Territórios em movimento, redes ampliadas e políticas públicas cada vez mais conectadas com a realidade comunitária
Passado o Carnaval, entramos no terceiro mês do ano com energia renovada e o compromisso inabalável de fortalecer as políticas culturais de base comunitária nos países do Espaço Ibero-americano. O ano já começou com força e participação massiva, reafirmando que a cultura viva comunitária não só resiste, mas avança, cresce e transforma realidades.
A edição de 2025 da Pós-Graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária, realizada em parceria com a FLACSO Argentina, bateu recorde: foram 1029 candidaturas para 104 bolsas, um salto expressivo em relação a 2024, que teve 625 inscritos. Esse crescimento reflete o crescente interesse por políticas públicas comprometidas com os territórios e com a democratização do acesso à formação.
O Edital de Mobilidade 2025, voltado ao apoio para participação no 6º Congresso Latino-americano de Culturas Vivas Comunitárias (11 a 16 de abril, em Michoacán, México) e no Seminário Internacional “Cultura Viva Comunitária – Uma Escola Latino-Americana de Políticas Culturais” (8 a 10 de abril, na Cidade do México), também superou expectativas: foram 286 candidaturas, o maior número já registrado. Esse engajamento demonstra a potência da articulação comunitária e o desejo de fortalecer redes de troca e colaboração entre os povos.
Avançamos porque estamos juntas e juntos
A cultura de base comunitária segue crescendo e afirmando-se como campo estratégico na construção de sociedades mais justas, diversas e solidárias. O IberCultura Viva vai de mãos dadas com esse movimento e comprometido em fortalecer as redes culturais como espaços de construção coletiva e transformação social.
Em 2025, nosso desafio é ainda maior: ampliar a cooperação entre os países, fortalecer a adesão de municípios à Rede de Cidades e Governos Locais, criar uma Rede Educativa que conecte saberes ancestrais, populares e acadêmicos, expandir o protagonismo da cultura da infância e reconhecer mestres e mestras – verdadeiros tesouros vivos que sustentam e multiplicam os saberes dos povos.
Seguimos atentas e atentos às urgências do nosso tempo: justiça climática e socioambiental, defesa da cultura como direito e fortalecimento das políticas públicas como instrumento de transformação. Vamos longe porque vamos juntas e juntos: pés no território e o olhar no horizonte!