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Blog - Página 73 de 94 - IberCultura Viva

30

Maio
2018

Em Notícias

Por IberCultura

Guatemala será sede da 9ª Reunião do Conselho Intergovernamental

Em 30, Maio 2018 | Em Notícias | Por IberCultura

A 9ª Reunião do Conselho Intergovernamental do programa IberCultura Viva será realizada entre os dias 7 e 10 de junho no município de Antigua Guatemala, no departamento de Sacatepéquez. Além de uma revisão dos avanços do Plano Operativo Anual (POA) de 2018, será iniciado o trabalho sobre o POA 2019.

O Palácio Nacional da Cultura, onde será realizada a 9ª Reunião do Conselho (Foto: Ministério de Cultura e Esportes da Guatemala)

Está prevista a apresentação de informes sobre as atividades desenvolvidas durante este ano, os editais e concursos realizados, e as atividades de formação promovidas pelo programa. Também serão discutidas algumas modificações no regulamento para adaptar o programa às orientações do novo Manual Operativo dos Programas, Iniciativas e Projetos Adscritos da Cooperação Ibero-americana (2016) e a aprovação dos editais de 2018, entre outros temas.

Espera-se a participação de representantes dos 11 países membros do Conselho Intergovernamental (Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, México, Peru e Uruguai), da equipe da Unidade Técnica e do diretor do Escritório Sub-regional para o Cone Sul da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB), Alejo Ramírez.

A abertura do encontro, na manhã do dia 7, no Palácio Nacional da Cultura, estará a cargo do ministro de Cultura e Esportes da Guatemala, José Luis Chea Urruela, e de Rosa María Tacan, representante do país no programa IberCultura Viva e diretora geral de Desenvolvimento Cultural e Fortalecimento das Culturas do ministério.

Além disso, nos dias 9 e 10 de junho, os representantes dos países membros do programa participarão das Jornadas do Movimento de Culturas Vivas Comunitárias de Guatemala, organizadas em conjunto pela Direção Geral de Desenvolvimento Cultural e Fortalecimento das Culturas e a Rede Guatemalteca de Cultura Viva Comunitária, e que serão realizadas paralelamente à reunião.

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24

Maio
2018

Em Notícias

Por IberCultura

Niterói é mais uma cidade brasileira a ter uma Lei Cultura Viva Municipal

Em 24, Maio 2018 | Em Notícias | Por IberCultura

Niterói, além de uma Rede Cultura Viva, agora tem também uma Lei Cultura Viva Municipal. A Câmara Municipal de Niterói aprovou nesta quarta-feira (23/05) o Projeto de Lei nº 00118/2017, de autoria do vereador Leonardo Giordano, presidente da Comissão de Cultura, Comunicação e Patrimônio Histórico da casa, consolidando o programa Cultura Viva como política de Estado na cidade fluminense.

Campinas (SP) foi a primeira cidade do Brasil a aprovar uma lei municipal em consonância com a Política Nacional de Cultura Viva. O vereador Gustavo Petta foi o autor do projeto de lei aprovado pela Câmara dos Vereadores de Campinas em outubro de 2015.

 

GT Governos Locais

Niterói é uma das cidades que fazem parte do Grupo de Trabalho de Governos Locais montado em Quito (Equador) ao final do 2º Encontro de Redes IberCultura Viva. Nesse encontro, realizado em 22 e 23 de novembro de 2017, Renato Almada, presidente do Conselho Municipal de Política Cultural de Niterói, destacou alguns avanços da cidade fluminense, como a Lei do Sistema Municipal de Cultura, que criou o Conselho, o Plano e o Fundo Municipal de Cultura.

“De maneira geral, Niterói caminha bem no que tange às políticas culturais. São diversas iniciativas e conquistas”, comentou. “Fizemos em Niterói a maior conferência municipal de Cultura de Brasil, com mais de 800 participantes, e lá elegemos o Conselho Municipal de Política Cultural, com 15 câmaras temáticas (dança, música, teatro, etc). O Conselho administra o Fundo Municipal de Cultura. Não administra o orçamento, e sim aprova os projetos que vão captar recursos.”

O Conselho Municipal de Política Cultural é um órgão deliberativo, normativo e fiscalizador das ações culturais do município, criado pela Lei nº 3.182, de 18 de dezembro de 2015. Com participantes do poder público e da sociedade civil, deve orientar e deliberar sobre a elaboração e execução da política cultural do governo municipal, fundamentando-se nos princípios da transparência e da democratização da gestão cultural.

Renato Almada no 2º Encontro de Redes IberCultura Viva

Rede Cultura Viva

O estabelecimento da Rede Cultura Viva Niterói está previsto no Plano Municipal de Cultura. Criada por meio de convênio entre a Prefeitura de Niterói e o Ministério da Cultura (via Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural), a rede é formada por 17 Pontos de Cultura e dois Pontões de Cultura*. Desse total, recebem fomento direto cinco Pontos de Cultura (Quilombo do Grotão, Ponto Vivo, Memória e Fotografia Pública, Din.Down.Down e Olodu’ Mirim; 60 mil reais para cada projeto) e um Pontão (MostrArte, 150 mil reais).

As entidades que recebem aportes financeiros foram escolhidas por meio de edital em 2017, pelos projetos que apresentaram para serem desenvolvidos em 2018. Segundo Almada, os Pontos de Cultura autodeclarados e/ou anteriormente reconhecidos pelo Ministério da Cultura também farão parte da Rede Cultura Viva Niterói. “Está sendo feito um levantamento dos que ainda existem e desenvolvem algum trabalho para que, em rede, possa ser possibilitado não só o resgate de suas memórias de atuação como a densidade e efetividade do trabalho”, ressaltou ele em Quito.

A Rede Cultura Viva Niterói também deve premiar este ano 20 iniciativas culturais já existentes no município, promovidas por pessoas físicas ou jurídicas. Serão 10 prêmios de Valorização de Matriz da Diversidade Brasileira e 10 prêmios de Promoção de uma Cultura de Direitos Humanos, no valor de 15 mil reais cada. Além disso, estão previstos para 2018 cursos e oficinas gratuitas para a capacitação dos agentes e gestores culturais da Rede Cultura Viva Niterói.

 

(*) Pontão de Cultura é uma entidade cultural ou instituição pública de ensino que articula um conjunto de outros pontos ou iniciativas culturais, desenvolvendo ações de mobilização, formação, mediação e articulação de uma determinada rede de Pontos de Cultura e demais iniciativas culturais, seja em âmbito territorial ou em um recorte temático e identitário.

14

Maio
2018

Em Notícias

Por IberCultura

Selecionados no concurso de curtas são apresentados na Feira do Livro de Buenos Aires

Em 14, Maio 2018 | Em Notícias | Por IberCultura

Os vídeos selecionados no Concurso de curtas-metragens “Comunidades Afrodescendentes: Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento” foram apresentados na última sexta-feira (11/05) na 44ª Feira Internacional do Livro de Buenos Aires, no estande da Secretaria de Direitos Humanos e Pluralismo Cultural.

