – 11:30 am Boas-vindas da Rede de Cultura Viva Comunitária Jalisco e dos vizinhos de Santa Ana Tepetitlán.
  • 11:30 am – 01:30 pm Roda de conversa “Conhecer a Cultura Viva Comunitária através da experiência”.
    • Abarrotera Mexicana (Guadalajara, Jalisco)
    • RSES Crew (Ciudad de México)
    • Consejo de Jóvenes de Cherán (Cherán, Michoacán)
    • Maakushanaharani A.C. (Santa Ana Tepetitlán)
  • 01:30 pm – 02:00 pm Recesso (poesia em voz alta)
  • 02:00 pm – 03:00 pm Diálogo entre participantes “O que entendemos por Cultura Viva Comunitária?”

Kiosko (Guadalupe Victoria e Morelos)

  • 03:00 pm – 03:40 pm Apresentação de balé folclórico e convivência
  • 03:40 pm – 04:00 pm Caravana rumo a “Los Cerritos”

 

“Los Cerritos” (Justo Sierra e Vicente Guerrero)

  • 04:00 pm – 05:00 pm Comida e apresentação do projeto “Eco-parque Los Cerritos”
  • 05:00 pm – 07:00 pm Troca de saberes e palco aberto
    • Oficinas para organizações:
      • Oficina ministrada pelo Bachillerato Intercultural de Estipac
      • Oficina ministrada pelo Conselho de Jovens de Cherán
    • Oficinas abertas ao público:
      • Círculo da memória (Vizinhos de Santa Ana Tepetitlán)
      • Pintura de mural coletivo (RSES Crew)
      • “Cotidiáfonos” e meio ambiente (Conga Mandinga)
      • Break dance e cultura de paz (Zapopan Rifa)
      • Cozinha tradicional de buñuelos (Vizinhos de Santa Ana Tepetitlán)
  • 07:00 pm – 08:00 pm Assembleia de encerramento
  • 08:00 pm – 10:00 pm Festival artístico e convivência

17

abr
2017

Em EDITAIS

Por IberCultura

Confira a lista definitiva de habilitados no Edital para Seleção de Textos IberCultura Viva

Em 17, abr 2017 | Em EDITAIS | Por IberCultura

O programa IberCultura Viva informa a relação definitiva de propostas habilitadas a participar do Edital para a Seleção de Textos sobre Políticas Culturais de Base Comunitária IberCultura Viva 2016. O prazo de recursos terminou na quinta-feira, 20 de abril.

Foram habilitados 15 textos apresentados por participantes do Brasil, da Espanha e do Equador. A etapa seguinte, de análise dos textos, será de responsabilidade do Comitê Curador, composto por representantes de Argentina, Brasil, Chile, El Salvador e Uruguai.

O edital tem como objetivo selecionar textos que provoquem reflexões e contribuam para a divulgação do conceito e das políticas culturais de base comunitária no âmbito ibero-americano. Os textos devem tratar de experiências de organizações da sociedade civil que são ou tenham sido colaboradoras de políticas governamentais de cultura de base comunitária.

(Texto atualizado em 24 de abril de 2017)

Informação aos Interessados II – Etapa de Habilitação: Resultado Definitivo

Informação aos Interessados I – Etapa de Habilitação: Resultado Preliminar

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10

abr
2017

Em Notícias

Por IberCultura

Inscrições abertas para a convocatória de Pontos de Cultura 2017-2018 da Costa Rica

Em 10, abr 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

Está aberto até 30 de junho o prazo de inscrições para a terceira convocatória de Pontos de Cultura da Costa Rica, lançada em 3 de abril pela Direção de Cultura do Ministério de Cultura e Juventude. As duas primeiras foram realizadas em 2015 e 2016, respaldando dezenas de iniciativas de organizações com uma grande diversidade em suas temáticas e áreas de ação. As bases de participação e o formulário atualizado estão disponíveis no website www.dircultura.go.cr.

Pontos de Cultura é um programa de estímulos e sinergias voltado para o fortalecimento de organizações, redes, iniciativas coletivas e espaços socioculturais vinculados com a promoção da diversidade cultural, a economia social solidária e a salvaguarda do patrimônio cultural e natural.

