Destaque
59 pessoas participarão do GT de Sistematização de Políticas Culturais de Base Comunitária
O programa IberCultura Viva recebeu 87 candidaturas de pessoas interessadas em integrar o Grupo de Trabalho sobre Sistematização e Divulgação de Práticas e Metodologias de Políticas Culturais de Base Comunitária (GT de Sistematização). Desse total, foram selecionadas 59: 17 do Brasil, 14 da Argentina, 7 do México, 6 do Equador, 4 da Colômbia, 4 do Peru, 3 do Uruguai, 2 do Chile, 1 da Costa Rica e 1 da Espanha.
A convocatória, que esteve aberta entre 17 de junho e 13 de agosto, estava dirigida a pessoas vinculadas a instituições de ensino nos 11 países membros (universidades, centros de pesquisa ou formação, institutos ou similares) dedicadas à pesquisa de políticas culturais de base comunitária ou projetos de extensão ou vinculação cultural voltados para a comunidade.
As candidaturas aceitas foram aquelas de pessoas que desenvolvem atividades de pesquisa, docência e extensão ou vinculação cultural em instituições de ensino. A maioria das inscrições não aceitas veio de pessoas vinculadas a organizações culturais comunitárias. Essas pessoas poderão ingressar a partir de uma convocatória específica para integrar o GT de Participação Social, com lançamento previsto para setembro.
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Perfis variados
Das 59 pessoas selecionadas, 37 são mulheres e 22 homens. O grupo inclui 4 pessoas que se declaram afrodescendentes e 4 indígenas. As pessoas que estão vinculadas de alguma maneira a universidades correspondem a 48 (28 mulheres, 20 homens); 4 mulheres se vinculam a institutos e 7 pessoas (5 mulheres, 2 homens) a outras instituições que desenvolvem linhas de pesquisa, como por exemplo UNESCO Peru, o Instituto Distrital de Patrimônio Cultural da Cidade de Bogotá (Colômbia) e o Instituto Mexicano de Cinematografia (IMCINE). No que diz respeito à área de trabalho, 31 (19 mulheres, 12 homens) se dedicam à pesquisa; 15 (8 mulheres, 7 homens) a projetos de extensão, 12 (9 mulheres, 3 homens) a atividades de formação.
Os perfis são variados, com pessoas provenientes de distintas cidades e regiões, e projetos dos mais diversos, desenvolvidos nas capitais e no interior dos países. Na lista estão, entre outros, a coordenadora do Mestrado de Gestão Cultural e Políticas Culturais da Universidade Andina Simón Bolívar- Sede Equador; uma professora-pesquisadora da Universidade Autônoma da Cidade do México que coordena o Observatório de Políticas Culturais; um politólogo colombiano vinculado a uma universidade de Londres que pesquisa o movimento latino-americano de Cultura Viva Comunitária; uma chilena que é professora de diversas instituições nacionais e internacionais e diretora de museu em Viña del Mar; uma costarricense que é antropóloga, atriz, diretora de teatro e doutoranda em investigação em ciências sociais.
Entre as pessoas candidatas do Brasil, 9 são do Observatório da Diversidade Cultural, integrado por pesquisadores de distintas instituições educativas, como a Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Federal do Ceará (UFC). Também há um candidato com um projeto de extensão vinculado ao sistema de saúde da Universidade Federal de Pernambuco, dedicado a estudos e práticas de capoeira Angola, e uma que coordena o projeto de extensão e pesquisa “Teatro em comunidade”, vinculado à Universidade Federal de Goiás.
Entre as selecionadas da Argentina, há pessoas vinculadas a 9 universidades públicas: Universidad Nacional de las Artes, Universidad Nacional Tres de Febrero, Universidad Nacional de la Plata, Universidad de Buenos Aires, Universidad Nacional del Litoral, Universidad Nacional del Nordeste, Universidad Nacional de San Luis, Universidad Nacional de Córdoba y Universidad Nacional de Avellaneda. O selecionado da Espanha, por sua vez, faz parte de um projeto de mapeamento de boas práticas de Artes Vivas na Iberoamérica, junto a uma equipe interdisciplinar de agentes culturais ibero-americanos.
As propostas do Peru vão desde processos de pesquisa e gestão de projetos como Espacios Revelados Lima, realizado em espaços em estado de abandono do Centro Histórico, até um projeto de fortalecimento da Plataforma de Cultura Viva Comunitária de Lima Metropolitana através da geração de memória, criação de plataforma de meios e capacitações, incluindo o desenvolvimento de um Observatório de Políticas Culturais Comunitárias em nível local.
Do Uruguai se encontram propostas como a do grupo de pesquisa “Arte Comunidad y Territorios Organizados”, radicado na Universidade da República, e o projeto “Territorialidades rítmicas no habitar urbano. Anglo e Candombe em Fray Bentos”, pertencente ao Mestrado em Psicologia Social da Faculdade de Psicologia na Universidade da República.
As pessoas selecionadas para integrar o GT de Sistematização serão notificadas pela Unidade Técnica e convocadas para uma primeira reunião de trabalho junto ao Conselho Intergovernamental do programa para definir o mecanismo, cronograma e metodologia de trabalho.
Confira a ata com as candidaturas habilitadas e não habilitadas
Consultas: programa@iberculturaviva.org.