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Pistas de “Baile à sua maneira”: a linguagem do corpo e da dança em um intercâmbio entre Espanha e Argentina
Em 17, jan 2020 | Em Notícias | Por IberCultura
Texto: Laura Szwarc (Associação Akántaros/Espanha)
Fotos: Vanina Acevedo e Claudia Quiroga
Desde o princípio de Akántaros, há 20 anos, nós, seus integrantes, pensamos em fazer de maneira coletiva e compartilhando com outros. Ser, desse modo, parte de uma rede que (se) integra, (se) entrelaça em uma malha ou várias, e levar a interconexão para os objetivos comuns que vão se ampliando. Ademais, uma rede favorece a descentralização. E o descentralizado tem sido uma proposta de nosso trabalho. Mobilizar o centro, acessar o horizontal.
Criar vínculos e que eles sejam duradouros, que os fios da rede sejam rotundos, esse tem sido um de nossos desejos desde o começo de Akántaros. Graças a esta forma de trabalho em rede, através de La Bombocova pudemos conhecer o edital Entrelaçando Experiências, de IberCultura Viva.
Assim foi que apresentamos uma de nossas linhas de investigação-ação vinculada ao corpo. Nesta ocasião, “Baile à sua maneira, o corpo como texto” (“Baila a tu manera, el cuerpo como texto”), em que nos perguntamos sobre a linguagem do corpo e a dança. Desde um tempo/espaço a que chamamos laboratório, onde se experimenta e se produzem criações.
Começaram a chegar correios desde distintas latitudes (Brasil, México e Argentina), interessados em nossa proposta. O júri de IberCultura selecionou Argentina como lugar de ação respondendo às organizações solicitantes.
Chegamos no mês de dezembro, em um contexto latino-americano sumamente complexo (Chile, Bolivia, Brasil, Equador, Colômbia…), enquanto na Argentina assumia um governo progressista e se realizavam atos festivos onde os corpos saíam às ruas para celebrar.
Empapadas de todo este contexto dual, seguimos trabalhando. Gerando material e vendo as mesmas interrogações que sempre produzem outro giro, assim como surgem novas, para cada comunidade.
Primeira parada
Recebidas por LEKOTEK, uma organização que há mais de 25 anos capacita e acompanha instituições de saúde, educação para o desenvolvimento e suporte de seus próprios espaços.
Com eles tivemos a possibilidade de ter duas experiências:
A primeira, com alunxs, docentes e graduadxs do Instituto Superior de Tempo Livre e Recreação (ISTLyR), pertencente ao Ministério de Educação da Cidade Autônoma de Buenos Aires (CABA), Formação de Nível Técnico Superior Terciária, com o qual o Lekotek vem desenvolvendo ações de pesquisa. Nos perguntamos nesta primeira parada pelo corpo como texto, e a relação com seu fazer profissional; assim como pelo corpo público e privado: sempre expostos?
A segunda, com organizações comunitárias e estatais vinculadas a Lekotek, com quem vêm realizando ações conjuntas a favor da infância em torno da importância do brincar. Nesta ocasião, o trabalho foi redescobrir as linguagens do corpo em movimento para acessar novas estratégias que pudessem levar para seus coletivos-bases.
Tivemos a oportunidade de nos encontrar e avaliar o realizado com os companheiros de Lekotek.
Parada 2
A atividade organizada pelo Centro Educativo Comunitário Ramón Carrillo foi realizada no Centro Comunitário Nuestra Señora de Luján, Villa 20, dentro do espaço de oficina, ginástica e dança, com a participação de 23 mulheres de diversas idades entre 20 e 70 anos.
Aqui nos interrogamos: É possível, através da dança, ter acesso a outro modo de ser dos corpos, a novas linguagens e narrativas, a um movimento que construa uma rede (coreográfica) comunitária?
Realizamos uma roda de conversa como encerramento da atividade.
Parada 3
Mujeres de Artes Tomar é um coletivo de profissionais nos âmbitos cênicos e visuais. Aqui “Baile à sua maneira” se desdobra em outras interrogações que se manifestam em bailes e em como inscrevemos em um corpo social onde estão meu corpo e teu corpo. Ao ser nomeadas, nos tocam o corpo? Como as texturas sensíveis se encarnam? Convites para narrar juntas a partir da dança.
Parada 4
Cheche Espacio Cultural, na província de Santa Fé.
Partindo das características que a dança possibilita, esboçamos uma trilha para pensar como se manifesta o corpo em estado de dança, de que maneira o faz e que possibilidades abre. Como nos faz entender ou pensar o corpo em sua vinculação ao espaço autogestionado e ao espaço público? Como a repetição se libera e o mesmo não é o mesmo? Como ocupamos os espaços, que corpo surge nos corpos coletivos, como avançamos juntas em uma dimensão do “ocupar”? E, a partir daí, coreógrafos constantes.
Dessas experiências:
Estar em outro contexto implica, nos implica, em uma agitação da realidade; assim como provoca novos dispositivos de pensamento e de criação.
O fazer coletivo foi parte fundamental desta textura experiencial. Ao dizer parte, ou parte fundamental, nesta concepção de corpo como texto, não haveria uma parte mais importante que outra. Cada situação fará de uma parte ou de outra a privilegiada.
Acreditamos que uma forma, ou a forma, de resistir à precariedade desses momentos históricos é colocar em prática sistemas coletivos e também atender a cada singularidade. Sabemos que é um momento em que se valoriza cada feito individual (que não implica singularidade, e sim o contrário) em detrimento do fazer coletivo, e nossa decisão é a de “desobedecer” a esse mandato e a tantos outros que conduzem à negação da existência do semelhante.
Como dizemos em nosso livro Entonces baila, el cuerpo como texto, editado em 2017 pela coleção El río suena, experiencias artísticas/educativas (Ediciones Las parientas), cada vez que realizamos um laboratório, que “re-conhecemos” um grupo de singularidades, aparece a suavidade potente das coisas, o perigo que encerra cada “ferida” própria e alheia. Nunca se sabe de antemão como será desta vez. Sempre varia.
Nossa proposta é, especialmente, uma pergunta que, a cada vez, encerra respostas e sobretudo novas perguntas: É possível através da dança ter acesso a outro modo de ser dos corpos, a novas linguagens e narrativas, a um movimento que construa uma rede (coreográfica) comunitária? Como recuperar neste momento histórico o reconhecimento do corpo, sua “fala”? Porque falamos até pelos cotovelos e movemos até o esqueleto, eu é ou não é meu corpo? E tu? E nós? Ao mesmo tempo, dançar é um feito discursivo inter-relacionado completamente com as outras linguagens?
Consideramos que colocar e mover o foco sobre os corpos, descobri-los, reconhecê-los em seu fazer laboral, afetivo, ocioso, implica um enlaçamento ético. E a via de enlace é conceito de criatividade.
