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Artistas e gestores culturais de São Leopoldo participam de intercâmbio em Canelones, no Uruguai
Em 25, Maio 2022 | Em Notícias | Por IberCultura
Cerca de 40 artistas independentes e gestores culturais da cidade de São Leopoldo (Rio Grande do Sul, Brasil) participaram de um intercâmbio no departamento de Canelones (Uruguai), entre os dias 20 e 22 de maio. As performances ocorreram nos municípios de Canelones, Las Piedras, Salinas, Los Cerrillos e Sauce. A Caravana Cultural foi resultado de um edital promovido pela Rede Mercociudades. Em agosto será a vez de São Leopoldo receber artistas de Canelones para apresentações e oficinas.
O secretário de Cultura e Relações Internacionais de São Leopoldo, Pedro Vasconcellos, avaliou o intercâmbio como muito positivo tanto para os artistas brasileiros quanto para o público uruguaio que acompanhou as apresentações e oficinas. “Nossa tarefa de incentivar a troca cultural entre diferentes manifestações artísticas presentes na nossa cidade foi bem proveitosa. Os espaços para as apresentações foram uma excelente oportunidade para os artistas de São Leopoldo realizarem suas interações estéticas”, afirmou.
Para Vasconcellos, esta primeira caravana cumpriu um papel importante de integração, e deve proporcionar outros intercâmbios com Montevidéu e Porto Alegre, como o Carnaval de 2023, e um seminário no Uruguai, em setembro. “Na segunda etapa deste intercâmbio, em agosto, vamos preparar um grande festival para receber a comitiva de artistas e gestores culturais uruguaios”, destacou o secretário. “Também teremos capacitações realizadas por integrantes do governo uruguaio aqui e de nossos gestores culturais lá. Vamos organizar essas ações para o ano que vem.”
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Espetáculos e oficinas
Nesta que foi a primeira etapa do intercâmbio, no departamento de Canelones, a programação incluiu visitas a espaços culturais e apresentações e oficinas de dança, teatro, música popular brasileira, música cigana, música latino-americana, samba, fotografia, muralismo, literatura e carnaval.
A bailarina Alexandra Castilhos, que promoveu uma oficina de dança contemporânea no Centro Cultural de Salinas, no dia 21 de maio, destacou que as linguagens artísticas criam um fluxo próprio de comunicação e de encontro. “Durante a oficina pude me aproximar de bailarinas e professoras de tango, de dança contemporânea. Pude conhecer equipamentos de cultura e vi como o Centro Cultural de Salinas atua como espaço formativo em dança. Esse tipo de política pública é essencial para a difusão e o fortalecimento da dança em um território”, relatou.
Cris Rosa, que também apresentou em Salinas o espetáculo “Rosa Choque Quase Vermelho”, ao lado de Carolina Willrich e Bianca Weber, disse que foi emocionante voltar à cena depois de dois anos de pandemia, em um intercâmbio cultural no Uruguai. “O trabalho é de 2008 e foi uma experiência incrível de arte coletiva, envolvendo diferentes expressões artísticas. Sou grata pela vivência e pela interação do público, que foi muito sensível. Estou de alma lavada e forças renovadas com tamanha receptividade”, contou.
Para a diretora do Centro Cultural Salinas, Anabel Marichal, a performance superou suas expectativas. “Me emocionou profundamente. Uma conjunção entre o simbólico, o árido da cena, levado ao mínimo para mover o máximo. Uma finesse absoluta em cada seleção, em cada movimento, sem perder a força e a contundência de corpos super profissionais, permeados de emoção. Uma obra tão linda, tão minimalista e tão comovente, que deixou o público estremecido”, comentou.
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Visitas técnicas
A comitiva de São Leopoldo que esteve no Uruguai neste fim de semana também participou de visitas técnicas, como as que fizeram a diretora do Museu do Trem, Alice Bemvenuti, e o diretor de Patrimônio da Secretaria Municipal de Cultura de São Leopoldo, Joel Santana, no dia 21 de maio. Guiados por Gabriela Fernandez, responsável pela Rede de Museus de Canelones, eles conheceram primeiro o Museo Ferroviario Don Eduardo Hernandez Peña, na cidade de Empalme Olmos, e depois o Museo del Ferrocarril, em Montevidéu. “Em ambos os museus as peças encontram-se muito bem preservadas, incluindo uma maquete de ferromodelismo com todas miniaturas funcionando”, comentou Alice Bemvenuti.
O Museo Ferroviario Don Eduardo Hernandez Peña, que tem gestão público-privada, conta com uma exposição dentro de um vagão, onde encontram-se objetos da ferrovia, como telégrafo, sistemas de segurança, móveis, uniformes, ferramentas diversas, bilhetes de passagens e carimbadores. O museu situa-se em um pátio ferroviário que ainda está em funcionamento, mas com alguns vagões antigos e locomotivas em desuso. O complexo inclui armazéns – um deles transformado em ginásio municipal, com atividades desportivas -, uma vila com as casas dos ferroviários e um clube ativo, que ocupou uma oficina de locomotiva e que hoje tem um teatro para a comunidade.
Em Montevidéu, o percurso no bairro Peñarol iniciou no Museo del Ferrocarril e depois seguiu para o local de residência dos ingleses, que foram os investidores da ferrovia no Uruguai no período entre 1869 até 1914. Ainda no percurso, os integrantes da comitiva conheceram um centro cultural chamado Centro Artesano. que foi construído pela ferrovia, com um teatro aberto à comunidade. O roteiro foi finalizado em uma rotunda que abriga a garagem de locomotivas, com sistema giratório, algumas máquinas recuperadas e carros restaurados pelos membros do Círculo de Estudos Ferroviários.
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(*) São Leopoldo é um do municípios integrantes da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. Conheça mais sobre a rede: https://iberculturaviva.org/rede-de-cidades/
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Assista a um trecho de um dos shows:
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Leia também:
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Intercâmbio no Uruguai viabiliza apresentações de artistas leopoldenses
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(Fonte: Secretaria de Cultura e Relações Internacionais de São Leopoldo)
Entrelaçando experiências: cursos de animação sociocultural marcam intercâmbio entre coletivos do Uruguai e do México
Em 06, abr 2022 | Em Notícias | Por IberCultura
Na edição 2019 de IberEntrelaçando Experiências, convocatória de intercâmbios lançada por IberCultura Viva, o coletivo Tierra Negra (Uruguai) pediu para receber em seu território a coletiva CulturAula (México). O encontro estava programado para abril de 2020; no entanto, pelas medidas sanitárias diante do contexto de pandemia, só se concretizou este ano, de 21 a 26 de março, com atividades em Montevidéu e Fray Bentos.
