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1º Colóquio Regional de Cultura Comunitária é realizado no Maule, no Chile
Em 06, mar 2019 | Em Notícias | Por IberCultura
(Foto: Benjamín Cataldo)
A Rede de Organizações Culturais Comunitárias da Região do Maule, no Chile, realizou neste sábado (02/03), na cidade de Parral, o Primeiro Colóquio Regional Cultura Comunitária de Base e uma feira cultural. O encontro contou com a participação massiva de Organizações Culturais Comunitárias (OCC) da Região do Maule e de outras seis regiões do país.
O espaço de conversação e reflexão girou em torno da pergunta “O que é cultura comunitária?”, buscando incorporar também a mirada de outros territórios e comunidades do país, mediante o convite estendido a representantes da cultura comunitária de Tarapacá, Coquimbo, Valparaíso, Metropolitana, O’Higgins e Los Lagos. Durante a instância de abertura, os participantes receberam a saudação da secretária regional do Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio da Região do Maule, María Pía Soler. O colóquio também contou com a participação de Alexandre Santini, especialista brasileiro em cultura comunitária, e de Marianela Riquelme, encarregada de OCC do Programa Red Cultura do Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio.
A experiência teve como objetivo fortalecer o trabalho de todas as organizações que integram a Rede de OCC — Região do Maule, além de propiciar uma reflexão e um relato comum que contribua para o reconhecimento do papel da organização cultural comunitária, o contexto e os objetivos do trabalho desenvolvido pela organização com as diferentes comunidades da região. Os participantes ressaltaram a grande capacidade de gestão e convocatória da Rede de OCC do Maule, e a visão descentralizadora da organização ao realizar o evento em uma cidade distinta da capital regional.
Contexto
A atividade foi possível a partir do financiamento do Edital IberCultura Viva de Apoyo a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2018, que favoreceu 17 iniciativas ibero-americanas, sendo esta iniciativa da Rede de OCC do Maule a única executada no Chile.
A Rede de Organizações Culturais Comunitárias — Região do Maule foi criada em 2015 e segue vigente, reunindo-se sob as lógicas de conversações permanentes com o Estado através do Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio. É formada por uma mesa de representantes em que participam cerca de organizações culturais comunitárias de diversos territórios e comunidades, organizados de maneira horizontal, sem hierarquia.
Fonte: Ministerio de las Culturas, las Artes y el Patrimonio
8º Festival Icozeiro: a cidade como espaço de convivência e aprendizagem
Espetáculo Urrou, da Cia. Monica Alvarenga (Foto: Elisa Monteiro)
Icó é uma cidade do sertão do Ceará que teve seu conjunto arquitetônico e urbanístico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1998. A cidade foi a primeira a receber este tipo de tombamento (conjuntos urbanos protegidos pelo Iphan) e uma de suas maiores expressões é o centro histórico, que remonta ao período colonial. É ali que anualmente se realiza o Festival da Cultura Icoense – Icozeiro, evento criado em 2011 para a divulgação, articulação, fruição e fortalecimento da produção cultural local.
O festival, que teve sua oitava edição realizada entre os dias 18 e 30 de dezembro, foi um dos eventos ganhadores do Edital IberCultura de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2018. As atividades ocorreram em espaços públicos tombados, como o Largo do Théberge, o Centro de Arte e Cultura Prefeito Aldo Marcozzi Monteiro (instalado no prédio da antiga Casa de Câmara e Cadeia de Icó), o Teatro da Ribeira dos Icós e o Sobrado do Canela Preta.
Ao dar vazão a uma demanda do município no tocante à ocupação do espaço público, entendendo a cidade como um espaço de convivência e aprendizagem, os organizadores do festival buscam fortalecer a identidade local, promover o intercâmbio cultural e possibilitar a geração de renda em torno da economia criativa, em espaços que representam a memória, a história e a cidadania.
Além de apresentações de música, teatro, dança, audiovisual, literatura, artes plásticas e artesanato, a programação contou com oficinas, palestras, campanhas, ações educativas e formativas. Também reuniu homenagens a figuras locais, como Gerson do Acordeon, com mais de 60 anos no cenário cultural regional; Bonfim Fogueteiro, conhecido pela montagem das bombas artesanais da Festa do Senhor do Bonfim; e dona Menininha Pipoqueira, que há 40 anos está no imaginário coletivo cotidiano de Icó.
