Seminário Internacional na Cidade do México debaterá Cultura Viva Comunitária na América Latina

Edital de Mobilidade do IberCultura Viva 2025 para o  6º Congresso Latino-Americano de Culturas Vivas Comunitárias está com inscrições abertas até 17 de fevereiro e possibilita participação no evento

O Seminário Internacional “Cultura Viva Comunitária – Uma Escola Latino-Americana de Políticas Culturais” tem como propósito aprofundar os debates sobre gestão cultural e ações de Cultura Viva Comunitária, explorando experiências, desafios e práticas de organizações, cidades e países da América Latina. O evento acontecerá de 8 a 10 de abril de 2025, na Cidade do México.

O Seminário faz parte do percurso da Caravana Quetzalcóatl, uma iniciativa do movimento latino-americano de Cultura Viva Comunitária, que passará por territórios como Costa Rica, Chiapas, Tamaulipas, Guadalajara e Cidade do México, entre 21 de março e 10 de abril.

O encontro abordará a trajetória das políticas culturais inspiradas nos conceitos de Pontos de Cultura e Cultura Viva Comunitária, assim como o papel das iniciativas de base comunitária na revitalização do tecido social e cultural. O Seminário será aberto a todas as pessoas interessadas, e o formulário de pré-inscrição estará disponível em breve. Para solicitar uma carta-convite, entre em contato pelo e-mail info@institutocvc.org.

Para a presidenta do IberCultura Viva, Márcia Rollemberg, o Seminário é um marco estratégico para fortalecer a cooperação entre países e sociedade civil. “As políticas de Cultura Viva nasceram de baixo para cima, impulsionadas pelo protagonismo das comunidades e suas redes de solidariedade e resistência. Cabe ao Estado manter uma escuta ativa para garantir que esses processos sigam fortalecendo os direitos culturais, a democratização e os Pontos de Cultura”.

Márcia pontua que “diante dos desafios socioambientais, os grupos culturais comunitários não só resistem, mas propõem soluções ancestrais, enraizadas no território, que apontam caminhos inovadores para enfrentar crises e desigualdades. Para avançarmos, é essencial conectar saberes acadêmicos e ancestrais, fortalecer redes de apoio e envolver todos os setores da sociedade. Para isso, manter a capacidade de diálogo e debate é fundamental. Cultura Viva Comunitária é transformação social.”

Oportunidade de participação
Os interessados em participar do Edital de Mobilidade 2025 do IberCultura Viva, que também permite a participação no Seminário, podem acessar todas as informações AQUI.

O consultor de Redes e Formação do IberCultura Viva, Diego Benhabib, detalha que: “Além de apoiar a participação de representantes de organizações culturais comunitárias, povos indígenas e comunidades afrodescendentes no 6º Congresso Latino-Americano de Culturas Vivas Comunitárias, que será realizado de 11 a 16 de abril em Cherán K’eri e Morelia, Michoacán (México), os selecionados também poderão participar do Seminário na Cidade do México”.

Podem se inscrever tanto pessoas físicas quanto organizações dos 13 países membros do IberCultura Viva: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.

O valor total destinado é de 60.000 dólares americanos, que serão utilizados para a compra de passagens aéreas, seguro de viagem, inscrição dos representantes selecionados e custos bancários associados a essas ações.

🗓 Prazo final para envio das solicitações: 17 de fevereiro de 2025, às 23h59 (horário de Buenos Aires, Argentina).

Mais informações sobre o Seminário
Entre os temas que serão abordados no encontro, estão:

• Formação de agentes culturais na administração pública.
• Relação entre Cultura Viva Comunitária e políticas públicas.
• Participação social na formulação e avaliação de políticas culturais.
• O conceito de Bem Viver como eixo para o desenvolvimento comunitário.

O Seminário será um espaço de intercâmbio e reflexão, consolidando estratégias para o fortalecimento das políticas culturais de base comunitária e contribuindo para o debate global sobre cultura e desenvolvimento.

“O Seminário tem um caráter intersetorial, reunindo gestores públicos de diversos países da América Latina e Ibero-América, além de organizações culturais comunitárias, sociedade civil, Pontos de Cultura e acadêmicos que contribuem na construção dessas políticas. Mais do que gerar políticas públicas, esse processo fortalece o conhecimento e o pensamento conceitual sobre o desenvolvimento cultural, posicionando o Brasil e a América Latina como referências globais. A proposta é refletir sobre esse cenário e destacar a importância de uma construção compartilhada entre governo, sociedade e academia. A Fundação Casa de Rui Barbosa se orgulha de apoiar esse processo, que faz parte de um planejamento anual no qual a Cultura Viva também será tema central na 14ª edição do nosso Seminário Internacional de Políticas Culturais”, afirmou Alexandre Santini, presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa.

Para a secretária técnica do IberCultura Viva, Flor Minici, os Pontos de Cultura na América Latina representam mais do que um programa cultural: são uma proposta de política pública voltada para o desenvolvimento cultural comunitário baseada no conceito de cidadania cultural. “Isso implica no desafio de construir uma comunidade organizada, na qual governo e sociedade civil se unem para transformar o Estado. Estamos falando de um Estado poroso e permeável, que se transforma a partir das demandas e da participação da sociedade”, afirmou.

O Seminário buscará aprofundar o debate sobre as perspectivas, desafios e experiências das políticas culturais de base comunitária, promovendo o diálogo entre organizações, cidades e países da América Latina. Será um espaço de intercâmbio sobre gestão cultural e Cultura Viva Comunitária, fortalecendo a articulação regional e promovendo o crescimento dessas políticas no continente.

“O Seminário é fundamental para o fortalecimento da democracia no continente e dos processos de Cultura Viva Comunitária. Está vinculado à necessidade de desenvolver processos transformadores que também impactem a institucionalidade e o tipo de Estado que precisamos construir em nossa região. Nesse sentido, os resultados serão um insumo essencial para estratégias e iniciativas nos próximos anos. O encontro contribuirá para consolidar processos de desenvolvimento comunitário e políticas públicas que permitam construir uma sociedade mais igualitária e solidária, com um modelo de desenvolvimento alternativo ao extrativismo, à precarização e à pobreza”, destacou Eduardo Balán, do Instituto Latino-Americano de Promoção da Cultura Viva Comunitária.

Organização e parcerias
O encontro, organizado pelo Instituto Latino-Americano de Cultura Viva Comunitária, conta com a parceria de diversas instituições, entre elas:

• Redes de Gestión Cultural (RGC)
• Caravana Quetzalcóatl
• Programa IberCultura Viva
• Fundação Casa de Rui Barbosa / MinC
• Secretaria de Cultura da Cidade do México
• Universidade Autônoma da Cidade do México (UACM)
• Lab Cultura Viva – Extensão UFRJ
• Secretaria de Cultura do Governo do México
• Centro Cultural da Espanha na Cidade do México
• Cátedra UNESCO de Políticas Culturais e Gestão
• Pontão de Cultura Areté
• FLACSO-Argentina
• Administração Provincial de Barcelona