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Arquivos Convocatoria - Página 10 de 11 - IberCultura Viva

10

abr
2017

Em Editais
Notícias

Por IberCultura

Inscrições abertas para a convocatória de Pontos de Cultura 2017-2018 da Costa Rica

Em 10, abr 2017 | Em Editais, Notícias | Por IberCultura

Está aberto até 30 de junho o prazo de inscrições para a terceira convocatória de Pontos de Cultura da Costa Rica, lançada em 3 de abril pela Direção de Cultura do Ministério de Cultura e Juventude. As duas primeiras foram realizadas em 2015 e 2016, respaldando dezenas de iniciativas de organizações com uma grande diversidade em suas temáticas e áreas de ação. As bases de participação e o formulário atualizado estão disponíveis no website www.dircultura.go.cr.

Pontos de Cultura é um programa de estímulos e sinergias voltado para o fortalecimento de organizações, redes, iniciativas coletivas e espaços socioculturais vinculados com a promoção da diversidade cultural, a economia social solidária e a salvaguarda do patrimônio cultural e natural.

“É a melhor maneira de aproveitar os recursos do Estado para exercer os direitos culturais, sobretudo em regiões distantes da grande área metropolitana; além disso, é um exercício de gestão em si mesmo, um processo de aprendizagem contido no desenvolvimento dos projetos selecionados”, afirma Irene Morales, coordenadora do Departamento de Fomento Cultural da Direção de Cultura do MCJ.

Podem participar da convocatória associações, fundações, sociedades civis sem fins de lucro, associações de desenvolvimento (não se requer “idoneidade” para o manejo de fundos públicos), cooperativas autogeridas vinculadas com temáticas culturais, e Juntas de Educação, Saúde, etc. As organizações interessadas devem ter sua personalidade jurídica  em dia e devidamente inscrita no Registro Público correspondente. Isso inclui as nomeações da junta diretiva, que também devem estar vigentes.

Prazos e recursos

Podem apresentar-se projetos cujas necessidades de financiamento requeiram até um máximo de ¢10.000.000 (dez milhões de colones). Será financiado um montante de até 70% do custo total, sendo necessário, portanto, que o projeto conte com pelo menos 30% de financiamento (as contrapartidas poderão vir da mesma organização que postula e/ou de organizações externas). Os gastos administrativos do projeto (incluindo pagamento do contador) não poderão exceder 20% do valor total solicitado ao fundo.

A execução dos projetos beneficiados pelo programa deverá ser realizada no prazo previsto em sua formulação, que não poderá ser inferior a seis meses, nem superior a um ano. Os projetos deverão contar com um cronograma de duas etapas: a etapa 1 deverá ser realizada em 2017 (novembro e dezembro), e a 2, em 2018.

As categorias

São quatro as categorias do fundo: a) arte para a transformação social; b) meios e propostas de comunicação comunitária; c) fortalecimento organizacional e d) cultura para o bem viver.

A primeira categoria abarca projetos que – por meio de diversas manifestações artísticas e educativas – fortaleçam a autoestima, o pensamento crítico, a criatividade e a identidade das pessoas e comunidades, assim como a convivência, mediante espaços de expressão e/ou aprendizagem artística.

Entende-se por “cultura para o bem viver” os projetos que contribuam para o fortalecimento da economia solidária, da ecologia, da soberania alimentar e do direito à alimentação, a interculturalidade, a diversidade cultural, a equidade de gênero, assim como o fomento à vida saudável e em comunidade. Também se incluem projetos que promovam a apropriação positiva de espaços culturais, urbanos e rurais para sua recuperação e uso, e projetos vinculados a casas e centros culturales.

A categoria de comunicação busca iniciativas inovadoras e não comerciais, através de diferentes meios de comunicação coletiva e/ou novas tecnologias, enfocadas na expressão das identidades, manifestações e temáticas próprias de diversos setores e comunidades.

A de fortalecimento organizacional, por sua vez, está voltada a projetos que contribuam para o fortalecimento de grupos, redes, centros, pequenos empreendimentos culturais e outros espaços de trabalho sociocultural, que de acordo com suas necessidades, requeiram participar ou organizar seminários, oficinas, capacitações, encontros, intercâmbios e atividades similares, a fim de fortalecer sua autonomia, sustentabilidade, capacidade de gestão, incidência e relações intersetoriais.

Ponto de Cultura em Bahía Drake

A entrega

Irene Morales enfatiza que é fundamental que as organizações interessadas em concursar leiam os requisitos, pois todos os anos mudam, não drasticamente, mas, sim, têm conteúdos diferentes e projetos no formato anterior não são recebidos”.

Os projetos deverão ser entregues em formato impresso nos escritórios da Direção de Cultura localizadas no Centro Nacional de Cultura (Cenac), em San José centro, e somente serão aceitos nas datas que serão indicadas no início de junho na página web www.dircultura.go.cr.

 Os critérios

Será avaliada a coerência entre os objetivos propostos, resultados esperados, as atividades, o cronograma e o pressuposto, assim como a estabilidade da organização no tempo e experiência em gestão de projetos e no manejo de fundos públicos ou privados. Também estão entre os critérios de avaliação a estratégia de sustentabilidade, a temática e a participação comunitária, além da distribuição por região. Será dada uma pontuação adicional àqueles projetos que se desenvolvam em localidades afetadas pelo furacão Otto.

O anúncio dos projetos selecionados será feito no fim de setembro de 2017, nas páginas web www.dircultura.go.cr e www.mcj.go.cr .

Informações: puntos@dircultura.go.cr

 (Texto atualizado em 17 de abril de 2017)

Para baixar:

Perguntas frequentes

Bases de participação (2017-2018)

Formulário de inscrição

 

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10

mar
2017

Em Notícias

Por IberCultura

Red Cultura abre edital para financiamento de iniciativas culturais comunitárias no Chile

Em 10, mar 2017 | Em Notícias | Por IberCultura

No Chile, o Conselho Nacional da Cultura e das Artes abriu em 8 de março seu edital para financiamento de iniciativas culturais comunitárias de 2017. Trata-se de uma linha de concurso do programa Red Cultura dirigida a organizações culturais comunitárias (OCC), com ou sem personalidade jurídica, com o objetivo de promover processos de fortalecimento, a respeito do próprio desenvolvimento e incidência na gestão cultural do território que habitam, promovendo boas práticas em ações participativas e de integração sociocultural nas localidades.