O evento foi apresentado ao Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2018 como uma proposta da Associação Filhos e Amigos de Icó (Amicó) promovida em articulação com Universidade Federal do Cariri (UFCA)/ Instituto de Estudos do Semiárido (IESA), Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Icó (Sindsepmi), Escola Livre de Artes (ELA) e Faculdade Vale do Salgado (FVS).
Assista à reportagem de Tep Rodrigues no programa Partiu, da TV Verdes Mares:
Programa Partiu Icó Icozeiro (05.01.2019) – Parte 02 – TV Verdes Mares
Vídeo do segundo bloco do Programa Partiu, da Tv Verdes Mares, exibido na tarde deste sábado (05/01/2019), sobre o Icó. Nesta parte, é trazido ao público um pouco do 8º Festival Nacional Icozeiro – Festival da Cultura Icoense 2018, que espalhou-se por todo o Município icoense. Reportagem de Tep Rodrigues.
Publicado por Festival da Cultura Icoense – Icozeiro em Sábado, 5 de janeiro de 2019
Saiba mais: https://www.facebook.com/Festival.Icozeiro/
Festival Colores de la Sierra: uma semana de atividades para o povo wixárika em Jalisco
Em 23, jan 2019 | Em Notícias | Por IberCultura
O Festival Intercultural Colores de la Sierra, que será realizado de 28 de janeiro a 3 de fevereiro, é um evento dirigido às comunidades indígenas da Sierra Huichol, no município de Mezquitic (Jalisco, México). A proposta de criar um festival de uma semana para compartilhar e criar junto com a comunidade de San Andrés Cohamiata, onde vive o povo wixárika, foi um dos 17 projetos ganhadores do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Coletivo 2018.
O enfoque da programação está na promoção dos direitos dos povos indígenas. As atividades incluem música, dança, canto, cinema, teatro, poesia, contação de histórias, murais, jogos cooperativos, oficinas de artesanato e conversas sobre temas variados, que vão desde plantas medicinais até captação de água da chuva e autocuidados.
A rede
A rede Ha Ta Tukari, promotora do projeto, é uma equipe multidisciplinar formada por quatro ONGs que há nove anos trabalham em comunidades da Sierra Huichol (La Cebolleta e La Laguna), uma área de difícil acesso e com alto grau de vulnerabilidade. O isolamento geográfico dificulta que as localidades contem com serviços básicos, como água potável, drenagem, oferta educativa e atenção médica de qualidade.
Nestas comunidades, a rede impulsiona um programa de educação para a saúde e a sustentabilidade, com oficinas e teatro didático para a adoção de práticas e tecnologias sustentáveis (captação pluvial, hortas, restauração ambiental) e promoção de hábitos de higiene e nutrição. Também atua com um programa de participação e vinculação comunitária que inclui projetos de arte comunitário, biblioteca, cinema ao ar livre, convivências e exposições, entre outras atividades.
Nova aliança
Para a realização do Festival Colores de la Sierra, esta rede de organizações aliadas (Proyecto ConcentrArte A.C., Desarrollo Rural Sustentable Lu’um A.C., Isla Urbana A.C.) tem a colaboração do Grupo Teukari Jicareros de San Andres, Fuego Azul Arte, Casa Huichol e Colores de la Tierra.
Criado em 2012, Colores de la Tierra é um projeto multicultural que alcança mais de 1.500 meninos e meninas em oito comunidades da serra, mediante a criação de espaços para compartilhar ferramentas criativas e ecológicas, sempre com o objetivo de promover e preservar a cultura wixárika.
O povo wixárika é formado por cerca de 20 comunidades e, até o momento, a rede Ha Ta Tukari e Colores de la Tierra vinham atuando em comunidades diferentes. A nova aliança é uma forma de ampliar seu espectro de ação, realizando um trabalho mais profundo e de maior alcance, com um mesmo objetivo: um futuro sustentável para o povo wixárika mediante o respeito e a preservação de sua cosmovisão e tradições.
Organizações e coletivos culturais comunitários de El Salvador se reúnem durante o 22º Festival Artístico Chalateco
Em 27, nov 2018 | Em Notícias | Por IberCultura
Fotos: René Figueroa
Diversos coletivos e organizações de El Salvador compartilharam experiências e metodologias em “Um encontro de Cultura Viva Comunitária”, realizado durante o 22º Festival Artístico Chalateco e 12º Festival del Maíz, nos dias 23, 24 e 25 de novembro, no município de San Antonio Los Ranchos, departamento de Chalatenango.
