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“Redes en la Red”: terceiro livro da coleção IberCultura Viva compila palestras de encontro de 2020
Em 09, out 2022 | Em Notícias | Por IberCultura
O maior evento realizado pelo IberCultura Viva desde o início de sua implementação, em 2014, ocorreu justamente no ano em que quase tudo parou. Em 2020, quando as ações de intercâmbio previstas no Plano Operativo Anual não puderam ser realizadas devido à pandemia de Covid-19, o Conselho Intergovernamental encontrou uma alternativa surpreendente: o 4º Encontro de Redes IberCultura Viva. Esta edição especial, realizada em modo virtual, durou 38 dias. Foram mais de 45 horas de transmissão ao vivo, iniciadas em 8 de setembro e finalizadas em 15 de outubro de 2020.
Três das palestras realizadas nesse período deram origem a um livro, “Redes en la red: Relatos del 4º Encuentro de Redes IberCultura Viva – Tomo I”, que será apresentado na próxima quarta-feira, 12 de outubro, na Feira de Saberes do 5º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, no Peru. O lançamento está marcado para as 11h (horário do Peru), no Parque Cívico de Santa Clara.
A publicação é o terceiro volume da coleção IberCultura Viva, que a Prefeitura de Medellín (Colômbia) desenvolve em parceria com o programa, no âmbito da Rede de Cidades e Governos Locais. Esta edição, agora apresentada em formato digital, com 85 páginas, resume as palestras “Gênero e cultura comunitária”, “Saúde comunitária”, “Educação popular, arte e transformação social”.
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Um segundo volume, com a sistematização de outras conversas, sintetizará as principais ideias e propostas apresentadas nas mesas “Estudos sobre cultura comunitária”, “Políticas culturais e cultura comunitária viva” e na discussão da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos (“Habitar territórios locais e cidades no novo normal”). Cada livro inclui as apresentações dos ministros, ministras e secretárias da Cultura que participaram, dividindo a publicação em ordem alfabética.
Ao longo de seus 38 dias de duração, o 4º Encontro de Redes apresentou uma conferência (que reuniu autoridades de ministérios e secretarias de Cultura de 8 países), 15 palestras, 3 seminários, 8 espetáculos de marionetes e um trabalho de animação. A programação contou, ainda, com a Mostra de Cinema Comunitário Ibero-americano, organizada pela Secretaria de Cultura do Governo do México. Nesta mostra foram realizados outros 5 conversatórios, 4 ciclos de cinema, 2 entrevistas, uma retrospectiva e uma oficina, num total de 83 curtas-metragens e 7 longas-metragens exibidos.
O evento teve uma grande diversidade de referências, com 110 pessoas convidadas como painelistas (numa proporção de 60% mulheres). Destes, 52 eram representantes de organizações culturais comunitárias, 4 representantes de povos indígenas e 54 representantes do governo. Além disso, foram organizadas instâncias de capacitação em conjunto com CRESPIAL, FLACSO e Ministério da Cultura do Peru, nas quais participaram 335 pessoas, e uma instância de participação social que teve 3 sessões com 30 pessoas.
. Para baixar: https://bit.ly/3EEQywX
Segundo livro da Coleção IberCultura Viva reúne textos sobre experiências de organizações culturais comunitárias
Em 10, out 2019 | Em Notícias | Por IberCultura
Em setembro de 2016, o programa IberCultura Viva lançou um edital de seleção de textos com o objetivo de organizar uma publicação de referência sobre políticas culturais de base comunitária na região ibero-americana. Esta chamada pública buscava recolher relatos de organizações culturais comunitárias que tivessem sido colaboradoras de políticas governamentais e que pudessem retratar diferentes experiências de participação e trabalho conjunto entre Estado e sociedade civil. Dos 15 artigos apresentados, 10 estão no livro Ideas de Cultura Comunitaria. Trabajos seleccionados en la convocatoria de textos IberCultura Viva 2016, já disponível na página web do programa.