O edital, que estará aberto até 7 de abril, conta com duas modalidades. A modalidade A é dirigida a iniciativas culturais comunitárias que busquem fortalecer a orgânica e o funcionamento da organização postulante, com a intenção de visibilizar seu trabalho e incidir nas políticas culturais do setor; e a B é voltada para as iniciativas que buscam contribuir, a partir das atividades da organização, para a integração social, a identidade local e a diversidade cultural.

O montante máximo que esta linha entrega por iniciativa é $4.140.000 (quatro milhões, cento  e quarenta mil pesos), podendo chegar – ao menos – a 50 projetos ou iniciativas. Para descarregar as bases, formulários de inscrição e anexos: https://bit.ly/2mJBfem.

Lançamento dos “Fondos Cultura 2017” (Fotos: CNCA Chile)

Gestão local

Outro edital de Red Cultura que está aberto (até 31 de março) é o de fortalecimento da gestão cultural local. Dividido em quatro categorias, está voltado para as municipalidades, corporações e fundações culturais municipais, e as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins de lucro, que queiram melhorar a gestão na administração da infraestrutura cultural..

Um orçamento de $385.074.004 (trezentos e oitenta e cinco milhões, setenta e quatro mil  quatro pesos) será repartido entre os inscritos das diversas comunas do país que forem  selecionados. Os projetos terão seis meses para sua execução, sendo que o prazo máximo é 31 de março de 2018.

Esta linha de concurso da Red Cultura tem como objetivo melhorar o planejamento cultural comunal e a gestão cultural em infraestrutura, de maneira participativa e com enfoque de direitos; fortalecer os administradores de infraestruturas culturais públicas e privadas, para o melhoramento de sua gestão e fomentar a participação e o acesso dos cidadãos em seu desenvolvimento cultural. Para descarregar as bases: https://bit.ly/2n811tV.

O programa

Red Cultura é um programa nacional que se desdobra em todas as regiões do país, com o propósito de promover o acesso e a participação da comunidade em iniciativas artístico-culturais, contribuir para o fortalecimento da gestão cultural municipal, potenciar o papel dos los agentes culturais na criação e difusão das artes e da cultura, e contribuir para que se valorize e resguarde o patrimônio cultural imaterial.

O programa aplica uma estratégia centrada no fortalecimento da gestão cultural, o planejamento cultural participativo, o planejamento programático para aumentar as possibilidades de acesso, assim como o reconhecimento e a articulação do setor cultural para garantir a participação e o acesso da população à arte e à cultura.

 

Para consultas: convocatoria.redcultura@cultura.gob.cl

Saiba mais:

www.fondosdecultura.gob.cl

www.redcultura.cl.  
Fonte: Consejo Nacional de la Cultura y las Artes

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22

nov
2016

Em Editais
Notícias

Por IberCultura

Mundo Puckllay e Pé no Chão: um intercâmbio cultural e pedagógico entre Peru e Brasil

Em 22, nov 2016 | Em Editais, Notícias | Por IberCultura

Fotos: Soile Heikkilä e Guillermo Vásquez

Mundo é um jogo infantil que ainda hoje em dia se pratica nos bairros, ruas e comunidades em vários pontos do mundo. Também conhecido em alguns lugares como “rayuela” (no Brasil, é “amarelinha”), faz alusão ao fato de ir avançando, rompendo fronteiras, ganhando espaços novos a partir do jogo, da alegria, da arte e da cultura.

Mundo é também um projeto de duas organizações – Puckllay (Peru) e o Grupo de Apoio Mútuo Pé no Chão (Brasil) –, interessadas em enlaçar as experiências artísticas, pedagógicas e comunitárias que cada uma vem desenvolvendo de maneira permanente e intensiva em seus respectivos lugares. A população infantil e juvenil em situação de risco é o público-alvo em ambas as experiências.

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O projeto, um dos premiados no Edital IberCultura Viva de Intercâmbio, edição 2015, propõe um intercâmbio artístico e pedagógico, buscando desta maneira ampliar os horizontes e o olhar de seus jovens participantes, fortalecendo-os e enriquecendo assim sua experiência.

A  primeira etapa de Mundo consistiu em um intercâmbio cultural e pedagógico para o qual se trasladou do Peru a Recife (Brasil) uma equipe de 12 pessoas, entre artistas, participantes e educadores. Do lado do Pé no Chão  participaram aproximadamente 50 pessoas. Este primeiro intercâmbio teve uma duração de 10 dias, tempo para que ambas as organizações pudessem se conhecer, aprender um do outro, trocar saberes e experiências.

“Os dias transcorreram entre ritmos de tambores, danças afro-brasileiras, sons peruaníssimos de zampoñas, sikuris, marinera, waylarsh, e sons de diablos. Além disso, houve oficinas de capoeira, acrobacia e máscaras”, conta Anabelí Pajuelo, diretora geral de Puckllay.

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Seguindo a dinâmica de trabalho de Pé No Chão, os encerramentos das oficinas contaram com rodas de conversa e avaliação, em que os participantes e educadores fizeram uma revisão das conquistas, dos problemas e acontecimentos da jornada. As oficinas se deram principalmente na zona limítrofe das comunidades de Arruda e Santo Amaro. Os ensaios e primeiros encontros foram na Praça do Carmo, em Olinda.

Os espaços

As apresentações artísticas foram realizadas em diferentes espaços. Um deles foi o Festival Eco da Periferia, na Praça do Diário, que Pé no Chão vem impulsando e recuperando há vários anos e que consiste na intervenção de um espaço que sofre uma problemática séria de delinquência e prostituição. Pé no Chão chega com seu mar de crianças e jovens e eles tomam o espaço público com ritmos de tambores e danças afro-brasileiras, dando-lhe outras energia e cara. Desta vez, Puckllay também esteve para tomar a praça.

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Duas salas teatrais também receberam apresentações. No caso de Puckllay, o Teatro Apolo. Ali, durante o Festival Cenas Cumplicidades, o grupo apresentou “Caminhos”, uma obra testimonial de teatro, música e dança que conta a história de como se formou a comunidade onde os jovens peruanos cresceram. Por sua parte, Pé no Chão apresentou a obra “Lili” no Teatro Barreto Junior. “Lili” quer dizer raiz e fala dos meninos e meninas como a raiz na construção de uma sociedade, além de fazer uma alusão à identidade. O espetáculo é fruto de um intercâmbio artístico com Karim e Abou Konaté, dois artistas griô de Burkina Faso, na África.  

