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Arquivos argentina - IberCultura Viva

26

jun
2023

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Por IberCultura

Encontros de feminismos, candombes e formação em cultura viva: os projetos da Argentina selecionados no Edital de Apoio a Redes 2023

Em 26, jun 2023 | Em Notícias, Sin categorizar | Por IberCultura

(Foto: Instituto Rodolfo Kusch. 1º Encontro de Feminismos Comunitários Campesinos e Populares, 2022)

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Três propostas de eventos apresentadas por redes argentinas foram selecionadas no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo. A convocatória, que este ano chegou à oitava edição, destina um total de 174 mil dólares a 34 projetos provenientes dos 12 países integrantes do programa (cada projeto recebe até 5 mil dólares). Da Argentina entraram na lista o Segundo Encontro Internacional de Feminismos Comunitários Campesinos e Populares em Abya Yala, marcado para agosto em Tilcara (província de Jujuy); o Encontro Internacional de Candombes, que será realizado  também em agosto na cidade de Rosário (província de Santa Fé), e a Formação de Formadores em Cultura Viva Comunitária, que espera reunir cerca de 250  pessoas na cidade de Moreno (província de Buenos Aires).

 


* Nome da rede ou articulação: Red Quilla

* Nome do projeto: Segundo Encontro Internacional de Feminismos Comunitários Camponeses e Populares em Abya Yala

 

O Segundo Encontro Internacional de Feminismos Comunitários Campesinos e Populares de Abya Yala, proposto pela Red Quilla, está programado para acontecer em Tilcara (província de Jujuy, Argentina) de 18 a 20 de agosto de 2023. O evento visa dar continuidade ao espaço de reflexão e troca de experiências que se deu na primeira edição do encontro em Tilcara, na Quebrada de Humahuaca, por onde passaram mais de 2 mil mulheres entre os dias 13 e 15 de agosto de 2022.

A programação inclui oficinas, conferências, apresentação de trabalhos, vivências e apresentações, performances poéticas, apresentação de livros, cinema, teatro e música, além de feira de artesanato e feira de troca de sementes. A coordenação das atividades estará a cargo de membros de comunidades indígenas, camponesas e/ou populares.

Os eixos de trabalho serão quatro: 1) O comunal como opção política; 2) A alimentação como questão ético-política; 3) Estética feminista; 4) Epistemologias feministas do cuidado. Um dos objetivos do evento é construir epistemologias anticolonialistas que recuperem saberes e práticas ancestrais, bem como criar um espaço de articulação entre ativismo, prática política e teorização.

A intenção é abrir espaço para rever as culturas organizacionais patriarcais, capitalistas e colonialistas, e propor novas formas de gestão da vida cotidiana a partir dos feminismos: O que fazer? Como fazer? Com quem fazer?

A proposta inclui o lançamento de convocatórias para oficinas coordenadas por organizações, coletivos e instituições interessadas, bem como a publicação de um livro (físico ou digital) que reúna as apresentações/experiências dos/das participantes e das conferências centrais. Será feito também um registro fotográfico e em vídeo das atividades.

O primeiro Encontro de Feminismos Comunitários se deu em agosto de 2022 (Foto: Instituto Rodolfo Kusch)

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Trabalho colaborativo

A Red Quilla realiza um trabalho colaborativo desde 2021. Seus objetivos incluem a criação de espaços formativos e educativos, a promoção do encontro de mulheres e do coletivo LGBTQIA+ e o resgate das narrativas dos feminismos. Na Universidade Nacional de Jujuy (UNJu), por meio do Instituto Rodolfo Kusch, a rede nos últimos três anos a Diplomatura em Feminismos Comunitários Campesinos e Populares em Abya Yala, que convocou mais de mil mulheres em cada uma de suas edições (2020, 2021 e 2022).

Neste projeto apresentado ao Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2023, a rede conta com a participação do Instituto Rodolfo Kusch, da Casa Mama Quilla e da Fundandes, que será a entidade responsável pela administração dos recursos.

Criada em 1990 em Tilcara, a Fundandes tem como objetivo desenvolver atividades de gestão cultural comunitária, recuperação e resgate do patrimônio e da memória dos povos indígenas. A fundação tem desenvolvido projetos de formação, pesquisa e produção, com perspectiva de gênero, ecológica e sustentável para as comunidades.

O Instituto Rodolfo Kusch, da Universidade Nacional de Jujuy, tem como atribuições a pesquisa e a formação. Tem desenvolvido múltiplos projetos de formação, como diplomaturas, cursos, seminários, conferências, encontros com caráter de difusão e divulgação do pensamento americano. Fundado em 2017, o instituto sediou o primeiro Encontro de Feminismos em 2022 e sediará também este segundo encontro.

A Casa Mãe Quilla, por sua vez, existe desde 2022 e conta com uma equipe de 22 pessoas, entre ativistas, professores/as, alunos/as, gestores/as comunitários, membros da comunidade, acadêmicos/as e profissionais de Jujuy, Argentina e da comunidade internacional. Com um modelo de gestão comunitária feminista, a casa conta com o Espaço de Atendimento e Acompanhamento de Mulheres e Dissidentes em Situação de Violência de Gênero e tem prestado esse serviço à comunidade de Quebrada e Puna. Na Área de Gestão Cultural Comunitária, tem promovido oficinas de arte e cultura indígena.

(*) Inscrições para participar do encontro: https://forms.gle/QmvtbwwjHET3jFdf9


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*Nome da rede ou articulação: Movimento Argentino de Cultura Viva Comunitária

* Nome do projeto: Formação de Formadores em Cultura Comunitária Viva

 

A Formação de Formadores em Cultura Viva Comunitária, proposta apresentada pelo Movimento Argentino de CVC, foi concebida como um evento integral de cinco dias, dirigido a um total de 250 formadores/promotores de processos de Cultura Viva Comunitária nos territórios. A ideia é que participem pessoas de todas as províncias argentinas e que o encontro permita vivenciar oficinas e atividades integradoras para que tenham uma visão global dos temas e possam produzir ferramentas e diálogos que fortaleçam suas tarefas comunitárias.