Estiveram presentes alguns dos premiados e ganhadores de menções honrosas, além do júri argentino, composto por Julio Croci, diretor nacional de Pluralismo e Interculturalidade, e Aylée Victoria Ibañez Justiz, representante audiovisual da comunidade afrodescendente argentina.

O concurso foi lançado pelo programa IberCultura Viva em colaboração com o Escritório de Representação da UNESCO no Brasil, como uma das ações promovidas no âmbito da Década Internacional para os Afrodescendentes (2015-2024), declarada pelas Nações Unidas em 2015. Dez realizadores de Argentina, Brasil e Chile foram premiados com US$ 500. Outros 10 receberam menções honrosas.

 

Leia também:

Resistência, identidade e ancestralidade: os premiados no Concurso “Comunidades Afrodescendentes”

11

Maio
2018

Em Editais
Notícias

Por IberCultura

Resistência, identidade e ancestralidade: os premiados no Concurso “Comunidades Afrodescendentes”

Em 11, Maio 2018 | Em Editais, Notícias | Por IberCultura

“Resistência” talvez seja a palavra que mais venha à mente depois de assistir aos 10 vídeos ganhadores do Concurso de Curtas-metragens “Comunidades Afrodescendentes: Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento”. Resistência em vários sentidos, inclusive o da recusa de submissão à vontade de outrem. Da luta que se mantém como ação de defender-se. Da reação a uma força opressora. Da qualidade de quem demonstra firmeza, persistência. Da força que anula os efeitos de uma ação destruidora. Ou como diz a narradora de um dos vídeos premiados: “Resistir é trabalhar dia a dia na conformação de nossa identidade”.

O concurso foi lançado em novembro de 2017 pelo programa IberCultura Viva em colaboração com o Escritório de Representação da UNESCO no Brasil,  como uma das ações promovidas pela Década Internacional para os Afrodescendentes (2015-2024), declarada pelas Nações Unidas em 2015, com o tema “Povos afrodescendentes: reconhecimento, justiça e desenvolvimento”.

Entre 20/11/2017 e 15/02/2018, o programa IberCultura Viva recebeu 132 inscrições para o concurso. Desse total, foram habilitados 90 trabalhos. Os 10 vídeos que tiveram as maiores pontuações da Comissão de Avaliação foram divulgados na última terça-feira (08/05), e receberão prêmios de 500 dólares. O prazo de recursos terminou nesta quinta-feira (10/05).

Foram levados em conta na seleção critérios como a criatividade e a originalidade temática, assim como a consideração da organização comunitária dos coletivos afrodescendentes, a reflexão sobre práticas culturais racistas e a ênfase na centralidade da cultura afrodescendente no desenvolvimento cultural comunitário, nacional e/ou regional.

Diante da grande quantidade, qualidade e diversidade dos vídeos recebidos, a Comissão de Avaliação decidiu incorporar 10 menções honrosas (sem prêmios em dinheiro). Os vídeos selecionados expressam uma grande diversidade de comunidades e práticas culturais da região ibero-americana e serão divulgados junto con os vídeos ganhadores pelos canais de comunicação da cooperação ibero-americana.

Confira  a lista com o resultado definitivo dos selecionados e conheça os 10 vídeos premiados, que apresentamos a seguir. São histórias de luta, força, fé e resistência, com duração máxima de 3 minutos, gravadas no Brasil, na Argentina e no Chile.

 

OS PREMIADOS

1. ABAYA | resistência e ancestralidade (Brasil)  – Frederico Moreira

Curta-metragem de autoria de Grazie Pacheco, Frederico Moreira e Renan Vasconcelos, ABAYA apresenta o encontro de integrantes da associação Ilú Obá de Min com mulheres do movimento Mães de Maio e do grupo de cultura afro-brasileira UMOJA – a união, a luta, os ideais e as resistências em uma noite onde a Rainha Mãe toma forma para denunciar a falsa abolição da escravatura.

“A abolição da nossa escravatura foi assinada a lápis, uma lei que qualquer um apaga (…) neste país racista, que mata pobres e persegue negros”, afirma Débora Silva, uma das Mães de Maio. “Pela nossa negritude, a gente luta sempre. Amo a minha cor, mas só quem é da cor sabe o que é ser negro”, diz Rose Eloy, integrante do UMOJA.

ABAYA é uma produção do DocVozes, coletivo de documentaristas formado em São Paulo, em 2013, e que se propõe a reverberar narrativas de impacto social. O primeiro filme do grupo foi lançado no YouTube em 2014: Uma tarde no shopping, um retrato da resistência da juventude periférica em São Paulo. Também são deles os documentários AI-5 da democracia, Procura-se: a negra do cartaz e PsicoApatia, entre outros. A primeira obra de ficção do coletivo, Mortalha, será lançada em 2018.

2. 111 tiros na alma negra (Brasil) – Pedro Henrique Lima de Oliveira

Em 28 de novembro de 2015, 111 tiros foram disparados por policiais contra cinco jovens negros em Costa Barros, na zona norte do Rio de Janeiro. Carlos, Cleiton, Roberto, Wesley e Wilton voltavam de uma lanchonete no Parque Madureira, onde foram comemorar o primeiro salário de Betinho, quando o carro em que estavam foi parado por policiais. Segundo a Polícia Militar, foram disparados 81 tiros de fuzil e 30 de pistola.    

O curta 111 tiros na alma negra, dirigido por Pedro Oliveira e Filó Oliveira, mostra a mobilização da juventude negra após a chacina em Madureira. Vestidas de preto, centenas de pessoas andaram pelas ruas com cartazes (“Racismo, não!”) e palavras de ordem contra o genocídio da população negra no Brasil. De acordo com o Atlas da Violência 2017 (Ipea/FBSP), a cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negros.

A produção faz parte do Acervo Cultne, lançado em 2009. Esse acervo digital reúne 3 mil horas de material sobre cultura negra registrado nos últimos 38 anos.

3. Alma crespa (Brasil) – Rebecca Joviano

O filme de Paulo China e Rebecca Joviano gira em torno de Iza (Raphaela Joviano), uma jovem carioca que sonha ser reconhecida por sua alma, e não por sua cor. Em um passeio pelo Rio de Janeiro, cidade com fama de ter pessoas livres e tolerantes (será mesmo?), a jovem se pergunta por que sempre olham para ela de forma estranha (“vai alisar esse cabelo, garota!”).

Caminhando em frente aos antigos sobrados, Iza lembra que ali, em outros tempos, eram os escravos e escravas que faziam tudo: cozinhavam, costuravam, varriam o assoalho, limpavam a prataria, serviam de brinquedo. “Não tinha justificativa: uma pessoa, só por causa de sua cor, servir a um senhor branco e trabalhar até suas últimas forças… Séculos se passaram e ainda temos muito o que conquistar. Mas, apesar dos pesares, agradeço a todos os que lutaram e lutam pela nossa liberdade de expressão. A minha, luto diariamente para conquistar.”