Os jovens de Puckllay se alojaram nas comunidades onde vivem os jovens e crianças com que Pé no Chão trabalha. “A ideia foi poder aproximar mais os garotos e garotas da realidade em que vivem dia a dia e fazer a experiência muitíssimo mais enriquecedora”, comenta Anabelí. A Casa de Pé no Chão, localizada na comunidade de Campo Grande, como a pequena sede na comunidade de Arruda, para guardar materiais pedagógicos, são consideradas pontos de apoio para executar o trabalho maior. As oficinas e atividades se realizam nas ruas, favelas e bairros, os quais vêm a ser os espaços prioritários onde se encontram os meninos, meninas, adolescentes e jovens com que Pé no Chão trabalha.

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A pedagogia

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A pedagogia aplicada nas oficinas de Puckllay (“jogue” em quéchua) é uma experiência de aprendizagem para ambas as partes, professor e aluno, inspirada nas teorias do pedagogo brasileiro Paulo Freire. Em Puckllay se ensina aprendendo e se aprende ensinando. Vinculados à esperança de transformação social com arte e educação, a pedagogia de Puckllay propôe respeitar a diferença e o ritmo de cada um.

A filosofia de ensino que impulsa Pé no Chão tem um nome – a educação de rua – e um objetivo: apagar o estereótipo de que todas as crianças da rua não têm perspectivas de vida.  Pé no Chão tem o sonho de ajudar na formação e na educação de suas vidas.

“A viagem que Pé no Chão e Puckllay têm empreendido juntos é uma intenção, uma busca, uma convicção”, afirma Anabelí. “Ambas as organizações somos Puntos de Cultura em seus respectivos países e trabalhamos essencialmente com a linguagem da arte, a arte que é um direito fundamental. Porque te permite expressar, ser livre e pensar um mundo melhor para todos e todas.  O objetivo é reivindicar os espaços de nossos meninos e meninas como raiz de sua identidade, de suas ações e de sua vida. Só rompendo nossas fronteiras e irmanando nossas possibilidades poderemos construir um mundo mais possível, mais humano e solidário para todos e todas”.

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Reencontro

Enquanto se encontravam em pleno intercâmbio, Puckllay completou 12 anos de existência. Chegou a esta idade com três turmas de formados e com uma escola de arte na comunidade que viu o grupo nascer, que vem se construindo aos poucos e cujo coração é um palco ao redor do qual gravitam todas as suas atividades.

IMG_20161103_134519Graças ao prêmio de IberCultura Viva, eles puderam conhecer o Pé no Chão, um grupo com o dobro da idade e que em muitas maneiras lhes inspira, reflete e também questiona. “Estamos profundamente agradecidos pela oportunidade de ter podido vivenciar a experiência de um projeto tão potente e tão inserido em sua problemática e sua gente, tão genialmente integrado em sua mais profunda essência, como é o Pé no Chão”, comenta Anabelí.

“Voltamos à nossa terra, às nossas famílias, ao nosso projeto, à nossa selva de meninos e meninas… Desde Recife e seu terremoto de tambores e ritmos brasileiros, de sua intensidade, sua grandeza e suas tragédias também, temos olhado para nosso país e não sentimos em absoluto as distâncias. Somos parte de um continente e de uma mesma luta, nos unem os mesmos problemas e as mesmas necessidades, nos une a mesma capacidade de sobreviver e resistir com criatividade e alegria. Agora cabe a nós preparar o cenário para receber o Pé no Chão, porque há que seguir fazendo caminho e contribuir para a construção deste Mundo possível para todos e todas.”

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19

nov
2016

Em Cinema comunitário
Editais
Notícias
Oficinas

Por IberCultura

Termina em Rapa Nui a “Oficina comunitária de criação cinematográfica para crianças”

Em 19, nov 2016 | Em Cinema comunitário, Editais, Notícias, Oficinas | Por IberCultura

Com a apresentação do curta-metragem “A história do rei Hotu Matu’a” no Dia da Língua Rapa Nui, chegou ao fim na Ilha de Páscoa (Chile) a segunda etapa da “Oficina comunitária de criação cinematográfica intercultural com e para crianças”. O projeto, um dos premiados no Edital IberCultura Viva de Intercâmbio, edição 2015, teve sua primeira etapa em Valparaíso de 17 a 25 de outubro.

“A história do rei Hotu Matu’a” foi realizado por meninas e meninos da ilha, com diálogos em sua língua originária e legendas em espanhol. O curta narra a chegada dos primeiros moradores a Te Pito ou Te Henua (“O umbigo do mundo”, nome antigo de Rapa Nui ou Ilha de Páscoa) desde a terra de Hiva, assim como o nascimento da primera pessoa na ilha e o conflito entre o rei Hotu Matu’a e seu irmão Oroi, que termina com a morte deste último.

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A apresentação foi no Colégio Lorenzo Baeza Vega, num estande preparado especificamente para isso, sob a coordenação da professora Vianca Díaz Tucki. “O curta teve uma recepção muito boa. Foi apresentado várias vezes durante o dia e em cada uma delas a equipe recebeu muitos elogios do público, de todas as idades”, afirma o cineasta Eduardo Bravo Macías, do coletivo mexicano Cinematequio, que divide o projeto com os chilenos Museo Fonck e Grupo Tacitas.

A ideia era apresentá-lo no dia 4 de novembro, junto aos festejos do Dia da Língua, mas o clima acabou adiando a comemoração. “Durante quatro dias choveu sem parar, o que nos obrigou a reprogramar a gravação de algumas cenas. Da mesma maneira, a chuva fez com que a celebração do Dia da Língua passasse do dia 4 para o dia 8, o que nos permitiu completar as cenas”, conta Eduardo.

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As crianças

Participaram do curta-metragem 28 crianças, entre 5 e 14 anos, principalmente alunos do Colégio Lorenzo Baeza Vega, ainda que também tenham participado crianças de outras escolas. Além disso, o grupo contou com a presença do coro do colégio para a gravação do hino “I’he a Hotu Matu’a”.

A equipe técnica mirim foi comandada por Tomás Ignacio Lorca Navarrete na direção,  enquanto a fotografia ficou a cargo de Walter Darío Durán; e o som direto, por Isabella Vaikaranga Reyes Pakarati e Ro-Iti Francisca Pate Paoa.

O elenco contou, entre outros, com Renga Kio Pate Teao como narradora, Mautu’u Henua Icka Otero como o rei Hotu Matu’a, Maho Rangi Ko Rangi Atan Hotu como Oroi, e Nohorangüi Tuki Rioroko Petero como um dos sete exploradores.

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“Para a escrita do roteiro, consultamos diferentes especialistas locais buscando contrastar a versão mais conhecida do relato, documentada por Sebastián Englert, com a versão viva na tradição oral da própria comunidade, e acabamos dando prioridade a esta última. Nossos assessores foram Moiko Teao Hotu, Mike Pate Haoa e Niso Tucki Tepano”, ressalta o cineasta mexicano.

