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Redes uruguaias realizam o 1º Encontro Nacional de Cultura Viva Comunitária
Em 25, set 2017 | Em Notícias | Por IberCultura
Fotos: Cobertura colaborativa/Media Red
Cerca de 150 pessoas participaram do Primeiro Encontro Nacional de Cultura Viva Comunitária do Uruguai, realizado nos dias 16 e 17 de setembro na cidade de Las Piedras, departamento de Canelones. “Foram duas jornadas de trabalho efetivo e muito entusiasmo”, conta Walter Ferreira, um dos organizadores do encontro, selecionado entre os projetos ganhadores do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes 2016.
O lançamento oficial se deu no Monte de la Francesa na sexta-feira, 15 de setembro. Com a presença da Murga Agarrate Catalina, foram abertas as duas jornadas nas quais as discussões giraram em torno de três eixos: “Formação em gestão e financiamento de projetos culturais”; “Convivência, inclusão, participação e redes”; e “Políticas culturais comunitárias de caráter latino-americano”.
Estiveram presentes autoridades estatais da Direção Nacional de Cultura, do Ministério de Desenvolvimento Social, da Comuna Canaria e do Programa Esquinas de la Cultura, da Intendência de Montevidéu.
Latino-americanos
Esta é a primeira vez em que são convocados coletivos de cultura comunitária de todo o país, retomando e ampliando uma tarefa que começou em 2013, quando 12 coletivos uruguaios viajaram para La Paz (Bolívia), e desde este primeiro Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária vêm trabalhando em encontros locais e regionais, com o fim de somar o Uruguai ao contexto latino-americano da Cultura Viva.
O chamado foi feito pela Red Cultura Viva Comunitaria Uruguay, junto à Red Metropolitana de Cultura, uma rede local que trabalha há anos em articulação com operadores estatais e políticos. O evento buscou reunir todos os coletivos e/ou participantes interessados na construção de políticas culturais que contribuam com formas de vida e trabalho comunitárias e coletivas no Uruguai.
Um dos objetivos do encontro era reunir aportes para o 3° Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, que será realizado de 20 a 25 de novembro em Quito, Equador. A dimensão latino-americana esteve presente em parte da programação, por meio de militantes da Cultura Viva, que pagaram os próprios traslados para chegar a Las Piedras, do Brasil e de Córdoba (Argentina), entre eles Alexandre Santini (ex-diretor de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura do Brasil), e Alejandro Miraglia (Nodo Cultural Córdoba), que aportaram dados de uma realidade complexa, na qual se insere o 3º Congresso Latino-americano.
Construção coletiva
“Um dos elementos centrais presentes no debate foi a tensão entre Estado-sociedade civil organizada, já que no Uruguai o Estado tende a estar onipresente e muitas vezes funciona como mediador da participação direta dos cidadãos”, comenta Ferreira.
“O Ministério de Educação e Cultura está trabalhando na implementação do Programa Puntos de Cultura, o que significaria um complemento importante para as políticas estatais de base comunitária”, ressalta. “Por isso a importância de que as organizações trabalhem em redes de forma independente e aportem conteúdos singulares a este tipo de políticas, que sem a participação real dos cidadãos correm o risco de empobrecer-se ou desvirtuar-se”.
O lançamento do registro dos Puntos de Cultura do Uruguai se deu no dia 26 de maio de 2017, com a abertura das inscrições para as organizações, movimentos, associações, cooperativas, coletivos ou agrupações culturais da sociedade civil que trabalhem em nível comunitário, sem fins lucrativos, com um mínimo de um ano de atividades ininterruptas.
As inscrições para o registro, que estarão abertas até 29 de dezembro na plataforma culturaenlinea.uy, marcam o início do que pretende ser uma construção coletiva – do governo uruguaio com a sociedade civil – de um programa Puntos de Cultura no país.
A potência do coletivo: Encontro de Redes de Culturas Comunitárias da Argentina
Em 18, set 2017 | Em Notícias | Por IberCultura
Texto: María Emília de la Iglesia*
Fotos e videos: Cooperativa La Comunitaria
Nos dias 9, 10 e 11 de setembro de 2017, organizações argentinas independentes e autogeridas puderam se encontrar e trabalhar em articulações concretas para consolidar e ampliar o movimento nacional de culturas vivas comunitárias a partir das práticas.
O Encontro Nacional de Redes de Culturas Comunitárias funcionou como baliza na construção cultural comunitária da Argentina. Durante três dias de debate e intercâmbios, reuniu mais de 90 organizações culturais comunitárias de 15 redes nacionais, locais e regionais de 18 províncias, com mais de 400 participantes que se encontraram em América, distrito de Rivadavia, uma zona rural da província de Buenos Aires, no limite com a província de La Pampa, a 550 km da capital federal.