O intercâmbio consistiu na realização de duas oficinas de animação sociocultural ministradas por Rocío Orozco, gestora cultural comunitária e psicóloga social, junto com Victor Arcienega, pedagogo e formador de formadores em animação sociocultural. Ambos são membros de CulturAula, coletivo fundador da Rede Ibero-Americana de Animação Sociocultural “RIA-Nodo México”.
A organização e coordenação territorial ficou a cargo do Coletivo Tierra Negra, com apoio logístico do Programa Puntos de Cultura, por meio da equipe de Gestão Territorial da Diretoria Nacional de Cultura (DNC) do Ministério da Educação e Cultura (MEC) do Uruguai.
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A primeira oficina foi realizada em Montevidéu em duas jornadas de quatro horas, nos dias 21 e 22 de março, no Espaço Espínola Gomez, anexo da DNC. A atividade contou com um grupo de 13 participantes, a maioria ligada a organizações sociais e culturais da região metropolitana e cadastradas no programa Puntos de Cultura, além de participantes do programa Urbano, que se baseia no trabalho sociocultural com pessoas em situações de rua em Montevidéu.
A segunda etapa do intercâmbio se deu de 23 a 26 de março na cidade de Fray Bentos, na sala “La Estrella”, no histórico bairro ANGLO, com carga total de 16 horas. O grupo foi composto por 21 participantes, oriundos de diversas áreas de caráter coletivo: agentes comunitários, educadores, estudantes universitários, representantes de organizações sociais e esportivas.
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De acordo com os oficineiros, as instâncias foram recebidas e avaliadas de forma muito positiva pelos participantes. Em relação aos conteúdos, foram avaliadas as ferramentas compartilhadas e contextualizadas, reconhecendo-as como relevantes para as respectivas áreas de inserção a partir da análise dos princípios básicos da animação sociocultural, como horizontalidade, participação, inclusão, empoderamento e democracia, e ferramentas e dispositivos como arte, pedagogia, cultura e educação popular.
Da organização, a experiência foi avaliada como “um espaço agitador e provocativo de reflexão e análise de possibilidades, uma experiência de formação com outras comunidades que possibilitou produzir uma sinergia muito proveitosa”, após dois anos de pandemia, período em que as atividades de reunião e interconsulta coletiva eram muito escassas. Essas instâncias permitiram construir novas redes locais e regionais a partir de novos contatos e também revitalizar outras a partir do encontro e do pensamento conjunto sobre situações compartilhadas.
Os conteúdos compartilhados na programação foram baseados na análise da realidade local. Na proposta metodológica, ferramentas de diagnóstico e trabalho com grupos foram visualizadas e facilitadas, combinando a produção de dados concretos com a dimensão mais simbólica de pessoas e grupos, possibilitando a composição de mapas com a combinação de aspectos históricos, sociais, culturais e de natureza pessoal e coletiva.
Pistas de “Baile à sua maneira”: a linguagem do corpo e da dança em um intercâmbio entre Espanha e Argentina
Em 17, jan 2020 | Em Notícias | Por IberCultura
Texto: Laura Szwarc (Associação Akántaros/Espanha)
Fotos: Vanina Acevedo e Claudia Quiroga
Desde o princípio de Akántaros, há 20 anos, nós, seus integrantes, pensamos em fazer de maneira coletiva e compartilhando com outros. Ser, desse modo, parte de uma rede que (se) integra, (se) entrelaça em uma malha ou várias, e levar a interconexão para os objetivos comuns que vão se ampliando. Ademais, uma rede favorece a descentralização. E o descentralizado tem sido uma proposta de nosso trabalho. Mobilizar o centro, acessar o horizontal.
Criar vínculos e que eles sejam duradouros, que os fios da rede sejam rotundos, esse tem sido um de nossos desejos desde o começo de Akántaros. Graças a esta forma de trabalho em rede, através de La Bombocova pudemos conhecer o edital Entrelaçando Experiências, de IberCultura Viva.
Assim foi que apresentamos uma de nossas linhas de investigação-ação vinculada ao corpo. Nesta ocasião, “Baile à sua maneira, o corpo como texto” (“Baila a tu manera, el cuerpo como texto”), em que nos perguntamos sobre a linguagem do corpo e a dança. Desde um tempo/espaço a que chamamos laboratório, onde se experimenta e se produzem criações.
Começaram a chegar correios desde distintas latitudes (Brasil, México e Argentina), interessados em nossa proposta. O júri de IberCultura selecionou Argentina como lugar de ação respondendo às organizações solicitantes.
Chegamos no mês de dezembro, em um contexto latino-americano sumamente complexo (Chile, Bolivia, Brasil, Equador, Colômbia…), enquanto na Argentina assumia um governo progressista e se realizavam atos festivos onde os corpos saíam às ruas para celebrar.
Empapadas de todo este contexto dual, seguimos trabalhando. Gerando material e vendo as mesmas interrogações que sempre produzem outro giro, assim como surgem novas, para cada comunidade.
Primeira parada
Recebidas por LEKOTEK, uma organização que há mais de 25 anos capacita e acompanha instituições de saúde, educação para o desenvolvimento e suporte de seus próprios espaços.
Com eles tivemos a possibilidade de ter duas experiências:
A primeira, com alunxs, docentes e graduadxs do Instituto Superior de Tempo Livre e Recreação (ISTLyR), pertencente ao Ministério de Educação da Cidade Autônoma de Buenos Aires (CABA), Formação de Nível Técnico Superior Terciária, com o qual o Lekotek vem desenvolvendo ações de pesquisa. Nos perguntamos nesta primeira parada pelo corpo como texto, e a relação com seu fazer profissional; assim como pelo corpo público e privado: sempre expostos?
A segunda, com organizações comunitárias e estatais vinculadas a Lekotek, com quem vêm realizando ações conjuntas a favor da infância em torno da importância do brincar. Nesta ocasião, o trabalho foi redescobrir as linguagens do corpo em movimento para acessar novas estratégias que pudessem levar para seus coletivos-bases.
Tivemos a oportunidade de nos encontrar e avaliar o realizado com os companheiros de Lekotek.
Parada 2
A atividade organizada pelo Centro Educativo Comunitário Ramón Carrillo foi realizada no Centro Comunitário Nuestra Señora de Luján, Villa 20, dentro do espaço de oficina, ginástica e dança, com a participação de 23 mulheres de diversas idades entre 20 e 70 anos.
Aqui nos interrogamos: É possível, através da dança, ter acesso a outro modo de ser dos corpos, a novas linguagens e narrativas, a um movimento que construa uma rede (coreográfica) comunitária?
Realizamos uma roda de conversa como encerramento da atividade.
Parada 3
Mujeres de Artes Tomar é um coletivo de profissionais nos âmbitos cênicos e visuais. Aqui “Baile à sua maneira” se desdobra em outras interrogações que se manifestam em bailes e em como inscrevemos em um corpo social onde estão meu corpo e teu corpo. Ao ser nomeadas, nos tocam o corpo? Como as texturas sensíveis se encarnam? Convites para narrar juntas a partir da dança.