Ao terminar a etapa en Rapa Nui, Eduardo Bravo regressou a Valparaíso e à Escola Carabinero Pedro Cariaga, onde foi realizada a primeira oficina do projeto no Chile. Ali, junto a Marcos Moncada, do Grupo Tacitas, cogestor do projeto, a equipe apresentou o curta gravado em Rapa Nui, assim como o gravado pelas crianças da comunidade mapuche de Valparaíso (“Nguillatún”). “Em ambas as escolas nos falaram da intenção e do interesse em dar continuidade ao projeto”, comenta Eduardo.

A carta de Valparaíso

Em 14 de novembro eles assinaram a “Carta de Valparaíso”, em que definem as características e os fins que devem ter os curtas-metragens realizados eminentemente por crianças, com a metodología de Cinematequio, em criação coletiva e comunitária com base nos relatos da tradição oral.  Assinaram a carta Eduardo Bravo Macías (Cinematequio), Marcos Alonso Moncada Astudillo (Comunidad Lircay), Vicente Tureo Arratia (professor intercultural mapuche), Alexis Antinao Valenzuela (encarregado do Departamento de Povos Originários do Conselho Regional de Valparaíso). Ficaram pendentes as assinaturas de Tania Basterrica, do Grupo Tacitas, e Cecilia Hormozabal Araki, de Maohi ou Rapa Nui.

“Esta carta define as bases para continuar e fortalecer a rede de cooperação e criação conjunta de conteúdos culturais entre Chile e México a partir de nossos coletivos”, afirma o cineasta mexicano, que desde 2013 encabeça o coletivo Cinematequio ao lado da escritora e professora Alejandra Domínguez Sánchez. Suas oficinas, baseadas no trabalho comunitário, a solidariedade e o compromisso, iniciados no México e agora também no Chile, buscam a (re)valorização do patrimônio cultural imaterial que constituem os contos, mitos, lendas, relatos da tradição oral e as línguas originárias.

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Leia também:

 Fazer cinema é, sim, coisa de crianças

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31

out
2016

Em Editais
Notícias

Por IberCultura

Fazer cinema é, sim, coisa de criança

Em 31, out 2016 | Em Editais, Notícias | Por IberCultura

Como seriam as lendas e os mitos das comunidades indígenas contadas a partir da visão infantil? E se estas crianças narrassem as histórias de seus povos em curtas-metragens em que eles mesmos atuam, produzem, dirigem e se encarregam da parte técnica? No México a experiência resultou em filmes falados em mazateco, chinanteco, chatino, zapoteco, cuicateco, ikoot, chontal, ayuuk, mixteco… Agora a proposta chega ao Chile com o “Taller comunitario de cine con y para niños” (“Oficina comunitária de cinema com e para crianças”), um dos projetos premiados no Edital IberCultura Viva de Intercâmbio, edição 2015. Os trabalhos começaram em Valparaíso em 17 de outubro e seguem na Ilha de Páscoa até 4 de novembro. Dois curtas vão resultar das atividades: um em mapuche e o outro em rapa nui.

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Crianças da comunidade mapuche em cena do curta “Nguillatún”

Cinematequio, a organização que divide o projeto com os chilenos Museo Fonck e Grupo Tacitas, é um coletivo mexicano encabeçado desde 2013 pelo cineasta Eduardo Bravo Macías e a escritora e professora Alejandra Domínguez Sánchez. O nome vem de um jogo de palavras que junta a arte e a técnica da criação e apreciação cinematográfica com o “tequio”, o trabalho comunitário para o bem comum.

Com oficinas baseadas no trabalho comunitário, na solidariedade e no compromisso, “sem fins políticos nem religiosos”, como ressaltam Alejandra e Eduardo, o coletivo busca contribuir para o desenvolvimento do país por meio da arte e da cultura, com ênfase na (re)valorização do patrimônio cultural imaterial que constituem os contos, mitos, lendas, relatos da tradição oral e das línguas originárias.

Fazer cinema, para eles, é um trabalho comunitário. São pelo menos sete dias de convívio com uma comunidade ou grupo em cada oficina, para dar a conhecer elementos teóricos e práticos, escrever um roteiro original baseado em um relato tradicional, permitir que os participantes escolham os papéis que desejam exercer dentro da produção, sejam eles técnicos ou artísticos, produzir o curta-metragem e apresentá-lo à comunidade ao final do processo.

Atividades

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A escola Pedro Cariaga, em Valparaíso

De segunda-feira, 17, a terça, 25 de outubro, foi realizada uma oficina na Escola Intercultural “Carabinero Pedro Cariaga”, de Valparaíso. Um curta-metragem intitulado “Nguillatún” foi feito por crianças da escola, com apoio de seus professores e de uma autoridade tradicional mapuche, o “lonko” Iván Coñuecar Millán. Além do colégio e redondezas, foram gravadas cenas no Museo Fonck de Viña del Mar. A apresentação de “Nguillatún” à comunidade se deu no Parque Cultural Valparaíso.

Em 27 de outubro foi feito o traslado a Rapa Nui. O começo dos trabalhos no Colegio Básico Lorenzo Baeza Vega estava previsto para o dia 28. A apresentação do curta-metragem feito com e para os meninos e meninas rapa nui está agendada para 4 de novembro, durante os festejos do Dia da Língua Rapa Nui.

Antes do começo das atividades no Chile, em apresentação do projeto no Museo Fonck, o cineasta Eduardo Bravo comentou a ideia de fazer uma  adaptação de um relato da tradição oral de cada comunidade, para que as crianças mapuche e rapa nui pudessem atuar e fazer parte de todo o processo de produção. “Além de transferir o conhecimento técnico,  (buscamos) a possibilidade artística, e que ajude a revalorizar a parte lingüística, de identidade. Ao colocá-los em contato com outros grupos, outras comunidades que tenham trabalhado com as oficinas no México, buscamos estender laços que podem ir crescendo, para que possam trocar mensagens e histórias desta maneira”.

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Impressões

taller-mapuche5Terminadas as gravações em Valparaíso, Eduardo Bravo considerou a experiência muito enriquecedora. “Nos demos conta de que mesmo estando tão longe temos muitos pontos em comum. E é muito gratificante trabalhar com crianças nativas, propositivas e criativas. Elas precisaram de muito poucas tomadas para fazer suas cenas”, observou.

Para Alejandra Domínguez, a oficina também pareceu muito boa. “Nos receberam com muita amabilidade, tanto os professores como os alunos. Eles estavam emocionados (por saber) que éramos de outro país, nos perguntavam mil coisas. E realmente tomaram a responsabilidade pela gravação. Foi muito rápido. Uma excelente participação de toda a escola.”

