Com 9 integrantes de 5 países, a Rede segue aberta a universidades, escolas populares e centros de formação comprometidos com os direitos culturais e o bem viver.
A Rede Educativa IberCultura Viva segue em expansão. Com a recente incorporação da Universidade Federal Fluminense (Brasil), da Universidad Nacional de Córdoba (Argentina) e da Universidad de Chile, a Rede passa a ser formada por nove instituições educacionais de cinco países ibero-americanos, todas comprometidas com a articulação de saberes e o fortalecimento das culturas vivas nos territórios.
Lançada em abril de 2025, a Rede tem como objetivo aproximar universidades, escolas populares, centros de formação e redes educacionais das políticas culturais de base comunitária, promovendo o intercâmbio de metodologias, pesquisas e estratégias de formação que reconheçam e valorizem os saberes populares, acadêmicos e ancestrais.
Com as novas adesões, atualmente integram a Rede:
- Universidad Autónoma da Cidade do México (México)
- Licenciatura em Artes da Secretaria de Cultura de Jalisco (México)
- Universidade Nacional de La Pampa (Argentina)
- Escola Popular de Música (Argentina)
- Universidade Federal da Bahia (Brasil)
- Universidade Federal Fluminense (Brasil)
- Pontifícia Universidade Católica do Equador (Equador)
- Universidad Nacional de Córdoba (Argentina)
- Universidad de Chile (Chile)
Embora a maioria das instituições atualmente integrantes da Rede sejam universidades, a participação de escolas populares e experiências formativas de base comunitária é essencial para o espírito do programa. Um exemplo emblemático é o da Escola Popular de Música, vinculada ao movimento das Madres de Plaza de Mayo – Linha Fundadora, que há mais de 15 anos constrói um espaço de formação artístico-cultural profundamente enraizado nos territórios.
Uma experiência nascida do trabalho em rede
“Para a Escola, integrar uma rede é tudo, é o ABC. Desde o início, foi pensada como uma aliança entre um organismo de direitos humanos, uma organização social territorial e uma universidade nacional que pudesse consolidar essas formações. Estar hoje na Rede é a continuidade de um ideário latino-americano — e depois ibero-americano — de lutas compartilhadas, que ultrapassam fronteiras e precisam ser constantemente consolidadas”, afirma Daniel Gonnet, um dos coordenadores da Escola.
Segundo Gonnet, o principal aporte da Escola à Rede está em sua trajetória consolidada, baseada em uma perspectiva política, territorial e metodológica coerente.
“Podemos oferecer a experiência de ter atravessado diferentes momentos no país e na região sem abandonar nossa perspectiva territorial e comunitária. Desenvolvemos uma metodologia de gestão cultural e musical, com materiais, documentos e práticas formativas que hoje estão disponíveis para serem compartilhados. E nossas portas estão sempre abertas para quem quiser conhecer esse espaço como lugar de formação e ação.”
Diego Benhabib, consultor do Programa na área de Formação e Redes, destaca que a diversidade de formatos institucionais é uma das maiores fortalezas da Rede. “A Rede Educativa IberCultura Viva é uma ponte entre territórios e instituições que reconhecem o papel transformador da cultura. Ao reunir experiências tão diversas, estamos construindo um espaço de cooperação onde o conhecimento circula, se reconstrói e gera vínculos de pertencimento e justiça social.”
Podem integrar a Rede instituições educacionais com personalidade jurídica formal – públicas, privadas ou comunitárias – que atuem nos campos da cultura, da formação ou da gestão do conhecimento. Isso inclui não apenas universidades, mas também escolas populares, centros de formação e consórcios educacionais com objetivos afins.
Entre os benefícios de integrar a Rede estão:
- Fortalecimento institucional das ações de formação e pesquisa em cultura comunitária
- Visibilidade internacional de programas e experiências formativas
- Participação em encontros e seminários de intercâmbio ibero-americano
- Publicação de experiências em articulação com a sociedade civil
- Desconto de 50% no curso de pós-graduação FLACSO–IberCultura Viva
Para Flor Minici, secretária técnica do IberCultura Viva, a força da Rede reside em conectar as instituições com as lutas e saberes dos territórios. “Esta Rede representa uma conquista coletiva, construída a partir do reconhecimento de que os processos formativos não se esgotam dentro das instituições. Pelo contrário, tornam-se mais potentes quando conectam o mundo acadêmico às lutas, saberes e práticas dos territórios.”
A Rede Educativa IberCultura Viva foi aprovada pelo Conselho Intergovernamental do programa em novembro de 2024, e seus parâmetros de incorporação foram estabelecidos em abril de 2025. As instituições interessadas em aderir devem apresentar uma carta de intenção, preencher o formulário de adesão e comprometer-se a realizar ao menos uma atividade anual de diálogo e intercâmbio com a sociedade civil.
Quer saber mais e fazer parte?
Acesse: https://iberculturaviva.org/es/red-educativa-iberculturaviva/