Parada 4
Cheche Espacio Cultural, na província de Santa Fé.
Partindo das características que a dança possibilita, esboçamos uma trilha para pensar como se manifesta o corpo em estado de dança, de que maneira o faz e que possibilidades abre. Como nos faz entender ou pensar o corpo em sua vinculação ao espaço autogestionado e ao espaço público? Como a repetição se libera e o mesmo não é o mesmo? Como ocupamos os espaços, que corpo surge nos corpos coletivos, como avançamos juntas em uma dimensão do “ocupar”? E, a partir daí, coreógrafos constantes.
Dessas experiências:
Estar em outro contexto implica, nos implica, em uma agitação da realidade; assim como provoca novos dispositivos de pensamento e de criação.
O fazer coletivo foi parte fundamental desta textura experiencial. Ao dizer parte, ou parte fundamental, nesta concepção de corpo como texto, não haveria uma parte mais importante que outra. Cada situação fará de uma parte ou de outra a privilegiada.
Acreditamos que uma forma, ou a forma, de resistir à precariedade desses momentos históricos é colocar em prática sistemas coletivos e também atender a cada singularidade. Sabemos que é um momento em que se valoriza cada feito individual (que não implica singularidade, e sim o contrário) em detrimento do fazer coletivo, e nossa decisão é a de “desobedecer” a esse mandato e a tantos outros que conduzem à negação da existência do semelhante.
Como dizemos em nosso livro Entonces baila, el cuerpo como texto, editado em 2017 pela coleção El río suena, experiencias artísticas/educativas (Ediciones Las parientas), cada vez que realizamos um laboratório, que “re-conhecemos” um grupo de singularidades, aparece a suavidade potente das coisas, o perigo que encerra cada “ferida” própria e alheia. Nunca se sabe de antemão como será desta vez. Sempre varia.
Nossa proposta é, especialmente, uma pergunta que, a cada vez, encerra respostas e sobretudo novas perguntas: É possível através da dança ter acesso a outro modo de ser dos corpos, a novas linguagens e narrativas, a um movimento que construa uma rede (coreográfica) comunitária? Como recuperar neste momento histórico o reconhecimento do corpo, sua “fala”? Porque falamos até pelos cotovelos e movemos até o esqueleto, eu é ou não é meu corpo? E tu? E nós? Ao mesmo tempo, dançar é um feito discursivo inter-relacionado completamente com as outras linguagens?
Consideramos que colocar e mover o foco sobre os corpos, descobri-los, reconhecê-los em seu fazer laboral, afetivo, ocioso, implica um enlaçamento ético. E a via de enlace é conceito de criatividade.
Criar vínculos duradouros que reforcem o tecido social é uma chave de significação nesta viagem que termina, mas que também é um começo.
Este tempo na Argentina de trabalho processual nos permite seguir pensando em uma “Terra de baile”.
Leia também:
En danza: tal vez un movimiento
Pero se mueve: El teatro como acción transformadora
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IberCultura Viva abre convocatória para o Banco de Saberes Culturais e Comunitários
Em 13, dez 2019 | Em Banco de Saberes, Destaque, Editais, Notícias | Por IberCultura
(Foto: La Combi-arte rodante)
Nesta segunda-feira 16 de dezembro começa o prazo de postulações ao Banco de Saberes Culturais e Comunitários IberCultura Viva. As organizações culturais comunitárias e/ou os povos indígenas interessados em propor uma atividade de intercâmbio para compartilhar sua experiência com outros coletivos, comunidades e povos dos países integrantes do programa podem inscrever suas propostas na plataforma Mapa IberCultura Viva. Esta convocatória permanecerá aberta de forma permanente, com cortes bimestrais para revisão e carregamento das propostas recebidas.
As propostas do Banco de Saberes IberCultura Viva serão colocadas em circulação nos editais IberEntrelaçando Experiências. Assim, ao participar do Banco de Saberes, as organizações culturais comunitárias e/ou povos indígenas manifestam seu interesse de viajar a outros países para compartilhar suas experiências com outras comunidades. No momento em que o programa habilitar um edital IberEntrelaçando Experiências, as organizações culturais comunitárias e/ou povos indígenas interessados/as em receber em seus territórios as propostas inscritas no Banco de Saberes poderão postular como comunidades anfitriãs desses intercâmbios.
Primeira edição
Neste 2019, ano em que se lançou a primeira edição de IberEntrelaçando Experiências, organizações e coletivos de nove países apresentaram 25 propostas de capacitações e espaços de intercâmbio para compartilhar com outros coletivos. Na segunda etapa do edital, quando as organizações puderam escolher que propostas do banco de saberes queriam desenvolver em seus territórios, foram recebidas 23 postulações de oito países. Treze organizações foram selecionadas como comunidades anfitriãs.
Nesta primeira edição, o programa IberCultura Viva comprou passagens aéreas e seguros de viagem para as pessoas facilitadoras das capacitações, e as comunidades anfitriãs se encarregaram de hospedagem, alimentação e traslados dentro do território local. Os intercâmbios começaram em setembro e seguem até este mês de dezembro.
As organizações e os coletivos que apresentaram propostas de oficinas na primeira etapa do edital de 2019 podem atualizar seus projetos já publicados no Banco de Saberes, para que fiquem disponíveis de forma permanente na página web do IberCultura Viva. Para isso, devem comunicar-se com a Unidade Técnica pelo e-mail programa@iberculturaviva.org.
Critérios de participação
Poderão participar da convocatória para o Banco de Saberes IberCultura Viva organizações culturais comunitárias e/ou povos indígenas dos países membros do programa, com ou sem personalidade jurídica. Os países que integram IberCultura Viva são: Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai.
Coletivos dos países membros que não tenham personalidade jurídica poderão postular apresentando uma carta aval assinada pelo representante governamental do programa IberCultura Viva em seu país. Os órgãos que respondem pelo programa em cada país (Ministério de Cultura, Secretaria de Cultura ou equivalente) determinarão os critérios requeridos para a emissão de seu aval. No caso do Brasil, é preciso ter o cadastro de Ponto de Cultura na plataforma Rede Cultura Viva (https://culturaviva.gov.br/).
Organizações de países ibero-americanos que não integram o programa poderão participar desta convocatória, mas somente aquelas que contam com personalidade jurídica (neste caso não existe a possibilidade de apresentar uma carta aval).
Comitê de seleção
Representantes de quatro países integrantes do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva formarão o comitê de seleção das propostas apresentadas ao Banco de Saberes. Entre os critérios que serão levados em conta na avaliação estão a apresentação da documentação exigida, a inclusão da perspectiva de gênero de forma transversal, e o fato de que as pessoas facilitadoras (no máximo duas) sejam maiores de idade e façam parte de organizações culturais comunitárias ou povos indígenas.