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A diretora Ana Maria: “experiência única”

Para a diretora da escola de Valparaíso, Ana Maria Salazar Zepeda, foi importante para os alunos conhecer de perto o que é trabalhar em cinema.“Uma experiência única, feita aqui pela primeira vez. As crianças estão interessadas em ter este aprendizado e compartilhar com seus companheiros os diversos papéis de trabalho em cinema. Me sinto honrada de poder participar. (…) Que possamos semear a arte de fazer cinema com crianças. Que seja o começo de outros momentos de cinema na escola. Estamos muito agradecidos”, afirmou.

Contrapartida 

A primeira atividade oficial da equipe Cinematequio no Chile foi visitar o Instituto de História da Pontifícia Universidade Católica de Valparaíso, que – por meio do braço universitário do Grupo Tacitas- criou um projeto para adquirir o equipamento de chromakey, iluminação e acessórios utilizados durante a produção dos curta-metragens no Chile.

O Grupo Tacitas é um “clube de excursionismo” formado em 2006, quando voluntários convocados pela arqueóloga Gabriela Carmona, do Museo Fonck, participaram de uma excursão à “piedra tacita” de El Morro, na parte mais alta do setor de “Quebrada Escobares”, comuna de Villa Alemana, Quinta Região. Desta excursão e do intercâmbio de experiências surgiu a iniciativa de visitar outros pontos da região com lugares de interesse arqueológico, com o objetivo de conhecê-los, difundir seu valor e assim ajudar sua preservação.

cinematequio-museofonckJá o Museo Fonck de Viña del Mar, criado em 1937, conta com salas dedicadas à cultura rapa nui e às culturas do Chile continental, além de uma mostra de história natural e duas bibliotecas. Uma, com cerca de 10 mil volumes, está voltada a diversas especialidades; a outra é a Biblioteca Rapa Nui, dedicada apenas a essa cultura. O museu tem como missão “preservar, investigar, difundir e ensinar o patrimônio natural, arqueológico e etnográfico do Chile, entretendo e estimulando o interesse pelo conhecimento, com espírito de serviço e estando atentos às necessidades da comunidade”.

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Saiba mais:

www.cinematequio.blogspot.cl

https://www.museofonck.cl/

https://tacitas.blogspot.cl

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26

set
2016

Em Editais
Notícias

Por IberCultura

Intercâmbio entre organizações socioculturais de Costa Rica e Chile: reconhecimento e irmandade

Em 26, set 2016 | Em Editais, Notícias | Por IberCultura

Durante o 2° Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, realizado em outubro de 2015 em El Salvador, organizações de vários países puderam se encontrar, se reconhecer e compartilhar experiências, identificando as semelhanças e diversidades de suas realidades. Desses encontros nasceu o projeto “Intercâmbio entre organizações socioculturais de Costa Rica e Chile”, um dos ganhadores do Edital IberCultura Viva de Intercâmbio, edição 2015.

O projeto, que propõe a integração entre agentes culturais do movimento costa-riquenho de Cultura Viva Comunitária e as organizações chilenas Centro Cultural Trafon e Nodo Valpo, teve sua primeira etapa realizada em Costa Rica entre os dias 5 e 19 de setembro de 2016. A segunda será no Chile, de 17 a 31 de outubro.

Ainda que tenham mantido o intercâmbio no âmbito sociocultural, organizações dos dois países têm desenvolvido práticas, dinâmicas e percursos diferentes. A iniciativa tem como finalidade, portanto, o fortalecimento do trabalho colaborativo em seus distintos contextos mediante a troca de experiências, saberes, sentires e práticas locais de desenvolvimento cultural executadas em ambos os países.

A equipe de Costa Rica vem podendo compartilhar, por exemplo, sua experiência em diálogo intersetorial e horizontal com comunidades e o Estado, suas metodologias e estruturas descentralizadas. A equipe chilena, por sua parte, contribui com suas experiências em iniciativas de autogestão, recuperação de imóveis com fins artísticos/culturais, meios de comunicação comunitários, trabalho colaborativo e redes de articulação em nível local, nacional e internacional.

 

A visita

Em sua primeira etapa o projeto contemplou a visita de Rodrigo Benítez Marengo e José Tapia Pizarro (Nodo Valpo) e Rodrigo Letelier Balaguer (Trafon) a Costa Rica. Os três vivem em Valparaíso (Chile). Benítez é pedagogo em dança e músico; José Tapia, engenheiro civil, mestre em inovação e economia criativa; Letelier, comunicador, diretor de Trafon TV e do Centro Cultural Trafon.

Os três chegaram a San José em 5 de setembro e no dia seguinte visitaram o Centro de Comunicação Educativa Voces Nuestras e o adido cultural da Embaixada do Chile em Costa Rica. Ao longo de duas semanas puderam conhecer diversas iniciativas e projetos socioculturais, artísticos, educativos e festividades em localidades como San José, La Carpio, Puerto Viejo, Caribe, Cartago, Talamanca, San Ramón e San Carlos. Tiveram encontros com animadores socioculturais, com representantes de círculos de ressonância, com habitantes de zonas indígenas, com a Red Sancarleña de Mujeres Rurales e com a diretora de Cultura do Ministério de Cultura e Juventude, Fresia Camacho.

Rodrigo Letelier, Rodrigo Benítez, Ronald Corrales, Fresia Camacho, José Tapia e Josy Ávila

Impressões

“Estamos muito agradecidos de poder participar deste projeto, que nos permite confirmar que a criação de propostas a partir das bases, em um diálogo permanente entre a sociedade civil e a institucionalidade, cimentam um andar mutuamente benéfico, alcançando mudanças profundas tão necessárias no contexto mundial atual”, afirma José Tapia Pizarro. “Se esse trabalho além disso se projeta amorosa, carinhosa e coletivamente, fortalecendo os laços emocionais que permitem se sustentar apesar das dificuldades, possibilita um fazer sociocultural transformador”.

Aos chilenos lhes chamaram a atenção muitas coisas em Costa Rica, como a ativa participação dos jovens na política, a beleza e o carinho de sua gente, “sempre atenta e disposta a ajudar”, e à natureza, “a sorte de poder desfrutar de tantas paisagens sempre verdes, tanta diversidade de climas, costumes, influências que se integram e convivem nesta ‘multi e pluriculturalidade’”, como eles ouviram dizer em um dos encontros.