Alma crespa é um curta-metragem da produtora Memory Audiovisual, com sede no Rio de Janeiro.

4. Afrografías (Argentina/Brasil) – Denise Braz

O que é resistir? “É construir em nossos entornos cotidianos”. “É nos nutrirmos de nossa história e nos apropriarmos de nossos saberes ancestrais”. “É legitimar nossa presença em espaços institucionais e políticos”. “É reconstruir estereótipos acerca de nossos corpos”. “É trabalhar dia a dia na conformação de nossa identidade como mulheres afro”. “É a sua história.”

É assim, com muitas respostas para uma pergunta, que a Colectiva Afrovisual Luz Negra (Lia Castillo Espinosa, Sandra Milena Forero Rojas, Maryury Díaz, Lisset González Batista, Leticia Sánchez Garris, Denise Luciana de Fátima Braz, Bruna Stamato dos Santos, Natalia Pinilla Rodríguez) aparece pelas ruas de Buenos Aires, buscando legitimar e dar visibilidade à presença das mulheres negras em espaços comuns e cotidianos na Argentina. Com o curta Afrografías, elas pretendem reconhecer a identidade afro como construção política, algo que se constrói e reinventa dia a dia.

5. Bate Folha: identidade ancestral (Brasil) – Carla Maria Ferreira Nogueira

Realizado com o apoio da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o vídeo apresenta o Terreiro Bate Folha, uma casa de culto de religião de matriz africana (de origem Congo-Angola) localizada no bairro da Mata Escura, em Salvador. Fundado há 102 anos por Manoel Bernardino da Paixão, o terreiro situa-se numa zona urbana com 15 hectares de Mata Atlântica e foi tombado em 2003 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

“Entendemos que nosso desenvolvimento depende do desenvolvimento do bairro, da nossa comunidade, e de todo o povo negro”, afirma Carla Nogueira, uma das “filhas” do Bate Folha. “Por isso, com compromisso cidadão, desenvolvemos atividades para a juventude negra, procurando relacionar noções de empreendedorismo e iniciativas pessoais à luta contra o racismo e a intolerância religiosa, como forma de preparar os jovens para os novos tempos, sem a perda dos referenciais identitários e de pertencimento.”

6. Nyotas (Brasil/Chile) – Paulina Victoria Fernandez Quintana (Pola Fernandez)

Pola Fernandez é uma artista visual chilena que vive no Brasil. Pedagoga e fotógrafa, é especialista em artes visuais, intermeios e educação, com especial interesse pelo tema da cultura africana e pela memória da mulher negra brasileira. Em sua experimentação visual, ela produz fotografias híbridas, impressas em diversos suportes, que ganham contornos e relevos em intervenções da técnica do bordado.

O projeto “Navio Atavos”, proposto por ela, reuniu um grupo de mulheres negras da cidade de Salto, no interior de São Paulo, na montagem de um grande painel com aplicação de bordados com trechos do poema “Navio Negreiro”, de Castro Alves. São os depoimentos dessas mulheres, todas com mais de 50 anos, que compõem o curta-metragem Nyotas. É um nome de origem africana. Nyota significa guerreira, que é o que nós somos”, diz uma das entrevistadas. “Descobrimos isso juntas: que nós podemos.”

7. Tu cultura te pertenece, estés donde estés… (Chile/Colômbia) – Sor Angela Popo Mejia

Sor Angela Popo Mejía é uma colombiana que vive na cidade de Iquique, no Chile. O preconceito a acompanha desde o primeiro momento fora de seu país. “O senhor do ônibus que me trouxe disse que por ser negra e colombiana não me deixariam passar na fronteira”, conta. Passou, mas esta primeira impressão segue até os dias de hoje. “Desde que cheguei ao país, o que senti foi isso”.

Com roteiro de Mariela Muñoz Pérez, Tu cultura te pertenece, estés donde estés mostra um dia na vida da migrante em Iquique, e seu relato sobre discriminação e salvaguarda de sua identidade. Sor Angela ingressou na universidade em março de 2017, mas diz que as pessoas são muito fechadas e que se sente discriminada em sala de aula. “É muito duro”, afirma a colombiana, que trabalha orientando outros migrantes na organização dos documentos, no conhecimento dos direitos trabalhistas, etc. “Esteja onde estiver, tenha presentes seus valores culturais, sua gastronomia, e reúna-se com seus companheiros para recordar”, ensina.

8. Argentina negra (Argentina) – Federico Fernando Pita

Em Argentina negra, nove entrevistados, mulheres e homens afrodescendentes, refletem sobre o racismo em seu país e o orgulho de ser negro. Dois dos depoimentos são de Dora Cuello e Elsa Cuello, gêmeas nascidas na Argentina, netas e bisnetas de argentinos, ainda que muitos não queiram acreditar.

“As pessoas sempre perguntam: de onde vocês são? Dizem que tenho sotaque estrangeiro. Mas se nasci aqui, que acento posso ter? Argentino!”, reclama uma delas. A irmã também não se conforma: “Vejo essa gente como ignorante. Porque sou negra tenho que vir de outro lado, não posso ser da Argentina? Sou igual aos demais. Ser negra, para mim, é um orgulho”.

O vídeo é uma produção da organização Diáspora Africana de la Argentina. A autoria é de Federico Fernando Pita, e a direção de Franco De Nunzio.

9.Sem folhas não tem orixás (Argentina/Brasil) – María Fernanda Sáenz

Gravado em Salvador (Bahia), o vídeo realizado por Natalia Favre e María Fernanda Sáenz trata do candomblé, o culto aos orixás, uma das religiões de matriz africana mais importantes do Brasil. Uma entrevista com Sandra Bispo, da Casa de Oxumaré, entremeada por imagens de cerimônias, aborda temas como ancestralidade, o processo de ser e existir (“Você não é, você está sendo. Você é resultado de todo um processo histórico, vivencial, de sua família, de seu povo”), os princípios e valores dessa caminhada.

Com um discurso de paz, amor, acolhimento e irmandade, Sem folhas não tem orixás passeia pelos fundamentos do candomblé e sua importância na construção da identidade brasileira e na desconstrução de preconceitos instaurados.

10. Na ponta dos pés  (Argentina/Brasil) – Sebastián Gil Miranda

Tuany Nascimento é professora de balé no Morro do Adeus, Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Moradora do bairro, dá aulas para meninas de 4 a 18 anos num projeto social que ela mesma criou, chamado Na Ponta dos Pés. A iniciativa nasceu em 2012 e, de lá para cá, mudou a vida de mais de uma centena de meninas, a maioria afrodescendentes, ajudando a desenvolver habilidades, aptidões, oportunidades e reforço positivo em relação à sua origem e identidade.

