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Encontro Nacional de Gestão Cultural Comunitária: o projeto paraguaio selecionado no Edital de Apoio a Redes 2022
Em 14, Maio 2022 | Em Notícias | Por IberCultura
* Nome da rede ou articulação: Red de Puntos de Cultura
* Nome do projeto: Encontro Nacional de Gestão Cultural Comunitária do Paraguai
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O Encontro Nacional de Gestão Cultural Comunitária, proposto pela Rede de Pontos de Cultura do Paraguai no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022, será uma atividade híbrida (presencial/virtual) que acontecerá na cidade de Yaguaron, entre os meses de agosto e outubro de 2022. Além de estabelecer alianças entre os diversos espaços e centros culturais do país, o evento visa promover o diálogo intercultural e multicultural por meio do intercâmbio de boas práticas comunitárias, e instalar competências em gestão cultural, com ênfase nos aspectos conceituais da cultura viva.
O projeto também tem entre seus objetivos a sistematização do debate acerca do processo de construção de redes de cultura viva comunitária no Paraguai em um documento base de consulta para o desenvolvimento de políticas públicas no setor. Também busca ativar processos culturais promovendo o desenvolvimento sustentável, a cultura da paz, a valorização da diversidade cultural, o equilíbrio e a proteção ambiental.
A Secretaria Nacional de Cultura (SNC) dará suporte técnico, moderando o espaço de diálogo e intercâmbio de experiências e resultados 2021/2022, para a elaboração de um plano de ação que dê visibilidade às prioridades e estratégias a serem implementadas no ano de 2023 com redes conectadas e fortalecidas.
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Rede de Pontos de Cultura
A Rede de Pontos de Cultura do Paraguai foi criada após o lançamento da convocatória da Secretaria Nacional de Cultura em 2021. É composta por 27 organizações/coletivos que se unem com o objetivo de fortalecer e garantir a sustentabilidade de espaços e centros culturais comunitários, que são ativados localmente e se distribuem em nível nacional como agentes que promovem o desenvolvimento sociocultural em seus territórios.
Dessa forma, além de contribuir com o setor de cultura viva comunitária por meio da articulação colaborativa entre a rede e o Estado, busca promover a coesão e o protagonismo social como ferramenta de promoção da diversidade de expressões culturais no país, fomentando o pleno exercício da direitos culturais e o reconhecimento das minorias étnicas, dando visibilidade a mulheres e crianças, e para a construção de um papel mais participativo, intergeracional e intercultural.
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Organizações participantes
A Red de Espacios y Centros Culturales del Paraguay, responsável pelo projeto selecionado no edital, é uma organização sem fins lucrativos criada em 2018, como resultado de oficinas de formação em planejamento e gestão cultural e encontros participativos dentro do projeto “Espacios Culturales, dinamizadores del cambio en una comunidad“, desenvolvido com o apoio da Secretaria Nacional de Cultura e do Fundo Nacional da Cultura e das Artes (FONDEC).
A rede reúne diversos espaços e centros culturais públicos, privados e comunitários, estabelecidos em todo o território nacional. Busca fortalecer a institucionalidade dos centros culturais com projetos formais e de qualidade, pautados no respeito à diversidade, e inclusivos, no seu papel de agentes multiplicadores que possibilitam a descentralização da gestão cultural pública. Também procura promover os centros culturais como catalisadores de mudança através da cultura viva, com a proteção do patrimônio cultural e sua valorização.
Outra organização participante é a Federação de Entidades Culturais do Departamento de Paraguarí, fundada em 2020 como uma associação voluntária sem fins lucrativos, aberta para a gestão, o apoio e a cooperação no fortalecimento e promoção das atividades de seus associados. Suas principais atividades incluem: desenvolvimento do Acampamento Cultural, seminários sobre educação e cultura, oficinas de revitalização de patrimônios, cursos e oficinas de fortalecimento de centros culturais e bibliotecas comunitárias.
O Centro Cultural Melodia, criado em 2001 em Villa Hayes, no Chaco paraguaio, é um dos mais de 20 espaços mencionados como participantes do Encontro Nacional de Gestão Cultural Comunitária. Entidade civil sem fins lucrativos para o bem comum, funciona como uma associação cuja missão é “enriquecer a vida e o potencial humano de crianças e jovens com contribuições culturais e tecnológicas”. Antes de o Centro Cultural Melodia abrir suas portas em Villa Hayes, não havia acesso à internet em locais públicos. Tampouco havia uma biblioteca que atendesse à comunidade.
Também estão envolvidos no projeto: o Conservatório Departamental de Música Dr. Pablo Contessi Pérez, o Centro Cultural Carlos Colombino, o Espaço Cultural Mburukuja, o Centro Cultural Pumbasy, o Centro Cultural Emiliano R. Fernandez, a Fundação Sagrada Família, o Coletivo Cultural e As Missões Turísticas, o Centro Cultural Divino Niño, a Associação dos Corredores Unidos del Paraguai, o Centro Cultural Mercedita, o Centro Cultural Guavira Poty, o Centro Cultural Maria Auxiliadora, a Casa da Cultura Pilar-Ñeembucu, o Ministério do Turismo e Cultura São Pedro, Espaço Cultural Ka’avo, Centro Cultural Assombrado Cántaro, Centro Cultural Comunitário Estação Iturbe, Centro Histórico Cultural Sapucaí, Somos Patrimônio, Teatro Aéreo Nhi Mu, Centro Cultural Superarte, Centro Experimental de Recursos Medicinais, Centro Cultural El Políglota, Biblioteca Municipal Prof. Marciana Insfrán de Díaz, Espaço Cultural Fundación Arandu Rekávo e Fundação Tío Kilo/ Elenco Folclórico Minguero Jeroky.
Conheça os projetos da Colômbia selecionados no Edital de Apoio a Redes 2022
O programa IberCultura Viva anunciou nesta sexta-feira, 13 de maio, os dois projetos da Colômbia selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022. Estas propostas de eventos foram as que obtiveram a maior pontuação entre as 113 inscrições enviadas por redes colombianas nesta edição da convocatória. As duas receberão um apoio de 5 mil dólares cada.
O primeiro colocado por Colômbia foi a 1ª Convenção de Mulheres Negras da Amazônía Colombiana: “Território, saberes e cuidado coletivo”, proposta pela Red de Organizaciones de Base Afrocolombianas del Municipio de Florencia (Frema, Afrocaq, Fumanú). O segundo lugar ficou com “Juntanza Intercultural de Saberes Musicales Propios”, apresentada pela rede Ty Kuvx Juinjaye.
Os dois projetos se somam aos outros 22 que haviam sido publicados na última segunda-feira, 9 de maio, provenientes de Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Paraguai (país convidado), Peru e Uruguai. As 24 redes selecionadas neste edital serão contactadas pela Unidade Técnica de IberCultura Viva para realizar os trâmites que permitam o pagamento dos recursos financeiros às organizações responsáveis.
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Convocatória
O Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 teve inscrições abertas no Mapa IberCultura Viva entre o dia 14 de janeiro e 14 de março. Nesse período foram enviadas à plataforma 251 postulações dos 12 países participantes.
Podiam se candidatar redes ou articulações que contassem com ao menos três organizações culturais comunitárias interessadas em realizar um evento de maneira conjunta, entre maio e outubro de 2022. Os eventos apresentados podiam ser assembleias, encontros, congressos, seminários, festivais, feiras, colóquios e simpósios, com alcance municipal, provincial, nacional ou internacional, desde que com entrada livre e gratuita.
Na seleção dos projetos foram levados em conta critérios como a adequação aos objetivos estratégicos do programa IberCultura Viva, os impactos artístico-culturais, econômicos e/ou sociais da proposta, a experiência da rede ou articulação proponente, a avaliação da proposta técnica, e a coerência e adequação do orçamento e do plano de trabalho aos objetivos e estratégias propostos.
