Redes 2024
Festival Reconstruindo o Quilombo ganha segunda edição em novembro: um espaço de resistência e diálogo intercultural
Em 26, set 2024 | Em Notícias | Por IberCultura
A Comunidade Quilombola de Santa Cruz, em Pimenteiras do Oeste (Rondônia, Brasil), se prepara para sediar a segunda edição do Festival Cultural Reconstruindo o Quilombo, em novembro deste ano. O evento, um dos selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024, tem como objetivo fortalecer a identidade quilombola e promover a igualdade racial e o respeito mútuo entre diferentes etnias.
Organizado pela Rede Diversidade Amazônica, o festival pretende ser uma celebração vibrante e plural da cultura afro-brasileira, com uma programação que inclui oficinas e apresentações artísticas, palestras e rodas de conversa. Estão previstas oficinas gratuitas de fotografia e artesanato, com 50 vagas cada, além de uma exposição de fotos e literatura quilombola, apresentações musicais, danças tradicionais, leituras de poemas, exibição de documentários, desfile de moda afro-brasileira e produção de cartazes contra o racismo.
Pioneiros da Comunidade Quilombola de Santa Cruz também serão homenageados no evento, como um reconhecimento à sua contribuição para a preservação das tradições e valores da comunidade. “O festival tem um papel crucial no protagonismo da comunidade quilombola, reforçando o orgulho de suas tradições e promovendo o diálogo entre diferentes culturas”, afirma Andréia Machado, uma das produtoras envolvidas na organização.
A estimativa é que participem cerca de 500 pessoas, tanto da comunidade local quanto de regiões vizinhas. Uma das metas é fomentar o turismo cultural na região, atraindo visitantes interessados em conhecer e valorizar as tradições quilombolas. Com isso, espera-se fortalecer as parcerias regionais e ampliar a rede de apoio à comunidade, promovendo a cidadania e o desenvolvimento sustentável.
A Rede Diversidade Amazônica, que apresentou essa proposta ao edital do IberCultura Viva, é composta por três organizações de Rondônia: a Associação Cultural, Educação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Diversidade Amazônica (ACEMDA), a Associação de Remanescentes Quilombolas de Pimenteiras do Oeste (ARQOS) e o Ponto de Cultura e Mídia Livre Serpentário Produções.
Desde 2015, essa rede tem trabalhado ativamente na promoção da cultura e do desenvolvimento sustentável na Amazônia, com foco na valorização das comunidades quilombolas, indígenas e afro-brasileiras. Este ano, o evento conta com o apoio do Pontão de Cultura Raízes Amazônicas: Celebrando a Diversidade Cultural, que é coordenado pela ACEMDA.
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No ano passado, o Festival Cultural “Reconstruindo o Quilombo” se realizou de 23 a 27 de outubro, também com o apoio do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo. Duas das principais atividades foram a oficina de dança afro-brasileira, com destaque para a capoeira, e a oficina de artesanato com palha de buriti, que é usada há gerações para criar peças artísticas e funcionais que refletem a identidade quilombola.
Estas oficinas foram oferecidas a 50 alunos da Escola Pública Estadual de Ensino Fundamental e Médio Inácio de Castro, localizada na Comunidade Quilombola de Santa Cruz. Além de ensinar habilidades práticas, essas duas atividades ajudaram a fortalecer a conexão com a herança cultural da região. As pessoas participantes receberam certificados, destacando seu compromisso em preservar e valorizar essas tradições.
Memórias Vivas: um projeto para proteger o patrimônio natural e ancestral de Calderón, no Equador
Em 25, set 2024 | Em Notícias | Por IberCultura
Entre os meses de junho e agosto de 2024, foi realizado no Equador o projeto “Memórias Vivas”, criado com o objetivo de proteger, preservar e cuidar a memória patrimonial da paróquia de Calderón, especificamente do morro sagrado de Jalunguilla, da comuna de La Capilla. A proposta foi uma das selecionadas no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024.