Criar vínculos duradouros que reforcem o tecido social é uma chave de significação nesta viagem que termina, mas que também é um começo.
Este tempo na Argentina de trabalho processual nos permite seguir pensando em uma “Terra de baile”.
Leia também:
En danza: tal vez un movimiento
Pero se mueve: El teatro como acción transformadora
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Entrelaçando Experiências: conheça as propostas de intercâmbio selecionadas no edital
Treze propostas de organizações e coletivos culturais que se apresentaram como comunidades anfitriãs para receber intercâmbios em seus territórios foram selecionadas no Edital IberEntrelaçando Experiências, lançado pelo programa IberCultura Viva em dezembro de 2018. As capacitações serão realizadas em oito países membros do programa, neste segundo semestre de 2019.
As 13 comunidades anfitriãs selecionadas garantirão hospedagem, alimentação e traslados dentro do território local para as pessoas facilitadoras convidadas, assim como a divulgação e a produção da atividade. O programa IberCultura Viva se encarregará da compra de passagens aéreas e seguros de viagem.
Duas etapas
O Edital IberEntrelaçando Experiências foi organizado em duas etapas: uma para construir e dar visibilidade a um banco de saberes da cultura comunitária no Espaço Ibero-americano, e outra para apoiar a mobilidade destas experiências em outras comunidades.
Na primeira etapa, que teve inscrições abertas de 10 de dezembro de 2018 a 15 de março de 2019, 25 propostas de 9 países foram habilitadas. Um banco de saberes foi publicado na página web www.iberculturaviva.org com estas capacitações e espaços de intercâmbio que organizações e coletivos de cultura comunitária dos países ibero-americanos puseram à disposição para compartilhar com outros coletivos.
A segunda etapa, para a seleção das comunidades anfitriãs, esteve aberta de 15 de maio a 30 de junho de 2019 na plataforma Mapa IberCultura Viva. Nesta fase, organizações de cultura comunitária dos países membros do IberCultura Viva puderam escolher que propostas do banco de saberes queriam receber em seus territórios. Foram habilitadas 23 postulações de Argentina (3), Brasil (3), Chile (1), Cuba (1), Equador (1), México (7), Peru (3) e Uruguai (4).
A seleção
Algumas oficinas foram solicitadas por mais de uma organização. Para a seleção foram levados em conta critérios como a trajetória em projetos relevantes para a área cultural, especialmente em temas relacionados com a organização comunitária, o desenvolvimento de políticas, a construção de cidadania e a valorização de identidades culturais.
Na seleção também se buscou que ao menos uma organização por país integrante do programa recebesse uma oficina como comunidade anfitriã (acolhendo um projeto em seu território) e oferecesse algum saber a outro país (com pessoas facilitadoras viajando com as passagens pagas pelo programa). No entanto, nem todos os países apresentaram propostas para ir e vir. Os países que tiveram dois projetos de comunidades anfitriãs selecionados foram os que apresentaram maior número de propostas – e cujos projetos, além de contemplar a diversidade regional e temática, obtiveram maior pontuação na avaliação.
No caso do Brasil, para receber o apoio, é necessário que as organizações selecionadas estejam incluídas na Rede Cultura Viva. Caso as entidades/coletivos ainda não estejam cadastradas nesta plataforma da rede de Pontos de Cultura, elas devem fazer esse registro e encaminhar à Unidade Técnica o comprovante do “cadastro realizado”, por meio do correio eletrônico programa@iberculturaviva.org.
Confira a lista de projetos selecionados:
Informação aos interessados 2 – Etapa de seleção – Edital IberEntrelaçando Experiências – resultado
Conheça as propostas:
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ARGENTINA
As organizações Mujeres de Artes, Centro lekotek Argentina e Creche Espacio Cultural recebem “Baila a tu manera, el cuerpo como texto”, de Akántaros Asociación Cultural (Espanha)
Quem viaja:
Pessoa facilitadora: Laura Anahí Fernández Szwarc
Organização responsável: Akántaros Asociación Cultural
A proposta “Dance à tua maneira, o corpo como texto” consiste em gerar um laboratório em que se reflexione e se coloque em prática a dança como manifestação de desfrute e o corpo como texto. Uma ocasião para bailar sem fronteiras de idade, fisionomia corporal ou aptidões físicas. A experiência quer oferecer a seus participantes algumas ferramentas para descobrir e fortalecer um canal de comunicação e expressão.
Quem recebe:
Três coletivos/organizações culturais comunitárias da Argentina se propuseram como comunidades anfitriãs da proposta oferecida por Akántaros Asociación Cultural no banco de saberes de IberEntrelaçando Experiências. A pessoa facilitadora, portanto, receberá uma passagem aérea de Madri para Buenos Aires para compartilhar sua experiência com Mujeres de Artes (“uma coletiva artivista para o empoderamento de mulheres e feminidades”); Centro lekotek Argentina (organização que há 29 anos trabalha para integrar crianças com necessidades especiais e em situação de risco social a suas famílias e à comunidade) e Creche Espacio Cultural (um “laboratório de ideias culturais” aberto desde 2013 em Arequito, Santa Fé). O intercâmbio será entre 1 e 14 de dezembro de 2019.
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BRASIL
O Ponto de Cultura Caiçaras recebe o “Taller de cine comunitario para niños”, de CinemaTequio (México)
Quem viaja:
Pessoas facilitadoras: Eduardo Bravo Macías e Alejandra Domínguez
Organização responsável: CinemaTequio
CinemaTequio é um coletivo artístico que ministra oficinas de cinema comunitário para crianças, principalmente em comunidades indígenas do México e da América Latina. Com base nos relatos da tradição oral se elabora um roteiro que se converte em um curta-metragem. No processo, as crianças participam em postos técnicos ou artísticos, de acordo com seus interesses, que vão desde a formação do elenco até a integração da equipe técnica, como operadores de câmera, gravação de som direto, funções de produção, arte e direção. Ao longo de dois dias, se leva a cabo a produção (a gravação das cenas do curta-metragem) e nos dois últimos dias se realiza a pós-produção – edição, efeitos especiais digitais, elaboração de créditos, edição de som, etc – para culminar com a projeção do curta-metragem.
Quem recebe:
O Ponto de Cultura Caiçaras é uma organização não governamental fundada em 2013, em Cananeia (São Paulo, Brasil), e que desenvolve e/ou apoia projetos e programas participativos e colaborativos em diferentes áreas do conhecimento, em especial vinculados à educação formal e não formal, à cultura e ao meio ambiente, em busca da promoção do desenvolvimento sustentável. O intercâmbio com os mexicanos do Cinematequio se realizará com crianças indígenas e de comunidades quilombolas e caiçaras presentes no município de Cananeia. Estas oficinas de cinema comunitário buscam contribuir para a valorização da cultura e da identidade local. Data combinada: de 5 a 10 de outubro de 2019.
