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18

mar
2019

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Encontro sobre bem viver, território e cultura popular reúne representantes de organizações na Argentina

Em 18, mar 2019 | Em Notícias |

No dia 7 de março foi realizado em José León Suárez (San Martín, Buenos Aires) o “Encontro sobre bem viver, território e cultura popular”. A roda de conversa na Casa UNSAM, uma das 17 propostas ganhadoras do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo, contou com a participação de líderes das organizações sociais que integram a Rede Mesa Reconquista.

Entre os expositores estavam Diego Benhabib, coordenador do Programa Pontos de Cultura da Argentina; Alexandre Roig, secretário acadêmico da UNSAM, e Claudia Villamayor, professora e pesquisadora da Faculdade de Jornalismo e Comunicação Social da Universidade Nacional de La Plata (UNLP) e da Universidade Nacional de Quilmes (UNQ). A moderadora foi Andrea Biscione, vice-diretora da Casa UNSAM.

Diego Benhabib comentou, entre outros temas, a complexidade do conceito de cultura (“definições que às vezes se chocam, às vezes se complementam”) e como a cultura comunitária vem integrando algumas cuestiones – sobretudo da cultura popular – no âmbito das políticas públicas.

“Este movimento social conseguiu legitimar, ou ajudar a legitimação, de um tipo de política pública que implica o reconhecimento do protagonismo da cidadania na produção cultural”, afirmou o coordenador de Pontos de Cultura, também representante da presidência do programa IberCultura Viva.

 

 

Claudia Villamayor ressaltou a importância de pensar na universidade como sede territorial, “cheia de povo”; e dos bairros “cheios de universidade, para outra universidade possível”. A comunicadora trabalha como assessora de estratégias em gestão de políticas de meios de comunicação comunitários, movimentos sociais e organizações.

Alexandre Roig, por sua vez, falou da necessidade de atualizar o ideal extensionista da universidade argentina, “cujos princípios seguem ligados à reforma de 1918”, e onde “infelizmente ainda não conseguimos encontrar a fórmula” para entabular relações mais igualitárias com a comunidade. Porque “se a educação é um direito, então não se deve nada a ninguém”.

Depois das apresentações, a conversa girou em torno de temas como as relações que se estabelecem entre Estado e sociedade civil para a formulação das políticas culturais; a ideia do extensionismo universitário, sua vinculação com o territorial e as valorações que se fazem sobre os saberes populares, entre outros.

Este bate-papo, organizado pela Asociación de Mujeres La Colmena-FM Reconquista, foi uma das atividades do projeto “Fortalecimento da Mesa Reconquista”, apresentado no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2018. A proposta busca gerar confluência e associatividade das organizações para um maior impacto cultural e social da rede, assim como potenciar sua visibilidade.

 

A rede

A Mesa Reconquista é uma experiência organizativa, propositiva, de ação e reflexão, que reúne diversas organizações sociais e instituições da zona norte do conurbano de Buenos Aires. Criada em 2011, a articulação é formada por associações de bairro, bibliotecas e escolas populares, centros culturais, jardins comunitários, associação de mulheres, rádio comunitária, empresas recuperadas, cooperativas de trabalho, ordens religiosas e igrejas.

Esta multiorganização foi constituída para construir um olhar comum sobre as prioridades da região. É um espaço de encontro e construção coletiva em que se discutem problemáticas e necessidades concretas, se estabelecem prioridades e se desenham possíveis iniciativas para atendê-las.

Participaram da roda de conversa na Casa UNSAM representantes das seguintes organizações: Centro Cultural Crecer de a Poco, La Colmena, Escuela Técnica UNSAM, Teatro Osadía, Articulación Territorial UNSAM, Asociación Puntos de Encuentro, Cine en Movimiento, Bachillerato Popular La Esperanza, Merendero Los Amigos e Centro Comunitario 8 de Mayo.

(Fotos: Articulación Territorial UNSAM)

 

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