Anfitriões

Para Ronald Corrales Leon, vozeiro da região de Cartago do movimento de Cultura Viva Comunitária Costa Rica, intercâmbios como este são importantes para a solidariedade entre grupos, o reconhecimento, a irmandade. “Tem sido gratificante poder expor para os amigos chilenos as fortalezas e fraquezas que temos como movimento em Costa Rica a partir do vivencial, do afetivo e do prático”, afirma. “É muito satisfatório saber que isso lhes dá  insumos que podem levar para as organizações com que trabalham em Valparaíso.”

Encontrar semelhanças nas dificuldades que enfrentam aqui e ali é um dos pontos altos da experiência. “Embora, como movimiento, sentirmos que há muito que avançar na articulação e dinamização da rede e na coordenação das diferentes organizações”, ressalta Ronald, “os companheiros chilenos nos dizem que é um exemplo para eles, já que talvez o avanço deste tema no Chile não tenha alcançado os mesmos níveis. Isso nos surpreende em dois sentidos: por saber que nossa experiência pode potenciar o processo chileno, e no sentido de que nos dá um alento para seguir com o trabalho de articulação aqui”.

No Chile

Em 17 de outubro começam as atividades no Chile, com uma visita ao entorno de Nodo Valpo e um encontro com organizações vizinhas. Os dias seguintes serão de visitas a iniciativas culturais comunitárias, intercâmbio de experiências com a equipe Nodo e colaboradores, encontro com conselheiros e encarregados municipais de cultura, encontros com círculos de ressonâncias e sessões de capacitação comunicacional, entre outras atividades.

Saiba mais:

https://nodovalpo.cl/

https://www.facebook.com/CcTrafon/videos/648366121980359/

https://www.facebook.com/NodoValpo/videos/1133807260041647/

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15

set
2016

Em Editais
Notícias

Por IberCultura

Edital para seleção de textos sobre políticas culturais de base comunitária

Em 15, set 2016 | Em Editais, Notícias | Por IberCultura

MinC_SCDC_IberCultura-Viva_Edital_ARTIGOS_portuguesSe a cultura é o vínculo fundamental para transformar realidades, por que não fazer com que o Estado reconheça as iniciativas da sociedade civil no lugar onde elas ocorrem? A este conceito de política pública, pensado de baixo para cima e adotado em vários países ibero-americanos desde 2004, se deu o nome de “cultura viva comunitária”. Viva porque é pulsante, mutante, diversa. E comunitária porque é de onde surge, onde se organiza.

E é para contar um pouco desta história que o programa IberCultura Viva propõe um edital para a seleção de textos, com vistas à elaboração de uma publicação de âmbito regional que permita reflexões sobre o conceito e as políticas de cultura de base comunitária, com a participação dos diferentes protagonistas deste processo. As inscrições estarão abertas entre 19 de setembro e 1º de dezembro.

Os textos devem tratar de experiências de organizações da sociedade civil que são ou tenham sido colaboradoras de políticas governamentais de base comunitária, seja em âmbito federal, estadual, municipal ou regional.

Podem participar do edital pessoas físicas, como representantes de organizações que tenham sido beneficiadas com alguma convocatória pública no contexto das políticas culturais de base comunitária. Ou que – neste mesmo contexto – tenham participado de encontros, fóruns, seminários, grupo de trabalho ou redes, ou tenham firmado uma prática de trabalho intersetorial, baseada em algum tipo de convênio ou colaboração com instâncias governamentais. Ou pesquisadores relacionados com estes temas.

Os textos devem ter em média 2.500 palavras. A extensão máxima é de 5 mil, e a mínima, de 1.500 palavras. Devem estar escritos em espanhol ou português e ser de autoria da pessoa ou grupo que o assina.

Para download:

O edital

Anexo 1 – Formulário de inscrição

Anexo 2 – Termo de autoria e cessão de direitos

 

Leia também:

Concurso de videominuto “Mulheres: Culturas e Comunidades”

Edital de apoio a redes de cultura de base comunitária

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15

set
2016

Em Editais
Notícias

Por IberCultura

IberCultura Viva lança seus três editais de 2016

Em 15, set 2016 | Em Editais, Notícias | Por IberCultura

O programa IberCultura Viva abre nesta segunda-feira (19/09) as inscrições para três editais voltados a experiências culturais de base comunitária: um para apoio a redes, outro para a seleção de textos a serem publicados em um livro, e um concurso de videominuto chamado “Mulheres: Culturas e Comunidades”.  Serão distribuídos US$ 100 mil para o Edital de Apoio a Redes e US$ 5 mil para o concurso de vídeos. O edital de artigos não terá prêmios em dinheiro.

As inscrições estarão abertas até 1º de dezembro.  Para obter mais informações e baixar regulamentos e formulários:

Edital para a seleção de textos sobre políticas culturais de base comunitária  

Edital de apoio a redes de cultura de base comunitária 

Concurso de videominuto “Mulheres: culturas e comunidades” 

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12

ago
2016

Em Notícias

Por IberCultura

Ganhadores do concurso do projeto Oralidade Escrita recebem prêmios em Formosa

Em 12, ago 2016 | Em Notícias | Por IberCultura

No Dia Internacional das Populações Indígenas, 9 de agosto, foi realizada em Bartolomé de las Casas (Formosa, Argentina) a entrega de prêmios do concurso literário de lendas dos povos originários promovido pelo projeto Oralidade Escrita, um dos sete ganhadores da categoria 3 do Edital IberCultura Viva de Intercâmbio.

Executado pela Fundación Abriendo Surcos (Argentina) e o Coletivo Aty Saso (Brasil), o projeto contou com a participação de 46 escolas provinciais secundárias de modalidade intercultural bilíngue. Foram recebidos mais de 70 relatos de três etnias: Qom, Wichi e Pilagá.

Foram premiados três alunos de língua Qom, do 4º ao 6º ano (Víctor Danilo Claudio, Eduardo Maza e Susy Gemalis Nuñez); três de língua Wichi, também do 4º ao 6º ano (Rodrigo Hilario, Adriana Zigarán e Maximiliano Maidana), e dois de língua Pilagá (Karen Maidana e Raúl Matías), ambos estudantes do 5º ano. Os ganhadores de cada etnia receberam US$ 500 (1° prêmio), um tablet (2° prêmio) e uma mochila (3° prêmio).

Organizado pela Coordenação de Educação Intercultural Bilíngue junto ao Instituto de Comunidades Aborígenes da província de Formosa, o evento contou com a atuação dos MEMAs (Maestros Especiales Modalidad Aborigen) na elaboração dos textos e da logística. Também houve manifestações artísticas realizadas por parte dos moradores locais. O concurso foi declarado de interesse cultural pela Legislatura da província de Formosa.