A atividade será realizada em Moreno, nas instalações da Associação Civil El Culebrón Timbal e da Escola Primária Mil Pueblos Jóvenes, que funcionam em uma propriedade de dois hectares, apta para acampamentos, atividades ao ar livre, debates, feiras e oficinas, facilitando o alojamento e a alimentação dos participantes no mesmo local.

Pretende-se explorar as diferentes linguagens e disciplinas que são a espinha dorsal dos processos de Cultura Viva Comunitária para abordá-las em conjunto, fazendo-as dialogar entre si e valorizando suas contribuições diferenciais nos processos locais de liderança popular e participação cidadã, reforçando a dimensão pedagógica de cada proposta.

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A rede

O galpão de La Comunitaria em 2020

Uma das organizações que inscreveram esta proposta no Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2023 foi a Cooperativa La Comunitaria de Rivadavia. Esta organização social, que nasceu há 17 anos nos pampas argentinos, atualmente conta com 16 sedes autogeridas em áreas rurais e cidades das províncias de Buenos Aires e La Pampa. As mais de 120 oficinas artísticas e propostas comunitárias desenvolvidas nesses espaços envolvem cerca de 2 mil pessoas. O grande motor da cooperativa La Comunitaria sempre foi o teatro comunitário, mas ao longo do tempo foram-se incorporando oficinas de diferentes artes e ofícios, comedores, merenderos e desenvolvimento rural.

Outro participante é a Fundação de Apoio à Infância e Juventude Che Pibe, de Lomas de Zamora (província de Buenos Aires), que desde 1987 em Villa Fiorito busca fortalecer as famílias e a comunidade articulando-se com organizações, movimentos, redes e o Estado para o cumprimento e gozo dos direitos humanos, por meio de projetos e atividades de promoção social envolvendo aspectos culturais, educacionais, esportivos e recreativos.

A Asociación Civil Clericó Cultura Viva Comunitaria, de Devoto (província de Córdoba) é a terceira organização que apresenta este projeto. Fundada em janeiro de 2015, tem entre as suas actividades a promoção e o incentivo às expressões culturais e artísticas através da organização de mostras, exposições, oficinas, cursos, palestras, seminários, congressos, feiras, festivais, palestras, intervenções e todo o tipo de eventos e instâncias de capacitação. A organização responsável pela gestão do projeto é a Associação Civil El Culebrón Timbal, que sediará o evento.

(Foto: El Culebrón Timbal)


*Nome da rede ou articulação: Rede Latino-Americana de Candombes

* Nome do projeto: Encontro Internacional de Candombes

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O Encontro Internacional de Candombes ocupará a cidade de Rosário, de 18 a 21 de agosto de 2023, reunindo diferentes grupos e organizações que abordam e divulgam as expressões de matriz afro denominadas “candombe”. O evento busca estimular o diálogo entre as comunidades candombeiras, reconhecendo os diferentes contextos culturais, promovendo uma troca respeitosa e convidando à construção de uma rede comunitária com uma perspectiva antirracista e transfeminista.

A proposta fala de “candombes” no plural, já que, transcendendo as fronteiras do atual estado-nação, existem diferentes expressões afro-latinas na região denominada “Cuenca del Plata”, cuja história é comum. Para essas comunidades, os candombes são parte viva de sua história, pela qual existem e resistem.

O projeto busca fortalecer e ampliar a rede já existente de candombes, entendendo-os como formas de expressão cultural e artística de origem afro-latino-americana. As organizações envolvidas propõem espaços de oficinas e bate-papos em torno dos saberes específicos de cada comunidade e das diferentes formas de construção comunitária (suas contribuições e problemáticas) em cada território.

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Organizações participantes

(Foto: Ballet Kamba Cúa)

Cinco organizações (quatro argentinas e uma paraguaia) estão envolvidas neste projeto. Criado em Corrientes em 2003, Camba Cuá Candombes tiene como principal objetivo manter vivas a tradição e a história relacionadas ao culto a São Baltazar, principalmente nas comemorações dos dias 5 e 6 de janeiro, no bairro Camba Cuá, e durante o ano em escolas, eventos culturais e sociais, centros comunitários e centros culturais. No culto a São Baltazar, cada família de santo recebe o toque do candombe e danças como oferenda principal. Também são distribuídos doces, comidas e a bebida do santo chamada “sangría”.

A Casa da Cultura Indo-Afro-Americana Mario Luis López existe desde 1989 na cidade de Santa Fé, tendo como área de atuação o resgate, a defesa, o desenvolvimento, a divulgação e a valorização das raízes culturais, destacando-se as dos povos nativos e as dos africanos transplantados para a América pela escravidão, e promover o resgate da memória histórica. A organização promove apresentações de livros, palestras, debates e oficinas, bem como intervenções em espaços culturais, escolas e espaços públicos.

A Associação Misibamba, por sua vez, é uma comunidade afro-argentina de Buenos Aires que desde 2008 trabalha em torno de ações territoriais e propostas educativas que promovam maior reconhecimento e visibilidade das raízes afrodescendentes argentinas. O Misibamba procura fortalecer a luta contra o racismo, a discriminação e a xenofobia na sociedade e promover o respeito pelas diferentes culturas que compõem a identidade nacional.

A Associação Casa da Memória, responsável pela administração dos recursos, é a organização territorial que reúne a rede para esse encontro. A atual Casa da Memória, em Rosario, foi a residência do casal Etelvino Vega e María Ester Ravelo, ambos cegos, ativistas sociais sequestrados e desaparecidos pela ditadura no país. Desde sua recuperação jurídica, social e política, em 1994, tem contribuído para a preservação da memória coletiva e se tornou um centro de promoção e desenvolvimento do patrimônio imaterial de Rosario, relacionado com práticas democráticas e defesa dos direitos humanos. Neste espaço ocorrem diversas atividades artísticas e culturais, como oficinas, ensaios, palestras, debates, biblioteca e rádio.