Os projetos apresentados devem propor a transmissão ou o compartilhamento de experiências, práticas comuns, metodologias, tecnologias sociais, histórias das comunidades, saberes ancestrais ou tradicionais, etc. Além disso, devem estar devidamente formulados e apresentar coerência interna e objetivos realizáveis no tempo estipulado. As propostas que não reunirem estes critérios serão devolvidas com as observações correspondentes para sua retificação. As aprovadas serão publicadas na página web do programa. O Banco de Saberes encerrará o recebimento de propostas quando o Conselho Intergovernamental assim o estipular.
Confira o regulamento do concurso: https://bit.ly/2qKWQHM
Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/104/
Consultas: programa@iberculturaviva.org
Como registrar-se no Mapa IberCultura Viva: https://iberculturaviva.org/manual/
(*) Foto em destaque: Oficina “Dicionários Audiovisuais Comunitários”, realizada pelo coletivo La Combi-arte rodante (Peru) na comunidade Zoque Popoluca de Cabañas, em Acayucan (México), durante o intercâmbio de IberEntrelaçando Experiências, em novembro de 2019.
Encontro Inter-regional “Cultura e Desenvolvimento Sustentável” se realizará em Iquique, Chile
Em 11, out 2019 | Em Notícias | Por IberCultura
Nos dias 18 e 19 de outubro, a cidade de Iquique, no norte do Chile, será sede do Encontro Inter-regional “Cultura e Desenvolvimento Sustentável”, organizado pela Secretaria Regional Ministerial (Seremi) das Culturas, das Artes e do Patrimônio de Tarapacá, através do programa Red Cultura.
Entre as atividades programadas se destaca a festa da cultura cidadã que ocorrerá no sábado (19/10), no Paseo Baquedano, onde Organizações Culturais Comunitárias (OCC) de Tarapacá vão expor seus saberes e práticas culturais e realizar pequenas oficinas de tingimento natural de lãs, teatro, danças regionais e degustações de pratos típicos da gastronomia latino-americana.
Participarão do encontro representantes de OCC provenientes das regiões de Arica, Antofagasta, Copiapó, Coquimbo, Maule, Araucanía e Biobío, assim como das comunas de Pica, Huara, Pozo Almonte, Alto Hospicio e Iquique.
Rodas de conversas
A primeira jornada será na sexta-feira (18/10), das 9h30 às 14h, no Hotel Gavina Sens, onde serão realizadas conversas sobre temas como “A cultura e os objetivos de desenvolvimento sustentável da agenda 2030”, “O papel da sociedade civil no fortalecimento e difusão da cultura e das artes” e “Avaliação e fortalecimento de políticas culturais de base comunitária no Espaço Ibero-americano”.
A primeira palestra estará a cargo de Maurício Castro Rivas (Chile), assessor cultural da Municipalidade de Concepción, e a segunda, da advogada Monserrat Moya Arrué (Chile), que participou da redação de leis como a Lei de Participação Cidadã (Lei 20.500). A terceira palestra, “Avaliação e fortalecimento de políticas culturais de base comunitária no Espaço Ibero-americano”, será com Rosario Lucesole Cimino (Argentina), consultora de projetos de IberCultura Viva, e Rafael Paredes Salas (México), consultor em desenvolvimento local com enfoque em direitos culturais.
A participação de Rosario Lucesole e Rafael Paredes no encontro é uma das ações de intercâmbio técnico realizadas no âmbito do programa IberCultura Viva, para o fortalecimento das políticas culturais de base comunitária na região iberoamericana. Paredes apresentará no Chile a “Guia de Autoavaliação de Políticas de Cultura Comunitária”, documento que é resultado de seu projeto de pesquisa de mestrado e que busca servir como ferramenta para governos locais com interesse em fazer uma revisão de suas ações e construir uma agenda participativa, colaborativa e intersetorial.
Às 15h30, no mesmo local, terá início o colóquio inter-regional em que agentes culturais regionais, nacionais e internacionais vão debater, analisar e acordar aspectos que possam ajudar a avançar no desenvolvimento de um planejamento cultural conjunto.
Consultas e inscrições: redcultura.tarapaca@gmail
Fonte: Ministerio de las Culturas, las Artes y el Patrimonio de Chile
Começa em San José a atividade de intercâmbio entre Uruguai e Costa Rica
Em 21, ago 2019 | Em Notícias | Por IberCultura
Duas representantes dos ministérios de Educação e Cultura (MEC) e do Desenvolvimento Social (MIDES) do Uruguai participam de uma atividade de intercâmbio em Costa Rica, hoje e amanhã, no Centro Nacional de la Cultura (Cenac), em San José.
O encontro, organizado pelo Ministério de Cultura e Juventude de Costa Rica com o apoio do programa IberCultura Viva, tem o objetivo de conhecer a experiência de articulação do setor cultural e social no Uruguai e dialogar sobre oportunidades de articulação em Costa Rica, no âmbito da Estratégia de Segurança Humana.
Participam da atividade Begoña Ojeda, diretora geral de Programas Culturais da Direção Nacional de Cultura (DNC/MEC), e Mariana Silva, diretora da Divisão Socioeducativa da Direção Nacional de Promoção Sociocultural (MIDES).
As sessões serão nesta quarta-feira (21/08) e quinta (22/08), das 8h30 às 15h, no Cenac de San José. Ao longo das duas jornadas serão trabalhadas três temáticas: 1) Abordagem conceitual sobre desenvolvimento humano a partir da experiência no Uruguai (paradigmas do setor social e cultural); 2) Metodologia dos processos para vincular o social e o cultural; 3) O papel das organizações de base comunitária em processos de trabalho cultural e do setor social.
O encontro em San José é uma das ações de intercâmbio realizadas com o apoio do programa IberCultura Viva, para o fortalecimento das políticas culturais de base comunitária no Espaço Ibero-americano. Para este semestre estão previstas outras três atividades de intercâmbios entre funcionários de ministérios: duas serão realizadas no Chile (em setembro e outubro), e uma na Espanha (em outubro).
Entrelaçando Experiências: está aberta a segunda etapa do edital, para o intercâmbio de saberes em território
O Edital IberEntrelaçando Experiências, lançado pelo programa IberCultura Viva em dezembro, inicia sua segunda etapa nesta quarta-feira 15 de maio. A partir de hoje, organizações de cultura comunitária dos países membros do programa poderão solicitar uma das 25 propostas de capacitações e espaços de intercâmbio de experiências inscritas na primeira etapa, para que sejam desenvolvidas em seus territórios. As propostas são provenientes de nove países e estão disponíveis como um banco de saberes na aba “Intercâmbios” desta página web.