O Cerro Jalunguilla, historicamente um território de ritualidades, saberes, cultura e ancestralidade, se tornou uma floresta seca que se regenerou naturalmente, com flora e fauna diversificadas. “Memórias Vivas” procurou produzir um documentário sobre o morro que recuperasse a sua importância como território ancestral, social e comunitário da paróquia de Calderón, para revitalizar a sua identidade e apropriação territorial.
A proposta foi apresentada à convocatória do IberCultura Viva pela Corporação Cultural Inti Pak Churi, nascida em 2008 em Calderón, norte de Quito, com o propósito de criar e dançar, reafirmando a sua herança cultural, “para manter e dar vida à memória de um povo cheio de contrastes e cores únicas”.
Além de apresentar a flora e a fauna de Jalunguilla, o projeto destacou a importância de protegê-las e, sobretudo, de proteger as memórias, histórias, ancestralidades, tradições, jogos e lendas da comuna, e daqueles que são os guardiões desta floresta seca, colina sagrada e lar de animais e plantas que o habitam.
Na compilação das memórias vivas das e dos avós da comuna, foram entrevistadas antigas moradoras, como María Yajamin, Josefina Collaguazo e María Muzo, que relembraram seus tempos de infância, quando desciam e subiam o morro de Jalunguilla com suas avós, para trazer água e lenha.
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Oferendas à virgem
María Mercedes Yajamin, 78 anos, membro da organização Papatíos y Mamatías da comuna La Capilla, falou sobre as Festas da Virgem Imaculada, das quais começou a participar aos 16 anos, em 1962. “Foi quando a minha fé aumentou, pois tive um problema de saúde que quase me cortou a perna, mas graças à bênção da Virgem consegui manter minha perna”, justificou.
Na entrevista que deu para o projeto, ela lembrou os tempos em que ia ao barranco trazer água e lenha para a Festa da Virgem Imaculada, e mais tarde, aos 23 anos, quando começou a dançar nessas festas, sempre falando kichwa. “Dancei yumbo, loas e os capariches vieram de Llano Grande para dançar”, disse María, que também costumava preparar comida tradicional para essas celebrações.
“Antigamente, todos nos reuníamos para fazer oferendas à virgem. O padre me ouviu falar kichwa e a partir daí me deixaram como líder de Mamatías e Papatíos, dizendo que deveríamos ensinar o kichwa às crianças, mas muitos não quiseram. De lá ele nos levou ao Quinche para dançar aos pés da virgenzinha, e já se passaram mais de 30 anos de todas essas lembranças”, afirmou.
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Entre o trabalho e as travessuras
Para a agricultora María Muzo Andrango, 83 anos, as lembranças são “de trabalho duro, de alegria, de convivência, de experiência e de vida, bem como de enamoramento ou travessuras”. Na entrevista para o documentário, ela contou que em Jalunguilla desciam para trazer água para lavar a roupa da casa, os menores com baldes pequenos, os mais velhos com baldes maiores. “Quando não havia água suficiente, tínhamos que descer com toda a roupa para lavar na seca. Dali saíamos à procura de lenha para cozinhar, já não levávamos água porque tínhamos que carregar lenha, e também descíamos para colher amendoins”, comentou.
“Quando eu era pequena, subia carregando amendoim, lenha, e conduzia o gado para que chegasse ao topo. Meu pai era bem bravo, me mandava para Jalunguilla para que eu não fosse à escola, porque antes não nos deixavam estudar, e pior se tivéssemos namorado. Lembro também que fazíamos cestos para lavar roupa e que sempre fui companheira da minha avó. O que eu mais gostava era que em Jalunguilla havia muitas guabas (frutas), são lembranças que nunca desaparecem da minha cabeça”.
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Uma vida difícil, mas feliz
Josefina Collaguazo, 79 anos, lembrou que madrugava para trazer água de Jalunguilla. Levantava cedo, às 5h da manhã, porque mais tarde já estava sujo. “Trabalhei na agricultura plantando batata, milho, sambos para sobreviver, sempre trazia lenha e água de Jalunguilla. Desde muito jovem trabalhei muito, sabia descer e lavar roupa na seca”, comentou.
