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Arquivos gobiernos locales - Página 2 de 3 - IberCultura Viva

26

maio
2020

Em Notícias

Por IberCultura

Governo de Zapopan abre o registro de organizações culturais comunitárias e aliados de Pontos de Cultura

Em 26, maio 2020 | Em Notícias | Por IberCultura

O programa Zapopan Comunitária, da Direção de Cultura do Governo de Zapopan (Jalisco, México), lançou o registro de organizações e agrupações culturais comunitárias e o registro de agentes aliados de Pontos de Cultura. A iniciativa tem como objetivo identificar, reconhecer, fortalecer e propiciar a articulação em rede das organizações sociais que mantêm um trabalho contínuo a partir da arte e das culturas, buscando atender necessidades locais (como a melhora da educação, da saúde e da segurança) e fomentar processos de desenvolvimento individual e comunitário. 

A organização, coletivo ou agrupação cultural comunitária inscrita como Ponto de Cultura no programa Zapopan Comunitária será colaboradora do governo municipal e de outras organizações para contribuir para o desenvolvimento de sua comunidade e vincular-se em rede com outros Pontos de Cultura. Além do reconhecimento oficial, os Pontos de Cultura contarão com benefícios como cobertura e difusão de suas atividades através dos meios à disposição de Zapopan Comunitária, e capacitação permanente para elevar as habilidades de gestão, ação, sistematização e comunicação, buscando ampliar seu impacto nos cidadãos e sustentabilidade a longo prazo.

Podem registrar-se as organizações, associações, coletivos, agrupações e iniciativas culturais ou de vizinhos, sem fins lucrativos (com ou sem personalidade jurídica), com ao menos dois anos de trabalho contínuo e comprovável, formadas por pelo menos três membros que trabalhem em sua comunidade desde as artes e as culturas de maneira constante em atividades que: 

  • Contribuem para a recuperação e o fortalecimento da vida e relações comunitárias. 
  • Contribuem para o resgate, proteção, uso e expansão dos saberes ancestrais, tradições, identidade cultural e memória de povos originários, camponeses, indígenas e populações afro-mexicanas. 
  • Incentivam a apropriação do espaço público e do patrimônio cultural.
  • Promovem o respeito à diversidade de identidades e o reconhecimento de direitos de populações e/ou grupos historicamente discriminados. 
  • Atendem a populações em condições de vulnerabilidade social. 
  • Fortalecem as experiências de trabalho em rede e ação colaborativa que buscam o fortalecimento de movimentos cidadãos, incidência e construção de políticas públicas culturais que aportam ao desenvolvimento social. 

Caso a organização não esteja situada em Zapopan ou não conte com pelo menos 50% dos integrantes vivendo no município, pode registrar-se como “aliado” e assim obter alguns dos benefícios das atividades de formação teórica e metodológica para o trabalho comunitário. O registro será permanente, realizado de maneira virtual, ou de forma presencial (uma vez terminada a quarentena) no escritório de Zapopan Comunitária, na Casa de Cultura de Zapopan (Vicente Guerrero 233, Zapopan centro).

⇒ Saiba mais sobre a convocatória

 

Registro de Puntos de Cultura: https://forms.gle/ED26cG9pizUcjGKZ8

Registro de Aliados: https://forms.gle/DvwGqDyZX5o4sCYi9

 

https://www.facebook.com/ZapopanCultura/videos/266017578103887/UzpfSTE2NDIzMTU1NDkzNzYxODc6MjYxNjQ2NzUwODYyNzY0OA/

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21

maio
2020

Em Notícias

Por IberCultura

GT de Governos Locais: algumas ações desenvolvidas nos territórios diante da emergência sanitária

Em 21, maio 2020 | Em Notícias | Por IberCultura

O Grupo de Trabalho de Governos Locais do programa IberCultura Viva se reuniu por videoconferência no dia 7 de maio para discutir dois temas centrais: a proposta de criação da Comissão de Emergência COVID-19, sugerida por San Luís Potosí (México), e a elaboração do 4º Encontro de Redes IberCultura Viva, que se realizará de modo virtual no segundo semestre de 2020. Participaram da reunião 22 pessoas: 19 representantes de governos locais, dois da Unidade Técnica (Rosario Lucesole e Emiliano Fuentes Firmani), e o coordenador de Pontos de Cultura de Argentina e representante da presidência do programa, Diego Benhabib.

Um dos principais acordos deste encontro foi a formação da Comissão de Emergência desde a perspectiva da cooperação cultural, visando o intercâmbio de recursos técnicos e boas práticas que contribuam para enfrentar as repercussões da contingência de saúde pública. Para isso, se estabeleceu o compromisso de completar um formulário elaborado pelo governo de San Luis Potosí. Além disso, se decidiu pela criação de um banco de ferramentas para compartilhar conteúdos, módulos e capacitações para o uso de recursos digitais, destinados a organizações culturais comunitárias dos 25 governos locais integrantes do GT.

A respeito da construção do próximo Encontro de Redes IberCultura Viva, foram propostas temáticas que incluem o retorno ao território pós-pandemia, o aporte das políticas culturais ante a crise social e a conectividade como direito, entre outras. Os participantes da reunião também realizaram um breve diagnóstico das condições de cada um de seus territórios e compartilharam as ações que estão desenvolvendo para atender o setor cultural em geral, e comunitário em particular, ante a emergência provocada pela pandemia de COVID-19. 

A seguir, algumas ações desenvolvidas pelos governos locais integrantes do GT ante a emergência sanitária. 

 

Almirante Brown (Argentina) 

Em Almirante Brown se está utilizando o Fundo Municipal das Artes para apoiar artistas e espaços culturais. Segundo Damián Albarracín, diretor de Cidadania Cultural,  a municipalidade trabalha com dois registros – Registro Único de Artistas de Almirante Brown (RUAB) e Registro de Espaços Culturais (REC) – e tem acompanhado a inscrição de iniciativas locais nas convocatórias nacionais, como a do programa de Pontos de Cultura.

Eles também lançaram uma proposta digital, “Sem Sair de Casa”, onde são mostradas produções de artistas e artesãos locais pela página do Instituto Municipal de la Cultura,  e um programa, “Desafio Cultura”, em que vizinhos e vizinhas enviam suas atividades artísticas. “Também seguimos com as oficinas. Assim, nossos companheiros e companheiras oficineiros/as podem seguir recebendo neste momento de crise. Elas dão as oficinas em suas casas e publicamos na página”, completou o diretor, que também estuda a possibilidade de iniciar recitais no Teatro Municipal, para transmitir para a localidade, atendendo medidas sanitárias e com uma equipe mínima.

 

Arica (Chile)

Na cidade de Arica foi feito um cadastro para levantamento de artistas, e com ele um festival on-line chamado “Festival Arica Vive Cultura em Casa”. Estas ações são realizadas junto com o Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile, através de uma linha de apoio econômico para artistas da cidade. “O que fizemos foi nos vincular com outras direções do município, como a de Desenvolvimento Comunitário, buscando dar apoio imediato aos artistas que estão mais vulneráveis.  (…) Todos os sábados fazemos apresentações de artistas locais por meio de nossas redes sociais. Esses artistas que se apresentaram até agora foram os que estavam mais precarizados, segundo o cadastro que realizamos”, destacou Víctor Rebolledo, diretor de Cultura de Arica.  

