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15

maio
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Termina em Buenos Aires a capacitação sobre a plataforma Mapa IberCultura Viva

Em 15, maio 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Depois de duas jornadas de apresentações e práticas, terminou esta tarde em Buenos Aires (Argentina) a capacitação sobre a plataforma Mapa IberCultura Viva para funcionários de governos dos países membros do programa. Além de conhecer as possibilidades da plataforma, as pessoas participantes puderam manifestar dúvidas, dar sugestões, definir protocolos e pensar em como os dados coletados no Mapa IberCultura Viva podem ser utilizados para a construção e/ou consolidação de indicadores culturais de seus países.

A capacitação, que teve como facilitadores Miguel Gondim de Castro e Rafael Freitas, contou com a participação de Rodrigo Dacomo (Argentina), Marianela Riquelme Aguilar (Chile), Eduardo Reyes (Costa Rica), Eliane Vázquez González (Cuba), Tania Quevedo (Equador), Ingrid Quinteros Samayoa (Guatemala), Valeria Lopez (México), Diana Virginia Buleje Fuentes (Peru) e Gabriela Siqueira (Uruguai). As atividades foram realizada na Casa Central de la Cultura Popular (Villa 21-24), no bairro de Barracas.

 

Mapas Culturais

Lançado em agosto de 2018, o Mapa IberCultura Viva (https://mapa.iberculturaviva.org/) é parte do projeto Mapas Culturais, desenvolvido pela empresa de tecnologia Hacklab. O projeto foi iniciado em Brasil em 2013, com o objetivo de criar uma ferramenta colaborativa de gestão cultural, em código aberto (software livre), que mapeasse iniciativas e agentes culturais.

Em 2014, a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo lançou a primeira plataforma de Mapas Culturais no Brasil: SPCultura. Em 2015, foi a vez de a Direção Nacional de Cultura do Uruguai lançar sua versão do Mapas, o Cultura en Línea. Neste mesmo ano, o MinC adotou o Mapa da Cultura como principal base do Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC). Desde então, vários estados e municípios brasileiros vêm implementando o projeto.

 

Transparência

Os Mapas Culturais são alimentados tanto pelo poder público, que insere informações sobre editais, equipamentos culturais e eventos, como pelas comunidades culturais, que se cadastram como agentes culturais (individual ou coletivo) e podem divulgar suas programações, inscrever-se em editais e articular-se em rede com outros agentes. Todas as informações são publicadas em tempo real, sem passar por moderação.

 

Leia também:

Representantes de 9 países participam de capacitação sobre a plataforma Mapa IberCultura Viva na Argentina

 

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15

maio
2019

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Entrelaçando Experiências: está aberta a segunda etapa do edital, para o intercâmbio de saberes em território

Em 15, maio 2019 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

O  Edital IberEntrelaçando Experiências, lançado pelo programa IberCultura Viva em dezembro, inicia sua segunda etapa nesta quarta-feira 15 de maio. A partir de hoje, organizações de cultura comunitária dos países membros do programa poderão solicitar uma das 25 propostas de capacitações e espaços de intercâmbio de experiências inscritas na primeira etapa, para que sejam desenvolvidas em seus territórios. As propostas são provenientes de nove países e estão disponíveis como um banco de saberes na aba “Intercâmbios” desta página web.

Nesta segunda etapa do edital, que tem inscrições abertas até 30 de junho, organizações culturais comunitárias e/ou comunidades de povos indígenas interessadas em receber estes intercâmbios devem entrar em contato com as pessoas facilitadoras e ver se têm condições de oferecer o que necessitam (as necessidades técnicas e espaciais estão especificadas em cada projeto). Muitas das propostas do banco de saberes são suscetíveis a mudanças para que se ajustem a diferentes espaços, públicos, disponibilidade de tempo e itinerários.

Uma vez que ambas as partes estejam de acordo e desejem o intercâmbio, realiza-se a inscrição como organização anfitriã na plataforma Mapa IberCultura Viva. Além da produção e divulgação da atividade, as comunidades anfitriãs devem garantir a hospedagem, a alimentação e os traslados dentro do território para as pessoas facilitadoras. O programa IberCultura Viva se encarregará da compra de passagens aéreas e seguros de viagem para as pessoas facilitadoras do intercâmbio. Não haverá transferências de fundos para os projetos.

As ações de IberEntrelaçando Experiências (os intercâmbios propriamente ditos) se darão entre agosto e dezembro de 2019. Podem ser propostos intercâmbios de saberes entre organizações e/ou povos originários de um mesmo país ou entre vários países membros do programa.

A avaliação das propostas estará a cargo do Comitê de Seleção, formado por integrantes do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva.  Serão levados em conta na seleção critérios como a trajetória em projetos relevantes para a área cultural, especialmente em temas relacionados com a organização comunitária, o desenvolvimento de políticas, a construção de cidadania e a valorização de identidades culturais.

A seguir, algumas perguntas frequentes e um guia de como realizar a inscrição.

QUEM PODE PARTICIPAR

. Que organizações e coletivos podem participar da etapa 2?

As organizações culturais comunitárias (sem fins lucrativos) que contem com personalidade jurídica em algum dos países membros do  Conselho Intergovernamental IberCultura Viva.

Os coletivos que não tiverem personalidade jurídica podem se inscrever apresentando uma carta aval assinada pelo representante governamental do programa IberCultura Viva em seu país.

Os contatos dos responsáveis pelo programa nos países membros estão informados no formulário de inscrição do edital (item 1.4, anexo II, modelo de carta aval), disponível na plataforma Mapa IberCultura Viva. No Brasil, quem responde pelo programa é a Secretaria Especial de Cultura do Ministério da Cidadania, por meio da Secretaria da Diversidade Cultural.

.Quais são os países integrantes do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva?

Fazem parte do programa Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Cuba (país convidado), Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, México, Peru e Uruguai.

.Quais são os critérios requeridos para a emissão da Carta aval às organizações ou coletivos sem pessoa jurídica?

Os órgãos que respondem pelo programa IberCultura Viva em cada país (Ministério da Cultura, Secretaria da Cultura ou equivalente) determinarão os critérios requeridos para a emissão do aval. No caso do Brasil, os editais do IberCultura Viva são destinados aos Pontos de Cultura reconhecidos pela Secretaria Especial de Cultura do Ministério da Cidadania.

.Quem são as pessoas facilitadoras das propostas?

Na primeira etapa do edital, era necessário citar o nome e a trajetória de uma ou duas pessoas facilitadoras da experiência proposta. Estas pessoas serão aquelas que vão oferecer uma oficina ou outra atividade na comunidade interessada em participar deste intercâmbio. Seus correios eletrônicos estão informados no Banco de Saberes para que as organizações interessadas em recebê-las em seus territórios entrem em contato.