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CHILE
A Agrupação Cultural Margot Loyola recebe “Ipadê – Encuentros con Axé”, del Grupo Senzala Foz (Brasil)
Quem viaja:
Pessoas facilitadoras: Pedro Almeida e Mãe Edna de Baru
Organização responsável: Ile Aleketu Ijoba Bayo Ase Baru Orobolape (Grupo Senzala Foz)
Esta comunidade religiosa e sociocultural, também conhecida como Ilê Baru, foi fundada em 1994 na cidade de Foz do Iguaçu, por Mãe Edna de Baru (foto). No Ilê são realizadas ações como festividades a divindades de candomblé e umbanda, palestras, debates e rodas de formação sobre religiosidade afrodescendente, e atividades artísticas com temáticas e protagonismo negro. A proposta oferecida no banco de saberes inclui vivências e diálogos com agentes locais sobre os desafios da permanência e difusão das culturas afrodescendentes na Ibero-América.
Quem recebe:
Agrupación Cultural Margot Loyola é uma organização cultural comunitária com 10 anos de trajetória, dedicada ao trabalho de pesquisa, documentação da cultura tradicional do Chile e do trabalho colaborativo através da arte. A expectativa em torno do intercâmbio é a de colocar em discussão e dar visibilidade à existência do povo afrodescendente chileno, e dar a conhecer a realidade de outros países quanto ao tema do reconhecimento e sua cultura. As atividades serão realizadas majoritariamente no setor de Tierras Blancas e em La Serena (Região de Coquimbo). Data combinada: de 9 a 13 de outubro.
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CUBA
O Projeto Comunitário Granjita Feliz recebe “Juegos de ritmo, creación colectiva y arte comunitario”, de La Bombocova (Argentina)
Quem viaja:
Pessoas facilitadoras: Santiago Comin e Laura Rabinovich
Organização responsável: Asociación Civil y Productora Artística La Bombocova
Com sede na cidade de Buenos Aires, La Bombocova leva mais de 25 anos de trajetória na criação de espetáculos, seminários e oficinas, e desde 2005 vem desenvolvendo a metodologia “Jogos de ritmo” para representantes do trabalho criativo em grupos. No banco de saberes, se propôs desenvolver combinadamente as propostas de seminários de “Jogos de ritmo” com as de “criação coletiva”. A metodologia busca fortalecer o desenvolvimento de processos grupais, de produção e trabalho, em uma proposta pedagógica integral em que o ritmo é o eixo principal e a brincadeira, a linguagem comum.
Quem recebe:
O Projeto Comunitário “Granjita Feliz”, de Guanabacoa (Havana, Cuba), desenvolve atividades artístico-culturais vinculadas à agricultura e ao meio ambiente. Com este intercâmbio com La Bombocova, busca uma possibilidade para ampliar seu universo de trabalho no espaço da interculturalidade. O encontro dos dois projetos permitirá a cada um assimilar as práticas e experiências que possam enriquecer sua visão artística, assimilar novos valores artísticos no âmbito da dança, da música e do teatro no espaço comunitário. Data combinada: de 16 a 21 de dezembro.
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EQUADOR
O Festival del Sur recebe “Ipadê – Encuentros con Axé”, do Grupo Senzala Foz (Brasil)
Quem viaja:
Pessoas facilitadoras: Pedro Almeida e Mãe Edna de Baru
Organização responsável: Ile Aleketu Ijoba Bayo Ase Baru Orobolape (Grupo Senzala Foz)
Esta comunidade religiosa e sociocultural, também conhecida como Ilê Baru, foi fundada em 1994 na cidade de Foz do Iguaçu, por Mãe Edna de Baru. No Ilê se realizam ações como festividades a divindades de candomblé e umbanda, palestras, debates e rodas de formação sobre religiosidade afrodescendente, e atividades artísticas com temáticas e protagonismo negro. A proposta oferecida no banco de saberes inclui vivências e diálogos com agentes locais sobre os desafios da permanência e difusão das culturas afrodescendentes na Ibero-América.
Quem recebe:
O Festival del Sur – Jornadas Internacionales de Arte y Cultura foi criado em 2001 no bairro La Magdalena como uma proposta para dar visibilidade às artes cênicas e à gestão cultural no Sul de Quito. Desde 2017 o festival está vinculado à população afro de Esmeraldas, principalmente a comunidade de Telembí. Com este intercâmbio se busca gerar aprendizagem e fortalecimento mútuo entre povos afrodescendentes da diáspora e outros através da ritualidade, oralidade, musicalidade e outras manifestações próprias de raigambre africana presentes em toda a América del Sur. Estão previstas atividades em Quito e Telembí, entre 17 e 26 de novembro de 2019.
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MÉXICO
A organização Kundarí A.C. recebe “Diccionarios Audiovisuales Comunitarios”, de La Combi-arte rodante (Peru)
Quem viaja:
Pessoas facilitadoras: Carolina Martín de Ramón e Teresa del Castillo Rovira
Organização responsável: La Combi-arte rodante
La Combi-arte rodante é uma associação cultural peruana criada em 2013 que leva a cabo atividades artísticas e projetos culturais com diferentes populações do Peru e da América Latina, organizando oficinas audiovisuais, de fotografia, artes visuais, animação, entre outras. As oficinas DAC (Dicionários Audiovisuais Comunitários) buscam trabalhar conjuntamente com as comunidades uma série de ações para fortalecer e revitalizar suas respectivas línguas originárias através do aprendizado de técnicas audiovisuais.
Quem recebe:
Kundarí A.C. é uma organização civil de Atlixco (Puebla, México) que se dedica a ministrar oficinas e cursos para pessoas de poucos recursos e/ou indígenas, para que possam melhorar sua vida cultural, artística e econômica. O intercâmbio proposto se destina a crianças indígenas da etnia mixe-popoluca, assim como docentes e/ou líderes comunitários de Cabañas, Acayucan, Veracruz. A intenção é fortalecer e prestigiar o uso da língua materna (mixe-popoluca), assim como oferecer condições para que a própria comunidade possa replicar a experiência, inspirando outras atividades com fins similares. Data inicialmente combinada: de 19 a 23 de agosto de 2019.
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MÉXICO
IMDEC recebe “Teatro social sobre cuestiones de género, sus raíces y sus transformaciones colectivas”, do Colectivo Mujeres de Fuego (Colombia)
Quem viaja:
Pessoas facilitadoras: Ariane Denault Lauzier e Ingrid Osorio Castro
Organização responsável: Teatro del Presagio y Colectivo Mujeres de Fuego
Além de suas atividades de criação teatral, este grupo de teatro de Cali (Colômbia) exerce um trabalho de docência teatral e em comunidad. Alguns membros têm desenvolvido uma linha de trabalho criativo sobre temáticas de gênero e violência contra as mulheres, desenvolvida pelo Coletivo Mujeres de Fuego. Em sua proposta para o banco de saberes, o grupo oferece um laboratório teatral sobre gênero, adaptando várias técnicas do Teatro do Oprimido e outras linguagens artísticas (escrita, artes plásticas, performance). A ideia é explorar diferentes temas para chegar à criação de cenas baseadas em opressões de gênero.