Já a Associação Grupo Tradicional Kamba Cúa, que atua em uma comunidade afro-paraguaia na cidade de Fernando de la Mora, se dedica desde 1980 ao resgate e divulgação da cultura, dança e música de afrodescendentes em espaços educativos, culturais, oficinas e eventos nacionais e internacionais festivais. O grupo também é conhecido como “Ballet Kamba Cúa de Lázaro Medina”.

 

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26

set
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Estão abertas as inscrições para o Congresso Argentino de Gestão Cultural, que será realizado em novembro

Em 26, set 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

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Foram abertas nesta segunda-feira, 26 de setembro, as inscrições para participar do Congresso Argentino de Gestão Cultural, que será realizado nos dias 3, 4 e 5 de novembro na Universidade Nacional de Avellaneda (UNDAV), em Buenos Aires. Organizado pela Rede Argentina de Gestão Cultural, o evento conta com o apoio do Ministério de Cultura da Argentina e do Instituto Cultural da Província de Buenos Aires.

O encontro, que visa convocar profissionais da gestão cultural para criar um tempo e um espaço formal de encontro e diálogo entre colegas, será organizado em nove grupos de conversa (GC). Cada GC será um espaço de diálogo horizontal, transversalizado por uma perspectiva federal, de gênero e de diversidade cultural. Também estão sendo planejadas outras atividades, como palestras, oficinas e conferências, entre outras propostas.

Os grupos de conversação serão organizados da seguinte forma: 1) Gestão cultural das artes; 2) Desafios da gestão cultural em diferentes escalas urbanas; 3) Gestão de indústrias culturais; 4) Gestão cultural comunitária; 5) Políticas culturais e enfoque federal; 6) Mediação cultural e pública; 7) Gestão do patrimônio e profissionalização; 8) Gestão de instituições culturais e 9) Pesquisa e gestão cultural.

O objetivo de cada GC será apresentar, em plenária ao final do congresso, um relatório que permita observar as possibilidades e os desafios da profissionalização da gestão cultural em cada uma das áreas temáticas propostas. Isso permitirá a elaboração de um documento coletivo que poderá ser divulgado no país e na região, dando conta da situação da profissão na Argentina.

O prazo para apresentação de propostas nos GCs terminou no domingo, 25 de setembro. Por meio de um formulário, os interessados ​​poderiam apresentar uma produção individual ou em grupo (grupos de trabalho, organizações ou coletivos culturais) sobre uma experiência específica ou debate teórico que aborde qualquer um dos nove temas propostos. Os formatos de apresentação podiam ser por trabalhos escritos, audiovisuais ou podcast. 

A ideia desta chamada de propostas para os GCs não era ter apresentações expositivas dos trabalhos, mas partir deles para gerar debate, reflexão e análise dos temas. As propostas selecionadas serão divulgadas nos meios de comunicação do Congresso com pelo menos 15 dias de antecedência, para que os participantes possam ler/ver/ouvir com antecedência.

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✔️ Inscrições: https://bit.ly/InscripcionCAGC

✔️ Mais informações: linktr.ee/redargc

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01

set
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Vem aí o 1º Congresso Federal do Movimento Argentino de Cultura Viva Comunitária 

Em 01, set 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

Entre os dias 2 e 4 de setembro, será realizado no Paraná, Entre Ríos, o 1º Congresso Federal do Movimento Argentino de Cultura Viva Comunitária. Espera-se a participação de mais de mil pessoas de todas as províncias argentinas neste evento que alcançará toda a cidade e seus bairros com diversas atividades, como festivais, marchas, feiras, palestras e oficinas.

O Movimento Argentino de Cultura Viva Comunitária (MACVC) reúne mais de 300 experiências territoriais e redes institucionais de todo o país que combinam arte, cultura e comunicação com agroecologia, economia social e a luta pela democracia participativa. 

Representantes de centros culturais, bibliotecas populares, grupos de murga, comparsa, dança, muralismo, circo social, mídia cooperativa e comunitária, teatro comunitário, entre outros, que em muitos casos participam de lutas (locais e regionais) ligadas ao meio ambiente, ao feminismo e as diversidades, com o resgate da memória e a possibilidade de outro modelo de desenvolvimento. 

O 1º Congresso Federal do Movimento Argentino de Cultura Viva Comunitária tem como lema central “Comunidades abraçando territórios”, uma ideia que tenta sintetizar a urgência da recuperação do tecido social afetivo e solidário, mas no contexto de um outro entendimento e outro cuidado com a nossa “Pacha Mama” e a criação de uma sociabilidade colaborativa. 

O evento terá início com uma cerimônia junto ao Rio Paraná, com o intuito de resgatar a espiritualidade e a vigência dos saberes dos povos originários. A cerimônia de abertura, que será no Anfiteatro Municipal Héctor Santángelo, contará com a participação do ministro da Cultura, Tristán Bauer; de referências latino-americanas do Movimento CVC, como Alexandre Santini (Brasil) e Paloma Carpio (Peru), e outras referências institucionais e de movimentos sociais de todo o país.

Ao longo dos três dias do congresso haverá uma série de capacitações e eventos culturais, como a Mostra de Cinema Comunitário Federal, a Mostra de Teatro Comunitário Federal (com cinco elencos de diferentes partes do país), e palestras sobre software livre, agroecologia , história da murga, mídia comunitária e cooperativa, entre outros temas.

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Além de participar dessas atividades, os/as congressistas vão se reunir em rodas de conversas temáticas para elaborar de forma participativa um plano de ação para os anos de 2023 e 2024 que será submetido à consideração de uma assembleia na manhã de domingo, 4 de setembro, na Hogar Escuela Eva Perón.