. Já participei com uma proposta para o Banco de Saberes na etapa 1. Também posso solicitar um intercâmbio como organização anfitriã?

Sim, pode. Você pode escolher uma proposta do Banco de Saberes, entrar em contato com a(s) pessoa(s) facilitadoras, manifestar o desejo de realização da atividade e combinar com ela(s) essa possibilidade. Se as duas partes estiverem de acordo, apresente sua postulação durante o período de inscrição da Etapa 2.

 

. COMO INSCREVER-SE NO EDITAL

Desde agosto de 2018, as inscrições para os editais IberCultura Viva são realizadas por meio do Mapa IberCultura Viva (https://mapa.iberculturaviva.org/). Nesta plataforma livre, gratuita e colaborativa, agentes culturais e organizações culturais comunitárias podem, além de inscrever-se nos editais e concursos do programa, difundir seus próprios eventos, espaços e projetos.

No caso do Edital IberEntrelaçando Experiências, as pessoas do Brasil interessadas em inscrever-se devem buscar o edital que aparece com o título em português (“Edital IberEntrelaçando Experiências – Etapa 2”). Pessoas dos outros países devem inscrever-se no edital que leva o título em espanhol (Convocatoria IberEntrelazando Experiencias – Etapa 2)

.Já participei de outro edital IberCultura Viva por meio desta plataforma. Devo registrar minha organização mais uma vez como agente coletivo?

Não é necessário. O campo “Registrarse” na página inicial é usado apenas na primeira vez. Nas próximas vezes, você deve clicar “Ingresar” para ter acesso ao seu perfil. (Caso tenha esquecido a senha cadastrada, clique em “Olvidé mi contraseña”). Obs: Na primeira vez, ao fazer o registro, o agente é direcionado automaticamente para o perfil. Depois, será necessário clicar em “Editar” para poder acessar/modificar os dados do cadastro.

. Estou no Mapa IberCultura Viva pela primeira vez. Como me registro na plataforma?

Para se inscrever em um edital do IberCultura Viva é necessário registrar-se primeiramente como agente cultural no Mapa IBCV. Esta plataforma permite o registro de dois tipos de agentes: individual e coletivo. Por agentes individuais compreendemos as pessoas físicas, e por agentes coletivos, as organizações culturais comunitárias, entidades, povos indígenas, coletivos, agrupações e instituições.

Recomendamos aos representantes de organizações que inscrevam-se inicialmente como agentes individuais (pessoas físicas) e depois cadastrem o perfil de agente coletivo, com os dados de sua organização, coletivo, Ponto de Cultura, etc.

No perfil coletivo, é possível definir os nomes das pessoas responsáveis e adicionar agentes individuais que estejam relacionados ao agente coletivo em questão. Esses agentes que serão adicionados já devem ter seus perfis previamente cadastrados no Mapa IberCultura Viva.

Aqui está um manual para ajudar você a registrar agentes, espaços, projetos e eventos na plataforma: https://iberculturaviva.org/manual/. Não se esqueça de que para cada etapa preenchida é necessário salvar os dados inseridos no canto superior direito da tela (“Salvar”).

. Uma vez concluído o registro, onde encontro o formulário de inscrição do edital?

Agora que já tem o perfil de agente registrado, clique em “Editais” (na parte superior da tela do Mapa IBCV) e vá até o arquivo que aparece com o título em português (“Edital IberEntrelaçando Experiências – Etapa 2”). Na página seguinte você poderá baixar o regulamento do edital, assim como os anexos que devem ser preenchidos e enviados no ato da inscrição. O formulário aparecerá depois de clicar no título do edital e iniciar a inscrição.

. Como iniciar a inscrição?

Para iniciar sua inscrição, clique no campo de busca, localize o nome da pessoa física titular do registro (deve ser um agente pessoa física previamente cadastrado) e selecione a opção “Realizar inscrição”, disponível ao lado do campo de busca.

Complete as informações requeridas no formulário de inscrição. A qualquer momento é possível salvar os dados de sua inscrição utilizando o botão “Salvar” no canto superior direito. Feito isso, é possível sair da plataforma e continuar o preenchimento em outro momento (antes do término do período de inscrições).

A proposta será enviada para a participação no edital somente após o preenchimento de todos os campos do formulário e a inclusão de todos os anexos obrigatórios. Revise as informações antes de clicar em “Enviar inscrição”. Após o envio, não será possível editá-la. A plataforma exibirá a tela de confirmação do envio.

Confira as propostas disponíveis no Banco de Saberes: https://iberculturaviva.org/es-iberentrelazando-experiencias/

Confira o regulamento do concursohttps://bit.ly/2Ed7ewc

Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/81/

Consultas: programa@iberculturaviva.org

 

Leia também:

Entrelazando Experiencias: las 25 propuestas del banco de saberes que estarán disponibles para intercambios

Entrelazando Experiencias: iniciativa de los Puntos de Cultura de Argentina inspiró la convocatoria a nivel regional

 

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15

maio
2019

Em Notícias

Por IberCultura

3º Encontro de Redes IberCultura Viva terá transmissão ao vivo nesta quinta-feira

Em 15, maio 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Representantes de 18 municípios, províncias e departamentos que contam com políticas culturais de base comunitária estarão presentes no 3º Encontro de Redes IberCultura Viva, que se realizará amanhã (16/05) e na sexta-feira (17/05) na cidade de Buenos Aires, na Argentina. Os dois dias de atividades terão transmissão ao vivo na página de IberCultura Viva no Facebook a partir das 9h (amanhã) e das 14h (na sexta-feira).

Esta segunda reunião do grupo de trabalho de governos locais formado em Quito (Equador) em novembro de 2017, durante o 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, tem como objetivo a ampliação do grupo e a constituição de uma agenda de trabalho intersetorial para 2019/2020. Nas duas jornadas serão realizadas tarefas de formação e se abrirá um espaço de intercâmbio para a construção da agenda.

As atividades incluem uma capacitação para a implementação do Guia de Autoavaliação em Políticas Culturais Comunitárias, uma capacitação para o uso de ferramentas de medida de impacto de políticas culturais de base comunitária e uma capacitação para o uso da plataforma Mapa IberCultura Viva. Também está previsto um encontro com representantes de organizações e coletivos participantes do 4º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária.

A criação da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais é um dos avanços que serão formalizados neste encontro. A rede tem como objetivo geral fortalecer e promover o desenvolvimento de políticas culturais de base comunitária em nível local. Entre seus objetivos específicos estão o  fomento de atividades de intercâmbio e cooperação entre redes e organizações culturais comunitárias de diferentes cidades e provìncias, e a articulação das ações desenvolvidas por IberCultura Viva em nível local.