Participaram da premiação em Formosa a subsecretária de Educação da província, Analia Heinzenreder; o coordenador do programa Puntos de Cultura do Ministério de Cultura da Argentina, Diego Benhabib; os representantes de ambas as fundações, caciques das comunidades e autoridades locais.

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Entre aplausos e risos

Para Diego Benhabib, o momento mais emotivo foi quando um dos ganhadores leu seu conto no idioma original. “Os risos contagiavam, por mais que alguns não entendessem nada do que dizia. Pareceu uma dessas passagens mágicas, nas quais se interconectam sensações entre cosmovisões distintas em mundos compartilhados… Tanto o texto como as ilustrações que acompanharam o texto em espanhol foram maravilhosos”, afirmou.

O coordenador do programa Pontos de Cultura também destacou que a premiação foi um evento de grande importância para toda a comunidade de Bartolomé de las Casas, que esteve mobilizada ao redor da escola secundária. (Também assistiram à cerimônia famílias de distintas comunidades dos alunos participantes do concurso, não necessariamente próximas à localidade.) “Os jovens estavam muito entusiasmados com o ato de premiação e tiveram uma participação ativa. Além do ato, deram cor à premiação os MEMAs, cuja função é central no desenvolvimento do processo pedagógico da educação intercultural bilíngue”, ressaltou Benhabib.

Daniela Landin, representante do Coletivo Aty Sâso, contou que o grupo foi muito bem recebido na escola Cacique Kanetori e que um dos pontos altos da premiação, além da leitura dos contos dos ganhadores, foi o das atuações musicais, “com a participação de uma professora e de estudantes de diferentes etnias, o que indica diálogo e integração”.

Daniela trabalha como narradora de historias, locutora, pesquisadora de teatro, crítica de teatro de rua e atriz. Em Formosa ela pôde falar um pouco do trabalho do Aty Saso em São Paulo e do Coletivo Cafuzas, que pesquisa culturas indígenas, africanas e afro-brasileiras com foco nas narrativas orais e escritas. Também pôde conhecer um pouco da vida dos estudantes, que, segundo ela, se mostraram muito afetuosos, com abraços e fotos. “Muito significativo que o evento tenha sido no Dia Internacional das Populações Indígenas (ou Dia Mundial das Populações Aborígenes, como estava escrito no palco da cerimônia). Foi realmente uma celebração das culturas originárias com destaque para a força da palavra, oral e escrita”.

O projeto

Além do concurso literário, o projeto Oralidade Escrita previa a realização de uma oficina de redação e contação de histórias para a sistematização da oralidade. O objetivo era registrar por escrito as lendas das etnias mataco-guaycuru que habitam a região, com vistas à aproximação e à difusão das línguas originárias e a troca de experiências e saberes de agentes culturais do Brasil, da Argentina e povos originários.

Os relatos mais amplos nas questões da cultura matriz identitária recebidos no concurso serão selecionados para edição e publicação em formato de antologia de relatos/contos. A publicação dos textos se dará no idioma original dos povos com tradução para o espanhol e o português. O livro será lançado em versão digital.

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Antecedentes

A província de Formosa foi eleita por sua numerosa população de povos originários e seu grau de desenvolvimento jurídico na legislação aborígine/indígena. Em Formosa, com o apoio do governo provincial, foi editado o livro Lecturas en Lenguas Originarias de Formosa, produzido pela Coordenação da Modalidade Educação Intercultural Bilíngue (EIB), área do Ministério de Educação encarregada do desenvolvimento e fortalecimento das línguas e culturas da província. O livro é composto de textos recopilados e produzidos por autores indígenas dos povos Qom, Pilagá e Wichí, com histórias, relatos de vida e costumes em suas línguas originais.

As organizações

A Fundación Abriendo Surcos, uma das duas entidades que apresentaram o projeto Oralidade Escrita ao programa IberCultura Viva, tem domicílio legal em Formosa. Criada em 2012, trata-se de uma organização social sem fins lucrativos, voltada para assistência cultural e capacitação. Seu nome faz alusão aos sulcos deixados pelo arado ao preparar a terra para a semeadura. Uma imagem que deriva de seu objetivo: “Preparar e capacitar as pessoas para que, por seus próprios meios, semeiem e colham o produto de seu trabalho”.

O Coletivo Aty Sâso, a outra organização executora do projeto, desenvolve ações no Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Porto Alegre) e na Argentina (Buenos Aires, Rosário, Córdoba e Formosa). Suas atividades estão relacionadas às artes como instrumento de empoderamento da população que está ou esteve em processo de reclusão por quadro clínico de saúde mental.

 

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05

ago
2016

Em Notícias

Por IberCultura

Fórum Educativo Centro-americano: uma proposta de currículo para a região

Em 05, ago 2016 | Em Notícias | Por IberCultura

O Fórum Educativo Centro-americano, um dos sete projetos ganhadores da categoría 1 do Edital IberCultura Viva de Intercambio, foi realizado em duas fases. A primeira reuniu em Honduras, em setembro de 2015, representantes de organizações da Rede Maraca, com vistas ao que chamaram de “desenho curricular”. A ideia era consolidar o imaginário das propostas do fazer cultural que tinham em seus países a partir de metodologias alternativas baseadas na arte e na cultura. A segunda reunião, realizada em Costa Rica de 5 a 7 de junho de 2016, teve como objetivo formular o que denominaram “desenvolvimento curricular”.

Foi essa proposta de desenvolvimento curricular regionalizado, com a intenção de ser uma forma de intervenção social e artística dirigida à juventude, a que contou com recursos do prêmio IberCultura Viva (US$ 5 mil). O projeto foi apresentado ao edital pelas organizações Guanared (Costa Rica) e Walabis (Honduras), mas envolve também outras entidades da Rede Maraca, como Colectivo Altepee Son (México), Caracol-YCD (Belice), Caja Lúdica (Guatemala) e Mente Pública (Panamá).

O II Fórum Educativo Centro-americano “Currículo e Arte Social” foi inaugurado no domingo, 5 de junho, no Centro de Amigos para a Paz, em San José, como um laboratório com dois objetivos gerais: a) fortalecer e ampliar a Rede Maraca, para contribuir com o processo de integração regional a partir do ativismo cultural; e b) oferecer um espaço de reflexão que permitisse aprofundar no conhecimento e análise de diferentes experiências curriculares artísticas da região como estratégia de intervenção social dirigida à população vulnerável.