A publicação, uma parceria da Alcaldía de Medellín (Colômbia) com o programa, é o segundo volume da Coleção IberCultura Viva. O primeiro livro apresentado foi Puntos de cultura viva comunitaria iberoamericana. Experiencias compartidas, uma compilação das experiências compartilhadas pelos participantes do 2º Encontro de Redes IberCultura Viva, realizado em Quito (Equador) em novembro de 2017. A edição conta com relatos de iniciativas de governos locais e de organizações culturais comunitárias que tiveram incidência no desenvolvimento políticas públicas locais.
Neste segundo livro, os textos selecionados (a maioria em português) abordam temas como a inovação social por parte dos Pontos de Cultura do Rio de Janeiro e o caráter e as práticas internacionalistas dos Pontos de Cultura do Brasil, e como o sentido de rede fez com que o ideário de Cultura Viva Comunitária e seus Pontos de Cultura se propagasse pelo mundo. Também apresentam iniciativas como o programa Favela Criativa, implementado pelo governo do estado do Rio de Janeiro, que se mostrou inovador ao fortalecer o protagonismo juvenil a partir da economia criativa, do fomento, da formação e circulação artística.
Os exemplos seguem pelas diferentes regiões do Brasil, com experiências como o processo de elaboração de uma cartografia do patrimônio cultural local de um bairro de Belém, no Norte do país; o empreendedorismo cultural que se viu na cidade de Serra Talhada, em Pernambuco, com o Museu do Cangaço; e a proposta de uma escola pública de São Paulo que buscou construir uma comunidade escolar democrática e participativa com práticas educativas pensadas a partir das matrizes culturais africanas e indígenas, formadoras do povo brasileiro.
Ademais, são apresentadas histórias como a de um grupo teatral que surgiu numa favela de Belo Horizonte, em Minas Gerais, com personagens e histórias inspiradas no dia a dia, e que deu origem a um Ponto de Cultura com teatro, biblioteca e salas destinadas a ensaios e cursos. Outro projeto relatado, resultado de uma colaboração entre uma associação de moradores de uma vila e um grupo de “poéticas universitárias” no Sul do Brasil, buscou adotar a noção de ecologia de saberes (proposta pelo sociólogo Boaventura de Sousa Santos) e contar com práticas colaborativas para intensificar os laços entre a comunidade, a universidade e a cidade.
Do Equador se toma como base um encontro de marimbeiros organizado por uma rede cultural para tratar temas como os processos de investigação da marimba e suas expressões. Por fim, da Galícia (Espanha) vem a história de uma associação que se dedica a trabalhar com jovens da região desenvolvendo projetos nascidos de iniciativas trazidas por eles. A ideia surgiu como forma de pensar o que fazer com o tempo livre e o tempo de ócio, e as ações se sustentam por três metas ordenadoras que dão identidade ao trabalho do coletivo: entreter, motivar e educar.
A difusão de experiências por meio de registros de boas práticas e sistematizações é um dos eixos do Grupo de Trabalho de Governos Locais, formado em Quito em 2017 para a articulação da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. Estas compilações de experiências, que deram início a uma coleção “iber”, pretendem ser um espaço de encontro para incentivar mais cidades e governos locais a seguir se encontrando e se (re)conhecendo no caminho da cultura viva comunitária.
(Fotos: o Museu do Cangaço de Serra Talhada, em Pernambuco, é tema do artigo de Karl Marx Santos Souza, que abre o livro “Ideas de Cultura Comunitaria”)
Para baixar a versão digital de “Ideas de Cultura Comunitaria”:
https://iberculturaviva.org/wp-content/uploads/2019/10/LibroDigital_Interactivo.pdf
**Encontre outros livros sobre cultura comunitária no site www.iberculturaviva.org. Acesse “Documentos” no menu e depois, “Livros”. A página web também reúne artigos, dissertações de mestrado e teses de doutorado sobre o tema (clique em “Documentos” e depois “Artigos”).
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