A Cooperativa “La Comunitaria” foi a organização anfitriã deste encontro, que contou com o apoio de diversos programas de governo, como Ibercultura Viva, Programa Puntos de Cultura e Municipalidade de Rivadavia, além do apoio de instituições como escolas públicas da cidade, clubes, cooperativa elétrica e comércios locais, e também com recursos de organizações culturais comunitárias como Culebrón Timbal, Fundación Che Pibe, e organizações que financiaram os próprios traslados e estadias.
Foram três dias em que primaram a construção, a confiança e o intercâmbio. A abertura foi realizada ao ritmo da América Latina com Los Pequeños Grandes Músicos. Depois dos agradecimentos por parte de La Comunitaria, redes históricas do movimento de Cultura Viva compartilharam com as novas redes e grupos a história desta construção continental que tem como protagonistas 17 países da América Latina.
Participaram da mesa de abertura Ricardo Talento, da Red Nacional de Teatro Comunitario; Pablo Antonini, presidente da Federación Argentina de Radios Comunitarias (FARCO); Carla Delzart, da Red Nacional de Murgas; Silvia Bove, pela Red de Cultura Viva de Chacras de Coria; Alexandre Santini, um dos integrantes do movimento latino-americano de CVC do Brasil, e María Emilia de la Iglesia, pela Cooperativa La Comunitaria, expondo os objetivos do encontro.
Sob um persistente chuvisco, 400 almas dirigidas por Chilly Ruiz cantamos “Razón de vivir”, de Víctor Heredia. “Não somos o papel picado na festa dos ricos, viemos construir conhecimento”, disse Cristina Terzaghi, em relação a como concebe a articulação entre universidade, povo e arte pública, dando assim por inaugurado um imponente mural na sede de “La Comunitaria”, chamado “A potência do coletivo”, realizado pela APIM (Área de Práctica e investigación Mural) da Faculdade de Belas Artes da Universidade Nacional de La Plata, espaço que Terzaghi coordena.
À tarde se apresentou a Murga Tirados a la Marchanta de Trenque Laúquen, que exigiu em seus versos a aparição com vida de Santiago Maldonado, reclamo que teve eco em todos os presentes. A cosmovisão dos povos originários esteve neste encontro com a presença da comunidade Toba QOM, Ranquel, Mapuche e Huarpes. Os círculos de articulação e debate se deram em torno a sete núcleos temáticos, atravessados por um mesmo eixo, “Ser comunitário”: Arte e Transformação social; Economias Sociais, Populares e Colaborativas; Educação e Criação; Comunicação; Gestão, Autogestão e Criatividade; Cultura, Políticas Públicas, Legislação e Democracia Participativa; Meio Ambiente e Natureza. “Les Merequetengues”, de Hurlingham, apresentaram sua obra teatral comunitária, que em estilo grotesco narra a relação dos criollos e ingleses na fundação da cidade.
À noite se realizou um festival comunitário com expressões culturais muito variadas, a partir de tambores africanos (Toques y Tumbas) que iniciaram a celebração chamando o “Quilombo” (lugares de organização, liberdade e resistência dos povos africanos). Em seguida vieram a Agrupación Alborada, com o selo da dança folclórica local, a voz dos jovens e suas novas formas e tomada da palavra com Amuleto Squad (hip hop), a voz e o violão de Juan Ignacio López (Hurlingam), o malambo de mulheres da Academia Poncho Negro, mostrando desde uma perspectiva de gênero que se pode questionar também o status quo e o machismo nas tradições. Los Pala Bombos realizaram uma caravana de bumbos legüeros integrando ao ritmo da chacarera uns 20 tocadores de bumbo de todas as gerações e condições sociais.
Com a presença de mais de 500 pessoas, a noite foi encerrada pelo grupo de General Pico, La Pampa “Los Tinku” (o significado da palavra quechua “tinkuy” é “encontrar-se”). A emoção dos presentes demonstrava que eles estavam vivendo um verdadeiro encontro com esta mescla de ritmos, vozes, mãos e abraços, coroando com muita força o primeiro dia.
A manhã de domingo (10) despertou com uma chuva torrencial que não impediu os presentes de debater em torno de intercâmbios possíveis entre os grupos, linhas de trabalho concreto, gerando cruzamentos reais entre os participantes para construir o “depois do encontro”.