 

Canelones (Uruguai) 

Manuel Meléndez, diretor geral de Cultura da Intendência de Canelones, ressaltou a importância de políticas de Estado que nos últimos anos foram implementadas no país, não só em matéria de saúde, mas também em questões de conectividade, o que permitiu melhores condições para o desenvolvimento do teletrabalho e o diálogo com as famílias e comunidades neste contexto de adversidade. Também comentou que atualmente eles trabalham para unificar as ações da Direção de Cultura, através de propostas de artistas. A Unidade de Animação Cultural, por exemplo, trabalha a partir do jogo lúdico com propostas que buscam, por meio de redes sociais, página web, Whatsapp ou Telegram, criar outro tipo de vínculo entre as famílias e com a comunidade. 

Segundo Meléndez, eles também seguem com atividades pedagógicas para a comunidade que participava das oficinas, propondo estratégias para gerar trabalho para os artistas do departamento de Canelones mediante concursos. “São artistas emergentes em sua grande maioria, que se não trabalham não comem”, afirmou o diretor de Cultura, ressaltando o apoio com cestas de alimentos e uma convocatória para que artistas possam projetar seus vídeos nas redes sociais e receber por isso. Os prêmios para os ganhadores de cada categoria são contratações por parte da Intendência de Canelones para atividades que vão se realizar depois de terminadas as medidas sanitárias.

 

Córdoba (Argentina) 

Na cidade de Córdoba, a primeira ação foi cobrir a demanda de alimentos. Em seguida, a Subsecretaria de Cultura da Municipalidade de Córdoba colocou em ação o Plano de Compromisso Cultural, composto por medidas extraordinárias que contemplam alívio fiscal, prêmios e fundos de estímulo, programas, atividades e capacitações destinadas a distintos setores do campo cultural. “Há três programas basicamente, que constam da contratação antecipada de oficinas, produções cênicas e artes visuais, para poder gerar algum ingresso aos trabalhadores e trabalhadoras, aos artistas que hoje estão parados”, resumiu Marihem Soria, diretora de Cultura Viva da Municipalidade de Córdoba.

Outra etapa, iniciada em 18 de maio, é a abertura de Territórios, um programa similar a Cultura de Bairro e Pontos de Cultura que beneficia projetos de organizações culturais comunitárias. A Subsecretaria de Cultura também está trabalhando no desenvolvimento de duas instâncias de formação: uma para promotoras culturais territoriais, com perspectivas de gênero e o objetivo de repensar coletivamente estratégias e ferramentas para o reencontro em território pós-pandemia, e outra de formação para organizações de carnaval, buscando fortalecer as logísticas e propostas de celebração nos bairros. Ademais, continua-se trabalhando no Centro Cultural Comunitário La Piojera, de cogestão entre a municipalidade e organizações comunitárias, com plenários virtuais e produções digitais, que incluem entrevistas, espetáculos e uma campanha solidária.  

 

Ensenada (Argentina) 

Entre as ações desenvolvidas em Ensenada se encontram o apoio à apresentação de projetos locais a convocatórias nacionais; o apoio ao trabalho de comedores, merendeiros e espaços comunitários, com instâncias de educação a distância e cadernos para aqueles que não contam com acesso à internet; a transmissão de oficinas pela internet, e a difusão do trabalho feito por distintos artistas desde suas casas. 

“Por outro lado, vimos trabalhando em um conjunto de capacitações com a Universidade Nacional de la Plata, sobre manejo de redes, produção audiovisual e produção vinculada às novas tecnologias, buscando também aportar ferramentas aos e às artistas da cidade para poder adaptar-se a esta nova etapa”, comentou Esteban Bravo, diretor de Cultura do município.

 

Entre Rios (Argentina) 

Na província de Entre Ríos se lançou um observatório de atividades culturais e organizações culturais, com o fim de fazer um diagnóstico acerca da realidade que vem atravessando os coletivos, espaços e/ou agentes que habitam e trabalham no território provincial. “Muitos desses coletivos se encarregam não apenas do aspecto artístico e cultural, mas também oferecem possibilidades de alimento ou de outras questões necessárias para a comunidade”, observou Federico Prieto, diretor de Diversidade e Formação Cultural. 

Prieto também comentou o trabalho conjunto com o Ministério de Desenvolvimento Social da província, no programa Poder popular, com vistas a abrir uma convocatória para coletivos, e ol trabalho na difusão das convocatórias lançadas pelo Ministério de Cultura da Argentina para apoiar as/os trabalhadores da cultura nesta emergência sanitária. “Outra questão que ativamos é um conselho provincial de cultura, inicialmente integrado por todas as áreas de cultura municipal e juntas de governo da província, mas que também está sendo estendida a coletivos, organizações, espaços culturais, agentes e redes que trabalham na província”, comentou o diretor.

 

Lima (Peru) 

Na Municipalidade de Lima fez-se uma pesquisa de impacto e iniciou-se a implementação de uma área de pesquisa que permitirá gerar informação em matéria de cultura, de maneira articulada com o Ministério de Cultura do Peru. Também se lançou uma programação digital, “Cultura desde casa”, para a qual se fez uma primeira convocatória para artistas e criadores e se pretende continuar trabalhando com os diferentes atores do setor cultural.

Lima desenvolve um programa de cultura viva comunitária desde 2013, e conta com um registro das organizações que estão trabalhando nas comunidades, a maioria em situação informal. “Lima tem uma informalidade laboral de 70% de sua capacidade de trabalho, e isso tem gerado toda uma problemática social durante esses dias de quarentena. Temos tido reuniões com as organizações para ver com elas o caminho a seguir, sem desvirtuar a lógica do programa, e sim tratar de assumir os desafios e ver de que maneira o programa pode se fortalecer ou ampliar desde estas novas perspectivas”, comentou Fabiola Figueroa, gerente de Cultura da Municipalidade de Lima.

 

Marcos Juárez (Argentina)

Na Municipalidade de Marcos Juárez fez-se um mapeamento e um diagnóstico da comunidade, em que detectaram a desigualdade em torno do acesso às tecnologias e as dificuldades de trabalhar nesta época de confinamento. “Apresentamos um orçamento ao prefeito para realizar uns programas de TV que possam chegar a toda a comunidade, porque vimos uma brecha digital importante nestes tempos de conectividade forçada. (…) Nem todas as famílias contam com celulares ou PC nos territórios nos quais estamos trabalhando com as oficinas culturais de base comunitária”, contou Carola González, coordenadora de Cultura Comunitária da Direção de Ação Cultural e Esportiva de Marcos Juárez.

 

Medellín (Colombia)

Herman Montoya,  coordenador da Área de Biblioteca, Leitura e Patrimônio de Medellín,  comentou as três ações centrais que estão sendo realizadas no município: 1) um grande pacote de convocatórias para apoiar organizações culturais comunitárias, museus, artistas e outros atores do campo cultural; 2) a migração de conteúdos de biblioteca e da rede de Casas de Cultura para a modalidade virtual, com ênfase no trabalho com livrarias para a compra de exemplares; e 3) uma aliança internacional, com organizações e com cooperativas financeiras, para que apoiem as organizações sociais comunitárias, conseguindo empréstimos de recursos. “Também vamos fazer, com três cidades da Colômbia, com Barcelona e Havana, um exercício de formação virtual para bibliotecários, textos dos três países e sobretudo bibliotecários de caráter comunitário”, adiantou.