Participaram do encontro Sael Blanco (Colectivo Altepee, México), Claudia Orantes (Caracol-YCD), André De Paz (Caja Lúdica), Julio Matteo (Mente Pública), Caridad Cardona (Walabis), Oriana Ortiz Vindas (Cooperativa Viresco e Guanared), Cristina Venegas (Cenderos, Red Permanezca y proyecto B’atz Tejiendo Vida, Costa Rica), María José Bermúdez (Yara Kanic, Costa Rica) e Carlos Rodezno (consultor educativo, Honduras). Também estiveram presentes três convidados locais: Karol Montero, da Direção de Cultura do Ministério de Cultura e Juventude, Rafael Murillo e Italo Fera, formados em gestão local pela Universidade Estatal a Distancia (UNED).

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Os participantes do II Fórum no Centro de Amigos para a Paz

Três etapas

A jornada em Costa Rica teve início com uma exposição da memória do I Foro Educativo, realizado em Honduras. Carlos Rodezno, facilitador do evento, apresentou material contendo a informação geral e descritiva da la jornada, como antecedentes, propósitos, objetivos, metodologia a desenvolver e os produtos esperados. Depois vieram as três etapas: a) pesquisa curricular: desafios para a construção do currículo centro-americano da Rede Maraca (dia 5); b) redação de objetivos curriculares e declaração de princípios (dia 6); c) proposição do plano de formação (dia 7).

Registrados por meio de fichas, os três dias de trabalho geraram espaços de reflexão e análise de experiências particulares que permitiram propor um desenho e um desenvolvimento curricular baseado no trabalho de campo até então realizado em cada país. O resultado deste laboratório curricular é considerado a segunda parte de três, e abrange o desenho curricular e o desenvolvimento do currículo como tal; ficando por desenvolver a revisão e verificação do currículo, revisão de resumos de conteúdo como etapa preliminar na construção desta oferta educativa.

Em informe elaborado por Carlos Rodezno, o grupo conta que a participação no II Foro foi concentrada, responsável, interessada e eficiente, e que os resultados têm sido positivos. Segundo eles, a visão dos integrantes da Rede Maraca é variada e diversa, o que enriquece a proposição da oferta curricular, e a metodologia sociocrítica empregada durante o laboratório, assim como suas técnicas de diálogo problematizador, estudo de caso etc, foram adequadas para as características dos participantes.

Visita às comunidades

Além dos três dias de trabalho na casa que ganhou o nome de Centro de Amigos para a Paz, os participantes do encontro estiveram em visitas a experiências de gestão cultural e educação em comunidades (em Guadalupe, Heredia e La Carpio), em 8 de junho, e em um encontro no Ministério de Cultura e Juventude, onde houve uma apresentação de jovens do programa de formação Técnico em Animação Sociocultural Comunitária (Cooperativa Viresco).

O intercâmbio de experiências, além de aportar para a ideia de criar una certificação do fazer cultural na região centro-americana, também busca responder a uma necessidade de elevar e reconhecer os profissionais da cultura. “Uma experiência a partir da gente, para a gente e pela gente”, como ressaltou o guatemalteco André De Paz, no evento “Políticas públicas e participação cidadã: experiências de gestão sociocultural”, realizado em 8 de junho, em San José, no encerramento da 4a Reunião do Comitê Intergovernamental do programa IberCultura Viva.

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O grupo que visitou a comunidade La Carpio, em 8 de junho

Antecedentes

O Movimento de Arte Comunitária na Centro-américa (Maraca) nasceu num encontro de experiências de ativistas culturais realizado em Guatemala em 2006. A articulação de grupos artísticos do triângulo norte se deu para reivindicar os direitos humanos ante as múltiplas violações sofridas pela população jovem na região.  Pouco a pouco outros somaram-se a esta proposta de integração regional, ampliando a articulação e a perspectiva da incidência juvenil. Tendo a arte comunitária como elemento em comum do acionar de cada organização, a rede oferece metodologias alternativas de inclusão, participação juvenil, memória histórica, recuperação dos espaços públicos, culturas vivas, defesa dos direitos humanos e bem viver.

Por solicitação de grupos integrantes da Rede Maraca, artistas, comunicadores, animadores, gestores  e ativistas culturais realizam visitas para facilitar espaços de formação, rodas de conversas, fóruns e oficinas que têm como propósito o fortalecimento de processos formativos, organizativos e de incidência. As temáticas dos estágios são: a) formação: política e liderança; b) incidência: participação em pré-produção de encontros nacionais e festivais de Cultura Viva, artísticos, oficinas e criações coletivas.

O primeiro fórum

O I Fórum Educativo Centro-americano, realizado em Honduras, se deu em dois dias, 2 e 3 de setembro de 2015, na cidade de Comayagüela. A jornada se iniciou com um mapeamento das ofertas curriculares em matéria de arte na modalidade alternativa e de intervenção social desenvolvidas nos países centro-americanos. O segundo momento (“diálogo problematizador”) foi para análise e reflexão de situações e problemáticas enfrentadas no desenvolvimento curricular de cada uma das organizações em seu país de origem. O terceiro momento (“narrativa”) teve como propósito a redação acerca dos processos curriculares e seus resultados.  

O quarto momento (“trabalho colaborativo”) serviu para analisar casos e situações dos processos educativos e especificamente sobre os diferentes currículos, contrastando a teoria do desenho frente à realidade de sua execução ou desenvolvimento, a fim de identificar os achados que a implementação curricular proporciona (acertos, vazios, promoção e outros)  e sua valorização educativa e social.

No quinto e último momento, denominado desenho curricular, os participantes foram divididos em equipes por aspectos temáticos, como fundamentos, metodologia, enfoque educativo, perfil de ingresso, entre outros, com o propósito de realizar a construção de um documento que sirva de base à proposta de um currículo regional de arte social que possa ser implementado por cada organização da Rede Maraca. Depois deste trabalho em equipes, teve início uma plenária para conhecer e discutir o proposto, obtendo-se então um desenho curricular em termos da definição adotada durante o evento.

Ao final, los participantes concluíram que as experiências curriculares atuais da região são muito similares em termos de objetivos, população atendida, processos de certificação, e que os resultados das propostas curriculares em cada país demonstram êxito, apesar das dificuldades de implementação, certificação, desenvolvimento e financiamento.

À exceção da Nicarágua, os países têm consolidadas suas ofertas curriculares. A maioria está voltada para a juventude e o desenvolvimento comunitário, e algumas estão desenhadas para o empreendimento cultural, artístico, assim como a inserção no mercado de trabalho. Além disso, reconhece-se que a certificação curricular legitima os processos de formação por meido do desenvolvimento curricular tanto em nível social e educativo como de caráter individual ou institucional. E valoriza-se a intervenção social por meio de serviços educativos curriculares como uma forma acertada por considerar las características socioculturais da região.

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