Passado o meio-dia, foi servido um churrasco comunitário, mais de 300kg de carne foram assados pelos organizadores, desafiando o clima. À tarde, depois das conclusões dos grupos, as organizações expuseram objetivos significativos de seus grupos. Na cerimônia, uma companheira da Comunidade QOM Toba cantou umas coplas em sua língua relacionadas ao amor entre os presentes e como a rede se alimenta desse amor. A jornada continuou com oficinas de formação em: lúdica, gênero e brincadeiras na dimensão das culturas; produção musical, danza colectiva, introdução ao desenho e gestão de projetos.
À noite os espetáculos trasladaram-se ao Cine Teatro da cidade, onde foi apresentado Fuera de Foko Crew (Crear Vale la Pena), um impressionante espetáculo de dança, hip hop, em que são narradas as violências vividas nos bairros e vilas, em contraste com a potência da criatividade juvenil e feminina para gerar outras narrativas nestes mesmos territórios. Também se apresentou a obra de La Comunitaria “Se cayó el sistema, disculpe las molestias” (“Caiu o sistema, desculpe o incômodo”), com 60 vizinhos atores em cena, aplaudidos de pé por mais de 500 pessoas presentes na sala. Finalmente, a noite mágica de domingo foi encerrada com Pampa Afro, grupo de dança e percussão africana.
No último dia do encontro os participantes se dividiram em quatro circuitos paralelos:
Um grande grupo ficou em América e participou da Reunião Preparatória do 3º Congresso Latino-americano, que será realizado em novembro no Equador. Nesta reunião, Eduardo Balán, do Culebrón Timbal; Diego Benhabib, representando a presidência do programa IberCultura Viva, e Alexandre Santini, pelo movimento de cultura viva brasileira, deram informação geral do encontro e falaram sobre apoios concretos ao Congresso a partir dos Estados. Depois todos os presentes passaram a trabalhar em conjunto sobre o documento e os mandatos que a caravana argentina levaria ao Equador. À tarde veio o espetáculo da companhia Sin Rueditas de Saladillo, província de Buenos Aires.
Ao mesmo tempo, na cidade de General Pico, La Pampa (90km distante de América), percorreu-se a experiência do MTE, conhecendo sua horta, a bloquera (máquina que fabrica blocos de cimento) e a fábrica têxtil, o Centro Cultural Carlos Berg, e compartilhando oficinas de La Comunitaria e uma obra teatral de Carlos Tejedor.
Enquanto isso, no povoado de González Moreno, com 2.000 habitantes, a uns 55km de América, era a vez da oficina de lúdica a cargo de Convocados por Lúdica de La Plata, de uma obra teatral do Grupo Globos Rojos de Pehuajó, além das oficinas de ofícios de La Comunitaria e do Centro Cultural Sobrerrieles.
No último percurso, a 20km da cidade-sede do encontro, o grupo se dirigiu ao povoado de Fortín Olavarría, de 1.300 habitantes, onde a Compañía Titiritezca de Villa Fiorito apresentou “Carlitos Pescador” para as crianças, e Clelia Andrada deu uma oficina de teatro de bonecos, além de oficinas de carpintaria, ferraria e outros espaços de La Comunitaria.
Um monte de gente começava a ensaiar a retirada em um sem-fim de abraços. Ao ritmo de chacareras santiagueñas, salteñas e riojanas, e com uma merenda, esperou-se a concentração final para compartilhar as conclusões do Encontro Nacional de Redes de Culturas Comunitárias, num daqueles momentos em que custa despedir-se pela potência do vivido…onde brotam as emoções.
A bandeira imensa que durante o encuentro foi transformada pelas organizações presentes em um mapa da Argentina marca o rumo…de tudo o que resta por fazer juntos como movimento nacional e de como levar toda esta potência coletiva vivenciada estes dias ao Equador, de 20 a 25 de novembro, para construir com os hermanos latino-americanos o destino do Movimento Continental de Cultura Viva Comunitária.
*María Emilia de la Iglesia é integrante da Cooperativa La Comunitaria, organização anfitriã do encontro.
Organizações comunitárias se reúnem para contribuir com a nova política cultural do Chile
Em 01, ago 2017 | Em Notícias | Por IberCultura
“Por que estou aqui?” A pergunta deveria ser respondida com uma frase. Uma frase dita em sussurros a um companheiro, que a escutava e repetia (como se fosse sua) a outra pessoa, que fazia mesmo com outro par, até que se formasse um tecido de “por que estamos aqui”. Terminada esta etapa, surge outra pergunta: “Que trago?” E assim, entre abraços e sussurros, os participantes iam caminhando, pensando, se juntando, compartilhando histórias e experiências. Afinal, por que estavam ali? Que traziam a este Encontro de Organizações Culturais Comunitárias da Região Metropolitana do Chile?