“É a melhor maneira de aproveitar os recursos do Estado para exercer os direitos culturais, sobretudo em regiões distantes da grande área metropolitana; além disso, é um exercício de gestão em si mesmo, um processo de aprendizagem contido no desenvolvimento dos projetos selecionados”, afirma Irene Morales, coordenadora do Departamento de Fomento Cultural da Direção de Cultura do MCJ.

Podem participar da convocatória associações, fundações, sociedades civis sem fins de lucro, associações de desenvolvimento (não se requer “idoneidade” para o manejo de fundos públicos), cooperativas autogeridas vinculadas com temáticas culturais, e Juntas de Educação, Saúde, etc. As organizações interessadas devem ter sua personalidade jurídica  em dia e devidamente inscrita no Registro Público correspondente. Isso inclui as nomeações da junta diretiva, que também devem estar vigentes.

Prazos e recursos

Podem apresentar-se projetos cujas necessidades de financiamento requeiram até um máximo de ¢10.000.000 (dez milhões de colones). Será financiado um montante de até 70% do custo total, sendo necessário, portanto, que o projeto conte com pelo menos 30% de financiamento (as contrapartidas poderão vir da mesma organização que postula e/ou de organizações externas). Os gastos administrativos do projeto (incluindo pagamento do contador) não poderão exceder 20% do valor total solicitado ao fundo.

A execução dos projetos beneficiados pelo programa deverá ser realizada no prazo previsto em sua formulação, que não poderá ser inferior a seis meses, nem superior a um ano. Os projetos deverão contar com um cronograma de duas etapas: a etapa 1 deverá ser realizada em 2017 (novembro e dezembro), e a 2, em 2018.

As categorias

São quatro as categorias do fundo: a) arte para a transformação social; b) meios e propostas de comunicação comunitária; c) fortalecimento organizacional e d) cultura para o bem viver.

A primeira categoria abarca projetos que – por meio de diversas manifestações artísticas e educativas – fortaleçam a autoestima, o pensamento crítico, a criatividade e a identidade das pessoas e comunidades, assim como a convivência, mediante espaços de expressão e/ou aprendizagem artística.

Entende-se por “cultura para o bem viver” os projetos que contribuam para o fortalecimento da economia solidária, da ecologia, da soberania alimentar e do direito à alimentação, a interculturalidade, a diversidade cultural, a equidade de gênero, assim como o fomento à vida saudável e em comunidade. Também se incluem projetos que promovam a apropriação positiva de espaços culturais, urbanos e rurais para sua recuperação e uso, e projetos vinculados a casas e centros culturales.

A categoria de comunicação busca iniciativas inovadoras e não comerciais, através de diferentes meios de comunicação coletiva e/ou novas tecnologias, enfocadas na expressão das identidades, manifestações e temáticas próprias de diversos setores e comunidades.

A de fortalecimento organizacional, por sua vez, está voltada a projetos que contribuam para o fortalecimento de grupos, redes, centros, pequenos empreendimentos culturais e outros espaços de trabalho sociocultural, que de acordo com suas necessidades, requeiram participar ou organizar seminários, oficinas, capacitações, encontros, intercâmbios e atividades similares, a fim de fortalecer sua autonomia, sustentabilidade, capacidade de gestão, incidência e relações intersetoriais.

Ponto de Cultura em Bahía Drake

A entrega

Irene Morales enfatiza que é fundamental que as organizações interessadas em concursar leiam os requisitos, pois todos os anos mudam, não drasticamente, mas, sim, têm conteúdos diferentes e projetos no formato anterior não são recebidos”.

Os projetos deverão ser entregues em formato impresso nos escritórios da Direção de Cultura localizadas no Centro Nacional de Cultura (Cenac), em San José centro, e somente serão aceitos nas datas que serão indicadas no início de junho na página web www.dircultura.go.cr.

 Os critérios

Será avaliada a coerência entre os objetivos propostos, resultados esperados, as atividades, o cronograma e o pressuposto, assim como a estabilidade da organização no tempo e experiência em gestão de projetos e no manejo de fundos públicos ou privados. Também estão entre os critérios de avaliação a estratégia de sustentabilidade, a temática e a participação comunitária, além da distribuição por região. Será dada uma pontuação adicional àqueles projetos que se desenvolvam em localidades afetadas pelo furacão Otto.

O anúncio dos projetos selecionados será feito no fim de setembro de 2017, nas páginas web www.dircultura.go.cr e www.mcj.go.cr .