O evento, que foi um dos selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2018, teve como objetivo contribuir para as políticas culturais comunitárias em El Salvador. Participaram das jornadas representantes de organizações e coletivos como TALEGA, FundArte Cojutepeque, ADES Santa Marta, Asociación CusCambia, EDUC-ARTE, Red De Comunicadores Occidente, CCCOT, Colectivo 12-15 y Tamarindo Foundation e Colectivo La-VoR.
O argentino Eduardo Balán, do coletivo El Culebrón Timbal, esteve presente no encontro e falou da preparação do 4º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, que se realizará na Argentina em mayo de 2019. “A Cultura Viva é este caminho amplo compartilhado por centenas de milhares de coletivos populares na América Latina há séculos e que continua crescendo, através das ações artísticas, produtivas e educativas realizadas nos bairros”, comentou Balán, que também elogiou o trabalho desenvolvido em El Salvador a partir da Associação TNT (“grupo lendário na América Latina”).
Os festivais
O 22º Festival Artístico Chalateco, reconhecido como o encontro anual das artes cênicas no departamento de Chalatenango, teve início na quinta-feira (22/11) no Centro Cultural Jon Cortina, com a apresentação dos espetáculos dos grupos Escena X (“Cerdos”) e Los Del Quinto Piso (“13703, El misterio de las utopías”). A abertura contou com a presença de crianças, jovens, adultos e “adultos maiores” de diferentes comunidades, como Guarjila, Las Minas e San Antonio Los Ranchos.
O segundo dia continuou no anfiteatro do Parque Cultural de San Antonio Los Ranchos e marcou a inauguração da 12ª edição do Festival del Maíz (“Festival do Milho”), a feira gastronômica e artesanal que desde 2007 se realiza simultaneamente ao Festival Artístico Chalateco. Elotes locos, tamalitos de elote, riguas, atol de maíz blanco, enchiladas, tacos, pães recheados, pastéis e chicha à base de milho foram alguns dos pratos elaborados por pessoas empreendedoras do município.
No anfiteatro
A apresentação de espetáculos no anfiteatro começou com a escola infantil de teatro impulsionada pela Asociación Tiempos Nuevos Teatro com a obra “Juguemos diferente” (“Brinquemos diferente”). Depois vieram “Pobrecitos mis cuentos de barro”, do Teatro Cíclico de El Salvador, e “Los viajes de Wenceslao”, da Compañía Teatral Quimera (Honduras).
No sábado (24/11), foi a vez do Coro Nacional de Personas Adultas Mayores de El Salvador (CAMES) e do Circus Contemporaneum, com “Alicia en el País de las Maravillas”. A programação de domingo contou com os “Cuentos mágicos” de César Ilusionista, a “Sesión Cirkus” do palhaço Simoon, e o concerto musical da salvadorenha Nadia Maltez.
A equipe produtora de Asociación Tiempos Nuevos Teatro (TNT) se apresentou no encerramento, e Walter Romero, diretor da TNT, agradeceu a todas as pessoas e instituições que fazem possível o festival. Aproveitou para falar do trabalho que se faz na instituição, dos diferentes processos de educação artística que se desenvolvem nas comunidades de Azacualpa, Guarjila, Guancora, Las Minas, San Miguel de Mercedes e San Antonio Los Ranchos. Também contou ao público novidades, como a turnê pela Alemanha que o elenco fará em 2019, representando El Salvador na Europa.
Saúl Marín, prefeito de San Antonio Los Ranchos, também agradeceu e reconheceu o trabalho que TNT ali realiza para a prevenção da violência a partir da arte e da cultura. A Asociación TNT nasceu em 1993, um ano depois da assinatura dos Acordos de Paz, que terminou com mais de uma década de guerra civil em El Salvador. Surgiu nas montanhas de um departamento historicamente excluído, Chalatenango, e ali permanece depois de 25 anos, como uma referência de arte comunitária para toda a América Latina.