Quem recebe:
O Instituto Mexicano para el Desarrollo Comunitario (IMDEC), fundado em 1963, tem como objetivo primordial aportar, a partir da educação e a comunicação popular, para a defesa do território e dos bens comuns, a refundação da democracia e a vigência plena dos direitos humanos em sua integralidade. Atualmente, estão sendo desenvolvidos no IMDEC três processos de educação popular e agroecologia em territórios distintos da zona metropolitana de Guadalajara (Jalisco). As mulheres têm sido as principais dinamizadoras destes processos, nos quais sobressaem as violências vividas (sexuais, econômicas, emocionais e psicológicas). Espera-se que este intercâmbio, a partir do Teatro do Oprimido, seja enriquecedor para o processo pessoal e coletivo, para que reflitam sobre seus contextos de opressão e possam gerar um processo de empoderamento coletivo acompanhadas de outras companheiras de territórios distintos. Data combinada: de 27 de outubro a 1 de novembro de 2019.
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PERU
La Mancha Taller de Arte recebe “Taller de herramientas lúdicas para payasos terapéuticos”, de Codacc San Vicente (El Salvador)
Quem viaja:
Pessoa facilitadora: Rosa Adelaida Jovel
Organização responsável: Codacc San Vicente
A oficina de ferramentas lúdicas oferecida pela salvadorenha Rosa Adelaida Jovel (foto) busca compartilhar experiências e que as/os participantes encham ainda mais seu “baú lúdico”, aumentando o inventário de ferramentas criativas para a hora de interagir com crianças nas comunidades, especialmente nos setores vulneráveis. Os conteúdos incluem jogos de integração, relaxamento e expressão corporal, além de lendas e jogos tradicionales de El Salvador.
Quem recebe:
La Mancha Taller de Arte aposta na educação livre e nas artes expressivas para complementar a escolaridade de crianças e adolescentes. Com as atividades, os participantes melhoram a gestão de suas habilidades socioemocionais, a brincadeira e a exploração das possibilidades visuais. A proposta de intercâmbio se dará com adolescentes que pertencem a um entorno de risco social, com o propósito de lhes oferecer novas ferramentas para seu desenvolvimento socioemocional, a gestão de suas emoções e conflitos e para ampliar o horizonte de crescimento pessoal. A oficina lhes permitirá conhecer a história de conflito e transformação social de El Salvador, suas organizações de base comunitá e o trabalho que desenvolvem há décadas. Algo que não está nas aulas de história do colégio. Data combinada: de 20 a 29 de setembro de 2019.
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PERU
Asociación de Comunicadores Sociales PortaVoz Perú recebe “Ruedas tus fantasías”, do Projeto Comunitário Rodando Fantasías (Cuba)
Pessoas facilitadoras: César Ramón Irigoyen Milián e Gisell Perera González
Organização responsável: Proyecto Comunitario de Realización Audiovisual Infantil Rodando Fantasías/ Red Cámara Chica
Rodando Fantasias é um projeto comunitário que desde a cidade de Santa Clara (Villa Clara, Cuba) ensina crianças, adolescentes, e pais e/ou tutores deles, a realizar seus próprios filmes utilizando as novas tecnologias. A iniciativa inclui oficinas de roteiro cinematográfico, fotografia, linguagem de câmera, produção audiovisual, edição, voz e dicção e atuação diantes da câmera. O Festival Rodando Fantasias é o momento culminante do processo docente educativo, em que se mostra o aprendido e se socializa com outros centros comunitários Cámara Chica do país e realizadores profissionais que trabalham a temática infantil.
Quem recebe:
A Asociación de Comunicadores Sociales PortaVoz Perú é uma organização cultural de Lima que iniciou suas atividades artístico-educativas em 2001, com um programa de “Oficinas de Cinematografia Escolar” dirigido a alunos de 11 a 17 anos. A partir de 2005, o projeto passou a se chamar “Escuelita de Cine” e se estendeu a comunidades de bairro populares, ampliando también seu público beneficiário para crianças a partir dos 5 anos. A proposta de intercâmbio com os cubanos de Rodando Fantasias será uma oportunidade de acolher em seu território uma experiência similar à sua, que lhes permita observar, experimentar e intercambiar uma nova metodologia de trabalho audiovisual e dinâmicas de animação, para a melhora criativa e tecnológica de suas oficinas de cinematografia escolar e de bairro. A oficina “Roda tuas Fantasias” será ministrada durante X Festival de Curtas-metragens Escolares e Juvenis e VII Mostra Internacional, entre 1 e 15 de novembro de 2019.
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URUGUAI
O coletivo TierraNegra recebe “Raíces profundas”, do Centro Sociocultural Callejón de Hamel (Cuba)
Quem viaja:
Pessoas facilitadoras: Jacqueline González Galano e Elias Aseff Alfonso
Organização responsável: Centro Sociocultural Callejón de Hamel
O Centro Sociocultural Callejón de Hamel foi fundado há 30 anos no Centro Havana. Ali se desenvolvem atividades gratuitas, como rumba, música tradicional, e atividades infantis, programadas conforme os interesses da comunidade. O centro, com sua proposta, trata de compartilhar os saberes etnográficos utilizando a arte como suporte explicativo e inclusivo. Com o projeto “Raízes profundas” pretende-se ministrar oficinas de dança, percussão e artes plásticas, incluindo a montagem de uma instalação com tronos alegóricos por cada orixá ou deus do panteão iorubá.
Quem recebe:
TierraNegra é um coletivo de Fray Bentos (Río Negro) que trabalha com gestão cultural, principalmente no âmbito da cultura ancestral de candombe, e que em março de 2019 foi reconhecido como “Ponto de Cultura” pela Direção Nacional de Cultura do Uruguai. A proposta de intercâmbio com os cubanos do “Callejón de Hamel” representa um festival sociocultural organizado a partir da gestão cultural coletiva e implica a itinerância de algumas atividades por espaços comunitários e/ou educativos de Montevidéu, Canelones, Soriano, Paysandú e Río Negro, entre 23 de novembro e 10 de dezembro de 2019.
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URUGUAI
A Cooperativa Nación Zumbalelé recebe “Enseñanza de la música de gaitas y cantos tradicionales del Caribe Colombiano”, da Fundación Mi Gaita de San Jacinto Bolivar (Colômbia)
Quem viaja:
Pessoa facilitadora: Rafael Pérez García
Organização responsável: Fundación Mi Gaita de San Jacinto Bolívar
A Fundación Mi Gaita de San Jacinto Bolívar é uma organização sem fins lucrativos que trabalha pela preservação das expressões culturais do Caribe colombiano, a conservação do patrimônio material e imaterial, e o cuidado com o meio ambiente. Sua proposta para o banco de saberes tem o objetivo de formar grupos de música de gaitas e tambores mediante a pedagogia da tradição oral. A música de gaitas e tambores e os cantos tradicionais (décimas, versos, zafra, vaquería) constituem manifestações culturais desenvolvidas por mais de cinco gerações nos Montes de María.
