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31

out
2016

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Começa a segunda etapa do intercâmbio entre organizações de Costa Rica e Chile: integração em busca de um bem comum

Em 31, out 2016 | Em Notícias |

Começou no dia 17 de outubro, no Chile, a segunda etapa do projeto “Intercâmbio entre organizações socioculturais de Costa Rica e Chile”, uma das iniciativas ganhadoras do Edital IberCultura Viva de Intercâmbio, edição 2015. Ao longo de duas semanas, Joselyn Ávila e Ronald Corrales León, representantes do movimento costa-riquenho de Cultura Viva Comunitária, dividiram experiências com as redes culturais da Quinta Região do Chile, a região de Valparaíso. O intercâmbio, que teve sua primeira etapa na Costa Rica em setembro, é um projeto das organizações chilenas Nodo Valpo e Trafon e do Movimento CVC Costa Rica.

“Está sendo muito enriquecedor para nós, tanto para o Movimento de Cultura Viva Comunitária como para NodoValpo e Trafon”, afirma Joselyn, ressaltando que a rede Ensamble Kultural se uniu ao projeto e vem acompanhando todo o processo no Chile. “Além disso, conseguiu-se impulsar a integração e união dos diferentes agentes culturais chilenos em busca de um bem comum”.

Joselyn conta que eles têm se “retroalimentado” da experiência cultural vivida no Chile e de diversas metodologias que poderiam ser replicadas na Costa Rica. “Me sinto muito feliz por ter tido a oportunidade de viver este intercâmbio, que me permitirá ter um panorama mais amplo da situação cultural, social e ambiental, como também da nossa riqueza latino-americana, para nos reconhecermos como um só povo, porque além de apresentar diversidade temos muitas semelhanças”.

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Rodrigo Benítez, Ronald Corrales, Joselyn Ávila, Rodrigo Letelier e José Tapia em Valparaíso

Os percursos

No primeiro dia dos costa-riquenhos no Chile houve um encontro com a equipe de cultura do governo do país, o Conselho da Cultura e das Artes, e um percurso por lugares de interesse de Valparaíso, entre eles a Bioescola Valparaíso de Cerro Larrain. Os dias seguintes foram de intercâmbio de experiências (com a Escola Municipal de Bellas Artes de Valparaíso, Proyecto Trama e Espacio Cowork BAJ Valparaíso), encontros com círculos de ressonância nas províncias de Valpo, Quillota e Catapilco, sessões de capacitação comunicacional e visitas a lugares como a Casa da Cultura (Rocas de Santo Domingo), a casa-museu de Pablo Neruda na Ilha Negra e o Centro Cultural La Mandrágora.

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A visita à Casa da Cultura, Rocas de Santo Domingo

Também pelo projeto do IberCultura Viva o grupo conheceu o colégio rural da escola de Pullally e diversos grupos de Chincolco que colaboram com o projeto “Mi Barrio es Cultura“, que a rede Ensamble Kultural realiza em parceria com o Conselho da Cultura e das Artes da Região de Valparaíso. Ensamble se define como “uma mistura de organizações, coletivos, agentes e pessoas que trabalham ativamente pela transformação social e o bem comum”.

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La Mandrágora: centro cultural e coletivo teatral

As organizações

A primeira etapa do projeto foi realizada em Costa Rica entre os dias 5 e 19 de setembro, com a visita dos chilenos Rodrigo Benítez Marengo, José Tapia Pizarro e Rodrigo Letelier Balaguer. Benítez e Tapia são integrantes do coletivo Nodo Valpo; Letelier é o diretor-geral dol Centro Cultural Trafon.

O Centro Cultural Trafon busca ser uma plataforma de gestão das indústrias culturais próxima de artistas, gestores e público. Localizado num antigo bairro industrial de Valparaíso, funciona como um espaço aberto para trabalhar com a comunidade, de maneira autogestionada e em prol da articulação de redes culturais solidárias e comunicativas. No centro se realizam feiras de vizinhos, recitais, eventos beneficentes e ciclos audiovisuais. O espaço conta com uma sala de ensaio e um estúdio de gravação equipado. Estão sendo implementados uma galeria de arte, uma sala de teatro e um centro de aprendizagem.

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O encontro na província de Quillota

Nodo Valpo, por sua vez, é um espaço aberto à comunidade que trabalha a partir de uma lógica colaborativa e de rede, promovendo as dinâmicas de criação, gestão e produção de atividades e projetos em nível cultural, patrimonial, educativo e artístico. Sustentabilidade, formação e comunidade são palavras-chave para o grupo, que atua nas seguintes áreas: arquitetura, artesanato, artes cênicas, artes visuais, fotografia, letras, artes do movimento, empreendimentos criativos e culturais.

NodoValpo e Trafon apresentaram este projeto com o Movimento CVC Costa Rica buscando o fortalecimento do trabalho colaborativo e em rede mediante a realização de intercâmbios de experiências, circuitos culturais e práticas locais de desenvolvimento cultural que estão sendo executados em ambos os países. A ideia veio dos encontros que chilenos e costa-riquenhos tiveram durante o 2° Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, realizado em outubro de 2015 em El Salvador.

 

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O Movimento Cultura Viva Comunitária Costa Rica é formado por mais de 100 grupos, redes e pessoas que trabalham em todo o território nacional. O coletivo foi constituído há cinco anos com a formação de um núcleo intersetorial em que participavam instâncias do Ministério da Cultura e Juventude  e representantes dos movimentos culturais de Costa Rica. Sua metodologia de trabalho se renovou em 2015 com a criação dos chamados círculos de ressonância. Estes círculos estão nas nove regiões do país e são representados pelas “vocerías”, uma equipe de três pessoas encarregadas a agitá-los a partir de três aspectos fundamentais: comunicação, fortalecimento e incidência. Joselyn Ávila e Ronald Corrales León, os dois que encerram sua viagem a Chile neste 31 de outubro, são “voceros” do movimento.

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