“Minha vida foi difícil, mas também foi feliz, pois gostava muito de descer até Jalunguilla para correr pelos chaquiñanes, subir nas árvores, comer guabas, ficar com as vacas, ou com as cabras, e olhar os passarinhos. Gostava muito de passar um tempo em Jalunguilla, para mim era o melhor. Vi muitas mudanças, principalmente entre os jovens, que já não se interessam pela natureza, e outras mudanças que ocorreram na comuna. Espero que os jovens de hoje possam estar interessados em manter as nossas memórias, a nossa história e, acima de tudo, a nossa identidade.”
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Fortalecendo as memórias dos avós
Leslie Sanguña, 24 anos, é uma jovem nativa da comuna que está interessada em fortalecer e revitalizar as memórias dos seus avós para transmiti-las às gerações futuras. “Para mim, isso é importante, principalmente aquelas experiências que minha avó teve na infância. É importante ver que antes de descerem para pegar água no poço, eles iam lavar a roupa lá embaixo… Minha avó me dizia que quando desciam para Jalunguilla encontravam seus tios ou primos, eu me emociono quando me contam que lá se encontravam com outras pessoas. Para mim tem sido bonito como me têm dito, e nas caminhadas que a gente tem feito Jalunguilla para poder recriar aquelas partes, como era antes, como eles fizeram.”
Para Leslie, há partes lindas nas histórias contadas, como aquelas em que elas se sentavam para comer, para compartilhar. “Agora você vai ao cinema e compartilha com outras pessoas, mas não é a mesma coisa. Quando eles desciam para Jalunguilla, estavam em uma área natural e compartilhavam com outras pessoas, compartilhavam comidas tradicionais daqui, por exemplo, doces de sambo, abóbora, torradas. São poucas as pessoas que comem isso hoje em dia, tem gente que vem de fora e valoriza muito mais a comunidade do que as pessoas que estão aqui”, destacou.
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Cuidando da natureza
Gonzalo Guañuna Andrango, protetor ambiental, 56 anos, disse que desde os 6 anos gosta de estar em equilíbrio com a natureza e cuidar dela. Nascido nesta comuna, viveu toda a sua vida neste lugar que considera sagrado e pelo qual lutou durante décadas.
“Quando os espanhóis chegaram, demoliram os nossos templos, nossas apachitas e colocaram as igrejas no topo. Por isso mantivemos o nome La Capilla. Deveríamos ter ficado com o nome kichwa, mas assim permanecemos porque tivemos a primeira igreja dentro da paróquia”, explicou.
“Por ter sido presidente da comuna em 96, 97 e 98, tentei preservar a autenticidade desta comunidade. Lutamos contra a invasão, contra o lixão, e hoje lutamos pela declaração de uma área protegida de 186 hectares, a Jalunguilla, que em kichwa é ‘meia lua’ (jalun=metade; killa=lua). Este espaço é bastante antigo e queremos que seja preservado em estado natural, como uma floresta seca para toda a freguesia de Calderón”, ressaltou.
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Uma avaliação do projeto
Segundo os responsáveis pelas “Memorias Vivas” que avaliaram o projeto (Gonzalo Guañuna, Carmen Simbaña e Wilson González), durante sua realização houve uma boa ligação com outros atores da cidade e foi possível ampliar o trabalho com outros apoios. No documento que entregaram ao programa após sua execução, eles destacaram que os objetivos foram cumpridos e que houve dedicação e comprometimento com o que faziam: “O trabalho coletivo traz esperança à gestão que está sendo realizada. Foi todo feito coletivamente, trabalhado como um processo comunitário, fazendo ‘mingas’ (reunião de amigos e vizinhos para fazer algum trabalho gratuito em comum). Agradecemos a maneira de trabalhar de todos porque aprendemos com isso todos os dias.”
Conheça as 3 propostas do Paraguai selecionadas no Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024
O programa IberCultura Viva anunciou os três projetos do Paraguai selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024. Estas propostas foram anunciadas numa ata complementar à publicada na última sexta-feira, 17 de maio, com 34 projetos selecionados de 11 países.