Informações: puntos@dircultura.go.cr

 (Texto atualizado em 17 de abril de 2017)

Para baixar:

Perguntas frequentes

Bases de participação (2017-2018)

Formulário de inscrição

 

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27

mar
2017

Em Notícias

Por IberCultura

Museu da Pessoa apresenta coleção argentina e versão em espanhol do caderno de formação

Em 27, mar 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

María Toa Quinde nasceu em uma comunidade andina muito antiga chamada Cañari, ao sul do Equador. Tem 40 anos e vive em Buenos Aires, no bairro de Balvanera. A origem de seu nome? A história é um pouco longa, mas ela conta que Toa era uma princesa que pertencia ao povo Quitu, onde hoje é Quito. “Toa significa flor negra. Quinde pode ser traduzido como colibri, e para o povo cañarí, é uma ave sagrada que implica vida”, explica ela, que se formou médica e se mudou para a Argentina a fim de concluir uma sub-especialidade e um mestrado. “Todas as vezes em que saí do país, sempre quis voltar para casa, mas o fato de formar parte de minha cultura tem sido uma das minhas maiores fortalezas”, afirma.

A história do colibri da flor negra é uma das histórias de vida reunidas pelos participantes do curso de formação do projeto “Museu da Pessoa – Rede internacional de histórias de vida”, um dos selecionados no Edital IberCultura Viva de Intercâmbio, edição 2015. Karen Worcman, a diretora presidente do Museu da Pessoa no Brasil, deu as aulas do curso Tecnologia Social da Memória, de 8 a 10 de novembro de 2016, na Universidade de Belgrano, em Buenos Aires, com vistas a implantar um Museo de la Persona Argentina.

Karen Worcman no curso de formação na Universidade de Belgrano (foto: Georgina García)

O curso, que contou com 20 participantes, teve como resultados uma coleção virtual e um caderno de formação (em espanhol), já disponíveis no website do Museu da Pessoa. A coleção virtual reúne depoimentos como o de María Toa Quinde, contado em entrevista a Juan Pablo Mora Penagos, e de argentinos como Mabel Gaddi, uma mulher com três filhos, dez netos e nove bisnetos que fala dos afetos da infância, dos primeiros amores, do casamento com um oficial do Marinha, de morte e fé.

Gino conta a história do avô italiano

Outra história interessante que faz parte da coleção argentina é a de Luis Antonio Fidanza, o “Gino”, de 95 anos. Ele conta a trajetória de seu avô, um imigrante italiano que dizia ter se instalado na cidade de Quilmes porque havia encontrado um relógio na rua, quando saltava uma poça d’água. “Se no primeiro dia em que chego me dão um relógio, vou ficar bem”, teria dito ele, segundo Gino. E ali ele ficou. Hoje em dia, quem dá corda ao relógio é seu bisneto Luis Francisco.

Aberto e colaborativo

E é assim, com pequenas grandes histórias, que se pretende construir o Museo de la Persona Argentina: acreditando no valor da diversidade e da história de cada pessoa como patrimônio da humanidade. “Nossa missão principal é a de ser um museu aberto e colaborativo, que transforme as histórias de vida de qualquer indivíduo ou organização em uma fonte de conhecimento, compreensão e conexão entre as pessoas e os povos. É um legado distintivo da história do país, que dá prioridade à transformação cultural e social”, ressalta o psicólogo Emiliano Polcaro, professor da Universidade de Belgrano.

A experiência brasileira com esta metodologia de registro da memória oral está sistematizada em um caderno de formação que agora conta com uma versão em espanhol. Dividido em três etapas — construir, organizar e socializar histórias –, o caderno reúne recomendações para os interessados em preparar um roteiro de entrevista (como começar, encadeamento, tipos de perguntas que ajudam ou atrapalham, etc), dicas de como processar o conteúdo, produzir textos, gravar a entrevista, editar o material e usar a plataforma virtual do Museu da Pessoa.

No Museu da Pessoa, além de visitante, qualquer pessoa pode se transformar em  parte do acervo ao registrar sua história de vida, assim como ser um curador, na medida em que pode criar suas próprias coleções de histórias, imagens e vídeos. Como diz o texto de introdução do caderno, “a História nunca está fechada nem é absoluta. O fazer histórico é um processo permanente, vivo, que diz muito a respeito de todos nós”.