 

Niterói (Brasil)

Em Niterói, Alexandre Santini, diretor do Teatro Popular Oscar Niemeyer, contou que desde março está sendo realizado um conjunto de ações frente a crise sanitária. Algumas ações gerais da prefeitura incluem trabalhadores profissionais da cultura, empreendedores individuais, artesãos, trabalhadores da cultura tradicionais, como pescadores, e outros do setor, chegando a mais ou menos 50 ou 60 mil pessoas. Especificamente no setor da cultura, estão trabalhando com um programa chamado “Arte na Rede”, que, através de convocatória pública, selecionou 200 artistas para fazer entrevistas ou apresentações nas redes sociais de Cultura Niterói. Outro programa, “Boleto solidário”, consiste em uma pré-venda de propostas para espaços culturais.

“Começamos a juntar um grupo de trabalho para reflexionar sobre a perspectiva de abertura dos espaços culturais, pensar que tipo de ação se pode fazer”, comentou Santini, citando como exemplo a possibilidade de converter o pátio do Teatro Popular em um cine drive-in, com as pessoas dentro dos carros. “Além da ação local, está se juntando de novo uma potente rede de articulação em nível nacional com a Lei de Emergência Cultural, uma possibilidade de chegar a apoiar 20 mil espaços culturais de todo o país com fundos do orçamento nacional e também outras ações de convocatórias”.

 

Quilmes (Argentina) 

Na cidade de Quilmes, além do trabalho através de redes sociais, estão sendo realizadas ações culturais nos centros de isolamento sanitários, para que aquelas pessoas que caem doentes e têm que atravessar a quarentena isolados de suas famílias possam ter acesso a livros e projeções audiovisuais. Também se criou um programa chamado Quilmes Educa, que conta com conteúdos preparados por distintas direções da Secretaria de Educação, Culturas e Esportes, e estão por lançar Enlace, um programa que oferece assistência a projetos culturais locais, vinculados a editais nacionais.

O município também está iniciando uma primeira pesquisa para o setor cultural da localidade, em articulação com o Sistema de Informação Cultural Argentino (SInCA) e o Mestrado de Indústrias Culturais da Universidade Nacional de Quilmes. “Acreditamos que com isso vamos poder ter um panorama melhor da realidade das instituições e das organizações culturais”, comentou Ezequiel Varela, diretor geral de Políticas Socioculturais da Subsecretaria de Cultura de Quilmes.

 

Salta (Argentina)

Na cidade de Salta foram realizados censos para a comunidade artística, e implementada uma plataforma digital, “Cultura em seu Bairro”, para fazer uma ponte entre artesãos, artistas e trabalhadores com a comunidade. Eles também estão desenvolvendo a “Feira 90”, uma feira de arte baseada no sistema de troca; apoiando atividades em restaurantes comunitários; trabalhando em um projeto de cine drive-in, para cinema e recitais; transmitindo aulas de teatro e um pequeno ciclo chamado ‘Desde o terceiro’, onde cada artista vai mostrando sua atividade e como segue trabalhando desde casa, e oferece sua obra. Contam, ainda, com um ciclo de música a distância e concursos de literatura.

“Temos um observatório onde vamos vendo que necessidades têm os bairros, e trabalhamos com 14 oficinas, onde gravamos música, artes plásticas, literatura, e publicamos isso nas redes”, contou Gabriel Miremont, secretário de Cultura de Salta. “O que mais estamos investindo agora é em tecnologia, para poder publicar todo nosso trabalho. (…) Basicamente, o que fazemos é socorrer diretamente a comunidade artística no que ela necessita, em como comer hoje e vender, nesta situação de emergência; e para aqueles que tem um pouco mais de margem, ir contratando serviços de música, de teatro, de letras, comprando produtos”.  

 

San Luís Potosí (México) 

A Direção de Cultura de San Luís Potosí lançou em abril “Resiliências”, um plano de ação de emergência que consiste em uma série de medidas com as quais busca contribuir para a salvaguarda e proteção do setor, com um investimento aproximado de US$ 83 mil para apoiar 2.615 expressões culturais através de algumas convocatórias. “Não tivemos até o momento nenhuma restrição ou recorte orçamentário, o que nos colocou numa situação favorável para poder dar uma resposta imediata em matéria da cultura”, explicou Cecilia Padrón, diretora de Cultura do governo municipal. 

Em Resiliências está se trabalhando de uma maneira ativa em quatro componentes: 1) a Agenda Cultural Digital da Cidade (um canal de difusão alojado no portal cultura.sanluis.gob.mx, que se amplifica por redes sociais); 2) o “Kit de resistência cultural” (uma caixa com material didático que estimula o fomento à leitura, a criatividade do jogo e algumas atividades artísticas, e que se entrega a meninos e meninas que não contam com acesso à internet; 3) o Programa de Proteção e Fortalecimento às Culturas Vivas Comunitárias, que busca fomentar e proteger iniciativas de base comunitária com capacitação on-line e apoios econômicos;  4) a plataforma a distância UNESCO San Luis, um espaço para promover a reflexão coletiva e prosseguir com a construção da Carta da Cidade pelos Direitos Culturais (uma iniciativa que começou em dezembro com rodas de conversas e teve que ser suspenso devido à necessidade de isolamento social).

Zapopan (México) 

Luisa Velásquez, chefa do Departamento de Cultura Comunitária da Direção de Cultura de Zapopan, comentou que eles estavam prestes a lançar o programa de cultura comunitária do município, mas tiveram que suspender as ações, dadas as circunstâncias da pandemia, e direcionar os fundos para fins de atenção da saúde. “Todos os fundos hoje estão indo para o programa de saúde e de assistência social, então a partir da cultura estamos buscando formas de apoiar as organizações, uma vez que começamos com um diagnóstico e um pré-registro a partir de um encontro realizado em dezembro”, ressaltou Velásquez, que pouco depois recebeu a confirmação do lançamento do registro dos Pontos de Cultura.

A Direção de Cultura de Zapopan também está trabalhando em capacitações de organizações para a inscrição em editais nacionais e planejando uma roda de conversa sobre economia social e solidária, em uma capacitação com a Rede Mexicana de Economia Comunitária (REMECC). Além disso, eles estão fazendo uma pesquisa com avós e organizações comunitárias, para levantar questões de resistência histórica: alimentares, de guerra, da revolução, da independência, da guerra cristera, e de como vem se conservando o patrimônio imaterial.

 

 

⇒Confira a ata da reunião do GT de Governos Locais

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19

maio
2020

Em Notícias

Por IberCultura

“Comunidade e resiliência pelo bem viver”: uma roda de conversa para celebrar o Dia da Cultura Viva Comunitária

Em 19, maio 2020 | Em Notícias | Por IberCultura

 

Na próxima sexta-feira 22 de maio, Dia da Cultura Viva Comunitária, a Direção de Cultura de Zapopan (México) realizará um encontro virtual dirigido a associações, coletivos, agrupações e iniciativas culturais interessadas em projetos de cultura viva em comunidades.

Participarão da roda de conversa “Comunidade e resiliência pelo bem viver”: Jorge Blandón, da Corporación Cultural Nuestra Gente, de Medellín (Colômbia); Yesenia Muñoz, da Rede Recultivar México e do Laboratorio Escénico A. C., de Loma Grande, Veracruz; Francisco E. Zamora, de Fomento Educativo Intercultural A. C., de Monterrey, Nuevo León; Rocío Orozco, do coletivo CulturAula, de Guadalajara, Jalisco; e Luisa Velásquez, chefa do Departamento de Cultura Comunitária da Direção de Cultura de Zapopan.