“O balé é uma das artes mais belas e transformadoras, capazes de moldar alguém”, afirma a professora no vídeo dirigido por Sebastián Gil Miranda. “Fazer balé, para elas, é uma experiência de vida: elas sabem que vão encontrar desafios, que podem não conseguir algo hoje, mas se persistirem conseguem. O balé transforma a vida delas e faz com que sejam mais capazes de enfrentar os desafios que tenham pela frente.”

 

 

AS MENÇÕES HONROSAS

1.Tambores afro uruguaios (Brasil) – Rafael Ferreira

Os tambores trazidos pelos africanos escravizados durante a colonização espanhola sobreviveram e ganharam novas forças no Uruguai. O candombe, símbolo de um povo reprimido pelos colonizadores, se tornou uma necessidade de expressão e liberdade dos africanos e hoje tem presença especial no carnaval uruguaio, como mostra o vídeo de Naouel Laamiri e Rafael Ferreira, readaptação de uma produção da TV Caiçara e do Canal Futura.

“No início, candombe era música religiosa, ritmo, canto e dança para oferendar aos orixás ou aos ancestrais, ou a entidade que fosse. Depois, a história se encarregou de tapar com alegria toda aquela grande força religiosa que tinham nossos antepassados e convertê-la  somente em um ritmo recreativo”, conta Chabela Ramírez, educadora, cantora e diretora do coro Afrogama. “Para nós, o candombe serviu para fortalecer e também para dizer nossas coisas.”

2. Cuerpos sin frontera. Migrantes afro en Santiago de Chile (Chile) – Isabel Araya Morales

Com roteiro e pesquisa de Isabel Araya, Pablo Mardones e Lissien Salazar, o curta narra a vida de um grupo de migrantes africanos e afrodescendentes estabelecidos em Santiago, no Chile. Todos ele são cultores e professores de dança e música de seus países de origem: Cuba, República da Guiné, Haiti, Peru e Venezuela. Radicados no Chile, país conhecido por não dar visibilidade às raízes afro, eles buscam fazer do corpo e de sua expressão canais para desconstruir estereótipos.

Em seus relatos, Brian Montalvo, Diarra Conde, Evens Clercema, Rosa Vargas e Yoxelin Rivas falam de como sentem o racismo e a xenofobia no Chile, e do que significa representar a arte e o patrimônio cultural afro no país em que hoje vivem. Cuerpos sin frontera é uma produção do Centro de Pesquisa Africarte, em parceria com Alpaca Producciones.

3. Antares de mujeres. Encuentro de danza afrocandombe (Uruguai) – Tania Ramírez

A segunda edição de Antares de Mujeres – Encuentro de Danza Afrocandombe foi realizada em 28 e 29 de outubro de 2017, na Escola de Candombe de Melo (Cerro Largo) e no Espaço Cultural Nación Zumbalele de Salinas (Canelones), no Uruguai. Participaram dos encontros mulheres que são referência no que diz respeito à cultura afro-uruguaia, e que aproveitaram este espaço de diálogo e intercâmbio para reforçar o reconhecimento da dança afro do candombe como patrimônio imaterial.

O vídeo realizado por Tania Ramírez, Juan Platero e Florencia Cesilia é um registro desses dois encontros de dança que giraram em torno da identidade de mulheres afrodescendentes e do candombe. O curta é uma realização do Mizangas Mujeres Afrodescendientes, coletivo de feministas que lutam contra o racismo, o machismo e a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero.

 

4. Margarita (Argentina) – Gaby Messina

Bem-me-quer ou mal-me-quer? Brincando com uma margarida, tirando pétala por pétala, a artista visual e realizadora audiovisual Gaby Messina segue neste curta com seu projeto de pesquisa estética sobre visibilidade afro na Argentina.

Margarita é uma proposta discursiva para pensar a contemporaneidade argentina”, escreve Boubacar Traoré, professor e pesquisador, especialista em história da arte africana e afro-americana.

“Cada vez mais um setor da sociedade argentina está convencida de que os afro-argentinos que descendem diretamente de escravos africanos representam também o presente, ainda que para muitos foram desaparecendo gradualmente. (…) Se muitos acreditam que a presença de negros está vinculada a estrangeiros de origem africana que se radicaram na Argentina nos últimos tempos, Gaby Messina propõe um olhar para desconstruir e despotencializar o discurso sobre a desaparição deste coletivo.”

Para assistir: MARGARITA – Visibilidad Afro en Argentina from Gaby Messina on Vimeo.

5. Ser livre (Brasil) – Alessandra Martins Souza

Em 2017, foram lançadas no Rio de Janeiro duas antologias poéticas com diversas expressões femininas de 40 poetisas. As duas publicações (da editora Quártica Premium) estão vinculadas ao Movimento Mulheres Reais (MMR), um coletivo de mulheres que escrevem formado em 2016.

Alessandra Martins, que assina a direção e o roteiro de Ser livre, participa de uma dessas antologias, Mulheres Reais: Linguagens Plurais. “Mostro em meus versos a vulnerabilidade que se encontra a luta e resistência do corpo negro. Ser mulher negra viva em uma sociedade tão racista e machista é um ato revolucionário”, afirma.

Ser livre, o curta, é poesia declamada por vozes negras. “Sou preta”, gritam as mulheres ouvidas por Alessandra no vídeo. Segundo ela, trata-se de um grito de liberdade.  “É o grito do corpo negro que vem há anos sendo morto e estigmatizado por um sistema racista, machista, opressor.”

6.Mestres Jongueiros (Brasil) – Luciano Santos Dayrell 

Editado por Luciano Dayrell, o vídeo é uma realização da Rede de Jovens Lideranças Jongueiras do Sudeste, com o apoio do Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu. Trata-se de uma homenagem aos mestres jongueiros, em especial aos que faleceram nos últimos tempos. O curta mostra que é preciso cuidar dessa memória, lembrar, reviver, e transformar a dor em força e alegria.

O Pontão de Cultura do Jongo é um programa desenvolvido pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em parceria com 15 comunidades jongueiras do Sudeste e a Rede de Jovens Lideranças Jongueiras. Esta, por sua vez, surge da necessidade do envolvimento intergeracional entre mestres, lideranças e jovens jongueiros, para que a tradição continue viva. Em 2005, o jongo do Sudeste foi reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio cultural brasileiro.

7. Ni sí, ni no, ni blanco, ni (Argentina) – Mónica Graciela Champredonde

O curta se propõe a dar visibilidade ao conteúdo afro na configuração da identidade  e da cultura nacional dos argentinos, assim como de promover uma reflexão acerca da matriz racista que modela o pensamento do cidadão comum. O recurso é o de explicitar as evidências que, por uso ou omissão, se manifestam na linguagem cotidiana.

Por que se diz humor negro? Negro de alma, mercado negro, dia negro, ovelha negra, magia negra? Por outro lado, por que bandeira branca? Mentira branca, magia branca, pomba branca? Por que negro e não branco? Por que branco e não negro?

