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Nicolás Roibás é o novo presidente do Conselho Intergovernamental
Em 19, out 2017 | Em Notícias |
O Conselho Intergovernamental do Programa IberCultura Viva tem desde setembro um novo presidente: o argentino Nicolás Roibás. Ex-diretor de Relações Institucionais do Ministério de Cultura da Argentina, ele assumiu há um mês a Subsecretaria de Cultura Cidadã do Ministério, e por isso agora responde também pela presidência deste programa de cooperação intergovernamental vinculado à Secretaria Geral Ibero-americana (Segib).
“É uma honra para a Argentina ocupar a presidência do IberCultura Viva porque isso reflete também a seriedade com que se vem trabalhando, e a confiança dos países que integram o programa. Estamos muito contentes”, afirmou Roibás ao final da 7ª Reunião do Conselho Intergovernamental do IberCultura Viva, realizada em Lima nesta segunda-feira, 16 de outubro, um dia após o encerramento do 2º Encontro Nacional de Pontos de Cultura do Peru.
Apresentado aos representantes governamentais de seis países (Chile, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Peru e Uruguai) que estavam na reunião promovida na sede central do Ministério da Cultura do Peru, Roibás se mostrou entusiasmado com o intercâmbio de experiências e metodologias que vem ocorrendo entre os gestores públicos dos países membros do programa. “Se vê um âmbito de muito companheirismo e trabalho em equipe”, observou.
Estrutura
Antes que o mandato de três anos de duração passasse para a Argentina, a presidência do IberCultura Viva era exercida pela figura que estivesse à frente da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura do Brasil (SCDC/MinC). A transferência do Brasil para a Argentina — tanto da presidência como da Unidade Técnica — se deu em junho, após os acordos firmados na 6ª Reunião do Conselho Intergovernamental, em Montevidéu (Uruguai).
No Ministério da Cultura da Argentina, a Subsecretaria de Cultura Cidadã depende da Secretaria de Cultura e Criatividade e tem o objetivo de apoiar na difusão da atividade cultural nacional. São seus dependentes diretos os seguintes organismos: Direção Nacional de Diversidade e Cultura Comunitária (onde está o Programa Puntos de Cultura); Direção Nacional de Formação Cultural; Entornos Criativos; Direção Nacional de Gestão e Programação, e Casa Central de la Cultura Popular.
Sobre a versão local do Programa Pontos de Cultura, coordenado por Diego Benhabib (ponto focal da Argentina em IberCultura Viva), Roibás contou que “as perspectivas são boas”. “Houve coisas importantes este ano, como a formação da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura, os encontros regionais… Isso dá um âmbito de conversa, de intercâmbio, que é muito positivo”, destacou, ressaltando que de fato o programa “veio crescendo muito”.
“O desafio agora é também trabalhar de forma transversal com outros ministérios, como o Ministério de Desenvolvimento Social ou o Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social. Há muito interesse por parte destes organismos de trabalhar com a Rede de Pontos de Cultura em distintas iniciativas. Por nossa parte, há o desafio de articular para que isso aconteça e que seja muito benéfico para toda a rede”.
Trajetória
Nascido na cidade de Buenos Aires em 29 de dezembro de 1984, Nicolás Roibás se formou como advogado na Universidade Católica Argentina em 2009. Um ano antes ingressou no Governo da Cidade de Buenos Aires, como assessor de Relações Institucionais da UPE Puertas del Bicentenario, unidade a cargo da organização dos festejos pelos 200 anos da Revolução de Maio. Em 2011 entrou no Sistema de Meios Públicos do Governo da Cidade de Buenos Aires, estando a cargo da área de comunicações e imprensa da LS1 Radio Ciudad.
Em 2016, foi designado como diretor geral de Relações Institucionais do Ministério de Cultura da Nação. No organograma, a Direção Geral de Relações Institucionais está ligada diretamente à unidade do ministro da Cultura, Pablo Avelluto. “Como a direção era transversal a todo o ministério, eu tinha ideia dos temas, mas assumir esta Subsecretaria é um desafio impressionante”, destacou Roibás, mencionando também o contentamento por encontrar dentro do ministério “gente muito capaz”.
Desafios
À Subsecretaria de Cultura Cidadã compete, entre outras funções: 1) planejar, organizar e executar apresentações dos corpos artísticos próprios e de outros criadores, artistas, e especialistas convocados para isso, promovendo sua circulação em todo o país; 2) promover a produção interdisciplinar dos Organismos Estáveis, contribuindo para seu posicionamento como referências de experimentação, formação de organismos regionais de similares características, de público e artistas de todo o país; 3) articular e gerir conteúdos e projetos para a programação de espaços culturais.
“Argentina é um país muito grande, e uma das nossas prioridades é poder aproximar as pessoas da cultura onde ela se encontra”, ressaltou o subsecretário durante a 7ª Reunião do Conselho Intergovernamental. “Que não seja condicionante o lugar onde tenha nascido, e sim que todos estejam em igualdade de condições para ter acesso à cultura”.