O 3º Encontro de Redes é uma das atividades que o programa IberCultura Viva promove esta semana na cidade de Buenos Aires durante o 4º Congresso Latino-americano de CVC. Outro é a capacitação para a plataforma Mapa IberCultura Viva, que começou ontem e segue hoje, destinada a funcionários públicos de nove países membros do programa. No sábado, 18 de maio, dia do encerramento do congresso, será a vez da 11ª Reunião do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva.

Confira a agenda do encontro:

DIA 2- Quinta-feira, 16 de maio

9:00 Abertura – Palavras de boas-vindas da Secretaria de Cultura da Argentina
9:10 Apresentação de governos locais presentes e avanços do GT
10:00 Apresentação de “Ferramentas de gestão: Guia para a autoavaliação de políticas
culturais de base comunitária”.
10:45 Pausa para café.
11:00 Capacitação sobre a implementação do guia de autoavaliação de políticas culturais
de base comunitária.
13:00 Almoço
14:00 Capacitação sobre a implementação do guia de autoavaliação de políticas culturais
de base comunitária.
16:00 Pausa para café
16:15 Capacitação sobre o uso do Mapa IberCultura Viva
17:00 Painel sobre experiências de gestão cultural comunitária participativa

DIA 2- Sexta-feira, 17 de maio
14:30 Conversatorio “Por uma rede de cidades e governos locais para a cultura
comunitária”.
16:00 Pausa para café
16:15 Estabelecimento de agenda e ações para o GT de governos locais
19:00 Lançamento da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais – Foto oficial

 

Leia também:

Representantes de governos locais se reúnem em maio no 3º Encontro de Redes IberCultura Viva, na Argentina

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15

maio
2019

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Conheça os selecionados no concurso de curtas “Comunidades Linguísticas”: identidade e salvaguarda”

Em 15, maio 2019 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

A maioria das 7.000 línguas faladas ao redor do mundo são indígenas. São línguas que definem identidades, que expressam história, que portam cultura, conhecimento, valores. Os vídeos selecionados no concurso “Comunidades Linguísticas: identidade e salvaguarda”, cujo resultado foi publicado em 14 de maio, falam disso, da importância dos idiomas para as comunidades e para a humanidade em seu conjunto. Mostram que é por meio da língua que preservamos a memória e construímos o futuro.

“A língua permite a reafirmação do povo sobre nosso território, sobre a cosmovisão e as relações sociais para uma convivência mais harmônica. Por isso é que seguimos ensinando e não deixamos que nossa língua morra”, afirma Yaid Bolaños, antropólogo indígena que divide com Sofía Chingate a autoria do curta-metragem “Nasa yuwe”, primeiro colocado no concurso.

Além deste, que vem da Espanha e trata dos indígenas nasa na Colômbia, outros nove curtas foram premiados com 500 dólares cada. A comissão de avaliação também decidiu conceder 15 menções honrosas (sem prêmios em dinheiro) devido à quantidade, qualidade e diversidade dos vídeos apresentados. Foram recebidas 84 inscrições entre 12 de outubro de 2018 e 8 de março de 2019.

Lançado pelo programa IberCultura Viva em parceria com o Escritório de Representação da UNESCO na Guatemala, o concurso teve como inspiração a resolução da Assembleia Geral da ONU, que declarou 2019 como o Ano Internacional das Línguas Indígenas, para advertir sobre a perda destes idiomas e a necessidade de conservá-los e revitalizá-los.

OS 10 VÍDEOS PREMIADOS

 

  1. Nasa Yuwe” – Sofia Chingate – Espanha

Nasa yuwe é a língua praticada pelos indígenas nasa na Colômbia. “O nasa yuwe falado pelos vivos e os mortos é a representação de nossa história. Está escrita em nossa mente, em nosso coração e nos tecidos trançados cuidadosamente pelas mulheres”, afirma Yaid Bolaños, indígena antropólogo que fala sobre a importância de preservar a língua mãe neste curta dirigido por ele e Sofía Chingate.

“Nossa língua determina a relação com os espaços sagrados e espirituais”, completa. “Aquele que pratica o nasa yuwe é livre, é sábio, e é capaz de convergir as forças humanas e sobrenaturais a fim de traçar os caminhos da unidade e de resistências coletivas que dão luz e vitalidade às lutas iniciadas há centenas de anos. (…) Ali se encontra nossa raiz, o reconhecimento de nossa cultura e sua forma de sentir e pensar a partir do coração.”

 

  1. Hacia la interculturalidad” – Rodrigo Romero – Chile

Este documentário sonoro retrata a mirada espiritual de um grupo de professores e educadores indígenas que deixa seu lar no campo para trabalhar em uma das cidades mais jovens da América, com o desafio de ensinar sua língua milenar, apesar da reticência de professores e pais. O vídeo permite viajar musicalmente por um relato coral dos protagonistas e seu imenso aporte para problemáticas contingentes, como o racismo, a discriminação e a xenofobia. Tudo isso graças ao ensino de valores como o respeito, a tolerância e a valorização da diversidade, valores associados à cultura mapuche, único povo indígena da América reconhecido como nação independente pelo império espanhol.

 

 

3 – “Pokchi/Comunidad” – Carolina Martín de Ramón – Peru

Miaría é uma comunidade amazônica do Peru onde os moradores falam Yine, uma das 29 línguas originárias do país que se encontram em risco de extinção. Para lutar contra o seu desaparecimento, anciãos, adultos, jovens e crianças se uniram em uma batalha comum: manter seu idioma vivo, e com ele sua identidade. O fortalecimento da língua não apenas contribui para a revitalização de sua cultura como também perpetua algo essencial para eles: o Pokchi (comunidade), ou o conjunto de moradores que compartilham a língua Yine e, com ela, uma visão única do mundo.

O vídeo foi realizado por Teresa del Castillo Rovira e Carolina Martín de Ramón, com o apoio da Comunidade Nativa Yine de Miaría (Bajo Urubamba, Cuzco. Peru). As realizadoras são integrantes do coletivo La Combi – arte rodante.

 

4 – “Nina Fuego” – Kuyllur Saywa Escola Chachalo – Equador

Este trabalho é um dos resultados dos cinco vídeos que fazem parte de um processo denominado “Kipiku de saberes musicais do povo Kichwa Karanki”. Suas letras são inspiradas e cantadas para a água, o vento, o fogo, a terra e a reafirmação identitária de ser Karanki. São vídeos curtos e canções curtas com a finalidade de quem o escuta ou possa aprender. Segundo o realizador Raymi Guatemal, o que se quer com este trabalho é mostrar que sim, pode-se buscar novas formas de voltar a falar a língua materna. O grupo Amaru Canto y Vida se soma a este sonho e ao processo de retomar sua língua materna através da música e da pedagogia dos “avós dizendo-fazendo”.