Saiba mais:

https://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/colecao/ibercultura-viva-122194

https://www.museudapessoa.net/pt/entenda/portfolio/publicacoes/educativo/cuarderno-de-formacion-tecnologia-social-de-la-memoria-2016

 

Leia também:

Museu da Pessoa: a produção de histórias de vida e a construção da memória social

 

14

mar
2017

Em Notícias

Por IberCultura

Inscrições abertas para o edital 2017 do Programa de Apoio às Culturas Municipais e Comunitárias, no México

Em 14, mar 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

Está aberto até 19 de junho o prazo de inscrições para o Programa de Apoio às Culturas Municipais e Comunitárias (PACMYC), da Secretaria de Cultura do Governo do México. Podem participar do edital grupos interessados em receber apoio financeiro para realizar um projeto cultural comunitário que fortaleça a identidade, a diversidade cultural e os processos culturais de suas comunidades, nos espaços geográficos e simbólicos onde se desenvolvem.

Os projetos aprovados com maior pontuação em cada estado receberão até $60,000.00 (sessenta mil pesos). As propostas podem ser apresentadas por grupos informais ou legalmente constituídos por pelo menos três pessoas maiores de idade, cujos integrantes vivam e sejam reconhecidos pela comunidade onde serão desenvolvidas as atividades. Interessados em participar do edital têm direito a receber assessoria para elaborar seu projeto.

Os grupos devem destacar de maneira clara o que se propõem a fazer, para que, como, onde, com quem e com que recursos. As propostas poderão considerar, entre outros, os seguintes temas da cultura popular: espaços culturais e rituais, tradições orais, artesanias, danças, expressões musicais, cerimônias e ritos, jogos e brincadeiras tradicionais, memória histórica, mitos e concepções do universo e da natureza, cozinhas tradicionais.

Os projetos elegíveis serão avaliados e qualificados em cada entidade federativa por um júri de especialistas, e sua decisão será inapelável. Cada projeto será avaliado por três integrantes do júri. A média da pontuação permitirá conhecer se o projeto foi aprovado ou não.

Serão levados em conta na avaliação aspectos como a contribuição do projeto para conservar, resgatar, preservar ou difundir uma expressão cultural concreta; o impacto que possa ter em uma população específica ou uma região determinada; que atenda uma das expressões do patrimônio cultural imaterial em risco e a originalidade da proposta, como expressão da inventiva e iniciativa do grupo e das particularidades sociais e culturais das comunidades onde será realizada.

Também será considerada a participação de integrantes da comunidade nas diferentes etapas do projeto. Esta participação não se limita a que as pessoas da comunidade sejam espectadores de um evento ou apresentação, e sim parte ativa. O mesmo deve ocorrer com os projetos de criação artística (literatura, pintura, vídeo, poesia, etc) que devem ser propostas de criação coletiva e não projetos individuais.

Para descarregar as bases:

https://www.cultura.gob.mx/recursos/convocatorias/201703/pacmyc_2017.pdf

Sepa más:

www.gob.mx/cultura

www.gob.mx/mexicoescultura

14

mar
2017

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Fortalecendo os processos locais: conheça os ganhadores do Edital de Apoio a Redes

Em 14, mar 2017 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

Dois encontros metropolitanos de Cultura Viva Comunitária, duas festas nas ruas, uma mostra de cinema e direitos humanos para crianças e adolescentes, uma noite de tambores de maracatu prévia ao carnaval. Um intercâmbio de saberes entre organizações de territórios indígenas, uma capacitação para camponeses para a multiplicação e o resguardo de sementes, um encontro de mulheres trabalhadoras da cultura, um encontro de criação artística colaborativa dirigido a jovens de diferentes culturas para a conservação da biodiversidade. Dez propostas muito diversas que mostram a amplitude do comunitário quando se trata da relação entre cultura e território, entre cultura e identidade.

Os 10 projetos, apresentados por redes de oito países, foram selecionados entre os 84 inscritos na categoria 2 do Edital de Apoio a Redes IberCultura Viva 2016. O edital, que esteve aberto entre 19 de setembro e 1 de dezembro de 2016, teve 20 ganhadores: 10 na categoria 1, dirigida a eventos preparatórios para o 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, e 10 na categoria 2, dedicada ao apoio para a realização de eventos de redes de cultura de base comunitária municipais, provinciais, nacionais ou regionais. Cada projeto receberá um valor máximo de US$ 5 mil.