O valor total destinado aos 37 projetos selecionados nesta edição é de 189 mil dólares, o maior montante concedido a um Edital de Apoio Redes em 10 anos de programa. Cada projeto selecionado receberá até 5 mil dólares para utilizar nos gastos de produção e comunicação do evento proposto.
As 37 propostas ganhadoras são provenientes dos 12 países membros do IberCultura Viva: 3 da Argentina, 4 do Brasil, 3 do Chile, 4 da Colômbia, 3 da Costa Rica, 3 do Equador, 3 da Espanha, 2 de El Salvador, 3 do México, 3 do Paraguai, 3 do Peru e 3 do Uruguai.
Os projetos que obtiveram as pontuações mais altas em cada país foram os selecionados para receber o apoio financeiro. No caso do Paraguai os ganhadores são: o 4º Encontro Nacional de Gestão Cultural Comunitária, apresentado pelo Centro de Desarrollo de las Artes y la Cultura Avaré Sumé; “Por uma lei para os espaços culturais no Paraguai”, apresentado pela Red Escucha, e “Inclusão Digital para o Desenvolvimento Cultural no Chaco Paraguayo (IDDC Chaco)”, proposto pela Asociación Melodía para la Promoción de la Educación y la Cultura.
A seleção levou em conta critérios como a adequação aos objetivos estratégicos do IberCultura Viva, os impactos artístico-culturais, econômicos e/ou sociais do projeto, a experiência da rede ou articulação proponente, a avaliação da proposta técnica, e a coerência e adequação do orçamento e do plano de trabalho aos objetivos e estratégias propostos. Os critérios e sua respectiva pontuação estavam estabelecidos no regulamento do edital.
As redes que foram selecionadas nesta convocatória serão contatadas pela Unidade Técnica do IberCultura Viva nos próximos dias para realizar os trâmites que permitam o pagamento dos recursos financeiros às organizações responsáveis.
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Confira a ata complementar com os projetos do Paraguai
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34 propostas foram selecionadas no Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024
193 inscrições foram habilitadas no Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024
(Foto: Luciele Oliveira/MinC)
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O programa IberCultura Viva divulgou nesta sexta-feira, 19 de abril, a lista definitiva de candidaturas habilitadas que continuam no processo seletivo do Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024: são 193, provenientes dos 12 países membros.
Uma primeira lista, com 151 projetos habilitados e 105 desabilitados, havia sido publicada no dia 9 de abril. Nesta data se abriu um prazo de três dias para que as organizações pudessem interpor recursos e complementar a documentação por e-mail. Este prazo se encerrou na sexta-feira, 12 de abril.
A Unidade Técnica aceitou 42 recursos provenientes de redes de 11 países: 13 da Argentina, 4 do Chile, 6 da Colômbia, 1 da Costa Rica, 2 do Equador, 2 de El Salvador, 5 da Espanha, 3 do México, 3 do Paraguai, 2 do Peru e 1 do Uruguai. Estas postulações se somam às divulgadas anteriormente e passarão à segunda fase do processo de seleção.
Nesta segunda etapa, os projetos habilitados serão avaliados por representantes dos governos dos 12 países participantes (cada governo é responsável por avaliar os projetos de seu próprio país). A avaliação será dada de acordo com os critérios previamente estabelecidos no regulamento do edital. Serão selecionados os projetos que obtiverem a pontuação mais alta em cada país.
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Inscrições recebidas
A edição 2024 do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo esteve aberta entre 23 de janeiro e 13 de março, período em que foram recebidas 256 candidaturas na plataforma Mapa IberCultura Viva. Este foi o maior número de inscrições nesta convocatória desde 2016, ano em que foi lançada a primeira edição. O recorde anterior era de 2022, quando foram enviadas 251 candidaturas.