 

5- “Escribirnos, leernos” – Joan Serra Montagut/SOM Editorial Colectiva – México

O vídeo apresenta a experiência do Projeto Ja’ab, que permitiu construir a primeira coleção de livros coletivos feitos de maneira independente por centenas de jovens na Ibero-América. Através de uma viagem literária por 12 cidades de El Salvador, Honduras, Guatemala, Belize e México, centenas de jovens mostraram sua voz, sua identidade e suas raízes em 12 livros que em breve poderão ser lidos em mais de  mil de bibliotecas públicas e espaços de leitura. Escrevendo e lendo a nós mesmos, nos conhecemos mais, valorizamos nossos traços mais genuínos, os conservamos e os comunicamos aos demais.

SOM Editorial Colectiva, associação sem fins lucrativos com sede em Mérida (Yucatán, México) é o selo editorial desta experiência literária, social e cultural sem precedentes que tem na língua e suas infinitas possibilidades seu eixo motor.

 

6 – “A Orillas del Lago” – Adriana Arana – Guatemala

A perda dos idiomas originários na Guatemala foi muito marcante, mas pouco a pouco vai-se descobrindo a riqueza destes idiomas e da importância de conservá-los. “Tratamos de conscientizar e dar visibilidade à cultura e ao idioma dos povos originários na Guatemala. E entrarmos em sua história para dar um fio conector aos responsáveis que somos por continuar com a prática e reprodução dos mesmos”, afirma a realizadora Adriana Arana.

7 – “Voces Originarias, Radio La Aurora” – Agustin Kazah – Argentina

Na escola de um povoado isolado na província de Chaco funciona uma rádio. A princípio surgiu como ferramenta pedagógica em língua castelhana, mas atualmente é uma ferramenta trilingüe que permite que as línguas Qom e Guaraní também sejam parte da transmissões. Dessa maneira, os alunos conseguem expressar-se e estender os limites destas duas línguas originárias.

 

 

8 –  “Lengua Pampa Charrua” – Ciro Rodríguez – Uruguai

Este vídeo mostra parte do trabalho que a organização indígena Clan Chonik Charua vem realizando para o resgate, a recuperação e a difusão da língua Charrua Pampa no Uruguai, como parte fundamental de uma cosmovisão, consciência, maneira de ser de sua ancestralidade originária.

Para ver o vídeo: https://youtu.be/26YfzsNAB1M

 

9 – “Andando além do mar” – Thalita da Silva Oliveira Costa – Brasil

O vídeo jornalístico produzido para o concurso mostra uma entrevista realizada com um professor bilingüe indígena. Ele fala da importância da língua guarani e das formas de ensino existentes em sua aldeia.

 

  1. Re-existencia Kukama” – César Henrique Zamudio de Souza – Peru

A língua Kukama-Kukamiria está se perdendo entre os nativos kukamas, desde que eles se convenceram de que falar a língua nativa era um ato de ignorância e que ia contra sua religião e o progresso. Por isso, o Festival Yrapakatun põe em marcha um projeto de resgate cultural no qual se transmite o conhecimento da língua por meio de atividades artísticas aos mais jovens da comunidade.

O curta foi realizado por César Henrique Zamudio de Souza e Mario Michel Barbachan Gonzales, do coletivo Inmigrante, formado em 2015 com a finalidade de intervir com trabalhos audiovisuais na comunidade de Santo Tomás, Loreto, no Peru.

 

AS 15 MENÇÕES HONROSAS

1. “Ishkay Yachay” – Isabel Andrade – Equador

Este documentário celebra o trabalho de vida de Laura Santillan. Ela fundou e lidera a Yachay Wasi, uma escola intercultural onde os estudantes aprendem Kichwa e o Ishkay Yachay, uma combinação de conhecimentos modernos e indígenas.

 

 

2. “Negro Urco” – Renzo Alva – Peru

Na zona do Rio Napo, no Peru, Rosa e Santiago são dos professores Muruy Muinane que multiplicam a sabedoria através da pedagogia intercultural e o fortalecimento identitário.

 

3. “Millcayac Mayena-Decir Millcayac” – Liliana Claudia Herrera – Argentina

O curta trata da obra poética difundida no livro “Millcayac Mayena-Decir Millcayac”, da cacique Liliana Claudia Herrera, da Comunidade Huarpe Guaytamari (Mendoza, Argentina), com poesias e canções cerimoniais na língua huarpe millcayac. Trabalho de pesquisa, resgate e ressignificação da língua huarpe, desde 1980 até os dias de hoje, convertida em poesia e música. Obra apresentada na Feira do Livro de Mendoza em 2018.

 

4. “Afafan de Warria” – Joseba Urrutikoetxea/ Proyecto Wakaya – Espanha

Christopher Coñoman, um jovem mapuche orgulhoso e comprometido com suas origens, difunde o mapudungum através do rap. Dentro dos vagões do metrô de Santiago, no Chile, amarra sua “trarilongko” na cabeça e, armado com um microfone, dispara suas reflexões em forma de rima para visibilizar seu povo diante do público improvisado.

O video é de autoria coletiva. Foi realizado por Alejandra Gayol, Ignacio Espinoza, Celia Vazquez, Idoia Olaizola, Alejandro Gonzalez e Joseba Urrutikoetxea.

 

 

5 – “Mapuzugun, el habla de la tierra” – Angélica Ramiro Zarges – Chile

Neste vídeo documentário falado em língua mapuche (mapuzugun), Elisa Loncon Antileo, acadêmica doutora em línguas proveniente de uma comunidade mapuche ao sul do Chile, apresenta em seu relato a forma de viver do povo mapuche, em íntima relação com a terra e com a natureza, e mostra como o idioma mapuzugun é parte profunda desta relação e de sua cosmovisão.

 

 

6. “Olvidados” – Cecilia Us – Guatemala

O curta documentário “Olvidados” (“Esquecidos”) denuncia parte das problemáticas ambientais, sociais, políticas, econômicas e culturais do povo maya poqomam. Apesar do abandono e da falta de políticas e ações que melhorem e garantam melhor qualidade de vida para esta população, este povo resiste a morrer culturalmente.

Para ver o vídeo: https://vimeo.com/318357491

 

7. “João Ahezomae” – Joscelio Onizokaece – Brasil

O curta busca o contraste entre expressão, línguas e gerações: ali está a última mensagem deixada pelo cacique-geral João Ahezomae, líder na demarcação das terras de seu povo, poucos dias antes de falecer, e a apresentação de cantos e danças tradicionais da etnia Paresi-Haliti. “Nossa terra e nossa cultura são uma coisa só”, afirma o diretor Joscelio Onizokaece, indígena da etnia Paresi-Haliti que tem desenvolvido atividades de registro audiovisual de sua cultura. As imagens foram filmadas durante o evento FEPOIMT na aldeia Rio Verde, Terra Indígena Paresi. O título do filme é uma homenagem à sua memória e sabedoria.