A realizadora Mónica Champredonde criou e organizou em 2010 o Festival Nacional de Cultura Afro-argentina na cidade de La Plata, província de Buenos Aires. A segunda edição foi realizada em 2017.

8. Alabados y Arrullos en la Pablo Neruda (Equador) – Rocío Rodríguez

Dona Insita Quintero desempenha um papel importante.em sua comunidade, em um bairro ao sul da cidade de Guayaquil (Equador). Durante 12 anos, foi coordenadora de plano internacional e atendeu 33 partos na comunidade como comadrona. Os cantos tradicionais da cultura afro, no entanto, aprendeu dos vizinhos e não em sua província natal, Esmeraldas.

Faz 29 anos que vive na cooperativa Pablo Neruda de Guasmo Sur, e “os Alabados y Arrullos” ali ouvidos têm mais de uma década em seus lábios, para consolo e orgulho de suas amigas/os e vizinhos/as. “Eu me sinto bem orgulhosa de viver aqui, e ainda compartilho isso com os jovens, que estão sempre ao meu lado”, afirma.

Como reforça Rocío Rodríguez, que assina a direção, o roteiro, a produção, a edição e a fotografia do curta, “as culturas não morrem enquanto todas as gerações as valorizem e se deem o trabalho de praticá-las e difundi-las dia a dia”.

 

9. Herederos del calypso (Costa Rica) – José Pablo Román Barzuna

No povoado limonense de Cahuita, em Costa Rica, existe um coletivo de calypsonians que se esforçam para criar o Instituto Nacional do Calipso, com o objetivo de manter vivo o canto de seus antepassados. A intenção é criar uma escola de calipso para meninos e meninas, um museu da história do calipso, um estudo de gravação e uma plataforma para a organização de concertos.

“O calipso é um ritmo que nasce justamente no mar do Caribe, no contexto da diáspora africana na América, partindo de algum porto de Trinidad e Tobago em companhia do mento jamaicano para encalhar, entre outros rincões da região, na província de Limón em Costa Rica”, explica o realizador do vídeo Herederos el  calypso, José Pablo Román Barzuna.

“A música, como ato de expressão coletiva, encarna o núcleo essencial da cultura dos povos caribenhos. Para quem tem enfrentado as mais ásperas condições de vida, a arte se volta assim uma reivindicação da identidade, seja individual ou coletiva.”

 10. Siembra de tambores (Argentina) – Mariela Elisa Carrera

A agrupação Fuerza Mayor, um coletivo de música integrado por 70 adultos da terceira idade, mantém viva a chama dos afrodescendentes em Córdoba (Argentina) por meio da fabricação de tambores que oferecem como presentes a escolas de baixos recursos com o objetivo de semear a música neles.

“Venho de afrodescendentes, levo eles no sangue. Por isso, cada vez que estou em um tambor, é um sentimento muito profundo. (…) O tambor é a projeção de nosso corpo, e o tambor é o corpo em si de alguém”, comenta uma das integrantes da agrupação. “Levar tambores a crianças, como agora, é fazer que acenda essa chama neles também, para que surjam novas sementes.”

O curta Siembra de tambores, realizado por Mariela Elisa Carrera, Mariano Salinas, Franco Colamarino e Iván Guerrero, é uma produção de “Artistas que cambian el mundo”, produtora audiovisual que visibiliza personagens, organizações e ações sociais.

 

Veja a lista dos selecionados:

Informação aos Interessados IV: Etapa de Seleção – Seleção Definitiva – Concurso de curtas audiovisuais “Comunidades Afrodescendentes: Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento” 

Informação aos Interessados III: Etapa de Seleção – Concurso de curtas audiovisuais “Comunidades Afrodescendentes: Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento” 

Informação aos Interessados II: Etapa de Habilitação – Concurso de curtas audiovisuais “Comunidades Afrodescendentes: Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento” 

Informação aos Interessados I: Etapa de Habilitação – Concurso de curtas audiovisuais “Comunidades Afrodescendentes: Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento”.

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08

Maio
2018

Em Editais
Notícias

Por IberCultura

Confira os 10 selecionados do Concurso de vídeos sobre comunidades afrodescendentes

Em 08, Maio 2018 | Em Editais, Notícias | Por IberCultura

O programa IberCultura Viva informa os 10 vídeos selecionados no Concurso de curtas-metragens “Comunidades Afrodescendentes: Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento”. Os que tiveram maior pontuação são de realizadores do Brasil (5), da Argentina (3) e do Chile (2). As pessoas ganhadoras receberão prêmios de US$ 500.

O prazo de apresentação de recursos terminará na próxima quinta-feira, 10 de maio, às 23h59 (horário de Brasília). Candidatos interessados em interpor recursos deverão enviar um texto com os motivos para a reconsideração da avaliação para o e-mail programa@iberculturaviva.org, indicando no assunto “Recurso” e a identificação da pessoa responsável. A relação definitiva de selecionados será divulgada após o prazo de análise dos recursos.

Objetivo

Lançado pelo programa IberCultura Viva e o Escritório de Representação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (UNESCO no Brasil), o concurso teve como objetivo selecionar vídeos que promovessem uma reflexão sobre as comunidades afrodescendentes e a busca do pleno exercício de seus direitos culturais e/ou valorizassem sua contribuição para a constituição, a promoção e o desenvolvimento da cultura ibero-americana.

As inscrições estiveram abertas de 20/11/2017 a 15/02/2018. O edital era destinado a pessoas maiores de 18 anos dos países membros do programa IberCultura Viva: Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, Guatemala, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai.

Os vídeos podiam pertencer a qualquer gênero audiovisual (documentário, ficção, animação, jornalístico, etc) e deveriam ter duração de um a três minutos. Eles precisavam ter classificação indicativa livre e ser voltados ao público em geral. Segundo o regulamento, vídeos realizados por afrodescendentes e/ou por mulheres teriam maior pontuação.

Habilitados

Dos 132 vídeos inscritos, foram habilitados 90. Desse total, 57 são do Brasil, 16 da Argentina, 6 do Chile, 3 da Costa Rica, 3 do Equador, 3 do Uruguai, 1 do Peru e 1 do México. (A comissão organizadora decidiu habilitar a participação de dois vídeos produzidos por pessoas migrantes, procedentes de países fora do âmbito do concurso, mas com residência em países que formam parte do programa e com conteúdos ali realizados.)

Este foi o segundo concurso de vídeos realizado pelo IberCultura Viva e o primeiro a contar com a colaboração do Escritório da UNESCO no Brasil. Em 2016, o programa lançou o Concurso de Videominuto “Mulheres: culturas e comunidades”, que premiou 10 vídeos de realizadoras de quatro países (Brasil, Argentina, Peru e México). Esse edital teve como objetivo dar visibilidade ao papel fundamental das mulheres na cultura e na organização comunitárias, enfrentando atitudes e estereótipos que contribuem para a desigualdade de gênero e a violência.