Realizado em 22 de julho na Casa Central da Universidade Católica Silva Henríquez, em Santiago, sob o lema “Participação cidadã como um direito social”, o encontro foi convocado pelo Conselho Nacional da Cultura e das Artes – Região Metropolitana, pela Escuela de Gestores y Animadores Culturales (Egac) e pelas redes CVC Chile e Cultura Viva Comunitária Plataforma Chile. Esta foi a primeira vez que as quatro entidades se juntaram na região para ouvir as opiniões das organizações culturais de base no que diz respeito à nova política cultural do período 2017-2022.
Uma segunda reunião será realizada em 5 de agosto para a preparação de um primeiro documento com os diagnósticos e as propostas debatidas no encontro. Participaram do evento mais de 50 representantes de organizações culturais de comunas como Colina, Estación Central, Isla de Maipo, La Cisterna, La Florida, La Pintana, Las Condes, Ñuñoa, Puente Alto, Recoleta, Santiago, San Miguel e Vitacura, entre outras.
A dinâmica e as mesas
A jornada começou pela manhã com dinâmicas que tiveram como facilitadores Esteban Lara Lobos, educador popular e animador sociocultural, e Ligia Galván Olivares, trabalhadora social, psicodramatista, atriz e diretora de teatro espontâneo. As atividades duraram uma hora e ajudaram a criar o clima que todos buscavam: de trabalho colaborativo, de espaço aberto e inclusivo.
Em seguida, os participantes se dividiram em cinco mesas de trabalho: 1) Políticas públicas culturais para o setor comunitário e institucionalidade; 2) Recursos e financiamento; 3) Formação e capacitação; 4) Associatividade, redes e participação cidadã; e 5) Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária. A mesa 4, que abordou também o tema “Uso dos espacios públicos”, foi a que reuniu o maior número de integrantes: 23.
Ao longo do dia, os grupos de trabalho buscaram realizar um diagnóstico do setor cultural comunitário e levantar demandas e propostas em torno dos principais eixos que formarão a nova política cultural do setor na Região Metropolitana. Além de elaborar um documento para entregar ao ministro da Cultura e de tentar constituir uma mesa de trabalho permanente do setor com o Conselho Nacional da Cultura e das Artes, os participantes acordaram trabalhar pela participação de uma delegação chilena no Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, que será realizado em novembro em Quito, Equador.
Do regional ao nacional
Ana Carolina Arriagada (foto), diretora regional de Cultura, destacou que parte do sentido deste encontro era “facilitar o diálogo e o fortalecimento das organizações diante do desafio que enfrentam o país e o setor da cultura”. No final da reunião, ressaltou que o documento produzido nas mesas de trabalho será incorporado pelo Conselho Regional e que a intenção é levá-lo à Convenção Nacional de Cultura. “Temos que buscar novas formas de poder reconhecer a cultura local”, afirmou.
Para as entidades organizadoras do encontro, o reconhecimento e a valorização das práticas desenvolvidas nos territórios de forma solidária, criativa e colaborativa é algo “relevante e urgente” especialmente neste momento de criação do Ministério da Cultura, das Artes e do Patrimônio.
Os organizadores
O programa Red Cultura, do Departamento de Cidadania Cultural do Conselho Nacional da Cultura e das Artes, conta desde 2015 com um espaço de trabalho programático com as organizações culturais comunitárias do país. São as equipes regionais as encarregadas de desenhar e implementar este diálogo. No caso da Região Metropolitana, o trabalho no período 2015-2017 se deu através de laboratórios participativos, nos quais se levantaram propostas de organizações locais sobre os elementos que deveriam ser incluídos em uma política para o setor, pensando a cultura em sua dimensão mais ampla, como tudo aquilo derivado da ocupação humana em comunidade.
Neste Encontro de Organizações Culturais Comunitárias da Região Metropolitana, o Conselho se juntou a três entidades que vêm se dedicando ao fortalecimento da participação e da incidência das comunidades no desenvolvimento cultural: as duas redes de Cultura Viva Comunitária do país (Red CVC Chile e Plataforma Chile) e a Escuela de Gestores y Animadores Culturales (Egac), organização sem fins lucrativos que desde junho de 2005 trabalha com gestores culturais, artistas, organizações de base e instituições do Chile e da América Latina.