 

 

 

8. “Resígaro, sobreviviendo al olvido” – Lee Bendezú – Peru

Pablo Andrade conta como sua família migrou da Colômbia para o Peru, fugindo dos seringueiros; assim como sua situação como falante da língua resígaro e as dificuldades que tem por ser o único que fala essa língua na Comunidade Nativa Nueva Esperanza (Pebas, Mariscal Ramón Castilla, Loreto).

 

9. “Aún hay Esperanza” – Jimmy Piaguaje – Equador

O curta tem como objetivo dar visibilidade aos problemas que enfrentam as comunidades indígenas na atualidade, com os avanços industriais extrativas e monocultivos (palmas), causando perdas de bosques ancestrais e colocando em risco a sobrevivência da cultura e da biodiversidade. Também tem uma mirada na educação ambiental e alternativa para conscientizar crianças, jovens e adultos das comunidades sobre a importância da cultura e da natureza.

 

10. “Waorani” – Luciano Nacci –  Argentina

Realizado por Luciano Nacci com a colaboração de Florencia Velozo e Edgar Acuna, o vídeo mostra os costumes e as raízes da tribo “Waorani”, localizada às margens do Rio Napo, no Equador. “A floresta é como um mercado, uma farmácia onde temos tudo”, conta Gome, nascido e criado na tribo, onde vivem ao redor de 40 pessoas.

 

 

11. “Guardianes del Uru Uchumataco” – Juan Pablo Tobal Claira – Argentina

Às margens do Rio Desaguadero, em La Paz, Bolívia, se encontra a comunidade Uru Irohito. Ali deixou-se de falar a língua materna há anos, mas alguns sábios ainda a conservam. Eles começaram um importante processo de revitalização da língua e as crianças se transformaram em verdadeiros ativistas.

Para ver o vídeohttps://vimeo.com/322087000

 

  • 12. “Jotay” – Alexandro Lux – Guatemala

A bisavô mantêm todos os costumes kaqchiqueles, mas a família, a partir de sua filha e neto, foi perdendo os costumes, tradições e o idioma. Anos mais tarde, o neto retoma o aprendizado do idioma, ensina a sua filha e funda uma escola de ensino do idioma kaqchiquel.

 

 

13 – “El respeto” – Norma Cristina Fernández – Argentina

“El Respeto” mostra Nancy López, comunicadora wichi de uma rádio comunitária em Tartagal (Salta), contando em espanhol e em wichi sua experiência como integrante de um povo originário na Argentina, apoiada pelas pinturas de uma artista de sua etnia.

 

 

  1. “Simikuna y la fuerza del viento” – Andrea de Jesús Oré Campos  – Peru

Simikuna é uma jovem em busca do sentido de seu nome. Nesta travessia, ela encontra pessoas que a ajudam a entender a razão de sua existência. Ao enfrentar o vento, ela descobre o significado de seu nome.

 

 

  1. Mbyatubes” – Carlos Frederico Barbosa Pinheiro/ .txt – Brasil

“Mbyatubes” é o ríesultado de uma oficina de cinema e mídia menor realizada em 2016 com crianças Mbya guaraní, da Aldeia Mata Verde Bonita, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro (Brasil). Esta oficina estava entre as atividades do projeto Ventana a la Biodiversidad, um dos ganhadores do Edital IberCultura Viva de Intercâmbio 2015. Foram duas semanas de trabalho com crianças, jovens e adultos e um cineasta indígena.  Ali se realizaram cinco mídias de “palavras-afetos” e duas vídeocartas. . O grupo também trabalhou num vídeo sobre educação mbya-guarani de Verá Mirim.

14

maio
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Representantes de 9 países participam de capacitação sobre a plataforma Mapa IberCultura Viva na Argentina

Em 14, maio 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Nesta terça-feira (14/05) começou em Buenos Aires (Argentina) uma capacitação sobre a plataforma Mapa IberCultura Viva para funcionários de governos dos países membros do programa. Participam do encontro representantes de nove países (Argentina, Chile, Costa Rica, Cuba, Ecuador, Guatemala, México, Peru e Uruguai). A atividade será realizada hoje e amanhã na Casa Central da Cultura Popular (Villa 21-24), o bairro de Barracas.

O Mapa IberCultura Viva (https://mapa.iberculturaviva.org/) foi lançado em agosto de 2018. Nesta plataforma livre, gratuita e colaborativa, agentes culturais e organizações culturais comunitárias podem, além de inscrever-se nos editais e concursos do programa, difundir seus próprios eventos, espaços e projetos.

“Gestão cultural e gestão da informação cultural”, “Mapas Culturais e a relevância institucional da sociedade da informação” e “Mapas Culturais como objeto de prática cultural” foram alguns dos temas apresentados esta manhã.

Esta capacitação sobre a plataforma é uma das atividades que o programa IberCultura Viva promove esta semana na cidade de Buenos Aires durante o 4º Congresso Latino-americano de CVC. Nos dias 16 e 17, se realizará o 3º Encontro de Redes IberCultura Viva, com a participação de representantes de municípios, províncias e departamentos que formarão a Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. No sábado, 18 de maio, dia do encerramento do congresso, será a vez da 11ª Reunião do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva.

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14

maio
2019

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Confira os ganhadores do concurso de curtas “Comunidades Linguísticas: identidade e salvaguarda”

Em 14, maio 2019 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

Os 10 vídeos selecionados no concurso de curtas-metragens “Comunidades Linguísticas: identidade e salvaguarda” vêm de Espanha, Chile, Peru, Equador, México, Guatemala, Argentina, Brasil e Uruguai. Seus realizadores receberão prêmios de 500 dólares cada. A lista de ganhadores foi anunciada nesta terça-feira (14/05). Além dos premiados, a Comissão de Avaliação decidiu conceder 10 menções honrosas (sem prêmios em dinheiro).

Lançado pelo programa IberCultura Viva em parceria com o Escritório de Representação da UNESCO na Guatemala, o concurso teve como inspiração a resolução da Assembleia Geral da ONU que declarou 2019 como o Ano Internacional das Línguas Indígenas, para advertir sobre a perda destes idiomas e a necessidade de conservá-los e revitalizá-los.

O objetivo era selecionar vídeos que trouxessem reflexões sobre a situação e as problemáticas das comunidades linguísticas, para sua construção de identidade e salvaguarda como direitos culturais, e/ou valorizassem seus aportes para a constituição, a promoção e o desenvolvimento da cultura ibero-americana.

As inscrições estiveram abertas de 12 de outubro de 2018 a 8 de março de 2019 na plataforma Mapa  IberCultura Viva, para pessoas maiores de 18 anos dos países membros do programa. Do total de 84 inscritos, foram habilitados 77 vídeos. Os países com maior número de postulações foram Argentina (32), Peru (12) e Brasil (11), seguidos de Guatemala (7), Chile (4), Equador (4), México (2), Espanha (2), El Salvador (1), Costa Rica (1) e Uruguai (1).