O conceito de Cultura Viva Comunitária, sua história no México e na Ibero-América, seu trabalho em rede e as maneiras com que as organizações culturais comunitárias (OCC) têm enfrentado a precariedade e diversos contextos de crises políticas, econômicas e sanitárias, são alguns dos temas previstos para o encontro. A atividade é gratuita e aberta para todo público, mediante inscrição prévia.

 

➡️ Inscrições: conversatoriozapopan@gmail.com

➡️ Saiba mais: https://www.facebook.com/events/2871815402868164/

 

(*) Zapopan é uma das municipalidades integrantes da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. Saiba mais sobre a rede em https://iberculturaviva.org/rede-de-cidades/?lang=es

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12

maio
2020

Em Notícias

Por IberCultura

Integrantes da Comissão Covid-19 da Rede de Cidades e Governos Locais vão compartilhar ferramentas e cursos

Em 12, maio 2020 | Em Notícias | Por IberCultura

O Grupo de Trabalho de Governos Locais de IberCultura Viva se reuniu no dia 7 de maio por videochamada para dar início aos trabalhos da Comissão de Emergência Covid-19 da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. Os participantes apresentaram algumas das ações que estão sendo desenvolvidas em seus municípios ante a emergência sanitária e falaram sobre o 4º Encontro de Redes IberCultura Viva, que se realizará de modo virtual no segundo semestre deste ano.

Uma das decisões que se tomou neste encontro virtual foi que as municipalidades integrantes da Rede IberCultura Viva de Cidades e do Grupo de Trabalho de Governos Locais colocarão a disposição ferramentas de cursos, tutoriais, inclusive instrutivos sobre como usar as ferramentas digitais, para que sejam compartilhados também com as organizações culturais comunitárias dos 25 governos locais integrantes do GT (*). Com esses aportes, a Comissão Covid-19 da rede poderá ajudar a construir um banco de ferramentas para o uso de tecnologias neste contexto em que estamos vivendo.

A Direção de Cultura do Governo Municipal de San Luis Potosí (México), por exemplo, compartilhou suas Oficinas de Habilidades Digitais para Agentes Comunitários. Esses cursos fazem parte de “Resiliências”, o Plano de Ação Emergente que o município lançou no dia 24 de abril para fazer frente aos efeitos da emergência sanitária da Covid-19. 

As oficinas que San Luis Potosí têm online são em espanhol, de acesso livre e gratuito para as cidades integrantes do GT, com registro prévio. Neste leque de conteúdos, serão abordados desde aspectos básicos a considerar para gravar vídeos em casa com ferramentas e dispositivos ao alcance da mão, até tutoriais para divulgar, comercializar ou organizar os trabalhos, obras e oficinas que queiram inserir nas plataformas digitais.

Com estas capacitações, a Direção de Cultura de San Luis Potosí busca habilitar espaços de intercâmbio e formação gratuitos para animadores e produtores culturais que costumam atuar diretamente no território, motivando processos de base comunitária. A intenção é fortalecê-los em uma diversidade de habilidades e competências tecnológicas e digitais, para identificar outras possibilidades de associação, capacitação, gestão e empreendimento, com as quais dar continuidade ou saída para seu trabalho durante este período de isolamento social. 

À medida que vai se construindo com iniciativas como esta, o banco de ferramentas compartilhadas pelos estados e municípios integrantes da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais será divulgado nas redes sociais do programa  e na página web www.iberculturaviva.org (na aba “Cidades” do menu) para o uso dos governos locais que fazem parte da Comissão de Emergência e das pessoas e coletivos de seus territórios.

(*) Para inscrever-se nas Oficinas de Habilidades Digitais para Agentes Comunitários de San Luis Potosí é necessário completar este formulário: https://forms.gle/EAJu1RURA5vVhr3s9

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07

maio
2020

Em Notícias

Por IberCultura

Municipalidade de Córdoba apresentará em encontro virtual as medidas extraordinárias dirigidas ao setor da cultura

Em 07, maio 2020 | Em Notícias | Por IberCultura

Na próxima segunda-feira 11 de maio, às 18h, a Subsecretaria de Cultura da Municipalidade de Córdoba e a Faculdade de Artes realizam (pela plataforma Google Meet) uma conversa sobre o Plano Compromisso Cultural, para apresentar medidas extraordinárias dirigidas aos diversos setores do campo cultural propostas pelo governo local.

As medidas incluem os editais Cultura em Movimento, Cenas ao Encontro e Arte Hoje, que estão abertos até 18 de maio e são dirigidos a artistas, trabalhadores e fazedores de cultura. A iniciativa consiste, segundo cada edital, na apresentação de propostas de oficinas, seminários, clínicas; ou de produção de artes cênicas, musicais, sonoras, visuais ou multimídia como contrapartida ao incentivo econômico que a municipalidade realizará para os/as selecionados/as. 

Além disso, serão apresentados três programas dirigidos pontualmente ao setor da cultura comunitária: Territórios, Desafios para o Reencontro e Projetar a Alegria. Estes programas têm como objetivo reconhecer as organizações culturais comunitárias, que através de seus projetos fortalecem a participação e o vínculo entre vizinhas e vizinhos da cidade, promovendo o desenvolvimento da cultura popular. Estas atividades ou produções artísticas serão realizadas quando o isolamento social obrigatório estiver concluído. 

Participarão do encontro virtual a diretora geral de Gestão Cultural, Julia Oliva Cuneo; o diretor de Cultura e Patrimônio, Juan Martín Sequeira, e a diretora de Cultura Viva, Marihem Soria. É necessário completar um formulário de inscrição para participar da  conversa: https://forms.gle/qfdfT4o2ptr3bQQAA.

 

Saiba mais: https://cultura.cordoba.gob.ar/

Consultas: extension@artes.unc.edu.ar

 

(*) A Municipalidade de Córdoba é uma das integrantes do Grupo de Trabalho de Governos Locais de IberCultura Viva. Saiba mais sobre o GT em https://bit.ly/2qfWWqB 

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25

abr
2020

Em Notícias

Por IberCultura

Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais conta com um novo espaço de cooperação: a Comissão COVID-19

Em 25, abr 2020 | Em Notícias | Por IberCultura

A Comissão COVID-19 da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais é um espaço a mais de cooperação e intercâmbio, extensivo ao Grupo de Trabalho de Governos Locais do Programa IberCultura Viva. Seu propósito é o de motivar a criação coletiva de estratégias que, a partir do local e em reconhecimento à diversidade de cada território, atuem em favor do setor cultural, com foco particular em suas comunidades, organizações, grêmios, coletividades, agrupações e agentes que movimentam, sustentam e impulsionam processos culturais de base comunitária.

Integrantes do GT de Governos Locais no 3º Encontro de Redes IberCultura Viva, em Buenos Aires

Neste espaço de trabalho, os estados e municípios que fazem parte da Rede IberCultura Viva de Cidades e do GT de Governos Locais podem trocar experiências a respeito de recursos técnicos e boas práticas para enfrentar as repercussões da contingência sanitária ocasionada pela COVID-19. A intenção é sistematizar as medidas de nível local colocadas em funcionamento pelo setor público, voltadas para favorecer o exercício dos direitos culturais e motivar a participação na vida cultural.

Pensa-se a Comissão COVID-19 como um depósito de ferramentas compartilhadas, das quais os governos locais podem dispor,  para elaborar ou fortalecer iniciativas públicas que contribuam para a proteção do setor cultural, diante do atual panorama de adversidades. A iniciativa foi proposta pela Direção de Cultura do Governo Municipal de San Luis Potosí (México), que acaba de lançar “Resiliencias”, seu Plano de Ação Emergente para o setor cultural local, e que coordenará as ações desta comissão.