Quem recebe:
A Cooperativa Nación Zumbalelé, de Salinas (Canelones), trabalha no âmbito da educação, dos espectáculos artísticos e do carnaval, a partir da cultura patrimonial do candombe. Uma vez que no Uruguai é muito popular a cumbia, mas pouco se sabe das origens e fundamentos da cumbia na Colômbia, com este encontro se pretende fortalecer a identidade dos povos americanos através de seus valores comuns, dando a conhecer as pessoas, como vivem, sua visão da história, suas danças, músicas, crenças e instrumentos. O intercâmbio será realizado durante o Fórum e Festival Nazoombit 7, entre 26 de novembro e 8 de dezembro de 2019.
Edital IberEntrelaçando Experiências tem 23 propostas de intercâmbios habilitadas
O Edital IberEntrelaçando Experiências, que teve sua segunda etapa encerrada no último domingo (30/06), recebeu 23 propostas de intercâmbios entre organizações culturais comunitárias dos países membros de IberCultura Viva.
Organizações e coletivos de oito países postularam como comunidades anfitriãs: Argentina (3), Brasil (3), Chile (1), Cuba (1), Equador (1), México (7), Peru (3) e Uruguai (4). As solicitações são para receber em seus territórios pessoas facilitadoras de capacitações propostas por organizações e coletivos de Argentina, Brasil, Colômbia, Cuba, El Salvador, Espanha, México e Peru.
Algumas oficinas foram solicitadas por mais de uma organização. A decisão caberá à comissão de seleção que estará encarregada de avaliar as propostas. Esta comissão será formada por integrantes do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva.
Serão levados em conta na seleção critérios como a trajetória em projetos relevantes para a área cultural, especialmente em temas relacionados com a organização comunitária, o desenvolvimento de políticas, a construção de cidadania e a valorização de identidades culturais.
O edital
IberEntrelaçando Experiências foi organizado em duas etapas: uma para construir e dar visibilidade a um Banco de Saberes da Cultura Comunitária no Espaço Ibero-americano, e outra para apoiar a mobilidade destas experiências em outras comunidades.
A primeira etapa teve inscrições abertas de 10 de dezembro de 2018 a 15 de março de 2019. Vinte e cinco propostas de nove países foram habilitadas. Um Banco de Saberes foi publicado na página web www.iberculturaviva.org com estas capacitações e espaços de intercâmbio que organizações e coletivos de cultura comunitária da região ibero-americana colocaram à disposição para compartilhar com outros coletivos.
A segunda etapa do edital, para a seleção das comunidades anfitriãs, esteve aberta de 15 de maio a 30 de junho de 2019 na plataforma Mapa IberCultura Viva. Nesta etapa, organizações de cultura comunitária dos países membros do IberCultura Viva puderam eleger quais propostas do Banco de Saberes queriam receber em seus territórios.
As ações de Entrelaçando Experiências (os intercâmbios propriamente ditos) serão realizadas entre agosto e dezembro de 2019. As comunidades anfitriãs devem garantir a hospedagem, alimentação e traslados dentro do território para as pessoas facilitadoras convidadas, assim como a divulgação e produção da atividade. O programa IberCultura Viva se encarregará da compra de passagens aéreas e seguros de viagem para as pessoas facilitadoras do intercâmbio. Não haverá transferência de fundos para os projetos.
Confira a lista de propostas habilitadas no edital:
Informação aos Interessados I – Etapa de Habilitação – Edital IberEntrelaçando Experiências
Entrelaçando Experiências: está aberta a segunda etapa do edital, para o intercâmbio de saberes em território
O Edital IberEntrelaçando Experiências, lançado pelo programa IberCultura Viva em dezembro, inicia sua segunda etapa nesta quarta-feira 15 de maio. A partir de hoje, organizações de cultura comunitária dos países membros do programa poderão solicitar uma das 25 propostas de capacitações e espaços de intercâmbio de experiências inscritas na primeira etapa, para que sejam desenvolvidas em seus territórios. As propostas são provenientes de nove países e estão disponíveis como um banco de saberes na aba “Intercâmbios” desta página web.
Nesta segunda etapa do edital, que tem inscrições abertas até 30 de junho, organizações culturais comunitárias e/ou comunidades de povos indígenas interessadas em receber estes intercâmbios devem entrar em contato com as pessoas facilitadoras e ver se têm condições de oferecer o que necessitam (as necessidades técnicas e espaciais estão especificadas em cada projeto). Muitas das propostas do banco de saberes são suscetíveis a mudanças para que se ajustem a diferentes espaços, públicos, disponibilidade de tempo e itinerários.
Uma vez que ambas as partes estejam de acordo e desejem o intercâmbio, realiza-se a inscrição como organização anfitriã na plataforma Mapa IberCultura Viva. Além da produção e divulgação da atividade, as comunidades anfitriãs devem garantir a hospedagem, a alimentação e os traslados dentro do território para as pessoas facilitadoras. O programa IberCultura Viva se encarregará da compra de passagens aéreas e seguros de viagem para as pessoas facilitadoras do intercâmbio. Não haverá transferências de fundos para os projetos.
As ações de IberEntrelaçando Experiências (os intercâmbios propriamente ditos) se darão entre agosto e dezembro de 2019. Podem ser propostos intercâmbios de saberes entre organizações e/ou povos originários de um mesmo país ou entre vários países membros do programa.
A avaliação das propostas estará a cargo do Comitê de Seleção, formado por integrantes do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva. Serão levados em conta na seleção critérios como a trajetória em projetos relevantes para a área cultural, especialmente em temas relacionados com a organização comunitária, o desenvolvimento de políticas, a construção de cidadania e a valorização de identidades culturais.
A seguir, algumas perguntas frequentes e um guia de como realizar a inscrição.
QUEM PODE PARTICIPAR
. Que organizações e coletivos podem participar da etapa 2?
As organizações culturais comunitárias (sem fins lucrativos) que contem com personalidade jurídica em algum dos países membros do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva.
Os coletivos que não tiverem personalidade jurídica podem se inscrever apresentando uma carta aval assinada pelo representante governamental do programa IberCultura Viva em seu país.
Os contatos dos responsáveis pelo programa nos países membros estão informados no formulário de inscrição do edital (item 1.4, anexo II, modelo de carta aval), disponível na plataforma Mapa IberCultura Viva. No Brasil, quem responde pelo programa é a Secretaria Especial de Cultura do Ministério da Cidadania, por meio da Secretaria da Diversidade Cultural.
.Quais são os países integrantes do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva?
Fazem parte do programa Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Cuba (país convidado), Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, México, Peru e Uruguai.