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Um encontro de Pontos de Cultura e Memória Rurais e um festival no interior do Ceará: os dois projetos brasileiros selecionados no Edital de Apoio a Redes 2018
Nome do evento: Teia Latino-americana dos Pontos de Cultura e Memória Rurais
Nome da rede ou articulação: Rede Nacional de Pontos de Cultura e Memória Rurais
Organização responsável: Instituto de Imagem e Cidadania RJ
Um dos dois projetos brasileiros ganhadores do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Trabalho Colaborativo 2018, a 1ª Teia Latino-americana dos Pontos de Cultura e Memória Rurais será realizada em abril de 2019 na comunidade rural de Santo Antônio, município de Bom Jardim (Rio de Janeiro). Participarão do encontro 22 organizações integrantes da Rede Nacional de Pontos de Cultura e Memória Rurais (*) e cinco de países membros do programa IberCultura Viva, entre outros convidados.
A Teia integrará as atividades do 3º Encontro Nacional de Pontos de Cultura e Memória Rurais, buscando um diálogo sobre os territórios rurais presentes na América Latina, suas proximidades e distinções, com vistas à elaboração de políticas públicas de cultura para áreas rurais. Os cinco representantes de organizações culturais de Argentina, México, Uruguai, Equador e Chile serão selecionados por integrantes da Rede Nacional de Pontos de Cultura e Memória Rurais, que levarão em consideração a inserção da organização cultural em territórios rurais.
Será realizado um seminário envolvendo oficinas e rodas de conversa com temas presentes no dia a dia das organizações que atuam em áreas rurais, como cultura e educação, cultura e agroecologia, cultura e turismo comunitário. Também estão previstas duas mesas redondas: “Mulheres rurais, guardiãs da cultura camponesa” e “Políticas públicas de cultura para territórios rurais no Brasil, Argentina, Chile, México, Uruguai e Equador”.
Além de conhecer a realidade das organizações culturais que atuam em territórios rurais nos países que integram o programa IberCultura Viva, o encontro tem como objetivo constituir um canal de diálogo com essas organizações e fomentar a integração ibero-americana, valorizando a cultura na sua dimensão simbólica, cidadã e econômica.
A Rede Nacional de Pontos de Cultura e Memória Rurais é uma articulação de organizações culturais reconhecidas pelo Ministério da Cultura como Pontos de Cultura e/ou Pontos de Memória. Essas 22 organizações atuam em comunidades rurais nas cinco regiões brasileiras, por meio de bibliotecas comunitárias, museus comunitários, centros culturais, pontos de leitura, pontinhos de cultura, cineclubes, entre outros, atendendo aos povos da floresta, das águas e do campo.
(*) Participam da rede os seguintes Pontos de Cultura e Memória Rurais: Ponto de Cultura Meninos do São João (Palmas,Tocantins), ASCALTA (Cantá, Roraima), Ponto de Cultura a Bruxa Tá Solta (Boa Vista, Roraima), Comunidade Kilombola Morada da Paz (Rio Grande do Sul), Rede Tucum (Ceará), Fundação Cultural Cabras de Lampião (Museu do Cangaço – Serra Talhada, Pernambuco), Ponto de Cultura Nina (Campinas, São Paulo), Associação Cultural Viva (Duas Barras, Rio de Janeiro), Ponto de Cultura Tesouros da Terra (Nova Friburgo, Rio de Janeiro), Sociedade Musical Euterpe Lumiarense (SMEL – Nova Friburgo, Rio de Janeiro), Centro Cultural Visconde de Mauá (Visconde de Mauá, Rio de Janeiro), Associação Amigos de Piaçabuçu (Piaçabuçu, Alagoas), Terra Una (Liberdade, Minas Gerais), Associação dos Moradores do Sitio Volta (Jaguaruana, Ceará), Ponto de Cultura Alimentar Iacitatá (Belém, Pará), Associação Mata Atlântica Ponto de Cultura Caipira (Silva Jardim, Rio de Janeiro), Associação dos Produtores do Triângulo da Pinha – APPIAL (Alagoas), Instituto de Imagem e Cidadania (Bom Jardim, Rio de Janeiro), Associação dos Produtores de Artesanato, Gestores Culturais e Artistas de Icó – APROARTI (Icó, Ceará), Escola Viva Olho do Tempo (Gramame/João Pessoa, Paraíba), Guaimbe – Espaço e Movimento CriAtivo (Pirenópolis, Goiás) e Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo – CEPAGRO (Florianópolis, Santa Catarina).
