Nome do projeto: Diálogos del Mazapán 2ª etapa
Nome da rede ou articulação: Frente Cultural Calderón
Organização responsável: Corporación Cultural Intipak Churi
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 Este ano, as artesãs do mazapán da paróquia rural do Calderón, ao norte de Quito (Equador), bordarão un cavalinho de mazapán gigante, de quase um metro, enquanto contam sua história a todos e todas que queiram escutá-las, nesta terça-feira, 2 de novembro, no percurso que se realizará pelos cemitérios de Calderón. O projeto “Diálogos de Mazapán II”, que busca recuperar a memória do mazapán e dos rituais funerários, foi um dos selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Trabalho Colaborativo 2021.
Este ano, as artesãs do mazapán da paróquia rural do Calderón, ao norte de Quito (Equador), bordarão un cavalinho de mazapán gigante, de quase um metro, enquanto contam sua história a todos e todas que queiram escutá-las, nesta terça-feira, 2 de novembro, no percurso que se realizará pelos cemitérios de Calderón. O projeto “Diálogos de Mazapán II”, que busca recuperar a memória do mazapán e dos rituais funerários, foi um dos selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Trabalho Colaborativo 2021. 
As artesãs e os artesãos do mazapán, assim como a tradição que comporta sua elaboração e suas diversas manifestações culturais, foram reconhecidos em 2018 como parte do patrimônio cultural imaterial do Equador. As figuras de mazapán são elaboradas à base de farinha, com goma, cores vivas provenientes de tintas naturais e variadas formas. Esta preparação vem desde 1938, quando se criou a primeira figura que tem permanecido no tempo.
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Articulação
O projeto “Diálogos do Mazapán II”, que resultou selecionado no edital de IberCultura Viva, foi apresentado pela Frente Cultural Calderón, um tecido de artistas, gestores e coletivos artístico-culturais de Calderón que trabalha para o desenvolvimento de sua identidade, memória e patrimônio através das artes e da cultura. A frente vem trabalhando desde 2018 com mais de 15 coletivos, gerando processos culturais, festivais e cursos de férias, entre outras atividades, principalmente em Calderón, uma paróquia rural situada ao norte de Quito, assentamento do povo Kitu Kara, e também em outras paróquias, como Carcelén, Santa María, Tumbaco.
Esta articulação de coletivos tem trabalhado pela valorização da língua kichwa, o resgate de tradições locais e memória social, artesanato, comidas típicas, recuperação histórica e turismo. Seus processos têm como foco também o cuidado do tramo do Caminho do Qhapac Ñan (uma extensa rede de caminhos aperfeiçoada pelos incas) no bosque seco de Jalumkilla, onde realizam preservação, minga comunitária e empreendimentos para beneficio da economia local.
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Organizações
A Corporação Cultural Intipak Churi, que é a organização responsável do projeto da frente, nasce em 2008 (com personalidade jurídica em 2020), com a finalidade de criar e dançar, reafirmando sua herança cultural, “para manter e dar vida à memória de um povo cheio de contrastes e cores únicos, vivências e tradições ancestrais”, como contam na postulação que fizeram para o edital de IberCultura Viva.
A corporação apresenta este projeto em articulação com Saga – Visual Escénico, “grupo visual cênico multidisciplinar” que foi fundado em 2016 e que trabalha com uma associação de artesãs do mazapán, além da Rede Cultura Viva Comunitaria Ecuador, que desde 2015 vem trabalhando para visibilizar, fortalecer e articular artistas, gestores e coletivos culturais que trabalham de forma independente e comunitário.
- Fotos: Inti Pak Churi
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Projeto
Um diálogo entre o mazapán e a memória viva das mestras é o que propõe este passeio com início marcado para as 8h deste 2 de novembro, tendo como ponto de encontro o Parque de Calderón. A ideia é contar a história do mazapán do ponto de vista das artesãs da “época dourada” com a elaboração de uma guagua de rabo gigante de “Caballito”, figura emblemática, que ficará como antecedente patrimonial e registro de sua técnica e traspaso a novas gerações. Depois serão visitados os cemitérios indígenas das comunas de Calderón e se realizará a cerimônia de 2 de novembro como se fazia em épocas passadas, de rezar para os mortos com a figura de mazapán, tradição que está a ponto de desaparecer.
 O projeto tem como objetivo geral preservar a memória social e tradição do mazapán através da construção de figuras e seus rituais funerários. Além de articular o trabalho de artesãs, coletivos artístico-culturais e empreendimentos locais para o fortalecimento da atividade cultural das comunas de Calderón, pretende-se preservar a memória, o conhecimento e o traspaso geracional da tradição do mazapán a partir de 10 artistas-artesãs da chamada “época de ouro”. Também se pretende recuperar a memória do caminho do Qhapac ñan, onde se localizam os cemitérios indígenas das comunas.
O projeto tem como objetivo geral preservar a memória social e tradição do mazapán através da construção de figuras e seus rituais funerários. Além de articular o trabalho de artesãs, coletivos artístico-culturais e empreendimentos locais para o fortalecimento da atividade cultural das comunas de Calderón, pretende-se preservar a memória, o conhecimento e o traspaso geracional da tradição do mazapán a partir de 10 artistas-artesãs da chamada “época de ouro”. Também se pretende recuperar a memória do caminho do Qhapac ñan, onde se localizam os cemitérios indígenas das comunas.
O mazapán é principalmente uma atividade de mulheres, que se dedicaram a esta arte passando de geração a geração para seu tempo livre, para rezar e posteriormente também como uma base econômica para suas casas. Com o propósito de reconhecer às mulheres com o conhecimento mais ancestral, as avós maiores de 70 anos, a primeira atividade prevista no projeto “Diálogos do Mazapán II” foi o mapeamento e localização das artistas-artesãs que viveram o que consideram a “época dourada” e que ainda residem na paróquia de Calderón. Para esta primeira semana de novembro, além da realização do percurso pelos cemitérios, estão previstas a recopilação e a edição de registros audiovisuais para a elaboração de um documentário.
Fotos: Inti Pak Churi
 
                         
                    

 
                             
                             
                             
                             
                             
                             
                     
                     
                    