Podiam participar da categoria 2 propostas de encontros, congressos, seminários, festivais, feiras, colóquios e simpósios, a ser realizados entre 1 de fevereiro e 31 de outubro de 2017, com entrada livre e gratuita. A intenção do edital era apoiar eventos produzidos por redes compostas por ao menos cinco organizações e/ou coletivos culturais, com vistas a fortalecer a gestão cultural local e fomentar, enriquecer e/ou visibilizar produções de base cultural comunitária tanto no campo artístico como para a construção de cidadania e da valorização das identidades dentro do Espaço Cultural Ibero-americano.

Saiba quais foram as propostas vencedoras da categoria 2.
CATEGORIA 2

  1. Red Cultural Chacras de Coria y Luján de Cuyo – Asociación Civil Chacras Para Todos (Argentina)

A proposta apresentada pela rede argentina foi a realização do Festival Aniversario Red Cultural, em Chacras de Coria (Luján de Cuyo, Mendoza). O evento, que será realizado de 23 a 25 de junho de 2017, é aberto ao público e tem seu conteúdo estruturado em três eixos: a) Formação cultural e organizativa; b) Integração com a comunidade e intercâmbio de saberes; c) Registro e comunicação.

Entre as atividades previstas estão a oficina “Descolonização do corpo”, a cargo do boliviano Iván Nogales (Teatro Trono – Fundación Compa); a palestra “Organizações e seu protagonismo na vida cultural de sua comunidade”, ministrada pelo brasileiro Célio Turino; uma oficina de formação para vizinhos (máscaras; artesanato em papel, bordado, bailes tradicionais); o circuito cultural “Artistas de portas abertas”, além de apresentações diversas (música, teatro, dança, contação de histórias, etc), uma exposição e uma feira de artesãos e microempreendedores na praça distrital.

 

Integrantes da Red Cultural Chacras de Coria

 

 

  1. Red de Gestoras y Productoras Culturales Chile – Comunidad Multidisciplinaria de Producción Cultural Nekoe (Chile)

O 1º Encontro Nacional de Mulheres Trabalhadoras da Cultura e das Artes, marcado para os dias 4, 5 e 6 de julho em Santiago, busca ser um espaço de convergência de organizações e redes lideradas por mulheres com o desenvolvimento de oficinas, conferências e fóruns participativos. Também estão previstas uma feira expositiva das organizações participantes, mesas de trabalho colaborativo, almoços comunitários, apresentações artísticas, concertos e uma festa de encerramento. O evento será realizado no Centro Cultural Gabriela Mistral, com atividades complementares no Centro de Eventos El Clan, entre outros espaços associados à rede.

A ideia é criar instâncias participativas de trabalho e articulação nas seguintes temáticas: o trabalho cultural como ferramenta de transformação social; o trabalho em rede, território e identidade; autogestão e colaboração pública; economia criativa, gestão cultural e trabalho associativo; direitos laborais e sociais para as mulheres trabalhadoras da cultura; ativismo cultural; políticas culturais e modelos latino-americanos de cultura e colaboração; estratégias e metodologias colaborativas para a sustentabilidade dos projetos culturais; matriarcado e ecofeminismo como solução para a crise econômica e social do planeta.

  1. Red de Cultura Viva Comunitaria Jalisco – La Otra Cara de la Ciudad A.C (México)

O Encontro Metropolitano de Cultura Viva Comunitária Jalisco 2017 reunirá organizações da área metropolitana do estado de Jalisco em abril, junho e setembro, nos bairros Santa Ana Tepetitlán (Zapopan), Colonia Polanco (Guadalajara) e Colonia Oblatos (Guadalajara). Nestes três encontros, a rede criada em 2014 promoverá rodas de conversas, oficinas, atividades artísticas e dinâmicas interativas, buscando ampliar as relações colaborativas entre as organizações de base e conscientizar acerca da necessidade de modelos de políticas públicas que reconheçam, afiancem e multipliquem iniciativas nas comunidades e territórios.  

O programa do Encontro Metropolitano se estrutura em “pensar, fazer e viver a cultura comunitária entre todos e todas”. Entre as atividades propostas estão mesas de intercâmbio de experiências, reflexão e debate e oficinas enfocadas em temáticas que fortaleçam a gestão cultural local, fomentem e construam mecanismos comuns para visibilizar produções de base cultural comunitária. Haverá oficinas relacionadas com a promoção, gestão, articulação em rede e os direitos das mulheres, das comunidades LGBT e das pessoas com deficiências.

