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Começa a quinta edição do Curso de Pós-Graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária

Em 21, abr 2022 | Em Destaque, Formação, Notícias |

A quinta turma do Curso de Pós-Graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária teve início nesta quinta-feira, 21 de abril, com uma sessão virtual para dar as boas-vindas às pessoas matriculadas nesta edição, explicar de que se trata o curso e como será o trabalho nos próximos oito meses. Participaram deste encontro 77 pessoas, entre alunos e alunas, a equipe da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO-Argentina) e a Unidade Técnica de IberCultura Viva.

Esta edição de 2022 conta com cerca de 150 pessoas matriculadas, provenientes de 14 países. Desse total, 96 foram selecionadas no Edital de Bolsas IberCultura Viva, que este ano recebeu um total de 360 ​​inscrições. As cotas foram distribuídas igualmente entre os 11 países membros do Conselho Intergovernamental (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai) e Paraguai, que participou do edital como país convidado. 

Outras 22 pessoas – 8 do Brasil, 8 do Chile e 5 de El Salvador – receberam bolsas extras porque os representantes desses três países decidiram aumentar suas vagas usando os recursos disponíveis no Fundo Multilateral IberCultura Viva para apoiar a formação de organizações culturais comunitárias. Este é o quarto ano que Brasil e Chile aumentam o número de bolsas para candidatos/as de seus países.

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Trabalho conjunto

O encontro desta quinta-feira começou com Franco Rizzi, coordenador acadêmico do curso de pós-graduação (junto com Belén Igarzábal), lembrando que este curso surgiu de um trabalho conjunto após uma pesquisa do IberCultura Viva realizada em 2017. “Buscamos espaços específicos para formação em políticas culturais comunitárias e não encontramos nada na América Latina. Havia espaços de formação dos governos, mas não de qualquer universidade ou centro de formação acadêmica. Com base nisso, este curso foi construído. Hoje temos mais de 500 pessoas formadas em toda a região, e a cada ano que renovamos muitas pessoas ingressam, o que mostra que há uma demanda real no setor e uma movimentação de pessoas muito interessante”, disse.

Em seguida, Flor Minici, a nova secretária técnica do IberCultura Viva, deu as boas-vindas às pessoas que estão iniciando o curso. “Estamos muito felizes com o trabalho realizado em conjunto. (…) Esta proposta se baseia em uma série de iniciativas, uma série de buscas que têm a ver com o fortalecimento da formação e da pesquisa de políticas culturais de base comunitária, ou o que entendemos por Cultura Viva, que é um conceito que para nós é algo central para as políticas públicas dos países que o compõem, e isso está muito bem cristalizado na proposta acadêmica de excelência que este curso de pós-graduação internacional da FLACSO realiza”, afirmou.

Em nome da presidência do IberCultura Viva (exercida pela Secretaria da Cultura do Governo do México no período 2021-2023), Manuel Trujillo também expressou satisfação com o projeto que o programa desenvolve com a FLACSO desde 2018, agradeceu à equipe e comentou a relevância do estudo e da revisão das políticas culturais de base comunitária na região. “Para o programa IberCultura Viva, esta reflexão é importante, nos vários níveis que existem nas organizações de base comunitária, nas comunidades. Esta é uma região muito diversificada, muito rica, única”, afirmou, ressaltando que é um curso em que se deve “conversar, ler muito e também ouvir as coordenadoras, que têm um acompanhamento muito interessante”. 

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Proposta acadêmica

Além de apresentar a equipe da FLACSO que acompanhará os alunos e alunas até dezembro (os coordenadores acadêmicos, as tutoras Célia Coido e Cecilia Salguero, e a responsável pela assistência técnica, Malena Taboada), esta reunião por videoconferência serviu para divulgar os conteúdos, as ferramentas disponíveis e a organização do curso (aulas publicadas às quintas-feiras, fóruns de intercâmbio disponíveis às sextas-feiras, trabalhos parciais e finais, etc).

Belén Igarzábal, que é diretora de Comunicação e Cultura da FLACSO-Argentina e divide a coordenação acadêmica da pós-graduação com Franco Rizzi, apresentou a proposta de conteúdo dividida em cinco módulos, os temas que serão abordados ao longo do ano, sempre com um olhar regional. Cada módulo tem quatro ou cinco aulas, que são publicadas às quintas-feiras, com uma semana de intervalo entre os módulos. 

No módulo 1, por exemplo, serão discutidos processos culturais contemporâneos, teorias da cultura e alguns debates atuais em torno deles. O módulo 2, dedicado às políticas culturais, buscará conceituar o que tem a ver com direitos culturais, cidadania e construção de comunidades. Já o módulo 3 se aprofundará nas políticas comunitárias, com professores/as de diferentes nacionalidades falando sobre as políticas culturais existentes nos países ibero-americanos. 

No módulo 4, serão trabalhados temas relacionados a redes, cultura colaborativa e novas tecnologias que ajudam a promover e consolidar o trabalho e as redes de intercâmbio. O quinto e último módulo destina-se ao desenvolvimento de projetos culturais, diretamente relacionados com o trabalho final que os alunos terão de apresentar. O projeto final consiste em desenhar, conceituar e planejar um projeto cultural comunitário ou uma política cultural pública de base comunitária. 

“O que enriquece o nosso curso são vocês, que sabem muito sobre políticas culturais, projetos culturais, algumas pessoas têm muita experiência na área. Todas essas diferentes visões tornam o intercâmbio ao longo do ano muito rico e os trabalhos finais muito interessantes, servindo também para a própria prática”, comentou Belén. 

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Promovendo encontros

A importância do intercâmbio e da participação nas atividades do curso também foi reforçada pela tutora Célia Coido, ao comentar que nos fóruns deste ano serão propostos alguns slogans para trabalhar em duplas, trios ou em grupos, para continuar promovendo encontros, aprofundando o intercâmbio entre os alunos. 

“Um dos grandes capitais deste curso é a possibilidade de encontro. É muito difícil para as pessoas que estão trabalhando em projetos diversos, de tantos países da América Latina, ter a possibilidade de se encontrar e compartilhar o tempo. Essa rede de vínculos, relacionamentos, reconhecimento, é a coisa mais rica que a pós-graduação tem. Cada pessoa que faz este curso vem com muito para dar e partilhar. É bom que isso circule e que aproveitemos, porque isso vai enriquecer a todos”, destacou Celia.

Os encontros pela plataforma Zoom, iniciados em 2021, também serão realizados este ano, com a participação de alunos e professores especializados em diferentes temas. Está prevista a realização de três aulas ao vivo, com transmissão no YouTube para quem tiver interesse em assistir, em datas que ainda serão definidas e posteriormente divulgadas nas redes sociais do IberCultura Viva. 

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