Num primeiro exercício de coleta de informação, será distribuído por correio eletrônico um formulário que pode ser respondido pela pessoa ou instituição vinculada ao IberCultura Viva, da Rede ou do GT. Neste documento, os governos locais poderão descrever o cenário de saúde pública ou situação sanitária local em que surge a política, estratégia, plano, programa ou medida cultural emergente; comentar as problemáticas identificadas e as principais ações propostas, assim como informar o orçamento estimado e as estratégias de comunicação utilizadas, entre outros temas. 

Espera-se como resultado desta aposta um “prontuário colaborativo”, de publicação e distribuição digital, que contribua para fortalecer a inteligência coletiva da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais.

 

. Consulta o documento “ponto de partida” da Comissão 

 

  • Conheça o Plano de Ação Emergente da Direção de Cultura de San Luis Potosí 
  • Consulte cuarentenacultural.org, iniciativa da sociedade civil que reuniu uma série de estratégias, recursos e diálogos, tanto do âmbito público, privado e social, para a proteção do setor cultural frente à emergência do COVID-19.
  • Confira #CultureCOVID19 da Comissão de Cultura do CGLU, que enumera e enlaça os planos e programas culturais emergentes de mais de 30 cidades do mundo.

Leia também:

San Luis Potosí lança pacote inicial de medidas para o setor cultural diante da COVID-19

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24

abr
2020

Em Notícias

Por IberCultura

San Luis Potosí lança pacote inicial de medidas para o setor cultural diante da COVID-19

Em 24, abr 2020 | Em Notícias | Por IberCultura

Diante da complexa situação propiciada pela COVID-19, a Direção de Cultura de San Luis Potosí (México) lançou um Plano de Ação Emergente, chamado “Resiliências”,  para ser incorporado às medidas de atuação pública criadas para fazer frente aos efeitos da emergência sanitária.

O Plano “Resiliências” integrará uma primeira bolsa de recursos municipais, próxima aos 100 mil dólares, e terá dois eixos centrais: o digital e os meios de comunicação tradicionais como ferramentas de acesso, formação, consumo e cobertura para os públicos da cultura, e a dotação de estímulos econômicos e em espécie para proteger, promover e reanimar a atividade criativa, a participação na vida cultural e os processos culturais da comunidade.

 

Agenda Cultural Digital da Cidade

A Agenda Cultural Digital da Cidade é um canal de difusão cultural on-line alojado no portal cultura.sanluis.gob.mx, que se amplifica pelas redes sociais e que busca aumentar a produção de conteúdos, favorecer a educação contínua e a circulação das expressões artísticas locais, aspirando a enriquecer as alternativas de entretenimento e atenuar a sensação de confinamento durante o período de prevenção sanitária.

No lançamento, por meio de uma convocatória municipal, artistas e criadores são chamados a participar da criação de conteúdos e receber um estímulo de até 9 mil pesos mexicanos.

 

Kit de resistência cultural

O “Kit de resistência cultural” é um pacote de ferramentas e conteúdos culturais que será distribuído gratuitamente e de forma segura, em localidades com brecha digital ou limitações de acesso às redes fixas de telecomunicações. Este kit é pensado como uma “caixa surpresa”, cheia de materiais voltados para o entretenimento, a recreação e o fomento da criatividade nos lares.

Programa de Proteção e Fortalecimento às Culturas Vivas Comunitárias

O Programa de Proteção e Fortalecimento às Culturas Vivas Comunitárias é uma adaptação do Programa “Procomún” ante a crise de saúde pública. A iniciativa busca incentivar agentes e organizações culturais que realizam um trabalho em nível territorial ou que sustentam processos culturais de base comunitária.

Para este primeiro pacote de medidas, o programa conta com três esquemas de participação:

  1. Doação de materiais didáticos ou recreativos para a realização – em casa – de micro atividades de iniciação artística e lúdica, arte popular ou exercícios de promoção da memória histórica e o patrimônio local. 
  1. Capacitações gratuitas em habilidades digitais e Tecnologias da Informação e Comunicação para animadores e promotores culturais comunitários, com vistas a aproximar novos panoramas de ação de trabalho durante o resguardo preventivo.
  1. Convocatória para Agentes Culturais Comunitários, para que solicitem estímulos de recuperação e apoio econômico de até 7 mil pesos mexicanos por pessoa.

 

UNESCO San Luis: Para uma Carta da Cidade pelos Direitos Culturais

O Plano “Resiliências” empenha-se no processo conjuntural vivido pela cidade desde dezembro de 2019, elaborando a base do futuro regulamento municipal de cultura através da Carta da Cidade de San Luis Potosí pelos Direitos Culturais, uma iniciativa em cooperação com os Escritórios da UNESCO no México, a Comissão Estatal de Direitos Humanos, o programa IberCultura Viva, a Campanha de Ação pelos ODS My World México e a organização Transparência Mexicana. Até o momento, 282 agentes culturais participaram de 15 mesas de trabalho realizadas junto com dois “conversatórios” internacionais, assim como o recebimento e registro de 69 propostas para a ação cultural local.

Por meio de sua Coordenação Técnica, a iniciativa UNESCO San Luis se encontra elaborando o método pelo qual se dará continuidade aos trabalhos deste esforço de construção participativa,  que se assentará no lançamento de #ResiliArt, Plataforma a Distância UNESCO San Luis, um espaço que promove o encontro e a reflexão coletiva a distância para prosseguir imaginando o novo marco de garantias culturais para a capital potosina.

 

Comissão COVID-19 da Rede de Cidades e Governos Locais IberCultura Viva

Como parte dos compromissos internacionais que San Luis Potosí assumiu recentemente pela cultura, o desenvolvimento sustentável e os direitos humanos, o governo municipal participará da Comissão COVID-19 da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais, como um de seus principais impulsores, promovendo o intercâmbio de ferramentas, recursos técnicos e experiências que outras municipalidades ibero-americanas estão desenhando diante do cenário de saúde pública internacional.

O Plano “Resiliências” é um documento de interesse público que pode ser consultado no  link bit.ly/ResilienciasCulturales, onde se encontram sua proposta de modelo de gestão, reformulação de estratégias 2020, descrição de cada um de seus componentes, assim como a projeção de seu orçamento inicial e os impactos diretos estimados.

 

Confira a convocatória a artistas e criadores: bit.ly/ConvocatoriaCreativa

Confira a convocatória a agentes culturais comunitários: bit.ly/ConvocatoriaAgentes

 

Conheça o Plano “Resiliências”: bit.ly/ResilienciasCulturales

 

Saiba mais: cultura.sanluis.gob.mx/  

Consultas: convocatoriascultura@sanluis.gob.mx / +52 (444) 5734625 

 

Texto e fotos: Dirección de Cultura de San Luis Potosí

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17

mar
2020

Em Notícias

Por IberCultura

Segunda jornada UNESCO San Luis debate “Direitos culturais e democracia cultural”

Em 17, mar 2020 | Em Notícias | Por IberCultura

O que entendemos por participação social na cultura? O que é, para que serve? Quais e quantas são as ferramentas de governança cultural na cidade de San Luis Potosí? As perguntas foram muitas na segunda jornada UNESCO San Luis, realizada  em 1º de fevereiro no Colégio de San Luis, com o tema “Direitos culturais e democracia cultural”. Ao longo de três horas, os integrantes das três mesas de trabalho reflexionaram sobre temas como governo aberto, legislação e regulamentação cultural, participação social e intersetorialidade, participação cidadã e governança, incidência e participação na vida cultural.