Encontro de Cultura Viva em Jalisco, em 2014

 

  1. Red Gestores Culturales Bribris – Asociación Consejo de Agricultores Indígenas de Cabagra (Costa Rica)

Em abril, na província de Limón, será realizado um encontro de organizações dos povos bribri dos territórios indígenas de Cabagra e Talamanca. O intercâmbio estará centrado na troca de saberes sobre os ancestrais sistemas de produção bribri e seu significado simbólico, com o objetivo de fortalecer e ampliar os conhecimentos entre pessoas de ambos os territórios e refletir sobre suas implicações sociopolíticas e econômicas.

O evento incluirá uma excursão de campo com uma duração de seis días e se espera que ao menos 30 pessoas provenientes dos dois territórios (15 de cada) aproveitem o espaço de intercâmbio que se dará em Talamanca. Esta proposta nasce de uma rede de organizações de culturas vivas comunitárias de povos indígenas que vêm desenvolvendo processos com o Estado, assim como de maneira autônoma, em um contexto de lutas históricas pela salvaguarda de seus elementos identitários.

  1. Red Inclusiva NNA – Centro de Comunicación Virginia Woolf (Uruguay)

A Rede Inclusiva NNA articula organizações de distintos departamentos (estados) do Uruguai que trabalham pelos direitos de crianças e adolescentes, especialmente em contexto de vulnerabilidade e pobreza. Seu proyecto “Cine y DDHH para niñas, niños y adolescentes” se realiza dentro do Festival Internacional de Cine y Derechos Humanos de Uruguay – Tenemos Que Ver, um evento gratuito que promove os direitos humanos através da arte cinematográfica.

A proposta consiste em abordar diferentes problemáticas da vida cotidiana através do cinema, provocando reflexões e debates e buscando possíveis soluções para os conflitos, em um diálogo aberto, de respeito e intercâmbio. O evento prevê a realização de oficinas de “visionado” (em março, abril e maio), um encontro para elaboração de conceitos sobre cada material audiovisual selecionado (em maio), além do Concurso Nacional de Curtas-metragens: 1 minuto 1 direito” (aberto de março a junho) e a mostra de cinema dentro do festival (de 12 a 17 de junho). As atividades serão em Montevidéu e em cidades dos departamentos de Canelones e Maldonado.

  1. Comunidad Fiteca – Centro Cultural La Gran Marcha de los Muñecones (Perú)

Fiteca é a sigla para “Fiesta Internacional de Teatro en Calles Abiertas”, um espaço cultural importante de Lima Metropolitana que congrega mais de 20 mil pessoas em seus sete dias de atividades. Organizada há 15 anos, a festa tem como palco principal o setor da Balanza, no distrito popular de Comas, e conta com a presença de grupos nacionais e internacionais em uma série de apresentações de artes cênicas, musicais, plásticas etc. O intercâmbio com a comunidade se dá por meio de atividades como oficinas artísticas com as crianças dos bairros e a realização de murais por artistas plásticos vindos de todos os bairros de Lima.

A proposta selecionada no edital está voltada para a realização da 16ª edição do evento, de 1 a 7 de maio, no Parque Tahuantinsuyo (La Balanza), em Carmen Medio (La Pascana) e algumas ruas do distrito de Comas onde os vizinhos se organizam para realizar intervenções com os artistas convidados. Nesta semana de arte e cultura da 16ª FITECA se espera a participação de 40 grupos artísticos, a conformação de 12 comissões de vizinhos, artistas, gestores culturais e autoridades locais, o desenvolvimento de 15 oficinas e a realização de 45 murais nos bairros do setor.

FITECA 2016 (foto: Andrés Nolasco)

 

  1. Comunidad VEDI – Alacant Rock (Espanha)

A Comunidade VEDI (de Ventana a la Diversidad) é uma plataforma de criatividade colaborativa que conecta jovens do mundo através da arte e das novas tecnologias. Sua proposta enfoca o fortalecimento de capacidades para que os jovens possam se converter em agentes de mudança positiva a favor da diversidade, um espaço procomum digital intercultural e o fomento da cultura de base comunitária. A meta principal desta iniciativa é abrir um espaço de criatividade colaborativa entre as juventudes de diversas culturas e espaços naturais participantes na Comunidade VEDI. Este espaço será baseado em duas premissas: a coaprendizagem e a cocriação.