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Confira a ata de seleção:
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Nome da rede ou articulação: Comunidad VEDI
Nome do projeto: Encuentro Internacional Biocreativa>Plasticópolis
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O Encontro Internacional Biocriativa>Plasticópolis, proposto pela Comunidade VEDI no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022, será um evento itinerante pela costa norte da Península Ibérica, com início em Compostela e final em Donostia (San Sebastián). A atividade está prevista para realizar-se entre maio e julho deste ano.
“Plasticópolis” é uma web série distópica co-criada por jovens de diversas culturas, como estratégia de sensibilização sobre os riscos da crise climática em nível local e sua interdependência global. Idealizada durante o 1º Encontro Internacional VEDI, evento que foi selecionado no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes 2016, conseguiu reunir jovens de coletivos indígenas, rurais, ecofeministas, LGBTQIA+ e artivistas, entre outros. Seis curtas-metragens experimentais e três documentários servem como ponto de partida narrativo, crítico e de estilo para este novo projeto.
Seu antecedente é a oficina “Monstruópolis”, realizada no Peru, no Brasil, no Chile, na Guatemala, no México e na Espanha. A partir de “Monstruópolis”, no Peru (fevereiro de 2022), se deu forma à nova série, que decidiram chamar de “Plasticópolis”. O encontro proposto para este ano tem como propósito terminar a primeira temporada da web série de ficção científica e desenhar a segunda de maneira conjunta. “Filmaremos sequências com participantes reunidos e celebraremos um evento de estreia da primeira temporada”, conta Guillermo Maceiras, cofundador e coordenador da Associação Ventana a la Diversidad (VEDI), responsável pelo projeto.
O objetivo geral do Encontro Internacional Biocriativa>Plasticópolis, segundo ele, é “promover uma rede juvenil ibero-americana onde analisar, debater, idealizar e colocar em marcha iniciativas que contribuam para melhorar as problemáticas sociais e meio ambientais, identificadas através de um enfoque de inovação intercultural de cocriatividade para a transformação social”.
As organizações comunitárias e coletivos participantes do projeto são parte integrante de sua estratégia de sensibilização comunitária, tanto local como on-line. Todo fluxo de trabalho se baseia nos chamados “processos de cocriação intercultural e transcultural”. Por um lado estão as oficinas com a juventude, lideradas pelos pontos focais do projeto em cada comunidade e avaliados por uma organização comunitária. Por outro, a colaboração entre jovens de diferentes nacionalidades busca promover uma cultura de paz e a convivência na diversidade em nível internacional.
Além da estreia dos nove capítulos da primeira temporada da série, será editado um curta-metragem documentário da experiência, três cápsulas audiovisuais para redes sociais e conteúdos multimídia de sistematização para replicar a metodologia de oficinas cocriativas comunitárias da segunda temporada. Também estão previstas estreias presenciais em cada uma das comunidades participantes.
Rede proponente
A Comunidade VEDI é uma plataforma que conecta jovens diversos através da arte, da criatividade e da tecnologia. Defendendo que toda solução para o futuro do planeta deve ser criativa e estar baseada na colaboração, a plataforma nasceu em 2013, graças ao apoio do Fundo Internacional para a Promoção da Cultura (FIPC) da UNESCO, que financiou o projeto “Ventana à Diversidade”, inicialmente centrado em quatro países: Guatemala, Peru, Espanha e Indonésia.
Esta proposta correu 2014 e 2015, e acabou derivando na formação de uma associação em Gipuzkoa (País Vasco) em 2016 e na realização de iniciativas que receberam o apoio do Fundo Internacional para a Diversidade Cultural da UNESCO (FIDC 2017/18) e o Prêmio à Inovação Intercultural das Nações Unidas (UNAOC, 2019/20). A associação desenvolveu projetos e iniciativas colaborativas com jovens e formações técnicas para profissionais de cultura comunitária em 12 países da Ibero-América.
Organizações participantes
As três organizações que apresentaram esta proposta são Ventana a la Diversidad (Espanha), Cultura Savia (México) e OpenLab Equador. Além dessas três, o projeto selecionado no Edital de Apoio a Redes 2022 conta com a participação de Autoridades Ancestrales Kaqchikeles y Kiches, do município de San Andrés Semetabaj, Sololá, Guatemala.
Espanha – Ventana a Diversidad, organização responsável pelo projeto, nasceu no País Vasco, mas os ventaneros e ventaneras estão em várias partes do mundo, conectados através da arte e da criatividade. A associação, que tem sede em Donostia (San Sebastián), aposta na educação para a transformação social, a favor da convivência intercultural e o meio ambiente.
Desde sua fundação, Ventana a Diversidad tem colocado em marcha dois programas temático-sistêmicos e um pedagógico-experimental. Este último se trata de Emprende por Diversidad (ExD), que promove a diversidade e a cultura de paz, estimulando o empreendimento jovem em indústrias criativas, desde uma perspectiva de economia solidária e regenerativa, que serve de marco metodológico para os outros dois programas. Um deles, Fronteiras Imaginárias, está centrado na resolução de conflitos baseados na intolerância ao diferente e a favor da convivência na diversidade. O outro programa, Biocriativa, fortalece o vínculo entre a cultura de raiz e a defesa do meio ambiente através da criatividade.
México – Cultura Savia, criada em Mérida (México) em março de 2014, é outra organização que aposta na construção colaborativa, promovendo ações socioculturais e buscando co-crear experiências para a abordagem de problemáticas que afetam o bem comum. Para seus integrantes, as pessoas e organizações estão interconectadas e alcançam seu máximo potencial quando caminham juntas e em coletivo.
A Escola de Paz, uma das iniciativas de Cultura Savia, é uma experiência de acompanhamento formativo desenvolvida por meio de atividades acadêmicas, encontros entre jovens, grupos de atividade infantil, assessoria e oficinas de paz. A organização também oferece oficinas e cursos a organizações interessadas em fortalecer enfoques colaborativos e disponibilizar ferramentas para construir uma cultura de paz em seus grupos ou comunidades ou aprofundar em metodologias que complementam suas ações.
Equador – Criado em Quito em maio de 2021, OpenLab Ecuador é um laboratório cidadão que busca gerar diálogos e experiências relacionadas à cultura digital, à participação cidadã e ao conhecimento aberto. Seus integrantes são ativistas pelo movimento de software livre, da educação popular e crítica, da ciência cidadã, da privacidade, da inovação aberta, do desenvolvimento do pensamento computacional e do intercâmbio de saberes em horizontalidade.
Esta organização sem fins lucrativos, “redistributiva e autogestiva”, busca apoiar as comunidades de cultura livre e digital do Equador. Entre as atividades que realizam se encontram debates, cursos, laboratórios, projetos sociais, mentorias, exposições de arte, mapeamentos, conferências e hackatones (encontros de programadores para desenvolver ou melhorar um software), desde uma perspectiva aberta e colaborativa.
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(Fotos: capturas de tela da série “Plasticópolis”)
15 indígenas da Argentina, do Brasil e do Equador lançam o e-book “De Abya Yala com Amor”
Em 17, fev 2022 | Em Notícias | Por IberCultura
Em outubro de 2021, 15 indígenas de distintas regiões de Argentina, Brasil e Equador começaram a partilhar experiências, opiniões, visões, saberes e sentimentos através das ferramentas digitais. Ao longo de dois meses, esses sete homens e oito mulheres pertencentes a 12 povos/etnias realizaram seis “fogueiras digitais” de aproximadamente duas horas. Nesses encontros (por Zoom com transmissão por YouTube), deixaram a palavra correr, como tradicionalmente acontece nas comunidades indígenas quando se reúnem ao redor do fogo.