.Quais são os critérios requeridos para a emissão da Carta aval às organizações ou coletivos sem pessoa jurídica?
Os órgãos que respondem pelo programa IberCultura Viva em cada país (Ministério da Cultura, Secretaria da Cultura ou equivalente) determinarão os critérios requeridos para a emissão do aval. No caso do Brasil, os editais do IberCultura Viva são destinados aos Pontos de Cultura reconhecidos pela Secretaria Especial de Cultura do Ministério da Cidadania.
.Quem são as pessoas facilitadoras das propostas?
Na primeira etapa do edital, era necessário citar o nome e a trajetória de uma ou duas pessoas facilitadoras da experiência proposta. Estas pessoas serão aquelas que vão oferecer uma oficina ou outra atividade na comunidade interessada em participar deste intercâmbio. Seus correios eletrônicos estão informados no Banco de Saberes para que as organizações interessadas em recebê-las em seus territórios entrem em contato.
. Já participei com uma proposta para o Banco de Saberes na etapa 1. Também posso solicitar um intercâmbio como organização anfitriã?
Sim, pode. Você pode escolher uma proposta do Banco de Saberes, entrar em contato com a(s) pessoa(s) facilitadoras, manifestar o desejo de realização da atividade e combinar com ela(s) essa possibilidade. Se as duas partes estiverem de acordo, apresente sua postulação durante o período de inscrição da Etapa 2.
. COMO INSCREVER-SE NO EDITAL
Desde agosto de 2018, as inscrições para os editais IberCultura Viva são realizadas por meio do Mapa IberCultura Viva (https://mapa.iberculturaviva.org/). Nesta plataforma livre, gratuita e colaborativa, agentes culturais e organizações culturais comunitárias podem, além de inscrever-se nos editais e concursos do programa, difundir seus próprios eventos, espaços e projetos.
No caso do Edital IberEntrelaçando Experiências, as pessoas do Brasil interessadas em inscrever-se devem buscar o edital que aparece com o título em português (“Edital IberEntrelaçando Experiências – Etapa 2”). Pessoas dos outros países devem inscrever-se no edital que leva o título em espanhol (Convocatoria IberEntrelazando Experiencias – Etapa 2)
.Já participei de outro edital IberCultura Viva por meio desta plataforma. Devo registrar minha organização mais uma vez como agente coletivo?
Não é necessário. O campo “Registrarse” na página inicial é usado apenas na primeira vez. Nas próximas vezes, você deve clicar “Ingresar” para ter acesso ao seu perfil. (Caso tenha esquecido a senha cadastrada, clique em “Olvidé mi contraseña”). Obs: Na primeira vez, ao fazer o registro, o agente é direcionado automaticamente para o perfil. Depois, será necessário clicar em “Editar” para poder acessar/modificar os dados do cadastro.
. Estou no Mapa IberCultura Viva pela primeira vez. Como me registro na plataforma?
Para se inscrever em um edital do IberCultura Viva é necessário registrar-se primeiramente como agente cultural no Mapa IBCV. Esta plataforma permite o registro de dois tipos de agentes: individual e coletivo. Por agentes individuais compreendemos as pessoas físicas, e por agentes coletivos, as organizações culturais comunitárias, entidades, povos indígenas, coletivos, agrupações e instituições.
Recomendamos aos representantes de organizações que inscrevam-se inicialmente como agentes individuais (pessoas físicas) e depois cadastrem o perfil de agente coletivo, com os dados de sua organização, coletivo, Ponto de Cultura, etc.
No perfil coletivo, é possível definir os nomes das pessoas responsáveis e adicionar agentes individuais que estejam relacionados ao agente coletivo em questão. Esses agentes que serão adicionados já devem ter seus perfis previamente cadastrados no Mapa IberCultura Viva.
Aqui está um manual para ajudar você a registrar agentes, espaços, projetos e eventos na plataforma: https://iberculturaviva.org/manual/. Não se esqueça de que para cada etapa preenchida é necessário salvar os dados inseridos no canto superior direito da tela (“Salvar”).
. Uma vez concluído o registro, onde encontro o formulário de inscrição do edital?
Agora que já tem o perfil de agente registrado, clique em “Editais” (na parte superior da tela do Mapa IBCV) e vá até o arquivo que aparece com o título em português (“Edital IberEntrelaçando Experiências – Etapa 2”). Na página seguinte você poderá baixar o regulamento do edital, assim como os anexos que devem ser preenchidos e enviados no ato da inscrição. O formulário aparecerá depois de clicar no título do edital e iniciar a inscrição.
. Como iniciar a inscrição?
Para iniciar sua inscrição, clique no campo de busca, localize o nome da pessoa física titular do registro (deve ser um agente pessoa física previamente cadastrado) e selecione a opção “Realizar inscrição”, disponível ao lado do campo de busca.
Complete as informações requeridas no formulário de inscrição. A qualquer momento é possível salvar os dados de sua inscrição utilizando o botão “Salvar” no canto superior direito. Feito isso, é possível sair da plataforma e continuar o preenchimento em outro momento (antes do término do período de inscrições).
A proposta será enviada para a participação no edital somente após o preenchimento de todos os campos do formulário e a inclusão de todos os anexos obrigatórios. Revise as informações antes de clicar em “Enviar inscrição”. Após o envio, não será possível editá-la. A plataforma exibirá a tela de confirmação do envio.
Confira as propostas disponíveis no Banco de Saberes: https://iberculturaviva.org/es-iberentrelazando-experiencias/
Confira o regulamento do concurso: https://bit.ly/2Ed7ewc
Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/81/
Consultas: programa@iberculturaviva.org
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Entrelaçando Experiências: as 25 propostas do banco de saberes que estarão disponíveis para intercâmbios
O Edital Entrelaçando Experiências, lançado pelo programa IberCultura Viva em 10 de dezembro de 2018, recebeu 25 propostas de capacitações e espaços de intercâmbio. Estas propostas, apresentadas por organizações e coletivos de cultura comunitária de nove países ibero-americanos, formarão um Banco de Saberes da Cultura Comunitária e estarão à disposição para serem compartilhadas com outros coletivos.
Organizações que tenham interesse em receber uma destas atividades em seu território devem fazer suas postulações na segunda etapa do edital, que terá inscrições abertas de 15 de maio a 30 de junho de 2019, na plataforma Mapa IberCultura Viva.
Na primeira etapa, que esteve aberta até 15 de março, organizações apresentaram uma experiência já desenvolvida em seu território e citaram o nome de uma ou duas pessoas facilitadoras desta proposta. Estas pessoas serão aquelas que vão ministrar a oficina ou outra atividade na comunidade interessada em participar deste intercâmbio.
A seleção das comunidades anfitriãs será realizada na segunda etapa de IberEntrelaçando Experiências. Durante o prazo de postulação, as organizações e coletivos dos países membros de IberCultura Viva (Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Cuba-país convidado, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, México, Peru e Uruguai) poderão eleger quais propostas do Banco de Saberes querem receber em seus territórios e entrar em contato com as pessoas facilitadoras para avançar na postulação da etapa 2.