Nesta segunda etapa do edital, que tem inscrições abertas até 30 de junho, organizações culturais comunitárias e/ou comunidades de povos indígenas interessadas em receber estes intercâmbios devem entrar em contato com as pessoas facilitadoras e ver se têm condições de oferecer o que necessitam (as necessidades técnicas e espaciais estão especificadas em cada projeto). Muitas das propostas do banco de saberes são suscetíveis a mudanças para que se ajustem a diferentes espaços, públicos, disponibilidade de tempo e itinerários.
Uma vez que ambas as partes estejam de acordo e desejem o intercâmbio, realiza-se a inscrição como organização anfitriã na plataforma Mapa IberCultura Viva. Além da produção e divulgação da atividade, as comunidades anfitriãs devem garantir a hospedagem, a alimentação e os traslados dentro do território para as pessoas facilitadoras. O programa IberCultura Viva se encarregará da compra de passagens aéreas e seguros de viagem para as pessoas facilitadoras do intercâmbio. Não haverá transferências de fundos para os projetos.
As ações de IberEntrelaçando Experiências (os intercâmbios propriamente ditos) se darão entre agosto e dezembro de 2019. Podem ser propostos intercâmbios de saberes entre organizações e/ou povos originários de um mesmo país ou entre vários países membros do programa.
A avaliação das propostas estará a cargo do Comitê de Seleção, formado por integrantes do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva. Serão levados em conta na seleção critérios como a trajetória em projetos relevantes para a área cultural, especialmente em temas relacionados com a organização comunitária, o desenvolvimento de políticas, a construção de cidadania e a valorização de identidades culturais.
A seguir, algumas perguntas frequentes e um guia de como realizar a inscrição.
QUEM PODE PARTICIPAR
. Que organizações e coletivos podem participar da etapa 2?
As organizações culturais comunitárias (sem fins lucrativos) que contem com personalidade jurídica em algum dos países membros do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva.
Os coletivos que não tiverem personalidade jurídica podem se inscrever apresentando uma carta aval assinada pelo representante governamental do programa IberCultura Viva em seu país.
Os contatos dos responsáveis pelo programa nos países membros estão informados no formulário de inscrição do edital (item 1.4, anexo II, modelo de carta aval), disponível na plataforma Mapa IberCultura Viva. No Brasil, quem responde pelo programa é a Secretaria Especial de Cultura do Ministério da Cidadania, por meio da Secretaria da Diversidade Cultural.
.Quais são os países integrantes do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva?
Fazem parte do programa Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Cuba (país convidado), Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, México, Peru e Uruguai.
.Quais são os critérios requeridos para a emissão da Carta aval às organizações ou coletivos sem pessoa jurídica?
Os órgãos que respondem pelo programa IberCultura Viva em cada país (Ministério da Cultura, Secretaria da Cultura ou equivalente) determinarão os critérios requeridos para a emissão do aval. No caso do Brasil, os editais do IberCultura Viva são destinados aos Pontos de Cultura reconhecidos pela Secretaria Especial de Cultura do Ministério da Cidadania.
.Quem são as pessoas facilitadoras das propostas?
Na primeira etapa do edital, era necessário citar o nome e a trajetória de uma ou duas pessoas facilitadoras da experiência proposta. Estas pessoas serão aquelas que vão oferecer uma oficina ou outra atividade na comunidade interessada em participar deste intercâmbio. Seus correios eletrônicos estão informados no Banco de Saberes para que as organizações interessadas em recebê-las em seus territórios entrem em contato.
. Já participei com uma proposta para o Banco de Saberes na etapa 1. Também posso solicitar um intercâmbio como organização anfitriã?
Sim, pode. Você pode escolher uma proposta do Banco de Saberes, entrar em contato com a(s) pessoa(s) facilitadoras, manifestar o desejo de realização da atividade e combinar com ela(s) essa possibilidade. Se as duas partes estiverem de acordo, apresente sua postulação durante o período de inscrição da Etapa 2.
. COMO INSCREVER-SE NO EDITAL
Desde agosto de 2018, as inscrições para os editais IberCultura Viva são realizadas por meio do Mapa IberCultura Viva (https://mapa.iberculturaviva.org/). Nesta plataforma livre, gratuita e colaborativa, agentes culturais e organizações culturais comunitárias podem, além de inscrever-se nos editais e concursos do programa, difundir seus próprios eventos, espaços e projetos.
No caso do Edital IberEntrelaçando Experiências, as pessoas do Brasil interessadas em inscrever-se devem buscar o edital que aparece com o título em português (“Edital IberEntrelaçando Experiências – Etapa 2”). Pessoas dos outros países devem inscrever-se no edital que leva o título em espanhol (Convocatoria IberEntrelazando Experiencias – Etapa 2)
.Já participei de outro edital IberCultura Viva por meio desta plataforma. Devo registrar minha organização mais uma vez como agente coletivo?
Não é necessário. O campo “Registrarse” na página inicial é usado apenas na primeira vez. Nas próximas vezes, você deve clicar “Ingresar” para ter acesso ao seu perfil. (Caso tenha esquecido a senha cadastrada, clique em “Olvidé mi contraseña”). Obs: Na primeira vez, ao fazer o registro, o agente é direcionado automaticamente para o perfil. Depois, será necessário clicar em “Editar” para poder acessar/modificar os dados do cadastro.
. Estou no Mapa IberCultura Viva pela primeira vez. Como me registro na plataforma?
Para se inscrever em um edital do IberCultura Viva é necessário registrar-se primeiramente como agente cultural no Mapa IBCV. Esta plataforma permite o registro de dois tipos de agentes: individual e coletivo. Por agentes individuais compreendemos as pessoas físicas, e por agentes coletivos, as organizações culturais comunitárias, entidades, povos indígenas, coletivos, agrupações e instituições.
Recomendamos aos representantes de organizações que inscrevam-se inicialmente como agentes individuais (pessoas físicas) e depois cadastrem o perfil de agente coletivo, com os dados de sua organização, coletivo, Ponto de Cultura, etc.
No perfil coletivo, é possível definir os nomes das pessoas responsáveis e adicionar agentes individuais que estejam relacionados ao agente coletivo em questão. Esses agentes que serão adicionados já devem ter seus perfis previamente cadastrados no Mapa IberCultura Viva.
Aqui está um manual para ajudar você a registrar agentes, espaços, projetos e eventos na plataforma: https://iberculturaviva.org/manual/. Não se esqueça de que para cada etapa preenchida é necessário salvar os dados inseridos no canto superior direito da tela (“Salvar”).
. Uma vez concluído o registro, onde encontro o formulário de inscrição do edital?
