Image Image Image Image Image
Scroll to Top

Para o Topo.

Notícias

21

out
2022

Em Notícias

5º Congresso de CVC: um convite para a construção conjunta de um novo espaço formativo

Em 21, out 2022 | Em Notícias |

No quarto dia do 5º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, terça-feira, 11 de outubro, os participantes se reuniram no pátio da Pousada Conafovicer, em Ate (Lima), para apresentar os relatórios dos países que tinham ficado pendentes no dia anterior, na Assembleia de Diagnóstico de CVC na América Latina. Ao final das contribuições das delegações, o vice-presidente do IberCultura Viva, Federico Prieto, e o secretário das Culturas de Niterói (Rio de Janeiro, Brasil), Alexandre Santini, tomaram a palavra para convidar o público a participar da construção conjunta de um espaço de formação vinculado ao programa.

Em seu discurso, Federico Prieto agradeceu ao Grupo Impulsor do 5º Congresso o convite para que o IberCultura Viva pudesse participar do evento, não de forma paralela (como ocorreu nas três edições anteriores, quando foram realizadas reuniões com o Conselho Intergovernamental e com governos no âmbito dos congressos), mas participando ativamente, tentando se envolver com os processos culturais. “Decidimos estar presentes para ouvir os processos, tomar nota e também aprimorar a política que pode ser gerada a partir do programa”, afirmou.

Além de Prieto, viajaram para o Peru a presidente do IberCultura Viva, Esther Hernández Torres; o representante (REPPI) da Argentina, Diego Benhabib; a secretária técnica, Flor Minici; três membros da Unidade Técnica; seis representantes do Grupo de Trabalho de Sistematização e quatro da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. O programa também contou com a participação de 61 pessoas de 12 países por meio do Edital de Mobilidade.

Ao destacar a participação do programa no congresso, o vice-presidente explicou que o IberCultura Viva possui um fundo comum distribuído igualmente entre todos os países membros, que permite a realização de editais como os de Mobilidade e Apoio a Redes. Apontou também o espírito de cooperação, de construção conjunta, “para poder levar a perspectiva da cultura comunitária a muitos mais governos, a mais legislações, sempre a partir do campo do encontro, do diálogo e da reciprocidade entre as organizações”.

“O movimento CVC também vem propor incidência política, e isso não pode faltar. A incidência política é tão grande que fez com que muitos de nós que participamos do movimento hoje tivéssemos responsabilidades institucionais nos governos”, destacou Prieto, que atualmente é secretário de Gestão Cultural do Ministério da Cultura da Argentina. Antes de assumir este cargo, que também corresponde à vice-presidência do programa,ele  foi membro da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais como representante da província de Entre Ríos.

O convite que Prieto fez aos presentes foi para participar do lançamento do Ciclo de videodiálogos e do Laboratório “Direitos Culturais e Cultura Viva”, atividade da Comissão de Formação da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais agendada para aquela tarde. “Viemos fazer um convite para que você participe desse espaço de construção conjunta. Porque se há algo que queremos é que se apaguem as fronteiras políticas para termos realmente as fronteiras culturais do nosso continente. Que os rios, as montanhas, os mares, a selva, o deserto, também sejam capazes de conectar, de igualar, e não de separar, e não de gerar fronteiras entre um processo cultural e outro”, destacou.

.

Ao lado dele estavam os quatro representantes da Rede de Cidades que participaram do congresso com o apoio do programa, e que também já fizeram parte do movimento CVC: Alexandre Santini (Niterói, Brasil), Luisa Velásquez (Guadalajara, México), Carola Gonzalez (Marcos Juárez, Argentina) e Tania Alvarez (Alajuelita, Costa Rica).

Alexandre Santini, que esteve presente em todos os Congressos Latino-americanos de CVC, falou em nome da rede sobre essa proposta de criar um espaço intersetorial de formação, tendo como conceitos básicos os direitos culturais e a cultura viva. “O processo começou a ser construído a partir da colaboração entre as cidades de San Luis Potosí (México) e Niterói, duas cidades que lançaram suas Cartas de Direitos Culturais, onde a questão da cultura viva e as organizações culturais comunitárias estão muito presentes”, ressaltou.

Segundo ele, o movimento CVC tem vocação para o poder, “mas para mudar o poder”, e nesse sentido o diálogo intersetorial é essencial. “A ideia é pensar no que vai ser este espaço formativo, a quem se destina, que conteúdos não podem ficar de fora, qual seria o melhor formato para o desenvolver”, explicou, lembrando que após o lançamento as discussões continuarão em sessões virtuais, com inscrições abertas a todas as pessoas interessadas.