Algumas dessas propostas são suscetíveis a mudanças para ajustar-se a diferentes espaços, públicos, disponibilidade de tempo e itinerários. Uma vez que ambas as partes estejam de acordo quanto à vontade do intercâmbio, deverão apresentar sua postulação como anfitriãs deste “entrelaçamento de experiências”. Poderão ser propostos intercâmbios entre organizações de um mesmo país ou entre países membros do programa.
As comunidades anfitriãs devem garantir a hospedagem, alimentação e traslados dentro do território para as pessoas facilitadoras convidadas, assim como a divulgação e produção da atividade. O programa IberCultura Viva se encarregará da compra de passagens aéreas e seguros de viagem para as pessoas facilitadoras do intercâmbio. Não haverá transferência de fundos para os projetos.
A avaliação das propostas estará a cargo do Comitê de Seleção, formado por integrantes do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva. Serão levados em conta na seleção critérios como a trajetória em projetos relevantes para a área cultural, especialmente em temas relativos à organização comunitária, ao desenvolvimento de políticas, a construção de cidadania e a valorização de identidades culturais. As propostas também devem incluir a perspectiva de gênero de forma transversal.
As ações de Entrelaçando Experiências serão realizadas entre agosto e dezembro de 2019. As 25 propostas que estão à disposição no Banco de Saberes estão detalhadas na aba “Intercâmbios” do site www.iberculturaviva.org.
A seguir, apresentamos a lista de propostas recebidas (clique no título para ver a proposta completa).
Argentina
1. Jogos de ritmo, criação coletiva e arte comunitária – Organização: La Bombocova
A metodologia “Jogos de ritmo”, combinada com as propostas de criação coletiva, busca consolidar grupos, assim como contribuir para a realização de ações artísticas comunitárias.
2. Oficina “Gestão e produção, uma arte imprescindível e quase sempre invisível – Organização: Matemurga de Villa Crespo
A proposta de trabalho partirá dos projetos que cada organização está desenvolvendo. Os conceitos teóricos serão trabalhados como suporte dos exercícios práticos na oficina.
3. Campanha Banco Vermelho – Organização: Asociación Civil Enlaces Territoriales para la equidad de género
A instalação de um banco vermelho numa praça é inaugurada com intervenções artísticas pela paz e conversas de conscientização para a eliminação da violência de gênero e o feminicídio.
Brasil
4. Janelas da memória – Organização: DocVozes
A proposta abarca a construção, o desenvolvimento e a exibição de um documentário no qual a comunidade local desempenha um processo de interlocução, participação e recepção.
5. Tecendo redes em Raposa – Organização: Instituto Maranhão Sustentável
A vivência propicia o intercâmbio de experiência sobre um lugar de cultura, um Pontão de Cultura, baseado em redes colaborativas, no sentido de divulgar seu modelo de atuação.
6. Puxirão musical – Intercâmbio de conhecimentos tradicionais – Organização: Ponto de Cultura Caiçaras
A proposta consiste em uma oficina de confecção de instrumentos musicais (rabeca e machete), rodas de prosa e mostra de filmes, oficina de toques e ritmos do Fandango Caiçara.
7. Ipadê – Encontros com Axé – Organização: Ile Aleketu Ijoba Bayo Ase Baru Orobolape
A comunidade religiosa propõe um encontro com vivências e conversas sobre o candomblé, os desafios da permanência e a difusão das culturas afrodescendentes na Ibero-América.
8.Oficina de formação sobre a experiência da ACA: Multiplicando saberes – Organização: Associação Comunitária do Amarelão – ACA
A oficina conta a experiência da associação que há 25 anos atua na Comunidade Indígena Amarelão e é uma referência para movimentos sociais no Rio Grande do Norte.
Colômbia
9. Teatro social sobre questões de gênero, suas raízes e suas transformações coletivas – Organização: Teatro del Presagio e Colectivo Mujeres de Fuego
O laboratório sobre gênero é uma adaptação de várias técnicas do Teatro do Oprimido e outras linguagens artísticas que busca analisar problemáticas vividas pelas participantes.
10. Ensino da música de gaitas e cantos tradicionais do Caribe colombiano – Organização: Fundación Mi Gaita de San Jacinto Bolívar
O projeto busca formar grupos de música de gaitas e tambores e dos cantos tradicionais (décimas, versos, zafra, vaquería) que são patrimônio cultural do município de San Jacinto.
Cuba
11. Roda tuas fantasias – Organização: Projeto Comunitário de Realização Audiovisual Infantil Rodando Fantasías/ Red Cámara Chica, Cuba.
Este programa de aulas ensina a crianças e adolescentes, pais e/ou tutores a contar suas experiências comunitárias a partir da realização audiovisual com novas tecnologias.
12. Maravilhas da Infância, Cultivador de Sonhos – Organização: Proyecto Sociocultural Comunitario Maravillas de la Infancia Cultivador de Sueños
A oficina busca o intercâmbio sobre projetos comunitários, comunidade, patrimônio e desenvolvimento para a transformação social. Pretende compartilhar visões e experiências práticas.
13. Raízes Profundas – Organização – Centro Sociocultural Callejón de Hamel
A atividade apresentará um leque representativo das principais religiões de origem africana presentes em Cuba. Serão realizados tronos alegóricos, oficinas de artes plásticas, dança e percussão.
14.Oficina do Projeto Comunitário Granjita Feliz – Organização: Proyecto Comunitario Granjita Feliz
A oficina apresenta a experiência desenvolvida pelo projeto no bairro de Guanabacoa, em Havana, abordando temas como agrobiodiversidade, arte e cultura para a transformação comunitária.
15. “Atrapa Sueños” – Organização: Proyecto Cultural Comunitario “Atrapa Sueños”
A proposta apresenta a experiência desenvolvida em Santos Suárez com “Atrapa Sueños”, um espaço cultural para criar, entreter-se, adquirir e fortalecer conhecimento desde, para e com a comunidade.
Equador
16. Desenvolvimento do Projeto Mapeate – Organização: Red de Gestores Culturales del Centro Histórico de Quito (REDGESCHQ)
O projeto de mapeamento propõe a criação de um guia de atores e gestores culturais do território, para facilitar a formulação de políticas públicas que beneficiem o setor cultural.
El Salvador
17. Oficina de ferramentas lúdicas para palhaços terapêuticos – Organização: Codacc San Vicente
A oficina busca compartilhar experiências de um “baú lúdico”, oferecendo ferramentas criativas para interagir com crianças ou idosos nas comunidades, hospitais ou asilos.
18. Escola Popular de Artes Cênicas – Teatro e Bloco Infantil – Organização: Codacc San Vicente/ Escuela Popular de Artes Escénicas Teatro Infantil
A proposta busca trabalhar a expressão oral e corporal das crianças em um bloco infantil que fala de seu entorno e da memória histórica da comunidade.