A iniciativa, que tem como objetivo a construção coletiva da Carta da Cidade de San Luis Potosí pelos Direitos Culturais, é desenvolvida pela Direção de Cultura do Governo Municipal junto com a representação da UNESCO no México e a Comissão Estatal de Direitos Humanos de San Luis Potosí. A primeira jornada participativa se realizou em 7 de dezembro de 2019 com uma roda de conversa sobre “Direitos culturais e equidade territorial”. A terceira, que seria realizada em 28 de março e será reprogramada assim que possível, terá como fio condutor “Direitos culturais e fomento da criatividade”. 

A conversa que deu início à segunda jornada UNESCO San Luis reuniu as mexicanas Liliana López Borbón e Valeria López e os peruanos Paloma Carpio e Diego de la Cruz. Paloma e Diego falaram sobre participação, articulação e institucionalidade cívica para a incidência em políticas culturais. Valeria López apresentou o Programa Cultura Comunitária, lançado há um ano pela Secretaria de Cultura do Governo do México; Liliana López Borbón tratou de participação e direitos culturais, direito à cidade, gestão cultural e construção de cidadania, entre outros temas. Este encontro teve transmissão ao vivo por Facebook

Construção coletiva

Cecilia Padrón Quijano, diretora de Cultura do Governo Municipal de San Luis Potosí, abriu a jornada no Colégio de San Luis comentando o interesse em “continuar abrindo espaços de intercâmbio que talvez nunca serão suficientes, mas sempre serão necessários”, e recordando a experiência realizada no município com a Mesa Intersetorial e de Desenho para a Governança Cultural (MID), em processo de avaliação para que se integre às Boas Práticas da Agenda 21 de la Cultura.

“O entrecruzamento das noções de democracia e cultura que hoje nos convoca é também produto de um processo coletivo que sustentamos já há dois anos”, comentou a diretora. “Quando nos encontramos para construir os quatro sentidos da política cultural local, aquilo foi um processo nutrido, que nos possibilitou identificar caminhos a percorrer, e sobretudo nos permitiu reconhecer a importância de elaborar e implementar modelos de gestão compartilhada.”

Segundo ela, a Carta da Cidade pelos Direitos Culturais é o preâmbulo do que poderia ser um novo marco legal da cultura e direitos humanos para o município. “Imaginamos que uma de suas buscas principais será a criação de um regulamento e de um conselho cidadão de cultura representativo, autônomo e vinculante, transparente e de convocatória aberta, que nos permitirá seguir avançando no processo de democratização e ampliação do exercício dos direitos culturais”, ressaltou.

Longo processo 

Antes do início da roda de conversa, o coordenador técnico das jornadas UNESCO San Luis, Gerardo Daniel Padilla, comentou o momento em que eles se encontram no processo de planejamento participativo da política cultural local. O começo foi em outubro de 2018, com encontros de trabalho em que se compilaram os aportes de 276 pessoas e se estabeleceram os quatro sentidos de política cultural que o governo municipal hoje procura instrumentar: 1) Direitos culturais, 2) Equidade territorial, 3) Democracia cultural; 4) Fomento à criatividade.

Recapitulando, Padilla lembrou o ingresso de San Luis Potosí na Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais, durante o 3º Encontro de Redes IberCultura Viva (em maio de 2019, em Buenos Aires, Argentina), e o compromisso assumido de criar e articular programas e políticas culturais de base comunitária no território municipal. Também citou a assinatura do convênio, em agosto de 2019, entre o governo municipal, a Comissão Estatal de Direitos Humanos e a Representação da UNESCO no México, que resultou na realização dessas jornadas UNESCO San Luis: “Para a construção de uma Carta da Cidade pelos Direitos Culturais”. 

A construção da Carta da Cidade de San Luis Potosí segue uma das ferramentas que a Direção de Cultura adotou como guia: a lista de recomendações da Comissão de Cultura da Organização de Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU), a Agenda 21 da Cultura. A Carta da Cidade também se fundamenta na Declaração Universal dos Direitos Humanos, e no Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Considera, ainda, experiências de outras cidades, como Mérida, a primeira do México que teve uma iniciativa neste sentido, e a Cidade do México, que recentemente lançou sua Lei de Direitos Culturais de Habitantes e Visitantes.

“Estamos na primeira fase do processo, de compilar informação, nutrindo-nos para saber até onde podem ir os conteúdos desta carta”, afirmou o coordenador das jornadas participativas, ressaltando que em 2020 haverá uma série de ações importantes, como a convocatória a grupos focais, a celebração de assembleias culturais e o chamado a universidades para a instalação de um comitê acadêmico. 

 

Próximas ações

As sessões com os grupos focais, previstas para abril/maio, têm o propósito de integrar às mesas de trabalho as pessoas, comunidades e grupos de atenção prioritária ou em situação de vulnerabilidade (crianças e adolescentes, jovens, mulheres, povos originários, migrantes, comunidade LGBT+, pessoas da terceira idade e pessoas com deficiência). As assembleias culturais comunitárias, por sua vez, vão reunir vizinhas e vizinhos que vivem em colônias e localidades da periferia para imaginar e esboçar possíveis guias práticos que facilitem o uso comunal da carta. 

A ideia de contar com um corpo acadêmico busca compatibilizar os conteúdos do documento com o marco jurídico local, estadual e nacional vigente em matéria de cultura e direitos humanos. “Queremos chamar especialistas do campo do direito constitucional, internacional, cultural, que nos digam como estes insumos que estamos recuperando possam transitar pela legislação”, explicou Padilla. 

Também está previsto para maio uma oficina para estruturar as propostas recebidas nas mesas de trabalho sob as perspectivas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a Agenda 2030 das Nações Unidas. Depois a UNESCO deverá se encarregar de conciliar o primeiro rascunho da Carta da Cidade com suas convenções em matéria de cultura e a Recomendação Geral 21 do Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais das Nações Unidas.

 

Conclusões da segunda jornada

Nesta segunda jornada UNESCO San Luis, as mesas de trabalho seguiram a divisão temática do encontro anterior (“Direitos culturais”, “Identificação de prioridades” e “Propostas de ação”), e alguns pontos foram recorrentes nos três grupos. Na plenária que se realizou no final da jornada, os grupos apresentaram suas conclusões, comentaram as problemáticas encontradas e sugeriram algumas soluções.

Jesús Hernández resumiu uma recomendação das equipes, de que a identificação das prioridades e problemáticas deveria estar não apenas marcadas nos territórios, e sim na dualidade território-sujeito. “Às vezes nos referimos aos territórios como seres abstratos, e não como entes vivos, como pessoas vivendo e produzindo”, destacou. “É importante nos reconhecermos nestes territórios, nestes espacios, nestes problemas.”.

Hernández falou também das dicotomías Estado-comunidades (ou dominação cultural-visão tradicional) e de como no meio disso se encontra uma série “de expressões, de alternativas, de esquecimentos, de invisibilidades”. “Aí há pessoas, há vidas, temos que ver a coisa como um gradiente, como uma policromía de expressões, e não apenas como dualidades e dicotomias contra o que faz o governo e o que fazemos nós, como se ‘nós’ fosse uma posição forçosamente contrária ou contra-hegemônica”.