Os vídeos foram avaliados por uma comissão composta por uma pessoa representante do Escritório da UNESCO na Guatemala e pessoas representantes de três países membros do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva (Argentina, Brasil e Peru).

Os critérios incluíram a realização técnica, a originalidade temática e a criatividade, e especialmente a adequação aos objetivos do concurso. A comissão avaliadora também utilizou como critério a distribuição geográfica das propostas selecionadas, para que estivesse representada a grande diversidade de comunidades e práticas culturais da região ibero-americana.

 

Edições anteriores

Este foi o terceiro concurso de audiovisuais promovido por IberCultura Viva. Em 2016, o programa lançou o Concurso de Videominuto “Mulheres: culturas e comunidades”, buscando dar visibilidade ao aporte fundamental das mulheres para a cultura e organização comunitária, enfrentando atitudes e estereótipos discriminatórios que contribuem para a desigualdade de gênero e a violência.

Em novembro de 2017, foi a vez do Concurso de curtas-metragens “Comunidades Afrodescendentes: Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento”, lançado em parceria com o Escritório de Representação no Brasil da UNESCO, como uma das atividades da Década Internacional dos Afrodescendentes (2015-2024), declarada pelas Nações Unidas em 2015.

 

 

Confira a lista de selecionados e menções honrosas do concurso:

Informação aos Interessados III: Etapa de Seleção – Concurso de curtas “Comunidades Linguísticas: identidade e salvaguarda” – Resultado final

 

Leia também:

 

Conoce los seleccionados en el concurso de cortos “Comunidades Linguísticas: identidad y salvaguardia”

 

Informação aos Interessados II: Etapa de Habilitação – Concurso de curtas “Comunidades Linguísticas: identidade e salvaguarda” – Lista definitiva

Informação aos Interessados I: Etapa de Habilitação – Concurso de curtas “Comunidades Linguísticas: identidade e salvaguarda”

 

 

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10

maio
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Experiências ibero-americanas de cultura comunitária estão reunidas em livro que será lançado em Mendoza

Em 10, maio 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Nesta sexta-feira (10/05), na cidade de Mendoza (Argentina), será lançado o livro Puntos de cultura viva comunitaria iberoamericana. Experiencias compartidas“. A publicação é uma parceria da Alcaldía de Medellín (Colômbia) com o programa IberCultura Viva e reúne textos escritos por representantes de governos locais e de organizações culturais comunitárias que tiveram incidência no desenvolvimento de políticas públicas locais. O lançamento será no Espaço Le Parc, das 17h30 às 19h30, dentro da programação do 4º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária.

A edição, que dá início a uma “Coleção IberCultura Viva”, é uma compilação das experiências compartilhadas pelos participantes do 2º Encontro de Redes IberCultura Viva, realizado en Quito (Equador) em novembro de 2017, durante o 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária.  

O 2º Encontro de Redes reuniu representantes de uma província (Entre Ríos, Argentina) e 11 municípios: Córdoba e Devoto (Argentina); Niterói (Brasil); Medellín (Colômbia); Ibarra (Equador); Zapopan e Cherán (México); La Molina e Lima (Peru); Canelones e Montevideo (Uruguai). Também participaram representantes de organizações culturais comunitárias de México, Peru, Guatemala e Costa Rica e representantes do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva.

Um grupo de trabalho (GT) foi formado nesta reunião para a articulação da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais, que tem como objetivo fortalecer e fomentar o desenvolvimento de políticas culturais de base comunitária em nível local. Esta rede será formalizada (e ampliada) na próxima semana em Buenos Aires, no 3º Encontro de Redes IberCultura Viva.

A difusão das experiências, por meio de registros de boas práticas e sistematizações, é um dos eixos de trabalho deste grupo formado em Quito. Esta compilação de experiências pretende ser um espaço de encontro para incentivar mais cidades e governos locais a seguir se encontrando e se (re)conhecendo no caminho da cultura viva comunitária.

 

Experiências compartilhadas

Os trabalhos reunidos neste livro dão conta de experiências diversas, desenvolvidas em conjunto por Estado e sociedade civil na Ibero-América. Do Uruguai, por exemplo, fala-se de “Esquinas de la Cultura”, programa da Intendência de Montevidéu que parte do reconhecimento das expressões artísticas e culturais que já existem no território. Também está presente uma iniciativa do governo de Canelones, “Para que las ideas broten”, criada para desenvolver estratégias que favoreçam a democracia cultural, gerando âmbitos e espaços de participação popular onde a própria cidadania organizada participe da tomada de decisões.

Outros dois textos são dedicados a experiências do Peru. Uma delas, “Aprende Más – Allinta Yachay”, é um programa de alfabetização com enfoque intercultural que se desenvolve em comunidade sob a direção da Municipalidade de La Molina. A outra aborda os Pactos de Gobernabilidade construídos pelo Grupo Cultural Pukllay no distrito de Ate, em Lima.

O capítulo de Medellín, por sua vez, narra a experiência do governo com a cultura comunitária a partir das vozes de seus protagonistas, entrevistando líderes que marcaram a história local, “muito além da história de suas próprias organizações, comunidades e territorios”.

Da Argentina, a Direção de Cultura Comunitária de Córdoba lembra a importância de amplificar as vozes dos territórios que estão além do centro urbano e narra os achados de uma política que há anos busca abordar certas propostas e problemáticas dos bairros, e que tem encontrado no território muitas respostas e potencialidades para construir uma vitalidade, uma memória coletiva.

Do México, o capítulo do município de Cherán, em Michoacán, narra a história de um povoado, organizado principalmente por mulheres, que muda seu rumo e põe um freio nos abusos e maus-tratos sofridos como comunidade, iniciando assim uma nova etapa que se organiza com uma lógica comunitária de administrações comunais, em que a tomada de decisões se dá mediante o consenso da assembleia.

A compilação traz também o caso do Programa Sócio-Educativo Recuperando Consciências, da Asociación Yarä Kanic, que conseguiu, em articulação com o Estado, consolidar uma política local integral em torno do aqueduto das comunidades de Poás e do bairro Corazón de Jesús, no município de Aserrí, em San José, Costa Rica.

Para guardar

Na próxima semana, o livro Puntos de cultura viva comunitaria iberoamericana. Experiencias compartidas” estará disponível para download na aba “Documentos” do site www.iberculturaviva.org.

O segundo volume desta “coleção Iber” será dedicado aos trabalhos selecionados na Convocatória de Textos IberCultura Viva 2016. Esta chamada pública teve como objetivo recolher experiências de organizações da sociedade civil que tenham sido colaboradoras das políticas governamentais de culturas de base comunitária e que pudessem formar uma publicação de referência na região ibero-americana.