Para a consecução destas premissas, será organizado em maio o Primeiro Encontro Internacional Comunidade VEDI, com uma semana de duração, na costa do Golfo de Vizcaya (País Basco). Com o encontro espera-se que os/as jovens participantes reflitam e melhorem seus conhecimentos para se transformar em agentes que promovam iniciativas socioculturais em suas comunidades, busquem práticas que respondam às problemáticas relacionadas ao meio ambiente, e defendam a igualdade de gênero, a diversidade, a interculturalidade, a integração e o meio ambiente no Ibero-América.

  1. Rede para a “Noite para os Tambores Silenciosos de Olinda” – Sociedade Cultural e Carnavalesca Baquelivre Pernambuco (Brasil)

No dia 20 de fevereiro de 2017, os maracatus voltaram a se reunir para celebrar a 13ª edição da Noite Para os Tambores Silenciosos em Olinda. A cerimônia de origem religiosa, realizada sempre na segunda-feira que antecede ao carnaval, reúne 10 nações de maracatus de Pernambuco. O percurso tem início nos Quatro Cantos, considerada a encruzilhada mais antiga do Brasil, e termina no Largo da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Olinda. Este ano, com o apoio do programa IberCultura Viva, o ritual teve transmissão ao vivo pela internet.

A proposta apresentada ao edital previa não apenas a transmissão ao vivo, mas também a realização de uma oficina de maracatu para alunos da comunidade de Rosário dos Pretos de Olinda e a exibição de dois curtas ou médias-metragens de temática afro-brasileira antes da cerimônia. Além de dar visibilidade ao  ritual, o projeto tem como objetivo fomentar a valorização e manutenção da cultura e tradição local do maracatu. 

Noite para os Tambores Silenciosos de Olinda (foto: Gaby Mendes)

  1. Red de Semilleros Campesinos Comunidades Ecologistas La Ceiba (Coecoceiba) – Amigos de la Tierras Costa Rica (Costa Rica)

A Red de Semilleros Campesinos reúne organizações ecologistas de mulheres camponesas, acadêmicos/as, organizações indígenas e ativistas pelos direitos humanos. Desde 1998 trabalha de forma autogerida e colaborativa em prol da defesa do conhecimento tradicional associado à biodiversidade e aos povos que a protegem. O projeto selecionado propõe a realização de encontros nacionais da rede em Cartago, entre março e agosto, com vistas a capacitar 30 camponeses/as para a multiplicação e o resguardo de sementes.

Propõe-se um mínimo de três encontros. No primeiro encontro serão transmitidos critérios técnicos e legais vinculados à produção de sementes. No segundo será realizado um inventário das espécies e variedades nativas de cada produtor e que poderia ser aportado à rede. No terceiro será feito um plano de reprodução destas variedades. O projeto tem entre seus objetivos a realização de um inventário das sementes dos sítios orgânicos dentro da rede, e a criação de um espaço coletivo de multiplicação de conhecimentos de base oral para a produção de sementes para a agricultura orgânica e rural.

  1. Plataforma de Cultura Viva de Lima Metropolitana – Asoc. de Comunicadores Sociales Porta Voz Perú (Peru)

O 3º Congresso Metropolitano de Cultura Viva Comunitária, proposto pela rede Plataforma de Cultura Viva de Lima Metropolitana, está marcado para 6 a 9 de abril em Independencia (Lima Norte). Além de atividades para a troca de saberes entre organizações culturais e a comunidade em geral (atendendo às problemáticas locais), estão previstos uma mesa de diálogo com representantes de redes culturais comunitárias das cinco regiões do Peru, um seminário sobre Cultura Viva Comunitária (CVC) dirigido a universitários e um fórum para a construção de políticas culturais locais com representantes dos governos locais.

Os congressos de CVC são organizados pelas agrupações, com espaços de debate e intercâmbio de ideias, apresentações artísticas, feiras e cortejos. Buscam convocar e articular as diferentes propostas que apostam na cultura feita pelo bairro e para o bairro, como as experiências desenvolvidas por grupos culturais independentes e autogeridos de teatro comunitário, música, danças folclóricas, circo social, muralismo, bibliotecas populares, meios alternativos, rádios de bairro, etc. O 1º Congresso Metropolitano de CVC foi realizado em 2014 em Villa El Salvador (Lima Sur), e o segundo em 2015, em Ate, Santa Anita (Lima Este).

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