**As conclusões do encontro estão disponíveis neste documento: https://egac.cl/wp-content/uploads/2017/07/Conclusiones-Encuentro-OCC.pdf
Encontro da Harmonia reunirá em Medellín representantes de organizações de 11 países
Em 03, ago 2016 | Em Notícias | Por IberCultura
Será realizado em Medellín, de 11 a 17 de setembro, o Encontro da Harmonia: Cultura + Educação + Comunidade. Representantes de organizações de 11 países estarão reunidas na cidade colombiana para falar de suas experiências de cultura comunitária e outras formas de educação para a convivência. Entre elas estão iniciativas nacionais, desenvolvidas em Nariño, Cauca, Guajira, Cundinamarca e Antioquia, e internacionais, vindas de Argentina, Brasil, Bolivia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México e Peru.
O evento é promovido pela Plataforma Puente Cultura Viva Comunitaria Medellín – Valle de Aburrá, com o apoio da Secretaria de Cultura Cidadã – Prefeitura de Medellín e de organizações comunitárias da cidade. A direção acadêmica e logística está a cargo da Corporación Cultural Nuestra Gente.
Serão seis dias de atividades variadas, com visitas a comunidades, jornada pedagógica, seminário e mesas de trabalho. A agenda para o público em geral se inicia no dia 12, com o ritual de abertura. O dia 11 está programado para a recepção e acomodação dos convidados. Entre as organizações participantes estão Fundación Crear Vale la Pena (Argentina), Wayna Tambo (Bolívia), Grãos de Luz e Griô (Brasil), Escuelita Espiritual de la Naturaleza (Costa Rica), El Arte Nos Une (Equador), TNT – Tiempos Nuevos Teatro (El Salvador), Caja Lúdica (Guatemala), Walabis (Honduras), Conarte (México) e Vichama Teatro (Peru).
O dia 12 também será de ritual e percurso por experiências de Medellín onde se evidencie a relação Cultura + Educação + Comunidade, para que as organizações convidadas conheçam os processos da cidade. A jornada pedagógica terá dois dias de duração (dias 13 e 14), com grupo fechado, para analisar conceitos e metodologias de cada experiência.
No dia 15 haverá um seminário internacional para compartilhar com o público (no contexto da Festa do Livro e da Cultura de Medellín) as experiências internacionais, nacionais e locais. O dia 16 será de circulação de experiências de educação e cultura, para propiciar a relação entre as organizações convidadas e as entidades de Medellín. O dia 17 será dedicado a uma mesa de trabalho que permita começar a pensar até onde poderia ir esta tarefa do Encontro da Harmonia.
Além de fortalecer as práticas educativas das organizações de Cultura Viva Comunitária dirigidas a criação e formação de conceitos e metodologias, o encontro tem como objetivo potencializar diálogos de saberes pedagógicos entre diversos contextos educativos ativos para o bem comum, por meio do intercâmbio de experiências que contribuam conceitual e metodologicamente para os processos formativos de Cultura Viva Comunitária.
Um dos produtos deste encontro será um livro digital com artigos sobre experiências de organizações de 10 países. A publicação reunirá os conceitos e as metodologias das práticas educativas das organizações internacionais e nacionais que participarão do Encontro da Harmonia.
Organizadores
A Plataforma Puente Cultura Viva Comunitaria, que organiza o evento, é um movimento continental com presença em 19 países que articula processos, organizações, espaços e sujeitos que, a partir do pensar e fazer, impulsionam políticas públicas de Cultura Viva Comunitária, e que junta os novos paradigmas da ação pública e social em torno da arte, da cultura, da educação e da comunidade.
As organizações envolvidas no desenho e na coordenação do encontro são: Fundación Ratón de Biblioteca, Corporación Cultural Barrio Comparsa, Corporación Cultural Canchimalos, Corporación Convivamos, Corporación Altavista, Corporación Cultural Debluss, Corporación Semiósfera, Museo de Antioquia y Corporación Cultural Nuestra Gente.
A equipe que fez a curadoria das experiências internacionais participantes é integrada por Inés Sanguinetti, Patricia Kistenmacher (Argentina), Silvana Bragatto, Célio Turino (Brasil), Alice Campos (Portugal), Jorge Blandón, Sandra Oquendo e Jorge Melguizo (Colômbia). A curadoria das experiências colombianas participantes ficou a cargo de Sandra Oquendo, Jairo Castrillón, Pedro Zapata, Miriam Páez, Edward Niño e Jorge Blandón.
(texto atualizado em 29 de agosto de 2016)
(Na foto, a sede da Corporación Cultural Nuestra Gente, encarregada da direção acadêmica e logística do encontro)
Leia também:
Encontro da Harmonia – Boletim
Programação geral do Encontro da Harmonia
Programa do Seminário do Encontro da Harmonia