O Movimento Argentino de CVC, juntamente com o Movimento de Cuidadores da Casa Comum, também convocou 20 prefeitos de diferentes regiões do país para uma reunião na qual será debatida a iniciativa “Mil Jovens”, que pretende defender as raízes e a implantação de projetos comunitários e produtivos no interior da Argentina. 

Uma importante conquista que o MACVC traz para seu primeiro congresso federal foi a criação do Instituto Argentino para a Promoção da Cultura Comunitária Viva, órgão jurídico, técnico e de gestão que pretende defender e fortalecer os mais de 25 mil coletivos que se dedicam a esses projetos em todo o país. O instituto foi oficialmente formado na terça-feira, 30 de agosto.

. Inscrições: 👉https://forms.gle/AhkuvNEjAeGXQfyZ9

. Confira a programação

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31

ago
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Nasce o Instituto Argentino para a Promoção da Cultura Viva Comunitária

Em 31, ago 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

Nesta terça-feira, 30 de agosto, foi legalmente constituído o Instituto Argentino para a Promoção da Cultura Viva Comunitária. Esta ferramenta de trabalho e gestão foi criada com o intuito de dar visibilidade, reconhecer e acompanhar as organizações e trabalhadores da cultura comunitária que se manifestam no país. 

O instituto tem representação de diferentes regiões da Argentina e busca ser o canal institucional do Movimento Argentino para a Cultura Viva Comunitária (MACVC) para lograr políticas e avanços concretos em termos de produção e acesso à cultura.

Neste fim de semana, de 2 a 4 de setembro, será realizado no Paraná, Entre Ríos, o Congresso Federal do Movimento Argentino de CVC, onde se espera a participação de mais de mil representantes de diversas organizações, grupos e experiências da cultura comunitária do país.

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Conheça a Diretoria do Instituto:

  • Presidente: María Emilia de la Iglesia (interior Buenos Aires – La Pampa)
  • Secretária: Evelin María Chiavassa (Córdoba)  
  • Tesoureiro: Esquivel Víctor Rafael (Grande Buenos Aires) 
  • 1º Membro: Ricardo Alberto Rodríguez (Entre Ríos)
  • 2º membro: Carolina Osorio Barreto (Tucumán)
  • 3º membro: Carlos Nicolás Mattano (Chubut)
  • 1º membro suplente: Nancy Edith Coronel (Corrientes) 
  • 2º membro suplente: Silvia Bove (Mendoza) 
  • Membro suplente 3º: Julieta Noemí Núñez (Formosa)
  • Revisor regular de contas: Rosana Andrea Miraglino (Buenos Aires)
  • Revisor substituto: Lucas Manuel Bugosse (Buenos Aires)

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14

jul
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Promovendo encontros em Entre Ríos e Catamarca: os projetos da Argentina selecionados no Edital de Apoio a Redes 2022

Em 14, jul 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

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As propostas de redes argentinas selecionadas no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 foram “Construindo o Congresso Provincial de Cultura Viva Comunitária em Entre Ríos” e “XX Feira de Sementes Indígenas e Crioulas e Intercâmbio Camponês-Indígena”. A primeira foi apresentada pela Rede de Cultura Viva Comunitária de Entre Ríos, formada por 20 organizações culturais comunitárias; a segunda, pela articulação “Territórios e Economias Autônomas: Semeando cultura para o bem viver”, integrada por associações que trabalham juntas há vários anos na província de Catamarca. 

(* Uma terceira proposta apresentada pela Argentina, “Histórias que nos abraçam: Tecendo cinema comunitário”, da Rede de Cinema Comunitário da América Latina e do Caribe, foi selecionada como projeto “regional”, junto com Diversidade Indígena Viva II, da Rede Abya Yala com Amor, inscrito entre os projetos do Brasil. )

Foto: Asociación Civil Bienaventurados los Pobres (BePe)

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* Nome da rede ou articulação: Red Cultura Viva Comunitaria de Entre Ríos, Argentina

* Nome do projeto: Construindo o II Congresso Provincial de CVC em Entre Ríos

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O projeto apresentado pela Rede Cultura Viva Comunitária de Entre Ríos consiste na construção de um congresso provincial a partir de reuniões locais e encontros regionais que definirão os eixos de conversação e metodologias de trabalho. A proposta é gerar, ao longo do processo, as condições para ampliar o debate e a participação de integrantes das organizações culturais comunitárias de Entre Ríos, aprofundando os vínculos e o conhecimento de seus territórios, práticas e discursos.

Com este projeto espera-se alcançar a participação de representantes das 20 organizações que compõem a rede em cada uma das instâncias propostas (reuniões locais, encontros regionais e congresso provincial), alcançando a presença de pelo menos 50% de mulheres e dissidências em cada atividade proposta. Da mesma forma, espera-se agregar mais uma organização ou grupo em cada uma das cidades onde a rede já opera. 

A intenção é realizar sete encontros locais em sete cidades da província e dois encontros regionais em duas cidades diferentes antes do congresso provincial, no qual se espera a participação de cerca de 120 pessoas. As cidades onde o projeto será desenvolvido são La Paz, Villaguay, Concordia, Gualeguaychú, Victoria, Colón, Villa Elisa, Paraná e Concepción del Uruguay.

Nesse processo, a rede retoma uma proposta metodológica que o movimento CVC vem trabalhando, os círculos da palavra, concebidos como locais de conversa e reconhecimento mútuo. Duas questões devem ser transversais a todas as ações realizadas: a perspectiva de gênero e a questão ambiental. A intenção é promover espaços para mulheres e diversidades em encontros locais e regionais que permitam fortalecer a perspectiva de gênero na agenda do movimento entrerriano de cultura viva comunitária.