 

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07

maio
2019

Em Notícias

Por IberCultura

4º Congresso Latino-americano de CVC: uma caravana para intercambiar saberes, aprender e celebrar

Em 07, maio 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Pessoas de 18 países interessadas em construir uma sociedade melhor para todos embarcam esta semana em uma caravana que percorrerá mais de 1.400km no sul do mundo. Serão nove dias de viagem, de 10 a 18 de maio, passando pelas províncias de Mendoza, Córdoba, Entre Ríos e Buenos Aires, aprendendo com as comunidades e suas histórias, apreciando as múltiplas identidades culturais que conformam a Argentina (e a América Latina).

Construído por cerca de 200 coletivos argentinos, o 4º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária será um processo participativo que permitirá às organizações do continente articular os conteúdos, as práticas e os desafios de seus processos territoriais. Nas quatro sedes do evento haverá instâncias coordenadas de intercâmbio, celebração, aprendizagem e debate.

Em cada sede serão realizadas atividades abertas ao público: festivais, feiras, exposições, espetáculos, debates, círculos da palavra, assembleias e plenárias. Crianças e jovens terão protagonismo e realizarão atividades comunitárias durante toda a caravana.

O evento, que este ano tem como lema “Territórios para o Bem Viver”, busca dar continuidade às ações e debates iniciados nas três edições anteriores, realizadas em La Paz (Bolívia) em 2013, em San Salvador (El Salvador) em 2015, e em Quito (Equador) em 2017.

 

Temas em debate

Os 11 Círculos da Palavra programadas para o congresso na Argentina serão os seguintes: 1) Arte, Cultura e Transformação; 2) Conjuntura Latino-americana; 3) Comunicação; 4) Infâncias e Juventudes na Cultura Viva Comunitária; 5) Povos Originários; 6)  Feminismos, Gêneros e Diversidades, 7) Por outras Economias, 8) Educação, 9) Direito Humanos, 10) Saúde e Bem Viver; 11) Organização do Movimento de CVC.

Além das atividades habituais, ao longo da semana da caravana será feita uma consulta familiar e barrial para impulsionar a Lei do 0,1% do Orçamento Nacional em Apoio às Culturas Comunitárias, que será apresentada na sexta-feira, 17 de maio, no Congresso da Nação, em uma mobilização festiva. Um dia antes, na quinta-feira 16, em um estádio de San Martín (Buenos Aires) se dará o 1º Festival Latino-americano de Cultura Viva Comunitária.

 

Participantes

Os organizadores esperam reunir cerca de 600 congressistas. A participação no 4º Congresso Latino-americano de CVC se divide segundo os graus de representação, motivações e opções de pessoas e coletivos. Alguns se inscreveram para participar representando redes nacionais/regionais ou temáticas continentais; outros para participar dos debates de forma pessoal ou grupal; alguns para seguir na caravana, outros para participar por conta própria, se encarregando do traslado, do alojamento e da alimentação.

Trinta e três congressistas são ganhadores do Edital IberCultura Viva de Mobilidad 2019, que receberam passagens aéreas, seguros de viagem e a taxa de inscrição para participar da caravana. Neste edital foram escolhidas pessoas provenientes de todos os países membros do programa: Peru (5), Brasil (4), Chile (4), Costa Rica (4), México (3), Guatemala (3), Equador (2), El Salvador (2), Espanha (2), Uruguai (2), Cuba (país convidado, 1) e Argentina (1).

 

Programação “iber”

Durante o 4º Congresso Latino-americano de CVC, entre os dias 14 e 18 de maio, o programa IberCultura Viva realizará algumas atividades na cidade de Buenos Aires. Nos dias 14 e 15, haverá uma capacitação sobre a plataforma Mapa IberCultura Viva para funcionários públicos dos governos integrantes do programa. Nos dias 16 e 17, se realizará o 3º Encontro de Redes IberCultura Viva, com a participação de representantes de municípios, províncias e departamentos que formarão a Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. No sábado, 18 de maio, dia do encerramento do congresso, será a vez da 11ª Reunião do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva.

 

Saiba mais sobre o 4º Congresso: https://culturavivacomunitaria.net/

 

 

 

 

29

abr
2019

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Conheça as propostas do Banco de Saberes Ibermúsicas

Em 29, abr 2019 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

Os programas de cooperação IberCultura Viva e Ibermúsicas este ano dão início a uma ação conjunta para a realização de atividades de bem comunitário no Espaço  Ibero-americano. Com esta iniciativa, os/as artistas ganhadores dos editais de Ibermúsicas podem propor atividades de formação e/ou intercâmbio para serem desenvolvidas nas comunidades dos países de destino de seus projetos.

Entre janeiro e fevereiro de 2019, esteve aberta na plataforma Mapa IberCultura Viva uma convocatória exclusiva para as pessoas ganhadoras das ajudas do programa de fomento das músicas ibero-americanas. Artistas de 10 países inscreveram propostas de oficinas e concertos didáticos, entre outras atividades de acesso livre e gratuito.

Assim, um grupo do México, por exemplo, que tenha recebido uma ajuda de mobilidade para fazer apresentações no Brasil, poderá aproveitar a viagem para ministrar uma oficina ou outra atividade em uma comunidade local. As necessidades técnicas estão especificadas em cada proposta, assim como as necessidades de espaço (fechado ou aberto, auditório, sala para música de câmara, palco ao ar livre, etc).

As organizações culturais comunitárias locais que tenham condições de receber estes grupos nas datas determinadas – garantindo a hospedagem e alimentação das pessoas convidadas, além da difusão e da produção da atividade em seu território – devem entrar em contato com o programa IberCultura Viva por correio eletrônico, enviando mensagem para programa@iberculturaviva.org.

A seguir, apresentamos as propostas que estão à disposição para o intercâmbio no Banco de Saberes Ibermúsicas-IberCultura Viva. (Clique no nome do artista para ver a proposta completa)

 

María Fernández Cullen

  • País de origem: Argentina
  • País de destino: Colômbia (Cali)
  • Data: Abril/maio
  • Gênero musical: Popular
  • Modalidade: Oficina musical

 

 

Choro da Glória

  • País de origem: Brasil
  • País de destino: Argentina (Buenos Aires)
  • Data: De 6 a 8 de maio, de 10 a 13 de maio
  • Gênero musical: Choro
  • Modalidade: Concerto com bate-papo

 

 

Lívia & Fred

  • País de origem: Brasil
  • País de destino: México (Cidade do México), Espanha (Madri e Valencia) e Portugal (Lisboa, Porto e norte do país)
  • Data: México: 6-15 de maio; Madri, 25, 27, 28, 29 de junho; Valencia: 6, 7 julho; Lisboa: 15, 16 julho; Porto e região norte: 19-28 de julho.
  • Gênero musical: Música popular brasileira

 