Nome do evento: 8º Festival Nacional ICOZEIRO
Nome da rede/articulação: Festival da Cultura Icoense – ICOZEIRO
Organização responsável: Associação Filhos e Amigos de Icó – AMICÓ
O Festival da Cultura Icoense – Icozeiro, que este ano chega à oitava edição, é um evento realizado na cidade histórica de Icó (Ceará) para a divulgação, articulação, fruição e fortalecimento da produção cultural local. Mesclando música, teatro, dança, audiovisual, literatura, artes plásticas e artesanato, conta também com palestras, workshops, debates e rodas de conversa, de forma a promover e contemplar a miscelânea cultural presente desde a formação da população icoense e do sertão do Ceará.
O evento é gratuito e realizado anualmente desde 2011, entre os dias 18 e 30 de dezembro, no Centro de Arte e Cultura Prefeito Aldo Marcozzi Monteiro (CACPAMM), instalado no prédio da antiga Casa de Câmara e Cadeia de Icó, espaço tombado como patrimônio em 1975 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Também há atividades em outros espaços públicos do centro histórico e em bairros periféricos, comunidades e distritos do município.
A data coincide com o período de maior efervescência na cidade, com as festas do dia da padroeira do município, Nossa Senhora da Expectação (18 de dezembro) e do Senhor do Bonfim (1º de janeiro), e as confraternizações de fim de ano. Em 2011, ano em que o festival estreou com oito apoiadores e parceiros, o público estimado foi de 2,5 mil pessoas. Na última edição, este número aumentou para 23,5 mil pessoas e 78 apoiadores e parceiros.
A proposta do festival foi apresentada ao Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2018 pela Associação Filhos e Amigos de Icó (Amicó) em articulação com Universidade Federal do Cariri (UFCA)/ Instituto de Estudos do Semiárido (IESA), Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Icó (Sindsepmi), Escola Livre de Artes (ELA) e Faculdade Vale do Salgado (FVS).
Esta rede colaborativa, voltada para ações educativas, formativas e culturais, busca dar vazão a uma demanda do município no tocante à ocupação do espaço público, fortalecendo a identidade local, promovendo o intercâmbio cultural e possibilitando a geração de renda em torno da economia criativa e da economia da cultura, em espaços que representam a memória, a história e a cidadania.
Saiba mais sobre o Festival de Cultura Icoense: https://www.icozeiro.com
Um festival de artes e um encontro de batucada: os dois projetos de El Salvador selecionados no Edital de Apoio a Redes 2018
Em 21, nov 2018 | Em Notícias | Por IberCultura
Nome do evento: Festival Artístico Chalateco y Festival del Maíz, un encuentro por la Cultura Viva Comunitaria
Nome da rede/articulação: Colectivos y Organizaciones de CVC de El Salvador
Organização responsável: Asociación Tiempos Nuevos Teatro (TNT)
O 22° Festival Artístico Chalateco e 12° Festival del Maíz, apresentado pela Asociación Tiempos Nuevos Teatro (TNT) em articulação com coletivos e organizações de cultura comunitária de El Salvador, será realizado esta semana, de 22 a 25 de novembro, no município de San Antonio Los Ranchos, departamento de Chalatenango.
Durante esses quatro dias, haverá apresentações de grupos de El Salvador, Honduras y Guatemala. Estão programados espetáculos de Nadia Maltez, El Coro Nacional de Adultos Mayores (CAMES), Escena X, Los del Quinto Piso, Teatro Cíclico, Payaso Simoon de El Salvador, Compañía Teatral Quimera (Honduras) e El Mago César (Guatemala). Na quinta-feira (22), paralelamente à celebração em San Antonio Los Ranchos, o festival também estará nos municípios de Azacualpa, San Miguel de Mercedes e comunidade de Las Minas.
Teatro comunitário
O Festival Artístico Chalateco é realizado desde 1998. Chamado de “Festival de Teatro Popular Chalateco” em suas três primeiras edições, o evento surgiu da necessidade da Associação TNT de criar espaços para mostrar as produções dos grupos de teatro comunitário da região.
Neste contexto, a TNT, junto com outras instâncias de San Antonio Los Ranchos, decidiram lançar em 2007 o Festival del Maíz (“Festival do Milho”), tentando resgatar uma das tradições perdidas transitoriamente no município durante o conflito armado.
A Associação TNT nasceu em 1993, um ano depois da assinatura dos Acordos de Paz, que terminou com mais de uma década de guerra civil em El Salvador. Surgiu nas montanhas de um departamento historicamente excluído, Chalatenango, e ali permanece depois de 25 anos. Na zona rural, projeta-se como uma referência de arte comunitário para toda a América Latina.