Agora que já tem o perfil de agente registrado, clique em “Editais” (na parte superior da tela do Mapa IBCV) e vá até o arquivo que aparece com o título em português (“Edital IberEntrelaçando Experiências – Etapa 2”). Na página seguinte você poderá baixar o regulamento do edital, assim como os anexos que devem ser preenchidos e enviados no ato da inscrição. O formulário aparecerá depois de clicar no título do edital e iniciar a inscrição.
. Como iniciar a inscrição?
Para iniciar sua inscrição, clique no campo de busca, localize o nome da pessoa física titular do registro (deve ser um agente pessoa física previamente cadastrado) e selecione a opção “Realizar inscrição”, disponível ao lado do campo de busca.
Complete as informações requeridas no formulário de inscrição. A qualquer momento é possível salvar os dados de sua inscrição utilizando o botão “Salvar” no canto superior direito. Feito isso, é possível sair da plataforma e continuar o preenchimento em outro momento (antes do término do período de inscrições).
A proposta será enviada para a participação no edital somente após o preenchimento de todos os campos do formulário e a inclusão de todos os anexos obrigatórios. Revise as informações antes de clicar em “Enviar inscrição”. Após o envio, não será possível editá-la. A plataforma exibirá a tela de confirmação do envio.
Confira as propostas disponíveis no Banco de Saberes: https://iberculturaviva.org/es-iberentrelazando-experiencias/
Confira o regulamento do concurso: https://bit.ly/2Ed7ewc
Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/81/
Consultas: programa@iberculturaviva.org
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Conheça as propostas do Banco de Saberes Ibermúsicas
Em 29, abr 2019 | Em Banco de Saberes, Editais, Notícias | Por IberCultura
Os programas de cooperação IberCultura Viva e Ibermúsicas este ano dão início a uma ação conjunta para a realização de atividades de bem comunitário no Espaço Ibero-americano. Com esta iniciativa, os/as artistas ganhadores dos editais de Ibermúsicas podem propor atividades de formação e/ou intercâmbio para serem desenvolvidas nas comunidades dos países de destino de seus projetos.
Entre janeiro e fevereiro de 2019, esteve aberta na plataforma Mapa IberCultura Viva uma convocatória exclusiva para as pessoas ganhadoras das ajudas do programa de fomento das músicas ibero-americanas. Artistas de 10 países inscreveram propostas de oficinas e concertos didáticos, entre outras atividades de acesso livre e gratuito.
Assim, um grupo do México, por exemplo, que tenha recebido uma ajuda de mobilidade para fazer apresentações no Brasil, poderá aproveitar a viagem para ministrar uma oficina ou outra atividade em uma comunidade local. As necessidades técnicas estão especificadas em cada proposta, assim como as necessidades de espaço (fechado ou aberto, auditório, sala para música de câmara, palco ao ar livre, etc).
As organizações culturais comunitárias locais que tenham condições de receber estes grupos nas datas determinadas – garantindo a hospedagem e alimentação das pessoas convidadas, além da difusão e da produção da atividade em seu território – devem entrar em contato com o programa IberCultura Viva por correio eletrônico, enviando mensagem para programa@iberculturaviva.org.
A seguir, apresentamos as propostas que estão à disposição para o intercâmbio no Banco de Saberes Ibermúsicas-IberCultura Viva. (Clique no nome do artista para ver a proposta completa)
María Fernández Cullen
- País de origem: Argentina
- País de destino: Colômbia (Cali)
- Data: Abril/maio
- Gênero musical: Popular
- Modalidade: Oficina musical
Choro da Glória
- País de origem: Brasil
- País de destino: Argentina (Buenos Aires)
- Data: De 6 a 8 de maio, de 10 a 13 de maio
- Gênero musical: Choro
- Modalidade: Concerto com bate-papo
Lívia & Fred
- País de origem: Brasil
- País de destino: México (Cidade do México), Espanha (Madri e Valencia) e Portugal (Lisboa, Porto e norte do país)
- Data: México: 6-15 de maio; Madri, 25, 27, 28, 29 de junho; Valencia: 6, 7 julho; Lisboa: 15, 16 julho; Porto e região norte: 19-28 de julho.
- Gênero musical: Música popular brasileira
Daniel Torres/ Dantor
- País de origem: México
- País de destino: Brasil (São Paulo)
- Data: 11, 12 e 13 de maio
- Gênero musical: Jazz fusion
- Modalidade: Oficina
Duo B.A.V.I. – Berimbau Aparelhado Violão Inventável
- País de origem: Brasil
- País de destino: Argentina (Buenos Aires)
- Data: De 30 de maio a 4 de junho
- Gênero musical: Electronic afro brazilian experimental
- Modalidade: Apresentação musical e oficinas
Los Musiqueros
- País de origem: Argentina
- País de destino: Brasil (São Paulo, Belo Horizonte, Matozinhos, Rio de Janeiro)
- Data: Junho. São Paulo – de 6 a 8/06; BH e Matozinhos, de 9 a 13/06; Rio, de 15 a 17/06; interior de SP, de 18 a 20/06
- Gênero musical: Infantil, adultos
- Modalidade: Oficinas e apresentação musical
Rialengo
- País de origem: Costa Rica
- País de destino: Colômbia (San Jacinto e San Basilio de Palenque – Bolivar, e San Pelayo – Córdoba)
- Data: junho e julho
- Gênero musical: Cumbia latina
- Modalidade: Encontro de intercâmbio de saberes
Rossana Taddei Banda
- País de origem: Uruguai
- País de destino: Cuba (Santiago de Cuba) e México (Cidade do México)
- Fecha: Cuba, de 3 a 9 de julho / México, de 10 a 15 de julho
- Gênero musical: Rock urbano
- Modalidade: Concerto
Ariel Pirotti
- País de origem: Argentina
- País de destino: Equador (Quito) e Colômbia (Medellín e Bogotá)
- Data: De 15 a 20 de julho em Quito; de 22 a 31 de julho, em Medellín e Bogotá
- Gênero musical: Concerto e masterclass
- Modalidade: Concerto com bate-papo
Tradiciones de Venezuela
- País de origem: Venezuela
- País de destino: Colômbia (Medellín)
- Data: De 17 a 21 de julho
- Gênero musical: Tradicional folclórico
- Modalidade: Concerto didáctico
Yurgaki
- País de origem: Colômbia – Espanha
- País de destino: Equador (Quito e Guayaquil )
- Data: Entre 20 de agosto e 20 de setembro
- Gênero musical: Música latina
- Modalidade: Formação musical
Jahlfaomega
- País de origem: Venezuela
- País de destino: Espanha (Barcelona e Madri)
- Data: agosto e setembro
- Gênero musical: Reggae
- Modalidade: Concerto com bate-papo
Ankalli/ Budapest
- País de origem: Peru
- País de destino: Espanha (Barcelona, Madri, Valencia)
- Data: Barcelona, 12 de setembro; Madri, 19 de setembro; Valencia, 27 de setembro
- Gênero musical: Fusión folk eletrônica
- Modalidade: Concerto – Circulação
Che Valle
- País de origem: Paraguai
- País de destino: Espanha (Valencia)
- Data: Domingo, 15 de setembro, ao meio dia
- Gênero musical: Folclore
- Modalidade: Música
Jorge Diego Vázquez Salvagno
- País de origem: Argentina
- País de destino: Argentina (Salta, Córdoba e Buenos Aires)
- Fecha: novembro
- Gênero musical: Música clássica-contemporânea
- Modalidade: Concerto didático
Camerata Caipira
- País de origem: Brasil
- País de destino: Argentina (Mendoza, Buenos Aires) e Chile (Santiago)
- Data: Mendoza- 22 de novembro; Buenos Aires, 24/11; Santiago, 30 de novembro e 1º de dezembro
- Gênero musical: Música popular
- Modalidade: Concerto e oficina
Confira as propostas completas: https://bit.ly/2vtn2FO
Entrelaçando Experiências: as 25 propostas do banco de saberes que estarão disponíveis para intercâmbios
O Edital Entrelaçando Experiências, lançado pelo programa IberCultura Viva em 10 de dezembro de 2018, recebeu 25 propostas de capacitações e espaços de intercâmbio. Estas propostas, apresentadas por organizações e coletivos de cultura comunitária de nove países ibero-americanos, formarão um Banco de Saberes da Cultura Comunitária e estarão à disposição para serem compartilhadas com outros coletivos.