O e-book “De Abya Yala com Amor”, que o coletivo agora apresenta em sua primeira versão com alguns textos em português e outros em espanhol, é um dos resultados desses intercâmbios digitais desenvolvidos no projeto “Diversidade Indígena Viva”. A iniciativa foi uma das 20 propostas selecionadas no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021.
Esta semana duas “fogueiras digitais” serão armadas especialmente para o lançamento da publicação, com a participação de algumas das pessoas autoras e transmissão pelo canal www.youtube.com/mensagensdaterra. O encontro em espanhol será nesta quinta-feira, 17 de fevereiro, às 17h do Equador e 19h da Argentina. A versão em português ficou marcada para a sexta-feira, 18 de fevereiro, às 18h de Brasília.
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Mensagens para a humanidade
“De Abya Yala com Amor” é um livro coletivo em que cada autor/a indígena traz uma mensagem para a humanidade que renasce neste momento de crises superpostas (ambiental, econômica, sanitária). Para esta comunidade intercultural de aprendizagem livre, estamos no meio de grandes mudanças, desafiados a mudar nossos paradigmas.
Esta versão original da publicação, com 90 páginas, tem os textos em espanhol ou em portugués, conforme foram enviados por seus autores/as em janeiro de 2022. A ideia é lançar posteriormente uma versão toda em espanhol e outra em português.
Além dos textos para o e-book, as fogueiras digitais realizadas em 2021 renderam mais de 40 vídeos curtos, editados pelo diretor audiovisual Sebastián Gerlic, argentino radicado no Brasil que compartilhou a gestão deste projeto com os indígenas Mariela Tulián (Argentina), Angel Eras (Equador) e Nhenety Kariri-Xocó (Brasil). Estas “chispas” (em espanhol) ou “faíscas” (em português), com trechos dos depoimentos das pessoas autoras do livro, estão disponíveis no canal www.youtube.com/mensagensdaterra.
Da Argentina participam Tinkina Solita Tonokoté (Santiago del Estero); Lecko e Haylly Zamora Wichi (Chaco); Liliana Claudia Huarpe (Mendoza), e Mariela Comechingón Sanavirón Tulián (Córdoba). Do Brasil: Horopakó Desana (Amazonas); Cacique Kaji Waurá (do Xingu); Morubixabas Itamirim e Weramoru Tupi Guarani (São Paulo); Nhenety Kariri-Xocó (Alagoas) e Maria Pankararu (Pernambuco). Do Equador: Lauro Jerônimo Saant e Yamanua Shuar (Amazonas); José Atupaña Guanolema (kichwa-Puruhá) e Ángel Ramírez Eras, da cultura Palta, da região de Loja.
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📌Saiba mais sobre o projeto: http://www.thydewa.org/abyayala/
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Um guia sobre o Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022
As inscrições do Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 estarão abertas até o dia 14 de março a organizações culturais comunitárias que apresentem uma proposta de evento para ser realizada em conjunto com ao menos outras duas organizações ou povos originários nos países integrantes do IberCultura Viva. O formulário para a postulação está disponível na plataforma Mapa IberCultura Viva.
Os eventos inscritos poderão ser de alcance municipal, estadual, nacional ou internacional e deverão ser realizados entre maio e outubro de 2022. Serão aceitos como eventos: assembleias, encontros, congressos, seminários, festivais, feiras, colóquios e simpósios. Os projetos selecionados receberão até 5 mil dólares cada um.
Com este edital, o programa busca apoiar eventos desenhados para fortalecer a articulação e o trabalho em rede das organizações culturais comunitárias, em nível local, nacional ou internacional, e cuja forma de gestão se desenvolve a partir da articulação e do trabalho conjunto das organizações culturais comunitárias participantes.
A seguir, apresentamos um guia que pode ajudar a realizar sua inscrição.
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REQUISITOS
A quem está dirigido o edital?
Podem se inscrever no edital redes ou projetos de trabalho colaborativo que reúnam pelo menos três organizações culturais comunitárias (OCC) ou povos originários nos países que fazem parte do programa IberCultura Viva: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Paraguai (país convidado), Peru e Uruguai.
Estas organizações deverão trabalhar de maneira articulada e colaborativa. Uma delas (com personalidade jurídica) deverá ser a organização responsável que ficará a cargo da administração dos recursos. Entende-se por OCC as organizações sociais (sem fins lucrativos), com ou sem personalidade jurídica, que trabalham a partir da cultura para promover o desenvolvimento comunitário.
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Quais são os requisitos para que uma OCC/coletivo ou povo seja a organização responsável pela inscrição?
A organização responsável pela inscrição deverá contar com personalidade jurídica (CNPJ) vigente e ser do tipo sem fins lucrativos. Também é necessário ter ativa uma conta bancária institucional que lhe permita receber os recursos caso o projeto seja selecionado.
No caso do Brasil, é necessário que a organização responsável seja um Ponto ou Pontão de Cultura reconhecido e certificado pela Secretaria Especial de Cultura, com cadastro atualizado na Rede Cultura Viva.
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Como devem ser os eventos propostos pelas organizações?
As redes ou articulações de organizações interessadas em participar do edital podem apresentar uma proposta de encontro, assembleia, congresso, seminário, festival, feira, colóquio ou simpósio. Os eventos apresentados deverão ser executados entre maio e outubro de 2022, com entrada livre e gratuita.
Os eventos deverão contar com as autorizações e habilitações pertinentes para sua realização e respeitar as exigências das autoridades competentes, incluindo as de segurança e higiene e preventivas de saúde, nas localidades onde serão realizados. Pelo contexto sanitário atual, os projetos deverão adaptar suas atividades de maneira obrigatória às normativas de seu país.
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REGISTRO
Como iniciar a inscrição?
Para inscrever-se num edital do programa é necessário primeiramente registrar-se como agente cultural no Mapa IberCultura Viva. Esta plataforma permite o registro de dois tipos de agentes: individual e coletivo. Por agentes individuais compreendem-se as pessoas físicas, e por agentes coletivos, as organizações culturais comunitárias, entidades, povos originários, coletivos, agrupações e instituições. No caso deste edital, é obrigatório registrar o perfil de agente individual (a pessoa física que será responsável pela inscrição).
Atenção: O sistema só aceita inscrições de agentes individuais nos editais. Caso o perfil da pessoa responsável pela inscrição esteja registrado como “agente coletivo”, é necessário mudá-lo para “individual” e assim poder encontrar seu nome no campo de busca da página inicial do concurso.
(Aqui está um guia que pode ajudar com o registro do perfil: http://iberculturaviva.org/manual).
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Se a pessoa responsável pela inscrição já participou de outro edital IberCultura Viva por meio desta plataforma, deve se registrar mais uma vez como agente?
Não. Pessoas que já participaram de algum edital do programa publicado no Mapa IberCultura Viva, ou já completaram seu perfil nesta plataforma, não necessitam registrar-se uma vez mais como agentes; basta ingressar em seu perfil para iniciar a inscrição.
O campo “Registrarse” na página inicial é usado apenas na primeira vez. Nas próximas vezes, você deve clicar “Ingresar” para ter acesso ao seu perfil. (Caso tenha esquecido a senha cadastrada, clique em “Olvidé mi contraseña”). Obs: Na primeira vez, ao fazer o registro, o agente é direcionado automaticamente para o perfil. Depois, será necessário clicar em “Editar” para poder acessar/modificar os dados do cadastro.
Atenção: tenha em conta que são duas etapas para se inscrever no edital: 1) completar o registro de agente individual no Mapa IberCultura Viva (se já o fez em outros editais do programa, deverá usar o mesmo registro); 2) completar o formulário de inscrição do concurso.