Veja a lista de vídeos selecionados:

Informação aos Interessados III: Etapa de Seleção – Concurso de curtas audiovisuais “Comunidades Afrodescendentes: Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento” –  Resultado 

Informação aos Interessados II: Etapa de Habilitação – Concurso de curtas audiovisuais “Comunidades Afrodescendentes: Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento” 

Informação aos Interessados I: Etapa de Habilitação – Concurso de curtas audiovisuais “Comunidades Afrodescendentes: Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento”.

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02

Maio
2018

Em Notícias

Por IberCultura

Pontos de Cultura da Argentina se reúnem para debater os alcances dos projetos comunitários

Em 02, Maio 2018 | Em Notícias | Por IberCultura

Fotos: Flor Pinto/Puntos de Cultura

 

Na última sexta-feira, 27 de abril, foi realizada na Argentina uma jornada de debate e capacitação para Pontos de Cultura e organizações culturais de base comunitária no auditório da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso), na cidade de Buenos Aires. Cerca de 50 pessoas participaram das discussões sobre as estratégias de comunicação em projetos culturais comunitários, os impactos, alcances e limitações do setor no país.

A atividade, realizada pelo programa Puntos de Cultura com o apoio de IberCultura Viva, foi uma solicitação da Escola de Cultura Comunitária (ECC), lançada pelo Ministério de Cultura da Argentina dentro do trabalho que vem sendo desenvolvido para a formação e capacitação em torno da gestão cultural pública.

Esta foi a primeira das três jornadas de capacitação de Pontos de Cultura previstas para o ano de 2018, dentro das atividades de formação do IberCultura Viva. Entre seus objetivos estavam o propiciar um espaço de diálogo e intercâmbio para as distintas experiências de comunicação comunitária; armar uma mostra de produções audiovisuais; gerar uma mesa de debate em torno do impacto e da medição do trabalho comunitário, e construir indicadores e eixos para sistematizar e aprofundar o tema proposto.

A mesa de debate

A jornada começou pela manhã,  com uma mesa de debate moderada por Diego Benhabib, coordenador de Pontos de Cultura da Argentina. Também estavam presentes Juan Manuel Díaz, Belén Igarzábal e Gabriela Fiochetta.

Juan Manuel Díaz forma parte da equipe de Pontos de Cultura e desde o ano 2002 é integrante do Coletivo de Comunicação Popular Abriendo Caminos / La Comunitaria TV. No âmbito do Ministério da Cultura, desde 2006 realiza oficinas em distintos bairros e escolas da Argentina, onde os jovens produzem conteúdos que ajudam a construir olhares e mostrar seu território.

Belén Igarzábal e Gabriela Fiochetta

Belén Igarzábal é diretora da Área Comunicação e Cultura da FLACSO – Sede Argentina, coordenadora acadêmica da pós-graduação “Gestão cultural e comunicação” e diretora das pós-graduações “Políticas Culturais de Base Comunitária” e “Educação, Imagens e Meios”. Atualmente, participa de uma equipe de pesquisa sobre meios, audiências e TIC (tecnologia de informação e comunicação). Também é professora na Universidade de San Andrés.

Gabriela Fiochetta é atriz e comunicadora. Forma parte do multi-meio comunitário La Mosquitera, uma organização que faz comunicação popular há 17 años na província de Mendoza e que foi escolhida como responsável provincial da Rede Nacional de Pontos de Cultura e é membro da Comissão Nacional de Pontos de Cultura.

Juan Manuel Díaz

A roda de conversa

À tarde foi a vez de uma roda de conversa sobre impacto e medição do trabalho comunitário. Participaram deste espaço Gerardo Sánchez, diretor do SInCA (Sistema de Información Cultural de la Argentina), junto com parte de sua equipe, Federico Catalano e Mariana Kunst, compartilhando o informe sobre a Pesquisa Nacional de Consumos Culturais e alguns dados sobre cultura comunitária.

Também participou Emiliano Fuentes Firmani, secretário executivo da Unidade Técnica de IberCultura Viva, que trouxe uma mirada sobre a necessidade de construir análises sobre o impacto das práticas territoriais da cultura comunitária. Quem moderou este espaço foi Rosario Lucesole, consultora de projetos do IberCultura Viva e integrante da equipe do programa Pontos de Cultura na Argentina, que aportou algunos eixos gerais abordados na “Análisis de Impacto del programa Puntos de Cultura en territorio” (2015).

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30

abr
2018

Em Formação
Notícias

Por IberCultura

Curso de Pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária começa com 116 pessoas matriculadas

Em 30, abr 2018 | Em Formação, Notícias | Por IberCultura

Começou no dia 5 de abril o Curso de Pós-graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária FLACSO 2018. A iniciativa, realizada em conjunto pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (sede Argentina) e o programa IberCultura Viva, começou com 116 pessoas matriculadas, provenientes de 15 países. Deste total, 72 são bolsistas pelo programa e 44 se inscreveram pagando o valor do curso.

As bolsas do IberCultura Viva foram distribuídas da seguinte maneira: 50 pessoas foram selecionadas por edital (cinco representantes de 10 países integrantes do programa) e 22 entraram após a ampliação do total de bolsas, com recursos extras de cinco países (Chile, Brasil, El Salvador, Guatemala e Peru).  

Para a seleção dessas 22 pessoas, foi utilizada a avaliação que já havia sido feita para o edital de  bolsas, tendo em conta as pessoas que haviam ficado nas primeiras colocações. O edital tinha recebido um total de 466 postulações.

Diversidade de olhares

Este curso de pós-graduação será ministrado de abril a dezembro de 2018, com modalidade virtual, através do campus virtual da FLACSO. Com o objetivo de fortalecer a formação e a pesquisa das políticas de cultura de base comunitária e o conceito de “cultura viva” como política pública, a proposta acadêmica busca a diversidade de olhares, com a participação de professores de vários países ibero-americanos.

Entre os docentes estão George Yúdice (EUA), Fresia Camacho (Costa Rica), Carmen Lía Meoño Soto (Costa Rica), Giancarlo Priotti (Costa Rica), Fernando Vicario (Espanha), Alberto Quevedo (Argentina), Belén Igarzábal (Argentina), Emiliano Fuentes Firmani (Argentina), Diego Benhabib (Argentina), Rosario Lucesole (Argentina), Célio Turino (Brasil), Alexandre Santini (Brasil), Rodrigo Savazoni (Brasil), Guillermo Valdizán Guerrero (Peru), Víctor Vich (Peru), Paloma Carpio (Peru), Doryan Bedoya (Guatemala), Bernardo Guerrero Jiménez (Chile), Omar Rincón (Colômbia), Ana María Restrepo (Colômbia), Antía Vilela (España/Brasil) e Rafael Paredes (México).