Os dois países com maior número de candidaturas enviadas este ano foram a Colômbia (74) e a Argentina (73). Depois, México (20), Equador (16), Espanha (12), Peru (12), Brasil (11), Chile (11), Costa Rica (11), Paraguai (7), Uruguai (7) e El Salvador (2). A República Dominicana, que participou como país convidado, não apresentou nenhuma inscrição.
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Confira a lista definitiva de candidaturas habilitadas e não habilitadas
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O programa IberCultura Viva divulgou nesta terça-feira, 9 de abril, a lista de candidaturas habilitadas que continuam no processo seletivo do Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024: são 151, provenientes dos 12 países membros. As organizações responsáveis pelas 105 candidaturas que foram consideradas não habilitadas terão um prazo de três dias, a partir desta data, para corrigir a documentação, enviando o arquivo solicitado para o e-mail programa@iberculturaviva.org. O prazo para interposição de recursos termina na sexta-feira, 12 de abril.
Os recursos enviados para o email programa@iberculturaviva.org deverão ter a indicação “Recurso” no assunto e a identificação da pessoa responsável (o número de inscrição no edital). É importante revisar os motivos citados para a desabilitação no documento “Informação às Pessoas Interessadas I – Etapa de Habilitação” e enviar por correio apenas a documentação faltante exigida, em arquivo(s) anexo(s).
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Alguns motivos
Algumas das candidaturas foram enviadas sem carta aval de uma ou mais organizações envolvidas (neste caso basta enviar um e-mail com a carta que faltou) ou com carta aval sem assinatura (o documento deve ser impresso, assinado e digitalizado ou fotografado) ou com carta aval fora do formato exigido (ao clicar no nome da chamada no Mapa IberCultura Viva, os modelos de carta aval, cronograma e orçamento aparecem no lado direito da tela).
Em outros casos, o valor solicitado ultrapassa o máximo permitido (é necessário ajustar o orçamento até US$ 5.000) ou a data de início ou término do projeto não corresponde ao período previsto no regulamento do edital (o cronograma deve ser ajustado tendo em conta o início a partir de junho de 2024 e o término até novembro de 2024).
Esta chamada destina-se a propostas feitas de forma colaborativa por pelo menos três organizações culturais comunitárias. A organização responsável pelo projeto deve ter personalidade jurídica e ser do tipo sem fins lucrativos. (Se a organização responsável pelo projeto não for do tipo sem fins lucrativos, e por isso a proposta foi invalidada, pode-se apresentar outra organização cultural comunitária com o perfil exigido). No caso do Brasil, a organização responsável também deveria ser um Ponto de Cultura cadastrado na Rede Cultura Viva.
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Continuidade do processo
Na próxima semana, a Unidade Técnica analisará os recursos enviados para esta primeira etapa do edital. Após o envio pelas organizações responsáveis dos anexos exigidos, as candidaturas desclassificadas serão reconsideradas e poderão continuar no processo seletivo. A lista final das candidaturas habiltiadas será publicada neste site após o prazo e análise dos recursos.
Na segunda etapa do processo, os projetos aprovados serão avaliados por representantes dos governos de cada um dos 12 países participantes (cada governo é responsável por avaliar os projetos do seu próprio país). A avaliação será dada de acordo com os critérios previamente estabelecidos no regulamento do edital. Serão selecionados os projetos que obtiverem a pontuação mais alta em cada país.
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Inscrições recebidas
A edição 2024 do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo esteve aberta entre 23 de janeiro e 13 de março, período em que foram recebidas 256 candidaturas na plataforma Mapa IberCultura Viva. Este foi o maior número de inscrições nesta convocatória desde 2016, ano em que foi lançada a primeira edição. O recorde anterior era de 2022, quando foram enviadas 251 candidaturas.
Os dois países com maior número de candidaturas enviadas este ano foram a Colômbia (74) e a Argentina (73). Depois, México (20), Equador (16), Espanha (12), Peru (12), Brasil (11), Chile (11), Costa Rica (11), Paraguai (7), Uruguai (7) e El Salvador (2). A República Dominicana, que participou como país convidado, não apresentou nenhuma inscrição.
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Confira a lista de candidaturas habilitadas e não habilitadas