Organizações que tenham interesse em receber uma destas atividades em seu território devem fazer suas postulações na segunda etapa do edital, que terá inscrições abertas de 15 de maio a 30 de junho de 2019, na plataforma Mapa IberCultura Viva.
Na primeira etapa, que esteve aberta até 15 de março, organizações apresentaram uma experiência já desenvolvida em seu território e citaram o nome de uma ou duas pessoas facilitadoras desta proposta. Estas pessoas serão aquelas que vão ministrar a oficina ou outra atividade na comunidade interessada em participar deste intercâmbio.
A seleção das comunidades anfitriãs será realizada na segunda etapa de IberEntrelaçando Experiências. Durante o prazo de postulação, as organizações e coletivos dos países membros de IberCultura Viva (Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Cuba-país convidado, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, México, Peru e Uruguai) poderão eleger quais propostas do Banco de Saberes querem receber em seus territórios e entrar em contato com as pessoas facilitadoras para avançar na postulação da etapa 2.
Algumas dessas propostas são suscetíveis a mudanças para ajustar-se a diferentes espaços, públicos, disponibilidade de tempo e itinerários. Uma vez que ambas as partes estejam de acordo quanto à vontade do intercâmbio, deverão apresentar sua postulação como anfitriãs deste “entrelaçamento de experiências”. Poderão ser propostos intercâmbios entre organizações de um mesmo país ou entre países membros do programa.
As comunidades anfitriãs devem garantir a hospedagem, alimentação e traslados dentro do território para as pessoas facilitadoras convidadas, assim como a divulgação e produção da atividade. O programa IberCultura Viva se encarregará da compra de passagens aéreas e seguros de viagem para as pessoas facilitadoras do intercâmbio. Não haverá transferência de fundos para os projetos.
A avaliação das propostas estará a cargo do Comitê de Seleção, formado por integrantes do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva. Serão levados em conta na seleção critérios como a trajetória em projetos relevantes para a área cultural, especialmente em temas relativos à organização comunitária, ao desenvolvimento de políticas, a construção de cidadania e a valorização de identidades culturais. As propostas também devem incluir a perspectiva de gênero de forma transversal.
As ações de Entrelaçando Experiências serão realizadas entre agosto e dezembro de 2019. As 25 propostas que estão à disposição no Banco de Saberes estão detalhadas na aba “Intercâmbios” do site www.iberculturaviva.org.
A seguir, apresentamos a lista de propostas recebidas (clique no título para ver a proposta completa).
Argentina
1. Jogos de ritmo, criação coletiva e arte comunitária – Organização: La Bombocova
A metodologia “Jogos de ritmo”, combinada com as propostas de criação coletiva, busca consolidar grupos, assim como contribuir para a realização de ações artísticas comunitárias.
2. Oficina “Gestão e produção, uma arte imprescindível e quase sempre invisível – Organização: Matemurga de Villa Crespo
A proposta de trabalho partirá dos projetos que cada organização está desenvolvendo. Os conceitos teóricos serão trabalhados como suporte dos exercícios práticos na oficina.
3. Campanha Banco Vermelho – Organização: Asociación Civil Enlaces Territoriales para la equidad de género
A instalação de um banco vermelho numa praça é inaugurada com intervenções artísticas pela paz e conversas de conscientização para a eliminação da violência de gênero e o feminicídio.
Brasil
4. Janelas da memória – Organização: DocVozes
A proposta abarca a construção, o desenvolvimento e a exibição de um documentário no qual a comunidade local desempenha um processo de interlocução, participação e recepção.
5. Tecendo redes em Raposa – Organização: Instituto Maranhão Sustentável
A vivência propicia o intercâmbio de experiência sobre um lugar de cultura, um Pontão de Cultura, baseado em redes colaborativas, no sentido de divulgar seu modelo de atuação.
6. Puxirão musical – Intercâmbio de conhecimentos tradicionais – Organização: Ponto de Cultura Caiçaras
A proposta consiste em uma oficina de confecção de instrumentos musicais (rabeca e machete), rodas de prosa e mostra de filmes, oficina de toques e ritmos do Fandango Caiçara.
7. Ipadê – Encontros com Axé – Organização: Ile Aleketu Ijoba Bayo Ase Baru Orobolape
A comunidade religiosa propõe um encontro com vivências e conversas sobre o candomblé, os desafios da permanência e a difusão das culturas afrodescendentes na Ibero-América.
8.Oficina de formação sobre a experiência da ACA: Multiplicando saberes – Organização: Associação Comunitária do Amarelão – ACA
A oficina conta a experiência da associação que há 25 anos atua na Comunidade Indígena Amarelão e é uma referência para movimentos sociais no Rio Grande do Norte.
Colômbia
9. Teatro social sobre questões de gênero, suas raízes e suas transformações coletivas – Organização: Teatro del Presagio e Colectivo Mujeres de Fuego
O laboratório sobre gênero é uma adaptação de várias técnicas do Teatro do Oprimido e outras linguagens artísticas que busca analisar problemáticas vividas pelas participantes.
10. Ensino da música de gaitas e cantos tradicionais do Caribe colombiano – Organização: Fundación Mi Gaita de San Jacinto Bolívar
O projeto busca formar grupos de música de gaitas e tambores e dos cantos tradicionais (décimas, versos, zafra, vaquería) que são patrimônio cultural do município de San Jacinto.