Josué Rodríguez Santiago (My World México), por sua vez, mencionou o tema da formação como recorrente em todas as mesas. “Faz falta sensibilizar tanto os funcionários públicos como os cidadãos. Falou-se muito de gerar espaços de formação, inclusive espaços baseados na Carta da Cidade pelos Direitos Culturais”, afirmou. A construção de alianças (o papel da academia, como agregar o setor privado, etc) foi outro tema muito comentado na mesa voltada para as propostas de ação.

Entre as problemáticas citadas pelos/as participantes estavam a falta de pedagogia política e a democratização dos espaços públicos, assim como a percepção de que não compartilham o mesmo conceito de cultura do imaginário coletivo. Algumas das soluções propostas foram: “uma agenda aberta do espaço público”, “políticas públicas legíveis”, a construção de uma definição compartilhada de cultura no território, e a formação de comitês de participação cidadã e vigilância, “observatórios cidadãos em matéria de cultura”.

 

Identificação de prioridades

Na mesa 2, voltada para a identificação de prioridades, foram tomadas como referência algumas recomendações da Agenda 21 da Cultura em matéria de governança cultural. Com esta equipe, o que se fez primeiro foi compartilhar conceitos-chave (políticas públicas, política cultural, governança) para depois analisar cada uma das recomendações da Agenda 21 e ver qual a sua pertinência e sua relevância no contexto local.

“Nesta análise de prioridades, localizamos nove pontos que têm a ver com a importância da participação da sociedade civil para a diversidade das expressões, para que todas as vozes sejam escutadas e tomadas em conta desde uma perspectiva cultural”, contou Yolanda, uma das participantes na sessão plenária. “Falando em termos um pouco mais técnicos, elaborar mecanismos de avaliação, que não somente haja um conselho, mas que também haja um organismo que possa vigiar ou cuidar para que o que se está propondo possa ser realizado. E facilitar o acesso a estes mecanismos de avaliação, fazê-los acessíveis, digeríveis”.

Além da criação de um observatório cidadão que monitore o fazer das instituições culturais, e que se vincula com os mecanismos de avaliação, Yolanda citou prioridades como: “reconhecer e dignificar a importância de participação de artistas, coletivos e associações para o desenvolvimento cultural comunitário”; “desenhar e implementar uma política cultural de longo alcance, que não seja só uma questão administrativa”; “ampliar a perspectiva de gênero a outras comunidades, falar de infância, povos originários, terceira idade, pessoas com deficiência, entre outros”; “facilitar políticas ou programas que apoiem a participação dos cidadãos na gestão das instalações”.

Segundo Marisela Reyna, o grupo considerou muito importante que a Direção de Cultura dê ênfase à aplicação dos pontos mencionados pela Agenda 21 na Carta da Cidade pelos Direitos Culturais. “É um espaço que não foi trabalhado em San Luis Potosí, e que deu uma visão mais esperançosa. Definitivamente, a participação ativa da sociedade é algo importantíssimo. Que conheçamos as linhas adotadas na Carta da Cidade, e que isso continue e termine em uma forte promoção para nossa localidade, porque temos muito que oferecer.”

Catalogação e regulamentação sobre direitos culturais

O terceiro grupo que apresentou suas conclusões abordou o desconhecimento “quase generalizado” do que são os direitos culturais, e a necessidade de regulamentação ou implementação de marcos jurídicos que permitam o acesso pleno, livre e participativo a toda a sociedade. A descentralização das atividades culturais foi outro tema citado, assim como a inclusão e participação com perspectiva de gênero e identidade (“É necessário ter esta consciência e buscar com que os espaços culturais sejam geradores de uma mudança”). 

Entre os pontos debatidos se mencionou a possibilidade de uma campanha que permita aos cidadãos conhecer seus direitos (para “proteger, respeitar, promover e garantir a acessibilidade aos direitos culturais”), e se diferenciou “democratização da cultura” de “democracia cultural” (“Democracia cultural é a exercida pelos cidadãos, desde sua visão mais ampla, e democratização da cultura é o que se maneja através das instituições”). O grupo também destacou que é difícil para os agentes culturais trabalhar seus fazeres numa tônica de direitos, que é difícil se assumir como sujeitos sociopolíticos. 

As propostas coincidiram com outras mesas em alguns pontos, como a criação de mecanismos de participação que diminuam a brecha de gênero e as brechas econômicas de populações vulneráveis; que os mecanismos de participação de grupos específicos (infância, diversidade sexual, deficiências, etc) sejam conhecidos por pessoas da própria comunidade; que a participação não se reduza à consulta, mas também à tomada de decisões. Também se falou de vincular o âmbito ecológico e do meio ambiente à dimensão cultural; garantir a participação e os direitos de comunidades migrantes, e definir um glossário e um marco conceitual para ter um linguagem comum em legislação, regulamentação e políticas.

 

 

Veja a Memória de Atividade da Jornada 1: Equidade Territorial: https://www.laculturaesunderecho.org/jornada-1

Saiba mais sobre a iniciativa: laculturaesunderecho.org

 

(*) San Luis Potosí é uma das municipalidades integrantes da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. Saiba mais sobre a rede em https://iberculturaviva.org/rede-de-cidades/

 

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23

jan
2020

Em Notícias

Por IberCultura

“Democracia cultural e direitos culturais” será o tema da segunda jornada UNESCO San Luis, no México

Em 23, jan 2020 | Em Notícias | Por IberCultura

O Governo Municipal de San Luis Potosí (México) impulsiona desde dezembro a construção coletiva de um novo marco de garantias locais em matéria de cultura e direitos humanos: a Carta da Cidade pelos Direitos Culturais. A iniciativa, desenvolvida em conjunto com o Escritório da UNESCO no México e a Comissão Estatal de Direitos Humanos de San Luis Potosí, teve início no dia 7 de dezembro de 2019 com uma roda de conversa sobre “Direitos culturais e equidade territorial. O segundo encontro, com o tema “Democracia cultural e direitos culturais”, será no sábado 1º de fevereiro, das 9h às 15h, no Colégio de San Luis A.C. (Parque Macul 155, Col. Colinas del Parque). A entrada é livre, aberta a todos, mas se recomenda fazer um pré-registro (bit.ly/preregistrounesco2).

Esta Segunda Jornada UNESCO San Luís contará com uma roda de conversa inicial para provocar a reflexão coletiva, da qual participarão: Paloma Carpio (Peru), especialista na elaboração de processos de criação coletiva para as artes e a incidência pública; Valeria López, promotora da articulação em rede de agentes culturais no território nacional; Diego de la Cruz (Peru), especialista em Governo Aberto da Cultura a partir da mirada da sociedade civil organizada; e Liliana López Borbón, especialista em políticas culturais e construção da cidadania.

 

Cada provocação será analisada e comentada desde uma perspectiva internacional e uma local; a primeira a cargo de Carlos Tejada Wriedt, coordenador dos setores de Cultura e Ciência da UNESCO no México, e a segunda, por Olga Palacios, coordenadora de Direitos Humanos no município de San Luis Potosí.

Ao término do conversatorio, o encontro seguirá com as mesas de ideação e construção coletiva, tanto para o esboço de um futuro catálogo de direitos culturais, a identificação de campos prioritários e políticas aceleradoras, assim como para o estruturado e registro de propostas para a ação.