A festa de abertura do congresso será um momento para dar lugar às expressões culturais que têm surgido nas organizações. Ao longo da preparação do evento serão apresentadas propostas artísticas de organizações, coletivos e trabalhadores/as de cultura. Também está prevista uma gravação audiovisual do congresso.

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A rede

A Rede de Cultura Viva Comunitária de Entre Ríos é formada por 20 organizações culturais comunitárias de sete cidades da província. O objetivo desta rede é consolidar um espaço de articulação duradouro, que lhes permita sustentar uma voz comum e plural, promover projetos comuns que fortaleçam territórios ou unidades temáticas (ambiental, gênero, produção artística, etc.), para a incidência em políticas públicas, para a visibilidade dos problemas e propostas das organizações. 

Desde 2017 essa rede tem criado espaços de encontro que permitem conhecer seu trabalho, os vínculos com os atores locais, compartilhar agendas de eventos, espaços de formação e informações sobre políticas para o setor e coordenar a participação em reuniões e congressos nacionais.

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Organizações participantes

A Biblioteca Popular Caminantes nasceu na cidade do Paraná em 2003, como uma proposta para construir um espaço que promovesse práticas culturais democráticas, autônomas e comunitárias. Seus integrantes criaram a Feira da Leitura, realizada em 2010, 2012, 2015, 2019 e 2021 em praças, escolas e parques, e trabalham com oficinas de leitura ao longo do ano com quatro escolas. Também têm programado espetáculos que chamam de “Paraíso Cultural”, com convites teatrais, literários e musicais, e mantêm ativas oficinas de teatro e circo para crianças, desenho e animação, murga, construção de brinquedos, dança, teatro comunitário, fotografia e escrita criativa.

Biblioteca Popular Caminantes

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O Centro Cultural La Fragua, em Villa Elisa, é uma associação civil de promoção e desenvolvimento que trabalha pela inclusão das pessoas e pela promoção dos direitos culturais, educacionais, comunicativos e sociais. Atualmente ali funcionam oficinas de teatro, fotografia, audiovisual, música, violão, idiomas, pintura, informática, dança, ioga, entre outras. Há também uma sala de aula satélite para educação a distância, onde os cursos de nível superior e universitário são ministrados por universidades públicas e privadas. Desde 2003, La Fragua promove todos os verões o Cinema Itinerante “Bajo Las Estrellas”, que percorre os espaços públicos da cidade e dos bairros para que as pessoas voltem a ter acesso ao cinema argentino e às produções audiovisuais regionais. 

A Associação Civil Taller Flotante, criada na cidade de Vitória em 2015, é uma plataforma para projetos relacionados ao território das Ilhas do Delta Superior do Rio Paraná. É um espaço de produção, pesquisa e experimentação extra-disciplinar e autogestionário, que busca superar visões estabelecidas e divisões políticas. O trabalho se desenvolve a partir da circulação dos territórios como forma de conhecimento, leitura e escrita simultâneas, por meio de expedicionários (pesquisadores, escritores, comunicadores, professores, baqueanos etc.). A comunidade e a paisagem convivem em trocas de saberes, a partir de formas e meios que cada um tem para interpretar o que acontece in loco. Sua modalidade são oficinas e/ou laboratórios.

A Biblioteca Popular Nora Cortiñas é destinada a quem mora no Bairro Antártida Argentina e bairros vizinhos, a leste da cidade do Paraná. Sua atuação no território começou em junho de 2019, como um projeto que considera a leitura como a melhor forma de potencializar a imaginação, fornecer as ferramentas necessárias para conhecer e reconhecer direitos e lutas históricas e, assim, acessar uma educação melhor. Além de realizar eventos populares com atividades artísticas, recreativas, desportivas e literárias, a biblioteca promove a formação em áreas como saúde sexual e reprodutiva, prevenção e erradicação da violência de género e saúde ambiental, entre outras.

Biblioteca Popular Nora Cortiñas

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Las Viñas – Grupo Solidário, criado em 2019 em Concórdia, atende a população com refeitório, com aulas de apoio escolar, oficinas, recreativas e passeios, com hortas comunitárias e entregas de sementes, entre outras atividades. O Somos y Sembramos la Pacha, por sua vez, é um espaço socioambiental feminista que surgiu em julho de 2019, inicialmente como um programa de rádio dedicado a temas como soberania alimentar, agroecologia e ecofeminismo. 

O projeto também inclui a participação do programa de rádio “La Santa Voz Murguera (Parte de Vos, Parte de los Barrios)”, que tem entre seus objetivos a promoção da diversidade cultural e interculturalidade dos povos indígenas, cultura local, arte urbana e murgas no estilo portenho e uruguaio, além de incorporar cosmovisões, valores, saberes, saberes e formas de aprendizagem das diferentes comunidades, movimentos populares, associações civis, fundações sem fins lucrativos e instituições que fazem a educação popular da cidade de Concórdia. 


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*Nome da rede ou articulação: Territorios Autónomos y Economías: Sembrando Cultura para el Buen Vivir

* Nome do projeto: XX Feria de Semillas Nativas e Crioulas e Intercambio Campesino Indígena

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A XX Feira de Sementes Nativas e Crioulas e o Intercâmbio Camponês Indígena, também selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022, buscam dar continuidade a um espaço que tem possibilitado a defesa da identidade cultural, a partir do resgate de práticas e do intercâmbio de saberes. As organizações proponentes vêm trabalhando juntas há vários anos, realizando aprendizados e promovendo intercâmbios semelhantes em outras comunidades, conseguindo recuperar variedades ancestrais de sementes, saberes e usos, além de promover a distribuição/troca. 

O projeto tem como objetivo promover a troca de saberes, usos e múltiplas formas de saberes indígenas e camponeses sobre sementes nativas e crioulas, além de divulgar o trabalho de recuperação, conservação e produção de sementes. Da mesma forma, busca fortalecer o papel das mulheres na preservação das sementes nativas e crioulas como patrimônio cultural e identidade das comunidades indígenas e camponesas. 