Cuba
11. Roda tuas fantasias – Organização: Projeto Comunitário de Realização Audiovisual Infantil Rodando Fantasías/ Red Cámara Chica, Cuba.
Este programa de aulas ensina a crianças e adolescentes, pais e/ou tutores a contar suas experiências comunitárias a partir da realização audiovisual com novas tecnologias.
12. Maravilhas da Infância, Cultivador de Sonhos – Organização: Proyecto Sociocultural Comunitario Maravillas de la Infancia Cultivador de Sueños
A oficina busca o intercâmbio sobre projetos comunitários, comunidade, patrimônio e desenvolvimento para a transformação social. Pretende compartilhar visões e experiências práticas.
13. Raízes Profundas – Organização – Centro Sociocultural Callejón de Hamel
A atividade apresentará um leque representativo das principais religiões de origem africana presentes em Cuba. Serão realizados tronos alegóricos, oficinas de artes plásticas, dança e percussão.
14.Oficina do Projeto Comunitário Granjita Feliz – Organização: Proyecto Comunitario Granjita Feliz
A oficina apresenta a experiência desenvolvida pelo projeto no bairro de Guanabacoa, em Havana, abordando temas como agrobiodiversidade, arte e cultura para a transformação comunitária.
15. “Atrapa Sueños” – Organização: Proyecto Cultural Comunitario “Atrapa Sueños”
A proposta apresenta a experiência desenvolvida em Santos Suárez com “Atrapa Sueños”, um espaço cultural para criar, entreter-se, adquirir e fortalecer conhecimento desde, para e com a comunidade.
Equador
16. Desenvolvimento do Projeto Mapeate – Organização: Red de Gestores Culturales del Centro Histórico de Quito (REDGESCHQ)
O projeto de mapeamento propõe a criação de um guia de atores e gestores culturais do território, para facilitar a formulação de políticas públicas que beneficiem o setor cultural.
El Salvador
17. Oficina de ferramentas lúdicas para palhaços terapêuticos – Organização: Codacc San Vicente
A oficina busca compartilhar experiências de um “baú lúdico”, oferecendo ferramentas criativas para interagir com crianças ou idosos nas comunidades, hospitais ou asilos.
18. Escola Popular de Artes Cênicas – Teatro e Bloco Infantil – Organização: Codacc San Vicente/ Escuela Popular de Artes Escénicas Teatro Infantil
A proposta busca trabalhar a expressão oral e corporal das crianças em um bloco infantil que fala de seu entorno e da memória histórica da comunidade.
Espanha
19. Dance à tua maneira, o corpo como texto – Organização: Akántaros Asociación Cultural
A proposta consiste em criar um laboratório onde se reflexione e se coloque em prática a dança como manifestação de desfrute e o corpo como possibilidade de prazer, aprendizagem e brincadeira.
México
20. Oficina de cinema comunitário para crianças – Organização: CinemaTequio
A oficina parte do desejo comunitário de realizar um curta-metragem a partir de relatos de sua tradição oral. Durante o processo, as crianças participam em postos técnicos ou artísticos.
21. América Latina unida por uma voz – Organização: La Coyotera, radio comunitaria
Nesta oficina de rádio com enfoque de gênero, busca-se fortalecer o papel das mulheres nas rádios comunitárias, através da elaboração de produtos radiofônicos.
22. Circo Vaga-lume, circo social para crianças e adolescentes – Organização: Kóokay A. C.
Esta proposta pretende oferecer a formadores de circo social e artistas circenses uma série de ferramentas práticas e teóricas sobre a metodologia do circo social.
23. Seminário em Animação Sociocultural Comunitária – Organização: Colectivo CulturAula Comunidades Aprendiendo
Este seminário é um programa educativo voltado para membros de uma comunidade para reforçar suas capacidades de “autoemprego” e de incidência positiva através da arte e da cultura.
Peru
24. Dicionários Audiovisuais Comunitários (DAC) – Organização: La Combi-arte rodante
As oficinas DAC buscam trabalhar com comunidades uma série de ações para fortalecer e revitalizar suas línguas originárias através da aprendizagem de técnicas audiovisuais.
25. Comunicação para a ação – Organização: Cinco Minutos Cinco
As oficinas de criação de produtos audiovisuais estão voltadas para gerar mudanças, devidamente articuladas em um processo de incidência, ou capazes de gerar um.
Consultas: programa@iberculturaviva.org
(Foto no alto: Raízes Profundas, projeto do Centro Sociocultural Callejón de Hamel, de Havana, Cuba)
Oficina de gestão cultural comunitária será uma das atividades do intercâmbio técnico entre Equador e Uruguai
Em 07, out 2018 | Em Notícias | Por IberCultura
Um intercâmbio técnico entre Equador e Uruguai será realizado entre 8 e 14 de outubro, em Quito, com o apoio do programa IberCultura Viva. A iniciativa do Ministério de Cultura e Patrimônio de Equador (MCYP), do Instituto de Fomento das Artes, Inovação e Criatividade e do Ministério de Educação e Cultura do Uruguai terá como uma de suas principais atividades o desenvolvimento da oficina “Para a construção da Rede de Gestão Cultural Comunitária”, nos dias 9 e 10, no Auditório Agustín Cueva do MCYP (Av. Colón e Juan León Mera).
O objetivo deste encontro é construir um espaço de trabalho entre ambos os países, com o fim de fortalecer a conceituação e implementação dos respectivos programas de Pontos de Cultura, por meio da reflexão em torno da gestão, da comunicação, das ações e dos processos necessários para a constituição de uma rede.
Para isso, Begoña Ojeda, diretora geral de Programas Culturais, e Soledad Guerrero, encarregada da Área Cidadania Cultural da Direção Nacional de Cultura, vão expor na oficina suas experiências na formulação e implementação de políticas de base comunitária no Uruguai. Representantes da Rede de Cultura Viva Comunitária do Equador também falarão dos acordos alcançados após o 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, realizado em Quito em novembro de 2017.
A Lei Orgânica de Cultura, aprovada em Quito em dezembro de 2016, reconhece as Culturas Vivas Comunitárias e concede ao Ministério de Cultura e Patrimônio a competência das diretrizes para a formação da Rede de Gestão Cultural Comunitária do Equador, visando democratizar a cultura e pôr em prática o exercício dos direitos culturais.
Equatorianos no Uruguai
A segunda etapa do intercâmbio está prevista para começar em 29 de novembro, com a visita dos representantes equatorianos ao Uruguai. Além de apresentar as abordagens constitucionais do bem viver e os direitos da natureza aplicados às políticas públicas de base comunitária no Equador, os visitantes participarão de reuniões, percursos e intercâmbios com os Pontos de Cultura e outros espaços da Área Cidadania Cultural da Direção Nacional de Cultura do Uruguai.
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