Daniel Torres/ Dantor

  • País de origem: México
  • País de destino: Brasil (São Paulo)
  • Data: 11, 12 e 13 de maio
  • Gênero musical: Jazz fusion
  • Modalidade: Oficina

 

 

Duo B.A.V.I. – Berimbau Aparelhado Violão Inventável 

  • País de origem: Brasil
  • País de destino: Argentina (Buenos Aires)
  • DataDe 30 de maio a 4 de junho
  • Gênero musical: Electronic afro brazilian experimental
  • Modalidade: Apresentação musical e oficinas

 

(foto: Bernardino Avila)

Los Musiqueros

  • País de origem: Argentina
  • País de destino: Brasil (São Paulo, Belo Horizonte, Matozinhos, Rio de Janeiro)
  • Data:  Junho. São Paulo – de 6 a 8/06; BH e Matozinhos, de 9 a 13/06; Rio, de 15 a 17/06; interior de SP, de 18 a 20/06
  • Gênero musical: Infantil, adultos
  • Modalidade: Oficinas e apresentação musical

 

Rialengo

  • País de origem: Costa Rica
  • País de destino: Colômbia (San Jacinto e San Basilio de Palenque – Bolivar, e San Pelayo – Córdoba)
  • Data:  junho e julho
  • Gênero musical: Cumbia latina
  • Modalidade: Encontro de intercâmbio de saberes

 

Rossana Taddei Banda

  • País de origem: Uruguai
  • País de destino: Cuba (Santiago de Cuba) e México (Cidade do México)
  • Fecha: Cuba, de 3 a 9 de julho / México, de 10 a 15 de julho
  • Gênero musical: Rock urbano
  • Modalidade: Concerto

 

Ariel Pirotti

  • País de origem: Argentina
  • País de destino: Equador (Quito) e Colômbia (Medellín e Bogotá)
  • Data: De 15 a 20 de julho em Quito; de 22 a 31 de julho, em Medellín e Bogotá
  • Gênero musical: Concerto e masterclass
  • Modalidade: Concerto com bate-papo

 

Tradiciones de Venezuela

  • País de origem: Venezuela
  • País de destino: Colômbia (Medellín)
  • Data: De 17 a 21 de julho
  • Gênero musical: Tradicional folclórico
  • Modalidade: Concerto didáctico

 

 

Yurgaki

  • País de origem: Colômbia – Espanha
  • País de destino: Equador (Quito e Guayaquil )
  • Data: Entre 20 de agosto e 20 de setembro
  • Gênero musical: Música latina
  • Modalidade: Formação musical

 

 

Jahlfaomega

  • País de origem: Venezuela
  • País de destino: Espanha (Barcelona e Madri)
  • Data: agosto e setembro
  • Gênero musical: Reggae
  • Modalidade: Concerto com bate-papo

 

Ankalli/ Budapest

  • País de origem: Peru
  • País de destino: Espanha (Barcelona, Madri, Valencia)
  • Data: Barcelona, 12 de setembro; Madri, 19 de setembro; Valencia, 27 de setembro
  • Gênero musical: Fusión folk eletrônica
  • Modalidade: Concerto – Circulação

 

Che Valle

  • País de origem: Paraguai
  • País de destino: Espanha (Valencia)
  • Data: Domingo, 15 de setembro, ao meio dia
  • Gênero musical: Folclore
  • Modalidade: Música

 

 

Jorge Diego Vázquez Salvagno

  • País de origem: Argentina
  • País de destinoArgentina (Salta, Córdoba e Buenos Aires)
  • Fecha: novembro
  • Gênero musical: Música clássica-contemporânea
  • Modalidade: Concerto didático

 

 

 Camerata Caipira

  • País de origem: Brasil
  • País de destinoArgentina (Mendoza, Buenos Aires) e Chile (Santiago)
  • Data: Mendoza- 22 de novembro; Buenos Aires, 24/11; Santiago, 30 de novembro e 1º de dezembro
  • Gênero musical: Música popular
  • Modalidade: Concerto e oficina

 

 

 

Confira as propostas completas: https://bit.ly/2vtn2FO

 

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24

abr
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Conheça as organizações selecionadas para participar da 1ª Teia Rural Latino-americana

Em 24, abr 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

A Rede Nacional de Pontos de Cultura e Memória Rurais anunciou nesta quarta-feira (24/04) o resultado do edital de seleção para participantes da 1ª Teia Latino-americana dos Pontos de Cultura e Memória Rurais. O encontro será realizado de 12 a 16 de junho de 2019, na comunidade rural de Santo Antônio, no município de Bom Jardim, estado do Rio de Janeiro.  

Foram recebidas 41 inscrições, sendo 25 provenientes de estados brasileiros e 16 de oito países (Argentina, Chile, Bolívia, Equador, Uruguai, México, Colômbia e Costa Rica). O edital previa a seleção de cinco organizações de países latino-americanos, mas em função do grande número de inscrições de organizações brasileiras, decidiu-se selecionar também uma organização brasileira.

As organizações escolhidas foram as seguintes: Centro Cultural y Artístico El Cahuín – Comuna Molina, Provincia Curicó, Región del Maule (Chile); Cooperativa Campesina – Neuquén (Argentina); Fundación Guiando Territorio – Bogotá (Colombia);·Ñangapire Gestión Cultural – Flores (Uruguay); Cooperativa La Comunitaria – Rivadavia/Buenos Aires e povoados rurais de La Pampa (Argentina); e Instituto Capiá – Ubatumirim – Ubatuba, São Paulo.

Os seis representantes das organizações selecionadas receberão passagem, hospedagem, traslados e alimentação. A seleção foi feita por integrantes da Rede Nacional de Pontos de Cultura e Memória Rurais e levou em consideração a inserção da organização cultural em territórios rurais.

Cada projeto foi analisado por dois integrantes da comissão de seleção formada pelas seguintes organizações da rede: Ponto de Cultura a Bruxa Tá Solta (Roraima), Comunidade Quilombola Morada da Paz (Rio Grande do Sul), Rede Tucum (Ceará), Escola Viva Olho do Tempo (João Pessoa), Associação dos Moradores do Sítio Volta (Fortaleza), Grãos de Luz (Rio de Janeiro) e Instituto de Imagem e Cidadania (Rio de Janeiro).

O evento

A 1ª Teia Latino-americana dos Pontos de Cultura e Memória Rurais foi um dos 17 projetos selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2018. O evento será realizado conjuntamente com o 3º Encontro Nacional de Pontos de Cultura e Memória Rurais.

A intenção é abrir um diálogo mais profundo sobre os territórios rurais presentes na América Latina, com suas proximidades e distinções, permitindo, assim, a elaboração de políticas públicas de cultura para áreas rurais que considerem as especificidades da região.

Leia também:

Resultado da seleção 1ª Teia Rural Latino-americana

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