Para isso, serão realizadas oficinas de capacitação (locais e regionais), uma feira de troca de sementes na cidade de Medanitos (prevista para setembro), um encontro de intercâmbio de conhecimentos, um plano de comunicação para divulgação, e uma sistematização de práticas sobre sementes nativas e crioulas realizadas por mulheres camponesas e indígenas (formato digital). Também está prevista a participação da rede na Semana Continental de Sementes Nativas e Crioulas, em julho.

Foto: Associação Civil Bem-Aventurados os Pobres (BePe)

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A rede

A articulação de Territórios e Economias Autônomas: “Semeando cultura para o bem viver” é formada pela Associação Civil Bem-Aventurados os Pobres (BePe), a Associação Camponesa de Abaucán (ACAMPA) e a União dos Povos da Nação Diaguita (UPND). Na província de Catamarca, BePe e ACAMPA coordenam atividades há mais de 20 anos, incluindo a gestão da FM Horizonte. O BePe e a UPND também trabalham juntas há seis anos, e a UPND apoia a ACAMPA desde 2018 no fortalecimento da identidade camponesa-indígena. 

Essas organizações sustentam que as sementes nativas e crioulas são o patrimônio biocultural dos povos e a base da agricultura tradicional, garantindo a soberania e autonomia alimentar, e que as mulheres têm contribuído com seus conhecimentos e práticas na seleção, produção e cuidado das mesmas. Por isso, em defesa e promoção de sua própria identidade cultural e territórios, a XX Feira de Troca de Sementes Nativas e Crioulas será realizada em setembro.

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Organizações participantes

Bienaventurados los Pobres (BePe) é uma associação fundada em 1984, em San Fernando del Valle de Catamarca, que atua no noroeste da Argentina (NOA) por meio de uma equipe interdisciplinar de educadores populares, com o objetivo de contribuir para a construção de um uma sociedade justa e sustentável, pautada no respeito à diversidade de estilos de vida e culturas, com vistas a agroecologia, economia social, educação e comunicação popular.

A ação institucional está vinculada ao fortalecimento da soberania e autonomia alimentar das famílias camponesas, indígenas e produtoras urbanas, à defesa do território, à recuperação de saberes e práticas comunitárias e à promoção das identidades culturais locais. BePe desenvolve suas ações em bases territoriais e em articulação com organizações locais nas províncias de Catamarca e Santiago del Estero, Região Noroeste da República Argentina.

Foto: Associação Civil Bem-Aventurados os Pobres (BePe)

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A  Asociación Civil Campesinos del Abaucán (ACAMPA) foi criada em 2009, em Medanitos, província de Catamarca, com o objetivo de “resgatar a identidade dos trabalhadores de Bolsón de Fiambalá; promover a solidariedade, a união das famílias do território, o desenvolvimento sustentável, a dignidade e a melhoria da qualidade de vida; promover a ajuda entre empresários camponeses e camponeses da área; recuperar e recriar os valores da cultura camponesa local”. 

Sua conformação resgata experiências organizativas e solidárias pré-existentes, como fundos rotativos, banco de ferramentas e comissão organizadora da feira de sementes. Desde 1999, as famílias que compõem a ACAMPA promovem diversas ações de trabalho comunitário em defesa de seus meios e modos de vida e, junto com o BePe, realizam trabalhos de recuperação de sementes nativas e crioulas por meio da implantação do “Projeto Resgate de Variedades Locais de milho, abóbora e feijão”. 

Foto: Associação Civil Bem-Aventurados os Pobres (BePe)

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A União dos Povos da Nação Diaguita (UPND) nasceu em 2013 como uma organização de povos indígenas de segundo grau, formada por 18 comunidades indígenas do povo Diaguita, localizadas no norte da província de Catamarca, nos departamentos de Andalgalá, Belén, Santa Maria e Antofagasta de la Sierra. Participam do projeto as seguintes comunidades nativas: Cerro Pintao, Famabalasto, La Quebrada, La Hoyada, Toro Yaco, Alto Valle del Cajón, Aconquija, Los Nacimientos, Atacameños del Altiplano e Atacameños de Andiofaco. Embora sejam povos que tenham em comum suas raízes e identidade diaguita, os territórios e ecossistemas que habitam não compartilham as mesmas características, de modo que suas práticas culturais também variam. 

A organização gerencia atividades relacionadas à reprodução da vida comunitária: produção, soberania alimentar, identidade cultural, educação, saúde, direitos, infraestrutura e recursos. Cada comunidade está organizada em torno de uma assembleia, espaço fundamental de deliberação, socialização e tomada de decisões. As comunidades que fazem parte da UPND se reúnem em assembleia a cada 45 dias, para tratar de questões e problemas que estão passando, ligados principalmente à defesa do território e ao reconhecimento de sua identidade cultural. 

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10

jun
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Ministério de Cultura da Argentina abre a convocatória de Pontos de Cultura 2022

Em 10, jun 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

Saiu a oitava edição da convocatória de Pontos de Cultura da Argentina, lançada pelo Ministério de Cultura da Nação para continuar impulsionando e fortalecendo projetos culturais comunitários em todo o país, promover a participação popular e fomentar a reativação da cultura por meio da produção e do trabalho comunitário.

Podem participar organizações de base territorial com ou sem personalidade jurídica e comunidades indígenas de todo o país que trabalham para promover a solidariedade, a inclusão social, as identidades locais, a participação popular e o desenvolvimento regional. (Exceto as organizações que devem prestação de contas de projetos anteriores e as selecionadas na convocatória de 2021).