Espanha
19. Dance à tua maneira, o corpo como texto – Organização: Akántaros Asociación Cultural
A proposta consiste em criar um laboratório onde se reflexione e se coloque em prática a dança como manifestação de desfrute e o corpo como possibilidade de prazer, aprendizagem e brincadeira.
México
20. Oficina de cinema comunitário para crianças – Organização: CinemaTequio
A oficina parte do desejo comunitário de realizar um curta-metragem a partir de relatos de sua tradição oral. Durante o processo, as crianças participam em postos técnicos ou artísticos.
21. América Latina unida por uma voz – Organização: La Coyotera, radio comunitaria
Nesta oficina de rádio com enfoque de gênero, busca-se fortalecer o papel das mulheres nas rádios comunitárias, através da elaboração de produtos radiofônicos.
22. Circo Vaga-lume, circo social para crianças e adolescentes – Organização: Kóokay A. C.
Esta proposta pretende oferecer a formadores de circo social e artistas circenses uma série de ferramentas práticas e teóricas sobre a metodologia do circo social.
23. Seminário em Animação Sociocultural Comunitária – Organização: Colectivo CulturAula Comunidades Aprendiendo
Este seminário é um programa educativo voltado para membros de uma comunidade para reforçar suas capacidades de “autoemprego” e de incidência positiva através da arte e da cultura.
Peru
24. Dicionários Audiovisuais Comunitários (DAC) – Organização: La Combi-arte rodante
As oficinas DAC buscam trabalhar com comunidades uma série de ações para fortalecer e revitalizar suas línguas originárias através da aprendizagem de técnicas audiovisuais.
25. Comunicação para a ação – Organização: Cinco Minutos Cinco
As oficinas de criação de produtos audiovisuais estão voltadas para gerar mudanças, devidamente articuladas em um processo de incidência, ou capazes de gerar um.
Consultas: programa@iberculturaviva.org
(Foto no alto: Raízes Profundas, projeto do Centro Sociocultural Callejón de Hamel, de Havana, Cuba)
IberEntrelaçando Experiências: um banco de saberes de cultura comunitária para o intercâmbio de ações
As organizações culturais comunitárias e/ou os povos indígenas interessados em propor uma atividade de intercâmbio de saberes e experiências para serem compartilhadas com outros coletivos, comunidades e povos do Espaço Cultural Ibero-americano podem se inscrever a partir de hoje (10/12) no Edital IberEntrelaçando Experiências. A iniciativa lançada pelo programa IberCultura Viva busca tanto a construção de um banco de saberes da cultura comunitária como o desenvolvimento dessas propostas em territórios.
A primeira etapa, com vistas a construir e visibilizar um banco de saberes, tem o prazo de inscrições aberto de 10 de dezembro a 15 de março de 2019. As postulações são feitas por meio da plataforma Mapa IberCultura Viva e estão dirigidas a organizações culturais comunitárias e povos indígenas dos 22 países ibero-americanos(*).
A segunda etapa do edital, voltada para o desenvolvimento em território das propostas de intercâmbio de conhecimentos (ou seja, para “entrelaçar experiências”), terá início em 15 de maio e terminará em 30 de junho de 2019. Esta segunda fase, em que se realizará a seleção das comunidades anfitriãs, é destinada a organizações e coletivos dos 12 países integrantes do programa: Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Cuba (país convidado), El Salvador, Equador, Espanha, Guatemala, México, Peru e Uruguai.
As ações de IberEntrelaçando Experiências (os intercâmbios propriamente ditos) se darão entre agosto e dezembro de 2019 e consistirão na implementação da proposta selecionada do Banco de Saberes. Poderão ser propostos intercâmbios de saberes entre organizações e/ou povos indígenas de um mesmo país ou entre vários países membros do programa.
As comunidades anfitriãs deverão garantir hospedagem, alimentação e traslados dentro do território local da(s) pessoa(s) facilitadora(s) convidada(s), assim como a difusão e produção da atividade em território. O programa IberCultura Viva se encarregará da compra de passagens e seguros de viagem para a(s) pessoa(s) facilitadora(s) do intercâmbio. Não haverá transferência de fundos para os projetos.
Participantes
As organizações e povos indígenas dos países integrantes do programa poderão participar das duas etapas do edital. Coletivos sem personalidade jurídica podem inscrever-se apresentando uma carta aval assinada pelo representante governamental do programa IberCultura Viva em seu país. Os órgãos que respondem pelo programa em cada país (no caso do Brasil, a Secretaria da Diversidade Cultural do Ministério de Cultura) determinarão os critérios requeridos para a emissão de seu aval. (Nos países que não integram o Conselho Intergovernamental, poderão participar apenas as organizações que contem com pessoa jurídica.)
Na primeira etapa, as organizações e/ou povos indígenas deverão apresentar no Mapa IberCultura Viva as propostas que já desenvolvem em suas comunidades e desejam compartilhar com outros coletivos no Banco de Saberes. Por saberes e conhecimentos se entendem as experiências, práticas comuns, metodologias, tecnologias sociais, histórias das comunidades, saberes ancestrais ou tradicionais, entre outros, dos diferentes grupos que compõem a diversidade ibero-americana exercidas a partir da base territorial.
Posteriormente, para participar da segunda etapa, as organizações e/ou povos indígenas deverão eleger quais as propostas do Banco de Saberes gostariam de receber em seus territórios e entrar em contato com as pessoas facilitadoras. Uma vez que ambas as partes estejam de acordo sobre a vontade de realizar o intercâmbio, deverão apresentar suas postulações como anfitriãs.
A avaliação das propostas estará a cargo do Comitê de Seleção, formado por integrantes do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva. Serão levados em conta na seleção critérios como a trajetória em projetos relevantes para a área cultural, especialmente em temas relacionados com a organização comunitária, o desenvolvimento de políticas, a construção de cidadania e a valorização de identidades culturais. As propostas também devem incluir a perspectiva de gênero de forma transversal.
Antecedentes
Entrelaçando Experiências nasce na Argentina em 2014, como uma ação para o fortalecimento, intercâmbio e formação da Rede Nacional de Pontos de Cultura. Inspirado neste modelo, IberCultura Viva busca implementar uma proposta em nível regional para estimular a circulação de conhecimentos comunitários de forma horizontal entre organizações culturais comunitárias e povos indígenas, com o fim de difundir, potencializar e compartilhar os conhecimentos e as experiências que os coletivos vão adquirindo e desenvolvendo no dia a dia por meio de seu trabalho territorial.
**Os 22 países do Espaço Ibero-americano são Andorra, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Espanha, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.
Confira o regulamento do concurso: https://bit.ly/2Ed7ewc
Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/47/
Consultas: programa@iberculturaviva.org
Como se registrar no Mapa IberCultura Viva: https://iberculturaviva.org/manual/
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