Editais
48 candidaturas foram habilitadas no concurso Sabores Migrantes Comunitários
(Foto: Lucía Lin)
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Histórias de receitas e práticas culinárias narradas por pessoas provenientes de 10 países ibero-americanos concorrem aos 16 prêmios da edição 2021 do concurso Sabores Migrantes Comunitários. As inscrições estiveram abertas na plataforma Mapa IberCultura Viva entre 13 de setembro e 30 de novembro, período em que foram enviadas 48 postulações. Todas foram consideradas habilitadas e passam à segunda etapa do processo de avaliação. O resultado final será publicado entre a segunda e a terceira semana de dezembro.
Lançada de maneira colaborativa pelos programas de cooperação IberCultura Viva, Iber-Rutas e IberCocinas, esta convocatória foi destinada a pessoas maiores de 18 anos de origem ibero-americana, a título pessoal ou em representação de iniciativas comunitárias, que vivem em um país diferente de seu país de origem, ou sejam descendentes de pessoas migrantes até segundo grau de parentesco. As candidaturas selecionadas receberão um reconhecimento como ‘Boa prática de cozinha migrante comunitária ibero-americana’ e um apoio de 500 dólares.
As 48 pessoas que se inscreveram nesta edição do concurso nasceram nos seguintes países: Argentina (3), Bolívia (1), Colômbia (8), Cuba (1), Equador (1), México (8), Nicarágua (1), Peru (17), Uruguai (2) e Venezuela (6). Os países de residência que constam na lista de postulantes são 13: Argentina (6), Bolívia (1), Brasil (3), Chile (1), Colômbia (1), Costa Rica (2), Equador (2), Espanha (7), Estados Unidos (2), México (5), Paraguai (1), Peru (7) e Uruguai (10).
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O concurso
O concurso Sabores Migrantes Comunitários tem por objetivo contribuir para o fortalecimento dos laços das comunidades ibero-americanas, dando visibilidade às experiências de intercâmbio e diálogo intercultural que ocorrem entre as comunidades migrantes por meio da culinária tradicional e da inovação criativa como expressão do processo migratório.
O valor total atribuído ao concurso é de 8 mil dólares para um máximo de 16 propostas. As iniciativas selecionadas receberão um reconhecimento como ‘Boa prática de cozinha migrante comunitária ibero-americana’ e um prêmio de US$ 500.
As pessoas interessadas em participar deveriam apresentar propostas de prática culinária com uma receita de sua comunidade de origem, a história por trás dela e a forma como essa receita se insere na comunidade de acolhimento no contexto de uma experiência migratória. As receitas e práticas culinárias podiam ser apresentadas por escrito e/ou em formato de vídeo.
Nesta edição, diferentemente das duas anteriores, podiam participar pessoas nascidas em países ibero-americanos residentes em qualquer país do mundo, e pessoas que apresentassem propostas de práticas culinárias e receitas de migrantes de sua família com até segundo grau de parentesco (pai/mãe, avô/avó). Estas propostas terão uma cota máxima de seleção no concurso.
A seleção seguirá os critérios estabelecidos no regulamento, como a representatividade da preparação para a comunidade de origem; a experiência de inserção na comunidade de acolhimento; a geração de conhecimentos e práticas tradicionais e criativas promovidos por cozinheiros e cozinheiras migrantes; o impacto direto na segurança alimentar, e as estratégias de disseminação do conhecimento culinário e/ou a construção de um legado culinário às novas gerações com a consciência de sua cultura diversa.
A diversidade cultural das propostas será privilegiada, por meio da seleção de projetos de diferentes países. Apresentações feitas por mulheres, jovens entre 18 e 29 anos, bem como indígenas ou afrodescendentes, receberão um ponto a mais na avaliação.
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Edições anteriores
Esta é a terceira convocatória conjunta dos programas IberCultura Viva, Iber-Rutas e Ibercocinas. A primeira foi “Sabor à Ibero-América”, lançada em abril de 2019. Dez histórias de receitas culinárias tradicionais de comunidades migrantes na região ibero-americana receberam US$ 500 cada. Além dos 10 vencedores, quatro menções honrosas (sem prêmios em dinheiro) foram concedidas a inscrições que não atenderam aos requisitos do prêmio por não serem migrantes, mas que apresentaram as histórias de migração de seus ancestrais nas receitas.
Em julho de 2020, foi aberta a segunda edição do concurso, agora com o nome “Sabores migrantes comunitários”, com o objetivo de premiar vídeos que expressassem práticas culinárias de cozinheiros e cozinheiras migrantes com impacto nas suas comunidades. Interessada especialmente destacar como cozinheiros e cozinheiras migrantes estavam ajudando a encontrar soluções comunitárias para a crise derivada da pandemia Covid-19 por meio de suas receitas. As 14 propostas selecionadas receberam um certificado de reconhecimento como “Boa prática de cozinha migrante comunitária ibero-americana” e um apoio de US$ 500 cada.
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