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Uma vez concluído o registro de agente, onde encontrar o formulário de inscrição do edital?
Quando tiver o perfil de agente registrado, clique em “Editais” (na parte superior da tela) e vá até o arquivo que aparece com o título ““Convocatoria IberCultura Viva de Apoyo a Redes y Proyectos de Trabajo Colaborativo 2022”. (Desta vez o formulário se encontra em espanhol e português; o regulamento também aparece primeiro em espanhol, depois em português).
Para iniciar sua inscrição, clique no campo de busca, localize o seu nome (o registro de agente individual/pessoa física previamente cadastrado) e selecione a opção “Realizar inscrição”, disponível ao lado do campo de busca.
Complete as informações requeridas no formulário de inscrição. A qualquer momento é possível salvar os dados de sua inscrição utilizando o botão “Salvar” no canto superior direito. Feito isso, é possível sair da plataforma e continuar o preenchimento em outro momento, antes do término do período de inscrições.
O sistema gera um “número de inscrição”, que deverá ser informado ao entrar em contato com o programa IberCultura Viva para obter alguma informação sobre sua proposta.
Atenção: Em qualquer momento é possível salvar os dados da inscrição utilizando o botão “Salvar” no canto superior direito. Fazendo isso, é possível sair da plataforma e continuar em outro momento, antes do término do período de inscrição.
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FORMULÁRIO
Que documentos devem ser preenchidos e/ou enviados?
Além do preenchimento do formulário específico do Edital de Apoio a Redes 2022 que se encontra disponível no Mapa IberCultura Viva, os candidatos devem enviar (em anexo ao formulário) dois documentos: 1) o certificado de personalidade jurídica (CNPJ) da organização/coletivo(*); 2) a carta aval em que é designada a entidade responsável pela inscrição e definidas as responsabilidades de cada organização/grupo/ povo no projeto. O orçamento e o cronograma do projeto também devem ser enviados em anexo, conforme modelo encontrado no formulário.
Para os candidatos do Equador, Brasil e México, aparecerá um campo específico para envio do comprovante de inscrição no RUAC, o certificado de inscrição como Ponto de Cultura ou a inscrição no Registro Nacional de Espaços, Práticas e Agentes Culturais (TELAR).
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Como apresentar a rede ou articulação que desenvolverá a proposta do candidato?
O agente responsável pela inscrição será uma pessoa física, previamente cadastrada como agente individual na plataforma. No formulário este será o primeiro campo que aparecerá. Em seguida virão os dados da rede ou articulação que apresenta o projeto (deve-se reportar o nome da rede e uma breve descrição, com objetivo, histórico, etc.).
Na primeira parte do formulário, “Dados da rede ou articulação”, encontram-se os campos para preenchimento dos dados das organizações/coletivos que compõem a rede ou articulação (cidade, país, área de atuação, ano de fundação, e-mail, um breve resumo de suas atividades). É necessário preencher os três itens (1, 2 e 3 iguais), um para cada organização/coletivo, pois este é o número mínimo de membros que devem fazer parte da rede ou articulação. No caso de haver mais membros, existe mais um campo onde pode ser anexada uma lista.
Nesta parte encontram-se também os campos para informar a entidade responsável pela administração do projeto, enviar o certificado de personalidade jurídica e a carta aval em que são definidas as responsabilidades de cada membro da rede.
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Como apresentar a proposta da rede ou articulação?
A segunda parte do formulário é dedicada aos dados do projeto. Lá você deve informar o nome, local de realização, data de início, data de término, descrição, objetivos, metas, resultados esperados.
Uma das questões que aparecem no formulário é se o projeto propõe ações de reconhecimento e fortalecimento da identidade cultural. Também se pergunta se o projeto inclui características inovadoras e/ou relevantes para a comunidade e se inclui a perspectiva de gênero (descreva como; caso contrário, responda apenas “não contempla”). As ações de comunicação, documentação e registro que serão realizadas também devem ser informadas.
No campo de descrição da “Estrutura de Gestão” devem ser incluídas as responsabilidades assumidas por cada membro da rede ou articulação. Espera-se também que as estratégias de monitoramento e avaliação, a equipe técnica e a participação de outros atores na proposta (prefeituras, instituições públicas e/ou privadas, por exemplo) sejam informadas, caso existam.
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Como apresentar o orçamento do projeto?
Cada projeto selecionado neste edital pode receber até US$ 5 mil para despesas de produção e comunicação do evento proposto. Na parte final do formulário de inscrição encontram-se os campos onde deverá constar o orçamento para o projeto. Os dois últimos campos destinam-se ao envio do orçamento e do cronograma do projeto em anexo, conforme os modelos que estão disponíveis para download no formulário.
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Como preencher a carta aval?
Neste campo do formulário (item 5.1) existe um modelo de carta aval para baixar. É um documento simples, no qual se deve dizer que as pessoas abaixo assinadas expressam seu aval à organização que se apresenta como a entidade responsável pelo projeto, que se encarregará da administração dos recursos. Também deve ser esclarecido como as responsabilidades foram distribuídas entre as organizações que compõem o projeto (a organização X é responsável por uma determinada tarefa, o grupo Y tem essa missão, etc.).
É necessário baixar o modelo disponível (para o Brasil, há versão em português), preencher os campos obrigatórios, imprimir, coletar as assinaturas dos responsáveis pelas organizações que compõem a rede, e enviar este certificado assinado, anexando o arquivo ao formulário por foto ou scanner.
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ENVIO
Como saber se a inscrição foi enviada?
A proposta será enviada para a participação no edital somente após o preenchimento de todos os campos do formulário e a inclusão dos anexos obrigatórios. Caso o registro de agente na plataforma não tenha sido completamente preenchido, não será possível enviar a inscrição. O sistema apresentará um alerta (um ponto de exclamação “!” em vermelho, em que se deve clicar para saber onde está o problema). Se o erro estiver no registro de agente, será necessário clicar no seu nome ou na sua imagem de perfil, acessar “Meu perfil” e editar seu registro, completando todos os campos do formulário que estiverem marcados com o símbolo “*”. Também é preciso selecionar ao menos uma área de atuação, no canto superior esquerdo da página de registro.
Revise as informações antes de clicar em “Enviar inscrição”. Após o envio, não será possível editá-la. A plataforma exibirá a tela de confirmação do envio|: o dia e o horário do envio aparecerão na tela com uma tarja verde.
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AVALIAÇÃO
Como se dá o processo de seleção?
O processo de avaliação do edital tem duas etapas: habilitação e avaliação. Na primeira etapa, a Unidade Técnica do IberCultura Viva revisará a documentação enviada, para ver se os anexos foram enviados corretamente, se o projeto reúne ao menos três organizações culturais comunitárias, se elas são provenientes de países membros do programa. As organizações que tiverem enviado a documentação corretamente passarão à etapa seguinte, de avaliação.
Na segunda etapa, uma comissão composta por quatro membros pertencentes às instituições representantes de países ante o programa (REPPI) estará encarregada de realizar a seleção dos projetos apresentados. A avaliação se dará conforme os critérios estabelecidos previamente no regulamento do edital.
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Quais são os critérios de avaliação?
A seleção levará em conta, por exemplo, se a proposta propicia o desenvolvimento de uma cultura cooperativa, solidária e transformadora, mediante o fortalecimento da capacidade de organização comunitária. Também contarão pontos na avaliação se o projeto promove ações de formação cultural e fortalecimento das identidades culturais; se desenvolve ações de comunicação, documentação e registro nas comunidades e redes em que atuam; se propõe características inovadoras e/ou relevantes para a comunidade; se inclui a perspectiva de gênero de forma transversal; se aborda atividades com temáticas específicas e significativas para comunidades vulneráveis, coletividades, minorias étnicas, etc.