A seguir, uma entrevista com Belén Igarzábal, coordenadora acadêmica e uma das professoras do curso. Belén é formada em psicologia e tem mestrado em jornalismo pela Universidade de San Andrés (Grupo Clarín/Columbia University). Atualmente, realiza o doutorado em ciências sociais da FLACSO, onde se especializa em análise de meios de comunicação. É diretora da Área Comunicação e Cultura da FLACSO – sede Argentina, realiza projetos de consultoria para programas de Desenvolvimento Rural, é professora na Universidade de San Andrés e produtora geral e condutora do ciclo “Hemisfério Sul, uma região conectada”.

 

Entrevista// Belén Igarzábal

 

Por que um curso na FLACSO de políticas culturais específico de cultura comunitária? Qual é o interesse particular da FLACSO?

O curso foi uma proposta de IberCultura Viva para fazer em conjunto. Nos pareceu uma ideia muito boa, em total consonância com o que trabalhamos na Área de Comunicação e Cultura. Faz mais de 15 anos que trabalhamos em pós-graduações de gestão cultural e comunicação, tanto presencial como virtual. Mas estes cursos abarcam o tema da gestão cultural em geral, desde um museu até um centro cultural de bairro. Esta pós-graduação tem uma dupla vertente que nos interessou muito para explorar e aprofundar: as políticas públicas culturais e a cultura comunitária. São dois temas que viemos trabalhando e pesquisando, mas não havíamos focalizado como um curso virtual exclusivo para a temática. Além disso, para nós, que somos uma faculdade com sedes em 16 países, a perspectiva latino-americana, tanto dos docentes como dos alunos, é fundamental.

 

Qual é o perfil dos/as estudantes que estão matriculados? De que países são?

Os/as estudantes provêm de más de 15 países. Muitos receberam bolsas dos diferentes países que conformam Ibercultura Viva, mas há muitos que se inscreveram de maneira independente. Em geral são gestores públicos que trabalham em políticas vinculadas à cultura em geral e à cultura comunitária em particular. E também gestores de espaços e centros culturais comunitários.

 

Quais parecem ser os motivos para haver tantas pessoas interessadas neste curso?

Creio que havia uma área vaga nesta temática. Franco Rizzi, co-coordenador do curso (pelo programa IberCultura Viva), fez um estudo sobre a oferta acadêmica nestas temáticas e notou que havia um espaço vazio vinculado à abordagem acadêmica das políticas vinculadas à cultura comunitária. E tinha razão. Há muita oferta acadêmica de gestão cultural, de indústrias culturais, de indústrias criativas, de gestão pública, de comunicação, mas fazia falta um curso que se aprofundasse no cruzamento entre políticas culturais, cultura viva, cultura comunitária, cidadania e com uma perspectiva muito marcada da nossa região. Os professores do curso vêm de países diferentes, de disciplinas distintas e todos colaboram para aprofundar na complexidade e particularidade do setor.

 

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30

abr
2018

Em Notícias

Por IberCultura

Feira de iniciativas culturais comunitárias de Costa Rica: um espaço de diálogo e intercâmbio entre gestores

Em 30, abr 2018 | Em Notícias | Por IberCultura

Quarenta gestores comunitários de distintas regiões de Costa Rica participaram da Feira de Iniciativas Culturais Comunitárias realizada na última sexta-feira (27/04) no Centro Nacional de Cultura (Cenac), em San José. A jornada, promovida pela Direção de Cultura do Ministério de Cultura e Juventude (MCJ) com o apoio do programa IberCultura Viva, também contou com a entrega de certificados da primeira turma do Programa de Formação em Gestão Sociocultural e a apresentação do documento “La Ruta de la DC: Gestión sociocultural y participación comunitaria”.

Apresentaram-se projetos acompanhados pela Direção de Cultura do MCJ, como “El Bosque de la Marimba”, de Santa Cruz (um dos ganhadores dos editais Beca Taller); o Festival Maleku; o grupo de zancos e brincadeira pública do Centro Cívico por la Paz de Garabito; um processo com população migrante e em condição de refúgio em San José; o Museo Arqueológico de Cahuita, Puerto Viejo e Manzanillo, assim como expositores de comidas tradicionais de Limón e Guanacaste.

Além disso, jovens que participaram de algumas oficinas e atividades da Direção de Cultura de Garabito e Cartago visitaram o gabinete da ministra de Cultura, Sylvie Durán Salvatierra, e compartilharam com ela as experiências vividas.

Balanço

No período 2014-2018, a Direção de Cultura do Ministério de Cultura e Juventude de Costa Rica tem enfocado seu trabalho no desenvolvimento de processos de assessoria, estímulo e acompanhamento em gestão sociocultural comunitária, mediante ações articuladas e participativas, para apoiar o fortalecimento de gestores e organizações socioculturais no exercício de seus direitos culturais.

La ruta de la DC – Gestión sociocultural y participación comunitaria” é produto deste processo de construção coletiva, a partir da sistematização da história da Direção de Cultura, seus enfoques conceituais chave, a caracterização das iniciativas culturais comunitárias com as quais se tem trabalhado desde sua criação, o contexto e os desafios enfrentados.

Plateia no Teatro 1887, durante a apresentação de “La Ruta de la DC”

Como mostra o documento apresentado na tarde de sexta-feira, no Teatro 1887, o papel da Direção de Cultura é o de canalizador, referência e mediador entre as diversas instâncias para acompanhar e complementar os processos de gestão sociocultural e participação comunitária. O Programa de Formação em Gestão Sociocultural, por exemplo, é desenvolvido pela DC em conjunto com as universidades públicas, em resposta à demanda dos gestores locais.

O enfoque da DC compreende a gestão sociocultural como o conjunto de processos participativos mediante os quais as pessoas, grupos, organizações e instituições dialogam, definem, articulam e desenvolvem iniciativas culturais comunitárias a partir da identificação de suas necessidades e oportunidades.

 

Confira o documento “La Ruta de la DC – Gestión sociocultural y participación comunitaria”: https://bit.ly/2jiv3r6

 

Fotos: Prensa MCJ

27

abr
2018

Em Notícias

Por IberCultura

Ministério da Cultura do Brasil lança a 6ª edição do Prêmio Culturas Populares

Em 27, abr 2018 | Em Notícias | Por IberCultura

Foi em clima de festa o lançamento do 6º Prêmio Culturas Populares, na manhã desta sexta-feira (27/04), em Recife (Pernambuco). Nesta edição, que homenageia a cantora pernambucana Selma do Coco (1925-2015), serão investidos R$ 10 milhões em 500 iniciativas de mestres e mestras, grupos e instituições que fortaleçam e contribuam para dar visibilidade a expressões culturais populares das cinco regiões brasileiras. Cada um dos selecionados receberá R$ 20 mil.

“É a maior premiação da cultura popular brasileira, é o reconhecimento da importância de nossas tradições culturais e daqueles que as mantêm vivas e potentes em todas as regiões deste vasto e diverso país”, destacou o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, durante a cerimônia de lançamento do prêmio, que contou com apresentações do Maracatu Estrela Brilhante de Igarassu, do grupo Afoxé Omo Inã e da Quadrilha Mirim Junina Fusão, do Morro da Conceição.

