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05

nov
2021

Em Notícias

Comunicação comunitária e autocuidado: os dois projetos do México selecionados no Edital de Apoio a Redes 2021

Em 05, nov 2021 | Em Notícias |

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Nome do projeto: Laboratorio Nómada de Registro Documental del “Gran Nayar y Tunal”- Arte y ciencia para la reflexión socio-cultural. Edición Durango.

 Nome da rede ou articulação: Red Transdisciplinaria para la Investigación, Protección y Difusión del Patrimonio Biocultural e Inmaterial en México.

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O Laboratorio Nómada de Registro Documental del “Gran Nayar y Tunal, que se realizará de maneira gratuita de 15 de novembro a 15 de dezembro, é um programa de formação sobre comunicação comunitária dirigido a mulheres e homens de 18 a 40 anos, pertencentes a comunidades vizinhas de Brasiles, El Mezquital (Durango, México). As pessoas interessadas em participar têm até esta sexta-feira, 5 de novembro, para se inscrever. O número de vagas está limitado a 25 participantes.

Além de oferecer ferramentas em uma oficina teórico-prática sobre elaboração e execução de projetos de comunicação comunitária, a iniciativa tem como objetivo realizar um registro documental (visual, sonoro, audiovisual) de lugares sagrados e de expressões da tradição oral de povos originários em Durango, que permitam gerar produtos de comunicação e acervos culturais a partir da participação e do olhar comunitário.

O laboratório se propõe como um espaço para a identificação, documentação, registro e proteção de expressões culturais tradicionais, por meio de produtos de comunicação participativa. O projeto consta de três diferentes etapas, onde serão abordados temas como proteção do patrimônio, cartografias participativas, narrativas audiovisuais e direitos de autor. 

O programa didático foi trabalhado com a União de Comunidades Indígenas Huicholas de Durango, como uma forma de estabelecer os temas de maior relevância, para fortalecer habilidades que considerem pertinentes para a salvaguarda do patrimônio biocultural e imaterial da região. A ideia é que, com este programa, as comunidades possam criar produtos de comunicação que ajudem a fortalecer a identidade coletiva da localidade/região, e produtos que também possam ser utilizados em escolas, preparatórias e outros que possam incidir no diálogo intercultural, tornando-se uma ferramenta pedagógica.

Foto: Unión de Comunidades Huicholas de Durango

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Articulação

A proposta foi apresentada ao Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021 pela Red Transdisciplinaria para la Investigación, Protección y Difusión del Patrimonio Biocultural e Inmaterial en México. Participam da iniciativa as seguintes organizações: CIRCULAR, Gestión y Difusión de Proyectos Culturales, Siguiendo las huellas del venado, Unión de Comunidades Indígenas Huicholas de Durango, A.C., e Creatividad y Cultura Glocal, A.C.

Estas organizações têm feito vários projetos em colaboração, e se estabeleceram oficialmente como rede em função deste edital. A rede se apresenta como um grupo de agentes culturais interessados em pesquisa e gestão sobre o patrimônio biocultural e imaterial no México, criado para impulsionar projetos comunitários de pesquisa e ação participativa. Seu principal objetivo é desenhar projetos junto com as comunidades locais, que permitam fortalecer as expressões e práticas culturais de seus territórios.

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Onde se inscrever: https://www.circular.org.mx/actividades/laboratorio-nomada-de-registro-documental-edicion-durango

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Nome do projeto: “Encomunarte”– Cultura de la Salud y el Buen Vivir

Nome da rede ou articulação: Red de Cultura Viva Comunitaria de Jalisco

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Três oficinas, um conversatório e uma aula de autodefesa estão na programação de novembro do projeto “Encomunarte – Cultura da saúde e do bem viver”, dirigido a mulheres indígenas da colônia 12 de Diciembre, en Zapopan (Jalisco, México). Este “programa de cultura comunitária, arte, desenvolvimento humano e resiliência”, que terá atividades também em dezembro e janeiro de 2022, foi apresentado ao Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021 pela Rede de Cultura Viva Comunitária de Jalisco. 

A atividade que será realizada nesta sexta-feira, 5 de novembro, é uma oficina sobre autogestão, autonomia e mecanismos para a defesa dos direitos das mulheres. Para o dia 16 de novembro está prevista uma oficina sobre ferramentas para empreender um pequeno negócio, e para o dia 19 de novembro, uma oficina sobre trabalho colaborativo e organizado entre mulheres. A aula de autodefesa será no dia 10 de novembro. A programação do mês se encerrará com o conversatório “Mulheres que sabem juntas fazer comunidade”, em formato híbrido (presencial e com transmissão em vivo), no dia 30. 

Em dezembro, um programa de autocuidado para mulheres se dará por meio de três oficinas, nos dias 1, 7 e 10. Em 18 de dezembro se realizará a “Posada Comunitaria”, um festival com música ao vivo, poesia, contação de histórias, postos de comida, etc. Por fim, em janeiro, nos dias 11, 13 e 18, será a vez de três oficjnas lúdicas, artísticas e educativas para crianças.

O programa “Encomunarte 2021” se apresenta com seis objetivos: 1) Gerar e fortalecer processos comunitários entre mulheres e crianças através de atividades educativas, lúdicas, artísticas e culturais; 2) Fortalecer a identidade cultural de mulheres e crianças; 3) Sensibilizar as novas gerações sobre a riqueza cultural de sua comunidade; 4) Contribuir para a construção deste sentido de identidade que os povos das comunidades dão a si mesmos; 5) Promover a cultura do bem viver como um detonante do desenvolvimento comunitário sustentável; 6) Empoderar as mulheres indígenas da comunidade na autogestão e autonomia para decidir sobre suas vidas.

As mulheres da colônia 12 de Diciembre são de diferentes povos originários: purepechas, mazahuas, triquis, nahuatl, wirraricas, mayas, entre outros. As atividades que integram as oficinas foram desenhadas para alcançar a inter-relação entre estas mulheres de origens culturais diferentes, que chegaram à zona conurbana de Zapopan em busca de novas oportunidades de desenvolvimento. As propostas incluem tanto práticas  mais tradicionais (preparar alimentos, por exemplo) como experiências com realidade aumentada (adaptando os recursos tecnológicos à vida cotidiana), que buscam fortalecer a identidade cultural e o diálogo. 

Com estas atividades se espera melhorar a convivência entre vizinhos e vizinhas, através da reativação e recuperação dos espaços públicos da comunidade, assim como fortalecer os saberes comunitários, reconhecer os ofícios tradicionais e quem os mantêm vigentes, além de diminuir as violências contra as mulheres da comunidade.

 Nascida em 2014 na cidade de Guadalajara, a Rede de Cultura Viva Comunitária de Jalisco, responsável pelo projeto, se apresenta como uma rede colaborativa integrada por organizações culturais de base comunitária, pessoas aliadas que se somam ao fortalecimento da cultura comunitária e de seus processos derivados. Participam desta proposta ganhadora do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes: a Red de Promotoras de los Derechos de las Mujeres Indígenas en Jalisco (Red PRODEMI A.C.), a iniciativa Raíces del Verso e a ONG Más Música, Menos Balas Guadalajara.