Além da adequação aos objetivos estratégicos do programa, serão avaliadas a experiência da rede ou coletivo proponente e a proposta técnica apresentada. Neste caso, se observará se os objetivos estão explicitados de forma clara e bem definidos; se são pertinentes as estratégias e objetivos em relação aos resultados esperados; se explicitam coerentemente as etapas/ações para o desenvolvimento do projeto; se contam com uma equipe técnica adequada para a realização da proposta; se incluem adequada estrutura de gestão e estratégias de monitoramento e avaliação, se há coerência e adequação do orçamento e do plano de trabalho.
Confira o regulamento do concurso: https://bit.ly/33padQX
Inscreva-se: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/199/
Como se inscrever no Mapa IberCultura Viva: https://iberculturaviva.org/mapa-ibercultura-viva/?lang=es
Consultas: programa@iberculturaviva.org
Partilhando saberes tradicionais: os dois projetos do Brasil selecionados no Edital de Apoio a Redes 2021
Em 24, nov 2021 | Em Notícias | Por IberCultura
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Nome do projeto: Okan Ilu – Tambor do Coração
Dados da rede ou articulação: Rede de Envolvimento Solidário e Multiversidade Mãe Preta dos Povos da Terra
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O Okan Ilu (Tambor do Coração), uma das propostas brasileiras selecionadas no Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021, é um momento de encontro da Rede de Envolvimento Solidário, um momento de partilha cultural e artística dos povos negro e indígenas. Realizado anualmente desde 2015 em Triunfo (Rio Grande do Sul), é um ritual de culminância das atividades da Comunidade Kilombola Morada da Paz – Território de Mãe Preta (CoMPaz), um coletivo constituído majoritariamente de mulheres negras.
A Morada da Paz é “um modo de ser e de viver”, como dizem as mais velhas da comunidade, e tem como projeto existencial a defesa da vida e da diversidade. O calendário da comunidade é constituído por datas sagradas voltadas tanto para ritualísticas de atendimento espiritual, quanto para atividades voltadas para a preservação e disseminação da cultura afro-brasileira. Ali são promovidos encontros entre diferentes lideranças dos povos originários e comunidades tradicionais, com o intuito de construir redes de articulação política, cultural e espiritual em defesa da vida.
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O projeto apresentado ao Edital de Apoio a Redes tem entre seus objetivos reconhecer as tradições, a memória, a história e a cultura afro-brasileira e celebrar a vida dos povos e comunidades tradicionais através dos tambores sagrados na CoMPaz; salvaguardar, transmitir e honrar a força ancestral dos povos de terreiro e quilombolas; construir ações em unidade, como redes, projetos conjuntos, parcerias e alianças que derivam desses encontros.
A proposta prevê a realização de oficinas e vivências de partilha de saberes e fazeres ancestrais dos povos e comunidades participantes do Okan Ilu, e ipàdés (círculos sagrados de diálogos) com a participação dos anciões e anciãs da Comunidade Morada da Paz. Também estão previstas apresentações artísticas e culturais dos diversos povos e coletivos presentes, como o Grupo Semente de Baobá, formado por jovens da Comunidade Morada da Paz, os tambores do candombe uruguaio da Nação Zumbalelê, as maracas e flautas indígenas e declamações de poesias, cirandas e a contação de histórias e lendas dos povos tradicionais pelos mestres da Cultura Viva, além de rodas de capoeira.
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Organizações participantes
A Comunidade Kilombola Morada da Paz trabalha com a recuperação da história, da memória e da cultura ancestral afro-brasileira desde 2003, sendo sede do Omorodê Ponto de Cultura da Infância e da Escola CoMKola Kilombola Epè Layiè. Desenvolve oficinas e vivências tanto na sede como em outros espaços, inclusive em ambiente virtual, trabalhando com a educação, a espiritualidade, a cultura, a arte e a saúde holística.
O Instituto CoMPaz, que faz parte deste projeto, realiza desde 2015 cursos, palestras e oficinas nas áreas de cultura, educação, espiritualidade, permacultura, agroecologia e ciências, com crianças e jovens de escolas de Montenegro, Triunfo e da região metropolitana de Porto Alegre. Também desenvolve projetos de empreendedorismo sociocomunitário com jovens da Comunidade Morada da Paz e de sua biorregião.
Outra organização participante é Nación Zumbalelé, de Salinas (Uruguai). Este Ponto de Cultura uruguaio trabalha desde 2001 com pesquisa, educação e prática do candombe, cultura afro-uruguaia e equidade racial, realizando intercâmbios pela América Latina, inclusive com uma participação do Okan Ilu, na Comunidade Morada da Paz, em 2019.
Já o Ponto de Cultura A Bruxa tá Solta, de Boa Vista (Roraima), começou em 1992 como um grupo de teatro. Em 2016, ampliou suas atividades como Ponto de Cultura, e em 2017 se reorganizou novamente, agregando comunidades e grupos numa rede focada na gestão cultural, com ênfase nas tradições populares da Amazônia, com recorte em Roraima. Dessa aliança com o Ponto de Cultura fazem parte 25 grupos/comunidades de seis municípios.
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Assista ao vídeo do Okan Ilu realizado em 2020:
* Nome do projeto: Fórum Sagarana: Saberes Tradicionais, Cultura e Mudanças Climáticas
* Nome da rede ou articulação: Fórum Sagarana: Saberes Tradicionais, Cultura e Mudanças Climáticas
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O Fórum Sagarana: Saberes Tradicionais, Cultura e Mudanças Climáticas é uma proposta de articulação em rede para a produção de uma série de atividades, diálogos e formações, focando no fortalecimento institucional de organizações e comunidades presentes no território do Vale do Rio Urucuia, na Região Norte-Noroeste do estado de Minas Gerais, Brasil.
Com sede na cidade de Arinos, o projeto visa – a partir de três eixos de atividades –, o diálogo sobre temáticas que permeiam a conservação dos saberes tradicionais, o desenvolvimento sociocultural, as juventudes, a comunicação e o impacto das mudanças climáticas na agenda global até 2030. O objetivo é criar um ambiente de debate que fomente reflexões e gere impactos positivos nas estruturas das organizações e comunidades alvo do fórum.
A proposta privilegia os princípios da pedagogia griô, buscando dialogar e abordar de forma efetiva e integrada com a realidade e a visão de mundo dos diferentes atores das comunidades cerratenses, sertanejas e interioranas, assim como quilombolas, respeitando seus modos de vida e criando pontes entre a oralidade e o conhecimento formal.
A ideia é que as rodas de prosa, os círculos dialógicos, as oficinas de elaboração do conhecimento e produção partilhada e as formações técnicas sejam realizadas com a comunidade – nunca para a mesma –, dialogando também com metodologias de cocriação artística, de mapeamento afetivo, de pesquisa-ação e de economia solidária.
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Vila de Sagarana (Foto: CineBaru)
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A escolha da Vila de Sagarana para o fórum foi pensada como uma ação para reconhecer e fortalecer a identidade geraizeira e dos povos do Cerrado. A pequena vila de 300 habitantes está localizada no sertão de Veredas, narrado por João Guimarães Rosa, na mata seca, fitofisionomia única e rara do cerrado, um território altamente biodiverso, rico em tradições e de culturas únicas, ainda pouco conhecido e já muito ameaçado. Segundo o Sexto Relatório de Avaliação (AR6/WG1), do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, esse território tem enfrentado secas mais intensas e temperaturas mais altas, sendo uma das áreas do mundo onde a mudança do clima provocará efeitos mais drásticos.
