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Seminário de gestão cultural comunitária reúne organizações da província de Imbabura, no Equador
Em 18, jun 2018 | Em Notícias |
Mais de 30 representantes de organizações culturais da província de Imbabura participaram do seminário “Introdução à Gestão Cultural Comunitária”, realizado nos dias 14 e 15 de junho no Complexo Cultural Fábrica Imbabura, no cantón Antonio Ante, no Equador. O encontro é parte das atividades de formação que contam com o apoio do programa IberCultura Viva.
Gabriel Cisneros, subsecretário de Empreendimentos, Artes e Inovação dol Ministério de Cultura e Patrimônio, inaugurou o seminário destacando a necessidade de capacitar os gestores culturais, de fortalecer a cultura a partir dos territórios e de pensar em novas dinâmicas em nossa relação com a natureza.
“As políticas públicas sem consenso cidadão são vagas enunciações”, afirmou Cisneros. “Corresponde a vocês começar a tecer-se como uma rede de cultura viva, e a partir de tecer esta rede ir pensando em uma perspectiva de futuro. O que entendemos por desenvolvimento? Qual é a forma de desenvolvimento que queremos para nossa comunidade? Como vamos velar por garantir nossa identidade diversa, includente e intercultural?”
Criar uma rede de cultura viva comunitária na província de Imbabura, inclusive para aspirar a uma política pública, seria o desafio das organizações presentes. “Esta oficina é um chamado para que vocês construam um processo de vida em que a cultura é toda defesa da vida”, comentou o subsecretário. “Porque no século 21, quando temos uma convergência de crises (alimentar, de aquecimento global, econômica, etc), é impossível pensar a questão cultural sem um pressuposto de defesa da vida, dos direitos humanos e da natureza.”
Participaram do encontro representantes das associações Centro Cultural Baila Bonito, Wawa pan Fest, Peguche Artistas Plásticos, coletivo Asiris Vibrant Village e o grupo de música andina contemporânea KAY. A oficina ficou a cargo do guatemalteco-colombiano Doryan Bedoya, professor com 20 anos de experiência em gestão cultural, que buscou contar histórias para que as organizações se reconhecessem e trocassem experiências e propostas.
O seminário foi promovido em duas jornadas, nas quais foram tratados temas como o fortalecimento de capacidades de gestão e a articulação em rede das organizações culturais de base comunitária e povos originários, a fim de potenciar suas iniciativas e sua participação em modelos de gestão cultural, políticas e trabalho colaborativo.
Para agosto está prevista a realização de um segundo seminário na mesma província, sobre “novas formas de produção cultural”, para discutir temas como as novas agendas culturais; o uso das tecnologias e a relação com os movimentos culturais comunitários; os novos coletivos e novas identidades.