Essas organizações de base territorial podem ser associações civis, cooperativas, fundações, organizações que são centros comunitários e culturais, bibliotecas populares, meios de comunicação comunitários, clubes de bairro, grupos e artistas de teatro comunitário, murgas, trupes ou organizações para a expressão da diversidade, entre outros perfis organizacionais.

As organizações, grupos e espaços culturais que desejarem participar desta convocatória deverão se registrar previamente no Cadastro Federal de Cultura. Em seguida, podem se inscrever na VIII Convocatória Nacional de Pontos de Cultura, que ficará aberta até 8 de julho.

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Uma década de atividades

O programa Pontos de Cultura tem como objetivo visibilizar, apoiar e promover a cultura comunitária, construindo uma política pública junto às organizações, com uma perspectiva de cultura inclusiva, livre de violência, especialmente voltada para crianças, jovens, pessoas LGBTQIA+, indígenas, migrantes, afrodescendentes, pessoas com deficiência, pessoas em situação de vulnerabilidade, entre outros. 

Criado há uma década na Argentina, inspirado na política de Cultura Viva do Brasil, o programa estimula a articulação entre os mais de 1.300 coletivos culturais de diferentes partes do país que hoje compõem a Rede Nacional de Pontos de Cultura, potencializando a solidariedade, a inclusão, as identidades locais, a participação popular e o desenvolvimento regional por meio da cultura.

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Pontos de Cultura 2022

Na edição 2022 do edital, as organizações podem se apresentar em cinco categorias. São elas:

1) Novos Pontos de Cultura com Estatuto Jurídico: para associações civis, fundações e cooperativas, com teto de financiamento de 450 mil pesos argentinos.

2) Novos Pontos de Cultura de Base: para organizações sociais com base territorial constituída de fato, sem personalidade jurídica, com limite de financiamento de 250 mil pesos argentinos.

3) Novos Pontos de Cultura Indígena: destinados às comunidades indígenas já inscritas no Cadastro Nacional de Comunidades Indígenas, com limite de financiamento de 450 mil pesos argentinos.

4) Pontos de Cultura integrados à Rede Nacional: para organizações sociais e comunidades indígenas, na mesma situação de qualquer uma das três modalidades anteriores, que tenham sido selecionadas em alguma das edições anteriores do programa (exceto a de 2021) e que, por isso, já fazem parte da rede nacional. Limite de financiamento: com personalidade jurídica, 450 mil pesos; sem estatuto legal (básico), 250 mil pesos.

5) Projetos colaborativos entre Pontos de Cultura: voltados às organizações que compõem a Rede Nacional PDC. Os projetos apresentados devem ser elaborados por pelo menos duas organizações, com um limite de financiamento de 650 mil pesos.

Cada organização deve apresentar apenas um projeto, e cada projeto proposto pelas organizações deve estar inserido em uma destas 12 linhas de trabalho: Comunicação comunitária; Economia social e cooperativismo; Diversidade sexual e de gênero; Igualdade de gênero; Infância e adolescência; Jovens; Projetos educativos, desportivos e de promoção da leitura; Coletivos artísticos comunitários; Projetos artísticos; Direitos culturais, identidade e memória; Soberania alimentar e ambiental; Cultura do cuidado e promoção da saúde.

Para apresentar um projeto é necessário ter experiência de pelo menos dois anos de trabalho no território, além de possuir um espaço constituído como sede de suas atividades (próprio, alugado ou cedido) ou um espaço público em seu entorno como lugar de desenvolvimento de atividades.

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Informações: puntos@cultura.gob.ar

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(Fonte: Ministerio de Cultura de la Nación)

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01

jun
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Cultura Federal: encontro reúne representantes de 25 Pontos de Cultura da província de San Juan, na Argentina

Em 01, jun 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

Representantes de cerca de 25 organizações comunitárias da província de San Juan, na Argentina, participaram do Encontro de Puntos de Cultura que se realizou na sexta-feira, 27 de maio, no âmbito de Cultura Federal, uma iniciativa do Ministério de Cultura para reforçar a federalização, a diversidade e a inclusão em todo o território argentino.

A jornada de trabalho e intercâmbio de experiências contou com uma roda de conversa sobre a VIII Convocatória de Pontos de Cultura – que sairá em breve -, um painel com clubes de bairro e bibliotecas populares, uma oficina e uma mesa de reflexão sobre prevenção das violências de gênero em projetos e espaços culturais, a cargo do Ministério das Mulheres, Gêneros e Diversidade, entre outras atividades.

Participaram do encontro Federico Prieto, secretário de Gestão Cultural do Ministério de Cultura da Nação; Laura Bianchi, diretora nacional de Diversidade e Cultura Comunitária, e Diego Benhabib, coordenador de Pontos de Cultura, além de responsáveis regionais do programa.

“Foi um encontro muito produtivo para o programa Pontos de Cultura, que está trabalhando na articulação em rede e na potência que gera a cultura comunitária para a vida das comunidades”, destacou Benhabib ao encerrar a jornada.

(Fonte: Puntos de Cultura de Argentina)

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14

abr
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Representantes de 30 Pontos de Cultura da Argentina participam de encontro em Santiago del Estero

Em 14, abr 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

Nos dias 7 e 8 de abril, se realizou na cidade de Santiago del Estero um encontro provincial com 30 Pontos de Cultura que incluiu espaços de reflexão, capacitação e um encerramento com artistas locales, dentro de Cultura Federal, uma iniciativa do Ministério de Cultura da Argentina para reforçar a federalização, a diversidade e a inclusão em todo o território nacional.

As atividades tiveram como sedes o Centro de Convenções Fórum e o Ponto de Cultura “El Patio del Indio Froilán”. Além de uma apresentação do programa Pontos de Cultura, se realizaram oficinas de capacitação e mesas de reflexão sobre experiências comunitárias (cultura desde as juventudes, soberania alimentar, meio ambiente e abordagem das violências em espaços comunitários).