Cultura viva
Este ano, paralelamente à programação dos festivais artístico e gastronômico, de 23 a 25 de novembro haverá um encontro de 15 coletivos e organizações de Cultura Viva Comunitária. A ideia é ter um espaço durante o dia para trocar experiências de trabalho, conhecer a plataforma Mapa IberCultura Viva e contribuir para o 4º Congresso Latino-americano de CVC, que se realizará na Argentina em maio de 2019.
A proposta foi apresentada ao Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2018 pela Asociación Tiempos Nuevos Teatro em articulação com Centro de Arte para la Paz, Centro Cultural y de las Artes Monseñor Oscar Arnulfo Romero (CLAMOR), Colectivo 12-15, Colectivo La Voz de Romero (LaVoR), Asociación de Arte para el Desarrollo-Primer Acto y Fundación por el Desarrollo de la Cultura a través de las Artes en Cojutepeque (FUNDARTE) e El Culebrón Timbal.
Nome do evento: III Encuentro Nacional de la Red de Batucadas TUYULU
Nome da red/articulação: Red de Batucadas TUYULU
Organização responsável: TDH-Suiza El Salvador
Cerca de 20 grupos de percussão de El Salvador participarão do 3º Encontro Nacional da Rede de Batucadas Tuyulu, nos dias 19 e 20 de dezembro, em San Salvador. O projeto busca fortalecer os grupos de batucada em sua capacidade organizativa em nível local e nacional, e suas habilidades de usar a batucada como ferramenta para a coesão e a transformação social.
Durante as duas jornadas, haverá oficinas sobre técnicas musicais, direitos humanos, equidade de gênero e estratégias de incidência através da arte. O encontro terminará com uma apresentação no espaço público, buscando a conscientização sobre as problemáticas vividas pela juventude salvadorenha.
Se espera a participação de cerca de 100 jovens, entre 15 e 30 anos, residentes da área rural ou urbana dos diferentes departamentos de El Salvador, que tenham conhecimentos básicos de batucada ou percussão e se encontrem em processo de organização ou estejam organizados em coletivos, redes, comitês, etc.
Previamente ao encontro nacional, serão realizadas uma reunião de coordenação, a gravação de um vídeo didático e duas jornadas preparatórias em diferentes zonas do país. A gestão contará com a participação dos/as jovens provenientes dos grupos integrantes da rede, em colaboração com as organizações que apoiam a Tuyulu.
A Rede de Batucadas Tuyulu foi fundada em 30 de agosto de 2015 por 12 grupos de percussão brasileira, com a missão de promover a batucada como uma ferramenta de transformação social e fomentar a cidadania ativa. Atualmente, a rede está preparando um processo formativo para grupos de jovens de 20 comunidades marginalizadas.
A proposta foi apresentada ao Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes 2018 por Asociación y Cooperación de Investigación para la Salud Mental (ACISAM), Plataforma Global El Salvador (PGES), Centro Bartolome de las Casas (CBC) e Terre des Hommes Suisse El Salvador (TDH-Suiza).
Saiba mais sobre a Rede Tuyulu: www.facebook.com/tuyulu
Saiba mais sobre a TNT: https://www.tnt.org.sv/ e https://bit.ly/1MOJw3I
Um encontro para conversar sobre patrimônio: o projeto do Uruguai selecionado no Edital de Apoio a Redes 2018
Em 20, nov 2018 | Em Notícias | Por IberCultura
Nome do evento: “Patrimonio invisible, construyendo cultura viva”
Nome da red/articulação: Las Vías
Organização responsável: Intermedios Producciones
O projeto “Patrimônio invisível, construindo cultura viva”, apresentado pela rede uruguaia Las Vías, aposta na criação de um espaço de encontro e reflexão sobre patrimônio vivo, sobre o patrimônio imaterial e seu diálogo com o patrimônio material, resgatando sua história e sua memória.
As instituições que integram a rede Las Vías (Oficina de la Juventud, Comparsa Cuerda de la Explanada, Espacio Cultural Ignacio Espino, Intermedios Producciones) estão baseadas no bairro Las Palmas da cidade de San José de Mayo (departamento de San José), onde ficavam as instalações da Antiga Estação de Trem do Estado. Mantêm identidade própria, mas num contínuo trabalho colaborativo, atendendo a públicos de diferentes idades e contextos, potenciando o bairro como um polo sociocultural da cidade.