As inscrições poderão ser feitas de 30 de abril a 13 de junho, pela internet ou via postal. Os 500 prêmios serão distribuídos da seguinte forma: 200 para iniciativas de mestres e mestras (pessoa física); 180 para iniciativas de grupos sem CNPJ; 70 para pessoas jurídicas sem fins lucrativos; 30 para pessoas jurídicas com ações comprovadas em acessibilidade cultural; e 20 para herdeiros de mestres e mestras já falecidos (in memoriam).

O ministro Sá Leitão durante a cerimônia de lançamento do prêmio, em Recife (Fotos: Clara Angeleas/Ascom MinC)

Enfoque territorial

Débora Albuquerque, secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (MinC), ressaltou uma novidade deste ano, que é o reconhecimento não apenas a iniciativas da cultura tradicional, como o cordel, a quadrilha, o maracatu ou o jongo, mas também a manifestações mais urbanas, como o hip hop, o funk ou o tecnobrega.

“Trata-se de um edital de premiação, um reconhecimento do MinC a atividades culturais desenvolvidas nas comunidades. É importante, para nós, saber o impacto, a importância que elas têm para essas comunidades”, afirmou a secretária no bate-papo realizado ao vivo em rede social, um pouco antes da cerimônia em Recife.

Jorge Freire e Débora Albuquerque no bate-papo

Jorge Freire, coordenador-geral de Mobilização da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural (SCDC/MinC), também lembrou que é importante destacar a história da atividade cultural, e seu enfoque territorial, na hora de fazer a inscrição do edital.

“Deve-se pensar mais num dossiê do que num projeto”, explica. “Este edital está atrelado a uma ação passada, aquilo que já vem sendo desenvolvido. O mais interessante para o MinC é saber o que tem sido feito ao longo dos anos para manter aquela manifestação cultural viva. Não é o que se pretende fazer, e sim o que se faz, o que se pensa, qual é o impacto dessa atividade no território.”

A seleção dos premiados ficará a cargo de uma comissão composta por 30 pessoas: 15 servidores públicos e 15 membros da sociedade civil. Entre os critérios a serem levados em conta estão o grau de intercâmbio de saberes e fazeres da cultura popular que tenham proporcionado aprendizado entre diferentes gerações, a relevância e a contribuição sociocultural das práticas nas comunidades em que são desenvolvidas e a capacidade de perpetuação e preservação dessas atividades tradicionais.

Edições anteriores

Em cinco edições, o Prêmio Culturas Populares contou com 9 mil inscrições e distribuiu R$ 18,7 milhões em prêmios a 1545 mestres, grupos e entidades sem fins lucrativos. A premiação estava suspensa desde 2012 e foi retomada no ano passado, quando obteve número recorde de inscritos (2.862), com 500 premiados.

Na edição de 2017, que homenageou o cordelista Leandro Gomes de Barros, foram premiadas 258 iniciativas do Nordeste, 151 do Sudeste, 42 do Norte, 21 do Centro-Oeste e 28 do Sul do Brasil. Este ano, serão 100 prêmios para cada uma das cinco regiões brasileiras. Se uma delas não atingir o total de vagas existentes, as vagas restantes serão redistribuídas entre as demais regiões.

Aqueles que tiveram suas candidaturas habilitadas em 2017, mas não foram contemplados com o prêmio, podem voltar a concorrer este ano. Só não podem participar do edital os 500 premiados da edição anterior.

 

Confira o edital e os anexos:  https://culturaspopulares.cultura.gov.br/arquivos/

Saiba mais: https://culturaspopulares.cultura.gov.br/

Consultas: coedi@cultura.gov.br

 

Leia também:

Ministério da Cultura vai premiar 500 iniciativas de cultura popular com R$ 10 milhões

Entenda o que é cultura popular e suas diferentes manifestações

 

(Fonte: Assessoria de Comunicação/Ministério da Cultura)

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27

abr
2018

Em Notícias

Por IberCultura

Programa Pontos de Cultura de Costa Rica abre edital para projetos a serem realizados em 2019

Em 27, abr 2018 | Em Notícias | Por IberCultura

A Direção de Cultura do Ministério de Cultura e Juventude (MCJ) de Costa Rica abre nesta sexta-feira (27/04) o quarto edital de Pontos de Cultura. O programa, lançado no país em 2015, incentiva o exercício dos direitos culturais, mediante o reconhecimento do trabalho realizado por organizações, redes, iniciativas coletivas e espaços socioculturais vinculados com a promoção da diversidade cultural, a economia social solidária e a salvaguarda do patrimônio cultural e natural.

“Pontos de Cultura é uma oportunidade para fortalecer o trabalho que as organizações socioculturais já estão fazendo para o cuidado e a transformação da cultura em seus territórios. É uma ferramenta muito eficaz para ativar e aprofundar processos que essas mesmas organizações já vêm desenvolvendo”, afirma Fresia Camacho, diretora de Cultura do MCJ.

Postulações

Os postulantes poderão apresentar propostas até um máximo de ¢10.000.000 (dez milhões de colones, o equivalente a 17.600 dólares) e cuja execução deverá ser realizada durante os meses de novembro de 2018 a novembro de 2019. O prazo de inscrições estará aberto até 27 de julho de 2018.

Podem participar do edital associações, fundações, sociedades civis sem fins lucrativos, associações de desenvolvimento, cooperativas autogeridas vinculadas com temáticas culturais e Juntas de Educação, Saúde, etc. As organizações interessadas devem ter sua personalidade jurídica em dia e estar devidamente inscritas no Registro Público correspondente.

Categorias

Assim como as três convocatórias anteriores, as categorias do fundo concursável são quatro: a) arte para a transformação social; b) meios e propostas de comunicação comunitária; c) fortalecimento organizacional, e d) cultura para o bem viver.

Como critério de seleção será considerada a coerência entre os objetivos propostos, os resultados esperados, as atividades, o cronograma e o orçamento, bem como a estabilidade da organização no tempo e a experiência na gestão de projetos e no manejo de fundos públicos ou privados. Também serão tomados em conta as contrapartes e a estratégia de sustentabilidade, a temática, o arraigo e a participação comunitária, além da distribuição por região. Se dará um ponto adicional aos projetos que apresentem um trabalho em torno do tema de novas masculinidades.

O anúncio dos projetos selecionados se dará até o mês de outubro, nas páginas web www.dircultura.go.cr y www.mcj.go.cr.

 

Formulário Puntos de Cultura 2018.

Bases de participação para Programa de Pontos de Cultura 2018-2019.

Regulamento do Programa Pontos de Cultura

(Fonte: Dirección de Cultura/MCJ)

*Foto em destaque: Peña Cultural Ramonense, um dos projetos vencedores do edital de Pontos de Cultura 2016-2017, na categoria “Arte para a transformação social”

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