Como resultados do projeto, espera-se o fortalecimento de articulações, em nível regional, para a constituição dos espaços de diálogos entre comunidades, organizações e instâncias de governança em prol da valorização do sentimento de pertencimento, da atenção aos impactos ambientais provocados pelas mudanças climáticas, assim como para a conscientização para a conservação da memória e histórica socioculturais dos povos tradicionais presentes no território do Vale do Rio Urucuia.
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Histórico da rede
A rede do Fórum Sagarana possui um amplo histórico de diálogos, debates e atividades construídas em prol do desenvolvimento social, cultural, ambiental e econômico do território, agindo conjuntamente com instâncias governamentais e da sociedade civil.
Dentre as atividades promovidas conjuntamente por instituições presentes na construção da proposta do Fórum Sagarana, estão as sete edições do Encontro dos Parceiros do Vale do Rio Urucuia (2009-2015); sete edições do Festival Sagarana (2008-2015); cinco edições do projeto O Caminho do Sertão (2014-2019), cinco edições da Mostra Sagarana de Cinema (2017-2021), além de diversas propostas de formações, parcerias público-privadas, emendas parlamentares e dinâmicas de articulação comunitárias.
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Organizações participantes
Uma das organizações que apresentam o projeto é o Portal de Cultura Grande Sertão Veredas – Agência de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Vale do Rio Urucuia (ADISVRU). Criado em fevereiro de 2001, o Portal de Cultura, enquanto Ponto de Cultura, tem como proposta principal identificar e fortalecer a cultura local e regional na sua diversidade tendo como foco os grupos de teatro, música, dança, os núcleos de artesanato, cultura digital e familiares de quilombolas e ciganas. Enquanto parte da Instituição ADISVRU, realiza ações de fortalecimento da diversidade cultural, economia criativa, sentimento de pertencimento e diálogos entre patrimônios imateriais, materiais e meio ambiente.
Já o Coletivo Ecos do Caminho, criado em 2015, é uma associação de pessoas físicas sem fins lucrativos (não formalizada) que promove iniciativas, em geral independentes, em um processo de intensa convivência com as comunidades locais, contando com a parceria de instituições e ONGs do Território Baiangoneiro. O coletivo é composto por produtores culturais, fotógrafos, cineastas, jornalistas, historiadores, biólogos, pesquisadores e artistas, oriundos de diferentes territórios e vivências. Eles mantêm uma sede na vila de Sagarana e realizam há sete anos atividades socioculturais e ambientais na região, tal como as cinco edições da Cinebaru (entre 2017 e 2021) e a 7ª edição do Festival Sagarana, em 2015.
Também participa do projeto a Associação do Cresertão – Centro de Referência em Tecnologias Sociais do Sertão, fundada em 2010, com a proposta de demonstrar, divulgar e aplicar as tecnologias sociais – soluções de baixo custo e ecologicamente corretas, capazes de gerar trabalho e renda e melhorar a vida das comunidades. As tecnologias sociais refletem um novo conceito de desenvolvimento, que alia saberes populares e conhecimento científico.
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46 propostas foram habilitadas no Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021
(Foto: Oliver Kornblihtt)
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O programa IberCultura Viva divulgou nesta sexta-feira, 17 de setembro, a lista de candidaturas habilitadas a seguir no processo seletivo do Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021. Dos 57 projetos inscritos na plataforma Mapa IberCultura Viva, foram habilitados 46. As candidaturas provêm de 10 países: 13 de Colômbia, 9 de Argentina, 6 de México, 6 de Brasil, 4 de Peru, 3 de Costa Rica, 2 de Uruguai, 1 do Equador, 1 de El Salvador, 1 da Espanha.
A primeira lista de habilitados foi publicada na sexta-feira passada, 10 de setembro, quando se abriu o prazo de recursos para que as pessoas postulantes pudessem corrigir a documentação das 20 propostas que foram consideradas inabilitadas por problemas com a inscrição, como falta de cartas de aval ou falta de informação sobre as organizações com que articulam no projeto apresentado. O prazo de recursos encerrou na quarta-feira, 15 de setembro. Nove recursos foram aceitos pela Unidade Técnica do IberCultura Viva: 1 de Argentina, 2 de Brasil, 2 de Colômbia, 1 de El Salvador, 1 de México e 2 de Uruguai.
Esta lista definitiva de candidaturas habilitadas será enviada à Comissão de Seleção, composta pela Unidade Técnica e pelo Conselho Intergovernamental do programa, para dar continuidade ao processo de avaliação. O resultado final tem publicação prevista para o dia 3 de outubro.
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O edital
O período de inscrições ao Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021 esteve aberto de 14 de junho a 31 de agosto. Esta edição foi lançada com o objetivo de promover e fortalecer o trabalho e a articulação de redes culturais de base comunitária que integrem povos indígenas, afrodescendentes e/ou coletivos de comunidades migrantes no contexto ibero-americano.
No caso do Brasil, apenas aqueles reconhecidos e certificados como Pontos de Cultura poderiam participar como entidades responsáveis, devendo ter o cadastro atualizado na plataforma da Rede Cultura Viva. No caso do Equador, o responsável pelo projeto deveria estar inscrito no Cadastro Único de Atores Culturais (RUAC). No caso do México, só poderiam participar como entidades responsáveis aquelas inscritas no Registro Nacional de Espaços, Práticas e Agentes Culturais (TELAR).
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(*) Texto atualizado em 16 de setembro, após o prazo e análise dos recursos
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Confira a lista de candidaturas habilitadas e não habilitadas:
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Como se inscrever no Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021
(Foto: Oliver Kornblihtt)
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O programa IberCultura Viva abriu no dia 14 de junho o Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021. Esta edição tem como objetivo promover e fortalecer o trabalho e articulação das redes culturais de base comunitária integradas por povos indígenas, afrodescendentes e/ou coletivos de comunidades migrantes no âmbito ibero-americano.
Podem ser apresentados projetos para realizar atividades que promovam o diálogo intercultural, a promoção cultural comunitária, circuitos de economia social para bens e serviços culturais ou instâncias de formação em diversidade cultural, gênero, comunicação comunitária e outros conhecimentos ou tecnologias sociais que ajudem a promover o diálogo intercultural e a promoção cultural comunitária. As atividades devem ter entrada livre e gratuita e ser realizadas no prazo máximo de 6 meses, entre outubro de 2021 e março de 2022.
Cada proposta selecionada poderá receber até US$ 3 mil para serem utilizados nas despesas de produção e comunicação do projeto. O valor total da convocatória é de US$ 68 mil.
As inscrições se encerrarão em 31 de agosto de 2021, às 18h, considerando o horário de Buenos Aires, Argentina (o mesmo de Brasília). Somente serão aceitas inscrições enviadas através da plataforma Mapa IberCultura Viva.
A seguir, um guia que pode ajudar a concluir seu registro.
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REQUISITOS
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A quem se destina este edital?
Podem se inscrever coletivos e organizações culturais comunitárias (OCC) integradas por povos indígenas, afrodescendentes e comunidades migrantes nos países que fazem parte do programa IberCultura Viva: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai.
Atenção: os projetos devem contemplar a participação de pelo menos três OCCs ou povos indígenas, afrodescendentes e/ou coletivos de comunidades migrantes. (Ou seja, projetos desenvolvidos pelos próprios povos/coletivos ou pelas OCCs que trabalham com esses povos/coletivos). Um desses grupos deve ser a entidade responsável pelo cadastro, que se encarregará de administrar os recursos.
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Quais são os requisitos para uma OCC/coletivo ser a organização responsável pela inscrição?
A organização responsável pela inscrição deve ter personalidade jurídica válida e ser sem fins lucrativos. Também é necessário ter uma conta bancária institucional ativa que permita receber os fundos se o projeto for selecionado.