 

Primeira jornada

No primeiro dos encontros sobre direitos culturais da UNESCO em San Luis Potosí, as oficinas de ideação e as mesas de trabalho tiveram como propulsor o entrecruzamento das noções de cultura, direito à cidade, localismo e territorialidades. Cerca de 110 pessoas, entre vizinhos e vizinhas de bairros tradicionais, artistas urbanos, gestores e promotores culturais independentes, empreendedores do campo criativo, animadores socioculturais e estudantes universitários, alimentaram um formato de debate que seguiu a dinâmica grupal de um Café Mundial, após a provocação dos palestrantes internacionais do conversatorio sobre equidade territorial.

 

O processo que articula a elaboração conjunta da Carta da Cidade está formado por fases de imersão para a recompilação de dados e informação substantiva. Uma primeira, en marcha agora, para o intercâmbio de ideias com agentes de transformação que, desde suas respectivas cidades e através da prática multidisciplinar, vêm levando adiante experiências, redes, rotas, tecnologias sociais e boas práticas, de relevância nacional a continental. Outra, para a recompilação de opiniões de moradores sobre o futuro a curto, médio e longo prazo do instrumento, seu valor de uso comum e seu emprego cotidiano.

Uma outra fase prevista será para o diálogo focalizado com grupos em situação de vulnerabilidade ou de atenção prioritária. Segundo mostram as disposições legais da Comissão de Direitos Humanos potosina, são eles: crianças, adolescentes, jovens, mulheres, povos indígenas, comunidade LGBT+, migrantes, pessoas da terceira idade e pessoas com deficiência que habitam e transitam por San Luis Potosí.

Por fim, justo antes dos processamentos técnico-jurídicos e dos  trabalhos de conciliação internacional que a UNESCO realizará sobre os conteúdos e primeiros rascunhos do documento, a última etapa buscará seguir reunindo vontades com o propósito de imaginar e traçar agendas de corresponsabilidade cultural de longa duração, tomando como base a Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, através de um workshop com a campanha de ação da ONU pelos ODS “My World México”.

 

Inscrição/pré-registro: bit.ly/preregistrounesco2

Saiba mais sobre las jornadas UNESCO San Luís: laculturaesunderecho.org

Convite público para as mesas de trabalho: https://bit.ly/2TTcgpt

Consultas: unescosanluis@sanluis.gob.mx; (+52) 444 8148540 y 444 8145057

 

Leia também:

Começam as jornadas “Para uma Carta da Cidade de San Luis Potosí pelos Direitos Culturais

Carta da Cidade de San Luís Potosí pelos Direitos Culturais: uma construção participativa 

 

(*)  A Municipalidade de San Luís Potosí (México) é uma das integrantes da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. Saiba mais sobre a rede em https://iberculturaviva.org/rede-de-cidades/

 

  

 

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10

dez
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Começam as jornadas “Para uma Carta da Cidade de San Luis Potosí pelos Direitos Culturais”

Em 10, dez 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

“Direitos culturais e equidade territorial” foi o tema discutido na primeira jornada “UNESCO San Luis: Para uma Carta da Cidade pelos Direitos Culturais”, realizada no sábado 7 de dezembro na Faculdade de Ciências da Comunicação da Universidade Autônoma de San Luis Potosí (UASLP), no México. Distribuídos em seis mesas de trabalho, os/as participantes se encontraram para falar sobre cultura comunitária, o direito à cidade, memória e patrimônio, espaços e infraestrutura comunitária e espaço público. 

Antes do início dos debates nas mesas, houve uma roda de conversa com as mexicanas Niurka Chávez (Cidade do México) e Karen Gutiérrez (Zapopan, Jalisco), a peruana Gloria Lescano (Lima) e o brasileiro Alexandre Santini (Niterói, Rio de Janeiro), com transmissão ao vivo por Facebook. A jornada também contou com comentários de Carlos Tejada (UNESCO México) e a moderação de Juan Tejada Colón. 

 

Aposta na cultura comunitária

Na abertura do encontro, Cecilia Padrón Quijano, diretora de Cultura do Governo Municipal,  fez referência à visão de equidade territorial em torno da política cultural potosina, impulsionada há pouco mais de um ano, com vistas a reconhecer a cultura como um direito e favorecer condições de equidade para o pleno desfrute por parte de todas as pessoas que habitam, transitam e visitam a cidade de San Luis Potosí. 

“Na Direção de Cultura Municipal nos comprometemos a construir de maneira participativa um novo modelo de gestão que nos permita dar resposta aos desafios de desenvolvimento urbano con enfoque de equidade territorial. Este novo modelo que chamamos de Procomum se sustenta fundamentalmente em estreitar a colaboração entre governo municipal e a sociedade civil, permitindo-nos assim a possibilidade de propor quatro ambiciosos projetos”, destacou a diretora.

Um desses projetos é “Arte mi vecino”, por meio do qual a Direção de Cultura apoia o desenvolvimento de diversas iniciativas de vizinhos que favorecem a salvaguarda do patrimônio cultural imaterial e promovem a celebração de jornadas artísticas e culturais para a apropriação coletiva e afetiva do espaço público. Outro projeto é “Fabricas de arte común”, que tem o propósito de fortalecer a vocação cultural dos 14 centros comunitários da cidade, não apenas aumentando a oferta de atividades, mas também motivando a participação das/dos vizinhos no planejamento, na gestão e na avaliação das ações culturais dos bairros.

“No próximo ano, com o início formal da Escola Municipal de Animação e Inovação Sociocultural, com sede no Centro Cultural La Merced, as pessoas dedicadas à criação, promoção e gestão da cultura contarão com um espaço de formação permanente, onde poderão profissionalizar seu trabalho e compartilhar os saberes que construíram a partir das experiências”, anunciou. 

A implementação do Procomum, segundo Cecilia Padrón, é uma resposta ao compromisso que o Governo Municipal de San Luis Potosí adquiriu com a aceitação de sua solicitação de adesão à Rede de Cidades e Governos Locais do programa IberCultura Viva. “Hoje este encontro representa um espaço de construção comum, coletiva, de responsabilidade compartilhada. Que esta seja uma experiência que nos faça crescer, um lugar onde se abram momentos de reflexão e intercâmbio”, afirmou a diretora. 

 

Mesas de trabalho

As jornadas de trabalho UNESCO San Luis são uma iniciativa da Direção de Cultura Municipal em parceria com o Escritório da UNESCO no México. Esta série de encontros com entrada livre tem como objetivo a compilação de opiniões que deem corpo e conteúdo à Carta da Cidade de San Luis Potosí pelos Direitos Culturais. O documento, que se fundamenta na Declaração Universal dos Direitos Humanos, terá uma rota de elaboração participativa e intersetorial, desenhada localmente, mas ancorada nos marcos internacionais, nacionais e estatais. Será um instrumento vinculante que servirá para reconhecer, proteger e garantir o desfrute pleno dos direitos culturais na capital potosina.

Neste primeiro encontro, as mesas de trabalho e deliberação se dividiram nos seguintes temas: 1) Catalogação e regulamentação de direitos culturais; 2) Identificação de prioridades, e 3) Recebimento de propostas e ação. Ao final da jornada, os grupos apresentaram suas conclusões e propostas, e externaram algumas das problemáticas encontradas.

 

Saiba mais sobre as jornadas UNESCO San Luís: laculturaesunderecho.org

Assista aos vídeos da transmissão ao vivo:

https://www.facebook.com/CulturaSanLuisPotosi/videos/2528550634048186/

https://www.facebook.com/CulturaSanLuisPotosi/videos/1318732341662077/

 

(*) San Luis Potosí é uma das municipalidades integrantes da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. Saiba mais sobre a rede em https://iberculturaviva.org/rede-de-cidades/

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