07 outubro 2025

Construir pontes entre territórios é também uma forma de criar futuro. A publicação “Programas Ibero-Americanos de Cooperação Cultural: diálogo, solidariedade e incidência para as políticas culturais ibero-americanas” reflete justamente essa vocação: fortalecer vínculos, estimular o aprendizado mútuo e consolidar redes vivas entre comunidades e governos da região.

Lançada durante a Culturópolis 2025, no marco da Mondiacult, em Barcelona, a obra é uma iniciativa do Espaço Cultural Ibero-Americano da SEGIB, co-coordenada por Mônica Barcelos (Programa Ibermuseus), Sara Díez Ortiz de Uriarte (SEGIB) e Paola de la Vega (gestora cultural independente).

Reunindo artigos de oito programas ibero-americanos de cooperação, a publicação apresenta experiências que, em diferentes áreas da cultura, promovem intercâmbios, oportunidades de formação e projeção, fortalecendo a incidência das políticas culturais nos territórios.

Entre os destaques, estão as entrevistas com Margareth Menezes, ministra da Cultura do Brasil, María Eugenia Herrera, ministra do Panamá, Jordi Martí Grau, secretário de Estado de Cultura da Espanha, e Paulina Soto Labbé, pesquisadora e política chilena. Suas falas reconhecem o papel estratégico desses programas na integração cultural ibero-americana e na construção de um espaço comum de solidariedade e diversidade.

O IberCultura Viva participa da obra com um artigo que reflete sobre a inovação do modelo de cooperação pública-comunitária e o protagonismo das organizações culturais como motor de transformação social:

“A proposta do IberCultura Viva é precisamente essa: reconhecer e fomentar, por meio da política pública, o protagonismo das organizações culturais comunitárias como expressão legítima da diversidade cultural e como motor de transformação social. (…) É nessa tensão que reside a inovação do modelo: um programa de cooperação internacional que opera não de cima para baixo, mas a partir da base, com autonomia, participação social e construção coletiva.”

Ao celebrar os 35 anos da Conferência Ibero-Americana e os 20 anos da SEGIB, a publicação reafirma a importância da cooperação cultural como caminho de diálogo, solidariedade e incidência nas políticas públicas, abrindo novas veredas para um futuro mais justo, vivo e comunitário.