Além disso, existem requisitos específicos para três países: Brasil, Equador e México. No caso do Brasil, somente poderão participar como entidades responsáveis aquelas certificadas como Pontos de Cultura, com cadastro atualizado na plataforma da Rede Cultura Viva. No caso do Equador, o responsável pelo projeto deve estar inscrito no Cadastro Único de Atores Culturais (RUAC). No caso do México, somente aquelas que estão inscritas no Registro Nacional de Espaços, Práticas e Agentes Culturais (TELAR) podem participar como entidades responsáveis.
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Que documentos devem ser preenchidos e/ou apresentados?
Além do preenchimento do formulário específico do Edital de Apoio a Redes 2021 que se encontra disponível no Mapa IberCultura Viva, os candidatos devem enviar (em anexo ao formulário) dois documentos: 1) o certificado de personalidade jurídica (CNPJ) da organização/coletivo(*); 2) a carta aval em que é designada a entidade responsável pela inscrição e definidas as responsabilidades de cada organização/grupo/ povo no projeto. O orçamento e o cronograma do projeto também devem ser enviados em anexo, conforme modelo encontrado no formulário.
Para os candidatos do Equador, Brasil e México, aparecerá um campo específico para envio do comprovante de inscrição no RUAC, o certificado de inscrição como Ponto de Cultura ou a inscrição no Registro Nacional de Espaços, Práticas e Agentes Culturais (TELAR).
(*) No caso de povos indígenas ou afrodescendentes, os certificados de personalidade jurídica enviados anexados ao formulário de inscrição serão validados pelos REPPI (Representantes dos países nos programas e iniciativas) de cada país membro na etapa de avaliação do edital. (No caso do Brasil, a instituição REPPI é a Secretaria de Diversidade Cultural do Ministério do Turismo).
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Como preencher a carta aval?
Neste campo do formulário (item 5.1) existe um modelo de carta aval para baixar. É um documento simples, no qual se deve dizer que as pessoas abaixo assinadas expressam seu aval à organização que se apresenta como a entidade responsável pelo projeto, que se encarregará da administração dos recursos. Também deve ser esclarecido como as responsabilidades foram distribuídas entre as organizações que compõem o projeto (a organização X é responsável por uma determinada tarefa, o grupo Y tem essa missão, etc.).
É necessário baixar o modelo disponível (para o Brasil, há versão em português), preencher os campos obrigatórios, imprimir, coletar as assinaturas dos responsáveis pelas organizações que compõem a rede, e enviar este certificado assinado, anexando o arquivo ao formulário por foto ou scanner.
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INSCRIÇÃO
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Como iniciar o registro?
Para se inscrever em um edital do programa, é necessário primeiro se inscrever como agente cultural no Mapa IberCultura Viva. Esta plataforma permite o cadastramento de dois tipos de agentes: individuais e coletivos. Por agentes individuais entendemos indivíduos, e por agentes coletivos, organizações culturais comunitárias, entidades, povos indígenas, coletivos, grupos e instituições. Nesta convocatória, é obrigatório o cadastramento do perfil de agente individual (pessoa física que será responsável pelo cadastro). (Aqui está um instrutivo que pode ajudá-lo a se registrar na plataforma: http://iberculturaviva.org/manual/)
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Se o candidato participou de outro edital do IberCultura Viva por meio desta plataforma, ele deve se registrar novamente como agente?
Não. As pessoas que já participaram de algum edital do programa publicado no Mapa IberCultura Viva ou já preencheram o seu perfil nesta plataforma não precisam se cadastrar novamente como agentes; só precisam ingressar no perfil para iniciar a inscrição.
O campo “Registrarse” na página inicial do Mapa IberCultura Viva é usado apenas pela primeira vez. Nas seguintes vezes você deve ir em “Ingresar” para acessar o seu perfil. (Será necessário clicar em “Editar” para acessar / alterar os dados cadastrais.)
Atenção: lembre-se que existem duas etapas para se cadastrar no concurso: 1) preencher o cadastro do agente individual no Mapa IberCultura Viva (se você já o fez em outros editais do programa, deve usar o mesmo registro); 2) preencher o formulário de inscrição do edital de seu interesse.
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Uma vez concluído o cadastro como agente, onde encontro o formulário de inscrição do edital?
Quando tiver um perfil de agente cadastrado, clique em “Editais” (no alto da tela) e procure o arquivo que aparece com o título “Convocatoria IberCultura Viva de apoio a redes e projetos de trabalho colaborativo 2021”.
Para iniciar a inscrição, clique no campo de busca, localize o nome da pessoa física que será responsável pela inscrição (seu perfil de agente previamente cadastrado) e selecione “Iniciar inscrição”. O formulário aparecerá imediatamente, primeiro em espanhol e depois em português.
O sistema gera um “número de inscrição”, que deve ser fornecido sempre que você entrar em contato com o programa IberCultura Viva para obter qualquer informação sobre sua proposta.
Atenção: A qualquer momento é possível salvar os dados utilizando o botão “Salvar” na margem superior direita. Depois de fazer isso, você pode sair da plataforma e continuar em outro momento, antes do final do período de inscrição.
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FORMULÁRIO
Como apresentar a rede ou articulação que desenvolverá a proposta do candidato?
O agente responsável pela inscrição será uma pessoa física, previamente cadastrada como agente individual na plataforma. No formulário este será o primeiro campo que aparecerá. Em seguida virão os dados da rede ou articulação que apresenta o projeto (deve-se reportar o nome da rede e uma breve descrição, com objetivo, histórico, etc.).
Na primeira parte do formulário, “Dados da rede ou articulação”, encontram-se os campos para preenchimento dos dados das organizações/coletivos que compõem a rede ou articulação (cidade, país, área de atuação, ano de fundação, e-mail, um breve resumo de suas atividades). É necessário preencher os três itens (1, 2 e 3 iguais), um para cada organização/coletivo, pois este é o número mínimo de membros que devem fazer parte da rede ou articulação. No caso de haver mais membros, existe mais um campo onde pode ser anexada uma lista.
Nesta parte encontram-se também os campos para informar a entidade responsável pela administração do projeto, enviar o certificado de personalidade jurídica e a carta aval em que são definidas as responsabilidades de cada membro da rede.
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Como apresentar a proposta da rede ou articulação?
A segunda parte do formulário é dedicada aos dados do projeto. Lá você deve informar o nome, local de realização, data de início, data de término, descrição, objetivos, metas, resultados esperados.
Uma das questões que aparecem no formulário é se o projeto propõe ações de reconhecimento e fortalecimento da identidade cultural e do diálogo intercultural. É importante relatar essas ações (se aplicável) porque este é um dos principais objetivos deste edital e contabiliza pontos no processo de avaliação da proposta. (Se não for o caso, basta responder “não contempla”).
São também obrigatórios os campos para descrição das estratégias de intervenção, mediação e público-alvo das atividades, e para informar se propõe diferentes temas, metodologias e/ou tecnologias culturais, sociais e/ou científicas.
Da mesma forma, pergunta-se se o projeto inclui características inovadoras e/ou relevantes para a comunidade e se inclui a perspectiva de gênero (descreva como; caso contrário, responda apenas “não contempla”). As ações de comunicação, documentação e registro que serão realizadas também devem ser informadas.
No campo de descrição da “Estrutura de Gestão” devem ser incluídas as responsabilidades assumidas por cada membro da rede ou articulação. Espera-se também que as estratégias de monitoramento e avaliação, a equipe técnica e a participação de outros atores na proposta (prefeituras, instituições públicas e/ou privadas, por exemplo) sejam informadas, caso existam.
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Como apresentar o orçamento do projeto?
Cada projeto selecionado neste edital pode receber até US$ 3 mil para despesas de produção e comunicação do evento proposto. Na parte final do formulário de inscrição encontram-se os campos onde deverá constar o orçamento total para o projeto e o orçamento solicitado ao programa IberCultura Viva.