A proposta dos coletivos busca gerar uma instância de reflexão sobre os projetos sociais, culturais, artísticos e educativos da zona da Antiga Estação de Trem do Estado, e estabelecer um contraste entre ontem e hoje, entre o visível e o invisível (para visibilizar o invisível), entre o material e o intangível. A zona esteve abandonada durante anos, até que os coletivos se apropriaram do lugar.
O “encontro-conversatório” tem como objetivos: conscientizar sobre a importância do patrimônio imaterial em diálogo com o patrimônio material; valorizar as expressões culturais e artísticas; estimular o trabalho conjunto entre diferentes organizações e coletivos da zona territorial onde se baseia o projeto; criar uma exposição fotográfica que reflexione sobre o valor do patrimônio imaterial; oferecer ao bairro uma infraestrutura fixa para exposições a céu aberto durante os 365 dias do ano; aumentar o trânsito de público pela zona.
As três etapas
Esta proposta será desenvolvida em três etapas. A primeira jornada propiciará o encontro de diferentes atores, integrantes das organizações e coletivos, vizinhos do bairro e público em geral. Também serão convidados a participar do encontro agentes locais e nacionais envolvidos com o tema do patrimônio imaterial, para dar sua visão e enriquecer o intercâmbio. Desse encontro será produzido um documento com as propostas e conclusões.
Fotógrafos profissionais (da cidade) e emergentes (dos espaços formativos do Espaço Cultural Ignacio Espino e integrantes dos coletivos da zona) serão convidados a transitar um dia pelo bairro com a premissa de registrar a convivência do patrimônio material e imaterial. Serão registradas as diversas atividades realizadas durante um dia nos espaços a cargo dos coletivos: oficinas, atividades ao ar livre, espetáculos de artes cênicas, saída e percurso da Comparsa Cuerda de la Explanada (o bloco carnavalesco local), etc.
Com base no material elaborado durante o encontro e tendo como insumos o material fotográfico, será montada uma exposição de 28 fotografias e 2 placas (una apresentando o projeto e outra apresentando o bairro). A etapa 2 abarca a realização/curadoria e inauguração da exposição fotográfica a céu aberto. A etapa 3 será de circulação da mostra.
Saiba mais sobre o Espaço Cultural Ignacio Espino: https://www.ecie.com.uy
Um festival para dar espaço às mulheres: o projeto do Equador selecionado no Edital de Apoio a Redes 2018
Em 08, nov 2018 | Em Notícias | Por IberCultura
Nome do evento: Otras Miradas, Otras Voces
Nome da rede/ articulação: Circuito4
Instituição responsável: Femrock Ecuador
O festival Otras Miradas, Otras Voces, programado para março de 2019, é uma proposta das organizações Femrock Ecuador, Dionisios Arte Cultura e Identidad e Unión Orfebres de Pichincha e o Comité Barrial Ciudadela Quito Sur para dar espaço e empoderamento às mulheres e à população LGBTI no Equador, a partir da produção das mulheres.
As atividades incluem jornadas de capacitação (“Saberes patrimoniais”), jornadas de sensibilização, jornadas de cinema de mulheres, oficinas, rodas de conversa com mulheres cineastas e um encerramento festivo com vários grupos artísticos comunitários.
O evento, que teve sua primeira mostra em 2018, surgiu como resposta a uma necessidade de um grupo de mulheres que buscavam um espaço mais amplo nas artes. A este processo se somou a comunidade LGBTI, que unindo esforços encontrou um mecanismo para promover o tema dos direitos por meio do teatro, da música e das artes. Assim, Femrock e Dionisios apostaram na criação de jornadas de trabalho, sensibilização e capacitação através da arte, o que fez com que outras agrupações de mulheres diversas e da população LGBTI se unissem em torno da iniciativa.
Em março deste ano, por ocasião do Dia da Mulher, o festival reuniu artistas fotógrafas, mulheres indígenas, meninas afrodescendentes, mulheres roqueiras, mulheres da terceira idade, mulheres do hip-hop, mulheres que gostam de esportes radicais, poetas, “teatreiras” e artistas drag. A meta para 2019 é que mais mulheres, organizações e grupos de bairros se somem a estas jornadas. As atividades serão realizadas em várias localidades, como Calzado, Quito Sur, San Bartolo, Plaza Grande, Casa del Orfebre, Ferroviaria, Colmena e o Parque das Diversidades.