No final do encontro houve um fórum dos Pontos de Cultura onde se decidiu criar uma mesa provincial que avance a articulação de iniciativas próprias da rede. Depois, o ministro de Cultura da Argentina, Tristán Bauer, se reuniu com as organizações comunitárias locais para conhecer mais sobre o trabalho territorial e ouvir sobre seus projetos.

O encerramento artístico esteve a cargo do Ponto de Cultura Asociación Civil Música de Mujeres, que apresentou “Las Mullieris”, e de Morena Lezcano, cantora trans de Santiago del Estero; Bembé Guiné (Patio del Indio Froilán), que interpretou “Flama”, uma obra baseada na invisibilização das comunidades afrodescendentes no país, e o Ponto de Cultura Empoderar, que interveio com poesia.

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17

fev
2022

Em Notícias

Por IberCultura

15 indígenas da Argentina, do Brasil e do Equador lançam o e-book “De Abya Yala com Amor”

Em 17, fev 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

 

Em outubro de 2021, 15 indígenas de distintas regiões de Argentina, Brasil e Equador começaram a partilhar experiências, opiniões, visões, saberes e sentimentos através das ferramentas digitais. Ao longo de dois meses, esses sete homens e oito mulheres pertencentes a 12 povos/etnias realizaram seis “fogueiras digitais” de aproximadamente duas horas. Nesses encontros (por Zoom com transmissão por YouTube), deixaram a palavra correr, como tradicionalmente acontece nas comunidades indígenas quando se reúnem ao redor do fogo. 

O e-book “De Abya Yala com Amor”, que o coletivo agora apresenta em sua primeira versão com alguns textos em português e outros em espanhol, é um dos resultados desses intercâmbios digitais desenvolvidos no projeto “Diversidade Indígena Viva”. A iniciativa foi uma das 20 propostas selecionadas no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021.

Esta semana duas “fogueiras digitais” serão armadas especialmente para o lançamento da publicação, com a participação de algumas das pessoas autoras e transmissão pelo canal  www.youtube.com/mensagensdaterra. O encontro em espanhol será nesta quinta-feira, 17 de fevereiro, às 17h do Equador e 19h da Argentina. A versão em português ficou marcada para a sexta-feira, 18 de fevereiro, às 18h de Brasília. 

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Mensagens para a humanidade

“De Abya Yala com Amor” é um livro coletivo em que cada autor/a indígena traz uma mensagem para a humanidade que renasce neste momento de crises superpostas (ambiental, econômica, sanitária). Para esta comunidade intercultural de aprendizagem livre, estamos no meio de grandes mudanças, desafiados a mudar nossos paradigmas.

Esta versão original da publicação, com 90 páginas, tem os textos em espanhol ou em portugués, conforme foram enviados por seus autores/as em janeiro de 2022. A ideia é lançar posteriormente uma versão toda em espanhol e outra em português.

Além dos textos para o e-book, as fogueiras digitais realizadas em 2021 renderam mais de 40 vídeos curtos, editados pelo diretor audiovisual Sebastián Gerlic, argentino radicado no Brasil que compartilhou a gestão deste projeto com os indígenas  Mariela Tulián (Argentina), Angel Eras (Equador) e Nhenety Kariri-Xocó (Brasil). Estas “chispas” (em espanhol) ou “faíscas” (em português), com trechos dos depoimentos das pessoas autoras do livro, estão disponíveis no canal www.youtube.com/mensagensdaterra.

Da Argentina participam Tinkina Solita Tonokoté (Santiago del Estero); Lecko e Haylly Zamora Wichi (Chaco); Liliana Claudia Huarpe (Mendoza), e Mariela Comechingón Sanavirón Tulián (Córdoba). Do Brasil: Horopakó Desana (Amazonas); Cacique Kaji Waurá (do Xingu); Morubixabas Itamirim e Weramoru Tupi Guarani (São Paulo); Nhenety Kariri-Xocó (Alagoas) e Maria Pankararu (Pernambuco). Do Equador: Lauro Jerônimo Saant e Yamanua Shuar (Amazonas); José Atupaña Guanolema (kichwa-Puruhá) e Ángel Ramírez Eras, da cultura Palta, da região de Loja.

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📌Saiba mais sobre o projeto: http://www.thydewa.org/abyayala/

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06

set
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Província de Jujuy se incorpora à Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais

Em 06, set 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

O ministro de Cultura e Turismo da Província de Jujuy (Argentina), Federico Posadas, enviou à presidência do programa IberCultura Viva a carta de solicitação de incorporação da província à Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. O documento, assinado no dia 2 de setembro, informa que o secretário de Cultura de Jujuy, Luis Medina Zar, será o representante do governo local na rede.

A província propôs duas atividades em articulação com o programa IberCultura Viva. Uma delas, dirigida a povos originários, inclui a realização de conversatórios de medicina natural ancestral, de um seminário de música, danças e instrumentos e uma conversa sobre cerimônias ancestrais. O evento, que se realizará entre 8 e 11 de outubro, tem o objetivo de conhecer, valorizar e intercambiar saberes culturais ancestrais entre as comunidades do corredor Andino Qhapaq Ñan-Perú/ Argentina.

A segunda atividade proposta foi o desenvolvimento de cursos de formação cultural a tutores comunitários, de maneira virtual e semipresencial, tendo como população destinatária gestores culturais públicos e independentes e representantes das quatro regiões da província de Jujuy (Puna, Quebrada,Yungas e Valles). A carta de adesão  também cita um espaço de participação e diálogo com a sociedade civil em Jujuy: um fórum de participação com 24 organizações culturais comunitárias. 

Jujuy é a terceira província argentina que adere à iniciativa, ao lado das províncias de Entre Ríos e Chaco. A Argentina também está presente na rede com três municípios: Almirante Brown, Comodoro Rivadavia e Marcos Juárez.

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(Fotos: Secretaría de Cultura de Jujuy)

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