Atenção: as redes ou articulações candidatas devem contribuir com pelo menos 25% dos custos totais do projeto. Contribuições não monetárias, como estruturas, equipamentos, espaços, suprimentos, ferramentas ou serviços, podem ser computadas dentro desse percentual, por meio de cartas de compromisso.
Os dois últimos campos destinam-se ao envio do orçamento e do cronograma do projeto em anexo, conforme os modelos que estão disponíveis para download no formulário.
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ENVIO
Como saber se a candidatura foi realmente enviada?
A candidatura só será enviada após o preenchimento de todos os campos obrigatórios do registro do agente e do formulário de inscrição do edital, incluindo os anexos obrigatórios.
Caso o cadastro do agente na plataforma não tenha sido totalmente preenchido, não será possível enviar a inscrição. O sistema apresentará um alerta (um “!” vermelho no qual se deve clicar para saber onde está o problema).
Se o erro estiver no cadastro do agente, será necessário acessar “Meu perfil” (clicando no nome ou na foto do perfil) e editar o cadastro, preenchendo todos os campos do formulário. Atenção: é necessário cobrir todos os campos marcados com o símbolo “*” e selecionar pelo menos uma área de atuação, no canto superior esquerdo da página de cadastro.
Atenção: Verifique as informações antes de clicar em “Enviar inscrição“. Após o envio não será possível editá-la. A plataforma exibirá uma confirmação do envio: o dia e a hora do envio aparecerão na tela destacada em verde.
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Assista ao vídeo da sessão informativa: https://fb.watch/7q93EkBzjY/
Confira o regulamento: https://bit.ly/3gmGDje
Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/169/
Consultas: programa@iberculturaviva.org
IberCultura Viva apoiará projetos de redes de povos indígenas, afrodescendentes e comunidades migrantes
(Foto: Oliver Kornblihtt)
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Nesta segunda-feira, 14 de junho, abre-se o prazo de inscrição do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021. A iniciativa tem como objetivo fomentar e fortalecer o trabalho e a articulação das redes culturais de base comunitária integradas por povos originários, indígenas, afrodescendentes e/ou coletivos de comunidades migrantes no âmbito ibero-americano. O edital conta com um montante de 68 mil dólares, provenientes do Fundo Multilateral IberCultura Viva, e está destinado aos 11 países que formam parte do programa: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai.
Podem inscrever-se projetos de articulação em rede ou trabalho colaborativo para a realização de atividades que promovam o diálogo intercultural, a promoção cultural comunitária, circuitos de economia social para bens e serviços culturais ou instâncias de formação sobre diversidade cultural, gênero, comunicação comunitária e outros saberes ou tecnologias sociais que ajudem a promover o diálogo intercultural ou a promoção cultural comunitária. Cada proposta selecionada poderá receber até 3 mil dólares para utilizar em gastos de produção e comunicação do projeto.
As atividades devem ter entrada livre e gratuita e ser executadas num prazo máximo de 6 meses, entre outubro de 2021 e março de 2022. Pelo contexto sanitário atual, os projetos devem adaptar suas atividades às normas de cada país, respeitando as exigências das autoridades competentes, incluindo as de segurança e higiene, nas localidades onde serão realizadas.
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Inscrições
As inscrições estarão abertas na plataforma Mapa IberCultura Viva até 31 de agosto (*), às 18h, considerando o horário de Brasília e Buenos Aires (Argentina). Os projetos devem ser apresentados por uma rede ou articulação de pelo menos três membros que contemplem povos originários, indígenas ou afrodescendentes, coletivos migrantes e/ou organizações culturais comunitárias que trabalham com estes grupos. A organização responsável pela inscrição deverá ter personalidade jurídica vigente e ser de tipo sem fins lucrativos. No caso dos povos originários, indígenas e/ou afrodescendentes, as personalidades jurídicas serão validadas pelos/las REPPIs (representantes de países nos programas e iniciativas) de cada país durante o processo de habilitação.
No caso do Brasil, só podem participar como organizações responsáveis aquelas reconhecidas e certificadas como Pontos de Cultura, devendo ter inscrição atualizada na plataforma Rede Cultura Viva. No caso do Equador, a pessoa responsável do projeto deve estar inscrita no Registro Único de Atores Culturais (RUAC). No caso do México só podem participar como organizações responsáveis aquelas que se encontrem inscritas no Registro Nacional de Espaços, Práticas e Agentes Culturais (TELAR).
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Avaliações
O processo de avaliação das propostas apresentadas compreenderá duas etapas: habilitação e seleção. A primeira julgará o cumprimento da documentação exigida no regulamento. As postulações enviadas com os documentos requeridos (formulário devidamente preenchido, certificado de personalidade jurídica (CNPJ), carta aval das organizações e/ou coletivos, orçamento e cronograma adequados ao formato detalhado) passarão à fase seguinte. Na etapa de seleção, as propostas serão avaliadas conforme os critérios estabelecidos no regulamento do edital. Os projetos que obtiverem a maior pontuação em cada país serão os selecionados.
Entre os critérios que contam pontos na seleção se encontram a adequação aos objetivos estratégicos do programa IberCultura Viva, os impactos artístico-culturais, econômicos e/ou sociais do projeto, a experiência da rede ou articulação proponente, a avaliação da proposta técnica, e a coerência e adequação do orçamento e do plano de trabalho.
As redes/articulações candidatas deverão aportar um mínimo de 25% dos custos totais do projeto. Esta porcentagem pode ser cumprida com aportes não financeiros, como estruturas, equipamentos, espaços, insumos, ferramentas ou serviços, através de cartas de compromisso. As postulações também deverão ser acompanhadas por cartas aval onde se estabeleçam as responsabilidades de cada organização ou coletivo dentro do projeto.
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(*) Texto atualizado no dia 9 de agosto de 2021
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Confira o regulamento do edital: https://bit.ly/3gmGDje
Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/169/
Como inscrever-se no Mapa IberCultura Viva: https://iberculturaviva.org/manual/
Consultas: programa@iberculturaviva.org
Edital de Apoio a Redes 2020 seleciona 53 iniciativas realizadas em comunidades de 10 países
(Foto: Cultura de Red)
O programa IberCultura Viva anunciou nesta quarta-feira 30 de setembro os 53 projetos selecionados no Edital de Apoio a Redes 2020: COVID-19 e Redes Culturais Comunitárias. As inscrições estiveram abertas no Mapa IberCultura Viva entre 21 de julho e 4 de setembro. Foram recebidas 90 postulações. As propostas selecionadas são dos seguintes países: Argentina (10), Brasil (4), Chile (7), Colômbia (9), Costa Rica (1), Equador (5), El Salvador (3), México (6), Peru (6) e Uruguai (2).
Esta edição foi dirigida a iniciativas de redes culturais comunitárias que articulam ações de apoio à emergência sanitária pela pandemia de COVID-19. As atividades de apoio e assistência podiam ser em temas de alimentação, de saúde o educação no contexto da pandemia. Cada projeto selecionado receberá US$ 1 mil para utilizar em insumos e/ou logística das atividades.
O processo de seleção seguiu critérios que incluem a trajetória de trabalho territorial da organização responsável e sua experiência no desenvolvimento de ações apoio e assistência em matéria de alimentação, saúde e/ou educação. Também contaram pontos seu trabalho no desenvolvimento de uma cultura cooperativa, solidária e transformadora, mediante o fortalecimento da capacidade de organização comunitária.
As organizações culturais comunitárias e/ou povos originários com candidaturas selecionadas receberão, no decorrer da próxima semana, um correio eletrônico com as indicações e documentação necessária para o recebimento da ajuda.