Saiba mais sobre Femrock Ecuador: https://www.femrockecuador.com/
Um festival comunitário e um ciclo de intercâmbios: o projeto de Costa Rica selecionado no Edital de Apoio a Redes 2018
Em 08, nov 2018 | Em Notícias | Por IberCultura
Nome do evento: Festival de Juventudes de La Carpio
Nome da red/articulação: Aprendizajes colaborativos La Espiral
Instituição responsável: Cooperativa Viresco
“Aprendizagens colaborativas La Espiral” é o nome da rede/articulação formada pela Cooperativa Viresco (San José, Costa Rica), o grupo Aprende a jugar (San José, Costa Rica), a iniciativa em educação popular “CulturAula: Comunidades Aprendiendo” (Guadalajara, México) e a Asociación Civil Caja Lúdica (Cidade de Guatemala).
O projeto proposto por eles no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes 2018 se refere a um festival comunitário na comunidade de La Carpio, em Costa Rica, e um ciclo de intercâmbios metodológicos para nutrir de ferramentas e experiências os estudantes atuais e já graduados do curso de Técnico em Animação Sociocultural Comunitária (TASC), e também alimentar os processos comunitários que lideram atualmente. Além de La Carpio, o projeto beneficiará a comunidade de León XIII.
A quarta edição do Festival de Juventudes de La Carpio (FEJUCA), a realizar-se em dezembro de 2018, contará com oficinas, apresentações artísticas, atividades recreativas e feira de artesanato e comida. A ideia é que ao menos 60% dos artistas da agenda do FEJUCA sejam da comunidade e que ao menos 70% da produção seja assumida por membros da comunidade. Também figuram como metas do projeto ter a participação de cerca 200 pessoas de La Carpio e propiciar o intercâmbio de no mínimo oito gestores culturais de Costa Rica, México e Guatemala.
A iniciativa busca promover e difundir a cultura existente em La Carpio – esta comunidade binacional (estima que 50% são costarriquenhos e 49% nicaraguenses) surgiu em 1997 – e fortalecer os processos de educação alternativa desenvolvidas pelas organizações e coletivos das redes de arte e cultura MARACA e Culturas Vivas Comunitárias Mesoamérica.
Conectando culturas, abrindo janelas: o projeto da Espanha selecionado no Edital de Apoio a Redes 2018
Em 08, nov 2018 | Em Notícias | Por IberCultura
Nome do evento: Entre Fronteras. El encuentro internacional VEDI de Fronteras Imaginarias
Nome da red/articulación: Comunidad VEDI
Organização responsável: Ventana a la Diversidad
Nascida no País Basco, a Comunidade VEDI (de Ventana a la Diversidad) é uma plataforma que conecta jovens de várias partes do mundo através da arte, da criatividade e das tecnologias digitais. Sua proposta tem como foco o fortalecimento de capacidades em jovens para que possam converter-se em agentes de mudança positiva a favor da diversidade (cultural, sexual, de ideias, etc), da cultura de paz e da promoção dos direitos humanos.
Para o 1º Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2018, a Comunidade VEDI apresentou como proposta o evento “Entre Fronteiras”. Este encontro internacional de “fronteiras imaginárias”, que se dará na ilha de Rapa Nui (Chile) durante nove dias, será aberto à participação dos cidadãos e reunirá especialistas em (co)criatividade para a resolução de conflitos baseados na convivência multicultural.
A iniciativa, apresentada pelas organizações/ coletivos Ventana a la Diversidad (San Sebastián/País Basco, Espanha), Toki (Rapa Nui, Chile), Colectiva Trenzar (Lima, Peru) e txt (Recife, Brasil), pretende ser uma experiência de intercâmbio de conhecimentos e práticas de iniciativas de inovação intercultural a favor da cultura de paz, da convivência intercultural e da solidariedade, num contexto de respeito pelos direitos humanos e da diversidade cultural.
Além de celebrar um encontro internacional na ilha de Rapa Nui, o projeto tem como meta estimular a participação de 20 jovens indígenas Rapa Nui no desenho de iniciativas que favoreçam a convivência na diversidade, e realizar uma edição piloto em diferentes comunidades da ilha, em que participem membros da comunidade. A experiência será sistematizada e apresentada durante o Campus Fronteiras Imaginárias, marcado para junho de 2019 em San Sebastián (Espanha).
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